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Esses patrões eram tidos como devoradores ávidos e cúpidos insaciáveis como um vampiro
que suga o sangue do povo até a morte. Como senhores dos monopólios onde era preciso
entregar seu tributo de carne fresca. Como hidra sempre renasce o polvo capitalista que
sempre agarra e sufoca.
Na época não se percebia o capitalismo como um sistema que rodeia e sim como um poder
pessoal causando uma visão de revolução.
A revolução é simples e grande parte é voluntário e com rápida realização basta ter uma
grande idéia, uma grande noitepara expulsar os parasitas inúteis.
Mesmo assim sustentada pelas greves, manifestações, canções que era a grande forma de
expressão e educação operária a idéia de patronato se matem estável nas três primeiras
décadas da terceira república
Esse turbilhão desenha um horizonte social que não é alterada nem nas escolas e sindicatos de
direita que eram ligadas a essa visão de mundo
O que falta aos operários Francês – A consciência de sua desgraça e saber diferenciar o alvo
dos seus golpes
Essas exposições ocorrem com o esforço de análise econômicas no inicio do século XX, com os
apaixonados pelas máquinas e realizações técnicas expressados nos relatórios dos Delegados
das Exposições.
O capitalismo era uma vitrine que celebrava as maravilhas da industria e das grandes fábricas e
desempenhava um papel decisivo na formação de uma mentalidade técnica na difusão de uma
ideologia da ciência e do progresso.
Os delegados operários nas Exposições eram militantes e aproveitam essa oportunidade para
manter a distancia em relação ao discurso otimista criticando os males da divisão do trabalho,
as catástrofes da especialização e os excessos das porcarias.
Mesmo tendo esses relatórios um vocabulário mais moral do que econômico se tem uma
crítica ao patronato como agente econômico e, à contraluz da imagem do que deveria ser o
verdadeiro empresário.
Saint-Simon (1760 – 1825), acreditava que uma sociedade dividia-se entre os produtores e
ociosos. Por isso, defendeu outra sociedade onde a oposição entre operários e industriais
deveria ser reconfigurada. Para isso, ele pregava a manutenção dos privilégios e do lucro dos
industriais, desde que os mesmos assumissem os impactos sociais causados pela prosperidade.
Dessa forma, ele acreditava que no cumprimento da sua responsabilidade social, o industriário
poderia equilibrar os interesses sociais.
Vitor Delahaye é um exemplo dessas novas atitudes foi ex-operário viajado trabalhou dez anos
na Inglaterra foi aos Estados Unidos e a Holanda, Delahaye tenta avaliar a produção nacional, a
do operário Frances precisamente a metalúrgica procurando medir as relações econômicas
entre o trabalho e o capital. É ele que vai descobrir a inexistência de uma contabilidade
nacional.
Ele fala que o novo tipo de trabalho acarreta em um novo tipo de esforço e fadiga e supõe a
redução de tempo de trabalho. Se baseando em fisiólogos ele extrai a noção de rendimento e
produtividade. Ele aconselha uma industria concorrencial onde deve ser feito nas melhores
condições de preço baixo e execução para que possa ser vendidos nos mercados de todos os
países mais industrializados
Ele observa que alem de direitos restritivos e protetores que os consumidores são obrigados a
pagar os manufatureiros franceses conservam seu velho instrumental que so prestariam para
ser enviados ao museu lembrando um modo antigo de produção que só pensa em baixar os
salários e aumentar a jornada de trabalho.
Delahayer nesse contexto encarna o Saint-simonismo operário que no nesse final de século se
mantém com uma voz isolada, pois a classe francesa e seus militantes mantêm-se reservados
diante do progresso deixando a criação de uma mentalidade industrial incontestavelmente
lenta na França
8 - VISÕES NOVAS: UM PATRONATO PODEROSO E MALTHUSIANO. – ADAUTO
Tudo muda no início do século XX, com as derrotas do movimento operário das pespectivas de
revolução na greve geral, a intensificação dos nacionalismos fazem com que o pessimismo
mude de lado: ele se torna operário. O patronato resiste, o capitalismo se mantém firme e o
fatalismo e a conduta de evasão individual avançam na classe operária onde a juventude é
tentada por novas formas de consumo.
O que mais frequentemente paralisa a ação operária é a ignorância em que ela se encontra
quanto aos meios de ação do patronato e se querem lutar contra ele com armas iguais é
preciso que.
Primeiro o instrumental industrial que a ciência pôs nas mãos do capital e que
incansavelmente transforma.
Segundo que possam examinar e conhecer as organizações patronais, comitês, sindicatos, etc.
que saibam com os cartéis e o sistema de créditos eliminaram a concorrência entre empresas
rivais, e tão bem que os industrias podem ao mesmo tempo roubar o consumidor e pressionar
os salários com todas as forças reunidas para reduzi-los.
Intelectuais como Delaisi, Roudine... – unem-se ao esforço de análise dos militantes operários
a idéia não é a evolução dos sindicatos mas sua incidência sobre a visão operária do patronato
considerando o capitalismo mais como um sistema do que como um vício onde a visão
predominante é sempre a de um capitalismo bancário.
Os Reis das Finanças procuram antes de tudo lucros de tubarão, adquiridos a baixo do preço
com os investimentos coloniais ou estrangeiros eles preferem, em vez da busca do ganho e do
lucro, a certeza dos títulos de renda, eles deixam que a balança comercial se prejudique em
favor dos nossos rivais.
Picart escreve: esse patronato rotineiro se recusa a investir nas máquinas e técnicas novas e o
ímpeto operário deve obrigá-lo a se modernizar abandonar a rotina, a procurar métodos
novos, sistemas novos, transformar todo processo de produção, criar um meio favorável a
novas melhorias, a novas conquistas operárias.
Percebesse que a mudança não é por debilidade nem por incapacidade a confiança é fundada
na competência. É preciso combater um preconceito muito difundido entre os meios
socialistas os discípulos de Marx implataram no proletariado a idéia de que a burguesia era
importante para organizar a produção.
Mas se o capitalismo apesar de seus erros, persiste e domina é porque soube criar uma elite
com um monte de homens, sábios, engenheiros, administradores e financistas que criaram os
bancos, as estradas de ferro, as companhias de navegação, as grandes indústrias metalúrgicas.
Essa elite não é uma aristocracia fechada; ela se renova incessantemente em busca de homens
novos.
O povo precisa saber disso pois em quanto eles não tiverem uma elite de especialistas para
opor à elite, não chegara a nada. Malthusiano afirma que o proletariado não tem condições de
ter reivindicações consciente e organizado em defender os interesses da França pois a classe
operaria e herdeira dos Gauleses tem vocação com o sindicalismo.
Analise do discurso de greve mais espontâneo, menos modelados pela pedagogia sindical –
gritos, insultos, slongans, todos os tipos de propostas pois os conflitos são a milhares não
passariam de trabalho de surdo em virtude da inércia mental “o pessimismo da razão ao
otimismo da ação”, como dirá Gramsci não é sempre, e pra todos, os mais difícil.