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RELACIONADAS AO PGR DA NR 1
Neste artigo trazemos os principais pontos para se atentar e evitar multas de SST (Saúde e Segurança do
Trabalho) referentes ao Programa de Gerenciamento de Riscos da NR 1 durante as auditorias fiscais.
A seguir, os principais motivos pelo qual as empresas recebem autuação fiscal devido ao PGR - Programa
de Gerenciamento de Riscos da NR 1.
A identificação de perigos é feita à campo pelo profissional ou responsável da empresa, sendo um dos
primeiros passos para montar o inventário de riscos. Não adianta chegar na etapa de avaliação de riscos e
não ter feito a identificação de perigos antes.
Cada risco presente no inventário deve ter o respectivo nível de risco. Inclusive este é o objetivo principal da
avaliação de riscos. Não informar o nível de risco compromete todo o gerenciamento de riscos e PGR da
NR 1, podendo resultar em volumosas autuações, por infringir não apenas o item 1.5.4 (Processo de
identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais), mas vários outros itens.
Um inventário de riscos sem os níveis de riscos avaliados, na melhor das hipóteses, resultará em um
imenso retrabalho, pois será necessário realizar o procedimento desde o início, desde a identificação de
perigos, para que se possa avaliar os riscos da maneira adequada. Para quem utiliza o
(https://sistemaeso.com.br/), basta aplicar a matriz de risco na avaliação.
Uma das etapas cruciais na visita técnica é realizar uma avaliação ergonômica preliminar, que é
basicamente uma identificação de fatores de riscos ergonômicos. O inventário deve conter todos os tipos
de riscos identificáveis, e isso inclui riscos ergonômicos e de acidentes, além dos agentes físicos, químicos
e biológicos.
4. Plano de ação ineficiente e sem critério de prioridade
O plano de ação precisa levar em consideração a prioridade da situação, que é definido pelo nivel de risco.
Não adianta avaliar um risco em nível 5 (Intolerável, por exemplo) e deixar a ação referente a este risco sem
prioridade no plano. É preciso priorizar e mostrar no documento que as ações estão sendo efetivamente
feitas e acompanhadas. Um risco de nível alto tem mais prioridade no plano de ação do que um risco de
nível médio, por exemplo (pois o médio é menos importante e pode ser resolvido com menos urgência).
Por vezes ainda existe confusão sobre os conceitos de perigo e risco. Por exemplo, o perigo temperatura
anormal (calor) é um agente físico que pode causar cãibra, náusea e tontura. Os efeitos deste agente
representam as possíveis lesões ou agravos à saúde. Erroneamente as empresas têm denominado,
seguindo o exemplo, náusea e tontura como RISCOS, o que está errado. Não existe o risco
chamado 'perda auditiva' (por exemplo), este é um dos agravos decorrentes do ruído, e não um risco por si
só.
Perigo/Fator de Risco: Fonte com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde. Elemento que
isoladamente ou em combinação com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos
à saúde.
Risco ocupacional: Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um
evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa
lesão ou agravo à saúde.
Pode acontecer do profissional utilizar os critérios errados para a avaliação de riscos, não empregando os
conceitos de probabilidade e severidade adequados. A NR 1 não traz modelos de critérios de avaliação,
mas diz exatamente como deve ser feito e o que deve ser levado em consideração. O Sistema ESO segue
todas as diretrizes reocmendadas pela Fundacentro para a avaliação de riscos, com uma matriz de risco
5x5 baseada em metodologias científicas.
O item 1.7.1 da NR 1 determina que o empregador deve promover capacitação e treinamento dos
trabalhadores. Ao término dos treinamentos, deve ser emitido certificado contendo o nome e assinatura
do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e
qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico do treinamento. O auditor fiscal pode vir a
solicitar estes certificados durante uma eventual auditoria. Infringir o item 1.7.1.1 (certificado) pode resultar
em infração 3 de acordo com a NR 28.
8. Não informar os trabalhadores sobre os riscos ocupacionais
Mais preocupante do que não realizar treinamentos, é deixar de informar os riscos para o trabalhador. Não
informar os riscos ocupacionais para os colaboradores pode configurar infração de nível 4, por violar
direitos e deveres (ver item 1.4.1 da NR 1). A equipe responsável por gerenciar os riscos ocupacionais deve
encontrar uma maneira de deixar sempre disponível aos trabalhadores as informações sobre os riscos
ocupacionais, ou seja, por meio de DDS (dialogo diario de segurança), treinamentos, integraçoes ou
distribuição de materiais didáticos.
(/conteudos/tabela-de-multas-sst-esocial-pgr-pcmso-ltcat-aso-e-outros-documentos-sistemaeso)
Os valores podem variar de acordo com a infração, que pode ser de nível 2 a 4, de acordo com as tabelas
da NR 28 (Fiscalização e Penalidades). Além disso, os valores variam bastante de acordo com o número
de empregados que consta no estabelecimento. Para empresas menores, se aplicam valores menores.
Para empresas maiores, com maior número de funcionários, se aplicam valores maiores.
O PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos pode configurar infração até nível 3, referentes aos itens
do gerenciamento de riscos ocupacionais (1.5 da NR 1), com valores entre R$ 1.799,39 e R$ 5.244,94.
Algumas infrações menores podem configurar infração de nível 2, com valores mínimos de R$ 1.201,36.
Para categorização das infrações, tudo dependerá do que for identificado pela auditoria fiscal do trabalho.
As multas são aplicadas por estabelecimento, mas nada impede que valor possa ser aplicado por cada
item violado. Então infringir mais de um item pode trazer um valor maior do que o esperado.
Para evitar multas relacionadas à Saúde e Segurança do Trabalho, recomendamos sempre o uso de um
software para gerenciamento de riscos que disponibilize as ferramentas adequadas.