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Curso: Eletrônica IV
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Experimento 6 - Retificador de onda completa não
controlado - carga R, RE, RL, RLE.
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2- Fundamentação teórica
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Um circuito retificador possui, como objetivo, transformar um sinal de corrente alternada (AC)
em um sinal de corrente contínua (DC). Para isso, pode-se utilizar dois procedimentos: um
circuito retificador de meia-onda e um circuito retificador de onda completa.
O principal diferencial desses circuitos se encontra no seu funcionamento. Enquanto o
retificador de meia-onda, como o nome já diz, conduz apenas metade da onda de corrente, no
caso, o semiciclo positivo, o retificador de onda completa conduz toda a onda, transformando
o semiciclo negativo em um pulso de tensão positiva. Podemos ver isso nas figuras 1 e 2:
Figura 1 – retificador de meia-onda
Com isso em vista, pode-se afirmar que é mais eficiente se utilizar de um retificador de onda
completa do que um de meia-onda pois a carga se aproveitará de ambas as fases da onda. Carga
essa que, como será demonstrado adiante, pode ser Resistiva (R) ou Resistiva e Indutiva (RL).
O funcionamento de um circuito retificador de onda completa se baseia na polarização dos
diodos. Usando a figura 2 como exemplo, quando a fonte de tensão se encontra no ciclo
positivo, os diodos D1 e D4 são diretamente polarizados, assim, conduzindo tensão por eles,
enquanto os diodos D2 e D3 são reversamente polarizados, assim, sendo vistos pelo circuito
como uma chave aberta. Quando o ciclo se inverte, ou seja, se torna negativo, essa polarização
dos diodos também se inverte, onde agora D1 e D2 estão reversamente polarizadas e D2 e D3
se encontram diretamente polarizados. Isso faz com que a carga receba a onda completa da
fonte, e como a corrente de ambos os ciclos passa pelo mesmo sentido, isso faz com que a carga
os veja como ciclos positivos.
Porém, quando aplicamos uma carga indutiva, a forma de onda da tensão se preserva, mas a
forma de onda da corrente se distorce, graças a característica do indutor de se opor a variação
de corrente, como pode ser observado na figura 3:
Já a forma de onda de tensão nos diodos são complementares entre si, uma vez que, durante o
ciclo positivo, a tensão em D1 e D4 é de 0.7V, já em D2 e D3, como estão reversamente
polarizados, suas formas de onda assumem o inverso da tensão de entrada, mostrando uma
onda negativa. Quando o ciclo se inverte, as formas de onda também se invertem, como
mostrado na figura 4:
Figura 4 – forma de onda nos diodos
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3 - Material Utilizado
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✔ Transformador 220V/12V
✔ Diodo 1N4007;
✔ Resistor 150
✔ Indutores
✔ Osciloscópio;
✔ Multímetro digital.
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4 – Experimento Prático
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Parte I – Carga R
1. Monte o circuito, de acordo com a figura (5) e energize.
Figura 5
Parte II – Carga RE
1. Monte o circuito, de acordo com a figura (6) e energize.
Figura 6
2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na
carga; c) tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.
A e E)
Devido ao comportamento característico de uma fonte senoidal, não há necessidade de
verificação das formas de tensão e corrente, sabendo-se de seu funcionamento.
B e D)
C)
Figura 8 – Forma de onda em D1
Figura 9
2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na carga; c)
tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.
Parte IV – Carga RLE
1. Monte o circuito, de acordo com a figura (10) e energize.
Figura 10
2. - Com o osciloscópio, meça as formas de ondas de: a) tensão na fonte; b) tensão na carga; c)
tensão no diodo 1; d) corrente na carga. e) corrente na fonte.
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5 – Questões
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Carga R:
Vo = Vef* 0,636
Vo = 16,97* 0,636
Vo = 10,794
Io = Vo / R
Io = 10,794 / 100
Io = 0,10794A
P = Vo * Io
P = 10,794 * 0,10794
P = 1,165W
Carga RL:
Vo = Vef* 0,636
Vo = 16,97* 0,636
Vo = 10,794
Io = Vo / Z
Io = 10,794 / 106.87
Io = 0,101A
P = Vo * Io
P = 10,794 * 0,101
P = 1,09W
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6 - Conclusão
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Conseguimos perceber, tanto pelos procedimentos práticos quanto pelos gráficos colhidos, que
a adição de um par de diodo a mais no sistema influenciou na forma de onda a qual a carga
enxerga, sendo beneficente tanto para ela, que receberá pulsos positivos constantes, quanto
para o projetista, que não desperdiça a faze negativa da onda, assim, desperdiçando energia.
Pode-se observar, também, que o sistema se torna próximo de uma retificação completa,
podendo ela ser obtida através da adição de um capacitor em paralelo a carga, fazendo-a receber
tensão mesmo quando a onda senoidal estiver em queda.
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7 - Referência
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RASHID, Muhammad H. Eletrônica de Potência. São Paulo: Pearson Education, 2014. 853 p
AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência. São Paulo: Pearson Education, 2000. 479 p.
ALMEIDA, José Luiz Antunes de. Eletrônica Industrial - Conceitos e Aplicações com SCRS
e TRIACS. Editora Érica, 2014.