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INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE

CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA


1

DISCIPLINA DE ELETROMAGNETISMO

UNIDADE 02 – ELETROMAGNETISMO
(CONTINUAÇÃO)

PROFESSOR WAGNER ISHIZAKA PENNY


wagnerpenny@ifsul.edu.br

2021
2.4 RELAÇÕES ENTRE CORRENTE ELÉTRICA E
2
CAMPO INDUTOR
 As relações entre corrente elétrica (I) e intensidade de campo
magnético (H) dependem da geometria do condutor e são expressas
pela Lei de Biot-Savart e/ou pela Lei de Ampère
 Será estudada apenas a Lei de Ampère, pois é mais facilmente
aplicável a problemas práticos. Sua dedução é muito difícil, portanto
será apenas enunciada e aplicada a exemplos clássicos
2.4 RELAÇÕES ENTRE CORRENTE ELÉTRICA E
3
CAMPO INDUTOR
 LEI DE AMPÈRE (SIMPLIFICADA): Dividindo-se uma linha de força
magnética em trechos, tem-se que o somatório dos produtos da
intensidade do campo magnético (H) pelo comprimento de cada
trecho (∆L) é igual à corrente envolvida pela mesma.
2.4 RELAÇÕES ENTRE CORRENTE ELÉTRICA E
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CAMPO INDUTOR
 LEI DE AMPÈRE (SIMPLIFICADA): Dividindo-se uma linha de força
magnética em trechos, tem-se que o somatório dos produtos da intensidade
do campo magnético (H) pelo comprimento de cada trecho (∆L) é igual à
corrente envolvida pela mesma.
Exemplo:

 Para a correta aplicação da Lei de Ampère a trajetória da linha de força


deve ser bem conhecida, o valor da intensidade de campo magnético deve
ser constante em toda a trajetória e todas as unidades devem estar no SI.
2.4.1 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO DE
5
UM FIO RETILÍNEO INFINITO OU MUITO LONGO
 Linhas de força são circulares e concêntricas com o condutor
 O sentido de H e B é tangente às linhas de força, de acordo com a
regra da mão direita
 A intensidade de campo indutor é constante em módulo em todos os
pontos de uma dada trajetória
 O valor da intensidade do campo indutor pode ser obtida pela Lei de
Biot-Savart ou pela Lei de Ampère
2.4.1 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO DE
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UM FIO RETILÍNEO INFINITO OU MUITO LONGO

𝐼 Onde “I” é a corrente elétrica (A) e “r” é a distância (metro) do


𝐻=
2.𝜋.𝑟 condutor até o ponto em que se deseja determinar a intensidade de
campo magnético “H”(Ae/m)  Vejam que 2π.r é o comprimento da
𝐵 = 𝜇. 𝐻 linha de força
2.4.1 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO DE
7
UM FIO RETILÍNEO INFINITO OU MUITO LONGO
Exemplo 2.5: Calcular a intensidade de campo magnético e a indução,
no ar, a uma distância de 12 mm do centro de um fio retilíneo com uma
corrente de 500 A.
2.4.1 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO DE
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UM FIO RETILÍNEO INFINITO OU MUITO LONGO
Exemplo 2.5: Calcular a intensidade de campo magnético e a indução,
no ar, a uma distância de 12 mm do centro de um fio retilíneo com uma
corrente de 500 A.
𝐫 = 𝟏𝟐𝒎𝒎 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝒎

𝑰 𝟓𝟎𝟎
𝑯= = = 𝟔𝟔𝟑𝟒, 𝟖𝟐 𝑨𝒆/𝒎
𝟐.𝝅.𝒓 𝟐 ∙ 𝟑,𝟏𝟒 ∙𝟎,𝟎𝟏𝟐

𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯 = 𝟏 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎−𝟕 ∙ 𝟔𝟔𝟑𝟒, 𝟖𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟑 𝑻


2.4.2 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM SOLENOIDE
 Num solenoide de “N” espiras percorrido por corrente, escolhendo-se
uma linha de força qualquer, tem-se que a corrente total envolvida é
“N” vezes a corrente da bobina.
 Pode-se afirmar que as linhas de força são concentradas em todo o
seu interior, porém na parte externa, como há grande área para o
fluxo distribuir-se, tem-se pequena concentração das linhas de força.
 A intensidade de campo magnético no interior do solenoide é
considerada constante e infinitamente maior que no exterior do
solenoide  A intensidade de campo magnético no exterior do
solenoide é desprezada.
2.4.2 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
10
UM SOLENOIDE

𝑁∙𝐼 Onde H é a intensidade de campo magnético (Ae/m), N é o


𝐻=
𝐿 número de espiras (admensional – sem unidade), I é a corrente
elétrica (A) e L é comprimento do solenoide (m)  Vejam que L é o
𝐵 = 𝜇. 𝐻
comprimento da linha de força
2.4.2 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
11
UM SOLENOIDE
Exemplo 2.6: Calcular a indução e o fluxo dentro de um solenoide de
seção circular, com núcleo de ar, cujo comprimento é 10 cm, o diâmetro
interno é 2 cm, o número de espiras é 1000 e a corrente é 10 A.
2.4.2 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
12
UM SOLENOIDE
Exemplo 2.6: Calcular a indução e o fluxo dentro de um solenoide de
seção circular, com núcleo de ar, cujo comprimento é 10 cm, o diâmetro
interno é 2 cm, o número de espiras é 1000 e a corrente é 10 A.
𝐋 = 𝟏𝟎𝒄𝒎 = 𝟎, 𝟏 𝒎
Área da seção transversal do
𝑵∙𝑰 𝟏𝟎𝟎𝟎∙𝟏𝟎 solenoide para cálculo do
𝑯= = = 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎 𝑨𝒆/𝒎 fluxo magnético
𝑳 𝟎,𝟏

𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯 = 𝟏 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎−𝟕 ∙ 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝟔 𝑻

𝐑 = 𝟏 𝒄𝒎 = 𝟎, 𝟎𝟏 𝒎 𝑺 = 𝝅𝑹𝟐 = 𝟑, 𝟏𝟒 ∙ 𝟎, 𝟎𝟏 𝟐 = 𝟑, 𝟏𝟒 ∙ 𝟏𝟎−𝟒 𝒎²
∅ = 𝑩 ∙ 𝑺 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝟔 ∙ 𝟑, 𝟏𝟒 ∙ 𝟏𝟎−𝟒 = 𝟑, 𝟗𝟒 ∙ 𝟏𝟎−𝟓 𝑾𝒃
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM TOROIDE
 Uma bobina toroidal ou simplesmente um toroide é
um solenoide em forma de anel
 Numa bobina de forma toroidal as linhas de força
são circulares e encerradas dentro do núcleo.
 O valor do campo é constante em toda a extensão
das linhas de força e é mais ou menos constante em
toda a seção transversal.
 O sentido das linhas de força é dado pela regra da
mão direita para bobinas.
 Os toroides são capazes de proporcionar a maior
concentração das linhas de campo magnético no seu
núcleo, o qual é um caminho fechado para as linhas.
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
14
UM TOROIDE
 O núcleo pode ser fabricado em qualquer material,
desde ar até materiais ferromagnéticos.
 As seções transversais de um toroide podem ser
circulares, retangulares ou quadradas.
 Observe ao lado a geometria do toroide.
 Os raios do toroide são definidos como um raio
interno ri, um raio externo re e um raio médio rm.
 No equacionamento da intensidade de campo
magnético é considerado o raio médio pois fornece
o comprimento médio a ser magnetizado pela linha
de força, neste caso, o comprimento médio é o
perímetro da circunferência com raio rm.
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
15
UM TOROIDE
𝑟𝑖 + 𝑟𝑒
𝑟𝑚 =
2
𝑁.𝐼
𝐻=
2.𝜋.𝑟𝑚
𝐵 = 𝜇. 𝐻

Permeabilidade magnética do
Observação: O raio médio do toroide não deve
material que compõe o núcleo
ser confundido com o raio da seção transversal
do toroide
do núcleo, com o raio interno, com o raio
externo ou com o raio das espiras.
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
16
UM TOROIDE
Exemplo 2.7: Um toroide de seção transversal quadrada tem 2000
espiras e um núcleo de ferro com permeabilidade relativa µr = 1000. O
raio interno vale 10 cm e o raio externo vale 15 cm. Qual deve ser a
corrente para produzir uma indução de 1 T no ponto médio do núcleo?
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM TOROIDE
Exemplo 2.7: Um toroide de seção transversal quadrada tem 2000
espiras e um núcleo de ferro com permeabilidade relativa µr = 1000. O
raio interno vale 10 cm e o raio externo vale 15 cm. Qual deve ser a
corrente para produzir uma indução de 1 T no ponto médio do núcleo?
𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯
𝑩 𝟏
𝑯= = −𝟕
= 𝟕𝟗𝟔, 𝟏𝟖 𝑨𝒆/𝒎
𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM TOROIDE
Exemplo 2.7: Um toroide de seção transversal quadrada tem 2000
espiras e um núcleo de ferro com permeabilidade relativa µr = 1000. O
raio interno vale 10 cm e o raio externo vale 15 cm. Qual deve ser a
corrente para produzir uma indução de 1 T no ponto médio do núcleo?
𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯
𝑩 𝟏
𝑯= = −𝟕
= 𝟕𝟗𝟔, 𝟏𝟖 𝑨𝒆/𝒎
𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎

𝑟𝑖 + 𝑟𝑒 10 + 15
𝑟𝑚 = = = 12,5𝑐𝑚 = 0,125𝑚
2 2
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM TOROIDE
Exemplo 2.7: Um toroide de seção transversal quadrada tem 2000
espiras e um núcleo de ferro com permeabilidade relativa µr = 1000. O
raio interno vale 10 cm e o raio externo vale 15 cm. Qual deve ser a
corrente para produzir uma indução de 1 T no ponto médio do núcleo?
𝑁.𝐼
𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯 𝐻=
2.𝜋.𝑟𝑚
𝑩 𝟏
𝑯= = −𝟕
= 𝟕𝟗𝟔, 𝟏𝟖 𝑨𝒆/𝒎
𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎

𝑟𝑖 + 𝑟𝑒 10 + 15
𝑟𝑚 = = = 12,5𝑐𝑚 = 0,125𝑚
2 2
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM TOROIDE
Exemplo 2.7: Um toroide de seção transversal quadrada tem 2000
espiras e um núcleo de ferro com permeabilidade relativa µr = 1000. O
raio interno vale 10 cm e o raio externo vale 15 cm. Qual deve ser a
corrente para produzir uma indução de 1 T no ponto médio do núcleo?
𝑁.𝐼
𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯 𝐻=
2.𝜋.𝑟𝑚
𝑩 𝟏 𝐻.2.𝜋.𝑟𝑚
𝑯= = −𝟕
= 𝟕𝟗𝟔, 𝟏𝟖 𝑨𝒆/𝒎 𝐼=
𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎 𝑁

𝑟𝑖 + 𝑟𝑒 10 + 15
𝑟𝑚 = = = 12,5𝑐𝑚 = 0,125𝑚
2 2
2.4.3 INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO EM
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UM TOROIDE
Exemplo 2.7: Um toroide de seção transversal quadrada tem 2000
espiras e um núcleo de ferro com permeabilidade relativa µr = 1000. O
raio interno vale 10 cm e o raio externo vale 15 cm. Qual deve ser a
corrente para produzir uma indução de 1 T no ponto médio do núcleo?
𝑁.𝐼
𝑩 = 𝝁. 𝑯 = 𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 ∙ 𝑯 𝐻=
2.𝜋.𝑟𝑚
𝑩 𝟏 𝐻.2.𝜋.𝑟𝑚
𝑯= = −𝟕
= 𝟕𝟗𝟔, 𝟏𝟖 𝑨𝒆/𝒎 𝐼=
𝝁𝒓 ∙ 𝝁𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟎 𝑁
796,18∙2∙3,14∙0,125
𝑟𝑖 + 𝑟𝑒 10 + 15
𝐼=
2000
𝑟𝑚 = = = 12,5𝑐𝑚 = 0,125𝑚
2 2 𝐼 = 0,3125 𝐴
2.5 CURVAS DE MAGNETIZAÇÃO E DESMAGNETIZAÇÃO DOS
MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS
22

 Para cada tipo de material magnético existe


uma curva que relaciona a densidade de fluxo
(indução) com a intensidade de campo
magnético (curva BxH).
 A curva é obtida a partir de incrementos da
força magnetizante (intensidade de campo
magnético) e obtendo-se o resultado da indução.
 Existe um ponto no qual incrementos da
intensidade de campo magnético em nada
incrementam o valor da indução, neste ponto se
diz que ocorreu a SATURAÇÃO MAGNÉTICA do
material.
 A região do “joelho” da curva é o limite
aproximado entre a parte linear e o início da
saturação.
2.6 HISTERESE MAGNÉTICA
23

 Na apostila este conteúdo aparece no capítulo 2.6 da unidade 02,


mas será estudado por nós na unidade 06.
2.7 FIOS ESMALTADOS
24

 Os fios usados para confecção de bobinas de motores,


transformadores e outros equipamentos eletromagnéticos são feitos de
cobre ou alumínio e revestidos por esmalte isolante.
 Alguns condutores podem possuir, adicionalmente ao esmalte, uma
cobertura de papel Kraft, algodão ou fibra de vidro impregnada
com diferentes tipos de vernizes.
 Os materiais isolantes usados em dispositivos eletromagnéticos devem
ocupar pouco espaço e suportar temperaturas altas.
2.7 FIOS ESMALTADOS
25

 Os condutores podem ter seção transversal circular, quadrada ou


retangular. Para pequenas seções usam-se, geralmente, fios circulares.
 Os condutores esmaltados são acondicionados em carretéis com pesos que
vão desde frações de quilograma até mais de uma centena de
quilogramas. Ao contrário dos condutores para instalações elétricas, que
são vendidos por metro, os fios esmaltados são vendidos por quilograma.
 No Brasil a seção dos fios é especificada de duas formas:
 Escala AWG (American Wire Gauge) ou B&S (Brown and Sharpe);
 Escala milimétrica.

 Vide Tabela 2.3 (escala milimétrica) e Tabela 2.4 (escala AWG), da


apostila, para informações sobre diferentes tamanhos de cabo.
2.8 FORMAS DE MAGNETIZAÇÃO
26

 Para magnetizar uma peça deve-se submetê-la à ação de um campo


magnético externo, denominado genericamente de campo indutor.
 O ferro puro tem um uso limitado devido ao alto custo, assim, sempre
existe uma percentagem de Carbono junto com o ferro.
 A quantidade de Carbono afeta a retentividade do ferro. Quanto
maior a quantidade de Carbono presente no ferro, maior é a sua
retentividade (capacidade de reter o magnetismo)  Mas observe
que em contrapartida a adição de Carbono afeta propriedades
mecânicas do material, portanto o projeto deve priorizar o equilíbrio
conforme a aplicação
2.8 FORMAS DE MAGNETIZAÇÃO
27
2.8 FORMAS DE MAGNETIZAÇÃO
28

A) Método da bobina
 Para exemplificar este método, mostra-se na
figura ao lado uma chave de fenda que é
magnetizada pela ação da corrente que passa
pela bobina.
 O campo magnético criado pela bobina ordena
os ímãs elementares da chave de fenda que,
então, cria o seu próprio campo magnético,
denominado campo induzido.
 As ferramentas, tipo chave de fenda, tesoura e
alicate entre outras, são feitas de aço carbono
que tem alta retentividade, portanto, mesmo
depois de cessado o campo indutor a peça fica
magnetizada tornando-se um ímã permanente.
2.8 FORMAS DE MAGNETIZAÇÃO
29

A) Método da bobina
 Executando o mesmo método em uma peça de

ferro doce (que tem pouco carbono) observa-


se que quando o campo indutor cessa o
material fica praticamente desmagnetizado.
 Isto ocorre porque o ferro doce tem baixa
retentividade e presta-se para construção de
ímãs temporários
2.8 FORMAS DE MAGNETIZAÇÃO
30

B) Método do atrito
 Atritando-se um ímã permanente com uma peça
magnética também se consegue ordenar os ímãs
elementares e criar um campo induzido.
 As observações do item anterior quanto ao tipo de
ferro continuam válidas (o material precisa ter alta
retentividade para permanecer magnetizado).
 Quando todos os ímãs elementares ficam ordenados
de tal modo que mesmo aumentando o campo indutor
o campo induzido não aumenta, o material atinge a
saturação magnética. A saturação magnética existe
em qualquer material magnético qualquer que seja o
método de magnetização.
2.9 FORMAS DE DESMAGNETIZAÇÃO
31

 Pode ser obtida a desmagnetização de um material através de


vibração mecânica, com elevação de temperatura ou aplicação de
um campo magnético contrário.
 Tanto com vibração mecânica quanto com elevação de temperatura
acontece uma agitação interna que provoca o desalinhamento dos
domínios magnéticos (ímãs elementares).
 Existe uma temperatura para cada material na qual o mesmo perde
todas as suas propriedades magnéticas, devido às agitações térmicas
das moléculas. Esta temperatura é denominada PONTO DE CURIE.
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32

DISCIPLINA DE ELETROMAGNETISMO

OBRIGADO!

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