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Podcast
Disciplina: Formas alternativas de energia e
planejamento energético
Título do tema: Plano Nacional de Energia
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto

Leitura crítica: Leandro José Cesini da Silva

Olá, ouvinte, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ao nosso podcast, o
tema de hoje será sobre as tecnologias disruptivas no mercado energético!
Você sabe o que são essas tecnologias? Se você ficou curioso, então
acompanhe esse podcast, que irei te contar sobre elas.

As tecnologias disruptivas são inovações que propiciam a ruptura de padrões,


ou seja, a alteração dos modelos energéticos já existentes no mercado. Ainda,
se tratando do mercado energético, há uma dificuldade para a estimativa da
inserção desses recursos na matriz e suas consequências.

Para um horizonte a longo prazo, citado no PNE2050, são exemplos dessas


tecnologias: o hidrogênio, a energia dos oceanos, o etanol segunda geração,
reatores de pequeno porte, geotermia superficial e a transmissão elétrica sem
fio. Na sequência, vamos falar um pouco sobre elas: o hidrogênio é utilizado
em pilhas a combustível - que são células eletroquímicas constituídas por um
ânodo, um cátodo e um eletrolítico - atualmente utilizado no setor de
transportes. A partir da reação entre o oxigênio e o hidrogênio, ocorre a
produção de eletricidade.

O hidrogênio pode ser obtido por oxidação parcial, eletrólise da água,


gaseificação da biomassa, dentre outros processos. Assim, os combustíveis a
base de hidrogênio podem contribuir para um processo de transição de baixa
emissão de carbono. A preocupação está relacionada com estratégias para a
redução do custo para o desenvolvimento dessas tecnologias.

Uma outra inovação disruptiva está relacionada à capacidade energética da


energia dos oceanos devido ao movimento hidro cinético das ondas e marés. O
território brasileiro conta com 7400km de área litorânea, em que segundo o
PNE2050, foi estimado um potencial de geração de 114GW, em que 20%
desse potencial serão convertidos em energia elétrica.

Ainda podemos destacar o etanol segunda geração, produzido a partir da


biomassa de resíduos de milho e casca de arroz. Atualmente, a produção
majoritária desse biocombustível utiliza o bagaço e a palha da cana de açúcar.

As preocupações relacionadas ao elevado custo de usinas nucleares,


proporcionaram o desenvolvimento de reatores de pequeno porte, também
conhecidos como Small Modular Reactors (SMR), destinados a projetos
menores de até 300MW e que empregam estratégias de refrigeração a água.

A geotermia superficial é uma tecnologia que não é aplicada diretamente para


a geração de energia elétrica. Ela utiliza a energia térmica do subsolo
superficial para o aquecimento ou resfriamento de processos industriais e/ou
ambientes, e já é utilizado em ampla escala na China, Estados Unidos e
Europa. Por meio dessa estratégia, ocorre uma redução do uso de energia
elétrica.

A transmissão elétrica sem fio é uma perspectiva tecnológica, porém que


caminha a passos curtos. Por exemplo, você conhece os carregadores de
indução para baterias de aparelhos celulares? Pois é, esses dispositivos
utilizam a indução eletromagnética para uma transmissão de energia entre o
transmissor e o receptor. No entanto, a eficiência da transmissão reduz
exponencialmente de acordo com a distância entre os dispositivos. Uma outra
possibilidade emprega a radiação eletromagnética, em que a energia é
transmitida via ondas de rádio, ou por laser na forma de luz. Para o primeiro
caso, uma onda eletromagnética é transmitida por ondas de rádio e enviada a
um receptor que contêm reles, responsáveis pela transformação das micro-
ondas em energia elétrica. Para o segundo caso, a luz transmitida incide em
placas fotovoltaicas no receptor, convertendo em energia elétrica. No Brasil,
essas tecnologias ainda estão em desenvolvimento.

Bom, esse foi nosso podcast de hoje, gostaria de agradecer sua presença e
espero ter contribuído com essas informações. Um forte abraço e até uma
próxima!

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