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Sequência Didática: Construindo um Histograma

Informática – Eletrotécnica 2º ANO

Aluno: Nota:

Professor: Luiz Gustavo Data: Valor: 7,00

Como fazer um Histograma?

O Histograma é uma importante ferramenta para o mundo da Estatística Descritiva. A função


dele se faz presente na principal característica, a divisão de classes. Com uma tabela numérica,
seja ela com valores discretos ou contínuos, é possível montar esse gráfico e descobrir em qual
intervalo está concentrada a maior quantidade de valores na amostra. Mesmo sendo muito
utilizado, ainda há uma grande quantia de pessoas que não sabem como montar um
Histograma no Excel. Sendo assim, estabeleceu-se alguns passos relativos a temas da
estatística descritiva.

Coleta de dados
Inicialmente, é crucial selecionar as variáveis que serão representadas no gráfico; exemplos
incluem peso, altura, renda mensal e outros parâmetros. A coleta de dados é a próxima etapa,
onde a amplitude dos dados coletados terá um impacto significativo na qualidade do
histograma. Neste contexto, trabalharemos especificamente com a altura de 50 indivíduos,
escolhidos aleatoriamente pelo estudante de iniciação científica, para servir como exemplo
nas atividades à serem aplicadas as turmas:
Quadro 1 – Altura, em metros, de 50 pessoas.
1,52 1,87 1,81 1,79 1,64 1,59 1,72 1,65 1,80 1,39
1,80 1,54 1,53 1,92 1,80 1,69 1,54 1,83 1,59 1,91
1,73 1,76 1,76 1,93 1,59 1,80 1,75 1,88 1,88 1,55
1,92 1,86 1,80 1,56 1,76 1,78 1,61 1,54 1,62 1,60
1,65 1,70 1,75 1,88 1,80 1,59 1,69 1,93 1,55 1,89
Fonte: autor.

1.2 – Organização dos dados

Coletados os dados, vamos organizá-los para prosseguir a montagem do gráfico. Iremos


colocar todos os valores em ordem crescente para, em seguida, efetuar os cálculos
necessários.
Quadro 2 – Ordem crescente do Quadro 1.
1,39 1,52 1,53 1,54 1,54 1,54 1,55 1,55 1,56 1,59
1,59 1,59 1,59 1,60 1,61 1,62 1,64 1,65 1,65 1,69
1,69 1,70 1,72 1,73 1,75 1,75 1,76 1,76 1,76 1,78
1,79 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,81 1,81
1,83 1,86 1,87 1,88 1,88 1,91 1,92 1,92 1,93 1,93
Fonte: autor.
Esta organização de dados pode ser feita manualmente ou pelo Excel. Primeiramente, deve-se
dispor todos os dados em uma coluna, de preferência. Em seguida, colocá-los em ordem
crescente, para isso, selecione todos os números e, então:
Página Inicial  Classificar e Filtrar  Classificar do Menos para o Maior.

1.3 – Cálculo de intervalos

Como já foi apresentado, o Histograma se baseia na divisão de classes, com isso, existem
algumas equações que nos permite dividir essas classes da melhor forma possível com base na
quantidade de dados que possui, que é a fórmula de Sturges:

k =1+3 , 22(log ⁿ)

Onde:
k = número de classes;
n = número de dados.
Sabendo o número de classes, é preciso saber qual a abrangência dela, com isso, temos que:

R
w=
k
Sendo que:
w = tamanho de cada intervalo;
R = resultado da diferença entre o maior e o menor dado.

Com isso, ao efetuar os cálculos, temos:

k =1+3 , 22 ( lo g50 ) ≅ 7

Então:

1 ,93−1 ,39
w= ≅ 0 , 08
7

Com isso, concluímos que o Histograma terá 7 classes que terão o intervalo de 0,08 metro.

1.4 – Intervalo de classes


Agora, utilizando a notação de conjuntos, iremos estabelecer as classes que vão compor o
Histograma, com isso, de forma manual, temos:
[1,39;1,47[ [1,47;1,55[ [1,55;1,63[ [1,63;1,71[ [1,71;1,79[ [1,79;1,87[
[1,87;1,95[

Vale notar que o número máximo da amostra é 1,93 e o último intervalo se estende até 1,95, o
que está correto, uma vez que todos os valores são considerados.
1.5 – Construindo a Tabela de Frequência

A tabela que será construída tem como principal função auxiliar a compreensão do
gráfico, deixando explícito em qual parcela se concentra maior parte dos dados na amostra.
Para fazê-la, iremos usar o Excel. Primeiramente, deve-se dispor todos os dados em ordem
crescente como foi feito no tópico 1.2. Vamos assumir que os dados foram dispostos na coluna
B:

Em outra coluna, coloque a classes para indicar as frequências de cada na frente delas:

[1,39;1,47
[
[1,47;1,55
[
[1,55;1,63
[
[1,63;1,71
[
[1,71;1,79
[
[1,79;1,87
[
[1,87;1,95
[
Posteriormente, indique, uma linha acima da primeira e na célula à frente, as seguintes
categorias, respectivamente: Frequência Absoluta, Frequência Acumulada, Frequência Relativa
e Frequência Relativa Acumulada.

Frequencia absoluta Frequencia Acumulada Frequencia relativa (%) Frequencia relativa Acumulada (%)
[1,47;1,55
[
[1,55;1,63
[
[1,63;1,71
[
[1,71;1,79
[
[1,79;1,87
[
[1,87;1,95
[
Total:

Sendo a Frequência Absoluta a quantidade de dados presentes em cada classe, usaremos uma
operação do Excel que irá fazer isso automaticamente, sendo ela o CONT.SE. Usaremos essa
ferramenta da seguinte forma:

=CONT.SE(B2:B51;">=1,39")-CONT.SE(B2:B51;">=1,47")

Tal representação é usada para definir o intervalo [1,39;1,47[, note que a operação
realizada utilizando a função cont.se remete a teoria dos conjuntos, mais especificamente
sobre a diferença de conjuntos. Dado um conjunto A e um conjunto B não vazios, define-se a
diferença de A para B:( A−B), como o conjunto de todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B . Podemos entender melhor a operação citada acima através do seguinte
digrama:

Imagem - Operação com intervalos.


Fonte: autores

Verifica-se que o resultado encontrado é exatamente o primeiro intervalo de classe da nossa


tabela: [1,39;1,47[.

Usando esse código, o programa irá fazer essa contagem automaticamente. Obtendo o
seguinte resultado sobre a frequência absoluta em cada intervalo.

Frequencia absoluta
[1,39;1,47
[ 1
[1,47;1,55
[ 5
[1,55;1,63
[ 10
[1,63;1,71
[ 6
[1,71;1,79
[ 7
[1,79;1,87
[ 12
[1,87;1,95
[ 9
Total: 50

Sendo a Frequência Acumulada representada pela soma de constituintes de cada classe até a
classe determinada, podemos usar a função de Soma do Excel, somando a Frequência
Absoluta de (primeira classe) com (segunda classe). Com isso, teremos a Frequência
Acumulada da classe 2. Para a classe 3, basta somar a Frequência Acumulada anterior com a
Frequência Absoluta da classe 3 e assim por diante:

Frequência absoluta Frequência Acumulada


[1,39;1,47[ 1 1
[1,47;1,55[ 5 6
[1,55;1,63[ 10 16
[1,63;1,71[ 6 22
[1,71;1,79[ 7 29
[1,79;1,87[ 12 41
[1,87;1,95[ 9 50
Total: 50

Agora, para representar a Frequência Relativa, trabalharemos com porcentagem, calculando a


razão entre a frequência do intervalo com o total de dados da amostra.

Frequência absoluta Frequência Acumulada Frequência relativa (%)


[1,39;1,47
[ 1 1 2
[1,47;1,55
[ 5 6 10
[1,55;1,63
[ 10 16 20
[1,63;1,71
[ 6 22 12
[1,71;1,79
[ 7 29 14
[1,79;1,87
[ 12 41 24
[1,87;1,95
[ 9 50 18
Total: 50 100
Para realizar a tabela de Frequência Relativa Acumulada, usaremos o mesmo método usado
que usamos para achar a Frequência Acumulada, porém, com dados da Frequência Relativa.
Deve-se somar tais frequências das classes anteriores à desejada e finalmente temos a nossa
Tabela De Frequência:

Frequência Frequência relativa Frequência relativa Acumulada


absoluta Frequência Acumulada (%) (%)
[1,39;1,47[ 1 1 2 2
[1,47;1,55[ 5 6 10 12
[1,55;1,63[ 10 16 20 32
[1,63;1,71[ 6 22 12 44
[1,71;1,79[ 7 29 14 58
[1,79;1,87[ 12 41 24 82
[1,87;1,95[ 9 50 18 100
Total: 50 100

Construindo o Histograma
Com todos os dados estabelecidos e tabelas construídas, podemos partir para a
construção do gráfico. No Excel, selecione os valores da amostra (Fig:?), em seguida: Inserir 
Gráfico  Histograma. Com isso, tem-se o seguinte histograma:
Gráfico 1 – Histograma sem ajustes

Fonte: autor.
Note que o Excel escolheu os seus intervalos de classe. Ao acessar as configurações do gráfico,
podemos alterá-la para que respeite os cálculos que foram feitos no tópico 3. Por fim, o
Histograma terá a seguinte representação:

Gráfico 2 – histograma oficial


Fonte: autor.

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