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EEL703 |TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA

1º Semestre de 2024
Parâmetros Elétricos
Comportamento Elétrico de uma LT
Depende de 2 fatores:
✓ Relação entre o comprimento físico e o comprimento de onda da linha;
✓ Dos parâmetros elétricos: Resistência, indutância, capacitância e condutância de
dispersão.
Resistência
Resistência Série
• Definição: responsável direta pela dissipação de potência ativa devido à passagem de corrente
elétrica pelo condutor.
• É a principal causa das perdas nas linhas de transmissão

Potência dissipada no condutor


R= [ /m]
I 2EF

- Influencia a eficiência e o desempenho técnico-econômico.


- Afetada pela frequência e temperatura
Resistência Série
• Resistência do Condutor sujeito à Corrente Contínua:
• depende apenas da sua forma e composição ( - resistividade) – natureza do material;
• dimensões:
• Têmpera do material (resfriamento brusco): aumenta a resistividade
• Têmpera mole (recozido) apresenta resistividade 2,5 a 3% menor que o material de têmpera dura (encruado)

• porém, a resistividade varia com a temperatura.


ρl
•  aumenta → RCC aumenta R CC = [ /m]
A
• Efeito do Encordoamento:
• Em cabos encordoados, o comprimento dos fios periféricos é maior que o comprimento do
cabo (devido ao encordoamento helicoidal) Isto provoca um acréscimo de  2% na
resistência cc.
Correção da Resistência devido à Temperatura
• Nos catálogos:
✓ aparece o valor de resistência CC ou CA para uma dada
temperatura.

• Comportamento da Resistência:
✓ Para os materiais condutores em condições normais de operação, a
variação da resistividade (e por consequência, da resistência) é
linear;
✓ Válido dentro dos limites operativos da linha, por exemplo até 90°C;
✓ Porém, isso não é valido para uma variação ampla de temperaturas.
Resistência do Condutor sujeito à Corrente Alternada
Em corrente alternada (CA), devido ao efeito
pelicular (skin), a corrente tende a concentrar-se
na superfície do condutor. Isto provoca um
acréscimo na resistência efetiva (proporcional à
frequência) observável a 60 Hz (em torno de 2 a
3%).
Resistência do Condutor sujeito à Corrente Alternada
Efeito Pelicular (skin)
• Quando uma corrente alternada flui ao longo de um condutor metálico cilíndrico, a densidade de
corrente no seu interior é menor junto ao seu eixo longitudinal e máxima junto à sua superfície.
• Isto porque, em corrente alternada, não existe apenas uma queda de tensão ôhmica, mas também
uma tensão induzida pelo fluxo magnético alternado.
• Esta tensão induzida será menor junto à superfície do condutor, já que o enlace de fluxo magnético
é menor na parte mais externa do condutor se comparada ao enlaçamento de fluxo magnético em
regiões do condutor mais próximo do seu eixo.
• Consequentemente a reatância indutiva é menor na periferia do condutor, ocasionando um fluxo
maior de corrente elétrica nesta região.
Resistência do Condutor sujeito à Corrente Alternada
Adicional

• Além do aumento aparente da resistência provocada pelo efeito pelicular, outros


efeitos podem causar variação na resistência, tais como correntes parasitas
(Foucault), particularmente em cabos CAA.
• Efeito corona – mais pronunciado para tensões a partir de 300kV
– Rompimento do dielétrico ao redor do condutor quando o gradiente do campo elétrico excede um valor
limite, como, por exemplo, 21kV/cm para condutores encordoados;
– Depende das condições do tempo:
• 2kW/km – tempo bom;
• 5kW/km – tempo chuvoso;
• 100kw/km – nevasca/neve
Exemplo:
Exemplo:
Indutância
Campos Eletromagnéticos – LT bifilar
O transporte de energia elétrica em LT´s é feito pelos campos elétricos e magnéticos (os condutores
são os guias).
Ideia Geral
Indutância
Premissas
• A corrente elétrica produz um campo magnético e um fluxo magnético a ele
associado, o qual:
• Varia diretamente com a magnitude da corrente;
• Varia com a geometria do condutor;
• Varia com o meio no qual está inserido.
Indutância
Indutância
Indutância de um condutor devido ao fluxo interno
Admitindo-se:
• Seção transversal de um condutor cilíndrico;
• Comprimento infinito e suficientemente distante de
quaisquer outros condutores e do solo, para não afetar o
campo magnético do condutor considerado.

Conseqüência:
• Uma corrente percorrendo este condutor produzirá linhas
de fluxo magnético que serão concêntricas ao condutor.
Indutância
Portanto:
• A indutância de um conjunto de condutores, caso das LTs, está vinculada ao fluxo
magnético total destes condutores;
• Esse fluxo magnético, por sua vez, pode ser dividido em um fluxo interno e em
um fluxo externo aos condutores.

Lt = Li + Le

Para qual:
Lt = indutância total [Henry];
Li = indutância interna [Henry];
Le = indutância externa [Henry].
Indutância
Premissas
• O campo magnético pode ser definido pelo uso da Lei de Ampére:

Aplicável a distribuições
‫=𝑙𝑑𝐵 ׯ‬B ‫𝜇 = 𝑙𝑑 ׯ‬0 𝑖𝑒𝑛𝑣 simétricas de corrente

Para qual:
B = densidade de fluxo magnético [Tesla];
dl = elemento de comprimento [m];
μ0 = permeabilidade do vácuo [4 πx10-7H/m];
Ienv = corrente total envolvida pela curva fechada (amperiana).
Indutância
Campo Magnético no interior de um fio longo retilíneo percorrido por corrente:
• O campo magnético H é constante;

• A densidade de corrente (𝑗=𝑖/𝐴) no interior do condutor não varia com o raio

• Efeito pelicular (“skineffect”) desprezado em 60Hz;

• Simetria da distribuição de corrente cilíndrica.

• Amperiana com raio 𝑟<𝑅 (raio do condutor)


Indutância
Campo Magnético no interior de um fio longo retilíneo percorrido por corrente:
Indutância
Campo Magnético no interior de um fio longo retilíneo percorrido por corrente:
Indutância
Campo Magnético no exterior de um fio longo retilíneo percorrido por corrente:
• O campo magnético H é constante;

• A densidade de corrente (𝑗=𝑖/𝐴) no interior do condutor não varia com o raio

• Efeito pelicular (“skineffect”) desprezado em 60Hz;

• Simetria da distribuição de corrente cilíndrica.

• Amperiana com raio 𝑟>𝑅 (raio do condutor)


Indutância
Campo Magnético no exterior de um fio longo retilíneo percorrido por corrente:
Indutância
Quantidade de campo magnético que
• Definição do fluxo magnético: atravessa uma determinada área.

∅ = ‫ = 𝑠𝑑𝐵 ׯ‬B ds cos

✓ Se 𝐵 for uniforme através de 𝑠 :

∅ = Bs = B s cos
Para qual:
B = densidade de fluxo magnético [Tesla];
ds = elemento de área [m2];
B = fluxo magnético [Weber];
 = Ângulo entre B e ds.
Indutância
• Determinação do fluxo magnético interno:
Indutância
• Determinação do fluxo magnético interno:
• Tomando o elemento tubular dx e o resultado de B obtido em (3), tem-se o
fluxo incremental por unidade de comprimento (÷𝑙):
0ix
d Bi = dx
2 R 2

• Porém, 𝑑∅𝐵 enlaça apenas uma parcela de i (𝑖env) e se torna um fluxo


concatenado incremental, proporcional a:

0ix3
d Bi = dx
2 R 4
Indutância
• Determinação do fluxo magnético interno:
• Integrando 𝑑∅𝐵 para [0 R]:

R
0ix 3
0i
 Bi =  dx =
0
2 R 4
8

Independe das dimensões do condutor


Indutância
• Por fim, a componente Li será:

 Bi 0 I 1 −7
Li = = =  10 [H/m]
I 8 2

Para qual:
Li = Indutância interna [Henry/m];
i = fluxo magnético interno [Weber];
μ0 = permeabilidade do vácuo [4 πx10-7H/m];
i = corrente [A]
Indutância
• Determinação do fluxo magnético externo:
Indutância
• Determinação do fluxo magnético externo:
Indutância
• Por fim, a componente Le será:
Indutância
• Para resolver a indefinição observada, o fluxo externo é determinado para uma
distância finita (𝑑>𝑅).
Indutância
A parcela da indutância externa é relacionada ao raio e a altura, unindo as parcelas:
1 2h −7  1
1 2h 
LP = Lint + Lext −7 −7
L1 = 10 + 2 10 ln L1 = 2 10 ln e + ln + ln  [H/m]
4

2 r1  r1 1

1−7 2h 
L1 = 2 10  + ln  [H/m]
4 r1 

 
−7 1 −7  1 
L1 = 2 10 ln − 1 + ln 2h  =2 10 ln ' + ln 2h  [H/m]
 r1e 4   r1 

2h
r1 = r2 = r L = 2 10−7 ln '
[H/m]
r

r’ corresponde ao raio equivalente do condutor ao se considerar a parte interna do fluxo.


Indutância
Observa-se que o cabo não possui altura constante, tem a forma de uma catenária.
Pode-se usar sem problemas uma altura média hm:

2 1
hm = ht − f = hv + f
3 3

Onde: ht a altura do cabo na torre, hv a altura do cabo no meio do vão e f a flecha.


Definição de Flecha
Distância entre o centro do vão e o ponto mais baixo do condutor, [m].

2
a p
f =
8T0

Assumindo que a curva descrita pelos condutores é uma parábola nivelada (aproximação razoável para a catenária).

Por exemplo: para cabos ACSR T0 é igual a 20% da a = vão [m];


carga de ruptura do condutor (NBR 5422: 1985). p = peso unitário do condutor [N/m];
T0 = Componente horizontal da força axial T [N].
Definição de Altura de Segurança
Altura do ponto mais baixo do condutor em relação ao solo [m].
• É função da tensão da linha e da natureza do terreno envolvido, no Brasil é definida pela
NBR5422/85 – PROJETO DE LINHAS AÉREAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA;
• Requisitos distintos para condição normal de operação e de emergência.

Calculada em relação ao solo da seguinte forma:


 Du 
D = a + 0, 01 − 50  , se U > 87 kV
 3 
D = a, se U  87 kV
a = distância básica [m];
DU = Distância em [m] numericamente igual a tensão máxima de operação U [kV];
U = Tensão máxima de operação da linha, valor eficaz fase-fase em kV;
D = Distância de segurança em [m].
Definição de Altura de Segurança
NBR5422/85 – valores de “a”

Natureza da região ou obstáculo atravessado pela linha ou que dela se aproxime Distância básica “a” (m)
Locais acessíveis apenas a pedestres 6,0
Locais onde circulam máquinas agrícolas 6,5
Rodovias, ruas e avenidas 8,0
Ferrovias não eletrificadas 9,0
Ferrovias eletrificadas ou com previsão de eletrificação 12,0
Catenária
Fatores que modificam o comprimento
Indutância
A indutância mútua entre dois condutores é essencialmente definida pelas distâncias e a
característica magnética do ar (as propriedades do condutor influenciam somente na indutância
interna):

0 Dij
Lij = ln
2 dij

Onde: sendo Dij a distância do condutor i a imagem


do condutor j, e dij a distância do condutor i para o
condutor j.
Indutância - Exemplo
Qual será a indutância própria de um fio ( 29,59 mm, composto essencialmente de alumínio, = 0 ),
a uma altura de 20 m:

 0 2h −7 2  20
Laa = ln Laa = 2 10 ln = 1, 6305 10−6 [H/m]
2 r' 0, 02959
 0, 7788
2

a indutância mútua entre dois fios, dispostos na horizontal a uma distância de 8 m, será:

0 Dab 40 2
+ 8 2
Lab = ln Lab = 2 10−7 ln = 1,98110−7 [H/m]
2 d ab 8
Indutância - Exemplo
Dois cabos de alumínio, com 1 cm de raio, 30 m de altura e separados a 10m, possuem uma impedância
mútua Zm. Calcule a variação percentual de Zm ao:
(a) aproximar os cabos para 5 m,
(b) abaixar os cabos para 10 m de altura.
A impedância mútua é proporcional às distâncias, real e imagem, e o raio não influencia no resultado:

Dij
Z m  ln Dij = 102 + 602 = 60,8m dij = 10m Z m  1,8055
dij

52 + 602 1−
2, 4884
= 37,8%
Na condição (a): Z m  ln = 2, 4884
5 1,8055

102 + 202 1−
0,8047
= 55, 4%
Na condição (b): Z m  ln = 0,8047
10 1,8055
Distância Média Geométrica e Raio Médio Geométrico
Chama-se DMG a distancia média geométrica, que neste caso será aplicado às distâncias entre
condutores.
Quando trata-se de condutores de uma mesma fase, ou feixe de condutores, também é chamado
de raio médio geométrico (RMG ou GMR), que neste caso irá representar um condutor equivalente
para aspectos de indutância e capacitância.
Para n condutores dispostos em posições genéricas, o RMG será igual a:

n n
RMG = n2  dij = n2 ( d11  d12 d1n )( d 21  d 22 d2n ) ( d n1  d n 2 d nn )
i =1 j =1

sendo dii o raio do condutor i, com a correção da impedância interna, r’ , e dij a distância entre os
condutores i e j.
Condutores Múltiplos
• Em LT´s de alta tensão é comum o emprego de um número variável (2,3,4...) de cabos por fase (Bundle =
agrupar).
• A finalidade é reduzir o gradiente de potencial em sua superfície sem ter que recorrer a cabos com
diâmetros excessivamente elevados e logicamente mais caros.
• Vale lembrar que o transporte de energia é feito pelo campo eletromagnético da linha, dessa forma o
bundle molda o campo eletromagnético de maneira a produzir um efeito que aumenta a capacidade de
transporte de energia.
Condutores Múltiplos
• O condutor múltiplo apresenta as seguintes características:
• Reduzem consideravelmente a indutância, pois o feixe apresenta um RMG bastante maior do
que seria possível obter com cabos individualmente, resultando numa boa melhora na
regulação da tensão da linha;
• Aumentam igualmente a capacitância das linhas, diminuindo a sua impedância característica,
aumentando a potência natural da LT.
• A redução da indutância faz igualmente aumentar os limites da estabilidade dinâmica e
transitória da LT.
Condutores Múltiplos
A distancia entre os sub-condutores “s” pode ser qualquer e, para cada caso, pode-se
determinar a distância mais conveniente.
Por motivos de padronização estabeleceram-se algumas distâncias.
No Brasil as LT´s empregam e em sua maioria espaçamentos de 18 polegadas ( 40 cm) e
configurações mais usuais são:
Condutores Múltiplos
Para feixes regulares, ou seja, condutores formados em polígonos de lado d, o RMG do
feixe será:

RMG2 = r d

RMG3 = 3 r d 2


RMG4 = 1, 09 r d43
Condutores Múltiplos
A equação para um feixe de N condutores, espaçados igualmente em uma circunferência
de raio R é definida por:


RMGN = r NRNN −1

Lembrando que o efeito pelicular, representado por r’, só é incorporado na


impedância. Logo teremos um RMG para o cálculo da impedância e um RMG para a
admitância. Por exemplo, para um feixe de 4 condutores, teremos:

RMGZ 4 = 1, 09 4 r d 3 RMGY 4 = 1, 09 4 rd 3
Matriz Característica
Definindo como M a matriz característica da geometria da linha, também chamada de
matriz de coeficiente de potenciais:

 2hi Dij
L= MZ M Zii = ln
ri
M Zij = ln
2 dij

A matriz impedância será:


Z = RI + j L = RI + j MZ
2
Matriz Característica
Na forma matricial:
 2ha Dab Dac 
 ln  ln ln 
 ra d ab d ac 
R 0 0 
    Dba 2hb Dbc 
Z =  0 R 0  + j ln ln ln 
2  dba rb dbc 
 0 0 R 
 Dca Dcb 2hc 
 ln ln ln 
 d ca d cb rc 

Sendo R a resistência de cada condutor, considerando iguais, e I a matriz identidade


(não há resistência mútua). Observar que, para feixes de condutores, dividir a
resistência individual pelo número de condutores e trocar ri por RMGi.
Exemplo
Seja a LT 500 kV, com feixes de condutores ( 29,59 mm cada condutor), raquete, flecha de 16m, feixe (quadrado de 45,7cm).
Desprezar o efeito dos cabos para-raios.
Calcular os parâmetros:  0.02959 
RMG4 = 1, 09 
4 0, 7788  0, 457 = 0,1985 m
3

 2 
A resistência do feixe (considerando temperatura de operação de 75C será 0,0733/4
= 0,018325 /km.

As alturas médias dos cabos são:


2
hb = 34 − 16 = 23,33 m
3
2
ha = hc = 28 − 16 = 17,33 m
3
Exemplo
2 17,33 5
M aa = ln = 5,16277 M aa = M cc
0,1985 23,33 17,33

2  23,33
M bb = ln = 5, 46002
0,1985

52 + ( 23,33 + 17,33)
2
40,96
M ab = ln = ln = 1, 65731
52 + ( 23,33 − 17,33) 7,81
2

23,33
( 2  5) + ( 2 17,33)
2 2
36, 07
M ac = ln = ln = 1, 28298
25 10

M ab = M bc
Exemplo
A matriz M será:
5,16277 1, 65731 1, 28298 
M = 1, 65731 5, 46002 1, 65731 
1, 28298 1, 65731 5,16277 

obtém-se a matriz indutância L multiplicando M por 0/2 e na sequência a


matriz Z multiplicando L por j e somando a matriz R, que é uma matriz
diagonal com as resistências dos feixes.

0
Z = R + j M
2
0, 018325 + j 0,38927 j 0,12496 j 0, 09673 
Z =  j 0,12496 0, 018325 + j 0, 41168 j 0,12496 

 j 0, 09673 j 0,12496 0, 018325 + j 0,38927 
Condutores com Retorno pelo Solo
• O emprego do solo como condutor de energia é relativamente comum.
• Em sistemas trifásicos é comum o aterramento do neutro dos equipamentos por
questão de economia no isolamento dos mesmos.
• Ocorrendo desequilíbrios o solo atua como condutor para conduzir as correntes
resultantes.
• Nessas condições o solo apresenta resistência e também acoplamento magnético
com os condutores metálicos, fenômenos possíveis de avaliação numérica.
Condutores com Retorno pelo Solo
• Admitamos que o condutor A, de raio ra, cilíndrico e retilíneo, esteja suspenso a uma
altura h(m) sobre o solo, sendo paralelo ao mesmo.
• Admitamos ainda que o solo seja ideal, isto é , um condutor perfeito e homogêneo.
• O solo constitui o retorno do circuito do condutor A.
Condutores com Retorno pelo Solo
• Uma vez que o percurso da corrente através do solo não pode ser estabelecido,
podemos admitir um condutor equivalente em seu lugar.
• Esse condutor, por hora considerado ideal, é paralelo ao condutor A, encontrando-se
a uma profundidade da superfície do solo igual à altura do condutor A sobre o
mesmo.
• Esse condutor recebe o nome de condutor-imagem.
Condutores com Retorno pelo Solo
Método Simplificado
O condutor equivalente situa-se a uma grande profundidade no solo,
calculável em função da frequência e da resistividade, designada de 𝐷𝑒 .

𝜌
𝐷𝑒 = 𝐷𝑖𝑗 = 2 ∙ ℎ𝑖 = 658,368 ∙ m
𝑓
Reatância Indutiva de Linhas Trifásicas
Pode-se representar os fluxos através da matriz seguinte:

𝛷𝐴 𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑐 𝐼𝐴


𝛷𝐵 = 𝐿𝑏𝑎 𝐿𝑏𝑏 𝐿𝑏𝑐 𝐼𝐵 𝑊𝑏/𝑘𝑚
𝛷𝐶 𝐿𝑐𝑎 𝐿𝑐𝑏 𝐿𝑐𝑐 𝐼𝐶

Os coeficientes de campo são:

𝐷𝑒
𝐿𝑖𝑖 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛
𝑅𝑀𝐺 𝐻
𝐷𝑒 𝑘𝑚
𝐿𝑖𝑗 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛
𝑑𝑖𝑗

Observe que estamos considerando a correção pelo solo e


também o RMG de cabos/bundles
Reatância Indutiva de Linhas Trifásicas
As reatâncias indutivas são obtidas pela multiplicação por =2f
As correntes Ia, Ib e Ic ao circularem pela linha provocam as quedas de tensão:

∆𝑈ሶ 𝑎 = 𝑗 𝐼𝑎 𝜔𝐿𝑎 = 𝑗𝐼𝑎 𝑋𝐿𝑎


∆𝑈ሶ 𝑏 = 𝑗 𝐼𝑏 𝜔𝐿𝑏 = 𝑗𝐼𝑏 𝑋𝐿𝑏
∆𝑈ሶ 𝑐 = 𝑗 𝐼𝑐 𝜔𝐿𝑐 = 𝑗 𝐼𝑐 𝑋𝐿𝑐

• Para que o sistema continue equilibrado as quedas de tensão devem ser iguais (módulo e ângulo), ou
seja, La=Lb=Lc.
• Para que isso seja possível os 3 coeficientes de campos próprios devem ser iguais entre si e os
coeficientes mútuos também devem ser iguais entre si.
Reatância Indutiva de Linhas Trifásicas
• A primeira condição (coeficientes de campos próprios) é facilmente cumprida
(admitindo condutor único de retorno à profundidade 𝐷𝑒 ).
• A segunda condição (coeficientes mútuos) só será cumprida se, além do condutor
único, os condutores de fase na linha forem dispostos segundo um vértice de
triângulo equilátero, pois é a única maneira que as distancias serão iguais 𝑑𝑎𝑏 =
𝑑𝑏𝑐 = 𝑑𝑐𝑎
• Entretanto, essa disposição é complicada em níveis de tensão elevados, pois aumenta
o custo de construção.
• A melhor solução é recorrer à transposição de fases (sempre em 3 segmentos L/3).
• Consegue-se, portanto, equilibrar a linha entre suas extremidades, porém em
qualquer ponto no meio da linha o desequilíbrio permanece.
Transposição de Fases

• Observa-se por exemplo que a corrente 𝐼𝑎 percorrerá o condutor em todas as três posições relativas às
estruturas.
• Isso representa uma alteração da geometria relativa em cada trecho.

𝐼𝐴ሶ
𝛷𝐴 1 𝐿𝑎𝑎 + 𝐿𝑏𝑏 + 𝐿𝑐𝑐 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐
𝛷𝐵 = ∙ 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐿𝑎𝑎 + 𝐿𝑏𝑏 + 𝐿𝑐𝑐 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐼𝐵ሶ
𝛷𝐶 3 𝐿 +𝐿 +𝐿 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐿𝑎𝑎 + 𝐿𝑏𝑏 + 𝐿𝑐𝑐
𝑎𝑏 𝑎𝑐 𝑏𝑐 𝐼𝐶ሶ
Transposição de Fases

𝐼𝐴ሶ
𝛷𝐴 1 𝐿𝑎𝑎 + 𝐿𝑏𝑏 + 𝐿𝑐𝑐 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐
𝛷𝐵 = ∙ 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐿𝑎𝑎 + 𝐿𝑏𝑏 + 𝐿𝑐𝑐 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐼𝐵ሶ
𝛷𝐶 3 𝐿 +𝐿 +𝐿 𝐿𝑎𝑏 +𝐿𝑎𝑐 +𝐿𝑏𝑐 𝐿𝑎𝑎 + 𝐿𝑏𝑏 + 𝐿𝑐𝑐
𝑎𝑏 𝑎𝑐 𝑏𝑐 𝐼𝐶ሶ

−4
𝐷𝑒
𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎 = 2 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 [𝐻/𝑘𝑚]
𝑅𝑀𝐺
𝐿 = 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 [𝐻/𝑘𝑚]
𝐷𝑒
𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 3 [H/km]
𝑑𝑎𝑏 ∙ 𝑑𝑏𝑐 ∙ 𝑑𝑐𝑎
Transposição de Fases
Transposição de Fases
𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑏
𝐷𝑒 𝐷𝑒
𝐿 = 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 [𝐻/𝑘𝑚] 𝐿𝑎𝑎 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 [𝐻/𝑘𝑚] 𝐿𝑎𝑏 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 3 [H/km]
𝑅𝑀𝐺 𝑑𝑎𝑏 ∙ 𝑑𝑏𝑐 ∙ 𝑑𝑐𝑎
𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎

3
Nos argumentos dos termos logarítmicos aparece o radical: 𝑑𝑎𝑏 ∙ 𝑑𝑏𝑐 ∙ 𝑑𝑐𝑎 = 𝐷𝑚

Que será designado por 𝐷𝑚 , ou seja, a “Distância Média Geométrica” entre fases, ou “DMG”.
As distâncias 𝑑𝑎𝑏 , 𝑑𝑏𝑐 , 𝑑𝑐𝑎 são medidas entre os eixos longitudinais dos respectivos condutores de
fase (no caso de condutores múltiplos, entre os centros dos círculos que contém os subcondutores).
Transposição de Fases
𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑏
𝐷𝑒 𝐷𝑒
𝐿 = 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎 𝐿𝑎𝑏 [𝐻/𝑘𝑚] 𝐿𝑎𝑎 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 [𝐻/𝑘𝑚] 𝐿𝑎𝑏 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 3 [H/km]
𝑅𝑀𝐺 𝑑𝑎𝑏 ∙ 𝑑𝑏𝑐 ∙ 𝑑𝑐𝑎
𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑎𝑎

𝐷𝑒 𝐷𝑒
𝐿𝑠 = 𝐿𝑎𝑎 − 𝐿𝑎𝑏 𝐿𝑠 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 −4
− 2 ∙ 10 ∙ 𝑙𝑛 [𝐻/𝑘𝑚]
𝑅𝑀𝐺 𝐷𝑀𝐺

𝐷𝑀𝐺
𝐿𝑠 = 2 ∙ 10−4 ∙ 𝑙𝑛 [𝐻/𝑘𝑚]
𝑅𝑀𝐺
dbc
Exemplo:
Dados:
RMG do cabo: 0,010962m
 (resistividade do solo) = 100/m
dAB = 2,53m, dAC = 2,23m, dBC = 3,37m c b

 100
De = 658,37 = 658,37 = 849,94m dac
dab
f 60

a
Calculando as indutâncias (próprias e mútuas):

De De
−4
Lii = 2 10 ln Lij = 2 10−4 ln
RMG dij
dbc
Exemplo:
Dados: De = 849,94m
RMG do cabo: 0,010962m
 (resistividade do solo) = 100/m
dAB = 2,53m, dAC = 2,23m, dBC = 3,37m c b
De De
Lii = 2 10−4 ln Lij = 2 10−4 ln
RMG dij dac
dab
849,94
Laa = Lbb = Lcc = 2 10−4 ln = 22,5110−4 [H/km]
0, 010962 a
849, 49
Lab = 2 10−4 ln = 11, 6338 10−4 [H/km]
2,53
849, 49
Lbc = 2 10−4 ln = 11, 0604 10−4 [H/km]
3,37
849, 49
Lca = 2 10−4 ln = 11,8863 10−4 [H/km]
2, 23
dbc
Exemplo:
Dados: De = 849,94m
RMG do cabo: 0,010962m
 (resistividade do solo) = 100/m
dAB = 2,53m, dAC = 2,23m, dBC = 3,37m c b
Laa = Lbb = Lcc = 22,5110−4 [H/km]
dac
Lab = 11, 6338 10−4 [H/km] Lbc = 11, 0604 10−4 [H/km] dab

Lca = 11,8863 10−4 [H/km]


a
Multiplicando as indutâncias por =2f:
X aa = X bb = X cc = 0,8488 [ / km] X ab = 0, 4385 [ / km]
X bc = 0, 4169 [ / km]
X ca = 0, 4481 [ / km]
dbc
Exemplo:
X aa = X bb = X cc = 0,8488 []
X ab = 0, 4385 [ / km] X bc = 0, 4169 [ / km] X ca = 0, 4481 [ / km]
c b
a) Matriz de reatância indutiva (LT sem transposição)
 0,8488 0, 4385 0, 4481 dac
dab
 X L  = 0, 4385 0,8488 0, 4169  [/km]
 0, 4481 0, 4169 0,8488  a
b) Matriz de reatância indutiva (LT com transposição)
 X aa X ab X ab   0,8488 0, 4345 0, 4345
  
 X L  =  X ab X aa X ab  = 0, 4345 0,8488 0, 4345 [ /km]
 
 X ab X ab X aa  0, 4345 0, 4345 0,8488 
dbc
Exemplo:
De De De
−4
L aa = 2 10 ln L ab = 2 10−4 ln = 2 10−4 ln
RMG 3 d ab  dbc  d ac DMG
c b
c) Matriz de Serviço (ou de Sequência Positiva)

 De De  dac
LS = 2 10−4 ln − ln LS =  Lprópria − Lmútua  dab
 RMG DMG 
a
DMG = d ab  dbc  d ac = 2,53  3,37  2, 23 = 2, 67
3 3

DMG 2, 67
X LS = 2 10−4  2 f ln = 2 10−4  2  60  ln = 0, 4143 [ /km]
RMG 0, 010962
Efeitos dos Cabos Para-raios
∆𝑈𝑎 𝑥𝑎𝑎 𝑥𝑎𝑏 𝑥𝑎𝑐 𝑥𝑎𝑟 𝐼𝑎ሶ
Considerando 1 cabo para-raios multi aterrado:
∆𝑈𝑏 𝑥𝑎𝑏 𝑥𝑏𝑏 𝑥𝑏𝑐 𝑥𝑏𝑟 𝐼𝑏ሶ
= 𝑥 𝑥𝑏𝑐 𝑥𝑐𝑐 𝑥𝑐𝑟 V/𝑘𝑚
∆𝑈𝑐 𝑎𝑐 𝐼𝑐ሶ
∆𝑈𝑟 𝑥𝑎𝑟 𝑥𝑏𝑟 𝑥𝑐𝑟 𝑥𝑟𝑟 𝐼𝑟ሶ

A última linha e coluna representam a reatância mútua do para-raios com os condutores (fases).
Como os para-raios são aterrados, ∆𝑈𝑟 = 0.

0 = 𝑥𝑎𝑟 ∙ 𝐼𝑎ሶ + 𝑥𝑏𝑟 ∙ 𝐼𝑏ሶ + 𝑥𝑐𝑟 ∙ 𝐼𝑐ሶ + 𝑥𝑟𝑟 ∙ 𝐼𝑟ሶ = ∆𝑈𝑟

𝑥𝑎𝑟 ∙ 𝐼𝑎ሶ + 𝑥𝑏𝑟 ∙ 𝐼𝑏ሶ + 𝑥𝑐𝑟 ∙ 𝐼𝑐ሶ


𝐼𝑟ሶ = −
𝑥𝑟𝑟

𝐼𝑟ሶ é a corrente de circulação nos para-raios.


Efeitos dos Cabos Para-raios
A corrente Ir produz fluxo que enlaça o próprio cabo para-raio e os condutores, influenciando o campo
dos mesmos e alterando sua reatância indutiva.

𝑥𝑎𝑟 ∙ 𝐼𝑎ሶ + 𝑥𝑏𝑟 ∙ 𝐼𝑏ሶ + 𝑥𝑐𝑟 ∙ 𝐼𝑐ሶ V


∆𝑈𝑎 = 𝑥𝑎𝑎 ∙ 𝐼𝑎ሶ + 𝑥𝑎𝑏 ∙ 𝐼𝑏ሶ + 𝑥𝑎𝑐 ∙ 𝐼𝑐ሶ − 𝑥𝑎𝑟 ∙ [ ]
𝑥𝑟𝑟 km

𝑥𝑎𝑟 2 𝑥𝑎𝑟 ∙ 𝑥𝑏𝑟 𝑥𝑎𝑟 ∙ 𝑥𝑐𝑟 V


∆𝑈𝑎 = 𝑥𝑎𝑎 − 𝐼𝑎ሶ + 𝑥𝑎𝑏 − 𝐼𝑏ሶ + 𝑥𝑎𝑐 − 𝐼𝑐ሶ [ ]
𝑥𝑟𝑟 𝑥𝑟𝑟 𝑥𝑟𝑟 km

Desenvolvendo para as outras fases:


Efeitos dos Cabos Para-raios
  xar2   xar xbr   xar xcr  
  xaa −   xab −   xac − 
  xrr   xrr   xrr  
 U a    Ia 
 U  =   x − xar xbr   xbr   xbr xcr    
2

      x −   x −   I [V/km]

b ba bb bc b

 U c    rr   rr   rr 
x x x
  I c 
  xar xcr   xbr xcr   xcr  
2

  xca − x   xcb − x   xcc −  


 rr   rr   xrr  
Dados:

Exemplo: RMG do cabo: 0,00701m


RMG do PR: 30,351x10-12m
 (resistividade do solo) = 1000/m
dAB = dBC = 2,94m, dAC = 1,80m
Calculando as reatâncias: dAR = 3,04m, dBR = 3,86m, dCR = 4,71m
HA = 10,30m, HB = 9,40m, HC = 8,50m
fc = 1,5m (condutores), fc = 1,2m (pararaios)
De De
X Lii = 2 10−4    ln X Lij = 2 10−4    ln r
RMG dij

1000
De = 658,37 = 2687, 78 m dbr hr

60 a

X Laa = 0,96939 [ /km] X Lab = 0,51407 [ /km] X Lar = 0,51137 [ /km]


dab
b
dac
dbc
X Lbb = 0,96939 [ /km] X Lac = 0,55106 [ /km] X Lbr = 0, 49354 [ /km]
c ha
X Lcc = 0,96939 [ /km] X Lbc = 0,51407 [ /km] X Lcr = 0, 47854 [ /km] hb
hc
Exemplo:
XLF  xar2 xar xbr xar xcr 
 
 xrr xrr xrr 
 X aa X ab X ac X ar  x x
X  xbr2 xbr xcr  r
X bb X bc X br   X LCorr  =  ar br  [ /km]
 X L  =  X ba X cr 
[ /km]  xrr
x x
xrr xrr 
ca X cb X cc xbr xcr xcr2 
   ar cr  dbr hr
 X ra X rb X rc X rr   xrr xrr xrr  a

 0,96939 0,51407 0,55106 0,51137  dab

0,51407 0,96939 0,51407 0,49354 


b
dac

 X L  =  [ /km] dbc

0,55106 0,51407 0,96939 0, 47845 


   X LCorrigido  =  X L  -  X Corr [ /km]
c ha
 0,51137 0,49354 0, 47845 2, 42140  hb
hc
 0,96939 − 0,10790 0,51407 − 0,10420 0,55106 − 0,10106 
 X LCorrigido  = 0,51407 − 0,10420 0,96939 − 0,10059 0,51407 − 0, 09754  [ /km]
 
 0,55106 − 0,10106 0,51407 − 0, 09754 0,96939 − 0, 09457 
Exemplo:
a) Matriz de reatância indutiva (LT sem transposição)
 0,86149 0, 40987 0, 45000 
 X L  = 0, 40987 0,86880 0, 41653 [/km]
r

 0, 45000 0, 41653 0,87481


dbr hr
b) Matriz de reatância indutiva (LT com transposição) a

1
 X Mútua  = 0, 40987 + 0, 45000 + 0, 41653 =0,42547[/km]
dab
b
dac
3 dbc
1
 X Pr ópria  =  0,86149 + 0,86880 + 0,87481 =0,86836[ /km] c
3 ha
hb
 0,86836 0, 42547 0, 42547 
 X L  = 0, 42547 0,86836 0, 42547  [/km]
hc

0, 42547 0, 42547 0,86836 

 X Serviço  = 0,86836-0,42457=0,44379[ /km] Reatância de Sequência Positiva


Capacitância
Capacitância
Quantidade de carga que um capacitor consegue armazenar.

q
C = [F/m]
U

• Quando um capacitor está carregado, as placas contêm cargas de mesmo valor absoluto e sinais
opostos, +q e −q;
– Entretanto, por convenção, dizemos que a carga de um capacitor é q, o valor absoluto da carga de uma das placas.

• O valor de C depende da geometria das placas.


Capacitância
Premissas
• O campo elétrico consiste em uma distribuição de vetores na região em torno de um objeto
eletricamente carregado.
• Definido em um ponto nas proximidades de um objeto carregado;
• Uma carga de prova positiva q0, colocada no ponto P, experimenta uma força eletrostática.

𝐹Ԧ
𝐸= [N/C]
𝑞0

Para a qual: 𝐸 = campo elétrico [N/C];


𝐹 = Força eletrostática [N];
q0 = carga de prova [C]
Capacitância
Os condutores das LT´s apresentam diferenças de potencial entre si e também em relação ao solo,
indicando a presença de cargas elétricas.
Uma LT constitui um capacitor de vários eletrodos cilíndricos formados pelos condutores e pelo
plano do solo.

O campo elétrico consiste em uma distribuição


de vetores na região em torno de um objeto
eletricamente carregado.
Capacitância
As linhas de campo são desenhadas de tal forma que o número de linhas por unidade de
área, medido em um plano perpendicular às linhas, é proporcional ao módulo de 𝐸.
• Assim, 𝐸 tem valores elevados nas regiões em que as linhas de campo estão próximas e
valores pequenos nas regiões em que as linhas de campo estão afastadas.

Campo elétrico produzido por uma carga pontual

𝐹 = força eletrostática [N]


1 𝑞 × 𝑞0 𝐹Ԧ 1 𝑞 q = carga elétrica [C]
𝐹Ԧ = 2
𝑟Ƹ 𝐸= = 𝑟Ƹ q0 = carga de prova [C]
4𝜋𝜀0 𝑟 𝑞0 4𝜋𝜀0 𝑟 2 𝐸 = campo elétrico [N/C]
R = distância da carga pontual [m]
Lei de Coulomb 𝜖0 =constante de permissividade 8,85x10-12 [C2/N.m2].
Capacitância
Fluxo do campo elétrico
• Quantidade de linhas de campo elétrico que atravessam uma superfície fechada.
• Definido pela lei de Gauss

𝜀0 Φ = 𝑞𝑒𝑛𝑣 qenv=carga elétrica envolvida pela superfície gaussiana [C]


𝐸 = campo elétrico [N/C]
𝜀0 ර𝐸 ⋅ 𝑑 𝐴Ԧ = 𝑞𝑒𝑛𝑣
𝑑𝐴=elemento de área considerado [m2];

𝜀0 ර𝐸 cos Φ ⋅ 𝑑𝐴 = 𝑞𝑒𝑛𝑣 Φ=fluxo total do campo elétrico [N.m2/C]


𝜖0 =constante de permissividade 8,85x10-12 [C2/N.m2].

Válida apenas no ar ou vácuo, caso contrário, um fator k (presença de dielétrico) precisa ser
considerado.
Capacitância
Campo elétrico para um condutor carregado
Capacitância
Diferença de Potencial

Representa o trabalho para mover uma carga unitária (1C) entre dois pontos.

𝑊
𝑈1 − 𝑈2 = (1)
𝑞
𝑊 =𝐹⋅𝑥
𝐹Ԧ = 𝑞𝐸
𝐷2 𝐷2

𝑊𝐷1 −𝐷2 = න 𝐹Ԧ ⋅ 𝑑 𝑥Ԧ = න 𝑞𝐸 ⋅ 𝑑 𝑥Ԧ (2)


𝐷1 𝐷1
Capacitância
Diferença de Potencial

Substituindo (2) em (1):


𝐷2

𝑈12 = 𝑈1 − 𝑈2 = න 𝐸 ⋅ 𝑑𝑥
𝐷1
𝐷2
𝑞
𝑈12 = න ⋅ 𝑑𝑥
2𝜋𝑥𝜀0
𝐷1
𝑞 𝐷2
𝑈12 = ln 𝑉𝑜𝑙𝑡
2𝜋𝜀0 𝐷1
Capacitância
Diferença de Potencial Entre 2 Condutores

A diferença de potencial entre os dois condutores é obtida usando-se o princípio da superposição

Sejam dois condutores cilíndricos, retos, paralelos, de


comprimento infinito e raios ra e rb. A distância entre os eixos é D.
Inicialmente apenas o condutor a possui carga q [C/m]. D >>>>> r

q D 1 q D
U ab = a
2 0 
ra x
dx = a ln
2 0 ra

A carga foi retirada de a e apenas o condutor b possui carga q.


Seguindo o mesmo raciocínio anterior:

qb rb 1 qb rb
U ab =
2 0 
D x
dx = ln
2 0 D
Capacitância
Diferença de Potencial Entre 2 Condutores

A diferença de potencial devido a ação simultânea das cargas é:


qa D q r
U ab = ln + b ln b
2 0 ra 2 0 D

Sendo qa = qb = q, têm-se:

q D q rb
U ab = ln + ln
2 0 ra 2 0 D

q  D rb  q D2
U ab = ln + ln  = ln
2 0  ra D  2 0 ra rb

Considerando ra = rb = r, têm-se: q D
U ab = ln
 0 r
Capacitância
Capacitância para uma linha monofásica a dois fios

q q 
Cab = = = [F/m]
U ab  q  D ln D
  ln
   r r

Can = Cbn = 2Cab q 2


Can = = [F/m]
1 D
Vab ln
2 r
 2ha Dab Dac 
 ln  ln ln 

Capacitância  ra d ab d ac 
R 0 0 
  Dba D 
Z =  0 R 0  + j
2hb
ln ln ln bc 
2  dba rb dbc 
 0 0 R 
 Dca Dcb 2h 
 ln ln ln c 
 d ca d cb rc 
A capacitância da linha também será definida a partir de sua geometria.
Partindo do exemplo teórico de um cabo singelo polarizado com um potencial V em relação ao solo, este
cabo terá uma capacitância em função do seu raio e da sua altura:
q 2 0 2 0 2 0
q 2h C= = = C=
V= ln V ln 2h ln DMG DMG
2 0 r ln
r RMGC RMGC

generalizando para uma linha com n condutores, desenvolve-se um relação


geométrica descrita por uma matriz MY, similar a MZ:

C = 2 0 M Y −1
No qual 0 a permissividade do ar, igual a 8,85x10-12 F/m.

Aqui não há capacitância interna, logo não há correção do raio dos condutores, mas o termo referente à
mútua é rigorosamente igual.
Capacitância
2hi Dij
C = 2 0 M Y −1
M Yii = ln M Yij = ln
ri dij
Ao inverter-se a matriz MY, observa-se a formação de termos negativos fora da diagonal, devido ao
processo de polarização: uma carga de polaridade positiva em uma fase irá provocar cargas de
polaridade negativa nas outras fases.

A admitância é definida por: Y = G + jC


Desconsiderando a parcela de condutância, obtém-se a forma usual da admitância para linhas CA:

Y = jC
Capacitância
2hi Dij
C = 2 0 M Y −1
M Yii = ln M Yij = ln
ri dij
Ao inverter-se a matriz MY, observa-se a formação de termos negativos fora da diagonal, devido ao
processo de polarização: uma carga de polaridade positiva em uma fase irá provocar cargas de
polaridade negativa nas outras fases.

A admitância é definida por: Y = G + jC


Desconsiderando a parcela de condutância, obtém-se a forma usual da admitância para linhas CA:

Y = jC
Capacitância das LT´s – Pontos a Serem Considerados
• Existem acoplamentos capacitivos entre os condutores e as estruturas, principalmente quando estas
são metálicas e, devido ao seu aterramento, levam o potencial do solo para mais perto dos
condutores, aumentando as capacitâncias parciais entre estes e o solo;
• Os isoladores se comportam igualmente como capacitâncias entre os condutores e o solo,
influenciando igualmente o valor das capacitâncias parciais entre os condutores e o solo;
• Nas linhas onde são usados condutores múltiplos, os campos elétricos individuais de cada um dos
subcondutores se compõem para formar um campo único;
• O potencial da superfície do solo é idealizado como zero, ou seja, resistividade nula.

• Ver página 389 livro Fuchs


Reatância Capacitiva
• A reatância capacitiva (Xc) por fase da linha de transmissão corresponde à parte imaginária da
impedância complexa em derivação ou shunt (Zsh) da linha, e depende do valor da frequência (f) e
da capacitância (C), sendo calculada por:
1 1
XC= = (Ω𝑚)
𝜔𝐶 2𝜋𝑓𝐶

• O resultado da reatância acima pode ser utilizado em sua forma matricial, desde que C seja a matriz
de capacitância trifásica.
• Geralmente escrevemos o efeito capacitivo das linhas em termos de susceptância em derivação ou
shunt:
1
BSH= =𝜔𝐶 (𝑆𝑖𝑒𝑚𝑒𝑛𝑠/𝑚)
𝑋𝐶
Exemplo:
Seja a LT 500 kV, com feixes de condutores ( 29,59 mm cada condutor), raquete, flecha de 16m, feixe (quadrado de
45,7cm), Desprezar o efeito dos cabos para-raios, calcular os parâmetros:
As alturas médias dos cabos são:
2  0.02959 
hb = 34 − 16 = 23,33 m RMG4 = 1, 09 4   0, 457 = 0, 2113 m
3

3  2 
2
ha = hc = 28 − 16 = 17,33 m
3
2 17,33
M aa = ln = 5,10027 M aa = M cc
0, 2113
2  23,33
M bb = ln = 5,39752
0, 2113

52 + ( 23,33 + 17,33)
2

M ab = ln = 1, 65731 M ab = M bc
52 + ( 23,33 − 17,33)
2

( 2  5) + ( 2 17,33)
2 2

M ac = ln = 1, 28298
25
5,16277 1, 65731 1, 28298 

Exemplo: M Z = 1, 65731 5, 46002 1, 65731 


1, 28298 1, 65731 5,16277 
matriz de geometria - indutâncias

5,10027 1, 65731 1, 28298   0, 22417 −0, 05722 −0, 03779 


M Y = 1, 65731 5,39752 1, 65731  M Y −1 =  −0, 05722 0, 22041 −0, 05722 
1, 28298 1, 65731 5,10027   −0, 03779 −0, 05722 0, 22417 
matriz de geometria - capacitâncias

Obtendo-se a matriz de capacitância C, multiplicando por 20 e a admitância


multiplicando por j, tem-se:

 0, 0124652 −0, 0031821 −0, 0021016 


C = 2 0 M −1 C =  −0, 0031821 0, 0122563 −0, 0031821 [ F /km]
 −0, 0021016 −0, 0031821 0, 0124652 
Exemplo:
 0, 0124652 −0, 0031821 −0, 0021016 
C =  −0, 0031821 0, 0122563 −0, 0031821 [ F /km]
 −0, 0021016 −0, 0031821 0, 0124652 
matriz de capacitâncias

Y = jC

 j 4, 6994 − j1,1996 − j 0, 7923


Y =  − j1,1996 j 4, 6206 − j1,1996  [S/km]
 − j 0, 7923 − j1,1996 j 4, 6994 
matriz de admitâncias
Efeito da Transposição
Seja as matrizes Z(1), Z(2) e Z(3) referentes aos três trechos:

 Z aa Z ab Z ac   Z bb Z bc Z ba   Z cc Z ca Z cb 
Z (1) =  Z ba Z bb Z bc  Z ( 2) =  Z cb Z cc Z ca  Z ( 3) =  Z ac Z aa Z ab 
 Z ca Z cb Z cc   Z ab Z ac Z aa   Z bc Z ba Z bb 

Sendo uma transposição ideal (no caso de uma linha de circuito simples, dividida em três trechos de
mesmo comprimento), pode-se supor um desempenho equivalente da linha em uma matriz média:

 Z aa Z ab Z ac   Z bb Z bc Z ba   Z cc Z ca Z cb  
1 1      
Z =  Z (1) + Z ( 2) + Z (3)  Z =  Z ba Z bb Z bc  +  Z cb Z cc Z ca  +  Z ac Z aa Z ab  
3 
Z cc   Z ab Z aa   Z bc Z bb  
3
 Z ca Z cb Z ac Z ba
Efeito da Transposição
Seja as matrizes Z(1), Z(2) e Z(3) referentes aos três trechos:

1 1
Zp =  Z aa + Zbb + Z cc  Yp = Yaa + Ybb + Ycc 
3 3

1 1
Zm =  Z ab + Zbc + Z ca  Ym = Yab + Ybc + Yca 
3 3

Z p Zm Zm  Yp Ym Ym 
   
Z = Zm Zp Zm  Y = Ym Yp Ym 
Zm Zm Z p  Ym Ym Yp 
  
Efeito da Transposição
Yp Ym Ym   j 4, 6994 − j1,1996 − j 0, 7923
 
Y = Ym Yp Ym  Y =  − j1,1996 j 4, 6206 − j1,1996  [S/km]
Ym Ym Yp   − j 0, 7923 − j1,1996 j 4, 6994 
 

Parâmetros transpostos:
1 1
Yp = Yaa + Ybb + Ycc  Yp = j  4, 6994 + 4, 6206 + 4, 6994 = j 4, 6731
3 3
1 1
Ym = Yab + Ybc + Yca  Ym = − j 1,1996 + 0, 7923 + 1,1996 = − j1, 0638
3 3

 j 4, 6731 − j1, 0638 − j1, 0638


Y =  − j1, 0638 j 4, 6731 − j1, 0638 [S/km]
 − j1, 0638 − j1, 0638 j 4, 6731 
Representação em Componentes Simétricas
O método de componentes simétricas é utilizado em sistemas trifásicos equilibrados ou desequilibrados,
de forma a decompor o estudo em três circuitos monofásicos, no qual seus equivalentes Thévenin podem
ser combinados no estudo de regime permanente, faltas e defeitos em geral.

Para a transformação linear da matriz Z, dita em coordenadas de fase, para o sistema de coordenadas de
modo, ou componentes simétricas, utiliza-se a matriz A, definida por:

1 1 1
a = 1120º
A = 1 a 2 a 
1 a a 2  a 2 = 1 − 120º

Se as matrizes Z e Y corresponderem a uma linha de transmissão idealmente transposta, obtém-se as


matrizes Z012 e Y012 somente com termos na diagonal:
Representação em Componentes Simétricas

Z0 0 0   Z p + 2Z m 0 0 
 
Z 012 = A−1ZA =  0 Z1 0  =  0 Z p − Zm 0 
 0 0 Z 2   0 0 Z p − Z m 

Y0 0 0  Yp + 2Ym 0 0 


 
Y012 = A−1ZA =  0 Y1 0  =  0 Yp − Ym 0 
 0 0 Y2   0 0 Yp − Ym 

Para estudos de fluxo de potência em regime permanente, ou estudo de faltas simétricas, utiliza-se
somente os parâmetros de sequência positiva:

Z1 = Z p − Z m Y1 = Yp − Ym
Representação em Componentes Simétricas

Z0 0 0   Z p + 2Z m 0 0 
 
Z 012 = A−1ZA =  0 Z1 0  =  0 Z p − Zm 0 
 0 0 Z 2   0 0 Z p − Z m 

0, 018325 + j 0,39674 j 0,11555 j 0,11555 


Z =  j 0,11555 0, 018325 + j 0,39674 j 0,11555 

 j 0,11555 j 0,11555 0, 018325 + j 0,39674 

 Z0 0 0  0, 018325 + j 0, 62784 0 0 


Z 012 =  0 Z1 0  =  0 0, 018325 + j 0, 28119 0 

 0 0 Z 2   0 0 0, 018325 + j 0, 28119 
Representação em Componentes Simétricas

Y0 0 0  Yp + 2Ym 0 0 


 
Y012 = A−1ZA =  0 Y1 0  =  0 Yp − Ym 0 
 0 0 Y2   0 0 Yp − Ym 

 j 4, 6731 − j1, 0638 − j1, 0638


Y =  − j1, 0638 j 4, 6731 − j1, 0638 [S/km]
 − j1, 0638 − j1, 0638 j 4, 6731 

 j 2,5452 0 0 
Y012 =  0 j 5, 7370 0  [S/km]
 0 0 j 5, 7370 
Exemplo:
Dados:
RMG do cabo: 0,1985 m (bundle 4 cabos),  (resistividade do solo) = 100/m

100
De = 658,37 = 849,95  850 m d ac = 10, 0 m d ab = dbc = 7,81 m
60
b
De De
M ii = ln M ij = ln
a c RMG dij

850
M aa = M bb = M cc = ln = 8,3622
0,1985

850 850
M ab = M bc = ln = 4, 6898 M ac = ln = 4, 4426
7,81 10
Exemplo:
 8,3622 4, 6898 4, 4426 
A matriz M será: M =  4, 6898 8,3622 4, 6898 
 4, 4426 4, 6898 8,3622 

b obtém-se a matriz indutância L multiplicando M por 0/2.

1, 6724 0,9379 0,8885 


L = 0,9379 1, 6724 0,9379   mH km 
a c

 0,8885 0,9379 1, 6724 

obtém-se a matriz reatância indutiva XL multiplicando L por j.

0, 6305 0,3536 0,3349 


X L = 0,3536 0, 6305 0,3536    km 
0,3349 0,3536 0, 6305
Exemplo:
Matriz de reatância indutiva (LT sem transposição)

0, 6305 0,3536 0,3349 


b X L = 0,3536 0, 6305 0,3536    km 
0,3349 0,3536 0, 6305
a c
Matriz de reatância indutiva (LT com transposição)

0, 6305 0,3473 0,3473


X L =  0,3473 0, 6305 0,3473   km 
 0,3473 0,3473 0, 6305
Exemplo:
Obtém-se a matriz Z somando XL a matriz R, que é uma matriz diagonal com as resistências dos feixes.

0, 018325 + j 0, 6305 j 0,3473 j 0,3473 


Z =  j 0,3473 0, 018325 + j 0, 6305 j 0,3473 

 j 0,3473 j 0,3473 0, 018325 + j 0, 6305
b
Matriz de impedância de sequência

a c Z0 0 0   Z p + 2Z m 0 0 
 
Z 012 = A−1ZA =  0 Z1 0  =  0 Z p − Zm 0 
 0 0 Z 2   0 0 Z p − Z m 

 Z p + 2Z m 0 0  0, 01832 + j1,3252 0 0 


   
Z 012 = 0 Z p − Zm 0 = 0 0, 01832 + j 0, 2832 0 
 0 0 
Z p − Z m   0 0 0, 01832 + j 0, 2832 

Exemplo:
Dados:
RMGC do cabo: 0,2113 m (bundle 4 cabos),  (resistividade do solo) = 100/m

100
De = 658,37 = 849,95  850 m d ac = 10, 0 m d ab = dbc = 7,81 m
60
b
De De
M ii = ln M ij = ln
a c RMGC dij

850
M aa = M bb = M cc = ln = 8, 2997
0, 2113

850 850
M ab = M bc = ln = 4, 6898 M ac = ln = 4, 4426
7,81 10
Exemplo:
A matriz M será: 8, 2997 4, 6898 4, 4426 
M =  4, 6898 8, 2997 4, 6898 
 4, 4426 4, 6898 8, 2997 
b
 0,19681 −0, 07592 −0, 06244 
M −1 =  −0, 07592 0, 20629 −0, 07592 
a c
 −0, 06244 −0, 07592 0,19681 

Obtendo-se a matriz de capacitância C, multiplicando por 20 e a admitância


multiplicando por j, tem-se:
C = 2 0 M −1

 0, 0109441 −0, 0042219 −0, 0034724 


C =  −0, 0042219 0, 0122563 −0, 0042219  [ F /km]
 −0, 0034724 −0, 0042219 0, 0109441 
Exemplo:
Seja a LT 500 kV, com feixes de cabos Rail, raquete, flecha de 16m, feixe (quadrado de 45,7cm),
Desprezar o efeito dos cabos para-raios, calcular os parâmetros:

 0, 0109441 −0, 0042219 −0, 0034724 


C =  −0, 0042219 0, 0122563 −0, 0042219  [ F /km]
b

a c  −0, 0034724 −0, 0042219 0, 0109441 

Y = jC

 j 4,1258 − j1,5916 − j1,3091


Y =  − j1,5916 j 4,3244 − j1,5916  [S/km]
 − j1,3091 − j1,5916 j 4,1258 
Exemplo:
Yp Ym Ym   j 4,1258 − j1,5916 − j1,3091
 
Y = Ym Yp Ym  Y =  − j1,5916 j 4,3244 − j1,5916  [S/km]
Ym Ym Yp   − j1,3091 − j1,5916 j 4,1258 
 

Parâmetros transpostos

1 1
Yp = Yaa + Ybb + Ycc  Yp = j  4,1258 + 4,3244 + 4,1258 = j 4,1920
3 3
1 1
Ym = Yab + Ybc + Yca  Ym = − j 1,5916 + 1,3091 + 1,5916 = − j1, 4974
3 3

 j 4,1920 − j1, 4974 − j1, 4974 


Y =  − j1, 4974 j 4,1920 − j1, 4974  [S/km]
 − j1, 4974 − j1, 4974 j 4,1920 
Representação em Componentes Simétricas

Y0 0 0  Yp + 2Ym 0 0 


 
Y012 = A−1ZA =  0 Y1 0  =  0 Yp − Ym 0 
 0 0 Y2   0 0 Yp − Ym 

 j 4,1920 − j1, 4974 − j1, 4974   j1,1972 0 0 


Y =  − j1, 4974 j 4,1920 − j1, 4974  [S/km] Y012 =  0 j 5, 6894 0  [S/km]
 − j1, 4974 − j1, 4974 j 4,1920   0 0 j 5, 6894 
Comparação
Condutores Espelho

 Z0 0 0  0, 01832 + j 0, 6278 0 0 


Z 012 =  0 Z1 0  =  0 0, 01832 + j 0, 2812 0 

 0 0 Z 2   0 0 0, 018325 + j 0, 2812 

Condutores Equivalente – Retorno pelo Solo

 Z0 0 0  0, 01832 + j1,3252 0 0 


Z 012 =  0 Z1 0  =  0 0, 01832 + j 0, 2832 0 

 0 0 Z 2   0 0 0, 01832 + j 0, 2832 
Comparação
Condutores Espelho

Y0 0 0  Yp + 2Ym 0 0   j 2,5452 0 0 


 
Y012 =  0 Y1 0  =  0 Yp − Ym 0  =  0 j 5, 7370 0  [S/km]
 0 0 Y2   0 0 Yp − Ym   0 0 j 5, 7370 

Condutores Equivalente – Retorno pelo Solo

Y0 0 0  Yp + 2Ym 0 0   j1,1972 0 0 


 
Y012 =  0 Y1 0  =  0 Yp − Ym 0  =  0 j 5, 6894 0  [S/km]
 0 0 Y2   0 0 Yp − Ym   0 0 j 5, 6894 
LT com 2 Cabos Para-raios
Dados: RMG do cabo: 0,1985 m (bundle 4 cabos) RMG do PR: 0,00355911 m
r1 r2 fc = 16m (condutores), fc = 8m (pararaios)
5

 2ha Dab Dac DaR1 DaR 2 


b  ln r  ln
d ab
ln
d ac
ln
d aR1
ln
d aR 2 
 a

 Dba 2hb Dbc DbR1 D 
a c  ln d ln ln ln ln bR 2 
 ba rb dbc dbR1 dbR 2 
 Dca Dcb 2hc DcR1 DcR 2 
M =  ln ln ln ln ln 
 d ca d cb rc d cR1 d cR 2 
 DR1a DR1b DR1c 2hR1 DR1R 2 
 ln ln ln ln ln 
 d R1a d R1b d R1c rR1 d R1R 2 
 DR 2 a DR 2b DR 2 c DR 2 R1 2hR 2 
ln ln ln ln ln 
 d R 2 a d R 2b d R 2c d R 2 R1 rR 2 
LT com 2 Cabos Para-raios
Cálculo da Indutância

r1 r2
 2 17,33 51,97 
5

40,96 36, 07 51
ln
 0,1985 ln ln ln ln
7,81 10 16,34 19,15 
b  
 40,96 2  23,33 40,96 57, 21 57, 21 
 ln ln ln ln ln
7,81 0,1985 7,81 11, 48 11, 48 
a c  
 36, 07 40,96 2 17,33 51,97 51 
M =  ln ln ln ln ln
10 7,81 0,1985 19,15 16,34 
 
 ln 51 57, 21 51,97 2  33, 67 68, 08 
 ln ln ln ln
16,34 11, 48 19,15 0, 00356 10 
 
 ln 51,97 57, 21 51 68, 08 2  33, 67 
ln ln ln ln
 19,15 11, 48 16,34 10 0, 00356 
LT com 2 Cabos Para-raios
Cálculo da Indutância
MFF MFR

r1 r2
 5,1625 1, 6571 1, 2828 1,1382 0,9983
 1, 6571 1, 6061 
5

 5, 4598 1, 6571 1, 6061


b M = 1, 2828 1, 6571 5,1625 0,9983 1,1382 
 
 1,1382 1, 6061 0,9983 9,8477 1,9181 
a c 0,9983 1, 6061 1,1382 1,9181 9,8477 
MRF MRR

 M FF   M FR 
M CORR =  M FR  M RR   M RF 
−1
M =
 M RF   M RR 

M PR = M FF − M CORR
LT com 2 Cabos Para-raios
Cálculo da Indutância

r1 r2
 5,1625 1, 6571 1, 2828 1,1382 0,9983
 1, 6571 1, 6061 
5

 5, 4598 1, 6571 1, 6061


b M = 1, 2828 1, 6571 5,1625 0,9983 1,1382 
 
 1,1382 1, 6061 0,9983 9,8477 1,9181 
a c 0,9983 1, 6061 1,1382 1,9181 9,8477 

 1,1382 0,9983 −1
   1,1382 1, 6061 0,9983
=  1, 6061 1, 6061  
9,8477 1,9181
M CORR  0,9983 1, 6061 1,1382 
0,9983 1,1382     
1,9181 9,8477

 0,1952 0, 2916 0,1927   4,9672 1,3654 1, 0900 


M CORR = 0, 2916 0, 4384 0, 2916  M PR = 1,3654 5, 0213 1,3654 
 0,1927 0, 2916 0,1952  1, 0900 1,3654 4,9672 
LT com 2 Cabos Para-raios
Cálculo da Indutância

r1 r2
A matriz M será:
 4,9672 1,3654 1, 0900 
= 1,3654 5, 0213 1,3654 
5

M PR
b 1, 0900 1,3654 4,9672 

a c obtém-se a matriz indutância L multiplicando M por 0/2.

993, 45 273, 09 218, 01


L =  273, 09 1004,3 273, 09   mH km 
 218, 01 273, 09 993, 45 
obtém-se a matriz reatância indutiva XL multiplicando L por j.

 0,3745 0,1029 0, 0822 


X L =  0,1029 0,3785 0,1029    km 
0, 0822 0,1029 0,3745 
LT com 2 Cabos Para-raios
Cálculo da Indutância

Matriz de reatância indutiva (LT sem transposição)


r1 r2
5

 0,3745 0,1029 0, 0822 


X L =  0,1029 0,3785 0,1029    km 
b

a c 0, 0822 0,1029 0,3745 

Matriz de reatância indutiva (LT com transposição)

 0,3758 0, 0960 0, 0960 


X L = 0, 0960 0,3758 0, 0960    km 
0, 0960 0, 0960 0,3758 
Representação em Componentes Simétricas

Z0 0 0   Z p + 2Z m 0 0 
 
Z 012 = A−1ZA =  0 Z1 0  =  0 Z p − Zm 0 
 0 0 Z 2   0 0 Z p − Z m 

0, 018325 + j 0,3758 j 0, 0960 j 0, 0960 


Z =  j 0, 0960 0, 018325 + j 0,3758 j 0, 0960 

 j 0, 0960 j 0, 0960 0, 018325 + j 0,3758

 Z0 0 0  0, 018325 + j 0,5678 0 0 


Z 012 =  0 Z1 0  =  0 0, 018325 + j 0, 2798 0 

 0 0 Z 2   0 0 0, 018325 + j 0, 2798
Cálculo da Capacitância
 2 17,33 40,96 36, 07 51 51,97 
ln 0, 2113 ln
7,81
ln
10
ln
16,34
ln
19,15 
 
 40,96 2  23,33 40,96 57, 21 57, 21 
 ln ln ln ln ln
7,81 0, 2113 7,81 11, 48 11, 48 
 
 ln 36, 07 40,96 2 17,33 51,97 51 
M = ln ln ln ln
10 7,81 0, 2113 19,15 16,34 
 
 ln 51 57, 21 51,97 2  33, 67 68, 08 
 ln ln ln ln
16,34 11, 48 19,15 0, 00457 10 
 
 ln 51,97 57, 21 51 68, 08 2  33, 67 
ln ln ln ln
 19,15 11, 48 16,34 10 0, 00457 
Cálculo da Capacitância
 5,1000 1, 6571 1, 2828 1,1382 0,9983
 1, 6571 5,3973 1, 6571 1, 6061 1, 6061 
  M FF   M FR 
M = 1, 2828 1, 6571 5,1000 0,9983 1,1382  M = 
   M RF   M RR 
 1,1382 1, 6061 0,9983 9,5979 1,9181 
0,9983 1, 6061 1,1382 1,9181 9,5979 

M CORR =  M FR  M RR   M RF 
−1
M PR = M FF − M CORR
Cálculo da Capacitância
 5,1000 1, 6571 1, 2828 1,1382 0,9983
 1, 6571 5,3973 1, 6571 1, 6061 1, 6061 

M = 1, 2828 1, 6571 5,1000 0,9983 1,1382 
 
 1,1382 1, 6061 0,9983 9,5979 1,9181 
0,9983 1, 6061 1,1382 1,9181 9,5979 

 1,1382 0,9983 −1
   1,1382 1, 6061 0,9983
=  1, 6061 1, 6061  
9,5979 1,9181
M CORR  0,9983 1, 6061 1,1382 
0,9983 1,1382     
1,9181 9,5979

 0,1994 0, 2979 0,1969   4,9005 1,3591 1, 0858 


M CORR = 0, 2979 0, 4479 0, 2979  M PR =  1,3591 4,9493 1,3591 
 0,1969 0, 2979 0,1994  1, 0858 1,3591 4,9005
Cálculo da Capacitância
A matriz M será:
r1 r2  4,9005 1,3591 1, 0858 
=  1,3591 4,9493 1,3591 
5

M PR
b 1, 0858 1,3591 4,9005

 0, 226494 −0, 052406 −0, 035653


M −1 =  −0, 052406 0, 230831 −0, 052406 
a c

 −0, 035653 −0, 052406 0, 226494 

Obtendo-se a matriz de capacitância C, multiplicando por 20 e a admitância


multiplicando por j, tem-se:

 0, 0125944 −0, 0029141 −0, 0019825


C = 2 0 M −1 C =  −0, 0029141 0, 0128356 −0, 0029141 [ F /km]
 −0, 0019825 −0, 0029141 0, 0125944 
Cálculo da Capacitância
Seja a LT 500 kV, com feixes de cabos Rail, raquete, flecha de 16m, feixe (quadrado de
r1 r2 45,7cm), Desprezar o efeito dos cabos para-raios, calcular os parâmetros:
5

 0, 0125944 −0, 0029141 −0, 0019825


b
C =  −0, 0029141 0, 0128356 −0, 0029141 [ F /km]
a c  −0, 0019825 −0, 0029141 0, 0125944 

Y = jC

 j 4, 7480 − j1, 0986 − j 0, 7473


Y =  − j1, 0986 j 4,8389 − j1, 0986  [S/km]
 − j 0, 7473 − j1, 0986 j 4, 7480 
Cálculo da Capacitância
Yp Ym Ym   j 4, 7480 − j1, 0986 − j 0, 7473
 
Y = Ym Yp Ym  Y =  − j1, 0986 j 4,8389 − j1, 0986  [S/km]
Ym Ym Yp   − j 0, 7473 − j1, 0986 j 4, 7480 
 

Parâmetros transpostos

1 1
Yp = Yaa + Ybb + Ycc  Yp = j  4, 7480 + 4,8389 + 4, 7480 = j 4, 7783
3 3
1 1
Ym = Yab + Ybc + Yca  Ym = − j 1, 0986 + 0, 7473 + 1, 0986 = − j 0,9815
3 3

 j 4, 7783 − j 0,9815 − j 0,9815


Y =  − j 0,9815 j 4, 7783 − j 0,9815 [S/km]
 − j 0,9815 − j 0,9815 j 4, 7783 
Representação em Componentes Simétricas

Y0 0 0  Yp + 2Ym 0 0 


 
Y012 = A−1ZA =  0 Y1 0  =  0 Yp − Ym 0 
 0 0 Y2   0 0 Yp − Ym 

 j 4, 7783 − j 0,9815 − j 0,9815


Y =  − j 0,9815 j 4, 7783 − j 0,9815 [S/km]
 − j 0,9815 − j 0,9815 j 4, 7783 

 j 2, 0815 0 0 
Y012 =  0 j 5, 7598 0  [S/km]
 0 0 j 5, 7598
Parâmetros Elétricos
LT sem para-raios LT sem para-raios – Condutor Equivalente
ZP 0,018325+j0,3967 [/km] Z0 0,018325+j0,6278 [/km] ZP 0,018325+j0,6305 [/km] Z0 0,018325+j1,3252 [/km]
ZM j0,1155 [/km] Z1 0,018325+j0,2812 [/km] ZM j0,3473 [/km] Z1 0,018325+j0,2832 [/km]
YP j4,6731 [S/km] Y0 j2,5452 [S/km] YP j4,1920 [S/km] Y0 j1,1972 [S/km]
YM j1,0638 [S/km] Y1 j5,7370 [S/km] YM j1,4974 [S/km] Y1 j5,6894 [S/km]

LT com para-raios
ZP 0,018325+j0,3758 [/km] Z0 0,018325+j0,5678 [/km]
ZM j0,0960 [/km] Z1 0,018325+j0,2798 [/km]
YP j4,7783 [S/km] Y0 j2,0815 [S/km]
YM J0,9815 [S/km] Y1 j5,7598 [S/km]

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