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WBA0862_v1.

Prevenção e controle de riscos


em máquinas, equipamentos e
instalações I
Categoria de segurança de
máquinas e equipamentos
Considerações gerais.

Bloco 1
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Considerações gerais
É preciso determinar a categoria de segurança de
máquina para:

• Possibilitar a topologia de projeto de comando das


máquinas.
• Permitir a especificação dos dispositivos de
segurança adequadamente.
• Possibilitar a topologia de projeto de comando das
máquinas.
• Atendimento da legislação brasileira.
Considerações gerais
A categorização pode ser feita baseada em duas normas:
Figura 1 - Normas aplicadas para categorizar uma máquina

ABNT NBR
ISO 13.849-1.

Categoria
segurança

ABNT NBR
14.153.

Fonte: adaptada de ABNT (2013; 2019).


Considerações gerais

Para máquinas fabricadas no Brasil, utiliza-se a norma:

► NBR 14.153 (ABNT, 2013).


Considerações gerais

• A NBR 14.153 (ABNT, 2013) categoriza a máquina em 5


níveis:
Figura 2 - Categorias de segurança conforme NBR 14.153 (ABNT, 2013)

Fonte: adaptada de ABNT (2013).


Considerações gerais

• A NBR ISO 13.849-1 (ABNT, 2019) categoriza a


máquina em 5 níveis:
Figura 3 - Categorias de segurança conforme NBR ISO 13.849-1

Fonte: adaptada da ABNT (2019).


Considerações gerais

Existe correlação entre os níveis de categorização das duas


normas, conforme a figura a seguir.

Figura 4 - Correlação entre as categorias de segurança

Fonte: elaborada pelo autor.


Considerações gerais
Para prensas e similares, a norma NR-12 (SANTOS JÚNIOR; ZANGIROLAMI,
2020) determina que a categoria é 4 (quatro).

Figura 5 - Modelo de uma prensa e de uma guilhotina

Fonte: acervo do autor.


Categoria de segurança de
máquinas e equipamentos
Matriz de seleção

Bloco 2
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Parâmetros da matriz de seleção
Para determinar a categoria de risco de máquina e/ou equipamento,
deve-se estabelecer parâmetros que associados levam à categoria da
máquina. A NBR 14.153 (ABNT, 2013) determina 3 (três) parâmetros:
Figura 6 – Parâmetro da matriz de seleção

Fonte: adaptada de ABNT (2013).


Parâmetros da matriz de seleção

Figura 7 – Parâmetro severidade do dano

S1 S2
Ferimento sério
Ferimento leve
(reversível). (irreversível,
incluindo morte).

Fonte: elaborada pelo autor.


Parâmetros da matriz de seleção

Figura 8 – Parâmetro frequência de exposição ao perigo

F1 F2
Raro a relativamente Frequente a contínuo
frequente ou a baixo ou ao tempo de
tempo de exposição. exposição longo.

Fonte: elaborada pelo autor.


Parâmetros da matriz de seleção

Figura 9 – Parâmetro possibilidade de evitar o perigo

P1 P2
Possível sob
Quase nunca
condições
possível.
específicas.
Fonte: elaborada pelo autor.
Matriz de seleção conforme NBR 14.153 (ABNT, 2013)

Figura 10 – Matriz de seleção conforme NBR 14.153 (ABNT, 2013)

Fonte: adaptada de ABNT (2013).


Matriz de seleção conforme NBR ISO 13.849-1 (ABNT, 2019)

Figura 11 – Matriz de seleção conforme NBR 13849-1 (ABNT, 2013)

Fonte: adaptada de ABNT (2019).


Categoria de segurança de
máquinas e equipamentos
Circuitos de comando conforme categoria de
segurança

Bloco 3
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Circuitos de comando conforme a categorização

Na prática, a definição da categoria de segurança resulta em um circuito com componentes de


segurança, que quando instalados na máquina proporcionam a diminuição do risco de acidente.

Figura 12 - Ilustração dos componentes de segurança

Fonte: elaborada pelo autor.


Categoria B

De acordo com NBR 14.153 (ABNT, 2013), as partes de sistemas de comando relacionadas à
segurança, como mínimo, devem ser projetadas, construídas, selecionadas, montadas e
combinadas de acordo com as normas relevantes, usando os princípios básicos de segurança
para a aplicação específica, de tal forma que resistam à:

• Fadiga operacional prevista, como a confiabilidade, com


respeito à capacidade e à frequência de comutação.

• Influência do material processado ou utilizado no


processo, como detergentes em máquinas de lavar.
• Outras influências externas relevantes, como
vibrações mecânicas, campos externos, distúrbios
ou interrupção do fornecimento de energia.
Circuito característico categoria B

Figura 13 - Diagrama básico da modelagem de categoria B

Fonte: adaptada de Weg do Brasil (2020).


Categoria 1
De acordo com NBR 14.153 (ABNT, 2013), deve-se aplicar os requisitos da categoria
B. As partes de sistemas de comando relacionadas à segurança, de categoria 1,
devem ser projetadas e construídas utilizando componentes bem ensaiados e
princípios de segurança comprovados. Um componente bem ensaiado para uma
aplicação relacionada à segurança é aquele que foi:
• Largamente empregado no passado, com resultados
satisfatórios em aplicações similares.

• Construído e verificado, utilizando-se princípios que


demonstrem sua adequação e confiabilidade para
aplicações relacionadas à segurança.
Circuito característico categoria 1

Figura 14 - Diagrama básico da modelagem de categoria 1

Fonte: adaptada Weg do Brasil (2020).


Categoria 2
De acordo com NBR 14.153 (ABNT, 2013), as partes de sistemas de comando relacionadas à
segurança, de categoria 2, devem ser projetadas de tal forma que sejam verificadas em
intervalos adequados pelo sistema de comando da máquina. A verificação das funções de
segurança deve ser efetuada:

O início dessa verificação pode ser


automática ou manual.

Na partida da máquina e antes do início de qualquer


situação de perigo.

Verificações devem:
• Permitir a operação se nenhum defeito foi constatado; ou
• Gerar sinal de saída, que inicie ação apropriada do comando se defeito
for constatado.

Periodicamente durante a operação, se a avaliação do risco


e o tipo de operação mostrarem que isso é necessário.
Circuito característico categoria 2

Figura 15 - Diagrama básico da modelagem de categoria 2

Fonte: adaptada Weg do Brasil (2020).


Categoria 3
A NBR 14.153 (ABNT, 2013) descreve que as
partes relacionadas à segurança de
sistemas de comando de categoria 3 devem
ser projetadas de forma que um defeito
isolado, em qualquer dessas partes, não
leve à perda das funções de segurança.
Defeitos de modos comuns devem ser
considerados quando a probabilidade da
ocorrência de tal defeito for significativa.
Circuito característico categoria 3

Figura 16 - Diagrama básico da modelagem de categoria 3

Fonte: adaptada Weg do Brasil (2020).


Categoria 4

De acordo com NBR 14.153 (ABNT, 2013), as partes de sistemas de comando


relacionadas à segurança dessa categoria devem ser projetadas de tal forma que:

Uma falha isolada em qualquer dessas partes


relacionadas à segurança não leve à perda das funções
de segurança.

A falha isolada seja detectada antes ou durante a próxima atuação


sobre a função de segurança, por exemplo, imediatamente, ao ligar o
comando, ao final do ciclo de operação da máquina. Se essa detecção
não for possível, o acúmulo de defeitos não deve levar à perda das
funções de segurança.
Circuito característico categoria 4

Figura 17 - Diagrama básico da modelagem de categoria 4

Fonte: adaptada Weg do Brasil (2020).


Circuito característico categoria 4

Figura 18 - Diagrama básico da modelagem de categoria 4 (segunda opção)

Fonte: adaptado Weg do Brasil (2020).


Teoria em Prática
Bloco 4
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Reflita sobre a seguinte situação
Você foi contratado como consultor em
engenharia de segurança do trabalho para
elaborar uma apreciação de risco de uma
determinada máquina instalada em uma
empresa metalúrgica. Ao fazer a vistoria em uma
máquina, você notou o risco de esmagamento e
amputação da mão. O operador fica exposto ao
risco durante todo o seu expediente de trabalho.
Assim, com a instalação de dispositivos de
segurança é possível
neutralizar o risco. Realize o estudo para
determinar a categoria de risco da máquina.
Reflita sobre a seguinte situação

Figura 19 - Imagem ilustrativa da máquina

Fonte: acervo do autor.


Norte para a resolução...

• Inicialmente, você deve consultar as normas NBR 14.153 (ABNT, 2013)


e a NBR ISO 13.849-1 (ABNT, 2019).
• Em seguida, determine as variáveis S, F e P.
• De posse das variáveis basta entrar na matriz de seleção.
Norte para a resolução...

• Como há risco de esmagamento e de amputação das mãos, podemos


considerar, portanto, que a severidade do dano é grave e irreversível. Dessa
forma, a variável correta é S2.

Figura 7 – Parâmetro severidade do dano

S1 S2
Ferimento sério
Ferimento leve
(reversível). (irreversível,
incluindo morte).

Fonte: elaborada pelo autor.


Norte para a resolução...

• Como dito anteriormente, o profissional fica exposto durante todo o seu turno de
trabalho, logo, podemos considerar que o trabalhador fica exposto por longo
tempo. Desse modo, a variável correta é F2.

Figura 8 – Parâmetro frequência de exposição ao perigo

F1 F2
Raro a Frequente a
relativamente contínuo ou ao
frequente ou a baixo tempo de exposição
tempo de exposição. longo.

Fonte: elaborada pelo autor.


Norte para a resolução...

• Como existe a possibilidade de neutralizar o perigo por meio da instalação de


dispositivos de proteção, a variável correta é P1.

Figura 9 – Parâmetro possibilidade de evitar o perigo

P1 P2
Possível sob
Quase nunca
condições
possível.
específicas.

Fonte: elaborada pelo autor.


Norte para a resolução...

• Definido as variáveis, basta entrar com a matriz de seleção:

Figura 20 – Matriz de seleção conforme NBR 14.153 (ABNT, 2013)

Fonte: adaptada de ABNT (2013).


Norte para a resolução...

• Portanto, a máquina é de categoria 3,


conforme NBR 14.153 (ABNT, 2013).

Utilizando o conceito de similaridade, a


categoria 3 equivale a categoria “d” da NBR ISO
13.849-1 (ABNT, 2019).
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Dica do(a) Professor(a)

• A NR-12 determina que prensas e similares devem


ser categorizadas com o nível máximo, ou seja,
categoria 4, em função dos risco diretos que esse
tipo de maquinário proporciona (SANTOS JÚNIOR;
ZANGIROLAMI, 2020).

• A Fundacentro desenvolveu um vídeo em que é


possível verificar esse tipo de máquina em
operação.

• Como complemento do conteúdo, assista a esse


vídeo. Para acessá-lo, pesquise no Youtube por:
Dispositivos alternativos de proteção de máquinas.
Referências

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO


13.849-1: segurança de máquinas: partes de sistemas de
comando relacionados à segurança: parte 1 - princípios gerais
de projeto. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.153:


segurança de máquinas: partes de sistemas de comando
relacionados à segurança: princípios gerais de projeto. Rio de
Janeiro: ABNT, 2013.

SANTOS JÚNIOR, J. R. dos; ZANGIROLAMI, M. J. NR-12


segurança em máquinas e equipamentos: conceitos e
aplicações. 2. ed. São Paulo: Érica, 2020.
Referências

WEG DO BRASIL (Brasil). Segurança em Máquinas e


Equipamentos. Weg do Brasil, 2020. Disponível em:
https://www.weg.net/institutional/BR/pt/news/produtos-
e-solucoes/seguranca-operacional-em-maquinas-e-
equipamentos-1. Acesso em: 18 mar. 2021.
Bons estudos!

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