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Informativo para a Mídia

No Maranhão, em 2022 comparado com 2021, houve queda de -8,5% no nº


de nascidos vivos e registrados no tempo legal prescrito. No Brasil, a
redução foi de -3,5%.
As Estatísticas do Registro Civil apontaram que, no Brasil e no Maranhão, houve
aumento no nº de casamentos, tanto no caso de cônjuges de sexos diferentes quanto de
cônjuges de mesmo sexo

As Estatísticas do Registro Civil são uma pesquisa do IBGE que coleta dados nos cartórios, tabelionatos e
varas (de família e cíveis) de todo o país, trazendo informação sobre nascimentos, óbitos, casamentos e
divórcios. Essa pesquisa é publicada anualmente pelo IBGE, sendo que os dados de 2022 estão sendo
agora divulgados. O objetivo dessa pesquisa é fornecer estatísticas para estudos demográficos,
acompanhamento da evolução populacional, cobertura do sistema de registros, ser instrumento para
implantação e avaliação de políticas públicas e análise de aspectos socioculturais do país. O IBGE, desde
1974, assumiu a responsabilidade de coletar essas informações e, desde então, vem procurando
divulgar com maior frequência e brevidade possíveis as estatísticas vitais para o conhecimento da
realidade brasileira.

 Nascimentos

Em 2022, no Maranhão, foram registradas 100.866 pessoas, sendo que 95.521 nasceram nesse ano e,
atendendo regra legal, foram devidamente registradas. Portanto, 5.345 pessoas foram registradas em
2022, mas nasceram em anos anteriores a esse. São os chamados registros tardios ou extemporâneos
que corresponderam a 5,3% do total de registros realizados no Maranhão, levando em consideração o
lugar de residência da mãe. No Brasil, em 2022, foram registradas 2.621.015 pessoas, sendo que 97,0%
delas (2.542.298 pessoas) nasceram e foram registradas nesse mesmo ano. Houve um total de 78.717
pessoas que foram registradas em 2022, mas que nasceram antes desse ano, correspondendo a 3,0% do
total de registros feitos no país. São os registros extemporâneos ou tardios. Do total de pessoas que
nasceu em 2022 e foi registrado nesse ano no país, o Maranhão teve uma participação de 3,8%.
Conforme o censo demográfico 2022, a população residente no Maranhão correspondeu a 3,0% da
população global do país.

Houve uma queda de 8,5% no número de pessoas nascidas vivas e registradas no mesmo ano em 2022
cotejado com 2021. Em nível de Brasil, a redução foi de 3,5%. Percentual de queda acima do Maranhão,
foi detectado na Paraíba (-9,9%). Apenas 2 Unidades da Federação (UFs) tiveram variação percentual
positiva no quantitativo de pessoas nascidas vivas e registradas em 2022 comparado com 2021: Santa
Catarina (+2,0%) e Mato Grosso (+1,8%).

No Brasil, desde a passagem de 2018 para 2019 que se observa queda contínua no número de pessoas
nascidas e registradas no mesmo ano. Numa série histórica iniciada em 2010, o número de pessoas
registradas e nascidas no mesmo ano, obedecendo período prescrito em lei, de 2020 a 2022, últimos 3
anos, as estatísticas apontam que foram os anos de menor quantitativo de registros de nascimento.

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No Maranhão, o número de pessoas registradas e nascidas no mesmo ano, 95.521, em 2022, foi o
menor da série histórica encetada em 2010. Os números dos últimos 4 anos, 2019 a 2022, foram
menores do que os de 2018, ponto mais alto para uma série histórica que começa em 2010.

Como a taxa de sub-registro1 de nascimento estimada pelo IBGE no Maranhão em 2019 (4,82%) foi
superior a de 2018 (4,70%), é possível que o número efetivo de pessoas nascidas em 2019 tenha sido
maior do que o apresentado nas Estatísticas do Registro Civil, que trabalha com o número de pessoas
efetivamente registradas. O mesmo valendo para 2020, com taxa de sub-registro de 5,36%. O ano mais
nevrálgico da pandemia foi marcado por queda abrupta no número de pessoas nascidas vivas e
registradas no ano: Brasil (-4,7%) e Maranhão (-6,9%).

A média anual de pessoas nascidas vivas e registradas no mesmo ano de 2010 a 2022, no Brasil, foi de
2.797.034, enquanto, no Maranhão, foi de 104.968.

1
Sub-registro corresponde a evento vital não registrado no prazo legal previsto. Conforme legislação brasileira, Lei nº 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, o registro de nascimento deverá ser procedido em até três meses após o evento. Não confundir sub-registro com
registro extemporâneo ou tardio, que é o registro efetivado no ano, mas o nascimento ocorreu em ano anterior, às vezes, 3, 4 5 ou mais
anos depois. A taxa de sub-registro de nascimento e óbito de 2022 será publicada pelo IBGE no próximo dia 4 de abril.

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Enquanto no Brasil, em 2022, o mês de maior frequência de nascidos vivos e devidamente registrados
foi março (9,17% do total; 233.177 registros), no Maranhão, foi maio (8,86%; 8.464 registros). No Brasil,
nos últimos 10 anos, 2013 a 2022, o mês de março foi o de maior frequência para registros de nascidos
vivos. Depois, vem o mês de maio. No Maranhão, o mês de maior frequência para registros de nascidos
vivos foi o mês de maio, seguido de setembro.

Meses do ano de maior frequência de nascidos vivos e Meses do ano de maior frequência de nascidos vivos e
registrados no prazo legal: 2013 a 2022 - Brasil registrados no prazo legal: 2013 a 2022 - Maranhão
Ano 1º mês 2º mês Ano 1º mês 2º mês
2013 Maio Abril 2013 Setembro Maio
2014 Maio Março 2014 Setembro Outubro
2015 Março Maio 2015 Maio Setembro
2016 Março Maio 2016 Maio Abril
2017 Maio Março 2017 Maio Setembro
2018 Maio Março 2018 Maio Abril
2019 Março Maio 2019 Maio Setembro
2020 Março Maio 2020 Maio Setembro
2021 Março Maio 2021 Maio Abril
2022 Março Maio 2022 Maio Dezembro

O percentual de nascimentos gerados por mães com menos de 20 anos de idade vem caindo ao longo
dos últimos anos, tanto em nível de Brasil quanto de Maranhão, embora esse percentual para essa UF
ainda esteja acima da média do país como um todo. Outrossim, vem caindo o percentual de
nascimentos gerados de mulheres de 20 a 29 anos de idade. Por outro lado, vem aumentando o
percentual de nascidos vivos e registrados no ano com mães entre 30 e 39 anos de idade na ocasião do
parto e também com mães com 40 anos ou mais de idade na mesma situação. Essa constatação para
mulheres com 30 anos ou mais de idade na ocasião do parto vale para o Brasil e para o Maranhão.

 Óbitos

O número de óbitos registrados no Brasil, em 2022, foi de 1.524.731, sendo que 98,7% (1.504.763) deles
foram de pessoas falecidas em 2022 e registradas no prazo legal, isto é, no próprio ano de 2022, sendo
que a data final para registro assim como ocorre para o nascimento é de até 3 meses após o evento2.
Por conseguinte, no Brasil, 1,3% (19.968) do total de registros de óbito no ano de 2022 foi de eventos
2
Por conseguinte, que nasceu ou faleceu em 31 de dezembro, a depender do caso, tem até praticamente o último dia de março do ano
seguinte para proceder ao devido resgistro em cartório. O óbito, a bem da verdade, tem maior rigor quanto ao registro: 24 h após o evento.
Não sendo possível proceder ao registro do óbito, por razões diversas, recorre-se ao que está exarado sobre exigência para registro de
nascimento: 15 dias ou até 3 meses.

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ocorridos antes desse ano aqui citado. No Maranhão, em 2022, foram registrados um total de 32.692
óbitos, sendo que 30.025 foram de pessoas que faleceram em 2022 e foram registradas nesse mesmo
ano. Portanto, houve um total de 2.577 óbitos registrados extemporânea ou tardiamente,
correspondendo a 7,9% do total de óbitos registrados em 2022. O total de óbitos registrados e ocorridos
no ano de 2022, no Maranhão, correspondeu a 2,0% do total nacional.

Enquanto no Brasil houve uma queda de 15,8% no número de óbitos ocorridos e registrados em 2022
cotejado com 2021, no Maranhão, essa variação percentual foi de -12,7%. Em todas as UFs, houve
queda para essa variável, sendo que as mais elevadas foram detectadas no Amazonas (-29,9%),
Rondônia (-26,6%) e Acre (-25,0%). As menores quedas foram observadas na Paraíba e Bahia (-6,9%),
além do Piauí (-6,3%).

É preciso olhar o número de óbitos registrados no ano e ocorridos no mesmo ano com muita atenção e
ponderação, haja vista que a taxa de sub-registro para óbito no Brasil ainda é elevada se comparada
com sub-registro de nascimento. Em 20213, o IBGE estimou para o Brasil uma taxa de sub-registro na
ordem de 3,49%. No Maranhão, para esse mesmo ano de 2021, a taxa de sub-registro de óbito foi de
26,13%, a maior dentre as 27 UFs.

Essa queda, em 2022, generalizada no Brasil por todas as 27 UFs para os óbitos ocorridos e registrados
no mesmo ano, -15,8%, seguiu 2 anos consecutivos, 2020 e 2021, marcados pela pandemia causada pela
covid-19, em que o número de óbitos variou positivamente a taxas bem elevadas em comparação aos
anos imediatamente anteriores.

Variação Percentual - Brasil


2011/2010 2,7 2017/2016 0,2
2012/2011 0,8 2018/2017 0,5
2013/2012 2,0 2019/2018 2,6
2014/2013 1,1 2020/2019 14,9
2015/2014 3,1 2021/2020 18,0
2016/2015 3,5 2022/2021 -15,8

No caso do Maranhão, como se tem elevada taxa de sub-registro, a variação entre um ano e o
imediatamente anterior deve ser visto com cautela, precipuamente no cotejamento 2021/2020. Em
2021, a taxa de sub-registro de óbito no Maranhão foi estimada, pelo IBGE, como indicado acima, na
ordem de 26,13%. É como se para cada 100 óbitos efetivamente ocorridos, 26 não tiveram seu devido
registro em cartório no prazo legal, ocasionando a situação, em ano posterior, de registro de óbito
extemporâneo ou tardio.

Variação Percentual - Maranhão


2011/2010 7,2 2017/2016 1,5
2012/2011 2,0 2018/2017 -0,9
2013/2012 2,7 2019/2018 2,3
2014/2013 2,1 2020/2019 23,9
2015/2014 5,3 2021/2020 2,1
2016/2015 2,6 2022/2021 -12,7

Tende a morrer, por ano, mais homens que mulheres no Brasil. O Maranhão segue o padrão nacional.
Por isso, mesmo nascendo mais homens que mulheres, essas acabam sendo a maioria da população,
quando observamos o panorama nacional e o Maranhão mais especificamente.
3
No dia 4 de abril próximo, o IBGE divulgarà a taxa de sub-registro de nascimento e óbito para o ano de 2022.

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Em 2022, observando para o Maranhão o quantitativo de óbitos ocorridos e registrados nesse mesmo
ano por sexo e idade, constata-se efetivamente o fato de que os homens morrem mais precocemente
do que as mulheres, sendo que nas faixas de 15 a 29 anos a sobremortalidade masculina é muito
superior à feminina. Exposição à violência dos homens nos maiores centros urbanos explica esse fato.
Isso é válido para o Brasil visto na sua totalidade. No Maranhão, em 2022, para a faixa etária de 15 a 19
anos, para cada 100 óbitos femininos, houve 352 óbitos masculinos. De 20 a 24 anos, para cada 100
óbitos femininos, houve 319 óbitos masculinos. De 25 a 29 anos, a razão de sexo para óbito foi de 309.

O gráfico seguinte para o Brasil tem padrão semelhante ao Maranhão.

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Observando o óbito por natureza do mesmo, se natural ou não natural4, e por sexo e idade, constamos
que efetivamente a população jovem masculina está mais exposta à violência, no Maranhão, se atermos
aos números do ano de 2022.

Homens Mulheres
Faixa etária Natural Não natural Ignorado Faixa etária Natural Não natural Ignorado
Total 84,9 14,6 0,5 Total 96,0 3,5 0,5
Menos de 1 ano 97,9 1,6 0,5 Menos de 1 ano 98,8 0,9 0,3
1 a 4 anos 84,3 13,9 1,7 1 a 4 anos 83,5 15,5 1,0
5 a 9 anos 71,7 28,3 - 5 a 9 anos 92,3 7,7 -
10 a 14 anos 63,2 36,8 - 10 a 14 anos 76,7 21,7 1,7
15 a 19 anos 40,3 59,1 0,6 15 a 19 anos 74,0 25,0 1,0
20 a 24 anos 32,0 67,7 0,3 20 a 24 anos 70,6 27,8 1,7
25 a 29 anos 39,6 59,4 1,0 25 a 29 anos 77,4 22,1 0,5
30 a 34 anos 51,0 48,6 0,4 30 a 34 anos 78,0 21,2 0,8
35 a 39 anos 58,2 40,7 1,1 35 a 39 anos 84,4 14,7 0,8
40 a 44 anos 71,2 27,9 0,9 40 a 44 anos 91,0 8,0 1,1
45 a 49 anos 77,7 21,7 0,6 45 a 49 anos 94,4 5,0 0,7
50 a 54 anos 83,7 15,7 0,6 50 a 54 anos 96,0 3,7 0,3
55 a 59 anos 89,4 10,3 0,3 55 a 59 anos 96,6 3,0 0,4
60 a 64 anos 94,2 5,4 0,4 60 a 64 anos 98,5 1,3 0,2
65 a 69 anos 94,7 4,9 0,4 65 a 69 anos 98,0 1,3 0,7
70 a 74 anos 97,0 2,4 0,6 70 a 74 anos 98,7 0,5 0,8
75 a 79 anos 98,0 1,7 0,2 75 a 79 anos 99,1 0,5 0,4
80 a 84 anos 98,5 0,9 0,5 80 a 84 anos 99,0 0,6 0,5
85 anos ou mais 98,9 0,8 0,3 85 anos ou mais 99,5 0,2 0,3

 Casamentos civis

Em 2022, devidamente comparado com 2021, o número de casamentos no Brasil cresceu 4,0%. Foram
932.502 casamentos registrados em 2021 e 970.041 registrados em 2022. No Maranhão, essa variação
percentual foi maior: +9,6%. Foram 21.481 casamentos civis realizados em 2021 e 23.534 efetivados em
2022. Tendo em vista que, em 2020, em função da pandemia de covid 19, muitos casamentos foram
adiados, o que provocou uma queda significativa no quantitativo nesse ano comparado com 2019, Brasil
(-26,1%) e Maranhão (-18,0%), era de esperar uma taxa de aumento nos enlaces matrimoniais em 2021:
Brasil (+23,2%) e Maranhão (+19,8%).

Observando uma série histórica encetada em 2013, o nº de casamentos no Brasil vinha decrescendo
desde a passagem de 2015 para 2016, sendo que nos três últimos anos, 2020 (ano atípico), 2021 e 2022,
o número de casamentos realizados no Brasil ficou abaixo de 1 milhão. O ponto mais alto da série
histórica ocorreu em 2015 (1.137.348). No caso do Maranhão, percebe-se uma curva no quantitativo de
casamentos muito parecida com a observada em nível de Brasil. Numa série histórica iniciada em 2013,
o número de casamentos realizados no Estado, nos últimos 3 anos, 2020 (ano atípico), 2021 e 2022,
ficou abaixo do número de casamentos efetivados de 2013 a 2015. O ápice da série histórica foi
detectado em 2015 (25.855).

Em 20 UFs, no ano de 2022 cotejado com 2021, houve aumento no número de casamentos, sendo que
as maiores taxas de aumento foram detectadas em Roraima (+20,9%), Acre (+17,5%) e Santa Catarina
(+11,2%). Alagoas (-6,1%) teve a maior queda percentual no quantitativo de casamentos dentre as 7 UFs
com variação negativa.

4
Por morte não natural, entenda-se homicídio, suicídio, afogamento, acidente de trânsito, soterramento, queda etc.

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No Brasil, em 2022, do total de casamentos civis efetivados (970.040), 959.019 (98,9% do total) foram
entre pessoas de sexos diferentes e 11.022 (1,1%) entre pessoas de mesmo sexo. No Maranhão, esses
números respectivos foram de 23.436 (99,6%) e 98 (0,4%).
Enquanto os casamentos entre pessoas de sexos diferentes, no Brasil, em 2022 cotejado com 2021,
aumentou 3,9%, houve elevação de 19,8% nos casamentos entre pessoas de mesmo sexo5. Para
Maranhão, os números respectivos foram de 9,5% e de 14,0%.

Casamentos entre Casamentos de Variação Variação


Total de
pessoas de pessoas de sexo Percentual no Percentual no
Recorte casamentos
mesmo sexo diferente quantitativo de quantitativo de
territorial
pessoas de mesmo pessoas de sexos
2021 2022
2021 2022 2021 2022 sexo diferentes
Brasil 932.502 970.041 9.202 11.022 923.300 959.019 19,8 3,9
Maranhão 21.481 23.534 86 98 21.395 23.436 14,0 9,5

No ano de 2022, isso valendo para Brasil quanto para Maranhão, o número de casamento de pessoas de
mesmo sexo entre cônjuges femininos foi superior ao casamento entre cônjuges masculinos. Em 2021,
no Maranhão, o casamento entre pessoas de mesmo sexo com cônjuges masculinos tinha sido superior

5
Resolução nº 175/2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou aos cartórios de títulos e documentos habilitar ou celebrar
casamento entre pessoas de mesmo sexo.

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aos femininos. Na série iniciada em 2013, no Brasil, o casamento de pessoas de mesmo sexo com
cônjuges femininos sempre foi superior aos casamentos com cônjuges masculinos. No Maranhão, há
oscilações, porém com mais anos de casamentos de pessoas de mesmo sexo entre cônjuges femininos.

O mês de maior frequência dos casamentos tanto em nível de Brasil quanto de Maranhão tem sido o
mês de dezembro, observando tão somente uma série histórica iniciada em 2013. Em 2022, no Brasil,
10,5% dos casamentos civis foram realizados no mês de dezembro. No Maranhão, 12,6%.

A maior parte dos casamentos civis no Maranhão, em 2022, foi feita por cônjuges de 20 a 29 anos de
idade. No Brasil, idem. Ainda houve casamento no Maranhão, em 2022, em que um dos cônjuges tinha
menos de 15 anos de idade: 12 pessoas se casaram nessa faixa etária. No Brasil, foram 113 pessoas que
se casaram com menos de 15 anos de idade.

 Divórcios

O número de divórcios cresceu em 2022 comparado com 2021, tanto em nível de Brasil quanto de
Maranhão. No Brasil, houve uma elevação de 8,6% no quantitativo de divórcios entre 2021 e 2022. No
Maranhão, +3,3%.

Nos últimos 2 anos no Brasil, houve crescimento no quantitativo de divórcios (somatório dos concedidos
em 1ª instância ou por escritura), depois da queda em 2020. O número de divórcios nos 2 últimos anos,
no Brasil, foram os maiores para série histórica 2013-2022. No Maranhão, depois de cair numa
sequência constante de 2013 a 2017, a partir de 2018, a curva do número de divórcios passou a ser
crescente, tendo apenas no atípico ano de 2020 (a pandemia) uma variação percentual negativa.

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Do total de divórcios no Brasil, em 2022, 420.039, 81,1% (340.459) foram do tipo judicial, isto é,
ocorreram através das varas de família, e 18,9% (79.580) foram do tipo extrajudicial, em que o evento se
deu em tabelionatos6. No Maranhão, em 2022, do total divórcios registrados (9.979), 83,3% (8.310)
foram judicializados, ao passo que 16,7% (1.669) ocorreram extrajudicialmente.

Entre a data de casamento e o divórcio, estabelecendo-se três classes de tempo distintas, o maior
percentual de tempo de duração recaiu sobre o período em que entre um ato (casamento) e outro
(divórcio) passaram-se menos de 10 anos. No Brasil, 47,7% dos divórcios concedidos em 2022 foram
para casamentos com menos de 10 anos de duração. No Maranhão, esse percentual foi menor, 43,8%,
sinal de que, entre o ato do casamento e o ato do divórcio, houve maior tempo de duração do que a
média do Brasil. Em 2022, no Brasil, 26,4% dos divórcios ocorreram para casamentos realizados há 20
anos ou mais. No Maranhão, 30,2% dos divórcios aconteceram com casamentos concretizados há 20
anos ou mais.

Para mais informações a respeito das Estatísticas do Registro Civil 2022, acessar o seguinte endereço
eletrônico:

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9110-estatisticas-do-registro-
civil.html?edicao=36288&t=destaques

Superintendência Estadual do IBGE no Maranhão


Seção de Disseminação de Informações
27 de março de 2024

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Emenda Constitucional nº 66, de 13/07/2010, instituiu divórcio direto extinguindo a exigência de prévia separação judicial, desde que
algumas condições fossem atendidas, como não haver filho(s) ou filha(s) menor de idade envolvido/a(s) na relação conjugal.

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