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2021
Conselho Editorial
Dr. Clívio Pimentel Júnior - UFOB (BA)
Dra. Edméa Santos - UFRRJ (RJ)
Dr. Valdriano Ferreira do Nascimento - UECE (CE)
Drª. Ana Lúcia Gomes da Silva - UNEB (BA)
Drª. Eliana de Souza Alencar Marques - UFPI (PI)
Dr. Francisco Antonio Machado Araujo – UFDPar (PI)
Drª. Marta Gouveia de Oliveira Rovai – UNIFAL (MG)
Dr. Raimundo Dutra de Araujo – UESPI (PI)
Dr. Raimundo Nonato Moura Oliveira - UEMA (MA)
Dra. Antonia Almeida Silva - UEFS (BA)
Editoração
Acadêmica Editorial
Diagramação
Danilo Silva
Capa
Acadêmica Editorial
Reprodução e Distribuição
CAJU: Educação, Tecnologia e Editora
ISBN: 978-65-88307-51-9
CDD: 332.6
Bibliotecária Responsável:
Nayla Kedma de Carvalho Santos – CRB 3ª Região/1188
Aviso legal
AO LEITOR.
LEITOR......................................................................................... 11
INTRODUÇÃO..................................................................................
INTRODUÇÃO .................................................................................. 13
PARTE 1
TAPZONE: DOS SEUS FUNDAMENTOS E DAS FERRAMENTAS
DE ANÁLISE DO MERCADO.
MERCADO........................................................ 19
1.1. Ciclos de mercado conforme as Ondas de Elliott.............. 20
1.2. Ciclos de mercado na lógica TAP............................................ 26
1.3. Ondas significativas e ondas de inversão............................ 28
1.4. Ferramentas e indicadores........................................................ 34
1.5. TAPZone: região de melhor relação risco versus
retorno....................................................................................................... 46
PARTE 2
LÓGICA OPERACIONAL TAP: ANÁLISE, DECISÃO E
GERENCIAMENTO DE POSIÇÕES............................................
POSIÇÕES............................................ 74
2.1. Expressões e definições.............................................................. 76
2.2. Operacional básico....................................................................... 95
2.3. Operacional avançado................................................................ 119
2.4. Entendendo e operando a onda 1 complexa...................... 125
2.5. Gerenciamento de posições abertas................................... 126
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................
FINAIS.........................................................133
133
SOBRE OS AUTORES..................................................................
AUTORES..................................................................138
138
Ao leitor
Caro leitor e caríssima leitora,
Há um ano, iniciei um projeto que mudaria a minha
vida e, sem que eu pudesse prever, também a vida de muitas
pessoas. Trata-se de um canal na plataforma You Tube com o
objetivo de compartilhar minhas experiências no day trade.
Nasceu, nesse momento, o Trades com Alta Probabilidade
(TAP) que, com o tempo e o crescente número de inscritos e
interações, se converteu, em 2020, em um sólido programa de
formação de traders.
Atualmente, o Programa TAP articula várias ações: o
curso TAPZone, voltado aos iniciantes na metodologia de preço
e volume, em que se apresentam as ferramentas de preço e os
indicadores de volume, além de expor as bases da lógica TAP;
o BEABÁ do TAP, que consiste em um curso avançado com
um conjunto de vídeoaulas gravadas com o detalhamento da
lógica operacional, bem como atualizações periódicas; o canal
do You Tube, com conteúdos gratuitos para o grande público;
a mentoria Private E-learning, na qual mentor e mentorados
analisam meticulosamente cada operação realizada na
semana, discutindo questões técnicas e atitudinais, com foco
no aprimoramento; e o grupo aberto no Telegram, onde se
promove uma rica interação e trocas de experiências entre os
adeptos da lógica.
Todas essas ações, entretanto, careciam de um
material escrito, sistemático, didático e objetivo, ao qual se
pudesse consultar sempre que necessário. Surge, assim, a
ideia de transformar a lógica operacional do TAP em um livro.
Juntou-se a mim, nessa empreitada, Flávio Rovani de Andrade,
professor, autor de livros e artigos científicos, com experiência
editorial, aluno do TAP e trader, que assina como coautor.
Ao leitor 11
Reunimos nossos esforços para proporcionar, aos
leitores, uma experiência ímpar de estudos e aprendizados,
com a finalidade de torná-los traders consistentes e lucrativos,
atuando no mercado financeiro com alto desempenho, seja
para viverem do mercado como profissionais, seja para
constituírem renda extra.
Ao longo das páginas que seguem, iremos, literalmente,
dissecar os movimentos do mercado, demonstrando suas
causas, de modo a dotar o operador de fundamentos e
instrumentos para antever futuros movimentos significativos
dos preços. Nós não estamos falando de quaisquer movimentos,
mas de grandes deslocamentos. E mais: antecipar as regiões
onde a direção dos preços tende a inverter, o que possibilita
abrir posições com a melhor relação entre riscos e ganhos.
Convido você para percorrer conosco esse caminho e
fazer parte da família TAP.
Bons estudos!
Leonardo Moraes Spindola
Idealizador do TAP
Dezembro de 2020.
Introdução 15
Simplificando, os movimentos que vemos nos gráficos
não são aleatórios, mas carregados de poder e intenções, pois
são ações e reações daqueles que mandam nos mercados,
como, por exemplo: a USB, empresa suíça de investimentos;
JP Morgan Chase & Co., banco com sede nos Estados Unidos;
Vanguard Group, fundo de investimentos dos Estados Unidos;
Barclays PLC, instituição financeira do Reino Unido; State
Street Corporation, holding de companhias financeiras dos
Estados Unidos; e AXA, administradora de seguros e fundos
da França, dentre outras.
O primeiro passo para se compor uma lógica
operacional é reconhecer a natureza desses mercados de alto
risco. Os movimentos dos preços são efeitos do posicionamento
dos big players, por isso, o foco deve ser interpretá-lo por
meio do comportamento do preço e dos volumes financeiros
e de negociações (que denunciam a entrada de grande capital
institucional), e se posicionar nos pontos em que tende a haver
defesa das posições, projetando saídas nas quais há forte
indício de que os players irão realizar seus lucros.
A lógica TAP, exatamente por conta desses
fundamentos, torna-se muito eficiente. Pela convergência
de ferramentas e indicadores já existentes no mercado, mas
interpretados à luz da experiência e dos estudos do idealizador,
propõe-se pontos objetivos de entrada nas operações, que
chamamos de TAPZone, e pontos pré-definidos de alvos, com
alta assimetria entre o risco da operação (sempre pequeno) e
o retorno que ela pode proporcionar, além de passos claros e
objetivos para o gerenciamento das posições abertas, até sua
saída.
Para dar conta do desafio da explicitação de uma
lógica operacional com fundamentos complexos e processos
objetivos, explicaremos, ao longo desse livro, todos os
conceitos, ferramentas, indicadores, suas interpretações e o
passo a passo operacional, do mais básico ao mais avançado.
Introdução 17
PARTE 1
TAPZone: dos seus
fundamentos e das
ferramentas de análise
do mercado
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
21
Como podemos perceber, as ondas que dão a direção
do mercado são as ondas 1, que dão início à tendência, as
ondas 3, que, por assim dizer, dão continuidade à tendência e
as ondas 5, quando o ciclo chega ao fim. Por esse motivo, essas
ondas são chamadas de ondas impulsivas, pois demarcam o
movimento direcional do ativo.
Por outro lado, temos as ondas corretivas, que denotam
um recuo do preço, uma retração, durante o ciclo. Essas ondas
são as ondas 2, que corrigem as ondas 1, e as ondas 4, que
corrigem as ondas 3.
Separamos dois exemplos (figuras 3 e 4) de ciclos
completos das ondas de Elliott nos gráficos operacionais.
Figura 3: Ondas de Elliott, ciclo completo de alta.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
23
Figura 5: Representação de ondas primárias, secundárias e fractais. 5
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
25
Quais ondas são as mais lucrativas de se operar?
Obviamente, as ondas de impulsão. Nosso foco é, então,
desenvolver formas de identificá-las para, no jargão dos
traders, surfar essas ondas maiores.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
27
No primeiro gráfico, temos um ciclo completo,
identificando as ondas 1-2-3-4-5, conforme Elliott. No
segundo, temos o mesmo gráfico com o ciclo numerado como
1-2-3, conforme a lógica TAP.
De agora em diante, sempre que nos referirmos às
ondas no mercado, o faremos conforme a nossa metodologia
de análise.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
29
Agora, vejamos, na figura 9, o gráfico com casos em que
o teste da onda significativa, isso é, da retração significativa, é
bem-sucedido, dando origem a um novo ciclo 1-2-3.
Figura 9: Respeito a retrações de ondas significativas de alta e de baixa.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
31
Figura 10: Respeito a retrações de ondas de inversão de alta e de baixa.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
33
1.4. Ferramentas e indicadores
Todas as ferramentas e indicadores utilizados pelo TAP
já existem, ou de forma nativa nas plataformas operacionais
gratuitas e pagas, ou possíveis de se instalar, em versões
gratuitas e pagas, nas comunidades de traders que operam
metodologias de preço e volume.
Chamamos de ferramentas os instrumentos que nos
possibilitam traçar zonas de preços nos gráficos, tais como
retração de Fibonacci, expansão ou projeção de Fibonacci,
e uma ferramenta desenvolvida pelo TAP para facilitar a
identificação da onda significativa, que é a TAP Significative
Line. Os indicadores são aqueles instrumentos de análise
técnica que calculam e apresentam, em tempo real, dados
que possibilitam o monitoramento dos volumes financeiros e
de negociações, sendo que utilizamos volume financeiro de
barras, Institucional Color Candle, Weis Wave e MIDAS VWAP.
Nessa seção, apresentaremos o que é, como utilizar e
como interpretar esse instrumental segundo a lógica TAP.
1.4.1. Ferramentas
As ferramentas utilizadas na lógica TAP, como dito
acima, são baseadas em Fibonacci. Elas são a base da
TAPZone, pois mostram regiões de preço, no gráfico, em que
buscaremos oportunidades de compra ou venda, posto que
a devida utilização nos indica o possível fim de uma onda
corretiva.
A principal ferramenta é a retração de Fibonacci
(figura 12) que nada mais é que o percentual de correção de
uma onda impulsiva. Utilizamos o nível de 61,8% (baseada em
Fibonacci), adicionando o nível de 50%. Os níveis de 50% e
61%, tradicionais na análise técnica, indicam que, identificada
uma onda 1 (significativa, de inversão ou, ainda, fractais), a
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
37
A última ferramenta foi desenvolvida pelo TAP para
identificar a onda significativa. Trata-se da TAP Significative
Line (figura 15). Seu uso é bastante simples, bastando, após
o cumprimento de um alvo, isto é, tendo um ciclo completo,
plotá-la do início ao final do ciclo. Uma linha horizontal
marcará automaticamente 50% do ciclo, sendo a onda
significativa aquela que se inicia no topo ou no fundo exato ou
imediatamente maior em referência à linha.
Figura 15: Exemplo de onda significativa, identificada
por meio da TAP Significative Line.
8 Para saber mais, ver: COLES, Andrew; HAWKINS, David. Midas technical
analysis: a VWAP approach to trading and investing in today’s markets.
New Jersey: Bloomberg Press, 2011. Disponível em: http://dl.rasabourse.
com/Books/Technical_Analysis/%5BColes%5DMIDAS%20Technical%20
Analysis%20A%20VWAP%20Approach%20to%20Trading%20and%20
Investing%20in%20Today%27s%20Markets%28rasabourse.com%29.
pdf. Acesso em 30/10/2011.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
41
curtos, são muito conhecidas na técnica tradicional, mas não
as utilizaremos. Outra média bastante difundida é a VWAP
(Volume Weighted Average Price) que rastreia a tendência
baseada pelo volume do pregão. Ela é usada tanto na análise
técnica quanto por escolas de preço e volume. No TAP, também
não utilizamos essa média.
O MIDAS é um tipo aperfeiçoado da VWAP e faz o
mesmo papel de rastreador de tendência, servindo de suporte
ou resistência, mas sua ancoragem é realizada nas reversões
do mercado. Sendo ponderado pelo volume (custodiável em
financeiro ou de negociação), o indicador visa captar o preço
médio dos big players que atuaram no início da inversão de um
movimento, isto é, o preço considerado justo pelo participante
dominante na tendência. No Brasil, o MIDAS foi popularizado
por escolas e traders de preço e volume, recebendo a
denominação de defense, indicando condizer a uma zona de
preços de alto interesse institucional. Por essa razão, para
simplificar a comunicação com o público já familiarizado,
chamaremos de MIDAS/defense.
O TAP utiliza o MIDAS/defense sempre a favor do ciclo,
plotando nos topos/fundos formados a partir de uma onda de
inversão, conforme a figura 19.
9 Para saber mais, ver o artigo The Weis Wave Plugin, em: https://
weisonwyckoff.com/weis-wave/. Acesso em 30/10/2020.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
43
Figura 20: Gráfico com Weis Wave histograma principal.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
45
Na próxima seção, apresentaremos, de forma mais
detida, a TAPZone baseada nos pressupostos elencados
acima.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
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Figura 23: Exemplo de onda corretiva simples.
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TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
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Figura 25: Exemplo de abc corretivo assimétrico.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
51
Por fim, o abc complexo ocorre quando há várias
estruturas de abc corretivo no processo de correção, formando
uma estrutura maior de abc que deve ser considerada. Essa
estrutura maior pode assumir, às vezes, a forma de um canal
caracterizado pela possibilidade de ligar os topos e os fundos
com linhas paralelas. Vejamos esse tipo na figura 28.
Figura 28: Exemplos de abc corretivo complexo.
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TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
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Figura 29: Exemplo de respeito de TAPZone de onda de inversão de alta.
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TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
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Figura 32: Exemplo de respeito de TAPZone
de onda significativa de baixa.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
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1.5.4. Adicionando elementos de convicção à TAPZone10
Além do descarte, temos alguns casos em que
podemos adicionar elementos que aumentem a probabilidade
de acerto da TAPZone. Um desses elementos é a presença de
barras de volume (laranjas e vermelhas) na região da TAPZone,
como pode ser vista na figura 36. Essas barras são indicativas
de que essa região é de interesse dos players, funcionando
como suportes e resistências baseados em volume. Se,
simultaneamente, o mercado testa uma TAPZone e uma ou
mais barras de volume, temos condições para confiar ainda
mais.
Figura 36: Barras de volume na região da TAPZone.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
61
Por fim, podemos também observar pontos de controle
de histogramas de alto volume. Eles são regiões de preços nas
quais temos o final de um ou mais histogramas do passado
recente com volume claramente acima da média; ou seja: são
topos e fundos com maior fluxo nos histogramas. Consideramos
a região desse tipo de ponto de controle a máxima e a mínima
da última barra do respectivo topo ou fundo. Quando temos
testes em pontos de controle de histogramas, principais ou
fractais, na região da TAPZone, como ocorre na figura 38,
também podemos ter maior convicção em nossa decisão.
Figura 38: Ponto de controle de histograma na região da TAPZone.
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
63
Figura 39: Posicionamento dos players antes do movimento de alta, com
respeito de retração significativa.
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Figura 40: Posicionamento dos players antes do movimento de baixa,
com respeito de retração significativa.
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Figura 41: Posicionamento dos players antes do movimento de alta, com
rompimento de retração significativa de baixa.
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Figura 42: Posicionamento dos players antes do movimento de baixa, com
rompimento de retração significativa de alta.
Não se esqueça...
• Na lógica TAP, tratamos as ondas do mercado em
ciclos 1-2-3, sendo as ondas 1 e 3 chamadas de ondas
impulsivas, e as ondas 2 chamadas de corretivas;
• As ondas corretivas podem ser simples ou em abc
corretivo;
• Ondas de inversão dão origem a um novo movimento
do mercado, caracterizando-se pelo rompimento de
uma retração significativa;
PARTE 1
TAPZone: dos seus fundamentos e das ferramentas de análise do mercado
71
• Ondas significativas correspondem a,
aproximadamente, 50% de um determinado ciclo
e as suas retrações são chamadas de retrações
significativas, são o termômetro do mercado;
• A TAPZone é a confluência de ferramentas ou
indicadores em uma região de retração, interpretadas
à luz do contexto do mercado, podendo ser necessário
que se descarte um ou mais instrumentos.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
73
PARTE 2
LÓGICA OPERACIONAL
TAP: ANÁLISE, DECISÃO E
GERENCIAMENTO DE POSIÇÕES
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
75
2.1. Expressões e definições
Algumas expressões do nosso vocabulário já
estão claras: onda de inversão, onda significativa, retração
significativa, TAPzone, onda impulsiva, onda corretiva, abc
corretivo, são os exemplos mais citados até aqui. No entanto,
haverá, durante a explicitação do operacional, termos que se
repetirão, seja na forma literal, seja por meio de expressões
correlatas. Por esse motivo, exporemos, abaixo, as mais
repetidas, trazendo suas definições e derivações, de modo a
reduzir, ao máximo, qualquer ruído à compreensão.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
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Figura 44: Exemplos de projeções de alvos de ondas de inversão
(corretos e incorretos).
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
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venda, costuma fazer testes de demanda, ou seja, testa a
capacidade da ponta compradora de impor volume contra sua
posição.
Nas metodologias de preço e volume, há várias
possibilidades de se considerar um teste. No TAP,
consideraremos um teste quando o preço toca ou trabalha
a região da TAPZone. Dessa maneira, vamos nos referir aos
testes da seguinte forma:
Teste da onda de inversão: é o teste que acontece
na TAPZone formada na região de retração de uma onda de
inversão, tendo como referência a totalidade da onda que
rompe uma retração significativa, independente de quantos
topos fractais ela possua (figura 45). Assim, podemos ler
como sinônimas as expressões teste de onda de inversão,
teste da retração da onda total de inversão, teste da retração
da onda principal de inversão, teste total da onda de inversão,
ou, de forma imprecisa, mas didaticamente intuitiva dentro do
contexto, teste da retração maior ou teste na total. Isso porque
precisamos, por vezes, diferenciar dos testes das ondas
fractais que eventualmente componham a onda de inversão,
conforme trataremos adiante.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
81
Na primeira parte da figura 45, vemos a (1) retração
significativa sendo rompida, originando uma (2) onda de
inversão. Na sequência, a segunda parte ilustra (1) onda
de inversão; (2) Retração de onda de inversão; (3) Range
agregando a TAPZone; (4) Exaustão do volume/fluxo vendedor
no teste da TAPZone; e (5) Cumprimento de alvo de onda de
inversão.
Teste de fractal de onda de inversão: expressão
muito importante para entendermos o operacional avançado.
As ondas de inversão podem ser simples, às vezes, mas, na
maior parte, são compostas por uma estrutura de topos e
fundos fractais (figura 46). Quando identificamos o teste de
uma TAPZone tendo como referência a retração de algum
desses fractais, podemos nos referir como teste de fractal de
onda de inversão, fractal de onda de inversão ou, a depender do
contexto, quando já está subentendido de que se trata desse
tipo de retração, referimo-nos a ela apenas como fractal.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
83
É possível ver na figura 46: (1) Onda de inversão; (2)
Fractal de onda de inversão; (3) Retração de fractal de onda
de inversão; (4) abc corretivo testando TAPZone; (5) MIDA/
defense agregando a TAPZone; (6) fluxo vendedor baixíssimo
perante ao volume comprador; (7) cumprimento de alvo parcial
de fractal de onda de inversão; e (8) cumprimento de alvo total
de fractal de onda de inversão.
Teste de onda significativa: Essa expressão é utilizada
para se referir à TAPZone formada na região da retração
significativa, tendo como referência a totalidade dessa onda
(figura 47). Podemos nos referir a ela como teste de onda
significativa, teste de retração significativa ou, ainda, teste de
significativa.
Figura 47: Exemplo de teste de onda significativa.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
85
A figura 48 é composta de três partes, nas quais
vemos:
Parte 1: (1) Fractal de onda de inversão; (2) Teste
simples na TAPZone da onda de inversão; e (3)
Até o momento, não cumprimento de alvo total,
porém, está nos dando um novo pullback.
Legenda:
(1) Teste de onda 3.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
89
Figura 51: Exemplo de onda de inversão complexa.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
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Figura 52: Exemplo de onda significativa complexa.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
93
Na figura 53 temos dois exemplos: o primeiro traz
um teste na retração com MIDAS/defense e abc corretivo
convergindo, além de uma barra vermelha com alto volume
financeiro; no segundo exemplo, temos um teste na retração
com MIDAS/defense, onda corretiva simples, range na mesma
região do preço, além de uma barra vermelha agulhando com
alto volume financeiro.
Figura 54: Trigger na TAPZone: exaustão de fluxo.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
95
2.2.1. Operando onda significativa
Legenda:
(1) Onda de inversão.
(2) Teste em onda simples na TAPZone da onda de inversão.
(3) Cumprimento de alvo de onda de inversão.
Fonte: Minidólar, 31/08/2020.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
97
Na figura 57, vemos, na primeira parte, (1) onda
significativa; (2) teste em onda simples na TAPZone da onda de
significativa; e (3) cumprimento de alvo de onda significativa.
Na segunda parte, temos: (1) ciclo completo de onda de
inversão; e (2) ciclo completo de onda significativa.
Passo 2: Faça a medição da pontuação total do ciclo verificando
se há necessidade de fracionamento.
Cada ativo possui uma volatilidade própria que pode
se modificar ao longo do tempo. Até o fechamento deste livro,
trabalhamos com ciclos de até 2800 pontos para o mini-índice
e 100 pontos para o minidólar em gráficos na periodicidade de
1 minuto.
Caso não haja necessidade de fracionamento, utilize
a ferramenta TAP Significative Line para encontrar o topo
ou fundo a partir do qual será considerado o início da onda
significativa (figura 58).
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
99
A figura 58 está sequenciada em quatro partes:
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
101
Para melhor compreensão da figura, ela foi dividida
em 5 partes, sendo:
Parte 1: (1) Onda de inversão. (2) Teste em abc
corretivo na TAPZone da onda de inversão. (3)
Cumprimento de alvo de onda de inversão.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
103
No exemplo da figura 60, temos uma onda significativa
de alta com todos pontos de defesa convergindo: retração
significativa, MIDAS/defense e abc corretivo.
Após esses procedimentos, a região de trade é entre o
primeiro e o último ponto de defesa da TAPZone.
Passo 4: Opcionalmente, verifique se há elementos que
aumentem a convicção da operação.
Observe a presença de ranges, barras de alto volume
e pontos de controle de histogramas na região da TAPZone.
Sugerimos que se faça a leitura do posicionamento dos
grandes players que favoreça sua operação. Importante:
procure elementos de convicção a favor da TAPZone. Caso não
haja ou estejam em desfavor, descarte-os e confie na TAPZone.
Passo 5: Aguarde o mercado chegar na TAP zone e avalie os
gatilhos (triggers).
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
105
Na ilustração acima (figura 61), parte 1, podemos
ver uma onda significativa tendo sua TAPZone testada
(MIDAS/defense e retração significativa), dando-nos uma
zona saudável de trade. Após o mercado entrar na nossa
zona, temos uma boa oportunidade de abrir uma posição. O
stop sempre posicionado acima (nas operações de venda) ou
abaixo (nas operações de compra) do último ponto de defesa
(neste caso, o nível de 61.8% da retração significativa). Na
parte 2, temos um alvo total de 40 pontos, sendo que devemos
procurar um próximo abc a favor do movimento, que nos
proporcione uma expansão de no mínimo 50% do nosso alvo.
Na parte 3, vemos uma forte agressão vendedora, o preço tem
um rápido deslocamento de 25 pontos sem nos dar um abc,
cai de maneira abrupta; neste caso estamos realizando nossa
parcial nessa pontuação.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
107
Na primeira parte da imagem (figura 62), podemos
ver uma onda significativa tendo sua TAPZone testada (abc
corretivo, MIDAS/defense e retração significativa) e nos dando
uma zona saudável de trade. Após o mercado entrar na nossa
zona, temos uma boa oportunidade de abrir uma posição. O
stop sempre posicionado abaixo do último ponto de defesa
(neste caso, o nível de 127% da expansão do abc corretivo). Na
segunda parte, temos um alvo total de 1426 pontos, sendo que
devemos procurar um próximo abc a favor do movimento que
nos proporcione uma expansão de no mínimo 50% do nosso
alvo. A terceira parte nos mostra um abc a favor do movimento
com uma extensão de 720 pontos, local perfeito para
realizarmos nossa parcial de 50% da posição. O alvo parcial
estará sempre entre os níveis de 100% e 127% da expansão do
abc a favor do movimento.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
109
uma MIDAS/defense no topo/fundo que deu origem à onda de
inversão. Por fim, verificar se há pivôs na onda 2 (corretiva) e
traçar uma expansão para projetar o abc corretivo (figuras 64).
Figura 64: TAPZone de onda de inversão.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
111
Figura 65: Stop e alvos de operações em teste de onda de inversão, com
realização parcial sem abc a favor da operação.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
113
2.2.3. Reconhecendo um start de onda 3 e operando um teste
de onda 3
Toda vez que temos um pivô no mercado, isto é, um
topo ou fundo, significa que há presença, em maior ou menor
grau, de agressores interessados em reverter a direção. Com
ondas corretivas não é diferente, embora acreditemos que a
força efetiva do mercado não esteja nela.
Imaginemos que temos uma onda 1 de alta, já
identificamos a TAPZone e estamos apenas aguardando que
o preço chegue à região para abrirmos uma posição. Enquanto
o preço está no provável movimento corretivo de queda, há
participantes impondo força e, quando chega à TAPZone,
acreditamos que serão absorvidos pelos big players. Quando
o preço responde a nosso favor, devemos observar que haverá
algumas barreiras no caminho, pois os vendedores que
agrediram, durante o movimento corretivo, tendem a defender
suas posições antes que se vejam travados em operações
fracassadas e acionem seus stops que, por sua vez, geram
o volume comprador necessário para buscar nossos alvos.
Nesse entremeio, não temos nenhuma confirmação, apenas
uma estimativa, seja de que estejamos em uma onda 3, seja de
que nossa TAPZone será rompida. Dessa maneira, é importante
conhecer o que chamamos de start de onda 3.
O start de onda 3 nada mais é que a perda das defesas
dos participantes posicionados a favor do movimento corretivo.
Utilizamos duas ferramentas: uma linha de tendência, ligando
os topos ou fundos da onda 2, quando houver; e a retração de
Fibonacci da totalidade da onda 2. Enquanto o mercado não
rompe essas defesas, ainda não está caracterizada a onda
3, mas quando rompe, temos um start de onda 3, conforme
figura 67.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
115
Na primeira parte da figura 67, temos (1) onda 1, e (2)
teste na TAPZone formada por retração da onda 1, abc corretivo
e MIDAS/defense.
A segunda parte mostra que, após termos aberto nossa
posição na TAPZone da onda 1, esperamos um start de onda
3, caracterizado pelo rompimento da (1) linha de tendência
ligando os topos/fundos da onda 2 e (2) retração da onda 2,
para nos dar forte indício de que o player, que está contra o
movimento atual, precisará acionar o stop de suas posições.
Na terceira parte, vemos que, com a perda desses dois pontos
de defesa da onda 2, temos uma altíssima probabilidade de
o mercado cumprir nosso alvo. Podemos ver como o volume
comprador aumenta após a perda desses dois pontos, gerando
duas energias que nos guiará até o nosso alvo: uma é a força
dos stops dos vendidos e, a outra, a agressão constante dos
comprados.
Após o start de onda 3, o preço tende a buscar os
alvos, mais pelos stops dos participantes perdedores do
que propriamente por agressões. Três padrões costumam
acontecer: ou o preço acelera abruptamente, não tendo o que
fazer, ou acelera fazendo correções fractais (que veremos no
operacional avançado), ou o mercado faz um teste de onda 3
(figura 68), buscando uma TAPZone e cumprindo o alvo total,
configurando, assim, uma onda 3 em ciclo 1-2-3, que também
chamamos de onda 3 em abc.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
117
Para se operar o teste de onda 3, deve-se seguir os
seguintes passos.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
119
• Ao selecionar fractais, devem-se estabelecer
zonas de retrações de fractais próximas, reduzindo a
quantidade de tomadas de risco e posicionando o stop
no último ponto de defesa, evitando violinadas;
• Devem-se evitar fractais muito pequenos, pois a
probabilidade de respeito é muito pequena, além de
a saída parcial não favorecer a relação entre risco e
retorno;
• Em cada fractal de onda de inversão, deve-se operar
apenas uma vez.
Feitas essas observações, podemos ir ao passo-a-
passo desse tipo de operação.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
123
Figura 72: Operação em fractal de onda 3.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
125
Nesse momento, devemos rever o contexto do mercado
e passar a considerar que ainda estamos em uma onda 1, agora
complexa. Pode ser tanto uma onda de inversão complexa
quanto uma onda significativa complexa, conforme visto nas
figuras 51 e 52.
O que fazer quando identificamos uma onda de
inversão complexa? A lógica operacional da onda de inversão
complexa é exatamente a mesma da onda de inversão normal.
A diferença é que a retração da onda total será reajustada
ao novo topo ou fundo formado, aplicando-se os mesmos
procedimentos operacionais, seja para as ondas fractais, seja
para a total (vide itens 2.2.2 e 2.3.1).
A onda significativa complexa, por sua vez, é um caso
análogo. Perdendo a região de teste de onda 3, deve-se reajustar
a retração significativa ao novo topo ou fundo formado,
aplicando-se os mesmos procedimentos operacionais de
teste de retração significativa já estudados (vide item 2.2.1).
Essa nova retração significativa, formada a partir da onda 1
complexa, passa a ser o termômetro do mercado e sua perda
indica provável reversão do movimento.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
127
Figura 73: Exemplo de saída de operação na primeira linha de tendência.
Parte 1: Neste exemplo, temos uma (1) onda 1 do mercado, um (3) teste na
TAPZone formada por retração, MIDAS/defense e abc corretivo (2), e um
ponto de entrada saudável que, após o mercado perder a linha de tendência,
temos a saída de integral da posição, ou, se já realizamos parcial, temos a
realização dos outros 50% da posição.
Parte 2: Nesse caso, do nosso ponto de entrada até o alvo, não precisaríamos
sair na perda da linha de tendência.
Fonte: Mini-índice, 07/10/2020; Mini-índice, 16/07/2020.
Parte 1: nesse exemplo temos (1) uma onda 1 do mercado, (2) um teste na
TAPZone formada por retração e abc corretivo, sendo assim, um ponto de
entrada saudável. Logo, traçamos nossa linha de tendência ligando os
topos/fundos da onda 3, o mercado perde a linha de tendência e temos
nossa saída integral, caso não tenhamos efetuado uma redução parcial.
Após isso, procuramos outro ponto de entrada que, neste caso, seria o (3)
teste da onda 3 e surfaríamos o mercado novamente até o nosso (4) alvo
total.
Parte 2: Nesse caso, do nosso ponto de entrada até o alvo, não precisaríamos
sair na perda da linha de tendência.
Fonte: Minidólar, 19/10/2020.
PARTE 2
Lógica operacional TAP: análise, decisão e gerenciamento de posições
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1. Enquanto não se faz a realização parcial, não se
deve acionar o trailing stop. A operação deve ser
monitorada e, se necessária, a saída deve ser
realizada manualmente nos rompimentos da linha
de tendência, pois mover o stop antes da hora pode
incorrer em violinadas sem a menor chance de se
entrar novamente na operação.
PARTE 2
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A figura 75 demonstra os seguintes procedimentos
relativos ao trailing stop:
Parte 1: Nesse exemplo temos uma onda 1 do
mercado, um teste na TAPZone que é uma entrada
saudável. Após o mercado confirmar o start da
onda 3, podemos ir protegendo nosso trailing
stop acima/abaixo dos pivôs que o mercado vai
deixando. Note que esses pivôs são os mesmos
que estaríamos buscando como fractal de onda 3,
caso ainda não estivéssemos posicionados (veja
figura 72).
Considerações finais...
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