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Lesmas: pragas da agricultura e ameaça

à saúde humana
Luís Antonio Chiaradia1, José Maria Milanez 2, Carlos Graeff-Teixeira3 e
José Willibaldo Thomé4

Resumo – As lesmas são pragas agrícolas e transmitem o parasita humano Angiostrongylus costaricensis. As
lesmas Sarasinula linguaeformis, Phyllocaulis variegatus, Deroceras spp. e Limax maximus ocorrem no Oeste do
Estado de Santa Catarina. Esta pesquisa teve por objetivo estudar a parasitose e fornecer informações para o manejo
integrado destas pragas. A doença se caracterizou como sendo uma infecção assintomática, de baixa morbidade e com
cura espontânea em menos de um ano. No laboratório, a S. linguaeformis alcançou a fase reprodutiva com 179 ± 11
dias, realizou posturas a cada 20 dias, com média de 49,2 ± 7,2 ovos, que incubaram em 16 ± 0,5 dias e apresentaram
viabilidade de 98,9%. Esta lesma não apresentou preferência alimentar por plântulas de sorgo, milho, mandioca, alho,
tomate e por mudas de diversas essências florestais. Cartap (250g/ha) e sulfato de cobre (2%) apresentaram efeito
repelente às lesmas, e as iscas tóxicas à base de metaldeído e tiodicarbe e iscas caseiras, formuladas com 3% a 5%
de ácido bórico, são recomendadas no controle destes moluscos.
Termos para indexação: moluscos, pragas, parasita humano, manejo integrado.

Slugs: agricultural pests and threats to the human health


Abstract – The slugs are agricultural pests that transmit to human being the parasitic nematode Angiostrongylus
costaricensis. Slugs like Sarasinula linguaeformis, Phyllocaulis variegatus, Deroceras spp. and Limax maximus
frequently occur in Western Santa Catarina, Brazil. This research was carried out in order to study the parasite
infection and disease and to produce knowledge to support the integrated management of these pests. The parasitosis
occured as an asymptomatic infection of low morbidity and with spontaneous cure in less than one year. In laboratory
S. linguaeformis attained the reproductive phase with 179 ± 11 days, laid every 20 days with the average of 49,2 ±
7,2 eggs and incubated in 16 ± 0,5 days with viability of 98,9%. This slug had no preference for sorghum, corn, cassava,
garlic, tomato plants and several forest species. Cartap (250g/ha) and copper sulfate (2%) had slugs repellent effects.
Toxics baits formulated either with metaldehyde and thiodicarb or with boric acid (3% to 5%) are recommended to
control these mollusks.
Index terms: mollusks, pests, human disease, integrated management.

Introdução antero-inferior do corpo, e dentro há mais ativas à noite e nas horas


uma lingüeta denominada rádula, amenas do dia, protegendo-se do sol
As lesmas são moluscos que se que é revestida por uma lâmina de debaixo de substratos em locais
caracterizam pela redução ou conquiliolina, denticulada como uma úmidos ou enterrando-se no solo,
ausência total de concha. Estes raspadeira, usada para triturar os em profundidades que podem
gastrópodes possuem pé, manto e alimentos e que pode auxiliar na alcançar mais de 0,5m. Estes
cabeça. Na cabeça ocorrem dois determinação das espécies (Thomé, moluscos podem hibernar e entrar
pares de tentáculos, sendo um mais 1993). em quiescência nos períodos de
curto, onde se localizam os órgãos As lesmas são polífagas, baixas temperaturas e de estiagem
do olfato, e o outro onde estão os hermafroditas, ovíparas e produzem prolongada, respectivamente
olhos. A boca está situada na parte muco, sobre o qual se deslocam. São (Milanez & Chiaradia, 1999a).

1Eng. agr., M.Sc., Epagri/Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar – Cepaf –, C.P. 791, 89801-970 Chapecó, SC, fone: (049) 323-4877,
fax: (049) 323-0600, e-mail: chiaradi@epagri.rct-sc.br.
2
Eng. agr., Ph.D., Epagri/Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar – Cepaf –, e-mail: milanez@epagri.rct-sc.br.
3Médico, Dr., PUCRS/Fac. de Biociências/Dep. de Ciências Microbiológicas, Av. Ipiranga, 6.681, prédio 12 C, sala 282, Partenon, 90619-900

Porto Alegre, RS, fone: (051) 3320-3500, e-mail: graeteix@pucrs.br.


4Biólogo, Dr., PUCRS/Fac. de Biociências/Dep. de Biologia, Av. Ipiranga, 6.681, prédio 12 D, sala 340, Partenon, 90619-900 Porto Alegre,

RS, fone: (051) 3320-3500, e-mail: thomejw@pucrs.br.

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Danos provocados por lesmas
têm aumentado nos últimos anos em
lavouras de milho, soja e feijão,
principalmente naquelas cultivadas
no sistema de plantio direto sobre a
palha, onde estes moluscos
encontram abrigo, alimento e
condições adequadas de umidade (Di
Stefano, 1998).
As lesmas podem ser vetores de
patógenos para as plantas, caso da
Phytophthora infestans em
batatinha e Mycosphaerella
brassicicola em repolho (Alfaro,
1983). Também podem ser
hospedeiros intermediários do
nematódeo Angiostrongylus
costaricensis (Metastrongylida,
Angiostrongylidae), parasita que
Figura 1. Espécimes da lesma Sarasinula linguaeformis
pode provocar a angiostrongilíase
abdominal (Graeff-Teixeira et al.,
1991).
Para o sucesso no manejo de espécimens adultos atingem até mento e é de coloração esbran-
pragas é fundamental conhecer as 10cm de comprimento e são de quiçada, com manchas cinza-escuras
espécies e as práticas recomendadas coloração pardo-clara a preta. Sua no dorso.
de controle. Assim, lesmas de ocorrência na região foi relatada em
ocorrência freqüente na Região Oeste 1993, quando causou danos em Caracterização da
Catarinense foram identificadas na lavouras de feijão e soja em Nova doença causada pelo
Pontifícia Universidade Católica do Itaberaba (Moro & Hemp, 1995). nematódeo
Rio Grande do Sul – PUCRS. Na Atualmente, esta espécie infesta
Epagri/Centro de Pesquisa para mais de 1.500ha de lavouras e ocorre Roedores silvestres são hos-
Agricultura Familiar – Cepaf – foi também em áreas urbanas dos pedeiros definitivos e adaptados do
estudada a biologia da Sarasinula municípios de Planalto Alegre, Nova nematódeo A. costaricensis, que
linguaeformis (Stylommatophora, Itaberaba e Chapecó. alojam o parasita no interior de
Veronicellidae) (Figura 1) e foram Outra lesma nativa que ocorre ramos da sua artéria mesentérica.
identificadas algumas substâncias com freqüência, mas em baixos As lesmas da família Veronicellidae
atrativas, repelentes e tóxicas para níveis populacionais, possivelmente são os seus principais hospedeiros
os moluscos, destinadas a formular devido à ação de inimigos naturais, intermediários, embora os moluscos
iscas e proteger as culturas. é a Phyllocaulis variegatus em geral sejam suscetíveis à
Estudos da parasitose foram (Stylommatophora, Veronicellidae). infecção. As lesmas adquirem o
conduzidos por pesquisadores da Este molusco atinge até 12cm de verme consumindo fezes de
PUCRS, com a participação do doutor comprimento, apresenta o dorso de roedores ou se deslocando sobre
Kentaro Yoshimura e da doutora cor parda e a parte inferior do corpo superfícies infestadas. As larvas do
Hiroko Shimada (in memoriam), da amarelada. nematódeo se instalam no seu tecido
Akita University School of Medicine Recentemente e com freqüência, muscular e, ao atingirem o terceiro
do Japão. Participaram também estão ocorrendo infestações de ínstar, são liberadas no muco
funcionários do Laboratório de lesmas em lavouras de milho, que produzido pelos moluscos. O ciclo
Análises Clínicas Bergmann de consomem as plântulas logo após a biológico deste verme se completa
Chapecó, as equipes dos setores da emergência, exigindo o replantio. quando os roedores se alimentam de
Saúde e Agricultura e a população do Estes moluscos, que na fase adulta lesmas ou consomem alimentos
município de Nova Itaberaba. Esta atingem até 4cm de comprimento e impregnados com muco conta-
pesquisa teve por objetivo estudar a são de cor pardo-escura, foram minado. As pessoas podem se tornar
angiostrongilíase abdominal e identificados como Deroceras spp. hospedeiros acidentais ao ingerirem
fornecer informações para aprimorar (Stylommatophora, Agrolimacidae), larvas do nematódeo (Graeff-
o manejo integrado destas pragas. lesmas de origem européia Teixeira et al., 1991; Mendonça,
(Chiaradia, 2000). 1999).
Espécies de lesmas mais A espécie Limax maximus A presença do verme no sistema
freqüentes no Oeste (Stylommatophora, Limacidae), que vascular humano causa trombose,
Catarinense também é originária da Europa, forma granulomas e aumenta os
freqüentemente ocorre em hortas eosinófilos. Ocorre também intensa
A S. linguaeformis é uma lesma situadas na área urbana do reação inflamatória, que retém os
nativa no Brasil, mas considerada município de Chapecó. Este molusco ovos do parasita na parede do
exótica no Oeste Catarinense. Os pode atingir 10cm de compri- intestino delgado, provocando o seu
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espessamento e, conseqüentemente, 0,3% de pepsina e 0,7% de ácido respiradouro (perfuração na tampa
sua obstrução. Pessoas infectadas clorídrico, mantida a 37oC, condição vedada por tela metálica), contendo
geralmente manifestam mal-estar, semelhante àquela do estômago uma camada de 3cm de terra
anorexia, dor abdominal no humano durante a digestão dos levemente umedecida e com alto
quadrante inferior direito, náusea, alimentos. A solução foi filtrada em teor de matéria orgânica. As
vômito, diarréia, febre e constipação gaze, depositada por 2 horas em lesmas foram alimentadas com
intestinal, podendo inclusive haver funis de Berlesi e transferida para plântulas de feijoeiro, fornecidas à
a perfuração do intestino, causando “vidros-relógio”, sendo as larvas vontade e repostas três vezes por
peritonite e sepse (intoxicação recuperadas pela triagem em semana. O acompanhamento do
decorrente da putrefação), com microscópio estereoscópico de até 40 desenvolvimento dos moluscos foi
possibilidade de resultar em óbito. aumentos. Camundongos “Swiss” conduzido por 230 dias, utilizando
A comprovação do diagnóstico da foram infectados com as larvas e, 1.176 indivíduos provenientes de
doença necessita de sorologia após 60 dias, através da dissecação posturas obtidas no laboratório. As
específica. Não existe tratamento das suas artérias, os vermes adultos medições dos seus comprimentos e
recomendado e os anti-helmínticos foram recuperados. O índice de larguras, em repouso e movimento,
atualmente disponíveis devem ser parasitose nas lesmas foi de até 86%, foram realizadas com auxílio de um
evitados, pois podem induzir à com cargas individuais de até 7.720 paquímetro, forçando os moluscos a
migração errática do nematódeo, larvas, sendo mais elevadas nos se deslocarem sobre uma tela
que pode agravar os distúrbios e meses quentes, o que sugere a metálica aquecida por uma lâmpada
lesões (Graeff-Teixeira et al., 1991). sazonalidade da transmissão do de 40 watts.
O cozimento dos alimentos parasita no Sul do Brasil (Graeff- As lesmas atingiram a fase
provenientes de áreas infestadas Teixeira et al., 2001). reprodutiva com 179 ± 11 dias,
por moluscos e/ou sua imersão sendo, então, separados 50
em uma solução formulada com Biologia da lesma indivíduos para continuidade dos
1,5% de hipoclorito de sódio por 12 Sarasinula linguaeformis estudos. Estes indivíduos realizaram
horas são medidas recomendadas posturas a cada 20 dias, com média
para prevenir a doença. Os cara- O estudo da biologia da S . de 49,2 ± 7,2 ovos, que apresentaram
cóis utilizados na alimentação hu- linguaeformis foi conduzido no um período médio de incubação de
mana devem ser bem cozidos e Laboratório de Fitossanidade da 16 ± 0,5 dias e viabilidade de 98,9%
preferencialmente oriundos de Epagri/Cepaf, numa sala climatizada (Cortina et al., 2003) (Figura 2). Altos
criações confinadas, o que reduz a com temperatura de 26 ± 1 oC e índices de fecundidade e fertilidade
possibilidade de estarem parasitados. fotofase de 12 horas. As matrizes explicam, de certa forma, por que
Deve ser evitada também a utili- foram coletadas em Nova Itaberaba, ocorrem elevados níveis popu-
zação de moluscos como iscas em sendo acondicionadas em caixas lacionais desta praga nas áreas
pescarias e devem ser impedidas as plásticas (31,5 x 23 x 11cm) com infestadas.
brincadeiras de crianças com estes
animais (Zanini & Graeff-Teixeira,
1995).
A incidência da parasitose na
população residente em áreas Fase reprodutiva
infestadas por S. linguaeformis , 179 ± 11 dias
obtida por exames sorológicos, foi
de até 52%, mas que se reduziu
espontaneamente para 13%,
possivelmente pela população ter
adotado as medidas profiláticas Espécime adulto
orientadas. As pessoas infectadas
pelo nematódeo, de modo geral,
não manifestaram sintomas clíni-
cos da doença, permitindo concluir
que esta zoonose geralmente se
expressa de forma assintomática,
com baixa morbidade e apresenta
Lesmas Postura
cura espontânea em menos de
jovens
12 meses (Graeff-Teixeira et al.,
2003).
A incidência de larvas de A.
costaricensis foi estudada em lesmas Período de incubação
coletadas mensalmente em quatro 16,0 ± 0,5 dias
locais durante dois anos. No
laboratório, os moluscos foram Eclosão
eviscerados, macerados e deixados
por uma hora numa solução com Figura 2. Ciclo biológico da lesma Sarasinula linguaeformis

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Manejo integrado das
lesmas
O controle de lesmas através de
práticas isoladas geralmente é
ineficaz, sendo necessário utilizar
métodos integrados, visando manter
as suas populações em níveis que
não causem danos econômicos
(Milanez & Chiaradia, 1999a).
O controle biológico natural das
lesmas, principalmente das espécies
exóticas, normalmente é insufi-
ciente para manter suas populações
em equilíbrio, embora ocorra a ação
de predadores (aranhas, insetos,
crustáceos, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos), parasitóides (larvas de Figura 3. Parcelas de experimento para avaliar a preferência alimentar da
moscas e nematóides) e patógenos lesma Sarasinula linguaeformis
(protozoários, bactérias e fungos)
(Alfaro, 1983). jardins e pomares caseiros (Milanez cia, hortaliças e mudas de essências
Armadilhas são recomendadas & Chiaradia, 1999a). florestais. Porções de plântulas de
para o controle de lesmas em Algumas práticas são recomen- massa conhecida foram fornecidas às
pequenas áreas. Madeira, telhas, dadas para o manejo de lesmas em lesmas (Figura 3), sendo avaliado o
tijolos, sacos de aniagem umede- áreas extensas, tais como rotação de consumo após 24, 48 e 72 horas. Esta
cidos ou amontoados de vegetação culturas, antecipação da semea- espécie se alimentou preferen-
semidecomposta podem ser utili- dura, destruição dos restos das cialmente de leguminosas (feijão,
zados como armadilhas, dispondo-as culturas, redução da irrigação, soja e amendoim), curcubitáceas
sobre o solo ao entardecer, preferen- coberturas vegetal e morta e preparo (abóbora, melancia e pepino), brás-
cialmente associadas com atrativos do solo pelo sistema “convencional”, sicas (repolho, couve e mostarda),
alimentares, para serem inspecio- ao menos durante algum tempo alface e batatinha, mas não consu-
nadas pela manhã. Cercar as áreas (Quintela, 2002). miu plântulas de milho, sorgo,
com água, sal, cinza, cal ou calcário A preferência alimentar da lesma mandioca, alho e tomate (Chiaradia,
e a inspeção noturna, esmagando ou S. linguaeformis foi estudada em 2001a; Chiaradia & Milanez, 2002a).
perfurando as lesmas, também são diversos ensaios conduzidos na O cinamomo foi a essência florestal
práticas recomendadas para o Epagri/Cepaf, testando culturas mais consumida, seguida da uva-do-
controle destas pragas em hortas, anuais econômicas e de subsistên- -japão e do cedro. Bracatinga, cana-
fístula, louro, canela-preta e o
pinheiro-brasileiro tiveram pouco
consumo. As lesmas não se alimen-
taram de angico, açoita-cavalo,
grevílea-robusta, pínus, erva-mate e
eucalipto, sugerindo serem alterna-
tivas para reflorestar as áreas
infestadas pela praga (Chiaradia &
Milanez, 2002b).
Outros ensaios foram conduzidos
para identificar substâncias com
ação tóxica e repelente para as
lesmas. Constatou-se que hidróxido
de sódio (2%), querosene (3%),
creolina (2%) e sal amoníaco (3%)
provocaram elevada mortalidade
quando aplicados diretamente sobre
os moluscos (Chiaradia & Milanez,
1999). A aplicação de agrotóxicos
sobre o alimento fornecido às lesmas
(Figura 4) caracterizou o efeito
repelente do cartap (250g/ha) e do
sulfato de cobre (2%), constituindo-
-se em alternativas para proteger cul-
Figura 4. Porções de folhas de feijão tratadas com agrotóxicos destinadas a turas instaladas (Chiaradia, 2001b).
avaliar o efeito repelente para os moluscos Iscas tóxicas comerciais, à base

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10. DI STEFANO, J.G. Lesmas no plantio
direto no cerrado. Direto no Cerrado,
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11. GRAEFF-TEIXEIRA, C.; CAMILLO-


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12. GRAEFF-TEIXEIRA, C.; CHIARADIA, L.


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CATARINENSE DE MILHO E FEIJÃO, 3, 2003, Belém. Revista da Sociedade Brasileira
isca num mesmo ano geralmente 2001, Chapecó, SC. Resumos... Chapecó: de Medicina Tropical, Uberaba, v.36, p.172,
inviabiliza a sua utilização em áreas Epagri, 2001a. p.76-80. 2003.
extensas (Chiaradia, 2001c;
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Quintela, 2002). agrotóxicos aplicados sobre o alimento de costaricensis Morera & Céspedes 1971 no
Iscas tóxicas elaboradas com ácido Sarasinula linguaeformis (Semper, 1885). In: hospedeiro intermediário Sarasinula
bórico podem se constituir numa REUNIÃO TÉCNICA CATARINENSE DE marginata Semper, 1885 (Mollusca:
MILHO E FEIJÃO, 3., 2001, Chapecó, SC. Soleolifera): vias de infecção, migração e
alternativa para combater lesmas eliminação larvar . 1999. 73f. Tese
Resumos... Chapecó: Epagri, 2001b. p.81-
em pequenas áreas. Estas iscas 84.
(Doutorado) – Fundação Oswaldo Cruz,
devem ser formuladas com o pro- Instituto Oswaldo Cruz, Belo Horizonte,
MG.
cedimento utilizado na fabricação 5. CHIARADIA, L.A. Avaliação de iscas
molucicidas no controle de Sarasinula
de macarrão, misturando-se sete linguaeformis (Semper, 1885). In: REUNIÃO
15. MILANEZ, J.M.; CHIARADIA, L.A. Lesma:
praga emergente no Oeste catarinense.
partes de farinha de trigo, três TÉCNICA CATARINENSE DE MILHO E Agropecuária Catarinense, Florianópolis,
partes de farinha de milho, 3% a 5% FEIJÃO, 3., 2001, Chapecó, SC. Resumos... v.12, n.1, p.15-16, 1999a.
de ácido bórico e adicionando ovos Chapecó: Epagri, 2001c. p.71-75.
16. MILANEZ, J.M.; CHIARADIA, L.A.
para aglomerar os ingredientes. A 6. CHIARADIA, L.A.; MILANEZ, J.M. Eficiência de iscas com base em ácido bórico
pasta resultante deve ser fila- Substâncias com efeito tóxico e repelente no controle de Sarasinula linguaeformis
mentada, seca à sombra, frag- para Sarasinula linguaeformis (Semper, (Semper, 1885) (Mollusca, Veronicellidae).
1885) (Mollusca, Veronicellidae). Pesquisa Pesquisa Agropecuária Gaúcha, Porto
mentada em pedaços de aproxi- Alegre, v.5, n.2, p.351-355, 1999b.
Agropecuária Gaúcha, Porto Alegre, v.5, n.2,
madamente 0,5cm de comprimento p.303-309, 1999.
e distribuída na área infestada 17. MORO, L.; HEMP. S. Ocorrência de lesmas
7. CHIARADIA, L.A.; MILANEZ, J.M. na região Oeste catarinense. In:
(Milanez & Chiaradia, 1999b). Testes ENCONTRO BRASILEIRO DE MALA-
Preferência alimentar de Sarasinula
realizados comprovaram a atrati- linguaeformis por hortaliças. In: COLOGIA, 14. CONGRESSO LATINO-
vidade e eficiência desta isca no CONGRESSO LATINOAMERICANO DE AMERICANO DE MALACOLOGIA, 2.,
1995, Porto Alegre,RS. Programas e
controle da lesma S. linguaeformis MALACOLOGIA, 5., 2002, São Paulo, SP.
resumos... Porto Alegre: PUCRS/SMMa/CP-
Programa, resúmenes y anales... São Paulo:
(Figura 5). CLAMA, 1995. p.106.
USP, 2002a. p.86.
Outra alternativa para combater
18. QUINTELA, E.D. Lesmas... Cultivar,
lesmas consiste na aplicação noturna 8. CHIARADIA, L.A.; MILANEZ, J.M.
Pelotas, v.4, n.38, p.26-28, 2002.
de aproximadamente 200L/ha de Preferência alimentar de Sarasinula
linguaeformis por mudas de essências 19. THOMÉ, J. W. Estado atual da sistemática
calda formulada com 20% de uréia, florestais. In: CONGRESSO LATI- dos Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)
que provoca a morte das lesmas por NOAMERICANO DE MALACOLOGIA, 5., americanos, com comentários sobre sua
desidratação. Esta prática, contudo, 2002, São Paulo, SP. Programa , resúmenes importância econômica, ambiental e na
deve ser usada com cautela pois pode y anales... São Paulo: USP, 2002b. p.107. saúde. Biociências, Porto Alegre, v.1, n.1,
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causar toxicidade às plantas 9. CORTINA, J.V.; CHIARADIA, L.A.;
(Quintela, 2002). MILANEZ, J.M.; GARCIA, F.R.M. Aspectos 20. ZANINI, G.M.; GRAEFF-TEIXEIRA, C.
da biologia da lesma Sarasinula Angiostrongilíase abdominal: profilaxia
linguaeformis Semper, 1885. In: pela destruição das larvas infectantes em
Literatura citada ENCONTRO BRASILEIRO DE MALA- alimentos tratados com sal, vinagre ou
COLOGIA, 18., 2003, Rio de Janeiro, RJ. hipoclorito de sódio. Revista da Sociedade
1. ALFARO, D.C. Babosas: se estudia su Resumos... Rio de Janeiro: SBMa, 2003, Brasileira de Medicina Tropical, São Paulo,
combate con extratos de plantas. p.157. v.28, n.4, p.389-392, 1995.

74 Agropec. Catarin., v.17, n.2, jul. 2004

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