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GESTÃO DO CONHECIMENTO & CLASSIFICAÇÃO:

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo pesquisar um ou mais assuntos constantes na


representação de Tags constantes na nuvem de TAGS da Biblioteconomia.O
assunto escolhido foi Gestão do Conhecimento e Classificação.
A classificação é uma área de conhecimento que possui grande importância
para a área de informação e para sociedade. A classificação do conhecimento e/ou
organização, estudada por diversos pensadores trouxeram esquemas de
classificação que são adotados até os dias de hoje em vários ambientes da
sociedade.

Porém, sabe-se que a Classificação Decimal de Dewey teve várias mudanças


até chegar à formação atual. O exemplo disso está na primeira edição da CDD que
tinha doze páginas de introdução, doze de tabelas e dezoito de índice, e a sua
novidade consistia em três áreas principais: a primeira delas era a atribuição de
números decimais aos livros e não as estantes; a segunda era a especificação de
assuntos relativamente detalhada; a terceira, a existência de um índice relativo. É
possível afirmar que esses três princípios eram, de fato, uma contribuição para o
progresso da classificação bibliográfica maior do que o próprio esquema, apesar de
sua ampla aceitação no mundo inteiro.1
O sistema é formado pelas seguintes categorias: O sistema é composto de
dez categorias principais:

 000 Generalidades
 100 Filosofia
 200 Religião
 300 Ciências sociais

1
KAULA , Prithvi N. Repensando os conceitos no estudo da classificação. Disponível em: <
http://www.conexaorio.com/biti/kaula/index.htm >. Acesso em: 18 JAN. 2013.

2
 400 Línguas
 500 Ciências puras
 600 Ciências aplicadas
 700 Artes
 800 Literatura
 900 História e geografia

O que Dewey realmente fez foi introduzir a ideia da localização relativa em


oposição já fixada. Ele não introduziu o arranjo por assunto nas bibliotecas;
anteriormente muitas bibliotecas já eram arrumadas por assunto. E ainda, Dewey
introduziu a ideia de se usar uma notação para assuntos em seu esquema e aplicar
esta notação aos livros e não as prateleiras. Um exemplo era de que se um novo
livro sobre determinado assunto poderia ser inserido no meio de uma sequencia
existente, numa posição indicada pela notação.
Anteriormente a iniciativa de Dewey em adotar a ideia de localização relativa,
a quantidade de grupos de assuntos segundo os quais se podiam arrumar os livros
de uma biblioteca era bastante limitada. Uma vez aceita a ideia de mover os livros
em qualquer ponto a fim de acomodar as novas aquisições, torna-se muito mais
viável especificar assuntos mais detalhados. Dewey foi criticado pelo excesso de
minúcias, porém, a décima sétima edição, é criticada por deficiência de
minudências.

CLASSIFICAÇÃO POR CONHECIMENTO

Shiyali Ramamrita Ranganathan

Ranganathan indiano criador da Teoria da Classificação Facetada foi


responsável por uma teoria revolucionária para à área de classificação bibliográfica.
A sua inovação está principalmente nos seguintes aspectos. Primeiro, que era o de
permitir a organização dos documentos nas estantes e o segundo, era representar o
conhecimento de forma registrada.

3
Antes de Ranganathan a classificação era feita por assunto e não por
conhecimento. É de se chamar a atenção para o fato de esquemas muito utilizados
como a CDD e a CDU, apesar de ainda muito utilizados eles não possuem base
teórica para aplicação do método. Estes aspectos colocam esquemas como esses
como arbitrários. Os problemas desses esquemas estão basicamente na adequação
dos assuntos tratados. É preciso sempre adequar um assunto numa estrutura
classificatória de um esquema já montado.
Ranganathan evidencia dois espaços de ação diferenciados: o espaço do
documento e o espaço do conhecimento. A teoria da classificação bibliográfica
passou por dois estágios de evolução: o primeiro estágio é o da teoria descritiva e o
segundo, o da teoria dinâmica. A teoria subjacente à elaboração dos primeiros
esquemas denomina-se descritiva, pois descreve o estado atual do conhecimento e
não tem mecanismos que permitam atender às mudanças advindas das diversas
áreas do conhecimento.2
Assim, se o uso da Teoria Descritiva permite representar o conhecimento
registrado de um dado momento histórico, a Teoria Dinâmica por sua vez vai
interagir com esta realidade já que possui princípios que norteiam a elaboração de
esquemas flexíveis. Assim, Ranganathan constrói um esquema que garante um
lugar para os assuntos que venham surgir. A teoria dinâmica de Ranganathan
permite constantes mudanças e principalmente, permite adequação a qualquer
período histórico por, como já dito, ser flexível.
Os esquemas produzidos durante a vigência da Teoria Descritiva foram
classificados por Ranganatha em Esquema de Classificação Enumerativa, Esquema
3
de Classificação Quase Enumerativa, Esquema de Classificação Facetada.
Pode-se dizer que a diferença básica entre os Esquemas Enumerativo, Quase
Enumerativo e Quase Facetado, que tomam por base a Teoria Descritiva, é que nos
Esquemas Enumerativos existe uma única tabela que enumera assuntos básicos.
Esquemas Quase Enumerativos amplia-se ainda mais a tabela que enumera
assuntos básicos e compostos verificando ainda, a criação de tabelas de
isolamentos comuns e nos esquemas Quase Facetados estão presentes todos os

2
CAMPOS, M. L. De A. Linguagem Documentária: teorias que fundamentam sua elaboração.
Niterói: EdUFF, 2001; pp. 30-31.
3
CAMPOS, M. L. Op. Cit; pp. 32-33.
4
elementos do Esquema anterior, acrescidos de tabelas de isolados especiais e de
4
alguma orientação para a elaboração da notação, que é menos monolítica.
Segundo Ranganathan, o homem deposita na memória perceptos impressões
produzidas por qualquer entidade através de um sentido primário simples. Quando a
impressão é depositada na memória, como resultado da associação de dois ou mais
perceptos puros. Temos assim, uma associação e os conceitos se formam e o
conceito é tênue. Ranganathan acredita que Idéia é um produto do pensamento da
reflexão, da imaginação que passou pelo intelecto, integrado com a ajuda da Lógica
uma seleção de conjuntos de apercepção e/ou diretamente apreendida pela intuição
e depositada na memória.
Já conhecimento pode ser considerado para Ranganathan como sinônimo de
Universo de Idéias. E Universo do Conhecimento ele o considera como a soma total,
no momento, do conhecimento acumulado. Por isso, ele está sempre em
desenvolvimento contínuo.
Outro aspecto importante em Ranganathan é o princípio da hospitalidade que
foi considerado, inicialmente como a propriedade que um Esquema de Classificação
possui para receber novos assuntos. Ranganathan, no entanto introduz um novo
aspecto para o conceito de Hospitalidade. Ranganathan introduz diversos
mecanismos para que o esquema de classificação acompanhe a dinâmica do
conhecimento. São eles: ampliação da base notacional, a ampliação de renques, a
organização da estrutura classificatória em categorias fundamentais PMEST
(personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo) e por último a adoção do
método analítico-sintético. Na teoria da Classificação Facetada, as unidades
classificatórias são o assunto básico e a idéia isolada. Na teoria de Ranganathan os
elementos estão interligados. Definir assunto básico e idéia isolada torna-se difícil,
porque um conceito é dependente de outro, ou seja, não é possível definir um sem
definir o outro e vice-versa. Nos assuntos dos documentos, alguns são formados por
um ou mais assuntos básicos, enquanto outros são formados pela combinação de
assunto básico e isolados.5

REFERÊNCIAS
4
Ibdem; pp. 34-35.
5
CAMPOS, M. L. De A. Linguagem Documentária: teorias que fundamentam sua elaboração.
Niterói: EdUFF, 2001; pp. 35-36
5
A ANCIB - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em
Ciência da Informação http://www.ancib.org.br/
CAMPOS, M. L. De A. Linguagem Documentária: teorias que fundamentam
sua elaboração. Niterói: EdUFF, 2001.

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