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Hermann Hesse

Ele nasceu em 2 de julho de 1877 e foi um


escritor e pintor alemão. Nascido em uma
família muito religiosa, filho de pais
missionários protestantes (pietistas, como é
típico da Suábia) que pregaram o
cristianismo na Índia. Estudou no seminário
de Maulbron em 1891, mas não seguiu a
carreira de pastor, como era a vontade de
seus pais. Embora fosse um estudante
modelo, ele foi incapaz de se adaptar e saiu
menos de um ano depois
Significado do
nome Sidarta para
o budismo
Historia
O romance começa com uma breve retrospectiva da história
familiar do brâmane (casta sacerdotal hindu) de Sidarta, sua
educação, sua inocência e a tranquilidade de sua infância.
Simultaneamente, observamos o brâmane ortodoxo, pai de
Sidarta, que, com seu filho, realiza o “rito de ablução sagrada e
dos sacrifícios rituais” no rio.

Sidarta recebe todo o amor de sua família, mas algo está errado.
Ele se sente miserável por dentro. Ele vive para agradar o seu pai
e aqueles ao seu redor em vez de a si mesmo. Ele não vê o mais
sábio daqueles ao redor capaz de converter conhecimento em
vida.
“Começava a vislumbrar que seu venerando pai e seus demais mestres, aqueles
sábios brâmanes, já lhe haviam comunicado a maior parte dos seus conhecimentos;
começava a perceber que eles tinham derramado a plenitude do que possuíam no
receptáculo acolhedor que ele trazia em seu íntimo. E esse receptáculo não estava
cheio; o espírito continuava insatisfeito; a alma andava inquieta; o coração não se
sentia saciado. As abluções, por mais proveitosas que fossem eram apenas água;
não tiravam dele o pecado; não curavam a sede de espírito; não aliviavam a angústia
do coração.”
À medida que os anos foram passando, Sidarta alimentava
uma ideia, até que um dia ele dá a notícia de que decidiu se
libertar de sua casta hindu predeterminada e planeja deixar
seu pai para se juntar aos Samanas (que eram os ascetas

Os Samanas
capazes de viver na mais absoluta penúria.

Sidarta tem como objetivo erradicar o ego. E continua


durante a sua busca aprendendo muitas coisas novas. Mas
ele chega à conclusão de que quanto mais você tenta
perder o Eu, mais voltamos a ele. Começa a se questionar se
ele não está andando em círculos e se enganando em
encontrar “o essencial, o Caminho dos Caminhos”. Ele chega
à conclusão de que não existe aprendizado – apenas
conhecimento.
“Os samanas ensinavam muita coisa a Sidarta e ele aprendia
numerosos métodos de separa-se do eu. Trilhava a senda da
desindividualização, através da dor, através do tormento voluntário
e do triunfo sobre o sofrimento, sobre a fome, a sede, o cansaço.
Desindividualizava-se, mediante a meditação, tirando do seu espírito
toda e qualquer representação, até deixa-lo vazio. Aprendia a
percorrer esse e outros caminhos, saindo inúmeras vezes do
próprio eu e conservando-se no não eu, hora e dias a fio. Mas por
mais que os caminhos o afastassem do eu, ao fim sempre o
reconduziam a ele.
O caminho da abnegação não oferecia uma solução permanente para ele. Sidarta
ressalta que os Samanas mais velhos viveram essa vida por muitos anos, mas ainda
não atingiram a iluminação espiritual. Foi quando conhecem Gautama, o Buda, que
atingiu a iluminação espiritual, ou seja, o Nirvana.

Budismo Inicialmente Sidarta se identifica com Gotama e, juntamente com Govinda seguem o
mestre. Nesse ponto há uma dúvida por parte de Sidarta. Ele percebe uma contradição
nos ensinamentos de Gotama: Sidarta exalta a doutrina de Gotama (Buda) de
compreender o mundo como uma cadeia completa, ininterrupta e eterna de causa e
efeito. No entanto, Sidarta aponta que a doutrina da salvação não pode ser mostrada
nem provada. Para isso, seu questionamento é o seguinte: como abraçar a unidade de
todas as coisas como Buda propõe se todos são instruídos a superar o mundo físico?
Sidarta percebe que o budismo não lhe dará a resposta a essa indagação. Enquanto
Govinda segue com Gotama, Sidarta segue o seu caminho sem nenhuma instrução
religiosa
Embarca em uma vida livre da meditação e das buscas

Uma vida livre da


espirituais que vem perseguindo e, em vez disso, busca
aprender com os prazeres do corpo e do mundo material.

meditação e das
Em suas andanças acaba conhecendo um barqueiro
amigável, que vive feliz sua vida simples. Sidarta cruza o

buscas
rio do barqueiro e chega a uma cidade, lá conhece
Conhece Kamala, uma cortesã, e é orientado por ela a se

espirituais
tornar comerciante. Com sucesso nos negócios, Sidarta
acumula riquezas, mas se vê preso em um ciclo de
insatisfação.
Sidarta, desiludido com a vida material, busca
uma nova jornada espiritual. Encontra o barqueiro
Vasudeva, que o guia para a iluminação espiritual
através da contemplação do rio. Ao estudar o rio
e suas lições, Sidarta alcança uma compreensão
profunda da interconexão de toda a vida e dos
ciclos da existência. Após aprender todas as
lições do rio, Vasudeva parte, deixando Sidarta
como barqueiro. No final, Sidarta se reúne com
Govinda e conclui que a verdadeira sabedoria não
pode ser ensinada verbalmente, mas deve ser
experimentada individualmente.
RELAÇÃO COM O TEXTO TEÓRICO
Tanto a busca de Sidarta, conforme descrita por Herman Hesse em sua obra, quanto o texto sobre religião de Edward O.
Wilson compartilham a temática da busca pela transcendência e pela compreensão mais profunda da existência. Sidarta,
assim como aqueles que seguem a religião, procura encontrar um sentido mais elevado na vida e conectar-se com algo
maior do que ele mesmo.

A referência ao Paradoxo Absoluto no texto sobre religião pode ser relacionada à jornada de Sidarta em confrontar as
contradições e complexidades da existência humana e da natureza do universo. Ambos os contextos mostram que a
busca por sentido muitas vezes confronta desafios que desafiam a razão humana e exigem uma compreensão mais
profunda e autêntica da existência e do mundo real.

No final, tanto Sidarta quanto aqueles que exploram a religião são confrontados com a necessidade de transcender as
limitações de sistemas de crenças estabelecidos e buscar uma compreensão mais autêntica e profunda da vida.
Obrigada!

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