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SCHELLENBERG, Theodore R. Documentos públicos e privados: arranjo e descrição.

2 ed. Rio de Janeiro: FVG, 1974.pp. 21-30.

Paralelo entre biblioteca e arquivo

O autor do texto Paralelo entre biblioteca e arquivo busca na sua essência trazer
clareza das diferenças nas relações em tratar o material de biblioteconomia e de arquivo. Para
isso, inicia a sua obra citando sobre as diferenças especificamente do acervo.
O arquivo é caracterizado pelo autor como sido produzido ou acumulados em conexão
direta como as atividades funcionais de um órgão do governo ou qualquer entidade. Já a
biblioteca, o autor caracteriza como propósito para fins culturais e são peças avulsas
independentes da sua forma física. O material impresso é exemplo disso (com exceção do
impresso oficial).
Há uma duplicidade de interesse nos áudios visuais e cartográficos, tanto por parte dos
bibliotecários quanto para os arquivistas. E não diferente para os manuscritos, há interesse
também de arquivistas e bibliotecários, entretanto, sendo distinguido por seu valor.
Por outro lado, os documentos escritos criados em conseqüência de uma atividade
organizada, podem ser considerados como arquivo. Os arquivos são órgãos receptores, ao
passo que as bibliotecas são colecionadoras. Em minha opinião, temos aqui citado o ponto
essencial de diferenciação entre bibliotecas e arquivos. Um arquivo não coleciona material.
As bibliotecas às vezes possuem arquivos sob sua custódia quando não há por parte da
entidade, (seja ela pública ou privada), possibilidade de ter um arquivo.
Num segundo momento o autor aborda as diferenças de técnicas entre arquivísticas e
bibliotecários. Assim, no caso de peças avulsas é defendido que sejam tratados com métodos
biblioteconômicos no seu arranjo e na sua descrição. Ainda sobre técnicas, mas para os
arquivistas, a avaliação e seleção são julgadas (em relação da peça avaliada) a inteira relação
da documentação resultante da atividade que produziu, a seleção dos documentos é feita em
relação à função da organização e não do assunto. E seu julgamento são finais e irrevogáveis.
No caso do bibliotecário, a avaliação é feita como peça isolada, tendo em vista a bibliografia
do assunto e as necessidades imediatas da pesquisa.
A partir da necessidade de classificação o autor comenta que surgiu o princípio de
proeminência pelo qual os documentos são agrupados por sua origem e necessita
conhecimento da organização e funcionamento da entidade administrativa.
O autor segue o trabalho explicando a conotação do termo “catalogação” utilizada por
bibliotecários e arquivistas. No caso do bibliotecário a catalogação diz respeito a peças
individuais e geralmente classificado pelo título e pelo autor. Já no caso dos arquivos a
catalogação é feita como unidades do agregado de peças tais com grupo ou séries. Os temos
também são diferentes, assim o material recebido pelo bibliotecário chama-se aquisições e
para o arquivista o termo que deve ser utilizado é acolhimento.
Tanto na elaboração de trabalhos quanto na pesquisa para publicidade de entidades, os
bibliotecários e os arquivistas se assemelham nesse procedimento. Em último lugar, o autor
chama a atenção para o perigo dos arquivistas que possuem também a formação de
bibliotecário e ao mesmo tempo, citando a importância de se saber princípios básicos de
biblioteconomia.

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