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O Pavimento Mosaico, seus quadrados pretos e brancos representam o antagonismo de todas

as coisas da natureza, onde tudo reside em harmonia. Tudo foi criado para viver em perfeita
harmonia, não devemos olhar as diversidades como as cores e raças, o antagonismo das
religiões e crenças tudo deve nos levar a ver somente que foram criadas para viver na mais
íntima e perfeita Fraternidade.

Ao entrarmos em qualquer templo maçônico ao redor do mundo, uma das primeiras


coisas que notaremos será o piso de madeira. Nossos olhos, focarão imediatamente
no detalhe distinto que ele carrega em seu centro: um mosaico, composto por
quadrados pretos e brancos intercalados.
Este detalhe arquitetônico recebe diversas variações do mesmo nome, visto que,
alguns o chamam de Piso de Mosaico, enquanto outros preferem usar a palavra
Pavimento, e, devido ao seu layout que lembra o clássico jogo de tabuleiro, existem os
Irmãos que o chamam simplesmente de Piso Xadrez.
Independentemente da denominação escolhida, todo maçom deve compreender a
importância e o significado do piso. Portanto, neste artigo iremos analisar seu
simbolismo na Ordem.
Em primeiro lugar, é preciso entender que, embora seja um piso, o mosaico não deve
ser pisado. Seu propósito no templo é servir como um lembrete da diversidade
humana, bem como o dualismo presente na essência da vida, onde habita as forças
contrárias como, o bem e o mal, a verdade e a mentira, a luz e as trevas, o amor e o
ódio, a sabedoria e a ignorância, e assim por diante.
Nele também encontramos o altar, com o Livro Sagrado da Lei, o esquadro e o
compasso, aludindo às três luzes da Maçonaria.
Outro simbolismo atribuído a este ornamento, é a relação estabelecida entre os
Irmãos, que, como sabemos, é alicerçada em fraternidade, igualdade, empatia e
companheirismo acima de tudo.
O piso de mosaico une cores diferentes e opostas, representando a maneira como a
Maçonaria reúne homens de diferentes culturas, religiões, classes, raças e origens
gerais para compartilhar os mesmos valores filosóficos e propósitos; juntos eles
traçam um caminho de vida, que apesar de distintos em suas execuções, são
similares no que se refere aos ensinamentos e fundamentos utilizados como guias
para levá-los ao Oriente, onde se encontra a tão almejada plenitude Maçônica.
Assim, podemos entendê-lo como uma forma discreta, mas emblemática, de celebrar
e homenagear a diversidade presente em nossas Lojas ou Orientes, assim como o
convívio harmônico entre os Irmãos, que se estende além das oficinas e continua no
mundo profano, refletindo esses laços fraternais em nossos círculos familiares, amigos
e também na sociedade na qual estão inseridos.
Por fim, o piso mosaico é uma demonstração simbólica do paradoxo da vida, que
nunca é apenas boa ou apenas má, nem mesmo apenas certa ou errada, mas sim um
compilado de opostos que se repelem com a mesma intensidade que se atraem, e que
no final se completam, contribuindo durante a jornada para a evolução de todos os
seres humanos.

https://www.gosp.org.br/luzes/curiosidades/o-piso-mosaico-do-templo-maconico

PAVIMENTO MOSAICO
Duas formas distintas são utilizadas para denominar este Ornamento:
“Pavimento Mosaico” e “Pavimento de Mosaico”.

Quando falamos ou grafamos “Pavimento de Mosaico”, a locução


adjetiva “de mosaico” dá o sentido de “pavimento ou piso em forma de
mosaico”, isto é, pavimento constituído de ladrilhos variegados
embutidos de pequenas pedras ou de outras peças de cores que, por
sua disposição, dão aparência de desenho. Nesse sentido, poder-se-
ia dizer que “mosaico” deriva do latim medieval mosaicom e antigo
musivum, derivado do grego mouseion, que significa pertencente às
musas, artístico.

Já quando nos referimos a este Ornamento como “Pavimento


Mosaico”, o adjetivo “mosaico” se apresenta com o mesmo sentido
que se aplica quando se diz “Lei Mosaica”, que obviamente não
significa uma lei formada de pequenas pedras ou ladrilhos e sim à lei
legada por Moisés. Dessa forma, “Pavimento Mosaico” indica que o
pavimento diz respeito ao personagem bíblico Moisés.

Assim, conquanto o pavimento seja constituído de ladrilhos pretos e


brancos, estes não possuem um tamanho suficientemente pequeno,
nem formam um desenho, para que possamos entendê-lo como sendo
um pavimento de mosaicos.

Portanto, o nome correto do Ornamento é “Pavimento Mosaico”, pois


se origina de Moisés, legislador que sistematizou a religião judaica e
que, tendo sido criado junto à classe sacerdotal egípcia, legou
ensinamentos que foram respeitados quando da construção do
Templo de Salomão, do qual a Maçonaria extraiu inúmeros Símbolos,
alegorias e lendas.

O Pavimento Mosaico é constituído por ladrilhos quadrados,


alternadamente brancos e pretos, sendo sua medida ideal a de um
paralelogramo cujo comprimento seja o dobro de sua largura.

Com seus quadrados brancos e pretos, simboliza a Harmonia dos


contrários, nos ensinando que apesar do contraste e da diversidade
de todas as coisas da Natureza, em tudo reside a mais perfeita
Harmonia.

O Pavimento Mosaico nos indica que as diversidades de raças, de


religiões ou de princípios que regem os diferentes povos nada mais
são do que uma exteriorização de manifestação, pois toda a
humanidade foi criada para viver em completa Harmonia e na mais
íntima Fraternidade.

O Pavimento Mosaico simboliza então a Harmonia que sempre deve


haver entre todos os Maçons, independentemente de suas diferenças
étnicas, religiosas, políticas, etc.

Representa também a Harmonia existente entre várias dualidades


aparentemente antagônicas, tais como o bem e o mal, o espírito e a
matéria, a polaridade positiva e a polaridade negativa da natureza, a
luz e as trevas, entre outras.

Autor: Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz


https://www.brasilmacom.com.br/pavimento-mosaico/

Pavimento Mosaico
Quando entrei no Templo, uma das coisas que sobressaíram ao meu olhar, foi o seu
chão.

Um chão “aos quadradinhos” brancos e pretos.

Chamam-lhe de “Pavimento Mosaico”.

Situado no centro da Loja, é o local onde se encontra o Altar, o qual é encimado pelo
Livro da Sagrada Lei, o Esquadro e o Compasso (as três Luzes da Maçonaria); sobre
esse piso encontram-se também o Painel do Grau e as Colunetas, sendo circundado pela
Orla Dentada.

E como piso que é, serve para ser pisado. Claro!


Pois. Mas isso é o que o mais incauto seria levado a pensar…

O Piso ou Pavimento Mosaico, como também pode ser designado, não serve para ser
pisado, ou não o deveria ser.

Como pavimento que é, ele serve também para nos lembrar que o piso ou chão de um
Templo Maçónico deve ser pisado por qualquer pessoa, independentemente da sua
Raça, Credo e Filiação. Quer isto mesmo dizer que o Piso de uma Respeitável Loja,
representa também a própria Universalidade da Ordem Maçónica.

Apesar do Templo Maçónico/Respeitável Loja representar as formas do Templo de


Salomão (na sua dimensão), este tipo de piso não existia no referido templo, tendo ele
origem na Antiga Suméria.

O facto de ter apenas duas cores (Branco e Preto), é que por sua vez já suscita várias
interpretações.

Há quem considere que o Preto é o resultado da mistura de todas as cores e o Branco,


como a ausência de cor. Há quem por sua vez considere que o Preto é a ausência de Luz
e o Branco, a sua presença.

Deixando as “cores” de lado, uma coisa é certa. O Pavimento Mosaico é um Ornamento


da Loja, e apesar de não ter um cariz filosófico vincado, ele encerra em si algum
simbolismo. E é esse simbolismo que nos interessa apreender…
Ele representa as Dualidades que existem na nossa Vida. A luta do Bem contra o Mal, o
vencer a Ignorância através do Conhecimento, o triunfo da Verdade sobre a Mentira, a
Luz e as Trevas, a Vida e a Morte, o Espírito e a Matéria, a Pobreza e a Riqueza, bem
como a Diversidade dos Povos e Culturas que existem.

E no “nosso” caso concretamente, os quadrados brancos e pretos, podem simbolizar a


União existente entre Maçons apesar das suas diferenças pessoais e a sua permanente
luta contra os Vícios, sobrepondo as suas Virtudes, destacando-se dos demais no Mundo
Profano (Iniciados vs Profanos) através das suas Qualidades em detrimento dos
seus Defeitos.
E como o Pavimento Mosaico é formado por quadrados perfeitos, eles simbolizam a
Harmonia que deve reinar entre Irmãos, tanto no interior do Templo Maçónico como no
mundo profano.

Um Maçon antes de ser Iniciado e passar a viver na Luz, ele era um profano e
deambulava pelas trevas, isto é, “não via p’ra lá de lá”; no entanto, na sua Iniciação, a
“Luz fez-se”, e Ele passou a ver mais além… Passou a ver mais que simplesmente a cor
“preta ou branca”, passou a ver e sentir o contraste de tais “cores”, a sua oposição e a
sua ligação mundana.
Uma dicotomia permanente que se reflecte nas nossas atitudes do dia-a-dia. Mas para
além disso, o profano depois de iniciado (Maçon) passou a distinguir não só as
quadriculas alvi-negras, mas principalmente a linha que as une e que ao mesmo tempo
as separa. Um paradoxo, mas que nem por isso é de menor importância. Ao contrário de
um profano, um Maçon sabe como e por onde deve caminhar. E é sobre essa “linha”
que ele fará o seu percurso, um caminho sem “altos e baixos. Tomando essa via
“estreita”, ele não encontrará qualquer obstáculo que lhe dificulte o seu caminho, o que
lhe permitirá fazer um percurso limpo e a direito, sem qualquer desvio que abrande a
sua busca pela Perfeição.
E como foi alguém que transitou das trevas para a Luz, da noite para o dia, ele tem a
perfeita noção que isso significa, alguém que vivia na Ignorância e que agora se faz
rodear de Conhecimento, e ele ao circular nessa linha de separação, não toca na
Ignorância/mosaico preto (porque se afasta dela) e não toca no Conhecimento/mosaico
branco (apesar de estar “perto”). E ele não atinge o Conhecimento, porque o
Conhecimento não é atingível. O Conhecimento é algo que não é mensurável, o
Conhecimento não é um fim mas antes um princípio, é uma busca incessante.
E é por isso que o Maçon, utiliza essas linhas, esses canais de força (uma vez que estão
no solo, poderei considerá-los como canais alimentados por uma força telúrgica, uma
“força viva” que o alimenta), para fazer o seu Caminho de Vida, fugindo da Ignorância
e procurando atingir o Conhecimento/Perfeição.
De um lado terá os seus Defeitos e os Vícios que tentará colmatar, do outro lado as
Virtudes e Qualidades que procurará acentuar, e que ao mesmo tempo lhe servem de
guia.

E por isso, tem uma plena consciência da sua natureza, material e espiritual.

Ele sabe o que quer…

Para ele a noite já não é simplesmente a noite, e o dia também já não é simplesmente o
dia. São antes, uma luta incessante entre as trevas e a Luz, uma luta que ele sabe que o
rodeará até ao fim dos tempos. E é a viver nessa luta, nesse confronto de dualidades que
ele irá prosseguir a sua Vida. Utilizando o seu Livre-Arbítrio
como consciência e apoio nessa caminhada.
E o facto de existir uma alternância de cores (preto e branco), permite a existência de
contrastes, pois se tudo fosse uniforme, sem diferenças, nada haveria para contestar, e
tudo seria perfeito, o que não é de facto a nossa realidade.

E como tal, sem esta dita alternância, como se poderia distinguir o Profano do
Iniciado?!
Não seriam eles ambos confundíveis entre si? Pois nada haveria para os diferenciar…

O próprio cimento que serviu de base e alicerce ao Pavimento Mosaico, simbolizará


também a ligação que cada Maçon tem em relação ao seu irmão; isto é, apesar das suas
diferenças, o laço fraternal que os une é mais forte que tudo. Um Maçon vive a
Fraternidade e a Solidariedade de uma forma mais intensa, mais apaixonada do que
qualquer outro. E é essa forma de estar na vida, que lhe permite pisar o Pavimento
Mosaico, sem tocar no preto nem no branco. As cores do piso das nossas Respeitáveis
Lojas.
De facto, o Pavimento Mosaico não é apenas um “Xadrez preto e branco”, simboliza
mais que isso. E também muito mais que uma mera interligação entre opostos ou um
“simples caminho”…

https://www.freemason.pt/pavimento-mosaico-2/

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