Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GESTÃO EM SAÚDE
*
• Conhecer os elementos estruturantes do
Sistema de Saúde e sua organização aos
diferentes níveis;
*
• Conhecer os fundamentos para
elaboração de políticas e sistemas de
investigação em saúde;
*
• Conhecer os critérios essenciais de
avaliação de serviços de saúde e sua
importância na gestão do SNS;
ANTIGUIDADE-IDADE MÉDIA
SÉCULO 17-SÉCULO 20 2ªMETADE DO SÉCULO 20- SÉCULO 21
Era Pré-Científica
Era do Iluminismo Era da Nova Saúde Pública
Mudança das práticas baseadas no Maior êmfase para as soluções Aumento do numero de actores
pragmatismo e crenças teológicas baseadas na ciência e tecnologia da saúde a nível nacional e
para soluções baseadas no meio para cuidados de saúde ( ex: internacional
ambiente e saneamento; invenção do microscópio, 1676),
1978 - CSPs
A Igreja Romana e Católica infraestruturas de saúde
reforçou a proibição do clero fazer . Emfase em abordagens mais
trabalho médico (1131 e 1215); Melhoria das práticas de abrangentes, inclusivas e
organização e gestão dos serviços sustentáveis
Higiéne pessoal e comunitária de saúde;
práticamente inexistentes; 2000 - ODMs
Explosão de epidemias de varíola, Pandemia de Influenza “Gripe Promoção das Determinantes
cólera, sarampo e peste bubónica Espanhola” ceifou cerca de 40M de Sociais da Saúde
mataram cerca de 50 M de pessoas pessoas entre (1918-1920); 2015 - ODSs
sobretudo na Europa (1346-1350);
Em 1919 criado o Escritório da Liga
das Nações para a Saúde.
Em 1948 criação da OMS
FUNÇÕES SERVIÇOS
1. Análise da situação 1. Monitorização do estado de saúde e identificação dos
sanitaria; (0) problemas
2. Diagnosticar e investigar os problemas e riscos associados
3. Informar, educar e capacitar a população sobre as questões
da saúde;
2. Elaboração de políticas 4. Mobilizar o partenariado comunitário para identificação e
públicas, legislação e solução dos problemas de saúde;
referida aplicação; 5. Elaborar políticas e planos que apoiem os esforços de saúde
(4SP+10 GM/SE) individuais e comunitários;
6. Aplicar Leis e Regulamentos que protejam a saúde e
3. Garantir a prestação garantam o bem-estar; (6)
dos cuidados (32) 7. Garantir os cuidados de saúde individuais (22);
8. Assegurar profissionais competentes para os cuidados de
saúde pública e clínicos; (4)
9. Avaliar a eficácia, cobertura e qualidade do pessoal e dos
serviços de saúde à população (0)
4. 4. I&D transversal (0) 10. Promover a investigação em saúde para novos
conhecimentos e soluções inovadoras.(0)
3/15/24 Prof. Luis G. Sambo, MD, PhD FONTE: Institute of Medicine, W-DC, 1988 14
III – SISTEMAS DE SAÚDE: elementos
estruturantes, organização e funcionamento
Algumas iniciativas mundiais de saúde que inspiraram a reforma
de sistemas nacionais de saúde
Impacto mundial:
Objectivo:
• Healthy People 2000 – USA
Propor abordagem para realização da cobertura
• China PHC centered Health System
universal dos CSP acessíveis a todos (SPT2000).
• New Prespectives on the Health of Canadians
• Mudança de paradigma (equidade e acesso universal)
• Targets for HFA in the European Countries
• Descentralização
• The Health of the Nation – UK
• Participação comunitária
• African Health Development Framework –
• Promoção da saúde/colaboração intersectorial Subsaharan-Africa (1986)
• Reorientação dos Sistemas de Saúde • Reafirmada em Riga (1988), Astana (2018)
GRANDES DESAFIOS:
• Pesistência das iniquidades e disparidades inaceitáveis
• Conciliar as exigências das novas políticas com a coesão dos Sistemas de Saúde
Prof. Luis G. Sambo, MD, PhD
3/15/24 16
3.1.1 - MODELO CONCEPTUAL DE SISTEMA DE SAÚDE
BASEADO NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS PARA SPT-
2000 (Tarimo, WHO, 1991)
Appraisal of district priorities
r.
Iere?
...74:,.
0 1 ' C'
e 1r
eell ...d'
COMPONENTES INTERRELACIONADAS e
... /
//
ss.
/ /e ' le ..,
/ S.
ss. , .
s.
,
r
hierarquizadas por níveis - 1º (distrital), 2º
,,...
....'
. . r
Nee
r. S. ...,
...
r r .....
. /. r ...
. A*.
(intermediário) e 3º (central)
..,
r ,, '
'5,
.... N. r .
... .. , ....
.
III) MUDANÇA DE PARADIGMA de Programas verticais orientados para doenças específicas para uma abordagem transversal e integrada.
1. 3. APOIO 5. PRESTAÇÃO
2. RECURSOS 4. GESTÃO
ORGANIZAÇÃO ECONÓMICO DE SERVIÇOS
• Humanos • Financiamento
• MINSA público - OGE • Administração • Promoção
• Segurança
• Unidades
• SECTOR social (seguros • Planificação • Prevenção
sanitárias de saúde e
PRIVADO outros
• Regulação • Diagnóstico
• Tecnologias esquemas pre-
pagamento )
• Outros actores • Sector privado • Legislação • Tratamento
• Conhecimento
• Organizações
filantrópicas • Rehabilitação
• Cooperação
Internacional
)
“inclui recursos, actores, e instituições relacionadas com o financiamento,
regulação e provisão de acções de saúde tidas como actividades cuja
intenção primária é manter ou melhorar a saúde”.
3.2
10-POL
0-PSA
06-REG/INS
22-Clinica
04-S.Pública
04-RH
0-TEC
0-CIÊ/INV
A MUDANÇA DE PARADIGMA
Num contexto de:
Ø Recessão económica mundial
Ø Nova Pandemia Influenza e
Ø Mudanças climáticas. SISTEMA DE SAÚDE COM 6 COMPONENTES:
Definido tal como em 2007 (OMS).
Este Relatório Principal revelou considerável interesse e
frustrações entre os cientistas,financiadores e decisores- Êmfase nos relacionamentos e interações entre os
políticos, sobre a compreensão do que funciona e não componentes;
funciona no processo de reforço de sistemas de saúde. Alerta que são estas 2 características que convertem as
PRINCIPAIS QUESTÕES: componentes em sistema.
• O que é o pensamento sistémico e como poderá ser
aplicado por investigadores e decisores políticos? PRINCIPAIS INTENÇÕES:
• Mudança de paradigma para melhorar os resultados em
• Como poderíamos usar o pensamento sistémico para saúde;
melhor compreender e explorar as intervenções do
sistema de saúde? • Acelerar os progressos para os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio 4,5,e 6 (CDH, MAH, <BOD);
• Como poderá o pensamento sistémico contribuir para
melhor avaliação do sistema de saúde?
Olhar para o comportamento gerado pelo sistema Olhar para o comportamento do sistema como resultado
como efeito de forças externas dos actores internos que gerem as políticas do sistema
Pensar nas árvores Pensar na floresta
Acreditar que o conhecimento está nos detalhes Acreditar que o conhecimento requer o conhecimento do
contexto dos relacionamentos
Pensar nos factores Pensamento operacional
Olhar para a causalidade numa só direção, ignorando a Olhar para causalidade como processo contínuo, (e não como evento
interdependência e interação entre as causas pontual) com efeito de retro-alimentação sobre as causas que afectam
os diferentes elementos do sistema
INTERVENÇÃO AVALIAÇÃO
Mapear as intervenções propostas e analisar como é que 9. Definir o Orçamento para intervenção e
vão afectar a saúde e o sistema, e sub-sistemas da saúde avaliação
50% 45%
FIGURE 1.2
The global extreme poor are concentrated in Sub-Saharan Africa
Uzbekistan
Indo
ria
Nige
nesia
Bra
zil
Sy ep
p.
ria ub
Re
East
R
Ye
n lic
m.
Ar
me
De
ab
n,
Asia
o,
La he C
Re
p. ng
tin ar
Co
a
Am ibb
nd Pa
Mi
e ri e a n
Ban d
No dle E
ca
glad
cific
esh
an
rth ast
d
Pakis Afr an
tan ica d
ania
Tanz
Madagascar
ia Ethiopia
South As Sub-S
aha
Afric ran
a Moza
mbiq
India ue
Uga
nda
Ke
nya
Ma
law
i
So
u th
A
A pobreza extrema está
fri
c
Nig
a
Zam
er
Ang
South Sudan
Soma
bia
Burundi
Sudan
ola
Ghana
altamente concentrada na África
lia
Sub-Sahariana onde vivem 60% East Asia and Pacific
Europe and Central Asia
South Asia
Sub-Saharan Africa
mundo com menos de 2,15 Source: World Bank, Poverty and Inequality Platform, https://pip.worldbank.org.
Note: The figure shows the distribution of the poor population at the US$2.15-a-day poverty line in 2019, by region and economy. For each
economy, the number of poor is calculated using the economy-level poverty estimate that underlies the global poverty estimate (see section
USD/dia.
“Calculating global and regional poverty” in online annex 1A to see how this is calculated) and the population in 2019.
36
6-
UNIVERSAL CALL TO ACTION TO END POVERTY, PROTECT THE PLANET AND ENSURE
THAT ALL PEOPLE ENJOY PEACE AND PROSPERITY – FROM 2015 TO 2030
Source: UNDP
radas, em comparação com 51% da popu- tivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) › Vieir
ODS vs ODM
lação rural, embora as disparidades entre as e 169 metas correspondentes (Quadro 3). gura
Siste
nico
duo
› Vieir
safe
of W
IWA
› WHO
Qua
2011
› The
glob
susta
Figura 5 Estruturação estratégica dos ODM e ODS relativamente às grandes áreas de importância -17-s
crítica para a Humanidade e para o Planeta (adaptado de The Guardian, 2016)
OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 3
“Garantir vida saudável e promover o bem-estar ao longo do ciclo de vida”
META 3.8
”Alcançar a COBERTURA UNIVERSAL EM SAÚDE, incluindo:
• a protecção contra os riscos de custos catastróficos de
saúde,
• acesso a cuidados de saúde de qualidade, e
• o acesso a medicamentos essenciais e vacinas seguras,
eficazes de qualidade e acessíveis para todos.”
“
Financial protection:
what do people have
to pay out-of-pocket
Include
other
services
Reduce cost sharing and fees
Extend to Coverage
non-covered mechanisms Services:
which services
are covered?
Population: who is covered?
3/15/24 33
3.6 REGULAMENTO SANITÁRIO INTERNACIONAL
Níveis das competências essenciais dos Sistemas de Saúde para responderem à
emergências de Saúde Pública – (OMS; Set2020)
EM GERAL:
AFR-44% AMR-71% EMR-66% EUR-75% SEAR-61%. WPR-68%
PRECISAMOS DE REFORÇAR OS SISTEMAS DE SAÚDE E MELHORAR A SUA RESILIÊNCIA
OBS-DURANTE A PANDEMIA COVID 19: 1-nenhum país preenche todos os critérios; 2- sistemas de saúde pouco resilientes; 3-capacidade muito frágil a nível comunitário/areas remotas
SECUNDÁRIO
……………………………………………………………………….
Seguros
Eficazes (EBM)
Eficiêntes (custo-
eficácia)
Oportunos
(sem esperas)
respeito e
conforto do
paciente
Equidade
Cuidados
DISPONÍVEIS
Cuidados de Saúde
PONTO DE
Os pacientes vão a ENTRADA
LOCAIS onde os DOS PACIENTES
cuidados estão
NO SISTEMA DE
disponíveis SAÚDE
VALORES CULTURAIS E
SOCIAIS
(diversidade
étnica/coesão social)
CARACTERÍSTICAS DA
CLIMA POLÍTICO POPULAÇÃO
(poder executivo, (tendências
legislativo e demográficas/necessid
judicial; Grupos de ades de saúde; padões
interesse; Leis e de morbilidade e
Regulação) comportamentos de
risco)
Pestação de
Cuidados de Saúde
AMBIENTE FÍSICO
CONTEXTO
ECONÓMICO (resíduos
tóxicos/poluentes/age
(desempenho da
ntes quimicos;
economia;
saneamento; equilíbro
competiçaõ de
ecosistema; mudanças
agentes económicos)
climáticas)
PROGRESSO
TECNOLÓGICO
(biotecnologia; sistemas
de informação e
comunicação) SOURCE: Shi L. & Singh A.
ARTIGO 21
”Constituem tarefas fundamentais do Estado angolano:
d) Promover o bem-estar, a solidariedade social e a
elevação da qualidade de vida do povo angolano,
designadamente dos grupos populacionais mais
desfavorecidos;
e) Promover a eradicação da pobreza;
f) Promover políticas que permitam tornar universais e
gratuitos os cuidados primários de saúde.”
Nível de
Atendimento
Especializado
HOSPITAIS GERAIS
32
2º Nivel (províncias)
FINANCIAMENTO
GESTÃO SIS &
INVESTIGAÇÃO
LOGISTICA
DEFINIÇÃO DE
AVALIAÇÃO
PRIORIDADES
MOBILIZAÇÃO E
COORDENAÇÃO OBJECTIVOS
DE RECURSOS
ACTIVIDADES
SOURCE: Alan Dever, 1984
Atributos demográficos
Socio-económicos e geográficos
Descrip. problemas de
saúde
Identificação (Epid Descriptiva)
de recursos NECESSIDADES
E
Análise da utilização dos
serviços
Análise da Etiologia
(Epidemiologia analítica)
SOURCE: Alan Dever, 1984
Causa dos problemas de saúde:
Determinantes e factores de risco
3/15/24 Prof. Luis G. Sambo, MD, PhD 48
6.5 – EPIDEMIOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE:
IDEOLÓGICOS • Política
• Poder
Ambiente politico e
administrativo • Liderança
• Organização e
financiamento
PRÁTICOS • Formação e disponibilidade
de epidemiologistas e
gestores
MAIS OU MENOS
Eficiência
Pertinência
Eficácia
COMPORTAMENTOS E BOAS
FORMA DE PENSAR FERRAMENTAS DE TRABALHO FORMAS DE TRABALHO PRÁTICAS
Criatividade
Cidadania
Pensamento holístico TICs Comunicação
Vida e Carreira
Resolução de problemas Literacia informática Colaboração
Saúde digital Transdisciplinaridade Responsabilidade pessoal
e social
Tomada de decisões
Aprendizagem
SOURCE: adapted from UNDP, 2016 HUMAN DEVELOPMENT REPORT
1. Guest G. & Namey E., Public Health Research Methods, SAGE, London/Washington DC, 2015.
2. Don De Savigny D. & Taghreed A., Systems Thinking for Health Systems Strengthening, AHPSR and WHO, 2009.
3. Murray C & Frenk J. WHO Framework for Health Systems Performance Assessment
4. World Health Organization and The World Bank, Tracking Universal Health Coverage: Global Monitoring Report, Geneva, 2017.
5. World Health Organization, Health Systems Financing: The path to universal coverage, World Health Report, Geneva, 2010.
6. Turnock B. Public Health: What It Is and How It Works, Jones Bartlett, 3rd Ed, Boston, 2004.
7. WHO, Strengthening Health Systems to Improve Health Outcomes: WHO’s Framework of Action, World Health Organization, Geneva, 2007.
8. Tarimo, E. Towards a Healthy District: Organizing and Managing District Health Systems based on Primary Health Care,
WHO,Geneve, 1991.
9. Covey R. S, Les 7 Habitudes de Ceux Qui Réalisent Tout Ce Qu’ils Entrepennent, FIRST Editions, 1989
10. Jackson M. & L. Sambo Health Systems Research and Critical Systems Thinking, Systems Research and Behavioural Sciences, 2019;
11. Sambo L & Jackson M, Empowering Health Systems Research to engage with technical, organizational, social and economic forces,
Systems Research and Behavioural Sciences, 2021.
12. Leiyu Shi & Douglas A. Singh, Delivering Health Care in America: A Systems Approach. NA ASPEN Publication
13. Kleczkowski, B.M. Roemer, M. I. et al. National Health Systems and Their Orientation towards Health for All. Geneva. WHO. 1984
14. Dever, A. G. Epidemiology in Health Services Management. Gaithersburg, Maryland. USA. ASPEN Pub. 1984.
…….
3/15/24 Prof. Luis G. Sambo, MD, PhD 56