Fisioterapia Infantil: Promovendo Qualidade de Vida e Desenvolvimento
Precoce em Crianças com Necessidades Especiais
CRUZ DAS ALMAS – BA
2024 FACULDADE BATISTA BRASILEIRA DO RECONCAVO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
Monica Nunes Cavalcante
Trabalho apresentado como requisito parcial
para a avaliação da disciplina de TCC I, do 9º período, do curso de Bacharelado em Fisioterapia, da Faculdade Batista Brasileira do Recôncavo, sob a orientação e supervisão do professor (a) Luana Reis.
CRUZ DAS ALMAS – BA
2024 Introdução De acordo com os autores, as Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (Crianes) são aquelas que necessitam de cuidados contínuos e, muitas vezes, complexos, devido à sua condição de clinicamente frágeis e socialmente vulneráveis. O aumento no número de Crianes nos últimos anos, representando atualmente um quarto da população infantil brasileira, reflete uma realidade preocupante, destacando a necessidade de atenção qualificada em saúde para esse grupo (Sousa et al., 2022). Diante desse cenário, compreende-se a importância vital de oferecer assistência em saúde especializada e centrada nas necessidades específicas tanto da criança quanto da família. Nesse contexto, é crucial adquirir um entendimento profundo do ambiente social dos familiares e das exigências de cuidados das crianças, a fim de desenvolver estratégias eficazes para capacitá-los (Sousa et al., 2022). Esse conhecimento sobre as particularidades das crianças e de suas famílias pode ser um passo fundamental na definição de abordagens de cuidados em saúde mais seguras, potencialmente contribuindo para a redução da incidência de hospitalizações. Com base na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), é fundamental garantir o acesso igualitário aos serviços de saúde, promovendo a adaptação dos recursos e serviços para atender às necessidades específicas das pessoas com deficiência. Isso inclui a disponibilização de profissionais capacitados, equipamentos adequados e instalações acessíveis, visando assegurar a plena participação e autonomia dessas pessoas no cuidado com sua saúde (Brasil, Lei nº 13.146/2015). O nascimento de uma criança com deficiência é um evento inesperado que desafia todos os membros da sociedade, desde pais e familiares até profissionais da saúde, educadores e gestores. Este desafio exige uma busca coletiva por soluções e compreensão, reconhecendo que todos têm um papel a desempenhar. No entanto, é a família que experimenta inicialmente o impacto mais profundo, buscando respostas em diversos setores da sociedade e enfrentando as consequências ao longo da vida (Mello et al., 2012). Este estudo visa abordar os aspectos da inclusão escolar de crianças com deficiência e o papel do fisioterapeuta como parte de uma equipe multidisciplinar nesse processo. A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada em Salamanca em 1994, destacou a importância da educação igualitária e sem discriminações, estabelecendo como obrigação dos governos a inclusão dessas crianças no ensino regular. Isso implica que o acesso de crianças com deficiência às escolas regulares é um direito garantido, e as escolas devem ser ambientes inclusivos, capazes de acolher todos os alunos. A atuação de uma equipe interdisciplinar, composta por educadores, médicos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas, desempenha um papel fundamental nesse contexto. O fisioterapeuta, em particular, destaca-se por utilizar técnicas e recursos auxiliares para mitigar as dificuldades enfrentadas por crianças com deficiência física. Através de técnicas especializadas e adaptações no equipamento e mobiliário, podem-se criar condições para uma melhor adaptação, participação e desenvolvimento das habilidades das crianças com deficiência, além de promover a interação com o meio (Durce et al., 2006). A fisioterapia pediátrica compreende a avaliação, o planejamento e a execução de um programa de intervenção individualizado, levando em conta aspectos como limitações ou alterações, habilidades/funcionalidade, motivação e queixas da criança, bem como as necessidades da família (Fujisawa & Manzini, 2006). O programa terapêutico também inclui reavaliações, orientações e educação (Cordeiro, 2007). Santos, Ramos e Sousa (2011) ressaltam a importância da abordagem pediátrica humanizada na fisioterapia, que considera cada paciente como um indivíduo único, incorporando elementos lúdicos e afetivos, como ambientes alegres, recursos musicais e visuais atraentes, além de gestos afetivos como carinho, segurar no colo, conversar e sorrir. A fisioterapia funcional enfoca a prática de atividades funcionais, priorizando o desenvolvimento de habilidades motoras significativas para a criança, que são desejadas por ela e percebidas como desafiadoras pelos pais ou cuidadores (Brianeze et al., 2009). A fisioterapia infantil desempenha um papel fundamental na vida de crianças atípicas, oferecendo uma intervenção precoce que pode ter um impacto significativo em seu desenvolvimento global. é altamente relevante devido à sua importância na promoção do desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional. Esta pesquisa proposta é relevante porque busca explorar os impactos da fisioterapia infantil em crianças atípicas, destacando a importância de iniciar a intervenção o mais cedo possível para maximizar os benefícios. Portanto, esta pesquisa proposta é relevante e necessária para avançar nosso entendimento sobre o papel da fisioterapia na transformação de vidas através da intervenção precoce em crianças atípicas. Ao explorar esse tema, podemos contribuir para o desenvolvimento de abordagens mais eficazes e centradas no paciente para promover o bem-estar e a inclusão dessa população na sociedade.