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Sidarta recebe todo o amor de sua família, mas algo está errado.
Ele se sente miserável por dentro. Ele vive para agradar o seu pai
e aqueles ao seu redor em vez de a si mesmo. Ele não vê o mais
sábio daqueles ao redor capaz de converter conhecimento em
vida.
“Começava a vislumbrar que seu venerando pai e seus demais mestres, aqueles
sábios brâmanes, já lhe haviam comunicado a maior parte dos seus conhecimentos;
começava a perceber que eles tinham derramado a plenitude do que possuíam no
receptáculo acolhedor que ele trazia em seu íntimo. E esse receptáculo não estava
cheio; o espírito continuava insatisfeito; a alma andava inquieta; o coração não se
sentia saciado. As abluções, por mais proveitosas que fossem eram apenas água;
não tiravam dele o pecado; não curavam a sede de espírito; não aliviavam a angústia
do coração.”
À medida que os anos foram passando, Sidarta alimentava
uma ideia, até que um dia ele dá a notícia de que decidiu se
libertar de sua casta hindu predeterminada e planeja deixar
seu pai para se juntar aos Samanas (que eram os ascetas
Os Samanas
capazes de viver na mais absoluta penúria.
Budismo Inicialmente Sidarta se identifica com Gotama e, juntamente com Govinda seguem o
mestre. Nesse ponto há uma dúvida por parte de Sidarta. Ele percebe uma contradição
nos ensinamentos de Gotama: Sidarta exalta a doutrina de Gotama (Buda) de
compreender o mundo como uma cadeia completa, ininterrupta e eterna de causa e
efeito. No entanto, Sidarta aponta que a doutrina da salvação não pode ser mostrada
nem provada. Para isso, seu questionamento é o seguinte: como abraçar a unidade de
todas as coisas como Buda propõe se todos são instruídos a superar o mundo físico?
Sidarta percebe que o budismo não lhe dará a resposta a essa indagação. Enquanto
Govinda segue com Gotama, Sidarta segue o seu caminho sem nenhuma instrução
religiosa
Embarca em uma vida livre da meditação e das buscas
meditação e das
Em suas andanças acaba conhecendo um barqueiro
amigável, que vive feliz sua vida simples. Sidarta cruza o
buscas
rio do barqueiro e chega a uma cidade, lá conhece
Conhece Kamala, uma cortesã, e é orientado por ela a se
espirituais
tornar comerciante. Com sucesso nos negócios, Sidarta
acumula riquezas, mas se vê preso em um ciclo de
insatisfação.
Sidarta, desiludido com a vida material, busca
uma nova jornada espiritual. Encontra o barqueiro
Vasudeva, que o guia para a iluminação espiritual
através da contemplação do rio. Ao estudar o rio
e suas lições, Sidarta alcança uma compreensão
profunda da interconexão de toda a vida e dos
ciclos da existência. Após aprender todas as
lições do rio, Vasudeva parte, deixando Sidarta
como barqueiro. No final, Sidarta se reúne com
Govinda e conclui que a verdadeira sabedoria não
pode ser ensinada verbalmente, mas deve ser
experimentada individualmente.
RELAÇÃO COM O TEXTO TEÓRICO
Tanto a busca de Sidarta, conforme descrita por Herman Hesse em sua obra, quanto o texto sobre religião de Edward O.
Wilson compartilham a temática da busca pela transcendência e pela compreensão mais profunda da existência. Sidarta,
assim como aqueles que seguem a religião, procura encontrar um sentido mais elevado na vida e conectar-se com algo
maior do que ele mesmo.
A referência ao Paradoxo Absoluto no texto sobre religião pode ser relacionada à jornada de Sidarta em confrontar as
contradições e complexidades da existência humana e da natureza do universo. Ambos os contextos mostram que a
busca por sentido muitas vezes confronta desafios que desafiam a razão humana e exigem uma compreensão mais
profunda e autêntica da existência e do mundo real.
No final, tanto Sidarta quanto aqueles que exploram a religião são confrontados com a necessidade de transcender as
limitações de sistemas de crenças estabelecidos e buscar uma compreensão mais autêntica e profunda da vida.
Obrigada!