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Com o intuito de conciliar o desenvolvimento urbano e a defesa do meio ambiente, o Estatuto

da Cidade – Lei 10.257/2001 estabeleceu as diretrizes da política urbana no Brasil e trouxe


vários instrumentos de planejamento territorial. Destaca-se o Art. 36, que estabelece como
condição de aprovação de construção e ampliação de determinados empreendimentos ou
atividades, a necessidade de elaboração de um Relatório de Impacto de Vizinhança, além dos
estudos ambientais pertinentes, materializando a integração entre as políticas públicas
ambientais e urbanísticas.

O termo “impacto de vizinhança” é usado para descrever impactos locais em áreas urbanas,
como a sobrecarga do sistema viário, saturação da infraestrutura — redes de esgoto,
drenagem de águas pluviais, alterações microclimáticas derivadas de sombreamento, aumento
da frequência e intensidade de inundações devido à impermeabilização do solo, entre outros.

O artigo Art. 37 do Estatuto da cidade relata que o EIV deve ser executado de forma a
contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à
qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no
mínimo, das seguintes questões:

Adensamento populacional;

Equipamentos urbanos e comunitários;

Uso e ocupação do solo;

Valorização imobiliária;

Geração de tráfego e demanda por transporte público;

Ventilação e iluminação;

Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

O estudo surgiu da necessidade de se avaliar os impactos de um empreendimento no âmbito


da vizinhança, pois apenas os estudos ambientais que compõem o licenciamento ambiental
não eram suficientes para determinados portes de empreendimentos.

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