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PROJETO E CÁLCULO

DE ESTRUTURAS METÁLICAS
ESTRUTURAS METÁLICAS
LIGAÇOES SOLDADAS

• Dimensões mínimas e máximas dos filetes de solda


ESTRUTURAS METÁLICAS
• Dimensões mínimas e máximas dos filetes de solda

As soldas de filete são as mais utilizadas em ligações soldadas devido à sua economia, sua
facilidade de execução e sua adaptabilidade. As soldas de filete têm geralmente a forma de
um triângulo isósceles reto. Normalmente os dois lados do triângulo são iguais e o ângulo
entre eles é de 90º, porém para ligações inclinadas pode-se ter um ângulo agudo entre 60º
e 90º ou um ângulo obtuso entre 90º e 135º. Permite-se um afastamento de até 5 mm
entre as peças a serem soldadas porém se este afastamento for maior do que 1,5 mm a
dimensão da solda “w” deverá ser acrescida do valor do afastamento (obs.: estas limitações
são da AWS e diferem um pouco das limitações da NBR 8800:1986).
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Dimensões mínimas e máximas dos filetes de solda

Para as soldas de filete utiliza-se a seguinte nomenclatura (Fig. III.10):


− Face de fusão – região da superfície original do metal base onde ocorreu a
fusão do metal base e do metal da solda.
− Raiz da solda (root) – linha comum às duas faces de fusão.
− Perna do filete (leg), “w” – menor dos lados, medidos nas faces de fusão,
do maior triângulo inscrito dentro da seção transversal de solda. A
especificação de uma solda de filete é feita através da dimensão de sua perna.
− Garganta efetiva (effective throat), “tw” – é a menor distância entre a raiz
da solda e a face externa do triângulo inscrito. Para o caso usual (solda com
lados iguais e com ângulo reto) a garganta da solda vale 0,707.w, onde w é a
dimensão da solda.
− Comprimento efetivo da solda (effective weld lenght), “lw” – é dado pelo
comprimento da linha que liga os pontos médios das gargantas efetivas ao
longo do filete.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Dimensões mínimas e máximas dos filetes de solda

− Área efetiva da solda (throat área), “Aw” – é a área considerada como de


resistência da solda, sendo igual ao produto tw.lw.
− Área teórica da face de fusão, “AMB” – é a área resistente do metal base
junto à solda, sendo igual ao produto w.lw.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Dimensões mínimas e máximas dos filetes de solda

Quando a solda de filete é executada pelo


processo de arco submerso (SAW), tal como
ocorre nas soldas de composição de perfis
soldados, pode-se aumentar a garganta efetiva
da solda para: 1) Para soldas de filete com
perna igual ou inferior a 9,5 mm, a garganta
efetiva pode ser adotada como igual a perna
da solda. 2) Para soldas de filete com perna
maior do que 9,5 mm, a garganta efetiva pode
ser tomada como sendo a garganta teórica
mais 2,8 mm (ou seja, tw = 0,707.w + 2,8 mm,
para soldas simétricas).
ESTRUTURAS METÁLICAS
• DIMENSÕES MÍNIMAS

A dimensão da solda deve ser estabelecida em função da parte


mais espessa soldada, exceto quando tal dimensão não necessite
ultrapassar a espessura da parte menos espessa, desde que seja
obtida a resistência de cálculo necessária.
As dimensões mínimas de soldagem para solda de filete são
relacionadas na tabela( NB-14- Tabela 11):
ESTRUTURAS METÁLICAS
• DIMENSÕES MÍNIMAS
ESTRUTURAS METÁLICAS
• DIMENSÕES MÁXIMAS

As soldas de filete executadas ao longo de bordas das peças soldadas devem ter sua dimensão
limitada a um máximo. A dimensão máxima de uma solda de filete que pode ser usada ao longo
de bordas de partes soldadas é a seguinte: 1) Ao longo de bordas de material com espessura
inferior a 6,35 mm, não mais do que a espessura do material; 2) Ao longo de bordas de material
com espessura igual ou superior a 6,35 mm, não mais do que a espessura do material subtraída
de 1,5 mm. O objetivo desta limitação é evitar que seja fundida a borda de chapas com espessura
de 6,35 mm ou mais, o que levaria a avaliações erradas da garganta efetiva da solda (Fig. III.13).
Portanto, para chapas com espessura maior ou igual a 6,35 mm a borda da chapa deve ser
facilmente identificada.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• COMPRIMENTO DAS SOLDAS DE FILETE (NB-14 ITEM
7..2.6.2)
O comprimento efetivo mínimo de uma solda de filete, dimensionada para uma solicitação
de cálculo qualquer, não pode ser inferior a 4 vezes sua dimensão nominal ou, então, essa
dimensão nominal não pode ser considerada maior que 25% do comprimento efetivo da
solda. Adicionalmente, o comprimento efetivo de uma solda de filete sujeita a qualquer
solicitação de cálculo não pode ser inferior a 40 mm. Quando forem usadas somente
soldas de filete longitudinais nas ligações extremas de barras chatas tracionadas, o
comprimento de cada filete não pode ser menor que a distância transversal entre eles
(Fig. III.14). O espaçamento transversal de soldas de filete longitudinais usadas em ligações
de extremidade não pode ultrapassar 200 mm, a menos que no projeto sejam tomadas
medidas para evitar flexão transversal excessiva na ligação.
ESTRUTURAS METÁLICAS

• COMPRIMENTO DAS SOLDAS DE FILETE


ESTRUTURAS METÁLICAS
• Soldas Intermitentes de Filete

Podem ser usadas soldas intermitentes de filete, dimensionadas para transmitir


solicitações de cálculo, quando a resistência de cálculo exigida for inferior a de
uma solda contínua da menor dimensão nominal permitida, e também para
ligar elementos de barras compostas. O comprimento efetivo de qualquer
segmento de solda intermitente de filete não pode ser menor que 4 vezes a
dimensão nominal, nem menor que 40 mm. 0 uso de soldas intermitentes
requer cuidados especiais com flambagens locais e com corrosão.
ESTRUTURS METÁLICAS
• Ligações Sobrepostas

O cobrimento mínimo em ligações sobrepostas deve ser igual a 5 vezes a


espessura da peça menos espessa e não inferior a 25 mm. Desta forma
evita-se uma rotação excessiva da junta quando as peças são tracionada
(Fig. III.15).
ESTRUTURAS METÁLICAS
• LIGAÇÕES SOBREPOSTAS
As juntas sobrepostas tracionadas têm a tendência de abrir e de aplicar um esforço
de rasgamento na raiz da solda, a menos que sejam restritas por uma força F como
indicado na Fig. III.16. Devido a isto chapas ou barras ligadas por sobreposição e
sujeitas à solicitação axial devem ter soldas de filete ao longo das extremidades de
ambas as partes, exceto quando a deformação das partes sobrepostas for
suficientemente contida de modo a evitar abertura da ligação por efeito das
solicitações de cálculo.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Retornos de Soldas de Filete

Os retornos de solda são utilizados para reforçar as soldas de filete onde elas
são mais solicitadas e assim evitar fissuras e rasgamento progressivo ao longo
do comprimento da solda. Os retornos de soldas devem contornar
continuamente os cantos numa extensão não inferior a duas vezes a
dimensão nominal da solda. Eles devem ser utilizados em soldas laterais de
consolos e de assentos de apoio de vigas submetidos a cargas cíclicas
(Fig. III.17).
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Retornos de Soldas de Filete

Os retornos de soldas de filete também são recomendados em chapas e cantoneiras


de extremidade onde se deseja garantir a flexibilidade da ligação (Fig. III.18). Neste
caso a extensão do retorno não deve exceder a quatro vezes a dimensão nominal da
solda.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• ÁREA EFETIVA
A área efetiva de um cordão de solda é a área de solda a ser utilizada no
dimensionamento da ligação. Neste caso temos (NB-14- ITEM 7.2.2.2)

• Ao arco manual: Para efeito de calculo a área é a referente á espessura da


garganta da solda.

Aw = espessura da garganta efetiva (t)

x
comprimento efetivo do filete)

Onde: Aw- área efetiva de uma solda de filete

Sendo que a garganta efetiva de uma solda de filete é igual á menor distância medida
da raiz á face plana teórica da solda.
Raiz da solda: é a interseção das faces de fusão.
Estrutura metálicas
• ÁREA EFETIVA

Face da solda

Área afetiva Aw

Raiz
ESTRUTURAS METÁLICAS
• ÁREA EFETIVA

• Ao arco submerso: A espessura efetiva da garganta é maior devido á


maior penetrabilidade da solda.

Espessura da garganta efetiva (t)= {perna (s) para ≤ 9,5 mm


{ garganta (t) + 2,8 mm para s> 9,5mm
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• Resistência linear da solda do filete(NB-14-TABELA 8)
A) Resistência de cálculo do metal da solda

Rn= (0.6 Fw) Aw Ф = 0.75


Aw = tΔ L

Onde: Fw = resistência nominal á ruptura por tração do eletrodo.

B) Resistência de cálculo do metal base

Rn =(0.6 Fy) Amb: =Ф 0.9


Amb = s Δ L
Onde: Amb – área do metal base
Obs: É possível opcionalmente fazer o cálculo da resistência da solda por
unidade de comprimento do cordão.
ESTRUTURAS METÁLICAS
Cálculo de Resistência da solda do filete
𝑡 2 2 𝑠
sem 45º = t= 2
𝑥 𝑠
2√2
𝑥 𝑠
√2
= 0,707 𝑥 𝑠
𝑠
Ф 𝑅𝑛
q’= 𝑠
Δ𝐿

Rn = ( 0.6 x fm) Aw

Aw = t ΔL

Ф (0.6 𝑓𝑤) Ф 0.6 𝑓𝑤 . 𝑇 Δ𝐿 = 0.75 (0.6FW) S = 0.318 Fw S


q’ = =
𝛥𝐿 Δ𝐿
ESTRUTURAS METÁLICAS
TABELA DE RESISTÊNCIA DA SOLDA POR UNIDADE DE COMPRIMENTO
ESTRUTURAS METÁLICAS
• SOLDA DE FILETE EM CANTONEIRAS
No caso de peças, o centro de gravidade da solda deve coincidir com o da peça.
Sendo L o comprimento do cordão de solda, tem-se para as cantoneiras:

Dois cordões de solda


ESTRUTURAS METÁLICAS
SOLDA DE FILETE EM CANTONEIRAS

Três cordões de solda


ESTRUTURAS METÁLICAS
Quatro cordões de solda
ESTRUTURAS METÁLICAS
• SOLDAS DE ENTALHE

Pode-se ter:
✓ Penetração total- A espessura da garganta é á
espessura da chapa de menor dimensão.
✓ Penetração parcial- A garganta corresponde a
espessura do chanfro.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total
As soldas de entalhe são utilizadas geralmente para conectar duas placas que
estão alinhadas no mesmo plano ( junta de topo). Neste caso a solda é
executada num entalhe entre as bordas das duas placas. As soldas de entalhe
podem ser utilizadas também em juntas “T” e em juntas de canto. As soldas
de entalhe podem ser de penetração total, quando executadas em toda a
espessura do metal base, ou de penetração parcial, quando executada em
parte da espessura do material. As soldas de entalhe devem se estender por
toda a largura das partes conectadas. Não são permitidas soldas de entalhe
intermitentes.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total

Para as soldas de entalhe adota-se a seguinte nomenclatura (Fig. III.21):

− Garganta efetiva, “tw” – para uma solda de entalhe de penetração total a garganta
efetiva é a menor das espessuras das chapas conectadas (para juntas de topo) ou a
espessura da chapa que recebe a solda em sua borda (para juntas “T”).
− Comprimento efetivo, “lw” – é o comprimento real da solda que, no caso da solda
de entalhe, deve coincidir com a largura da peça ligada.
− Área efetiva, “Aw” – é o produto da garganta efetiva pelo comprimento efetivo.
− Ângulo do entalhe, “α” – ângulo formado entre as duas faces de fusão
. − Profundidade do chanfro “S” – altura de preparação do entalhe.
− Abertura da raiz, “R” – afastamento entre as partes conectadas.
− Nariz do chanfro, “f” – parte da espessura que não foi chanfrada.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total

Os tipos padrão de soldas de entalhe são nomeados de


acordo com a forma do chanfro da borda a ser soldada:
reta, entalhe em “V” (simples ou duplo), entalhe em Bisel
(simples ou duplo), entalhe em “U” (simples ou duplo) e
entalhe em “J” (simples ou duplo). Na Fig. III.22 estão
representados os tipos de soldas de entalhe assim como
um número que as identifica, de acordo com a norma AWS
D1.1. Este número será utilizado para designar cada um
dos tipos de soldas de entalhe nas juntas pré-qualificadas
da AWS.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total

A soldagem para soldas de entalhe de penetração total é feita por ambos os lados
da junta ou apenas por um lado. Quando a soldagem é feita pelos dois lados, a
raiz do primeiro passe de solda deve ser limpa até eliminar todas impurezas: este
processo de limpeza da raiz do primeiro passe de solda é chamado de extração
de raiz. Após a extração de raiz pode ser executada a solda do lado oposto ao
lado onde foi executado o primeiro passe. Na execução dos demais passes de
solda deve-se sempre limpar cuidadosamente a escória na superfície do passe
anterior. Quando a solda é executada somente de um lado coloca-se uma chapa
de espera do lado oposto (backing bar). Neste caso não há extração de raiz.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total

A resistência de cálculo “φRn” das soldas de entalhe de penetração total está


indicada na Tabela III.5. Nesta tabela, “Aw” é a área efetiva da solda; “fy” é a
tensão de escoamento do metal base de menor “fy” na junta e “fw” a
resistência mínima à tração do metal da solda, obtida da Tabela III.2. Nota: Em
nenhuma situação a resistência da solda poderá ser tomada maior do que a
resistência do metal base na ligação.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração total

Resistências de cálculo φRn de soldas de entalhe total


ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial
As soldas de entalhe de penetração parcial são utilizadas quando os esforços
a serem transmitidos são pequenos. As bordas não necessitam ser chanfradas
em toda a espessura e a altura da solda também é menor que a espessura da
Junta.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial

Mesmo que o(s) chanfro(s) ocupe(m) a espessura total da chapa, as soldas de


entalhe executadas de um lado sem chapa de espera, ou executadas dos dois
lados sem extração de raiz, são consideradas de penetração parcial. Estas
soldas são utilizadas como juntas de topo em emendas de colunas
submetidas somente à cargas axiais, como juntas “T” em soldas de
composição de perfis I, e como juntas de canto em soldas de composição de
perfis caixão e perfis U soldados. As designações e nomenclatura das soldas
de penetração total
valem para as soldas de penetração parcial, a menos da definição de garganta
efetiva, a qual é definida na Tabela III.6.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial

Existe um caso particular de solda de penetração parcial onde a superfície


convexa de uma ou das duas partes que estão sendo ligadas cria a preparação
da junta. Esta situação ocorre frequentemente quando um (ou ambos)
componente(s) da junta consiste de uma barra redonda, possui canto
arredondado ou tem borda arredondada (Fig. III.24). Neste caso a garganta
efetiva da solda de entalhe de penetração parcial é dada pela Tabela III.7.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial

Dilatação do Entalhe Eficaz da garganta

Dilatação do chanfro do entalhe


Eficaz da garganta

Fig. III.24 - Solda de entalhe de penetração parcial em borda(s) curva(s)


ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial

Quando uma solda de entalhe de penetração parcial é reforçada


com filete a AWS permite considerar este acréscimo de solda
aumentando a garganta efetiva da solda de entalhe (Fig. III.25). A
NBR 8800:1986 não permite este tipo de consideração.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial

Fig. III.25 – Solda de entalhe de penetração parcial com reforço de filete


ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial

As espessuras mínimas de gargantas efetivas de soldas de


entalhe de penetração parcial estão indicadas na Tabela III.8.
A dimensão da solda deve ser estabelecida em função da
parte mais espessa soldada, exceto que tal dimensão não
necessita ultrapassar a espessura da parte menos espessa,
desde que seja obtida a resistência de cálculo necessária.
Para essa exceção e para que se obtenha uma solda de boa
qualidade, devem ser tomados cuidados especiais usando-se
preaquecimento. Não podem ser usadas soldas de
penetração parcial em emendas de peças fletidas.
ESTRUTURAS METÁLICAS
✓ Penetração parcial
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Resistência de Soldas de Entalhe de Penetração Parcial

A resistência de cálculo “φRn” das soldas de entalhe de penetração parcial


está indicada na Tabela III.9. Nesta tabela “Aw” é a área efetiva da solda, “fy” é
a tensão de escoamento do metal base de menor “fy” na junta e “fw” a
resistência mínima à tração do metal da solda, obtida da Tabela III.2 Nota: Em
nenhuma situação a resistência da solda poderá ser tomada maior do que a
resistência do metal base na ligação.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• Resistência de cálculo Solda de Entalhe de Penetração Parcial

(1) Soldas de entalhe de penetração parcial, ligando os elementos componentes de perfis


soldados (mesas e almas), podem ser calculadas sem considerar as tensões de tração ou
de compressão nesses elementos, paralelas ao eixo da solda; deverão ser considerados,
entretanto, tensões de cisalhamento causadas pelas forças cortantes e os efeitos locais.
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• SOLDA DE TAMPÃO

Podem ser usadas soldas de tampão em furos ou rasgos para transmitir forças
paralelas às superfícies de contato em ligações por superposição ou para evitar
flambagem (ou separação) das partes sobrepostas, e para ligar componentes
de barras de seção composta. Estas soldas são executadas com as partes sobre
postas em contato, através da deposição do metal de solda em furos circulares
ou em rasgos em uma das partes. As aberturas podem ser parcialmente ou
totalmente preenchidas com solda, dependendo da sua profundidade. A
capacidade de carga de uma solda de tampão é dada pelo produto da área do
furo (ou do rasgo) pela tensão admissível da solda. As soldas de tampão não
devem ser submetidas à cargas de tração. A área efetiva de cisalhamento de
uma solda de tampão, em furo ou rasgo, deve ser igual à área nominal da
seção transversal do furo ou rasgo no plano das superfícies em contato.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• SOLDA DE TAMPÃO

Seguem algumas limitações que devem ser obedecidas pelas soldas de tampão
(Fig. III.26):

− O diâmetro dos furos para soldas de tampão em furos não pode ser inferior à
espessura da parte que os contém acrescida de 8 mm, nem maior que 2,25
vezes a espessura da solda.

− A distância de centro a centro de soldas de tampão em furos deve ser igual


ou superior a 4 vezes o diâmetro do furo.

− O comprimento do rasgo para soldas de tampão em rasgos não pode ser


maior que 10 vezes a espessura da solda.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• SOLDA DE TAMPÃO
− A largura dos rasgos não pode ser inferior à espessura da parte que os contém
acrescida de 8 mm, nem maior que 2,25 vezes a espessura da solda.
− As extremidades dos rasgos devem ser de forma semicircular, ou devem ter
cantos arredondados de raio não inferior à espessura da parte que os contém,
exceto aquelas extremidades que se estendem até a borda do elemento soldado.
− O espaçamento entre as linhas de centro de rasgos, medido na direção
transversal ao comprimento dos rasgos, deve ser igual ou superior a 4 vezes a
largura do rasgo.
− A distância de centro a centro de rasgos situados linha, deve ser igual ou
superior a 2 vezes o comprimento dos rasgos.
− A espessura de soldas de tampão em furos ou rasgos situados em material de
espessura igual ou inferior a 16 mm deve ser igual à espessura desse material.
Quando a espessura desse material for maior que 16 mm, a espessura da solda
deve ser no mínimo igual à metade da espessura do mesmo material, porém não
inferior a 16mm.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• SOLDA DE TAMPÃO
ESTRUTURAS METÁLICAS
• SOLDA DE TAMPÃO
TABELA DE ESPESSURA DE SOLDA TAMPÃO EM FUROS OU RASGOS

ESPESSURA DA PLACA ESPESSURA DO FURO ESPESSURA DO ESPAÇAMENTO DO


FURO E ABERTURA DE SOLDA

3/16 E 1/4 9/16 d≥(t +5/16), arredondando pra mais


1/16 igual d ≤2 ¼ w

5/16 E 3/8 11/16 S ≥ 4d


S’ ≥ 2l onde t ≤ 5/8, w=t
7/16 E 1/2 l≤10w onde t>5/8, w=t/2
13/16
R=d/2 mas, não menor do que 5/8
Rt
9/16 E 5/8 15/16

Fig. III.26 – Soldas de tampão em furos e rasgos


ESTRUTURAS METÁLICAS
• COMBINAÇÕES DE TIPOS DIFERENTES DE SOLDAS

Se numa mesma ligação forem usados dois ou mais tipos de


solda (entalhe, filete, tampão em furos ou rasgos), a resistência de
cálculo de cada um desses tipos deve ser determinada separadamente
e referida ao eixo do grupo, a fim de se determinar a resistência de
cálculo da combinação. Todavia, esse método de compor resistências
individuais de soldas não é aplicável a soldas de filete superpostas a
soldas de entalhe, utilizando-se nos cálculos apenas a resistência das
últimas.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DA SIMBOLOGIA DE SOLDA

As ligações soldadas, segundo o tipo de junta, podem ser classificadas em:


− Junta de Topo (Butt Joint)
− Junta “T” (Tee Joint)
− Junta de Canto (Corner Joint)
− Junta Sobreposta (Lap Joint)
− Junta de Borda (Edge Joint)

Estas juntas estão representadas na Fig. III.7 e a cada uma delas é associada
uma letra de identificação, de acordo com a norma AWS D1.1. Esta letra
servirá posteriormente para designar cada um dos tipos de juntas
pré-qualificadas da AWS.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DA SIMBOLOGIA DE SOLDA
ESTRUTURAS METÁLICAS
• JUNTA DE TOPO

Junta de Topo – esta junta é utilizada principalmente para unir as extremidades


de chapas planas de mesma ou aproximadamente a mesma espessura.
A principal vantagem deste tipo de junta é eliminar a excentricidade que
apareceria numa junta sobreposta, por exemplo. Quando utilizadas com solda
de penetração total as juntas de topo minimizam o tamanho da ligação e
possuem melhor aparência. Sua principal desvantagem consiste no fato de que
as bordas a serem conectadas necessitam de uma preparação prévia especial
(normalmente estas bordas devem ser chanfradas) e devem ser cuidadosamente
alinhadas antes da soldagem. Este tipo de junta é recomendado para ser
executado em fábrica onde o processo de soldagem pode ser melhor
controlado.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• JUNTA T

Junta “T” – este tipo de junta é utilizado para fabricar seções tais como perfis
I ou H e perfis “T”, assim como para ligações de enrijecedores, consoles e
demais peças que formam ângulos retos entre si. Este tipo de junta é
especialmente útil na ligação de perfis compostos por tiras de chapas planas
que podem ser unidas por soldas de filete ou soldas de entalhe.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• JUNTA DE CANTO

Junta de Canto – esta junta é utilizada principalmente para


formar perfis caixão soldados quadrados ou retangulares,
utilizados em colunas e em vigas que precisam resistir
esforços torsionais consideráveis
ESTRUTURAS METÁLICAS
• JUNTA SOBREPOSTA
Junta Sobreposta – este é o tipo mais comum de junta,
possuindo duas grandes vantagens: facilidade de montagem,
pois as peças podem ser levemente deslocadas para
acomodar pequenos erros de fabricação, e facilidade de
ligação, pois as peças a serem conectadas não necessitam de
nenhuma preparação especial em suas bordas.
Em juntas sobrepostas utiliza-se solda de filete o que as torna
apropriadas tanta para ligações de fábrica quanto para
ligações de campo. Uma outra vantagem deste tipo de junta
é a facilidade em executar ligações de espessuras diferentes.
Na Fig. III.8 tem-se alguns exemplos de juntas sobrepostas.
ESTRUTURAS METÁLICAS
• JUNTA DE BORDA

Junta de Borda – as juntas de borda não costumam ser estruturais,


sendo utilizadas para manter 2 ou mais placas alinhadas ou num
determinado plano
ESTRUTURAS METÁLICAS
• RESUMO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE SOLDA

TABELA SÍMBOLOS BÁSICOS DA LOCALIZAÇÃO E DO TIPO DE SOLDA


ESTRUTURAS METÁLICAS
• SIMBOLOS SUPLEMENTARES DA SOLDA
FIM

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