O LUDISMO W. O Henderson O movimento luddite na Inglaterra, que atingiu o auge em 1811-1812, estava tão bem organizado que se podia pensar que um único cérebro planejava todos os movimentos contra os industriais.
O LUDISMO W. O Henderson O movimento luddite na Inglaterra, que atingiu o auge em 1811-1812, estava tão bem organizado que se podia pensar que um único cérebro planejava todos os movimentos contra os industriais.
O LUDISMO W. O Henderson O movimento luddite na Inglaterra, que atingiu o auge em 1811-1812, estava tão bem organizado que se podia pensar que um único cérebro planejava todos os movimentos contra os industriais.
O Henderson O movimento luddite na Inglaterra, que atingiu o auge
em 1811-1812, estava tão bem organizado que se podia pensar que um único cérebro planejava todos os movimentos contra os industriais. Contudo, parece provável que vários chefes dos bandos destruidores de máquinas, "General Ludd". Os luddites agiam em grupos. Em 1812, o movimento luddite espalhou-se até a região de lã de e as cidades algodoeiras os mais graves incidentes foram o assalto noturno à fábrica e o assassinato do industrial William Horsfall, quando regressava a casa. Supunha-se que os ataques luddites à vida e à propriedade dos industriais faziam parte de uma conspiração geral dos trabalhadores para derrubar o governo. A “insurreição dos pobres contra os ricos. O Parlamento organizou comissões secretas para acompanhar a situação e foi informado de que os insurretos dos distritos revoltados possuíam uma organização de tipo militar. Aos magistrados locais foram então enviados reforços que lhes permitissem lutar contra os destruidores de máquinas. Estas medidas ajudaram a restaurar a lei e a ordem, O LUDISMO NA ORIGEM DOS MOVIMENTOS OPERÁRIOS Friedrich Engels A revolta dos operá-rios contra a burguesia começou pouco depois do início do desenvolvimento da indústria e atravessou diversas fases. A primeira forma, a mais brutal e a mais estéril, que esta revolta assumiu foi o crime. O operário vivia na miséria e na indigência e via outros que gozavam de situação melhor. Por outro lado, a necessidade venceu o respeito inato pela propriedade - começou a roubar. Vimos que o número de delitos aumentou com a expansão da indústria e que o número anual de prisões está em relação constante com os fardos de algodão”. vendidos no mercado.O roubo era a forma menos evoluída e consciente de protesto e, por essa simples razão, nunca foi à expressão geral da opinião pública dos operários, mesmo que eles a aprovassem tacitamente. A classe operá-ria se opor à burguesia quando resistiu violentamente à introdução das máquinas. Deste modo, os primeiros inventores começaram por ser perseguido e as suas máquinas destruíram; mais tarde deu-se um grande número de revoltas contra as máquinas. Esta forma de oposição não existia senão isolada, limitada a certas localidades e não visava senão um só aspecto do regime atual. Atingindo o fim imediato, o poder da sociedade recaía com toda a sua violência sobre os recalcitrantes sem defesa e castigava-os como queria, enquanto continuavam a introduzir as máquinas. Era preciso encontrar uma nova forma de oposição.QUAL A EFICÁCIA DA DESTRUIÇÃO DE MÁQUINAS? Eric J. Hobsbawm: A negociação coletiva através do tumulto foi pelo menos tão eficiente como qualquer outro, provavelmente mais eficiente do que qualquer outro meio disponível antes da era dos sindicatos nacionais para grupos tais como os tecelões, marinheiros e mineiros. Os homens que não gozam da proteção natural dos pequenos números e escassas habilidades de aprendiz, que podem ser salvaguardadas pela entrada restrita no mercado e monopólios de contratação das firmas, estavam em qualquer caso obrigados normalmente a ficar na defensiva. O sucesso deles portanto devia ser medido pela sua capacidade de manter as condições estáveis - por exemplo, níveis de salários estáveis - contra o desejo perpétuo e bem anunciado dos patrões de reduzi-los ao nível da fome. Isto exigiu uma luta incessante e eficiente. Pode-se alegar que a estabilidade no papel era minada constantemente pela lenta inflação do século XVIII, que fraudava com firmeza o jogo contra os assalariados. Dentro dos seus limites, dificilmente se pode negar que os tecelões de seda se beneficiaram com os seus tumultos. O tumulto a destruição de máquinas proporcio-nou aos trabalhadores reservas valiosas em todas as ocasiões. O patrão do século XVIII estava constantemente consciente de que uma exigência intolerável produziria, não uma perda de lucros temporários, mas a destruição de equipamento importante. Inevitavelmente, o empregador que se defrontava com esses riscos fazia uma pausa antes de provocá-los, com medo de que "sua propriedade e talvez sua vida (pudessem) correr perigo. Segundo ele, não se pode deter o triunfo do capitalismo industrial como um todo. a destruição pelos indefesos trabalhadores rurais, parece ter sido a mais eficiente de todas.. No entanto, qualquer que seja a verdade na questão, a iniciativa veio dos homens, e até esse ponto eles podem reivindicar uma parcela importante em qualquer desses sucessos. "VIVE LA COMUNE!" Karl Marx "Os proletários da capital” - diziam o Comitê Central no seu manifesto do 18 de Março - “no meio dos desfalecimentos e das traições d,às classes governantes, compreenderam que para eles tinha chegado à hora de salvar a situação tomando em mãos a direção do.i negócios públicos (...) O proletariado compreendeu que era seu dever imperioso e seu direito absoluto tomar em mãos os seus destinos e assegurar-lhes o triunfo conquistando o poder”.Mas a classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la fun-cionar para os seus próprios objetivos. O poder de Estado, aparentemente voando alto acima da sociedade, era ele próprio, ao mesmo tempo, o maior escândalo desta sociedade e o alfobre mesmo de todas as suas corrupções. A sua própria podridão e a podridão da sociedade que ele havia salvado foram postas a nu pela baioneta da Prússia, ela própria ávida por transferir de Paris para Berlim a sede suprema deste regime. Ao mesmo tempo, o imperialismo é a forma mais prostituta e derradeira do poder de Estado que a sociedade da classe média nascente tinha começado a elaborar como um meio da sua própria emancipação do feudalismo e que a sociedade burguesa plenamente desenvolvida tinha finalmente transformado num meio para a escravização do trabalho pelo capital. Paris, a sede central de o velho poder governamental e, ao mesmo tempo, a fortaleza social da classe operária francesa, levantara-se em armas contra a tentativa e dos Rurais. Paris apenas pôde resistir porque, em conseqüência do cerco, tinha-se desembaraçado do exército e o substituía por uma Guarda Nacional que era, na sua massa, composta por operários.O primeiro decreto da Comuna, foi à supressão do exército permanente e a sua substitui-ção pelo povo armado. A maioria dos seus membros eram naturalmente operários ou representantes reconhecidos da classe operária. A Comuna havia de ser não um corpo parlamentar mas operante, executivo e legislativo ao mesmo tempo. As funções públicas deixaram de ser a propriedade privada dos testas-de-ferro do governo central. Não só a administração municipal mas toda a iniciativa até então exercida pelo Estado foram entregues nas mãos da Comuna. Todas as instituições de educação foram abertas ao povo gratuitamente e ao mesmo tempo desembaraçadas de toda a interferência de Igreja e Estado. Os servidores públicos, magistrados e juízes haviam de ser eletivos, responsáveis e revogáveis. Uma vez que a comuna de Paris tomou a direção da revolução nas suas próprias mãos em circunstâncias de dificuldade sem exemplo, executou a sua obra modestamente, conscienciosamente e eficazmente. A ONDA REVOLUCIONÁRIA EM 1848 Eric J. Hobsbawm A classe governante da França - os banqueiros, financistas representava uma parcela dos interesses da classe média, disso, uma parcela cuja política econômica não era apreciada pelos elementos industriais mais dinâmicos, bem como pelos diversos velhos resíduos feudais, a lembrança da Revolução de 1789 se constituía em um obstáculo para a reforma. A oposição consistia não só de uma burguesia descontente, mas também de uma classe média inferior politicamente decisiva. O medo da república jacobina manteve rígida a estrutura política francesa, e a situação política se tornou cada vez mais tensa. Nas condições da Inglaterra, uma campanha política pública, teria sido perfeitamente inofen-siva. Mas, sob as condições francesas, ela foi o prelúdio da revolução. A crise na política da classe governante européia, coincidiu com uma catástrofe social. As colheitas - e em especial a safra de batatas - fracassaram. Os preços dos gêneros alimentícios subiam. A depressão industrial multiplicava o desemprego, e as massas urbanas de trabalhadores pobres eram privadas de seus modestos rendimentos no exato momento em que o custo de vida atingia proporções gigantescas. Dentro de cada pais as populações mais miseráveis, Além do mais, no mais industrializado dos países, a pior situação de descon- tentamento fora embotada pelo grande avanço na construção ferroviária e industrial Os anos de 1846-8 foram maus o mais importante é que foram apenas umas pequenas depressões, umas inclinações ascendentes de prosperidade econômica. Porém, tomando-se a Europa Ocidental e Central como um todo, a catástrofe de 1846-8 foi universal e o estado de ânimo das massas, sempre dependente do nível de vida, era tenso e apaixonado. A REVOLUÇÃO DE 1848: DISCUSSÃO HISTORIOGRÁFICA Andreas Dorpalen Historiadores não marxistas começaram a interessar-se tardiamente pelos movimentos revolucionários de 1848-9. Para os investigadores franceses, a Revolução de 1789 contínua sendo "a revolução", enquanto concediam escassa atenção à de 1848, considerada como mero entreato desagradável que tornou manifesta a falta de resolução dos pequenos burgueses ou dos proletários radicais. Para os historiadores alemães, 1848 significa o ano da extravagância doutrinária ou da ingenuidade política. O "ano louco" foi completamente obscurecido pelos sucessos da política da unidade nacional de Bismarck. Historiadores alemães e austríacos viram nesses fatos um exemplo bem-intencionado, mas errado, para conseguir a unificação da Alemanha (...) ou uma etapa da história dos partidos políticos e dos movimentos liberais. Por ocasião do centenário da Revolução foram revistos os julgamentos anteriores. A investigação dedicou-se particularmente ao estudo do "significado econômico e social das subleva-ções".Historiadores burgueses acentuam a importância das classes inferiores da sociedade como reserva de forças revolucionárias. Pouca atenção havia sido dada a esses levantamentos das massas revolucionárias, já que elas não se achavam representadas em absoluto nos governos recém- constituídos e apenas o estavam nos parlamentos em pequena escala, destaca-se agora o fato de que as sublevações eram, em primeiro lugar, movimentos de massas. Em contraposição aos não-marxistas, que consideravam as Revoluções como processos violentos e destrutivos, ainda que aceitem seus resultados. Os marxistas consideravam as Revoluções como acelerações "legais" da "evolução progressiva da sociedade", "motores da história", tal como Marx. A missão das Revoluções de 1848 foi facilitar a transição da ordem absolutista-feudal à capitalista. Para os marxistas ortodoxos, que partem de um ponto de vista dialé-tico e do materialismo histórico e dialético, as revoluções de 1848 constituem o ponto culminante "mais legal" do conflito entre feudalismo e capitalismo, e por isso mesmo, uma confirmação das leis. Por isso são mais conscientes de si mesmos na crítica e nas conseqüências finais que os não- marxistas, que não reconhecem nenhumas evoluções legal previsíveis das coisas, considerando as conseqüências finais como meras hipóteses. Assim, pois, as novas valoriza-ções dos processos não podem eliminar o abismo entre a consciência marxista de que o desenvolvimento social avança pelo caminho da legalidade e a concepção não-marxista de que o futuro da humanidade é bastante obscuro.
As origens e desenvolvimento das revoluções industrial britânica Eric Hobsbawm
De acordo com ele, durante a passagem de uma economia incompleta e pré capitalista para o meio de produção industrial e capitalista ele afirma que a arrancada inicial para o processo de industrialização estava diretamente relacionada a determinada condições já existentes na Inglaterra nesse período. Ele destaca também o setor têxtil como o precur-sor da arrancada inicial tecnológica que facilitou o processo de revolução industrial e ainda, procura ressaltar que os estímulos foram mais possíveis numa industria produtora de bens comuns bem definida, no qual os compradores mais pobres poderiam adquirir do que a classes mais ricas. A demanda pode crescer sem contudo onerar ou aumentar o preço, todavia quanto mais simples e menos custoso forem as invenções será mais pro-vável sua aceitação geral. Por isso, o setor têxtil foi o mais aceito na arrancada da revo-lução industrial na Inglaterra. Já a entrada do ferro teve sua importância no desenvolvi-mento industrial, uma vez que facilitou a criação do transporte ferroviário com o objeti-vo de atender as minas de carvão e ferro, bem como ao transporte de passageiros às ca-madas populares. Esses transportes, foi necessário para o investimento interno como também o escoamento do excedente de produção. Entretanto, a revolução industrial pro-priamente dita só foi acontecer nos finais do século XVIII e inicio do século XIX.