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Fluxo em meios porosos não saturados
2.1.
Meios porosos saturado e não saturado
sucção = u ar − u w (2.1)
sucção = − u w = − γ w ⋅ψ (2.2)
em que γw é o peso especifico da água e ψ a carga de pressão. Note que como ψ <
0, então a sucção assume sempre um valor positivo, que se torna nulo quando a
carga de pressão for maior ou igual a zero.
Nos solos não-saturados, as propriedades hidráulicas tais como a
condutividade hidráulica (K) e o teor de umidade volumétrica (θ) variam com as
Fluxo em Meios Porosos Não Saturados 25
2.2.
Curva característica de sucção
O teor de umidade volumétrica (θ) é definido pela equação 2.3 como a razão
entre o volume de água (Vw) presente no interior do meio poroso e seu volume
total V.
θ = Vw / V (2.3)
Figura 2.2 – Curva característica de retenção típica de um solo siltoso (Fredlund e Xing,
1994).
2.2.1.
Modelo de Srivastava e Yeh (1991)
α expψ
θ (ψ ) = θ r + (θ s − θ r )e (2.4)
somente na zona não-saturada. Cabe ainda ressaltar que esse modelo não é capaz
de reproduzir a zona de ascensão capilar, caracterizada pela pressão de entrada de
ar, e também não representa a histerese mostrada na figura 2.2 (αexp é o mesmo
para ciclos de umedecimento ou de secagem).
2.2.2.
Modelo de van Genuchten (1980)
A equação (2.5) foi proposta por van Genuchten (1980) para representação
da relação entre o teor de umidade volumétrico e a carga de pressão em solos não-
saturados,
θs −θr
θ (ψ ) = θ r + p (2.5)
[1 + (α vg ψ )]
q
em que αvg, p e q são parâmetros a serem ajustados de acordo com o tipo de solo.
Valores de p e q são dependentes entre si, de acordo com a relação abaixo (van
Genuchten, 1980):
1
p = 1− (2.6)
q
Figura 2.4 – Forma típica da curva característica de retenção de acordo com o modelo de
van Genuchten (1980).
2.3.
Curva de condutividade hidráulica
2.3.1.
Modelo de Srivastava e Yeh (1991)
α exp ψ
K (ψ ) = K s e (2.7)
Figura 2.5 – Forma típica da curva da função de condutividade hidráulica para o modelo
exponencial.
Fluxo em Meios Porosos Não Saturados 31
2.3.2.
Modelo de van Genuchten (1980)
K (θ ) = K s ⋅ θ e
1/ 2
(1 − (1 − θ e )
1/ p p
)
2
(2.8)
θ −θr 1
θe = =
θs −θr p (2.9)
[1 + (α vg ψ )]
q
Figura 2.6 – Forma típica da curva da função de condutividade hidráulica para o modelo de
van Genuchten (1980).
Fluxo em Meios Porosos Não Saturados 32
2.4.
Equação governante do fluxo em meio poroso não-saturado
∂M w
∇ T ( ρ w ⋅ v) ⋅ dx ⋅ dy ⋅ dz = − (2.10)
∂t
M w = ρ w ⋅ S ⋅ ne ⋅ dx ⋅ dy ⋅ dz (2.11)
Fluxo em Meios Porosos Não Saturados 33
∂( ρ w ⋅ S ⋅ ne )
∇ T ( ρ w ⋅ v) = − (2.12)
∂t
Observando-se que
θ = ne ⋅ S (2.13)
∂θ
∇T v = − (2.14)
∂t
v = − K (ψ ) ⋅ ∇( z + ψ ) (2.15)
∂θ (ψ )
∇ T [ K (ψ )e + K (ψ )∇ψ ] = (2.16)
∂t
θ = θ (ψ ) (2.17)
∂θ (ψ ) ∂θ ∂ψ
= ⋅ (2.18)
∂t ∂ψ ∂t
∂θ
C (ψ ) = (2.19)
∂ψ
∂ψ
∇ T [ K (ψ )e + K (ψ )∇ψ ] = C (ψ ) (2.21)
∂t
−
ψ (x, t ) = ψ em Γ1 (2.22)
[ ] −
n T K (ψ )e + K (ψ )∇ψ = v em Γ2 (2.23)
2.5.
Solução numérica da equação de Richards pelo método dos
elementos finitos
∂ψ *
∇ T [ K (ψ )e + K (ψ )∇(ψ * )] − C (ψ ) ⋅ = R(ψ * ) (2.25)
∂t
ψ * = N ⋅ψ (2.26)
∂ψ
∇ T [ K (ψ )e + K (ψ )∇( N ⋅ ψ )] − C (ψ ) ⋅ N ⋅ = R (ψ * ) (2.27)
∂t
∂ψ
∫N
T
{∇ T [ K (ψ )e + K (ψ )∇( N ⋅ ψ )] − C (ψ ) ⋅ N ⋅ }dΩ e = 0 (2.28)
Ωe
∂t
T T
∫N n ⋅ [K (ψ ) ⋅ ∇( N ⋅ψ )] ⋅ dΓe − ∫ (∇N ) T ⋅ K (ψ ) ⋅ ∇( N ⋅ψ ) ⋅ dΩ e + ∫ N T n [ K (ψ )e] ⋅ dΓe −
T
Γe Ωe Γe
∂ψ
∫ (∇N ) ⋅ K (ψ ) ⋅ e ⋅ dΩ e − ∫ N T ⋅ C (ψ ) ⋅ N ⋅
T
⋅ dΩ e = 0 (2.29)
Ωe Ωe
∂t
∇N = B (2.30)
Γe Ωe
∂ψ
H ⋅ψ + F ⋅ = Q − Q' (2.32)
∂t
∫B
T
H= ⋅ K (ψ ) ⋅ B ⋅ dΩ e (2.33)
Ωe
∫B
T
Q' = ⋅ K (ψ ) ⋅ e ⋅ dΩ e (2.35)
Ωe
∫N
T
F= ⋅ C (ψ ) ⋅ N ⋅ dΩ e (2.36)
Ωe
F = δ i , j ⋅ Ci (ψ ) ⋅ ∫ N i ⋅ dΩ e (2.37)
Ωe