Você está na página 1de 14

VESTES RELIGIOSAS Judaísmo: Quipá

Vamos conhecer o significado, a origem e a função das O quipá, um pequeno chapéu usado pelos judeus, é um dos
diferentes vestes sagradas nas diversas organizações símbolos do Judaísmo e é usado como sinal de respeito e de
religiosas. reverência a Deus. É uma forma de dizer publicamente que o
indivíduo que o utiliza segue os preceitos da Torá.
MAS O QUE SÃO VESTIMENTAS SAGRADAS? QUAL A
FUNÇÃO DAS VESTES RELIGIOSAS? O QUE ELAS
COMUNICAM?

As vestes além de cobrir e proteger o corpo, também


comunicam mensagens, intenções, valores e posturas.
Além de
sua utilidade prática, as vestes sagradas possuem uma
dimensão simbólica e revelam aspectos essenciais de cada
cultura e tradição religiosa.
Tefilin Talit
O Talit é um xale que o judeu recebe aos 13 anos do avô ou
Este símbolo é mais facilmente perceptível se você do pai e o acompanha por toda a vida.
estiver em Israel ou em locais com judeus
ultraortodoxos. Por que é utilizado? Pois é uma forma de representar o
isolamento, o seu momento com Deus, algo íntimo e
O Tefilin é um elemento que se utiliza amarrado no pessoal. É usado tanto nos momentos de oração quanto
braço esquerdo ou na cabeça (mais precisamente na durante o casamento.
testa) e é um amuleto que serve para indicar a ligação
do intelecto com a emoção. O símbolo é tão forte da ligação com Deus que é usado para
enrolar o corpo de um judeu ao falecer.
Cristianismo
A batina ou sotaina é uma veste eclesiástica, própria de diáconos,
presbíteros, bispos e seminaristas. Tradicionalmente, possui 33
botões de alto a baixo, representando a idade de Cristo, e cinco
botões em cada punho, representando as cinco chagas de Cristo.
Pode ser usada com uma faixa à cintura, cuja cor varia segundo o
grau na hierarquia católica. Sua cor mais comum é o preto, usado por
seminaristas, diáconos e presbíteros, com um colarinho branco. O
preto representa a morte para o mundo, e o branco, a pureza.
Veste comum dos sacerdotes em geral, bem como dos seminaristas
e diáconos transitórios. Em regiões de clima quente, é permitido que
se use batinas de cores mais claras, como cinza, creme ou branco. A
mozeta é a peça que cobre os ombros e o pescoço, pode ser circular
ou retangular. No século 7, quando foi criado, ela era uma espécie de
capuz que simbolizava a disciplina dos sentidos e do pensamento do
sacerdote. A faixa que eles levam na cintura representa rins
cingidos, ou seja, castidade.
Bispos usam batina preta ou violácea, com filetes Já os cardeais usam batina preta ou vermelha, com
vermelhos e faixa violácea. Também há a possibilidade filetes e faixa vermelhos. O vermelho representa o
de usar uma batina toda roxa. Além disso, alguns sangue que eles estão dispostos a perder pelo Santo
bispos também usam a batina com detalhes Padre e pela Santa Igreja. Também há a possibilidade
vermelhos, própria de cardeais. Outros, por sua vez, de usar uma batina toda vermelha.
usam a batina comum preta, sem detalhes, no seu dia-
a-dia.
O Papa veste batina inteiramente branca. Isso se deve ao
fato de que São Pio V, que era dominicano, quando foi
eleito Pastor Universal da Igreja, não queria deixar seu
hábito. A partir daí, tornou-se padrão entre os Papas.
Zen Budismo: Rakusu

“Depois de um bom tempo de prática, após haver feito alguns seshins, uma
aluno zen budista pode costurar seu rakusu ( a miniatura de manto budista
que se usa pendurada ao pescoço) e na cerimônia de Jukai fazer os votos
que essencialmente são os mesmos votos básicos de um monge. Ele
promete então se dedicar a salvar a todos os seres.

Na prática isso quer dizer empenhar-se em ajudar a Sangha em suas


atividades, estudar o Dharma, seguir os preceitos tanto quanto consiga.
Espera-se do portador de rakusu que seja um membro constante e que se
esforce para superar suas dificuldades, que se aperfeiçoe, que respeite os
mais veteranos e evite todos os conflitos causados pelo ego.

Essencialmente então que manifeste seu comprometimento através de


ações e dedicação, por isso esses votos também são chamados “votos de
bodisatva”, porque os bodisatvas abdicam de si mesmos para ajudar os
outros seres.”
Véus islâmicos
O véu utilizado por mulheres muçulmanas é motivo de Por outro lado, no Ocidente, o uso do véu islâmico é muitas
polêmicas, tanto no mundo Ocidental quanto no mundo vezes visto de forma pejorativa e atrelado ao terrorismo. É
Oriental. Objeto de discórdia, o véu acende calorosas preciso reafirmar que a religião islâmica é diversificada, com
discussões sobre conservadorismo, tradição, respeito às inúmeras frentes e interpretações, e que grupos radicais não
outras culturas e libertação feminina. É importante não representam toda a comunidade. A roupa já chegou a ser
generalizar o uso do véu e sua simbologia, já que a questão é proibida em países como a França, Holanda e Bélgica.
complexa e diversa. O ponto de partida pode ser
compreender os diferentes tipos de véus, onde eles são
utilizados e como eles estão vinculados à religião e ao Estado.

Quando se trata do Oriente, o uso do véu tende a ser um


costume que varia de acordo com a região geográfica. Países
como Irã, Arabia Saudita, Paquistão e Afeganistão, incorporam
a vestimenta na sua constituição, já que se trata de uma
República Islâmica e não um Estado laico. As discussões em
torno dessa obrigatoriedade são muitas.
Conheça abaixo os diferentes tipos de véus:
5. Chador: Popularizado depois da Revolução Iraniana, o
1. Shayla: Consiste em um lenço que cobre a cabeça e é
chador é um véu que envolve o corpo todo das mulheres,
cruzado nos ombros. Parte do cabelo pode ficar exposta
cobrindo a cabeça e deixando apenas o rosto exposto.
quando se usa a shayla.
Geralmente ele é utilizado na cor preta, mas também pode ser
encontrado em outras cores e estampas. Além do Irã, o chador
2. Hijab: Em árabe, a palavra "hijab" significa "cobertura". É
é encontrado na Arábia Saudita, Iraque, Líbano e Bahrein.
um termo bastante popularizado no Ocidente para designar
qualquer tipo de véu. Na verdade, o hijab é todo o véu que
Existe uma variação do chador na cor branca que é chamado de
cobre a cabeça e o pescoço. Pode ser encontrado em
abaya. Ele é usado por algumas mulheres na Arábia Saudita e
diferentes cores e estampas.
no Iraque, além de ser encontrado na Tunísia e na Argélia.
3. Al-Amira: Uma variação do hijab, o al-amira também
6. Burca: Muito encontrada na cor azul, a burca é a versão mais
cobre a cabeça e o pescoço. No entanto, o pano que cobre
rígida do véu islâmico. Ele cobre o corpo inteiro e deixa apenas
a cabeça é uma parte cilíndrica que se ajusta ao formato do
uma redinha na região dos olhos. A burca pode ser encontrada
rosto. Geralmente esse tipo de véu é utilizado por meninas
no Paquistão e no Afeganistão e era o véu exigido pelo Talibã
mais jovens, já que ele é mais fácil de se manter no lugar.
em 2001. Com a volta do grupo ao poder, existe uma dúvida
sobre a volta da exigência da burca. Até agora, líderes
4. Niqab: Herdado das tribos sauditas do deserto, o niqab é
informaram à imprensa que as mulheres só precisam usar o
o véu que cobre o corpo inteiro, incluindo o rosto. Existe
hijab, porém não se sabe se as medidas serão endurecidas nos
apenas uma abertura na altura dos olhos.
próximos meses.
Pinturas Corporais Indígenas
Por meio das pinturas corporais, os indígenas carregam no corpo e no
rosto a identidade cultural de sua comunidade. As pinturas são as marcas
de muitas populações e são diferentes para cada ocasião. Feitas
normalmente de elementos naturais, como urucum e jenipapo, as tinturas
podem se manter na pele por dias.

Cada traço possuiu um significado característico. O conceito depende de


cada etnia, sendo que uma mesma pintura pode ter sentidos variados de
acordo com a comunidade e circunstância. Existem desenhos que
demonstram sentimentos, desde os mais felizes até os de revolta e
indignação pelos problemas enfrentados nas aldeias. Muitas vezes
significam também luto, tristeza e passagem.

Outra característica representada pela arte corporal indígena são as peles


de animais como jabutis, cobras, entre outros. O ato de se pintar
ritualmente é, ainda, uma forma de expressar os valores da cultura de
uma etnia. Além da relevância estética, as pinturas traduzem usos,
costumes, saberes e tradições ancestrais, obedecendo a preceitos
simbólicos e ritualísticos passados de geração em geração.
As tinturas são preparadas de diferentes formas. Uma das mais
conhecidas é feita com o jenipapo, que é retirado verde do pé e
tem seu líquido extraído e, quando colocado em contato com a
pele, se transforma em uma tinta preta. Algumas etnias
utilizam a tinta à base de sementes de urucum, que dá uma
coloração vermelha à pele; outras usam o calcário, que se
encontra na terra, para obter a cor branca.

No cotidiano, o uso da pintura é mais simples, mas, nas


distintas celebrações, ela aparece de forma sofisticada e
refinada. A mulher geralmente tem a responsabilidade de
executar a pintura, principalmente nos corpos dos filhos e
marido, aplicando a tintura com as mãos, pontas de palha,
riscadores de madeira, chumaços de algodão, pincéis variados
e até cachimbos.
ATIVIDADES

1 - Faça uma pesquisa sobre as vestes do candomblé. #processual.

Você também pode gostar