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as coisas da natureza, onde tudo reside em harmonia. Tudo foi criado para viver em perfeita
harmonia, não devemos olhar as diversidades como as cores e raças, o antagonismo das
religiões e crenças tudo deve nos levar a ver somente que foram criadas para viver na mais
íntima e perfeita Fraternidade.
https://www.gosp.org.br/luzes/curiosidades/o-piso-mosaico-do-templo-maconico
PAVIMENTO MOSAICO
Duas formas distintas são utilizadas para denominar este Ornamento:
“Pavimento Mosaico” e “Pavimento de Mosaico”.
Pavimento Mosaico
Quando entrei no Templo, uma das coisas que sobressaíram ao meu olhar, foi o seu
chão.
Situado no centro da Loja, é o local onde se encontra o Altar, o qual é encimado pelo
Livro da Sagrada Lei, o Esquadro e o Compasso (as três Luzes da Maçonaria); sobre
esse piso encontram-se também o Painel do Grau e as Colunetas, sendo circundado pela
Orla Dentada.
O Piso ou Pavimento Mosaico, como também pode ser designado, não serve para ser
pisado, ou não o deveria ser.
Como pavimento que é, ele serve também para nos lembrar que o piso ou chão de um
Templo Maçónico deve ser pisado por qualquer pessoa, independentemente da sua
Raça, Credo e Filiação. Quer isto mesmo dizer que o Piso de uma Respeitável Loja,
representa também a própria Universalidade da Ordem Maçónica.
O facto de ter apenas duas cores (Branco e Preto), é que por sua vez já suscita várias
interpretações.
Um Maçon antes de ser Iniciado e passar a viver na Luz, ele era um profano e
deambulava pelas trevas, isto é, “não via p’ra lá de lá”; no entanto, na sua Iniciação, a
“Luz fez-se”, e Ele passou a ver mais além… Passou a ver mais que simplesmente a cor
“preta ou branca”, passou a ver e sentir o contraste de tais “cores”, a sua oposição e a
sua ligação mundana.
Uma dicotomia permanente que se reflecte nas nossas atitudes do dia-a-dia. Mas para
além disso, o profano depois de iniciado (Maçon) passou a distinguir não só as
quadriculas alvi-negras, mas principalmente a linha que as une e que ao mesmo tempo
as separa. Um paradoxo, mas que nem por isso é de menor importância. Ao contrário de
um profano, um Maçon sabe como e por onde deve caminhar. E é sobre essa “linha”
que ele fará o seu percurso, um caminho sem “altos e baixos. Tomando essa via
“estreita”, ele não encontrará qualquer obstáculo que lhe dificulte o seu caminho, o que
lhe permitirá fazer um percurso limpo e a direito, sem qualquer desvio que abrande a
sua busca pela Perfeição.
E como foi alguém que transitou das trevas para a Luz, da noite para o dia, ele tem a
perfeita noção que isso significa, alguém que vivia na Ignorância e que agora se faz
rodear de Conhecimento, e ele ao circular nessa linha de separação, não toca na
Ignorância/mosaico preto (porque se afasta dela) e não toca no Conhecimento/mosaico
branco (apesar de estar “perto”). E ele não atinge o Conhecimento, porque o
Conhecimento não é atingível. O Conhecimento é algo que não é mensurável, o
Conhecimento não é um fim mas antes um princípio, é uma busca incessante.
E é por isso que o Maçon, utiliza essas linhas, esses canais de força (uma vez que estão
no solo, poderei considerá-los como canais alimentados por uma força telúrgica, uma
“força viva” que o alimenta), para fazer o seu Caminho de Vida, fugindo da Ignorância
e procurando atingir o Conhecimento/Perfeição.
De um lado terá os seus Defeitos e os Vícios que tentará colmatar, do outro lado as
Virtudes e Qualidades que procurará acentuar, e que ao mesmo tempo lhe servem de
guia.
E por isso, tem uma plena consciência da sua natureza, material e espiritual.
Para ele a noite já não é simplesmente a noite, e o dia também já não é simplesmente o
dia. São antes, uma luta incessante entre as trevas e a Luz, uma luta que ele sabe que o
rodeará até ao fim dos tempos. E é a viver nessa luta, nesse confronto de dualidades que
ele irá prosseguir a sua Vida. Utilizando o seu Livre-Arbítrio
como consciência e apoio nessa caminhada.
E o facto de existir uma alternância de cores (preto e branco), permite a existência de
contrastes, pois se tudo fosse uniforme, sem diferenças, nada haveria para contestar, e
tudo seria perfeito, o que não é de facto a nossa realidade.
E como tal, sem esta dita alternância, como se poderia distinguir o Profano do
Iniciado?!
Não seriam eles ambos confundíveis entre si? Pois nada haveria para os diferenciar…
https://www.freemason.pt/pavimento-mosaico-2/