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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO- UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS- CESBA


AGRONOMIA BACHARELADO

ALEX PINTO DE MATOS

RÉGIA KAROLYNY LOPES NUNES

RONILSON DOMINGUES SOUSA DA SILVA

REVISÃO ENTOMOLOGICA
(PRINCIPAIS PRAGAS DAS CULTURAS E SEUS RESPECTIVOS
INIMIGOS NATURAIS)

Balsas-MA
2014
ALEX PINTO DE MATOS

RÉGIA KAROLYNY LOPES NUNES

RONILSON DOMINGUES SOUSA DA SILVA

REVISÃO ENTOMOLOGICA

(PRINCIPAIS PRAGAS DAS CULTURAS E SEUS RESPECTIVOS


INIMIGOS NATURAIS)

Balsas-MA
2014
INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da agricultura mundial fez com que fossem despontadas muitas


novas áreas. Uma das que mais se destaca é o Entomologia. Essa
ACEROLA
(Malpighia emarginata D. C)

A aceroleira (Malpighia emarginata D. C), é uma planta frutífera originária das


Antilhas, norte da América do Sul e América Central (CARVALHO, 2000) que vem
apresentando boa adaptação em diversos países, sendo sobretudo cultivada no Brasil, Porto
Rico, Cuba e Estados Unidos (COELHO et al., 2003).
Pelo seu potencial como fonte de vitamina C e sua capacidade de aproveitamento
industrial, a aceroleira tem atraído o interesse de fruticultores e passou a ter importância
econômica em várias regiões do Brasil. A acerola também possui um elevado valor de
antocianinas e carotenoides, pigmentos antioxidantes que, quando combinados, são
responsáveis pela coloração vermelha dos frutos (LIMA, 2000).
A área plantada com acerola no Brasil ultrapassa 10.000 há, sendo o Estado da Bahia,
seguido por Pernambuco e Ceará, os maiores produtores dessa fruteira. A produção está
estimada em torno de 33.000 t de frutos, oriundos, especialmente, da Região Nordeste e do
Estado de São Paulo (IBGE, 2012).
O cultivo da acerola é uma importante alternativa econômica para a Região Nordeste
do Brasil. No Submédio São Francisco, há cerca de mil hectares cultivados e a expansão do
cultivo deve-se, basicamente, ao apreciado sabor da fruta e ao alto teor de ácido ascórbico
(vitamina C), que, em algumas variedades, alcança até 5.000 miligramas por 100 gramas de
polpa (EMBRAPA, 2007). A fruta pode ser utilizada na fabricação de sucos, licores, geléias,
doces, sorvetes, chicletes e bombons. O sucesso da acerola, principalmente por seus
componentes farmacêuticos, motivou empresas a incentivar o plantio em larga escala,
comercializando-se essa fruta nos mercados tanto interno, quanto externo, principalmente
para o Japão, França e Alemanha (NASCIMENTO et al., 1998). No Brasil, por seu cultivo
comercial relativamente recente, os conhecimentos dos insetos-praga e dos inimigos naturais
associados aos mesmos ainda são escassos. ( RITZINGER & RITZINGER, 2004).

PRAGAS
CULTURA DA ACEROLA

PERCEVEJO VERMELHO
(Crinocerus sanctus)

Ordem: Hemiptera

Família: Coreidae
Hospedeiro principal: Feijão caupi (Vigna unguiculata)

Hospedeiro Secundário: Acerola (Malpighia emarginata D. C)

Biologia do inseto: Foi determinado como inseto praga da aceroleira em 1998 por estudos de
SOGLIA, et al. Estes insetos medem em média 14,9 mm (macho) e 14,6 mm (fêmea) de
comprimento, a largura máxima é, em média; 5,1 mm (macho e fêmea). Possuem coloração
geral amarelo alaranjada; ventre pouco mais escuro que o dorso, principalmente nos machos,
cuja tonalidade tende para o vermelho. Hemiélitros (asas anteriores) muito característicos,
com membrana, e uma mancha na margem externa do cório de coloração preta. Pela
disposição e coloração preta, os dois clavos 10 formam um “V” muito característico. Antenas
longas, de quatro segmentos. Pernas posteriores mais longas e fortes que as demais, com os
fêmures bastante avolumados e providos de pequenas áreas salientes e “espinhos” de
coloração preta. O número de ovos por postura igual a 8, com tempo de incubação de 12,27
dias (MARICONE, 1959).

Prejuízos: atacam principalmente frutos, alterando seu aspecto e desqualificando-os para


comercialização. Há o aparecimento de deformações dos frutos com pontuações salientes
decorrente das picadas. A conformação externa muda com pequenos locais em depressão
(SOGLIA, 1998).

Culturas que ataca: laranjeira, limoeiro, mexerica, roseiras além de atacar leguminosas
como feijão de porco, feijões selvagens também do gênero Canavalia e feijões cultivados
comercialmente (MONTE, 1935).
Figura 01:
Crinocerus
sanctus.
Fonte:
http://www.p

Figura 02: marcação dos danos provocados por Crinocerus sanctus.


Fonte: http://www.euachei.com.br/educacao/biologia/acerola/

PIOLHO DE SÃO JOSÉ


(Quadraspidiotus perniciosus)
Ordem: Homoptera

Família: Diaspididae

Hospedeiro principal: pêssego e acerola

Hospedeiro Secundário: nectarina

Biologia do inseto: O ciclo biológico de Q. Perniciosus compreende três estágios para as


fêmeas e cinco para os machos. No caso das fêmeas, as ninfas são migratórias, deslocando-se
até encontrar um ponto no hospedeiro para se fixar. Após se fixarem, o inseto forma um
escudo e depois da primeira muda, ocorre a perda das pernas e antenas permanecendo imóvel
até a fase adulta. No caso dos machos, a partir do segundo estágio estes sofrem um
alongamento e perdem o aparelho bucal. O terceiro estágio (pré-pupa) tem desenvolvimento
rápido e quarto estágio (pupa) ocorre a formação do aedeagus, antenas, pernas e asas. No final
deste, o macho abandona o escudo na forma de inseto alado, o qual é de cor amarela com asas
anteriores transparentes, frágeis e membranosas e posteriores atrofiadas (EMBRAPA, 2003).
As fêmeas são vivíparas, podendo originar cerca de 10 ninfas por dia, durante um período de
35 a 50 dias. As ninfas permanecem por curto período de tempo sob o escudo materno, para
logo em seguida se espalharem pela planta, fixando-se principalmente nos ramos e troncos.
As cochonilhas passam o inverno na forma de ninfas de primeiro ínstar. A primeira geração
primaveril de ninfas migratórias normalmente aparece em outubro/novembro. As ninfas de
primeiro ínstar são amareladas e móveis, até se fixarem no hospedeiro. Após, perdem as
pernas, iniciando a formação do escudo. Ao se constatar o surgimento das primeiras ninfas,
significa que nos próximos 15 a 20 dias haverá grande concentração de ninfas em fase
dispersiva. Nesse estágio ocorre a disseminação da praga no hospedeiro e entre as plantas do
pomar. A segunda geração de ninfas migratórias ocorre a partir de janeiro e a última geração
de ninfas migratórias, a partir de março, podendo se estender para o mês de abril.
(BERMEJO, 2011).

Prejuízos: O ataque se verifica no tronco, ramos, folhas e frutos. Em função da sucção


contínua de seiva e injeção de substâncias tóxicas pelo inseto, as plantas podem paralisar o
crescimento e não produzir. Nos frutos, ocorre a formação de anéis vermelhos em torno da
carapaça, o que prejudica o seu valor comercial. Se a praga não é controlada em algumas
tentativas o ideal é descarte de plantas (BERMEJO, 2011).

Inimigos Naturais: podem-se citar coccinelídeos, crisopídeos, himenópteros parasitóides:


Prospaltella perniciosi, Prospaltella aurantii, Encarsia (Prospaltella) berlesei, Aphitis
proclia, Aphitis aonidae, Aphitis mytilaspidis, Aspidiophagus citrinus, o encirtídeo
Apterencyrtus microphagus, os coccinelídeos Chilocorus bupustulatus, Exochomus
quadripustulatus Coccinella septempunctata e o ácaro Hemisarcoptes malus . Estes auxiliares
podem ajudar a limitar as populações, mas não conseguem impedir prejuízos se as populações
forem altas. (GUIMARÃES, 1993).
Destacando o himenóptero parasitoide Prospaltella perniciosi, família Aphelinidae.
Raramente atingem mais de 1 ou 2 mm. O período de desenvolvimento depende da
temperatura do ambiente. É utilizado em controle biológico, em largadas da ordem de 1
milhão de parasitoides por hectare, pode, nas condições do clima geral brasileiro, reduzir as
populações de cochonilha de São José em 80 %, no ano seguinte da primeira aplicação em
campo (COUTINHO, 2007).

Culturas que Ataca: plantas ornamentais, maçã, pêssego, nectarina, romã, em geral frutíferas
originalmente de clima temperado (COUTINHO, 2010).

Figura 03: Cochonilha de São José - Quadraspidiotus perniciosus.


Fonte: http://infoagro.cothn.pt/portal/index.php?id=1995
Figura 04: Prospaltella perniciosi
Fonte: http://www.pragasarroz.xpg.com.br/ArrozMipPara.htm

Figura 05: Cochonilha de São José mostrando orifício de saída do parasitoide.


Fonte: http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/conteudos/cen_documentos/norte/artropodes.pdf.

ORTÉZIA
(Orthezia praelonga)

Ordem: Hemiptera

Família: Ortheziidae

Hospedeiro principal: citrus em geral, exemplos: laranja, tangerina, lima.

Hospedeiro Secundário: acerola, manga, goiaba.

Biologia do Inseto: O ciclo de vida compreende os estádios de ovo, ninfa e adulto (GALLO
et al., 2002). Os machos e fêmeas apresentam dimorfismo sexual. As fêmeas são ápteras, de
cor branca, com o corpo recoberto por lâminas ceráceas e possuem movimentos lentos. Vivem
cerca de 80 dias e ovipositam de 80 a 100 ovos em cada geração (BRAGA SOBRINHO et al,.
1998). Os ovos e as formas jovens (ninfas) recém eclodidas, isto é, até a primeira muda de
pele, são encontrados protegidos no ovissaco, que é uma estrutura cerosa, prolongamento do
corpo do inseto, semelhante a uma cauda, às vezes recurvado para cima (BENVENGA et al.,
2001). A camada cerosa presente no ovissaco protege o inseto dos inimigos naturais e
dificulta o contato dos produtos aplicados para o seu controle. O comprimento máximo da
fêmea (corpo mais ovissaco) pode alcançar até 4,5 mm (CARVALHO, 2006). Esta cochonilha
passa por quatro ínstares ninfais, sendo que, nas três primeiras, os machos são semelhantes às
fêmeas. Na última fase, os machos se transformam em indivíduos alados, de coloração
azulada e cauda com cerdas brancas alongadas . Ao contrário da fêmea, não causam prejuízos
à planta, sendo sua função de reprodução. Voam ao entardecer, vivem cerca de 80 dias e se
abrigam em reentrâncias de troncos e ramos (EMBRAPA, 2007).

Prejuízos: plantas ornamentais, medicinais e invasoras são hospedeiras de O. praelonga. As


fruteiras representam 19% do total de espécies atacadas por esta praga. Como fruteiras
hospedeiras, podemos citar as variedades de citros (laranja doce, tangerina, lima ácida, lima,
limão cravo), ainda têm-se acerola, manga, goiaba, caju, mamão, graviola, sapoti, maracujá,
caqui, nêspera, pitanga, jaca (SILVA et al., 1968)
Inimigo Natural: O controle natural de O. praelonga é realizado por vários agentes de
controle biológico. São citados, como predadores naturais, os crisopídeos Ceraeochrysa sp. e
Chrysoperla sp., as joaninhas Azya luteipes, Scymnus sp. e Pentilia egena, o díptero Gitona
brasiliensis e o mirídeo Ambracius dufourei (SILVA et al., 1968). A ocorrência natural dos
crisopídeos aqui citados e das joaninhas Scymnus sp. e Azya luteipes é comum nas condições
do Vale do São Francisco (BARBOSA et al., 2005). De acordo com CRUZ et al. (1999), o
caracol rajado Oxystyla pulchella, que está naturalmente presente em pomares de citros na
Bahia e Sergipe, é também um agente potencial de controle de O. praelonga.
Dando destaque para o predador Azya luteipes pertencente à família Coccinellidae e
ordem Coleoptera. Os adultos tem formato oval com comprimento variando de 1mm a 10mm,
dependendo da espécie e tem asas. (FRANK & MIZELL, 2004). Já foi encontrado, mesmo
em pequena escala, em culturas como: sorgo, cana de açúcar, citrus e batata (CAMPOS
1991).

Culturas que Ataca: plantas ornamentais, medicinais e invasoras são hospedeiras, as


fruteiras representam 19% do total de espécies atacadas por esta praga. Alguns exemplos de
fruteiras hospedeiras são as variedades de citros (laranja doce, tangerina, lima ácida, lima,
limão cravo), acerola, manga, goiaba, caju, mamão, graviola, sapoti, maracujá, caqui, nêspera,
pitanga, jaca (SILVA et al., 1968).

Figura 06: Orthezia praelonga.


Fonte: http://saberesdojardim.wordpress.com/2010/09/28/cochonilhas/
Figura 07: Azya luteipes.
Fonte: http://coleoptera-neotropical.org/paginas/2_PAISES/Brasil/CUCUJOIDEA/coccinellidae-brasil.html

Figura 08: a) deposição de ovos, b) ovos, c) larva no quarto instar, d) ecdises de larva no segundo instar, e) pupa,
f) fêmea adulta, g) macho adulto, h) detalhe de cabeça da fêmea, i) detalhe da cabeça do macho.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-90162012000100012&script=sci_arttext
PULGÃO BRANCO
(Icerya purchasi)
Ordem: Hemiptera

Família: Margarodidae

Hospedeiro principal: citrus

Hospedeiro Secundário: acerola

Biologia do inseto: infesta ramos e galhos. O hermafrodita madura é de forma oval, castanha-
avermelhada com cabelos pretos, cinco milímetros de comprimento. Quando maduro, o inseto
permanece estacionário, atribui-se à planta por secreções de cera, e produz um saco de ovos
brancos em sulcos, por extrusão, no corpo que encerra centenas de ovos vermelhos. Ninfas
são a fase de dispersão primária, com dispersão conhecida a ocorrência de pelo vento e pelo
rastreamento. Ninfas em início de carreira alimentar das veias nervura central de folhas e
pequenos galhos, e fazer a maior parte do dano. Em cada muda, eles deixam no ponto de
alimentação de idade o ex-pele e as secreções de cera em que se tinham coberto e do qual seu
nome comum é derivado. Ao contrário de muitos outros insetos escala, eles mantêm as pernas
e uma mobilidade limitada em todas as fases da vida. Ninfas mais velhas migram para os
galhos maiores e, eventualmente, como adultos aos ramos e no tronco. Seu ciclo de vida é
altamente dependente da temperatura, como o período de tempo em cada fase da vida é mais
longo do que a baixas temperaturas elevadas temperaturas (GARDNER, 2011).

Prejuízos: atacam ramos formando grandes colônias (GALLO, 2002), além do dano direto de
sucção de seiva, os insetos também secretam melada, e fumagina que alastra-se e causa mais
danos à planta hospedeira. Algumas formigas também tendem a aparecer para consumir esta
secreção, melada (GARDNER, 2011).

Inimigo Natural: mais um caso de sucesso do emprego de programas de controle biológico


em plantas é o caso da introdução da joaninha predadora Rodolia cardinalis para o controle da
cochonilha Icerya purchasi, nos Estados Unidos em 1890. Pertence à ordem Coleoptera e à
família Coccinellidae. Sendo introduzida, depois se aclimata, acabando por destruir
rapidamente as populações de Icerya. O adulto tem um corpo semiesférico, de dois a quatro
milímetros de comprimento. É vermelho-púrpura com manchas pretas localizadas em várias
partes de seu corpo, formando uma rede de contornos entre as manchas. A cabeça, parte
posterior do protórax toda a largura, eo escutelo são todos negros.
Há tipicamente cinco manchas pretas, quatro destes estão dispostos sobre a parte dorso
lateral. Os dois pontos anteriores formar um oval cerca de meia-lua em forma com a
convexidade voltada para a sutura da elytron. Os dois posteriores fazer uma forma mais
irregular, formada pela intersecção de duas manchas circulares. A antena é curta, as pernas
têm uma tíbia extensas e irregularmente achatada, formando um espaço de habitação do tarso,
quando em repouso. A larva é de cerca de cinco milímetros de comprimento, a mesma cor
vermelha como o besouro maduro, com manchas pretas no tórax (CROWE, 2002).

Culturas que Ataca: citrus, plantas ornamentais, uva, hortaliças (GARDNER, 2011).

Figura 09: colônia de Icerya purchasi.


Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Icerya_purchasi
Figura 10: Rodolia cardinalis
Fonte: http://galeria.azoresbioportal.angra.uac.pt/temas/list.php?id=11

Figura 11: Rodolia cardinalis predando.


Fonte: http://galeria.azoresbioportal.angra.uac.pt/temas/list.php?id=11

Novas pragas: Poderá ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas não identificadas mas de
controle simples, com pulverizações para o seu combate. SIMÃO (1971) informa que em
algumas épocas do ano a mosca-da-fruta, Ceratitis capitata, causa prejuízos aos frutos da
acerola. É recomenda o uso de “Paration” ou óleo mineral para o controle das cochonilhas e
enxofre para os ácaros, e de produtos à base de “Fenthion” como isca ou pulverização contra a
mosca-das-frutas.

MANDIOCA
(Manihot esculenta Crantz)

Pertencente à família Euphorbiaceae e com os nomes populares de macaxeira e aipim,


tem o nome derivado do inglês, “Cassava”. É originária da América do Sul, a mandioca
constitui um dos principais alimentos energéticos para mais de 700 milhões de pessoas,
principalmente nos países em desenvolvimento. Mais de 100 países produzem mandioca,
sendo que o Brasil participa com 10% da produção mundial (é o segundo maior produtor do
mundo) (EMBRAPA, 2005).
No Brasil, as Regiões Norte e Nordeste destacam-se como as maiores consumidoras, e
o País se destaca pela expressiva produção agrícola, tornando-se atualmente o segundo maior
produtor mundial de raízes, ficando atrás apenas da Nigéria. De fácil adaptação, a mandioca é
cultivada em todos os estados brasileiros, situando-se entre os oito primeiros produtos
agrícolas do país, em termos de área cultivada, e o sexto em valor de produção.
(FAO, 2005).
Apesar dessa cultura ser plantada com baixa adoção de tecnologia e pouca demanda, a
pesquisa tem disseminado sua importância na economia da região Meio-Norte brasileira, bem
como na nutrição da população. Contudo, essa cultura de maneira incipiente vem se
revitalizando com a entrada no mercado de produtores que utilizam novas variedades e
sistema de produção mecanizado, cultivando essa tuberosa com adoção de novas tecnologias
(EMBRAPA, 2005).

PERCEVEJO DE RENDA
(Vatiga illudens)

Ordem: Hemiptera

Família: Tingidae

Hospedeiro principal: mandioca

Hospedeiro Secundário: caju

Biologia do inseto: Os adultos são pequenos percevejos que apresentam cor cinza e cerca de
três milímetros de comprimento. As fases jovens, chamadas de ninfas, são de coloração
branca e menores que os adultos. Passam por cinco estádios ninfais, que se completam em
torno de 11 a 13 dias. Vivem em colônias encontradas na face inferior das folhas basais e
medianas da planta, podendo colonizar as folhas apicais quando o ataque é severo. São insetos
sugadores, que ocorrem no início da estação seca. As maiores infestações, geralmente, são
registradas no primeiro semestre do ano, concentrando-se no período de fevereiro a maio
(EMBRAPA, 2011).

Prejuízos: o dano é causado tanto pelas ninfas como pelos adultos, cujos sinais de ataque
manifestam-se por pontuações amarelas pequenas, que se tornam de cor marrom-
avermelhada. Na face inferior das folhas aparecem inúmeros pontos pequenos, de cor preta,
que correspondem aos excrementos dos insetos. Quando a infestação é severa, pode ocorrer o
desfolhamento da planta. O dano na folhagem pode causar redução na fotossíntese e queda
das folhas inferiores. Podem ocorrer perdas no rendimento, a depender da cultivar utilizada,
idade da cultura, intensidade e duração do ataque (EMBRAPA, 2003). Os danos são causados
tanto pelas ninfas como pelos adultos. Os sinais de ataque manifestam-se inicialmente por
pequenas pontuações branco-amareladas, que aumentam em número e tamanho, tornando as
folhas bronzeadas. Na face inferior das folhas aparecem inúmeros pontos pequenos, de cor
preta, que correspondem aos excrementos dos insetos. Dano considerável pode ocorrer
quando as populações da praga são altas, o que torna as folhas cloróticas, reduzindo a taxa de
fotossíntese e provocando sua queda. Dependendo da variedade utilizada, da idade da cultura,
da intensidade e da duração do ataque, essa praga causa queda acentuada na produtividade,
principalmente em condições de baixa umidade. Alguns estudos apontaram reduções de 21%
e 50%, respectivamente, na produção de raízes e massa verde do terço superior de diferentes
variedades de mandioca avaliadas nas condições de Cerrado (EMBRAPA, 2011).

Culturas que Ataca: caju

Inimigo Natural: já foram identificados inimigos naturais; no Brasil foi registrada a


ocorrência dos predadores Hyaliodes vitreus (na Bahia) e H. beckeri (no Distrito Federal),
porém em baixa incidência. Pesquisas são necessárias para comprovar sua eficiência
(ALVES, 2011). O Hyaliodes vitreus é um mirídeo predador pertencente à subfamília
Deraeocorinae, caracterizado por ser de pequeno tamanho com hemiélitros transparentes e
vítreos, com um escutelo longo e revestido de pelos finos e eretos. Vem sendo observado no
Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Se as populações persistirem isso poderá contribuir
para minimizar os danos do percevejo de renda na cultura da mandioca, utilizando-se de
manejo integrado de pragas. Existem ainda poucas informações á respeito, sendo necessárias
pesquisas neste ramo (EMBRAPA, 2003).

Figura 12: Adultos do percevejo de renda.


Fonte: http://www.fbb.org.br/data/files/8AE389DB3309CEE001331C7AC60B55C6/
manual_mandioca_no_cerrado.pdf
Figura 13: ninfas do percevejo de renda.
Fonte: http://www.fbb.org.br/data/files/8AE389DB3309CEE001331C7AC60B55C6/
manual_mandioca_no_cerrado.pdf

Figura 14: danos provocados pelo percevejo de renda.


Fonte: http://www.fbb.org.br/data/files/8AE389DB3309CEE001331C7AC60B55C6/
manual_mandioca_no_cerrado.pdf
Figura 15: Ciclo de vida do percevejo de renda.
Fonte: http://www.unioeste.br/cursos/rondon/agronomia/docs/insetos_praga_da_cultura_da_mandioca.pdf

Figura 16: Hyaliodes vitreus


Fonte: http://bugguide.net/node/view/410333

MANDAROVÁ
(Erinnys ello L)

Ordem: Lepidoptera

Família: Sphingidae

Hospedeiro principal: mandioca

Hospedeiro Secundário: seringueira, fumo e coqueiro.

Biologia do inseto: Os adultos são mariposas de cerca de 8 a 9 cm de envergadura, de


coloração geral cinza, asas posteriores avermelhadas, com borda inferior preta e abdome
listrado de preto e cinza. Os ovos são postos isoladamente nas folhas, apresentam coloração
inicial verde e posteriormente tornam-se amarelados. As lagartas, única fase do inseto que
causa dano à cultura da mandioca, passam, em geral, por cinco estádios de desenvolvimento,
que duram de 12 a 15 dias. Inicialmente as lagartas têm cerca 0,5cm de comprimento e ao
final do desenvolvimento podem atingir 10 centímetros. Sua coloração varia do verde ao
marrom e ao preto. Após a fase de lagarta, o inseto migra para o interior do solo e se
transforma em pupa, que dura entre 15 e 30 dias. O ataque do mandarová pode ocorrer em
qualquer época do ano, entretanto é mais comum no início da estação chuvosa. É uma praga
de ocorrência esporádica, podendo levar alguns anos para que ocorram novos ataques severos
(EMBRAPA, 2003). No início do ciclo, a lagarta é difícil de ser vista na planta, devido ao
tamanho diminuto (5 mm) e à coloração, confundindo-se com a da folha. Quando
completamente desenvolvidas, o colorido das lagartas é o mais variado possível, havendo
exemplares de cor verde, castanho escura, amarela e preta, sendo mais frequentes as de cores
verde e castanho escura. A lagarta passa por cinco estádios que duram aproximadamente de
12 a 15 dias, período em que consome, em média, 1.107 cm² de área foliar, sendo que 75%
dessa área é consumida no quinto instar (SOUZA & FIALHO, 2003).

Prejuízos: é considerada uma das principais pragas da cultura da mandioca e apresenta ampla
distribuição no Brasil. As lagartas são desfolhadoras e prejudicando o tamanho dos tubérculos
e a quantidade de amida presente nos frutos com grande capacidade de consumo. Cada
indivíduo pode consumir mais 1.000 cm2 de área foliar, o que equivale a 12 folhas bem
desenvolvidas, principalmente quando estão no último estágio de desenvolvimento (cerca de
10 cm), o qual responde por cerca de 75% do consumo das folhas. Em ataques severos,
podem causar a desfolha completa das plantas, diminuindo a produção de raízes entre 50 a
60%. A redução na produção de raízes depende de fatores como idade das plantas (plantas
mais jovens, maiores perdas), fertilidade do solo (solo menos férteis, maiores perdas),
condições ambientais (época seca, maiores perdas) e frequência do ataque (maior número de
ataques, maiores perdas) (EMBRAPA, 2011).

Culturas que Ataca: principalmente as famílias Euphorbiaceae, Caricaceaee e Solanaceae


com destaque para fumo, seringueira e coqueiro.

Inimigo Natural: dentre os inimigos naturais do Erinnys ello é possível citar Trichogramma
fasciatum e T. dolophonotae. Pertencente à ordem Hymenoptera e família
Trichogrammatidae. De cada ovo parasitado emergem aproximadamente 23 adultos. Os ovos
mudam sua cor esverdeada ou amarelada normal para coloração cinza ou preta. O controle
biológico com o parasitóide de ovos Trichogramma tem-se mostrado eficiente para reduzir a
densidade populacional do inseto praga, uma vez que este impede que a praga atinja a fase de
lagarta, estágio em que causa danos à cultura (HAJI, 1997), além de sua ocorrência natural,
mesmo em cultivos comerciais (PRATISSOLI et al., 2003). Ainda no âmbito de inimigos
naturais tem-se o Pepsis formosa popularmente conhecido como maribondo caçador é um
predador da ordem Hymenoptera e família Pompilidae. Atacam as lagartas do mandarová,
retirando pedaços de seu corpo para alimentar seus filhotes no ninho, auxiliando desta forma
no controle da praga. Devem ser preservados ninhos próximos às lavouras, mesmo que para
isso seja necessário perder algumas plantas de macaxeira (EMBRAPA, 2007).
Figura 17: Lavartas mandarová alimentando-se.
Fonte: http://www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/folder/baculovirus.pdf

Figura 18: mandarová em quinto instar.


Fonte: http://www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/folder/baculovirus.pdf
Figura 19: ciclo de vida do mandarová.
Fonte: http://iquiri.cpafac.embrapa.br/pdf/doc108.pdf

Figura 20: Trichogramma


Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfc6gAB/mandarova-erinnyis-ello-praga-seringueira
Figura 21: Pepsis formosa
Fonte: http://iquiri.cpafac.embrapa.br/pdf/doc108.pdf

Figura 22: casa do Pepsis formosa


Fonte: http://iquiri.cpafac.embrapa.br/pdf/doc108.pdf
ÁCAROS
(Mononychellus tanajoa e Tetranychus urticae)

Ordem: Acari

Família: Tetranychidae

Hospedeiro Principal: mandioca

Hospedeiro Secundário: feijão e mamona e rosa por exemplo.

Biologia do inseto: Os ácaros são pragas das mais severas que atacam a mandioca, sendo
encontrados em grande número na face inferior das folhas, frequentemente durante a estação
seca do ano, podendo causar danos consideráveis, principalmente nas Regiões Nordeste e
Centro-Oeste. Alimentam-se penetrando o estilete no tecido foliar e succionando o conteúdo
celular. Os sintomas típicos do dano são manchas cloróticas, pontuações e bronzeamento no
limbo, morte das gemas, deformações e queda das folhas, reduzindo a área foliar e a
fotossíntese (EMBRAPA, 2003). No Cerrado brasileiro, os ácaros mais importantes são o
ácaro verde ou ácaro do tanajoá (Mononychellus tanajoa) e o ácaro rajado (Tetranychus
urticae). São pragas de tamanho muito pequeno (menores que 0,5mm), não possuem asas,
apresentam cinco fases de desenvolvimento (ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto) e,
quando adultas, apresentam quatro pares de pernas. O ácaro do tanajoá apresenta coloração
geral verde e o ácaro rajado também é esverdeado, com duas manchas escuras na parte dorsal.
O ácaro rajado tem o hábito de tecer finas teias. Ambos vivem em grande número na face
inferior das folhas, principalmente na época seca do ano (EMBRAPA, 2011).

Prejuízos: Ocorrem com frequência em cultivos de mandioca no Cerrado e no Nordeste


brasileiro e atacam a cultura de maneira bastante severa. Alimentam-se do tecido foliar,
causando manchas cloróticas e pontuações, e deixam a folha com aspecto bronzeado,
diminuindo a área foliar e a área fotossintética das plantas. Podem causar a morte das gemas,
deformações e queda das folhas. O ataque do ácaro verde é mais evidente na região apical da
planta. O ácaro se alimenta das folhas não expandidas e das hastes, ocasionando o
retardamento no crescimento da planta, pela redução do comprimento dos internódios. Nas
partes mais baixas das plantas, o ataque é mais raro, embora possa ocorrer. As plantas
atacadas apresentam pequenas pontuações amareladas nas folhas, ficam deformadas e perdem
a coloração verde. Em ataques severos, os brotos foliares morrem, ocorrem ramificações
ásperas e de cor marrom, desfolhamento e morte, iniciando-se na parte apical da planta
(EMBRAPA, 2003). O ácaro rajado, por sua vez, ocorre principalmente nos terços médios e
basais da planta. Os sintomas iniciais são pontos amarelados na base foliar e ao longo da
nervura central. Em altas populações, essas pontuações se distribuem por toda a folha, que
toma um aspecto marrom-avermelhado ou cor de ferrugem. Ocorre também um
desfolhamento intenso nas partes mediana e basal da planta, avançando para a parte terminal.
A planta apresenta brotações reduzidas e os ácaros tecem grande quantidade de teias,
semelhantes às de aranha. As folhas então secam e caem, podendo ocorrer a morte das plantas
(EMBRAPA, 2011).

Inimigo Natural: é possível citar o Phytoseiulus persimilis dentre outros indivíduos do gênero
Phytoseiulus e família Phytoseiidae. Este é o predador de ácaros mais frequentemente usado
para controlar ácaros. As fêmeas adultas são aproximadamente 0,5 mm de comprimento, de
cor avermelhada, em forma de pêra e ativo à temperatura ambiente, Imaturos e os machos são
menores e mais leves em cores. Os ovos são oblongo. Cerca de 80% são do sexo feminino.
Em temperaturas ideais Phytoseiidae podem desenvolver de ovo a adulto em 7 dias e viver
por até 1 mês. Uma fêmea bem alimentada vai colocar cerca de 50 ovos em sua vida.
Consomem aproximadamente: 7 adultos imaturos, 20 ou 25 ovos (MORAES, 2005).

Culturas que Ataca: morango, soja, algodão, mamão, feijão, mamona, entre tantos outros.
Figura 23: Phytoseiulus persimilis
Fonte: http://www.nhm.ac.uk/nature-online/species-of-the-day/scientific-advances/bio-control/phytoseiulus-
persimilis/index.html

Figura 24: Mononychellus tanajoa


Fonte: http://www.infonet-biovision.org/print/images/114/crops
Figura 25: Tetranychus urticae
Fonte: http://www.pbase.com/holopain/image/55880525&exif=Y

COCHONILHA-DAS-RAÍZES
(Protortonia navesi)

Ordem: Hemiptera

Família: Monophlebidae

Hospedeiro principal: mandioca

Hospedeiro Secundário: Brachiaria decumbens

Biologia do inseto: os adultos dessa cochonilha medem cerca de 8 mm de comprimento e


4mm de largura e não possuem asas. Apresentam coloração marrom-avermelhada, corpo
elíptico, com diversas rugas transversais. Vivem cerca de 27 dias e produzem em média 240
ovos. Os ovos são elípticos, de coloração avermelhada e recobertos por uma pulverulência
branca. A praga apresenta três estádios ninfais, cuja duração total é de 44 dias. O ciclo
completo é de 69 dias (ovo-adulto). Até o presente momento, não foram encontrados machos
na natureza. Ou seja, sem a necessidade do macho, fêmeas dão origem somente a fêmeas
(fenômeno conhecido como partenogênese) (EMBRAPA, 2011). A praga ocorre durante todo
o ano. Após o plantio de manivas-sementes infestadas com a praga ocorrido, por exemplo, em
outubro/novembro – esses insetos permanecem sob o solo e passam a se multiplicar nas
raízes. Nesse local, são encontradas colônias formadas por ninfas e adultos.. São insetos
lentos e que permanecem o tempo todo se alimentando das raízes. Após a queda das folhas da
mandioca, o início da rebrota e a proximidade da estação chuvosa, as cochonilhas passam
gradativamente a colonizar também a parte aérea. Sua disseminação na lavoura pode ocorrer
principalmente por meio do plantio de manivas-sementes contaminadas, por meio do
transporte dos indivíduos aderidos em implementos ou mesmo no vestuário de pessoas que
circularam em áreas contaminadas (EMBRAPA, 2003).

Prejuízos: Esses insetos sugam as plantas desde o início do desenvolvimento, causando


atraso no crescimento, redução na produção de raízes e, em altas populações, a morte das
plantas mais jovens. Em pesquisas recentes, observou-se a diminuição do poder de
germinação de manivas-sementes provenientes de plantas atacadas em até 30%. Como dano
qualitativo, tem sido observado que a intensa sucção dos insetos pode provocar pequenas
manchas nas raízes, depreciando o produto (EMBRAPA, 2003).

Culturas que Ataca: algumas plantas daninhas como, Conizia canadenses, Tridax
procumbens, Emilia sochifolia, Bidens pilosa, Brachiaria decumbens, dentre vários outros
(BELLOTI, 1994).

Inimigo Natural: ainda carente de estudos na área de inimigos naturais, no entanto, já foram
identificados larvar de crisopídeo (Neutopera – Chrysopidae) e sirfídeos (Díptera –
Syrphidae). Também já foram verificados coccinelídeo ou joaninha (Coleóptero –
Coccinelidae) ainda identificadas, mas parecem desempenhar papel importante. As larvas
desse inseto começam a aparecer à partir do mês de novembro, geralmente nas bordas da área.
Esses insetos procuram as ninfas de cochonilha que permanecem imóveis se alimentando das
raízes, e por meio de aparelho bucal mastigador começam a se alimentar do inseto geralmente
na região mediano-lateral do corpo. Após o processo de alimentação as cochonilhas que
tiverem o tegumento do corpo rompido começam a exudar o líquido corpóreo e acabam
morrendo. No final do mês de dezembro é possível verificar altas populações dessa joaninha e
a população de cochonilha praticamente desaparecem (MAPA, 2005)
Figura 26: adulto da cochonilha das raízes.
Fonte: http://www.fbb.org.br/data/files/8AE389DB3309CEE001331C7AC60B55C6/
manual_mandioca_no_cerrado.pdf

Figura 27: colônia de cochonilha das raízes.


Fonte: http://www.fbb.org.br/data/files/8AE389DB3309CEE001331C7AC60B55C6/
manual_mandioca_no_cerrado.pdf
ACELGA
(Beta vulgaris cicla)

A acelga, Beta vulgaris cicla, pertence à Família das Quenopodiaceae e à Tribo das
Cyclolobeae. O gênero Beta compreende seis espécies conhecidas. O clima ao qual originalmente
se adapta são o Continental, Mediterrâneo, Subtropical,Temperado, Tropical. De acordo com o
manejo e demais características pode chegar a medir de 0.3 a 0.4 metros e em ocasiões mais
específicas de 0.4 a 0.6 metros (POSKANZER, 2000).
Historicamente a cultura da Acelga remonta à antiguidade clássica: os Gregos e Romanos
faziam grande uso dela. Seu nome "cicla" seria de origem feniciana. A acelga só se tornou
popular na França na Idade Média. Segundo o “Ménagier de Paris”, a verdadeira “porée” (sopa de
legumes) era a “porée” de Acelga. Sua cultura se difundiu largamente no século XVII (BOIS
2006).
Hoje em dia, é sobretudo, a variedade a costelas brancas e a costelas muito largas que são
cultivadas nas hortas. Existiam numerosas cores. Segundo BOIS (2006), a introdução de Acelga a
cardos do Chile vem de 1834, mas ele nota que apesar disso, desde 1651 Gerard mencionava a
existência de Acelgas coloridas. Essas variedades têm também um papel de embelezar a horta.
Suas cores são, de fato, rosa, vermelho, amarelo e laranja. Seu tamanho varia em função dos
cultivos assim como a cor e a textura de suas folhas. As hastes dessas variedades são geralmente
bastante finas e elas são deliciosas cozinhadas no vapor exaltadas com um molho de óleo com
vinagre ou limão.
Não existindo na literatura informações direcionadas à acelga serão citadas algumas pragas
das crucíferas, ainda assim, poucas são aquelas que atacam crucíferas e acelga e dentre estas são
pouco aprofundados os estudos a respeito, por este motivo serão apresentadas pragas em
quantidade reduzida.
CURUQUERÊ- DA -COUVE
(Ascia monuste orseis)

Ordem: Lepidoptera

Família: Pieridae

Hospedeiro principal: Couve

Hospedeiro Secundário: Repolho e acelga

Prejuízos: “Vide couve”

Culturas que ataca: “Vide couve”

Ciclo de vida: “Vide couve”

LAGARTA-ROSCA
(Agrotis ípsilon)

Ordem: Lepidoptera

Família: Noctuidae

Hospedeiro principal: Couve

Hospedeiro Secundário: acelga

Prejuízos: “Vide couve”

Culturas que ataca: “Vide couve”

Ciclo de vida: “Vide couve”


TRAÇA DAS CRUCÍFERAS
(Plutella xylostella)

Ordem: Lepidoptera

Família: Yponomeutidae

Hospedeiro Principal: repolho e canola

Hospedeiro Secundário: acelga

Biologia do Inseto: é uma praga desfolhadeira Os ovos são microscópicos, de coloração


esverdeada, sendo a postura realizada isoladamente ou em grupos de dois ou três, em ambas
as faces das folhas. Cada fêmea põe em média 160 ovos e o período de incubação é de três a
quatro dias (THOMAS, 1984). As lagartas recém eclodidas penetram no interior dos tecidos
da folha e alimentam-se do parênquima. Após dois a três dias do início da fase de
alimentação, passam a comer a epiderme inferior da folha. Nessa fase, as lagartas mexem-se
nervosamente quando tocadas. Ao final de nove a dez dias atingem o maior tamanho (8 a 10
mm) e transformam-se em pupas dentro de um pequeno casulo em forma de malha, fixados
nas folhas. Após cerca de 7 a 14 dias emergem os adultos, que medem cerca de 9 mm de
envergadura (GALLO et al., 2002).

Prejuízos: desfolha total da planta (GALLO et al., 2002). As lagartas desse inseto se
alimentam das folhas causando redução da área fotossintética, atraso no crescimento da planta
e em casos extremos de ataque, à morte da planta. Os prejuízos são elevados devido à redução
na produtividade e qualidade do produto final oferecido ao consumidor. O ataque de P.
xylostella às plantas de repolho pode reduzir em 100% a qualidade das cabeças (BARROS et
al., 1993).

Culturas que Ataca: couve, acelga, canola, crotalária repolho.

Inimigo Natural: Dentre os parasitóides, Oomyzus sokolowskii da ordem Hymenoptera e


família Eulophidae é uma das espécies mais importantes, podendo ocasionar taxas de
parasitismo cima de 90% (FERREIRA et al., 2003). No Brasil, são raros os trabalhos que
visam identificar os principais predadores de P. xylostella. Portanto, muitos predadores, ainda
não descritos, podem ser potenciais agentes de controle natural de P. xylostella.

Figura 28: estágio larval da Plutella xylostella


Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Koolmot_Plutella_xylostella_op_boerenkool_(Curly_kale).jpg

Figura 29: Plutella xylostella


Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Diamondback_moth
Figura 30: Oomyzus sokolowskii
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Diamondback_moth
TRIPES
(Thrips palmi)

Ordem: Thysanoptera

Família: Thripidae

Hospedeiro Principal: batata

Hospedeiro Secundário: acelga

Biologia do Inseto: ciclo de vida consiste em ovo, dois estádios ninfais (ninfa de 1º e de 2º
ínstares), dois estágios pupais (prepupa e pupa) e adulto. Com exceção dos estágios pupais
que são quiescentes, não se alimentam e se encontram no solo ou substrato, os demais
estágios são encontrados na parte aérea das plantas hospedeiras. Os ovos são inseridos dentro
dos tecidos vegetais e, portanto, encontram-se protegidos. Ninfas e adultos alimentam-se
ativamente. A sobrevivência e o período de desenvolvimento dos diferentes estágios de
desenvolvimento são variáveis em função da temperatura e da planta hospedeira. O ciclo de
vida em pepino leva de 20 dias (a 30ºC) a 80 dias (a 15 ºC), sendo 25 dias a 25ºC. O adulto
pode viver de 7 a 30 dias e a fêmea produz, em média, 50 ovos. Alguns detalhes básicos de
morfologia são: ninfas apresentam coloração amarelo-pálida e não possuem asas. Adultos
amarelo-dourado, com coloração escura em parte das antenas e nas cerdas do corpo (EPPO,
2010).

Prejuízos: A alimentação de tripes nos tecidos das plantas (folhas, flores e/ou frutos) pode
causar estrias ou áreas prateadas, amarelecidas e/ou bronzeadas, enrugamento, atrofia e morte,
que podem levar à perda do vigor da planta e à redução na produção (EPPO, 2010).

Culturas que Ataca: Solanum melongena, Benincasa hispida, Capsicum annuum,


Gossypium spp.,Vigna unguiculata, Cucumis sativus) Cucurbita spp., Cucumis melo, Pisum
sativum, Phaseolus vulgaris, Solanum tuberosum, Sesamum indicum, Glycine max,
Helianthus annuus, Nicotiana tabacum, Citrullus lanatus (EMBRAPA, 2003).

Inimigo Natural: carece de estudos.


Figura 31: juvenil de Thrips palmi.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgZm0AH/pragas-exoticas-querentenarias1?part=2

Figura 32: adulto de Thrips palmi.


Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgZm0AH/pragas-exoticas-querentenarias1?part=2
QUIABO
(Abelmoschus esculentum)

O quiabo (Abelmoschus esculentum), é da ordem ordem Malvales e família


Malváceas. Possui origem africana. Seu fruto, conhecido como quiabo, quingombô, gombô
outros nomes é uma cápsula fibrosa cônica verde e peluda, cheia de sementes brancas
redondas, muito usado em culinária antes da maturação, pois, próximos à maturação,
endurecem. Suas folhas são lobadas. As flores são axilares, isto é, brotam a partir das gemas
axilares (BAKHRU, 2000).
Ciclo de aproximadamente 70 a 80 dias e em condições ideais de cultivo pode chegar a
produzir de 15 a 20 mil quilos por hectare. Resistente a seca, pois possui uma raiz profunda
(aproximadamente 1,9 m). Desenvolve-se melhor em regiões de climas quentes, podendo
também ser cultivada em regiões de clima ameno. Regiões que apresentam temperaturas
muito baixas são inviáveis para a cultura porque o frio ocasiona o abortamento (queda) dos
frutos jovens, provocando grandes reduções na produção (GOLÇALVES, 2000).
A época ideal para sua semeadura encontra-se entre as estações de temperaturas mais
quentes (primavera-verão), podendo ser semeado durante o inverno nas regiões mais baixas e
quentes (em casas de vegetação ou cultivo convencional) produzindo na entressafra e
proporcionando bons rendimentos e índices de lucratividade através da obtenção de melhores
preços. Solo preferencialmente argiloso-arenoso e pH entre 6,0 e 6,8. A adubação orgânica
apresenta bons resultados principalmente em solos de baixa fertilidade, devendo ser feita no
sulco de plantio e com antecedência à época de semeadura. Associada à aplicação do adubo
orgânico recomenda-se a adição de termofosfato no sulco de plantio (BAKHRU, 2000).
O ponto de colheita é definido através da análise dos frutos, que devem ter aspecto
tenro e suas pontas podem ser quebradas com facilidade. O processo pode ser feito utilizando-
se canivetes afiados, os quais serão usados para o corte dos pedúnculos que deve ser feito
rente aos frutos e sem causar ferimentos ou injúrias. Para que se obtenha um bom
rendimentoe qualidade ao final do processo além de melhores produtividades, recomenda-se
que as colheitas sejam feitas diariamente ou em dias alternados (GOLÇALVES, 2000).
A época de colheita varia de acordo com a época de semeadura e com a cultivar
utilizada. Dessa forma, cultivares nacionais plantadas nas estações primavera-verão iniciam
seu período produtivo em torno de 60-75 dias após a semeadura; e as cultivares plantadas nas
estações outono-inverno produzem aos 85-100 dias após o plantio. A colheita é feita
manualmente (nessa e na maioria das culturas olerícolas), particularmente nessa cultura pode
haver a incidência de irritação na pele e de reações alérgicas nos operários devido ao contato
direto com a planta e os frutos. Para evitar o problema recomenda-se o uso de roupas
especiais como macacões, por exemplo, com mangas compridas e luvas de tecido grosso. A
hora mais mais adequada do dia para a realização do processo de colheita é no final da tarde
(BAKHRU, 2000).

MOSCA BRANCA
(Bemisia tabaci)

Ordem: Homoptera

Família: Aleyrodidae

Hospedeiro principal: Feijão (Phaseolus vulgaris)

Hospedeiro Secundário: Quiabo

Prejuízos: “Vide Soja”

Biologia do Inseto: “Vide Soja”

Culturas que ataca: Abóbora, Quiabo, Abobrinha, Algodão, Begônia, Berinjela, Brócolis,
Couve, Couve-flor, Ervilha, Feijão, Fumo, Jiló, Mamão, Melancia, Melão, Pepino, Pimentão,
Repolho, Soja, Tomate, Uva.
VAQUINHA
(Diabrotica speciosa)

Ordem: Coleoptera

Família: Chrysomelidae

Hospedeiro principal: Milho (Zea mays)

Hospedeiro secundário: Quiabo

Biologia do Inseto: “Vide soja”.

Prejuízos: “Vide soja”.

Culturas que ataca: Abóbora, Batata, Berinjela, Brócolis, Couve, Couve-flor, Cravo,
Ervilha, Feijão, Flores, Fumo, Girassol, Hortaliça, Melancia, Melão, Milho, Pepino,
Pimentão, Repolho, Soja, Quiabo e Tomate.
FORMIGA LAVA PÉ
(Solenopsis saevissima)

Ordem: Hymenoptera

Família: Formicidae

Hospedeiro Principal: paricá

Hospedeiro Secundário: quiabo

Biologia do Inseto: as formigas “lava-pé” habitam preferencialmente áreas alagadiças ou


locais muito úmidos que apresentam vegetação rasteira. Dessa forma, elas são bem adaptadas
a áreas de modificação humana, tais como agroecossistemas, formando grandes populações
(TRAGER, 1991). Elas são caracterizadas por construírem ninhos subterrâneos sob um monte
de terra com galerias, onde se encontram milhares de formigas adultas e na forma de larva.
Quando perturbadas, parte das operárias recolhe as larvas e a outra parte ataca o invasor com
suas mandíbulas injetando veneno com o ferrão.

Prejuízos: raspagem do pecíolo das folhas, abertura de orifícios e galerias nos ramos e caule
e construção de ninhos arborícolas (TRAGER, 1991).

Culturas que Ataca: paricá, quiabo,

Inimigo Natural: Pseudacteon spp. Da ordem díptera e família phoridae. A fêmea de


Pseudacteon deposita apenas um ovo próximo da cabeça da formiga hospedeira, onde a larva
se desenvolve. A alimentação da larva ocorre no interior da cabeça da formiga promovendo a
sua decapitação e, na sequência, o estágio de pupa é desenvolvido na cápsula cefálica, a qual
serve de câmara pupal (PORTER, 1998). Um parasitóide adulto emerge através da boca da
formiga, anteriormente fechada pela cutícula exclerotizada da região anterior da pupa.
Embora esses parasitóides não ataquem a rainha que se encontra protegida no interior no
ninho, à vantagem de sua utilização em programas de controle biológico está na redução da
atividade de forrageio das formigas, interferindo negativamente na taxa de coleta de alimento
(EMBRAPA, 2003).
Figura 33: danos causados pela ação das formigas lava pé.
Fonte: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/409527/1/ComTec196.pdf

Figura 34: formiga lava pé.


Fonte: http://www.discoverlife.org/proceedings/0000/7.ants_africa/orgs/Solenopsi
s/saevissima/solenopsis_saevissima.html
ROSA
(Rosa x grandiflora)

As rosas pertencem à família Rosaceae e ao gênero Rosa L., com mais de 100
espécies, e milhares de variedades, híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos
de acúleos. As folhas são simples, partidas em 5 ou 7 lóbulos de bordos denteados. As flores,
na maior parte das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente 5 pétalas, muitos estames e
um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes
comestíveis. Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de
formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral. As flores, particularmente,
sofreram modificações através de cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que
adquirissem suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores das mais
variadas (NYE, 2000).

ÁCAROS
(Mononychellus tanajoa e Tetranychus urticae)

Ordem: Acari

Família: Tetranychidae

Hospedeiro Principal: mandioca

Hospedeiro Secundário: feijão e mamona e rosa por exemplo.

Biologia do Inseto: “Vide Mandioca”

Prejuízos: “Vide Mandioca”

Culturas que Ataca: “Vide Mandioca”

Inimigo Natural: “Vide Mandioca”


LARVA MINADORA
(Liriomyza huidobrensis)

Ordem: Lepidoptera

Família: Eulophidae

Hospedeiro principal: Alface (Lactuca sativa L.)

Hospedeiro Secundário: Tomate (Solanum lycopersicum)

Prejuízos: “Vide alface”

Biologia do inseto: “Vide alface”

Inimigo Natural: “Vide alface”


PIOLHO DE SÃO JOSÉ
(Quadraspidiotus perniciosus)

Ordem: Homoptera

Família: Diaspididae

Hospedeiro principal: pêssego e acerola

Hospedeiro Secundário: roseira

Biologia do inseto: “Vide acerola”

Prejuízos: “Vide acerola”

Culturas que Ataca: “Vide acerola”

Inimigo Natural: “Vide acerola”


GOIABA
(Psidium guajava)

Pertencente à ordem Myrtales e família Myrtaceae. O fruto é constituído de uma baga,


carnoso, casca verde, amarelada ou roxa, com superfície irregular, de cerca de oito entímetros
de diâmetro. Em seu interior, há uma polpa rosada, branca ou dourada, contendo dezenas de
pequenas sementes duras, mas que podem ser ingeridas sem problemas. Somente as
variedades de polpas brancas e vermelhas são comercializadas. As quatro sépalas da flor estão
normalmente presentes em uma das extremidades da goiaba. A palavra "goiaba" originou-se
do termo aruaque para a fruta, guaiaba. Ocorre, sobretudo, no Brasil, nas Antilhas1 e no
sudeste da Ásia. Este fruto é benéfico à saúde, pois é fonte de vitamina C e fibras; além disso
goiabas vermelhas ricas em Licopeno. O licopeno é um pigmento carotenóide responsável
pela coloração avermelhada dos tomates, melancias, mamões, pitangas e goiabas vermelhas.
Este age como agente antioxidante com capacidade sequestrante de radicais livres, estuda-se a
possível ação contra o câncer, principalmente o de próstata, e doenças cardiovasculares
(JACOMINO, 2010).

BROCA-DAS-MIRTÁCEAS
(Timocratica palpalis)

Ordem: Hymenoptera

Família: Siricidae

Hospedeiro Principal: goiaba

Hospedeiro Secundário: pitanga

Biologia do Inseto: adulto possui coloração branca com região central amarelas, medindo
aproximadamente 40 mm de comprimento, os ovos são usualmente colocados em galhos e
tronco. A lagarta possui coloração violeta amarelada e mede cerca de 30 mm no último instar.
Broqueiam ramos e troncos e o orifício de entrada é protegido por teia. O pupamento ocorre
dentro das galerias. É de ocorrência no Brasil ocorre do Amazonas até o Rio Grande do Sul
(GALLO, 2002).

Prejuízos: a abertura de galerias nos ramos e no tronco pelas larvas deprecia a madeira. As
fêmeas ovipositam no exterior dos galhos, na base das folhas e dos frutos, junto aos pecíolos.
As lagartas após a eclosão começam a raspar as cascas dos galhos ou do fruto até atingir o
interior, onde fazem galerias (GALLO, 2002).

Culturas que Ataca: o eucalipto, a goiabeira, ameixeira, ameixeira-preta, ameixeira-do-


japão, abacateiro, amendoeira, araçazeiro-do-pará, araçazeiro-vermelho, cabeluda, cafeeiro,
cambucazeiro, casuarina, caquizeiro, cangalheiro, castanheira, carvalho, damasqueiro,
jaboticabeira, jambeiro, jambeiro-vermelho, lichia, macieira, marmeleiro, pereira, pessegueiro
e pitangueira (SILVA et al., 1968).

Inimigo Natural: O fungo Metarhizium anisopliae, que causa a doença-verde em diversas


espécies de insetos, é um dos mais eficazes controladores biológicos das diversas espécies de
insetos que ocorrem na agricultura. É pertencente à ordem Hypocreales e à família
Clavicipitaceae. A doença causada por este fungo é frequentemente designada doença da
muscardina verde devido à cor verde dos seus esporos. Quando estes esporos assexuados
(chamados conídios) do fungo entram em contato com o corpo de um inseto hospedeiro,
germinam e as hifas que emergem penetram a cutícula. O fungo passa então a desenvolver-se
no interior do corpo do hospedeiro, eventualmente matando o inseto ao fim de alguns dias;
este efeito letal é muito provavelmente auxiliado pela produção de péptidos cíclicos
inseticidas (destruxinas). A cutícula do cadáver torna-se frequentemente vermelha. Se a
humidade ambiente for suficientemente alta, desenvolve-se sobre o cadáver um bolor branco,
o qual rapidamente se torna verde à medida que são produzidos esporos. A maioria dos
insetos que vivem próximo do solo desenvolveram defesas naturais contra fungos
entomopatogénicos como M. anisopliae. Este fungo está assim envolvido numa batalha
evolutiva para vencer estas defesas, o que levou ao aparecimento de numerosas estirpes
adaptadas a certos grupos de insetos. Sabe-se que pode infectar mais de 200 espécies de
pragas de insetos, incluindo térmitas (DRIVER et al,. 2000).
Figura 35: Timocratica palpalis
Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/artigo.php?op=
6&i=4&si=82&ar=2285

Figura 36: Metarhizium anisopliae atacando inseto não identificado.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Metarhizium_anisopliae
COCHONILHA
(Ceroplastes sp.)

Ordem: Homoptera

Família: Diaspididae

Hospedeiro principal: pêssego e acerola

Hospedeiro Secundário: nectarina e goiaba

Biologia do Inseto: “Vide acerola”


Prejuízos: Atacam os ramos mais finos principalmente brotos e também as folhas, sugam a
seiva e eliminando substância açucarada favorecendo o aparecimento da fumagina (GALLO,
2002).

Culturas que Ataca: “Vide acerola”

Inimigo Natural: “Vide acerola”

Figura 37: ninfas de Ceroplastes grandis


Fonte: http://www.guiafeijoa.xpg.com.br/PragasCochos.htm

BESOURINHO-AMARELO
(Costalimaita ferrugínea)

Ordem: Coleoptera

Família: Chrysomelidae

Hospedeiro Principal: goiaba

Hospedeiro Secundário: algodão

Biologia do Inseto: besouro desfolhador popularmente conhecido como “besouro amarelo”


destaca-se como uma pragas que vem tornando-se cada vez mais frequentes com prejuízos
expressivos. Em média, as fêmeas de Costalimaita ferruginea ovipositam 90 ovos, os quais
presentam coloração amarela e brilhante com um período embrionário de 8 dias. As larvas
desse inseto vivem no solo e alimentam-se de raízes de gramíneas. No período larval, são
conhecidos até o presente momento, dois estádios de desenvolvimento. O primeiro ínstar
apresenta aproximadamente 19 dias e o segundo cerca de 40 dias e após a ocorrência das
primeiras chuvas os adultos emergem do solo (GOULD et al., 2002).

Prejuízos: Depredam as plantas, deixando-as rendilhadas, reduzindo a capacidade


fotossintética da planta e consequentemente a produção (GOULD et al., 2002).

Culturas que Ataca: eucalipto, goiaba, algodão

Figura 38: Costalimaita ferrugínea.


Fonte: http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/besou
ro-amarelo_424.html
Figura 39: danos ocasionados por Costalimaita ferrugínea.
Fonte: http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/besou
ro-amarelo_424.html

LAGARTA
(Citheronia laocoon)

Ordem: Lepidoptera

Família: Saturniidae

Hospedeiro Principal: goiaba

Hospedeiro Secundário: fruta do conde

Biologia do Inseto: São mariposas grandes, de aproximadamente 100 mm de envergadura, de


corpo amarelo, tendo estrias vermelhas no dorso de cada segmento abdominal. Asas de
coloração marrom com manchas amarelas. Nos machos as asas tem manchas amarelas
maiores. Suas lagartas são grandes, de coloração variando de verde escuro a marrom
(GALLO, 2002).

Prejuízos: Destroem as folhas, prejudicando sensivelmente a planta (GALLO, 2002).

Culturas que Ataca: goiaba, fruta do conde, erva mate


Inimigo Natural: carece de estudos

Figura 40: adulto de Citheronia laocoon


Fonte: http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/lagarta_550.html

Figura 41: larva de de Citheronia laocoon


Fonte: http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/lagarta_550.html
ARROZ
(Oryza sativa)

O arroz é uma planta da família das gramíneas que alimenta mais da metade da
população humana do mundo. É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas
ultrapassada pelas de milho e trigo. É rico em hidratos de carbono.
Para poder ser cultivado com sucesso, o arroz necessita de água em abundância, para
manter a temperatura ambiente dentro de intervalos adequados, e, nos sistemas tradicionais,
de mão-de-obra intensiva. Desenvolve-se bem mesmo em terrenos muito inclinados [carece
de fontes] e é costume, nos países do sudeste asiático, encontrarem-se socalcos onde é
cultivado. Em qualquer dos casos, a água mantém-se em constante movimento, embora
circule a velocidade muito reduzida.

PRAGAS
CULTURA DO ARROZ SEQUEIRO

CUPINS
(Syntermes molestus)
Ordem: Isoptera

Família: Termitidae

Hospedeiro principal: Eucalipto (Eucalyptus globulus)

Hospedeiro Secundário: Arroz ( Oryza sativa)

Prejuízos: Os cupins se alimentam do arroz semeando e também atacam o sistema radicular


das plantas jovens, destruindo-as total ou parcialmente. As plantas atacadas mostram
inicialmente um amarelecimento, e a completa destruição das raízes causa a morte da planta,
favorecendo o aparecimento de plantas daninhas, GALLO (2002).

Culturas que ataca: Arroz, Milho, Eucalipto, Cana-de-açúcar.


Ciclo de vida

Figura 42: ciclo de vida da praga.


Fonte: http://www.den.ufla.br/siteantigo/Professores/Ronald/Disciplinas/Notas%20Aula/MIPFlorestas
%20cupins.pdf
Figura 43: Syntermes molestus
Fonte:
http://br.viarural.com/agricultura/plagas/insetos/syntermes-molestus-01.htm

Figura 44: Arroz atacado por cupins


Fonte:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fuye4xq502wyiv80166sqfkuf0j1h.html
PÃO-DE-GALINHA, BICHO- BOLO OU CASCUDO-PRETO
(Euetheola humilis)

Ordem: Coleoptera

Família: Dynastidae

Hospedeiro principal: Arroz (Oryza sativa)

Hospedeiro Secundário: Cana-de-açúcar ( Saccharum officinarum L.)

Prejuízos: O ataque de larvas ás raízes provoca definhamento e amarelecimento nas plantas


nas plantas. Podem ocorrer falhas na plantação, pela morte de plantas devido ao ataque,
GALLO (2002).

Culturas que ataca: Arroz, Cana-de-açúcar.

Ciclo de vida: Possui ciclo de vida univoltino, passado em sua maior parte em estado larval
no solo alimentando-se de raízes ou matéria orgânica, sendo um inseto de importância
econômica em plantações agrícolas.

Figura 45: Cascudo-Preto (Euetheola humilis)


Fonte: http://www.agrolink.com.br/culturas/arroz/cascudo-preto_423.html
Figura 46: Lavoura de arroz atacada por cascudo-preto
Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocantins/
manejo_insetos_fitofagos.htm
LARVA-ARAME
(Conoderus scalaris)

Ordem: Coleoptera

Família: Elateridae

Hospedeiro principal: Sorgo (Sorghum bicolor L.)

Hospedeiro Secundário: Arroz ( Oryza sativa )

Culturas que ataca: Arroz, batata, fumo, milho, pastagens e trigo.

Prejuízos: Destroem as raízes, causando amarelecimento e morte das plantas, sendo que as
touceiras atacadas são destacadas com facilidade, GALLO (2002).
Ciclo de vida: Os ovos são postos no solo. Após alguns dias, eclodem as larvas
esbranquiçadas e de corpo macio. Com o tempo, elas se tornam amareladas ou marrons, com
as extremidades escuras e o corpo fica bastante rígido, o que lhes confere o nome de larva-
arame. Podem medir 2 cm de comprimento. A fase larval ocorre no solo e pode durar até 5
anos ( DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA, 2003).

Figura 47: Larva-arame (Conoderus scalaris)


Fonte: http://www.ecoregistros.com.ar/site/especie.php?id=3470
Figura 48: Danos da Larva-arame
Fonte: http://www.agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/larva-arame_371.html

LAGARTA- ELASMO OU BROCA-DO-COLO


(Elasmopalpus lignosellus)

Ordem: Lepidoptera

Família: Pyralidae

Hospedeiro principal: Milho (Zea mays)

Hospedeiro Secundário: Soja (Glycine max. L.)

Prejuízos: Essa praga no arroz causa um sintoma conhecido como “Coração morto”, que se
caracteriza pelo secamento da folha central, que se desprende com facilidade, quando puxada,
GALLO (2002).

Culturas que ataca: Amendoim, arroz, aveia, cana-de-açúcar, centeio, feijão, milho, soja,
trigo, entre outras.
Ciclo de vida: Com um ciclo total de 30 a 48 dias, o ovo é posto sobre a planta ou no solo,
que dentro de 2 a 3 dias eclodem as larvas, que penetram no colmo e em 26 a 35 dias
empupam no solo próximo a planta, durando o período pupal de 7 a 10 dias, eclodindo o
adulto com longevidade de 11 a 15 dias (VILELLA, 2001).

Figura 49: Lagarta Elasmopalpus lignosellus


Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocantins/
manejo_insetos_fitofagos.htm
Figura 50: Colmos perfurados por lagartas (Elasmopalpus lignosellus)
Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocantins/
manejo_insetos_fitofagos.htm

PULGÃO DA RAIZ
(Rhopalosiphum rufiabdominale)

Ordem: Hemiptera

Família: Aphididae

Hospedeiro principal: Trigo ( Triticum aestivum L.)

Hospedeiro Secundário: Arroz (Oryza sativa)

Prejuízos: Sugando a seiva, causam um depauperamento acentuado das plantas, GALLO


(2002).

Culturas que ataca: Arroz, Algodão, Feijão, Milho, Trigo, Aveia, Cevada, Importante praga
também entre as Hortaliças,

Ciclo de vida: Possuem ciclo de vida curto


Inimigo Natural: joaninha (Coccinella septempunctata), pertencente à ordem Coleoptera e à
família Coccinellidae. Possui como biologia do inseto ‘’Vide Arroz’’. Uma de suas presas é o
pulgão-da-Raiz. No seu ciclo de diva têm-sea primeira fase, ovos, que dura cerca de 2-6 dias;
Segunda fase, larva, dura de 3-4 semanas; Terceira fase, pupa, dura uma semana; Quarta fase
e última, adulto (CAMPOS, 2013). Ocorre ainda nas culturas dos citros, alface e erva-doce.

Figura 51: Fêmea de pulgão-da-raiz (Rhopalosiphum rufiabdominale)


Fonte:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fuye4xq602wyiv80166sqf4qsy51i.html
Figura52: Plantas de arroz atacadas por pulgão-da-raiz (Rhopalosiphum rufiabdominale)
Fonte:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fuye4xq602wyiv80166sqf4qsy51i.htm

Figura 53: Joaninha (Coccinella septempunctata)


Fonte: http://mundomacrovida.wordpress.com/2013/03/21/o-ciclo-de-vida-das-joaninhas/

PAQUINHA
(Neocurtilla hexadoctyla)

Ordem: Orthoptera
Família: Gryllotalpidae

Hospedeiro principal: Gramíneas

Hospedeiro Secundário: Feijão ( Phaseolus vulgaris)

Prejuízos: Destroem as raízes causando secamento das plantas, GALLO (2002).

Culturas que ataca: Arroz, Feijão, Soja, Gramíneas e Hortaliças.

Ciclo de vida: As fêmeas depositam seus ovos em câmaras escavadas no solo logo abaixo da
superfície. Cada fêmea escava três a quatro câmaras, depositando uma média de 355 ovos por
câmara. Os jovens saem da câmara de ovos e cavam um buraco na superfície do solo e
iniciam a alimentação.

Figura 54: Adulto de paquinha Neocurtilla hexadactyla


Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/FeijaoCaupi/pragas_subter.htm

CULTURA DO ARROZ IRRIGADO

GORGULHO AQUÁTICO DO ARROZ


(Oryzophagus oryzae)

Ordem: Orthoptera
Família: Gryllotalpidae

Hospedeiro principal: Arroz ( Oryza sativa)

Hospedeiro Secundário: Ataca apenas o arroz

Prejuízos: Os prejuízos são provocados devido ao ataque ocorrido nas raízes, que provocam
manchas cloróticas nas plantas, com seu consequente secamento e morte, GALLO (2002).

Culturas que ataca: Arroz

Ciclo de vida: Ovos, Larva, Pupa e Adulto.

Figura 55: Bicheira da raiz do arroz (Oryzophagus oryzae)


Fonte: http://www.agrolink.com.br/culturas/arroz/bicheira-da-raiz-do-arroz_370.html
Figura 56: Bicheira da raiz no arroz
Fonte: http://www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=2544

PRAGAS DA PARTE AÉREA

PERCEVEJOS

PERCEVEJO-DO-GRÃO-DO-ARROZ
(Oebalus poecilus)

Ordem: Hemiptera

Família: Pentatomidae

Hospedeiro principal: Arroz ( Oryza sativa)

Hospedeiro Secundário: Milho (Zea mays)

Prejuízos: Causam injúrias nas espiguetas que se encontram na fase leitosa, provocando
perda qualitativa e quantitativa. Ataques severos resultam na formação de sementes com
manchas no endosperma, menor massa e reduzido poder germinativo. Os grãos atacados
apresentam aparência “gessada”, de tamanho irregular e, geralmente, se quebram durante o
beneficiamento. Além dos danos diretos, os percevejos-do-grão, ao se alimentarem nas
espiguetas, também podem transmitir fungos causadores de manchas nos grãos,
(GALLO,2002).

Culturas que ataca: Arroz, milho.

Ciclo de vida: O ciclo biológico completa-se em cerca de 45 dias, sendo o período ninfal em
torno de 40 dias e cinco dias a incubação dos ovos. As ninfas passam por cinco estágios de
desenvolvimento, sendo o primeiro estágio completado em três dias e os seguintes em 7, 8, 9
e 13 dias, respectivamente. Fêmeas adultas têm um período de pré-oviposição de 8 a 16 dias e
podem por 200 ovos durante a vida, (GALLO,2002).

Figura 57: PERCEVEJO-DO-GRÃO-DO-ARROZ (Oebalus poecilus)


Fonte: http://www.pragasarroz.xpg.com.br/ArrozPGrao.htm
Figura 58: Sementes de arroz danificadas pelo percevejo-do-grão
Fonte:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fuye4xq502wyiv80166sqfkuf0j1h.html

PERCEVEJO-DO-COLMO-DO-ARROZ
(Tribaca limbativentris)

Ordem: Hemiptera

Família: Pentatomidae

Hospedeiro principal: Arroz ( Oryza sativa)

Hospedeiro Secundário: Soja (Glycine max. L.)

Prejuízos: O dano é caracterizado pela morte parcial ou total da parte central dos colmos, em
conseqüência da alimentação do inseto a partir do 2º ínstar ninfal. A picada do inseto na base
das plantas, na fase vegetativa, provoca o aparecimento do sintoma conhecido por "coração-
morto" e na fase reprodutiva o de "panícula-branca", GALLO (2002).

Culturas que ataca: Arroz, Milho, Soja, Cana-de-açúcar


Ciclo de vida: Ovos, ninfas, adultos.

Figura 59: Adulto novo do percevejo-do-colmo


Fonte: http://www.pragasarroz.xpg.com.br/ArrozPColmo.htm
Figura 60: Coração-morto e panícula-branca por Tibraca limbativentris
Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocantins/
manejo_insetos_fitofagos.htm
SOJA
(Glycine max L.)

A soja cultivada é uma planta herbácea incluída na classe Magnoliopsida


(Dicotiledônea), ordem Fabales, família Fabaceae, subfamília Faboideae, gênero Glycine L. É
uma planta com grande variabilidade genética, tanto no ciclo vegetativo (período
compreendido da emergência da plântula até a abertura das primeiras flores), como no
reprodutivo (período do início da floração até o fim do ciclo da cultura), sendo também
influenciada pelo meio ambiente.

PRAGAS
LAGARTA-DA-SOJA
(Anticarsia gemmatalis)

Ordem: Lepidoptera

Família: Noctuidae

Hospedeiro principal: Soja (Glycine max. L.)


Prejuízos: As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando
pequenas manchas claras e a medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente
as folhas, podendo danificar até as hastes mais finas (DEPARTAMENTO DE
AGRONOMIA, 2003).

Culturas que ataca: Soja

Ciclo de vida: Ovos, Lagarta, Pulpa, Adulto (D. AGRO, 2003).

Inimigo Natural: besouro caçador de lagartas (Calosoma granulatum), presente na ordem


Coleoptera e família Carabidae. Biologia do inseto: ‘’Vide Soja’’. Hospedeiro ou presa:
Lagarta-da-soja. De ovo a adulto dura menos de um ano (Martins, 2008). Culturas que ocorre:
Feijão, Milho, Soja.

Figura 61: Lagarta-da-soja na folha da plântula causando injurias


Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/helicoverpa/lagartas.htm
Figura 62: Besouro caçador de lagartas (Calosoma granulatum)
Fonte: http://seresvivosdorn.blogspot.com.br/2011/12/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html

LAGARTA-FALSA-MEDIDEIRA
(Pseudoplusia includens)

Ordem: Lepidoptera

Família: Noctuidae

Hospedeiro principal: Soja (Glycine max. L.)

Hospedeiro secundário: Feijão (Phaseolus vulgaris)

Prejuízos: As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando


pequenas manchas claras; à medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as
folhas, podendo danificar até as hastes mais finas (DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA,
2003)

Culturas que ataca: Soja, Algodão, Milho, Feijão.

Ciclo de vida: O acasalamento ocorre a noite e os ovos são depositados individualmente, a


maioria na face inferior das folhas. A fêmea vive, aproximadamente, 15 dias e é capaz de
colocar mais de 600 ovos, durante o seu período de vida (DEPARTAMENTO DE
AGRONOMIA, 2003).

Figura 63: Lagarta-falsa-medideira


Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/helicoverpa/lagartas.htm
Figura 64: Danos causados pela Lagarta-falsa-medideira
Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/helicoverpa/lagartas.htm

VAQUINHA
Larva alfinete (Diabrotica speciosa)

Ordem: Coleoptera

Família: Chrysomelidae

Hospedeiro principal: Milho (Zea mays)

Hospedeiro secundário: Soja (Glycine max. L.)

Prejuízos: A que mais causa dano é a larva da vaquinha que se alimenta das raízes e interfere
na absorção de nutrientes e água, e também reduz a sustentação das plantas. O ataque
ocasiona o acamamento das plantas em situações de ventos fortes e de alta precipitação
pluviométrica, na fase adulta ela causa desfolha nas plântulas.
Culturas que ataca: Abóbora, Batata, Berinjela, Brócolis, Couve, Couve-flor, Cravo,
Ervilha,Feijão,Flores,Fumo,Girassol,Hortaliça,Melancia,Melão,Milho,Pepino,Pimentão,Repol
ho,Soja,Tomate.

Ciclo de vida: Ovo, Larva, Adulto. O ciclo de ovo a adulto varia de 23 a 69 dias.

Figura 65: Larva alfinete (Diabrotica speciosa)


Fonte: http://cultivehortaorganica.blogspot.com.br/2011/10/cultivo-organico-de-milho-verde.html
PERCEVEJO-VERDE
(Nezara viridula)

Ordem: Hemiptera

Família: Pentatomidae

Hospedeiro principal: Soja (Glycine max. L.)

Hospedeiro secundário: Feijão (Phaseolus vulgaris)

Prejuízos: O percevejo verde da soja causam danos diretos na parte da planta que vai ser
comercializada, o grão, daí sua importância. As ninfas e os adultos causam o mesmo tipo de
dano, se alimentando da semente, diminuindo o peso dos grãos, e o poder de germinação das
sementes. Além dos danos diretos, podem ainda causar a retenção foliar, que diminui a
produção da planta e prejudica a colheita.
Culturas: Soja, Algodão, Milho, Feijão.

Ciclo de vida: O ciclo desse inseto de ovo a adulto varia de 30 a 35 dias conforme a
temperatura. Em condições adversas, como temperaturas mais baixas, pode chegar a 60 dias, e
até entrar em diapausa na fase adulta. O período embrionário tem duração de três dias e logo
após a eclosão, as ninfas de primeiro ínstar ficam aglomeradas em cima da postura, de onde
sairão quando fizerem a primeira troca de pele, passando para o segundo ínstar. A partir daí,
começam a se alimentar sugando a seiva da planta.

Figura 66: Percevejo-verde (nezara viridula)


Fonte: http://www.bugbrasil.com.br/percevejo_verde.asp
Figura 67: Ninfa do Percevejo-verde causando danos na soja
Fonte: http://cerradoconsultagro.com.br/site/soja/

PERCEVEJO MARROM
(Euschistus hero)

Ordem: Hemiptera

Família: Pentatomidae

Hospedeiro principal: Soja (Glycine max. L.)

Hospedeiro secundário: Feijão (Phaseolus vulgaris)

Prejuízos: Os danos podem resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens. Ao
sugarem ramos ou hastes, os percevejos podem ser limitantes para a produção de soja, pois,
devido provavelmente a toxinas que injetam, provocam a "retenção foliar" ou soja louca, ou
seja, as folhas não caem normalmente e dificultam a colheita mecânica.
No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois com a sucção de seiva as
vagens ficam marrons e "chochas" (DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA, 2003).

Culturas: Soja, Feijão, Milho, Algodão.

Ciclo de vida: O adulto tem uma longevidade de 116 dias.


Faz postura em fileira dupla de massa de ovos amarelos, normalmente com 5 a 8 ovos por
massa, apresentando uma mancha rósea, próximo à eclosão das ninfas, são colocados
principalmente nas folhas ou nas vagens da cultura (DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA,
2003).

Inimigo natural: vespinhas (Trissolcus basalis), presente na ordem Himenópteros e família :


Scelionidae. Biologia do inseto: ‘’Vide Soja’’. Hospedeiro ou presa: Percevejo verde.
Biologia do inimigo natural: Os adultos desses parasitóides são vespinhas de coloração preta
brilhante de aproximadamente 1mm de comprimento, que se desenvolvem de ovo a adulto
dentro dos ovos do hospedeiro, completando seu ciclo num período de 10 a 12 dias (BUG,
2014). Culturas que ocorre: Soja.

Figura 68: PERCEVEJO MARROM (Euschistus hero)


Fonte: http://www.expressomt.com.br/economia-agronegocio/pesquisadores-criam-formas-para-combater-praga-
na-soja-em-mt-4302.html
Figura 69: Danos do percevejo marrom na soja
Fonte: http://www.fundacaomt.com.br/noticia/pesquisadores-da-fundacao-mt-avaliam-lavouras-de-soja-em-
mato-grosso

Figura 70:Adulto de Trissolcus basalis


Fonte: http://www.bugbrasil.com.br/parasitoides.asp

LAGARTA- ELASMO OU BROCA-DO-COLO


(Elasmopalpus lignosellus)
Ordem: Lepidoptera

Família: Pyralidae

Hospedeiro principal: Milho (Zea mays)

Hospedeiro Secundário: Soja (Glycine max. L.)

Prejuízos: Essa praga é de ocorrência bastante generalizada, concorrendo para a redução de


numero de plantas e consequentemente, de produção. A lagartinha recém-eclodida penetra na
região do colo da planta, abre a galeria no interior do caule, provocando a murcha e, em
seguida, a morte da planta.

Culturas que ataca: Amendoim, arroz, aveia, cana-de-açúcar, centeio, feijão, milho, soja,
trigo, entre outras.

Ciclo de vida: Com um ciclo total de 30 a 48 dias, o ovo é posto sobre a planta ou no solo,
que dentro de 2 a 3 dias eclodem as larvas, que penetram no colmo e em 26 a 35 dias
empupam no solo próximo a planta, durando o período pupal de 7 a 10 dias, eclodindo o
adulto com longevidade de 11 a 15 dias.
Figura 71: Lagarta elasmo ou broca-do-colo (Elasmopalpus lignosellus)
Fonte: http://www.cerradoconsultagro.com.br/pragasdasoja.html

Figura 72: Dano da Lagarta elasmo na soja


Fonte: www.agrolink.com.br
MOSCA BRANCA
(Bemisia tabaci)

Ordem: Homoptera

Família: Aleyrodidae

Hospedeiro principal: Feijão (Phaseolus vulgaris)

Hospedeiro Secundário: Soja (Glycine max. L.)

Prejuízos: Os insetos têm ação toxicogênica, sendo que os maiores prejuízos são devidos a
transmissão de viroses. Para o feijoeiro é transmissor do vírus do mosaico dourado e do
mosaico anão. São mais prejudiciais no período do florescimento.

Culturas que ataca: Abóbora, Abobrinha, Algodão, Begônia, Berinjela, Brócolis, Couve,
Couve-flor, Ervilha, Feijão, Fumo, Jiló, Mamão, Melancia, Melão, Pepino, Pimentão,
Repolho, Soja, Tomate, Uva.
Figura 72: Ciclo de vida.
Fonte: http://www2.aptaregional.sp.gov.br/artigo.php?id_artigo=785

Figura 73: Mosca branca (Bemisia tabaci)


Fonte: www.agrolink.com.br
Figura 74: Danos da Mosca-branca na soja
Fonte: http://www.aprosoja.com.br/noticia/pesquisadores-encontram-duas-especies-de-mosca-branca-nativas-
das-americas/

ALFACE
(Lactuca sativa L.)

A alface é uma das culturas mais populares, plantada e consumida em todo o território
brasileiro. Os vários cultivares desta hortaliça adapta-se bem à nossa diversidade de clima.
Tal como outras culturas folhosas, é caracterizada por um sistema radicular superficial
que exige um rigoroso controle de irrigação.
A duração do ciclo plantio/colheita em solo é de 60-90 dias no outono e no verão 21 a
30 dias.

LARVA MINADORA
(Liriomyza huidobrensis)

Ordem: Lepidoptera

Família: Eulophidae

Hospedeiro principal: Alface (Lactuca sativa L.)


Hospedeiro Secundário: Tomate (Solanum lycopersicum)

Prejuízos: As larvas abrem minas no interior do parênquima foliar e se alimentam dos


tecidos, destroem parcialmente ou totalmente a folha, provocando seu secamento. Em
determinados casos, quando o ataque é muito intenso, podem prejudicar o desenvolvimento
da cultura.

Culturas que ataca: Batata, Ervilha, Feijão, Melancia, Melão, Pepino, Rosa, Tomate.

Ciclo de vida: Ovo, Larva, Pupa, Adulto.

Figura 75: Lagarta minadora (Lactuca sativa L.)


Fonte: http://pragasedoencas.blogspot.com.br/2013/04/lagarta-minadora.html
Figura 76: Folha do alface danificada pela Lagarta minadora
Fonte: http://blog.mundohorta.com.br/alface-lactuca-sativa/

PULGÃO VERDE CLARO


(Myzus persicae)

Ordem: Hemiptera

Família: Aphididae

Hospedeiro principal: Alface (Lactuca sativa L.)

Hospedeiro Secundário: Tomate (Solanum lycopersicum)

Prejuízos: O pulgão verde provoca danos diretos e indiretos na cultura. Os danos diretos são
provocados devido ao succionamento contínuo de seiva, que prejudica o crescimento da
planta atacada. Causa o encarquilhamento das folhas. Os danos indiretos ocorrem com a
picada do inseto, que favorece a inoculação de vírus causadores de moléstias (EMBRAPA,
2009)
Culturas que ataca: Alface, Algodão, Batata, Berinjela, Brócolis, Couve, Couve-Flor, Fumo,
Jiló, Melão, Pepino Pêssego, Pimenta, Pimentão, Repolho e Tomate.

Ciclo de vida: O período ninfal varia de 5 a 6 dias, durante o qual são verificados 4 ínstares.
Os períodos reprodutivos e pós-reprodutivos variam respectivamente, de 15 – 23 dias e 3 a 4
dias (EMBRAPA, 2009).

Figura 77: Pulgão verde claro (Myzus persicae)


Fonte: http://www.ufal.edu.br/noticias/2013/divulgacao-cientifica/agronomo-testa-mistura-feita-com-plantas-
para-o-controle-de-pulgoes
Figura 78: Dano causado pelo pulgão
Fonte: http://jornalagricola.wordpress.com/2011/09/14/cultura-alface/

CIGARRINHA VERDE
(Empoasca kraemeri)

Ordem: Hemiptera

Família: Cicadellidae

Hospedeiro principal: Feijão (Phaseolus vulgaris)

Hospedeiro Secundário: Alface (Lactuca sativa L.)

Prejuízos: Sugam a seiva da face inferior da folha de alface e, se não forem combatidas
imediatamente, deixam a verdura ondulada e enrugada.

Culturas que ataca: Alface, Algodão, Amendoim, Batata, Ervilha, Feijão, Mamão, Soja
Ciclo de vida: Ovo, Ninfa, Adulto

Figura 79: Cigarrinha verde (Empoasca kraemeri)


Fonte: http://www.agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/cigarrinha-verde_248.html

BANANA
(Musa spp.)

A banana é uma fruta de consumo universal, sendo umas das mais consumidas no
mundo, e, é comercializada por dúzia, por quilo e até mesmo por unidade. É rica em
carboidratos e potássio, médio teor em açúcares e vitamina A, e baixo em proteínas e
vitaminas B e C. A banana é apreciada por pessoas de todas as classes e de qualquer idade,
que a consomem in natura, frita, assada, cozida, em calda, em doces caseiros ou em produtos
industrializados (Neto & Melo, 2003).
A cultura da banana ocupa o segundo lugar em volume de frutas produzidas no Brasil
e a terceira posição em área colhida. Entre as frutas mais consumidas nos domicílios das
principais regiões metropolitanas do País, a banana se faz presente na mesa dos brasileiros
como um alimento, não apenas como sobremesa (EMBRAPA, 2003a).
A importância da bananicultura varia de local para local, assim como de país para país.

BROCA-DO-RIZOMA
(Cosmopolites sordidus)

Ordem: Coleoptera

Família: Curculionidae

Hospedeiro principal: Banana (Musa spp.)

Hospedeiro Secundário: Não encontrada outra cultura.

Prejuízos: Os danos são causados pelas larvas, as quais constroem galerias no rizoma,
debilitando as plantas e tornando-as mais sensíveis ao tombamento. Plantas infestadas
normalmente apresentam desenvolvimento limitado, amarelecimento e posterior secamento
das folhas, redução no peso do cacho e morte da gema apical (EMBRAPA, 2009).

Culturas que ataca: Banana

Ciclo de vida: Ovo, Larva, Pupa, Adulto (EMBRAPA, 2009).

Figura 80: Ciclo biológico da broca-do-rizoma da bananeira.


Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananeiraIrrigada/pragas.htm

Figura 81: Adulto da broca-do-rizoma da bananeira


Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananeiraIrrigada/pragas.htm

Figura 82: Danos provocados pela larva da broca-do-rizoma da bananeiraFonte:


http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananeiraIrrigada/pragas.htm

TRIPES DA ERUPÇÃO DOS FRUTOS


(Frankliniella spp)

Ordem: Thysanoptera

Família: Aelothripidae

Hospedeiro principal: Banana (Musa spp.)

Hospedeiro Secundário: Melão (Cucumis melo L.)

Prejuízos: Os danos manifestam-se nos frutos em desenvolvimento, na forma de pontuações


marrons e ásperas ao tato. As puncturas resultantes da oviposição sobre o fruto reduzem o seu
valor comercial, mas não interferem na qualidade da fruta (EMBRAPA, 2009).

Culturas que ataca: Banana, Algodão, Roseira, Melão, Melancia, Cravo.

Ciclo de vida: Os ovos são colocados individualmente na epiderme da casca de frutos jovens
com menos de duas semanas de idade. O ciclo de desenvolvimento de ovo a adulto varia de
13 dias a 29 dias. A pupação ocorre no solo, principalmente na área de projeção do cacho. As
formas jovens podem ser brancas ou amarelo-claras e, como os adultos, são muito ativas. Os
adultos apresentam coloração marrom-escura e são encontrados geralmente em flores jovens
abertas. Também podem ocorrer naquelas flores que estão ainda protegidas pelas brácteas,
alimentando-se nas brácteas e, algumas vezes, sobre frutos jovens (EMBRAPA, 2009).
Figura 83: Frankliniella spp.
Fonte: http://www.tuzakbitkiler.8m.com/tuza2/Image11.jpg

Figura 84: Danos provocados pelo tripes da erupção dos frutos


Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananaFormoso/pragas.htm
TRIPES DA FERRUGEM DOS FRUTOS
(Chaetanaphothrips spp)

Ordem: Thysanoptera

Família: Thripidae
Hospedeiro principal: Banana (Musa spp.)

Hospedeiro Secundário: Melão (Cucumis melo L.)

Prejuízos: O dano é causado pela oviposição nos frutos jovens, com subsequente alimentação
por larvas e adultos na epiderme do fruto, localizando-se, principalmente, na área de contato
entre os dedos (EMBRAPA, 2009).

Culturas que ataca: Banana, Melão, Melancia.

Ciclo de vida: Os ovos, colocados sob a cutícula do fruto, são cobertos por uma secreção, que
se torna escura. As formas jovens movimentam-se lentamente e
são claras, enquanto que os adultos são escuros (EMBRAPA, 2009).

Figura 85: Chaetanaphothrips spp


Fonte: http://www.carnivoras.com.br/news/forum/doencas-pragas-e-parasitas-f54/page30.html
Figura 86: Danos provocados pelo tripes da ferrugem dos frutos
Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananaFormoso/pragas.htm

LAGARTA DESFOLHIADORA
(Caligo spp.)

Ordem: Lepidoptera

Família: Arctiidae

Hospedeiro principal: Banana (Musa spp.)

Hospedeiro Secundário: Não encontrado hospedeiro secundário.

Prejuízos: Reduz a área foliar da planta, com reflexos negativos na quantidade de


fotossintatos elaborados.

Culturas que ataca: Banana


Ciclo de vida: Os ovos são colocados em grupos sobre as folhas de bananeira. Após 7 a 10
dias, ocorre a eclosão das lagartas, que são gregárias e alimentamse à noite. Durante o dia,
elas podem ser encontradas abrigadas sobre as folhas secas da planta. No último estádio de
desenvolvimento, as lagartas medem cerca de 10 cm de comprimento e apresentam coloração
marrom, mimetizando as folhas secas da bananeira.

Figura 87: Espécie Caligo illioneus


Fonte: https://www.flickr.com/photos/49103879@N07/5694220931/

Figura 89: Danos bananeira da Caligo spp.


Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananaFormoso/pragas.htm
COUVE
É uma planta originária das costa ocidental europeia cuja descrição se torna difícil, já
que as diversas variedades são bastante diferentes em termos morfológicos. Assim, pode-se
considerar que é uma planta herbácea, mas há algumas variedades sublenhosas na zona da
base do caule; pode ser considerada uma planta bianual, mas tem, por vezes, tendências
perenantes (o seu ciclo de vida pode prolongar-se para além dos dois anos). O caule é ereto,
podendo ser curto, como no repolho, ou longo, como na couve-galega. As folhas são
geralmente verdes, grossas, não chegando a ser carnudas. Ao longo do caule podem formar-se
pequenos ramos ou gemas, como na couve-galega, ou na couve-de-bruxelas. As flores,
dispostas em rácimos terminais eretos, podem ser brancas ou amarelas, com sépalas eretas
e corola composta por quatro pétalas obovadas, unguiculadas (com forma de unha).
Tem estames tetradinâmicos, (quatro com filetes compridos e dois curtos). Os frutos
são síliquas cilíndricas ou subcompridas rostradas (com um prolongamento em forma de bico
na extremidade).

CURUQUERÊ- DA -COUVE
(Ascia monuste orseis)

Ordem: Lepidoptera

Família: Pieridae

Hospedeiro principal: Couve (Brassica oleracea variedade acephala)

Hospedeiro Secundário: Repolho (Brassica oleracea variedade capitata)

Prejuízos: É uma praga grandemente prejudicial às brassicáceas, pois as larvas, logo após a
eclosão dos ovos, iniciam o ataque às folhas, devorando durante seu período larval, destruindo
as plantações.

Culturas que ataca: Brócolis, Couve, Couve-flro, Repolho, Acelga.


Ciclo de vida: A fêmea põe os ovos na face inferior das folhas em grupos não muito juntos.
Sua coloração é amarela e mede cerca de 1,3 mm de diâmetro, as posturas eclodem após 4 a 5
dias. As lagartas completamente desenvolvidas medem cerca de 30 a 35 mm de comprimento
e possui coloração cinza esverdeada, o período larval dura cerca de 20 a 25 dias (Galloet,
2002).

Figura 90: Curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis)


Fonte: http://insetosespetaculares.blogspot.com.br/2010/11/insetos-pragas.html

Figura 91: Lagarta curuquerê causando danos a Couve


Fonte: http://assunssaum11.blogspot.com.br/2011/04/praga-de-horticulturas-lagarta.html
LAGARTA-ROSCA
(Agrotis ípsilon)

Ordem: Lepidoptera

Família: Noctuidae

Hospedeiro principal: Couve (Brassica oleracea variedade acephala)

Hospedeiro Secundário: Couve-flor (Brassica oleracea variedade botrytis)

Prejuízos: Cortam as plantas novas, próximo ao colo, reduzindo o número de plantas por área
(Galloet, 2002).

Culturas que ataca: Alface, Algodão, Batata, Berinjela, Brócolis, Cebola, Couve, Couve-
flor, Feijão, Fumo, Milho, Pimentão, Repolho, Soja, Tomate, Trigo e Acelga.

Ciclo de vida: Ovos – São de coloração branca. As fêmeas apresentam grande capacidade de
postura colocando em média 1.000 ovos; Lagarta – De coloração pardo- acinzentada escura,
podendo atingir 45 mm no seu máximo desenvolvimento. Essas lagartas têm hábitos noturnos
e durante o dia ficam enroladas, abrigadas no solo, dando origem ao seu nome vulgar de
“lagarta-rosca”; Adulto – São mariposas com 35 mm de envergadura cujas asas anteriores são
marrons com algumas manchas pretas e as posteriores semitransparentes.
Figura 92: Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)
Fonte: http://www.dowagro.com/br/lorsban/pragas/lagartarosca.htm

Figura 93: Danos da lagarta rosca


Fonte: www.agrolink.com.br
COUVE-FLOR
(Brassica oleracea)

A couve-flor é uma hortaliça do tipo inflorescência (conjunto de flores) que pertence à


espécie Brassica oleracea (couves), assim como o repolho, os brócolos, o romanesco, etc.,
cuja textura delicada e tenra exige cuidado e atenção na sua preparação. Pertence ao grupo
Botrytis. No ponto de vista nutricional é importante, pois é rica nos minerais cálcio e fósforo,
contém quantidades apreciáveis de vitamina C, livre de gorduras e colesterol e com teores
baixos de sódio e calorias.

BROCA DA COUVE-FLOR
(Hellula phidilealis)

Ordem: Lepidoptera

Família: Pyralidae

Hospedeiro principal: Couve-flor (Brassica oleracea variedade botrytis)

Hospedeiro Secundário: Couve (Brassica oleracea variedade acephala)

Prejuízos: O ataque é provocado pelas lagartas, que passam a broquear e consequentemente


fazem com que ocorra o secamento da haste.

Culturas que ataca: Couve, Couve-flor, Repolho.

Ciclo de vida: Ovo, Larva, Pupa, Adulto.


Figura 94: Broca da Couve- Flor causando danos a plântula
Fonte: www.agrolink.com.br

Figura 95: Fase adulta- Mariposa da Broca da Couve-Flor


Fonte: www.agrolink.com.br

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas informações acima citadas pode-se perceber a importância do
conhecimento no ramo entomológico. A gama de informações deve ser absorvida e
devidamente colocada em prática. No entanto, percebe-se que ainda existe um grande leque
de pragas com estudos escassos, carecendo de aprofundamento. A identificação das pragas é
de essencial importância para o bom desenvolvimento da agricultura, uma vez que esse fator é
um dos principais limitantes de produtividade das culturas. O conhecimento a respeito do
hábito e da morfologia dos insetos se torna obrigatório para aqueles que trabalham no ramo
agrícola, pois deve-se ter os devidos conhecimentos para promover os melhores e mais
eficientes métodos o controle dos insetos praga, visando desenvolvimento que respeite e
preserve o equilíbrio do meio ambiente.
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