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Exercício

Profª. Ana Luiza Beltrão Santana


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Exercício
A água a 10°C escoa de um reservatório grande para um menor através de um
sistema de tubos de ferro fundido de 5 cm de diâmetro, como mostra a Figura.
Determine a elevação z1 para uma vazão de 6 L/s

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Exercício
Discusão

• Observe que fL/D = 56,1 neste caso, que é cerca de 24 vezes o coeficiente de
perdas menores total. Portanto, se as fontes de perdas menores fossem
ignoradas, o resultado teria cerca de 4% de erro.

• É possível mostrar que, para a mesma vazão, a perda total de carga seria de
35,9 m (em vez de 27,9 m) se houvesse um fechamento de três quartos da
válvula e cairia para 24,8 m se o tubo entre os dois reservatórios fosse reto no
nível do solo (eliminando, assim, os cotovelos e a seção vertical do tubo).

• A perda de carga se reduziria ainda mais (de 24,8 até 24,6 m) pelo
arredondamento da entrada.

• A perda de carga pode ser reduzida de modo significativo (de 27,9 para 16,0 m)
substituindo os tubos de ferro fundido por tubos lisos como aqueles feitos de
plástico.

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Máquinas hidráulicas – TMEC036
Alturas, potências e rendimentos

Profª. Ana Luiza Beltrão Santana


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Altura, potência e rendimentos

Tubo de
escorva

Respiro
Manômetro

Redutor
Válvula de
Válvula de fechamento
retenção

Válvula de com crivo


Obs.: os pontos 3, 4, 5 e 6 estão no interior da bomba.

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Altura, potência e rendimentos

2→7
≈0 ≈0 R.P.

−Weixo -1

Trabalho
específico
Teórico (1)
[J/kg]

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Altura, potência e rendimentos

Altura de
elevação
[m]

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Altura, potência e rendimentos

Hm
Perdas totais externas
Altura de elevação [m]
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Altura, potência e rendimentos

Patm 0 Patm 0

Ref

Altura
manométrica
[m]

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Perdas
Perdas

• O que se costuma chamar de perdas são, na realidade, processos


irreversíveis que ocorrem no funcionamento das máquinas, onde formas de
energia mais nobre como a mecânica, por exemplo, degradam-se,
transformando-se em formas de energia de qualidade inferior, como o calor e
a energia interna

• Nas máquinas de fluxo, as perdas classificam-se em internas e externas.

• Como perdas internas englobam-se as perdas hidráulicas, as perdas por


fugas ou volumétricas e as perdas por atrito.

• As perdas externas são, essencialmente, as perdas mecânicas.

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Perdas

✓ Perdas hidráulicas

✓ Perdas volumétricas

✓ Perdas mecânicas

• As perdas hidráulicas são as mais importantes nas máquinas de fluxo e


originam-se do atrito do fluido com as paredes dos canais do rotor e sistema
diretor, da dissipação de energia por mudança brusca de seção e direção dos
canais que conduzem o fluido através da máquina e também pelo choque do
fluido contra o bordo de ataque das pás, que tem lugar quando a máquina
funciona fora do ponto nominal ou ponto de projeto.

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Perdas hidráulicas

• Este choque é produzido na entrada das pás móveis do rotor, quando a


tangente à pá na entrada não coincide com a direção da velocidade relativa, e
na entrada das pás fixas do sistema diretor, quando a tangente à pá não
coincide com a direção da velocidade absoluta da corrente fluida, dando
origem a turbilhões provocados pela separação da camada limite
(deslocamento) do fluido em escoamento das paredes que o conduzem.

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Perdas hidráulicas

• Portanto no balanço interno de energia deve ser considerado uma diminuição


de pressão de altura de elevação.

• Assim tem-se:

H t = Hvm + H p ,i
Altura de perda
Altura teórica
Altura elevação

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Perdas

✓ Perdas hidráulicas

✓ Perdas volumétricas

✓ Perdas mecânicas

• As perdas por fugas ou perdas volumétricas ocorrem através das inevitáveis


folgas existentes entre a parte rotativa e a parte fixa da máquina, separando
regiões com pressões diferentes.

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Perdas volumétricas

• Internamente as turbomáquinas existem as perdas por fuga do fluido (qi) com


pouca influência direta na altura de elevação.

• Estas perdas ocorrem nos labirintos localizados nos espaços entre o rotor e a
carcaça, influindo diretamente na vazão e reduzindo muito o rendimento
volumétrico da máquina.

• Para as bombas a fuga interna (qi) retorna pelo


labirinto devido à diferença de pressão
existente entre a saída e entrada do rotor.

• Esse retorno de vazão passa novamente pelo


rotor exigindo uma maior potência eficaz de
acionamento da bomba.

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Perdas volumétricas

• Além da fuga interna existe a fuga de fluido que escoa para fora da máquina
(qe), passando através do labirinto (gaxeta).

• Perdas exteriores (qe)

• Perdas interiores (qi)

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Perdas

✓ Perdas hidráulicas

✓ Perdas volumétricas

✓ Perdas mecânicas

• Essas perdas são denominadas de externas e representam principalmente


perdas por atrito em mancais, gaxetas entre outros elementos.

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Potências e rendimentos em máquinas
de fluxo
Definições – Potências e rendimentos

• Potência hidráulica:

Ph =  QH m  = g

• Potência interna:

Pi =  ( Q + qe + qi ) H t

• Potência teórica:

Pt =  QH t

• Potência efetiva:

Pefe = Teixo N

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Definições – Potências e rendimentos
Ph  QH m H m
• Rendimento hidráulico: h = = =
Pt  QH t Ht

Pt  QH t Q
• Rendimento volumétrico: v = = =
Pi  ( Q + qe + qi ) H t ( Q + qe + qi )

Ph  QH m
• Rendimento interno: i = = = vh
Pi  ( Q + qe + qi ) H t

Pi
• Rendimento mecânico: m =
Pefe

Ph i Pi
• Rendimento total: t = = = vhm
Pefe Pefe

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Bombas – Potências e rendimentos
Diagrama de perdas e potências

Pi =  ( Q + qe + qi ) H t
Potência Potência
Potência Potência teórica hidráulica
efetiva interna Pt =  QH t Ph =  QH m
Pefe = Teixo N
Perdas
Perdas hidráulicas
volumétricas PP ,h
Perdas
mecânicas PP ,v
Ph H m
PP ,m
Pt h = =
Pi v = Pt Ht
m = Pi
Pefe Ph
t = = vhm
Pefe
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Exercício
Exercício 10 – Lista 1

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Exercício 10 – Lista 1

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Exercício 10 – Lista 1
Saída

2 7
Eixo da bomba (Ref)

Comprimento da tubulação
na sucção

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Exercício 10 – Lista 1

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Formulário

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Turbinas
Altura, potência e rendimentos

Turbina de reação

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Altura, potência e rendimentos

Aplicando o balanço de energia para a turbina


RP

Weixo -1

Weixo P2 − P7  2V22 −  7V72  Q 


= + + g ( Z 2 − Z 7 ) −  ( u7 − u 2 ) −
Q  2   Q 
Trabalho
específico
Weixo P2 − P7  2V22 −  7V72
Teórico Y= = + + g ( Z 2 − Z 7 ) − h p ,i
[J/kg] Q  2

P2 − P7  2V22 −  7V72
Ht = + + g ( Z 2 − Z 7 ) − H p ,i
 2

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Altura, potência e rendimentos

P2 − P7  2V22 −  7V72
Y= + + g ( Z 2 − Z 7 ) − h p ,i
 2

P2 − P7  2V22 −  7V72
Y + hp ,i = Ypa = + + g (Z 2 − Z7 )
 2

Altura de
queda P2 − P7  2V22 −  7V72
[m] Hm = + + (Z 2 − Z7 )
 2g

H m = H t + H p ,i

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Altura, potência e rendimentos

Aplicando a equação de Bernoulli modificada entre (1) e (2)

 P1 1V12   P2  2V22 
 + + Z −
1  + + Z 2  = H p ,1→ 2
 2g   2g 

Aplicando a equação de Bernoulli modificada entre (7) e (8)

 P7  7V72   P8  8V82 
 + + Z −
7  + + Z 8  = H p ,7 →8
 2g   2g 

Somando as últimas duas equações e rearranjando:

 P2  2V22   P7  7V72   P1 1V12   P8  8V82 


 + + Z −
2  + + Z 7 =  + + Z −
1  + + Z 8  − ( H p ,1→2 + H p ,7 →8 )
  2 g    2 g    2 g    2 g 

H p ,t ,e = H p ,1→2 + H p ,7→8
Hm
Perdas totais externas

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Altura, potência e rendimentos

Patm Patm 0
0
 P1 1V12   P8  8V82 
Hm =  + + Z1  −  + + Z 8  − H p ,t , e
 2g   2g 

Ref
H m = ( Z1 − Z8 ) − H p ,t ,e

H m = H B − H p ,t , e

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Turbinas – Potências e rendimentos

Pi =  ( Q + qe + qi ) H t
Potência Potência
Potência Potência efetiva
hidráulica teórica interna
Ph =  QH m Pefe = Teixo N
Pt =  QH t
Perdas
mecânicas
Perdas
Perdas volumétricas PP ,m
hidráulicas
PP ,v Pefe
PP ,h Pi m =
v = Pi
Pt H Pt
h = = t
Ph H m

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Altura, potência e rendimentos

Weixo P7 − P2  7V72 −  2V22


= + + g ( Z 7 − Z 2 ) − h p ,i onde:
Q  2 7: saída (s)
1 1 2: entrada (e)
Weixo Ps − Pe  sVs2 −  eVe2
= + + g ( Z s − Z e ) − h p ,i
 ar Q  ar 2

Pabsoluta = Prelativa + Patmosférica

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Altura, potência e rendimentos

Weixo
+h =
( Pr , s + Patm, s ) − ( Pr ,e + Patm,e ) Vs2 − Ve2
+ + g (Z s − Ze )
 ar Q p ,i  ar 2

Multiplicando toda a equação pela massa específica do ar:

Weixo  arVs2 −  arVe2


+  ar hp ,i = Pr , s + Patm, s − Pr ,e − Patm ,e + + g ar ( Z s − Z e )
Q 2
PTV

Como Patm,e =  ar gZ e e Patm, s =  ar gZ s


PVs PVe

  arVs2   arVe2 
PTV =  Pr , s +  −  Pr ,e + 
 2   2 
Pressão de velocidade (PV) ou dinâmica

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Altura, potência e rendimentos

Ph = Q PTV

Ph Q PTV
t = =
Pefe Teixo N

Pressão estática do ventilador (PEV)

PEV = PTV − PVs

PEV = Pr , s + PVs − Pr ,e + PVe − PVs

PEV = Pr , s − Pr ,e − PVe

Ph Q PEV
t , e = =
Pefe Pefe

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Ventiladores – Potências e rendimentos

Potência Potência
Potência Potência teórica hidráulica
efetiva interna Pt = Q PTVt Ph = Q PTV
Pefe = Teixo N
Perdas
Perdas hidráulicas
volumétricas PP ,h
Perdas
mecânicas PP ,v
PP ,m h =
PTV
PTVt

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Eq. Teórica Fundamental das Máquinas de fluxo

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Eq. Teórica Fundamental das Máquinas de fluxo

Máquina geradora Máquina motora

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Eq. Teórica Fundamental das Máquinas de fluxo

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Condições reais de escoamento

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Condições reais de escoamento

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Condições reais de escoamento

Coeficiente de estrangulamento

Passo Projeção da espessura

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Triângulo de velocidades –Turbina de Ação (Pelton)

u
Ht = ( C4 − u ) (1 + cos 5 )
g

Cu ,4 = C4 =  s C4,teo

C4 =  s 2 gH m

Pt =  Q
NR
g
( )
 s 2 gH m − NR (1 + cos 5 )

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