Você está na página 1de 4

A REVOLUÇÃO TÉCNICO CIENTÍFICA E O MUNDO DO TRABALHO

Desde a crise nos países socialistas e a derrocada desse sistema entre o final da
década de 1980 e o início dos anos 1990, inclusive com a dissolução da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o principal processo de estruturação do espaço
mundial vem sendo a mundialização do capitalismo, caracterizado pela disputa por
mercados entre as grandes potências econômicas e suas empresas multinacionais ou
transnacionais e pela assimilação dos hábitos de consumo, próprios dos países
desenvolvidos, por parcela das sociedades de diversos países em desenvolvimento. Como
você estudou no 8o ano, no capitalismo, a produção de mercadorias e a geração de
serviços destinam-se ao mercado, ou seja, à comercialização.

Hoje, as descobertas científicas encontram-se, em grande parte, voltadas para o


mercado. Quando uma inovação é realizada, especula-se como aquilo poderá transformar
o cotidiano das pessoas. Quando um novo aparelho ou tecnologia são inventados, já
se contam as horas para que ele esteja nas prateleiras para consumo. As grandes
realizações desse período são o desenvolvimento da chamada química fina, a
biotecnologia, a robótica, a genética, entre outros importantes avanços.

Uma das grandes características da RTCI é a ascensão do capital financeiro - capital


bancário (dinheiro) somado ao capital produtivo (investimentos, ações, força de trabalho e
outros). A importância que esse tipo de capital ganha a partir da segunda metade do
século XX é imensurável. O capital financeiro ganha importância devido às novas
tecnologias de informação e de transporte, que permitem uma maior interação entre as
economias dos países. Essa maior conectividade e integração das regiões do mundo
acelerou o processo de Globalização, porém, não se deu de forma igualitária entre todos
os países.
PRINCIPAIS DESDOBRAMENTOS DA TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
 A consolidação do sistema capitalista financeiro.

 O desenvolvimento dos setores de ciência, tecnologia e informação (Tecnopolos).

 A formação e expansão das transnacionais ou empresas globais.

 A descentralização industrial.

 Utilização de várias fontes de energia (antigas e novas): petróleo, energia hidrelétrica,


nuclear, eólica, entre outras. Surge também a preocupação com a diminuição do uso
das fontes de energia poluidoras e aumento da energia limpa.

 A terciarização da economia. O setor terciário (que envolve o comércio, os serviços,


as administrações públicas, a educação, a saúde, entre outros) oferece a maior parte
dos empregos no contexto da RTCI, que, em geral, disponibilizam benefícios salariais
menores e dificultam a capacidade de organização dos trabalhadores.

 O Toyotismo e a flexibilização dos direitos trabalhistas.**

 Mão de obra mecanizada (máquinas, sistemas automatizados, computadores e robôs


industriais) e mão de obra humana qualificada (técnicos e gestores).

O que se pode notar, dessa forma, é que as transformações tecnológicas não


transformam somente as indústrias e os meios de produção, mas também o próprio
espaço geográfico e as relações humanas, sejam em âmbito estrutural, sejam em âmbito
cultural. Além do mais, pode-se dizer que a Revolução Técnico-Científica Informacional é,
sem dúvidas, o grande motor da Globalização na atualidade.
INDÚSTRIA 4.0
Mas a evolução industrial não parou por aí. A indústria 4.0, também conhecida
como a Quarta Revolução Industrial, tem início nos anos 2010, com o destaque
principalmente da Alemanha, marcada pela Internet da Coisas (IOT), impressão 3D,
engenharia genética, inteligência artificial, veículos autônomos, robótica e máquinas que
aprendem. Ela tem início por conta da demanda crescente por produtos cada vez mais
personalizados e é marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.

Yt

PESQUISA: O QUE É O TOYOTISMO?


AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E O DESEMPREGO ESTRUTURAL

INDUSTRIALIZAÇÃO E AGROPECUÁRIA
[...] O processo de expansão da fronteira agrícola brasileira, somado ao processo de
inovação tecnológica no setor agropecuário, é responsável pelo desempenho da
participação do país no comércio internacional de commodities e no desempenho assistido
no setor em todas as dimensões. Acoplada a isso, a abertura econômica contribuiu para o
resultado que tem alcançado o setor na produção nacional, desde meados do século XX e
início do século XXI.
Se, por um lado, a atual conjuntura do setor agropecuário brasileiro é motivo de
exaltação, de que é prova o sucesso alcançado pelo setor no país e em todo o mundo, por
outro, há uma parte fragilizada no contexto agropecuário que não ficou incólume aos
efeitos da modernização e que foi acentuadamente afetada pelas externalidades negativas
do processo.
A força de trabalho rural do país foi [...] excluída por força do avanço de uma
modernização marginalizadora [...], sobretudo pela ausência de políticas de efeito
compensatório em favor da força de trabalho rural brasileira. [...]
FILHO, Luís Abel da Silva. Mudanças estruturais, mercado de trabalho e rotatividade no emprego agropecuário no
Brasil. Revista de Desenvolvimento Econômico. v. 15, n. 27 (2013). Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2018.

Você também pode gostar