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IFG

Curso: Eletrônica IV

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Experimento 6 - Retificador de onda completa não
controlado - carga R, RE, RL, RLE.
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Alunos: Samuel, Eduardo, Filipe


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1 - Objetivo
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- Verificar o comportamento do retificador 1 φ de onda completa não controlado – com


carga R, RL, RLE.
- Identificar e conhecer as formas de ondas de tensão e corrente em qualquer ponto do
circuito retificador.

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2- Fundamentação teórica
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Um circuito retificador possui, como objetivo, transformar um sinal de corrente alternada (AC)
em um sinal de corrente contínua (DC). Para isso, pode-se utilizar dois procedimentos: um
circuito retificador de meia-onda e um circuito retificador de onda completa.
O principal diferencial desses circuitos se encontra no seu funcionamento. Enquanto o
retificador de meia-onda, como o nome já diz, conduz apenas metade da onda de corrente, no
caso, o semiciclo positivo, o retificador de onda completa conduz toda a onda, transformando
o semiciclo negativo em um pulso de tensão positiva. Podemos ver isso nas figuras 1 e 2:
Figura 1 – retificador de meia-onda

Figura 2 – retificador de onda completa

Com isso em vista, pode-se afirmar que é mais eficiente se utilizar de um retificador de onda
completa do que um de meia-onda pois a carga se aproveitará de ambas as fases da onda. Carga
essa que, como será demonstrado adiante, pode ser Resistiva (R) ou Resistiva e Indutiva (RL).
O funcionamento de um circuito retificador de onda completa se baseia na polarização dos
diodos. Usando a figura 2 como exemplo, quando a fonte de tensão se encontra no ciclo
positivo, os diodos D1 e D4 são diretamente polarizados, assim, conduzindo tensão por eles,
enquanto os diodos D2 e D3 são reversamente polarizados, assim, sendo vistos pelo circuito
como uma chave aberta. Quando o ciclo se inverte, ou seja, se torna negativo, essa polarização
dos diodos também se inverte, onde agora D1 e D2 estão reversamente polarizadas e D2 e D3
se encontram diretamente polarizados. Isso faz com que a carga receba a onda completa da
fonte, e como a corrente de ambos os ciclos passa pelo mesmo sentido, isso faz com que a carga
os veja como ciclos positivos.
Porém, quando aplicamos uma carga indutiva, a forma de onda da tensão se preserva, mas a
forma de onda da corrente se distorce, graças a característica do indutor de se opor a variação
de corrente, como pode ser observado na figura 3:

Figura 3 – forma de onda da corrente e tensão em carga RL

Já a forma de onda de tensão nos diodos são complementares entre si, uma vez que, durante o
ciclo positivo, a tensão em D1 e D4 é de 0.7V, já em D2 e D3, como estão reversamente
polarizados, suas formas de onda assumem o inverso da tensão de entrada, mostrando uma
onda negativa. Quando o ciclo se inverte, as formas de onda também se invertem, como
mostrado na figura 4:
Figura 4 – forma de onda nos diodos

A capacidade retificadora dessa relação entre diodos é de aproximadamente 63,6%, o


que gera um bom aproveitamento da tensão senoidal, quando se tratado de um circuito
puramente resistivo. Já em um circuito RL, como visto, há apenas uma pequena nuance quanto
a forma da corrente. A descarga do indutor não influencia na forma de onda da tensão dos
diodos, visto que nada os força a conduzir.

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3 - Material Utilizado
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✔ Transformador 220V/12V

✔ Diodo 1N4007;

✔ Resistor 150

✔ Indutores

✔ Osciloscópio;

✔ Multímetro digital.

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4 – Experimento Prático
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Parte I – Carga R
1. Monte o circuito, de acordo com a figura (5) e energize.

Figura 5

2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na


carga; c) tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.

Parte II – Carga RE
1. Monte o circuito, de acordo com a figura (6) e energize.

Figura 6
2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na
carga; c) tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.

A e E)
Devido ao comportamento característico de uma fonte senoidal, não há necessidade de
verificação das formas de tensão e corrente, sabendo-se de seu funcionamento.
B e D)

Figura 7 – Forma da tensão e corrente na carga

C)
Figura 8 – Forma de onda em D1

Parte III – Carga RL


1. Monte o circuito, de acordo com a figura (9) e energize.

Figura 9

2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na carga; c)
tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.
Parte IV – Carga RLE
1. Monte o circuito, de acordo com a figura (10) e energize.

Figura 10

2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na carga; c)
tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.

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5 – Questões
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1. Calcule a tensão corrente média e a potência fornecida a carga. (Carga R e RL);

Carga R:
Vo = Vef* 0,636
Vo = 16,97* 0,636
Vo = 10,794

Io = Vo / R
Io = 10,794 / 100
Io = 0,10794A

P = Vo * Io
P = 10,794 * 0,10794
P = 1,165W

Carga RL:
Vo = Vef* 0,636
Vo = 16,97* 0,636
Vo = 10,794

Io = Vo / Z
Io = 10,794 / 106.87
Io = 0,101A

P = Vo * Io
P = 10,794 * 0,101
P = 1,09W

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6 - Conclusão
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Conseguimos perceber, tanto pelos procedimentos práticos quanto pelos gráficos colhidos, que
a adição de um par de diodo a mais no sistema influenciou na forma de onda a qual a carga
enxerga, sendo beneficente tanto para ela, que receberá pulsos positivos constantes, quanto
para o projetista, que não desperdiça a faze negativa da onda, assim, desperdiçando energia.
Pode-se observar, também, que o sistema se torna próximo de uma retificação completa,
podendo ela ser obtida através da adição de um capacitor em paralelo a carga, fazendo-a receber
tensão mesmo quando a onda senoidal estiver em queda.

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7 - Referência
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RASHID, Muhammad H. Eletrônica de Potência. São Paulo: Pearson Education, 2014. 853 p
AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência. São Paulo: Pearson Education, 2000. 479 p.
ALMEIDA, José Luiz Antunes de. Eletrônica Industrial - Conceitos e Aplicações com SCRS
e TRIACS. Editora Érica, 2014.

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