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Os textos desta coletânea de artigos são de responsabilidade dos(as) respectivos(as) autores(as) não
refletem necessariamente a linha programática e ideológica dos organizadores.

LEITURAS SOBRE HISTÓRIA CONECTADA: Culturas e Poderes


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Lyndon de Araújo Santos


Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus
(Organizadores)

LEITURAS SOBRE HISTÓRIA CONECTADA:


Culturas e Poderes

São Luís

2023

LEITURAS SOBRE HISTÓRIA CONECTADA: Culturas e Poderes


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Copyright © 2023 by EDUFMA

Capa A n t o n i o W e n d e l C a i r e s d e A l m e i d a

Projeto Gráfico Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus

Revisão Lyndon de Araújo Santos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Leitura sobre história conectada: cultura e poderes / Lyndon de Araújo Santos, Yuri Givago
Alhadef Sampaio Mateus (organizadores). — São Luís, EDUFMA, 2023.

302 p.:il.
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN: 978-65-5363-192-2

1. História – miscelânea. 2. História cultural. 3. História e crítica. I. Santos, Lyndon de


Araújo. II. Mateus, Yuri Givago Alhadef Sampaio.

CDU 930.85
CDD 902

Elaborada pela bibliotecária Erlane Maria de Sousa Alcântara – CRB 13/512

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SUMÁRIO

PREFÁCIO...................................................................................................8
Victor de O. P. Coelho

APRESENTAÇÃO...................................................................................11
Lyndon de Araújo Santos
Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus

PRÓLOGO................................................................................................15
Soraia Sales Dornelles

HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA SOB UM OLHAR


INTERDISCIPINAR: interfaces para a História Global.....................17
Dayse Marinho Martins

A VIOLÊNCIA CONTRA O FEMININO EM A DEMANDA DO


SANTO GRAAL: uma Análise da Condição de Vulnerabilidade
Feminina Medieval.....................................................................................34
Claudienne da Cruz Ferreira

A CANÇÃO DE ROLANDO, A MEMÓRIA NA CONSTRUÇÃO


E NA INTENÇÃO DE SUA AUTORIA.............................................48
Elisângela Coelho Morais

“NOS QUI CUM EO FUIMUS”: Representação e Memória do


Milagre dos Estigmas de Francisco de Assis nas Hagiografias
Franciscanas “Não Oficiais” (Séculos XIII e XIV)................................76
Alex Silva Costa

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ANÁLISE CRÍTICA DO


DISCURSO COLONIAL........................................................................93
Nivaldo Germano dos Santos

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APORTES TEÓRICOS E METODOLÓGICOS PARA PENSAR A


ECONOMIA DO MARANHÃO NA SEGUNDA METADE DOS
SETECENTOS........................................................................................111
Adriana Dourado Oliveira

“NÃO TEM LUGAR DEFERIR-SE A INTRODUÇÃO DA


MOEDA NESSE ESTADO”: perspectivas sobre as dinâmicas
comerciais no Maranhão (1706-1750)....................................................127
Ana Paula Durans Lopes

REVOLTAS POPULARES À LUZ DA HISTÓRIA GLOBAL:


reflexões teórico-metodológicas acerca do Maranhão Imperial.........142
Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus

CADEIAS, CRIMES E CRIMINOSOS: A Reforma Prisional no


Maranhão do Século XIX........................................................................169
Marcos Melo de Lima

UM OLHAR SOBRE A SÃO LUÍS OITOCENTISTA A PARTIR


DA OBRA “A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOS” DE NORBERT
ELIAS........................................................................................................186
Tayná Silva Cuba

A IMPRENSA LUDOVICENSE NO PÓS-ABOLIÇÃO: Análise das


Representações Contidas em Jornais Ludovicenses acerca da Última
Geração de Libertos (1888-1908)...........................................................201
Carlos André Colins dos Santos

COLONIALISMO PORTUGUÊS E CRISTIANISMO EM


MOÇAMBIQUE ENTRE OS SÉCULOS XIX-XX: aproximações
teóricas acerca do processo de assimilação............................................215
Claudia Silva Lima

O IMIGRANTE JAPONÊS NO MARANHÃO: A Ambiguidade da


Experiência Imigratória Nipônica em 1960..........................................233
Hemelita da Silva e Silva

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A EXPANSÃO CAPITALISTA NA AREA RURAL DE SÃO LUÍS


A PARTIR DA DECADA DE 1980: as relações entre a comunidade
do Maracanã e o DISAL..........................................................................248
Marcelo de Sousa Araújo

HISTÓRIA DA BELEZA FEMININA NOS ANOS


DOURADOS...........................................................................................267
Mariane de Sales Silva

SOBRE @S AUTOR@S........................................................................285

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A Canção de Rolando, a memória na construção e na


intenção de sua autoria

Elisângela Coelho Morais

1 Introdução

A memória, e sua representação possuem


intencionalidades, e a obra Chanson de Roland demonstra tal
princípio, em suas diversas versões, que se modificam
adaptando-se de acordo com as demandas do período em que
estas vem à tona. Isso demonstra interesses na preservação de
elementos sociais que vão além da importância de seu
autor/copista1 , e sim de quem ela representa, no caso da
Chanson, a nobreza francesa do século XII.
Falando especificamente na versão considerada mais
completa, encontrada no Manuscrito de Oxford
(BÉDIER,1923, p. 303), onde percebemos as intensões da
sociedade, apesar de pouco sabermos sobre a identidade de sua
autoria2 (CHENU,1927, p. 83), presumida de ter sido escrita por
um cronista chamado Turoldus, que grafa seu nome no final do
poema, juntamente com a palavra declinet, (Ci falt la geste que
Turoldus declinet-ver.4003) que pode significar compor,
transcrever ou recitar, então se conclui que ele pode ser um
cronista, um copista ou um jogral (MICHARD & LAGARD,
1965, p. 05).
E a partir da nebulosidade acerca de seu autor e suas
intenções outras dúvidas surgem, entre elas foram formuladas,
entre elas, há aquela sobre as diversas versões e estruturas da

1 Cet exemple est l'occasion d'évoquer des caractères du texte mediéval pour nous déroutants: non seulement il est trés
souvent anonyme ou porte le nom d'un auteur-vrai ou faux- dont on ne sait rien, mais il n'est pas vraiment fixé.[...]Ces
phénomènes marquent essentiellement la littérature narrative[...]
2 Aqui empregando a definição de Marie Dominique Chenu, de autor(auctor) é o idealizador da obra

diferente de actor, que seria o copista, onde o primeiro “ va prendre une valeur spéciale en direction et en
dépendance de auctoritas, où se bloquent l'idée d'origine (atteler: qui prend l ' initiative d 'un acte) et l' idée d'autorité,
de dignité ; il prend ainsi la couleur juridique de tout le système de vocabulaire qui, dès l'antiquité,s'était développé
autour du concept d ' auctoritas (cf. Thesaurus linguae latinae, ad verb . : Auctor, Auctoritas) . Un Auctor, désormais
c'est celui qui, grâce à une reconnaissance officielle, civile, scolaire, ecclésiastique, voit son avis, sa pensée, sa doctrine
authentiqués, au point qu' ils doivent être accueillis avec respect et acceptés avec docilité”

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OLIVEIRA, Terezinha. Por que retomar François Guizot. Acta


Scientiarum, Maringá, v. 20, n. 1, 1998.
ORLANDI, Eni. Puccinelli. Análise do discurso, princípios e
procedimentos. Campinas, SP: Pontes, 6a edição, 2005.
PARIS, Gaston. Historie Poétique de Charle Magne, tese de
doutorado apresentada na Universidade de Sorbonne em
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PERNOUD, Régine. Luz sobre a Idade Média. Portugal:
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PREVITÉ-ORTON, C.W. História da Idade Média IV. São
Paulo: Martins Fontes.1978.
SOT, Michel; BOUDET, Jean Patrice; GUERREAU-
JALAMBERT,Anita; .Le Moyen Âge. In: RIOUX, Jean-Pierre et
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SPINA, Segismundo. A Cultura literária medieval: uma
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