04 - MEC SOL III - Introduýýo Ao Estudo Das Estruturas Hiperestýticas

Universidade Federal do Pará - UFPA
Instituto de Tecnologia
Faculdade de Engenharia Civil
Mecânica dos Sólidos 03:

Conteúdo Programático:
1. Introdução à mecânica;
2. Análise das tensões e deformações;
3. Deslocamentos em peças retilíneas fletidas;
4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas;
5. Flambagem de colunas;
6. Solicitações combinadas;
7. Ensaios de laboratório.
Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 1/54

Mecânica dos Sólidos 03:

Conteúdo Programático:
1. Introdução à mecânica;
2. Análise das tensões e deformações;
3. Deslocamentos em peças retilíneas fletidas;
4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas;
5. Flambagem de colunas;
6. Solicitações combinadas;
7. Ensaios de laboratório.

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas:

4.1. Introdução:
● Peças hiperestáticas: São as peças onde o número de reações excede o número de
equações fornecidas pela Estática (∑Fx=0, ∑Fy=0 e ∑MO=0). Estas peças são classificadas
como estaticamente indeterminadas.
● Grau de indeterminação estática: É o excesso de reações sobre o número de equações

de equilíbrio.
● Redundantes: São as reações que excedem o número de

reações necessárias para suportar uma estrutura estaticamente
determinada. O número de redundantes é igual ao grau de
indeterminação da peça.
● Análise de peças hiperestáticas: A análise deste tipo de

peças exige a consideração dos deslocamentos (flechas e
rotações) para obterem-se equações de compatibilidade que
suplementem as equações da Estática.


4.1. Introdução:
● Estrutura primária: É a estrutura (estaticamente determinada) fictícia analisada quando
as redundantes são suprimidas da estrutura real.
● Exemplos de peças estaticamente indeterminadas:

p=f(x) p=f(x)
Ma Ma Mb
A B A B
Ra Rb Ra Rb
p=f(x)
Ma
A B C
Ra Rb Rc


4.1. Introdução:
● Métodos de análise: Dentre os vários processos, cita-se:
(a) Equação diferencial da linha elástica;
(b) Superposição;
(c) Momento estático de área;
(d) Equação dos três momentos.


4.2. Equação diferencial da linha elástica:
● Neste método, as vigas hiperestáticas são estudadas pela solução da equação
diferencial da linha elástica. O processo de cálculo é o mesmo apresentado para as vigas
isostáticas, ou seja, consiste em estabelecer a equação diferencial, achar a solução geral e
determinar as constantes de integração.
Nota: Este método só é prático para os casos de carregamento relativamente simples e para peças de
um só vão, uma vez que os cálculos tornam-se extensos quando há um número grande de constantes
de integração.

4.3. Exemplo 1: Aplicação didática

● Determinar as reações da viga.
y L
y L
x
q Ma q
A B x A B x
(a) Cálculo das reações: Em função de Rb.

Ra Redundante Rb
∑ Fy = 0 ⇒ Ra = q ⋅ L − Rb
q ⋅ L2
∑ M A = 0 ⇒ M a = 2 − Rb ⋅ L
(b) Equação do momento fletor: Em função de Rb.
q ⋅ x2  q ⋅ L2  q ⋅ x2
M = Ra ⋅ x − M a − ⇒ M = (q ⋅ L − Rb ) ⋅ x −  − Rb ⋅ L  −
2  2  2


y L
(c) Linha elástica: x
Ma q
2
d y A B x
E⋅I ⋅ 2
=M ⇒
dx
d2y  q ⋅ L2  q ⋅ x2
E ⋅ I ⋅ 2 = (q ⋅ L − Rb ) ⋅ x −  − Rb ⋅ L  − Ra Redundante Rb
dx  2  2
1a Integração :
dy (q ⋅ L − Rb ) 2  q ⋅ L2  q ⋅ x3
E⋅I ⋅ = ⋅ x −  − Rb ⋅ L  ⋅ x − + C1
dx 2  2  6
2 a Integração :
E⋅I ⋅ y =
(q ⋅ L − Rb ) 3  q ⋅ L2
⋅x − −R
 x2 q ⋅ x4

 2 b ⋅ L⋅ − + C1 ⋅ x + C 2
6   2 24

y L
x
Ma q
(d) As constantes de integração C1 e C2 e a redundante Rb: A B x
p/ x = 0 ⇒ dy/dx = 0 :
Ra Rb
(q ⋅ L − Rb ) ⋅ 0 2 −  q ⋅ L
Redundante
2
 3
q⋅0
E ⋅ I ⋅0 =  2 − Rb ⋅ L  ⋅ 0 − + C1 ⇒ C1 = 0
2   6
p/ x = 0 ⇒ y = 0 :
E ⋅ I ⋅0 =
(q ⋅ L − Rb ) 3  q ⋅ L2
⋅0 − −R
 02 q ⋅ 04
 + C2 ⇒ C2 = 0
 2 b ⋅ L⋅ −
6   2 24
p/ x = L ⇒ y = 0 :
E ⋅ I ⋅0 =
(q ⋅ L − Rb ) 3  q ⋅ L2
⋅L − −R ⋅ L
 L2 q ⋅ L4
 ⋅ − ⇒ R =
3
⋅q⋅L
 2 b  2 b
6   24 8


(e) As reações:
y L
3 x
Rb = ⋅ q ⋅ L ⇒ Ma q
8 A B x
5
Ra = q ⋅ L − Rb ⇒ Ra = ⋅q⋅L
8 Ra Rb
q ⋅ L2 q ⋅ L2
Ma = − Rb ⋅ L ⇒ M a =
2 8
(f) Linha elástica:
E⋅I ⋅ y =
(q ⋅ L − Rb ) 3  q ⋅ L2
⋅x − −R
 x2 q ⋅ x4

 2 b ⋅ L⋅ −
6   2 24


y L/2 L/2
y L/2 L/2
Redundante
P x P
Ma Mb
A B x A B x
(a) Cálculo das reações: Ra Rb
Ra = Rb = P / 2 Ma = Mb
(b) Equação do momento fletor: Para 0≤x≤L/2.
P
M = Ra ⋅ x − M a ⇒ M = ⋅x − Ma p / 0 ≤ x ≤ L/2
2


(c) Linha elástica:
y L/2 L/2
2 2 Redundante
d y d y P
E⋅I ⋅ = M ⇒ E ⋅ I ⋅ = ⋅x − Ma x P
dx 2
dx 2
2 Ma Mb
A B x
1a Integração :
Ra Rb
dy P 2
E⋅I ⋅ = ⋅ x − M a ⋅ x + C1
dx 4
2 a Integração :
P 3 Ma 2
E⋅I ⋅ y = ⋅x − ⋅ x + C1 ⋅ x + C 2
12 2


(d) As constantes de integração C1 e C2 e a redundante Ma:
p/ x = 0 ⇒ dy/dx = 0 :
P y L/2 L/2
E ⋅ I ⋅ 0 = ⋅ 0 2 − M a ⋅ 0 + C1 ⇒ C1 = 0 Redundante
4 x P
Ma Mb
x
p/ x = 0 ⇒ y = 0 : A B
P M
E ⋅ I ⋅ 0 = ⋅ 03 − a ⋅ 0 2 + C 2 ⇒ C 2 = 0
12 2 Ra Rb
p/ x = L / 2 ⇒ dy/dx = 0 :
P L
2
L P⋅L
E ⋅ I ⋅0 = ⋅  − M a ⋅  ⇒ M a =
4 2 2 8


(e) As reações:
y L/2 L/2
P⋅L P⋅L x P
Ma = ⇒ Mb = Ma = Ma Mb
8 8 A B x
P
Ra = Rb =
2 Ra Rb
(f) Linha elástica:
P 3 Ma 2
E⋅I ⋅ y = ⋅x − ⋅x p/ 0≤ x≤ L/2
12 2


4.5. Superposição:
● Este método pode ser considerado básico na analise de estruturas hiperestáticas. A
essência do método consiste em identificar e remover as redundantes da estrutura real,
deixando assim a estrutura primária estaticamente determinada. Em seguida, as
redundantes são aplicadas à estrutura primária e então é feita a superposição entre os
deslocamentos (flechas e rotações).
Nota: As equações de superposição exprimindo as condições impostas aos deslocamentos são

comumente denominadas de equações de compatibilidade.


y L
y L
q Ma q
A B x A B x
(a) Estrutura primária:

Ra Rb
Redundante
y L
y L
q
A B x A yb,2
B x
yb,1
q ⋅ L4 Rb ⋅ L3 Rb
yb ,1 = yb ,2 =
8⋅ E ⋅ I 3⋅ E ⋅ I

(b) Equação de superposição (compatibilidade):

y L
yb ,1 = yb ,2 ⇒
Ma q
A B x
q ⋅ L4 Rb ⋅ L3 3
= ⇒ b
R = ⋅q⋅L
8⋅ E ⋅ I 3⋅ E ⋅ I 8
Ra Rb
(c) As reações Ra e Ma:
5
∑ Fy = Ra + Rb − q ⋅ L = 0 ⇒ Ra = 8
⋅q⋅L
q ⋅ L2 q ⋅ L2
∑ M A = Rb ⋅ L + M a − 2 = 0 ⇒ M a = 8


y L L
q
A B C x
y L L
q
A B C x
Ra Rb Redundante Rc


(a) Estrutura primária:
y L L
5 ⋅ q ⋅ (2 ⋅ L )
4
q
x yb ,1 =
A B C 384 ⋅ E ⋅ I
yb,1
y L L
R ⋅ (2 ⋅ L )
3
yb,2
yb ,2 = b
A B C x 48 ⋅ E ⋅ I
Rb


(b) Equação de superposição (compatibilidade):
yb ,1 = yb ,2 y
⇒ L L
q
5 ⋅ q ⋅ (2 ⋅ L ) R ⋅ (2 ⋅ L )
4 3
= b ⇒ A B C x
384 ⋅ E ⋅ I 48 ⋅ E ⋅ I
5
Rb = ⋅q⋅L Ra Rb Rc
4
(c) As reações Ra e Rc:
Sendo :
∑F = Ra + Rb + Rc − q ⋅ 2 ⋅ L = 0 
 Ra = Rc
y
3
2 ⋅ Ra = q ⋅ 2 ⋅ L − Rb ⇒ Ra = Rc = ⋅ q ⋅ L
8


● Determinar as reações da peça.
y D
L L
h
q
A B C x
Rótula
Redundante
Rd
y D
L L
h
q
A B C x
Rótula
Ra Rb


(a) Estrutura primária: Rd
y D
L L
h
q Rd ⋅ h
A B C x C y c ,3 = −
E⋅A
yc,1 yc,3
Rd
y L L
A B yc,2
C x
Rd
(b) A equação de superposição (compatibilidade):
y c ,3 = y c ,1 + y c ,2


(c) Cálculo da flecha yc,1: (c.2) Linha elástica:
y −1 0
L L p( x ) = Rb ⋅ x − L −q⋅ x
q 0 1
A B C x Q( x ) = Rb ⋅ x − L − q ⋅ x
yc,1
1 q 2
Ra Rb M ( x ) = Rb ⋅ x − L − ⋅ x
2
(c.1) Cálculo das reações: d2y 1 q 2
E ⋅ I ⋅ 2 = Rb ⋅ x − L − ⋅ x
dx 2
∑ Fy = Ra + Rb − q ⋅ (2 ⋅ L ) = 0
 dy Rb q
q ⋅ (2 ⋅ L )
2 3
 2 ⇒ E⋅I ⋅ = ⋅ x−L − ⋅ x + C1
∑ M A = Rb ⋅ L − =0 dx 2 6
 2
Rb 3 q 4
E⋅I ⋅ y = ⋅ x−L − ⋅ x + C1 ⋅ x + C 2
Ra = 0 Rb = 2 ⋅ q ⋅ L 6 24

y
(c.4) A flecha yb,1:
L L
A B
q
C x
p / x = 2⋅L :
yc,1
R 3 q 4
E ⋅I ⋅ y = b ⋅ x − 2⋅L − ⋅ 2⋅L + C1 ⋅ 2 ⋅ L
Ra Rb 6 24
q ⋅ L4
(c.3) As constantes de integração: yc ,1 =−
4⋅ E ⋅ I
p/ x =0⇒ y =0:
Rb 3 q 4
E ⋅ I ⋅0 = ⋅ 0 − L − ⋅ 0 + C1 ⋅ 0 + C 2 ⇒ C 2 = 0
6 24
p/ x = L⇒ y =0:
R 3 q 4 q ⋅ L3
E ⋅ I ⋅0 = b ⋅ L − L − ⋅ L + C1 ⋅ L ⇒ C1 =
6 24 24


(d) Cálculo da flecha yc,2: (d.2) Linha elástica:
y −1 −1 −1
L L
p( x ) = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + Rd ⋅ x − 2 ⋅ L
A B yc,2
C x 0 0 0
Q( x ) = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + Rd ⋅ x − 2 ⋅ L
Ra Rb Rd
1 1 1
M ( x ) = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + Rd ⋅ x − 2 ⋅ L
d2y 1 1 1
(d.1) Cálculo das reações: E ⋅ I ⋅ 2 = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + Rd ⋅ x − 2 ⋅ L
dx
∑ Fy = Ra + Rb + Rd = 0
 ⇒ dy Ra Rb Rd
∑ M A = Rb ⋅ L + Rd ⋅ 2 ⋅ L = 0
2 2 2
E⋅I ⋅ = ⋅ x + ⋅ x−L + ⋅ x − 2⋅ L + C1
dx 2 2 2
Ra = Rd Rb = −2 ⋅ Rd Ra 3 R 3 R 3
E⋅I ⋅ y = ⋅ x + b ⋅ x − L + d ⋅ x − 2 ⋅ L + C1 ⋅ x + C 2
6 6 6


y L L
(d.4) A flecha yb,2:
p / x = 2⋅ L :
A B yc,2
C x
R 3 R 3
E ⋅ I ⋅ y = a ⋅ 2⋅ L + b ⋅ 2⋅ L − L +
Ra Rb Rd
6 6
Rd 2 ⋅ Rd ⋅ L3
⋅ 2 ⋅ L − 2 ⋅ L + C1 ⋅ 2 ⋅ L ⇒ yc ,2 =
3
6 3⋅ E ⋅ I
(d.3) As constantes de integração:
p/ x =0⇒ y =0:
R 3 R 3 R 3
E ⋅ I ⋅ 0 = a ⋅ 0 + b ⋅ 0 − L + d ⋅ 0 − 2 ⋅ L + C1 ⋅ 0 + C 2 ⇒ C 2 = 0
6 6 6
p/ x = L⇒ y =0:
Ra 3 Rb 3 Rd 3 Rd ⋅ L2
E ⋅ I ⋅0 = ⋅ L + ⋅ L−L + ⋅ L − 2 ⋅ L + C1 ⋅ L ⇒ C1 = −
6 6 6 6


Rd
(e) A reação no ponto D:
y D 
L L 
 Rd ⋅ h
h
q  c ,3
y = −
A B C x C  E⋅A

 2 ⋅ Rd ⋅ L3
yc,1 yc,3
Rd  y c ,2 =
 3⋅ E ⋅ I
y L L 
 q ⋅ L4
 yc ,1 = −
A B yc,2
C x  4⋅ E ⋅ I

(e.1) A equação de superposição (compatibilidade): Rd

3 ⋅ A ⋅ L4
y c ,3 = y c ,1 + y c ,2 ⇒ Rd =
8 ⋅ A ⋅ L3 + 12 ⋅ h ⋅ I


(f) As reações da peça:
Rd 3 ⋅ A ⋅ L4
Rd =
y D 8 ⋅ A ⋅ L3 + 12 ⋅ h ⋅ I
L L
h
q
A B C x
Rótula
Ra Rb
∑ Fy = Ra + Rb + Rd − q ⋅ (2 ⋅ L ) = 0

 q ⋅ (2 ⋅ L ) ⇒
2
∑ A
M = R ⋅ L + R ⋅ 2 ⋅ L − = 0

b d
2
Ra = Rd Rb = 2 ⋅ (q ⋅ L − Rd )


4.9. Momento estático de área:
● O processo consiste em utilizar os teoremas apresentados no método do Diagrama dos
Momentos (cálculo dos deslocamentos de peças isostáticas) como equações adicionais
necessárias ao cálculo das redundantes. Estas equações adicionais sempre são em
número igual ao das forças redundantes.


y L
y L
a b a b
P Ma P
A B x A B x
Redundante
(a) Estrutura primária: Ra Rb
y L
a b Rb⋅L x
Ma P
A B x A B
-P⋅a
Ra Rb


(b) Aplicação do segundo teorema do método do diagrama dos momentos (estrutura primária):
 Rb ⋅ L ⋅ L   2   P ⋅ a ⋅ a   1  1
  ⋅  ⋅ L −
  ⋅
  L − ⋅ a  ⋅ =0⇒
 2  3   2   3  E ⋅ I
y
P ⋅ a2
⋅ (3 ⋅ L − a )
L
Rb = a b
2⋅ L 3
Ma P
A B x
(c) As reações (estrutura real):
∑ Fy = Ra + Rb − P = 0 Ra Rb
 ⇒
∑ M A = M a + Rb ⋅ L − P ⋅ a = 0 Rb⋅L x
A B
Ra = P − Rb M a = P ⋅ a − Rb ⋅ L
-P⋅a

y L
4.11. Exemplo 2: Aplicação didática a b
Ma Mb
● Determinar as reações da viga. A B x
(a) Aplicação do primeiro teorema do método do M0
diagrama dos momentos (estrutura primária):
Ra Redundantes Rb
 Ra ⋅ L ⋅ L   1
  − (M ⋅ L ) − (M ⋅ b )⋅ =0⇒ y L
 E⋅I
a 0
 2  a b
Ma Mb
Ra ⋅ L − 2 ⋅ M a ⋅ L = 2 ⋅ M 0 ⋅ b
2
A B x
M0
(b) Aplicação do segundo teorema do método do
diagrama dos momentos (estrutura primária): Ra Rb
Ra⋅L
 Ra ⋅ L ⋅ L   L  L  b  1
  ⋅   − (M ⋅ L ) ⋅   − (M ⋅ b ) ⋅   ⋅ =0⇒
⋅
a 0
 2    3  
2  
2 E I A B
-Ma
Ra ⋅ L − 3 ⋅ M a ⋅ L = 3 ⋅ M 0 ⋅ b
3 2 2
-M0


(c) O sistema: y L
 Ra ⋅ L2 − 2 ⋅ M a ⋅ L = 2 ⋅ M 0 ⋅ b a b
 ⇒ Ma Mb
 a
R ⋅ L3
− 3 ⋅ M a ⋅ L2
= 3 ⋅ M 0 ⋅ b 2
A B x
M0
M0 ⋅b
Ma = 2
⋅ (2 ⋅ a − b ) Ra Rb
L
6⋅ M0 ⋅ a ⋅b
Ra =
L3
(d) As reações Rb e Mb:
∑ Fy = Ra + Rb = 0
 ⇒ Rb = − Ra M b = M a + M 0 + Rb ⋅ L
∑ M A = M a + M 0 + Rb ⋅ L − M b = 0


4.12. Equação dos três momentos:
● Este método é mais apropriado na y La Lb
análise de vigas contínuas com
mais de duas redundantes, pois, A B C x
selecionando-se como redundantes Ia Ib
os momentos fletores nos apoios
intermediários, obtém-se como Rb
La
estrutura primária uma série de
vigas biapoiadas, o que facilita Ma Mb
A B
consideravelmente os cálculos.
θ'b
Ia
R'b
Lb
Mb Mc
B C
θ''b
Ib
Nota: O referido método é chamado de equação dos três
momentos porque relaciona três momentos fletores
R''b
concentrados na viga.


● Influência de MO na rotação dos apoios: L
MO
θb
● As reações: A B
∑ Fy = Ra + Rb = 0 Ra = − Rb
θa
 ⇒
∑ M A = − M O + Rb ⋅ L = 0 Rb = M O / L Ra Rb
● As equações de p, Q e M:
−1 −1 −2
p( x ) = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + MO ⋅ x
0 0 −1
Q( x ) = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + M O ⋅ x
1 1 0
M ( x ) = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + M O ⋅ x


● Influência de MO na rotação dos apoios: L
MO
θb
● A linha elástica: A B
d2y
θa
E ⋅ I ⋅ 2 = M( x )
dx Ra Rb
2
d y 1 1 0
E ⋅ I ⋅ 2 = Ra ⋅ x + Rb ⋅ x − L + M O ⋅ x
dx
1a Integração :
dy Ra 2 R 2 1
E⋅I ⋅ = ⋅ x + b ⋅ x − L + M O ⋅ x + C1
dx 2 2
a
2 Integração :
R 3 R 3 M 2
E ⋅ I ⋅ y = a ⋅ x + b ⋅ x − L + O ⋅ x + C1 ⋅ x + C 2
6 6 2


4.12. Equação dos três momentos: L
● Influência de MO na rotação dos apoios: MO
θb
A B
● As constantes de integração:
θa
p/ x = 0 ⇒ y = 0 : Ra Rb
Ra 3 R 3 M 2
E ⋅ I ⋅0 = ⋅ 0 + b ⋅ 0 − L + O ⋅ 0 + C1 ⋅ 0 + C 2 ⇒ C 2 = 0
6 6 2
p/ x = L ⇒ y = 0 :
R R M MO ⋅ L
+ C1 ⋅ L + C 2 ⇒ C1 = −
3 3 2
E ⋅ I ⋅0 = a ⋅ L + b ⋅ L − L + O ⋅ L
6 6 2 3


4.12. Equação dos três momentos: L
● Influência de MO na rotação dos apoios: MO
θb
A B
● As rotações nos apoios:
θa
Ra Rb
p/ x = 0 :
Ra R MO ⋅ L
E ⋅ I ⋅θ a = + M O ⋅ 0 + C1 ⇒ θ a = −
2 2 1
⋅ 0 + b ⋅ 0−L
2 2 3⋅ E ⋅ I
p/ x = L :
Ra Rb MO ⋅ L
E ⋅ I ⋅θ b =
2 2 1
⋅ L + ⋅ L−L + M O ⋅ L + C1 ⇒ θ b =
2 2 6⋅ E ⋅ I


● Dedução da equação: y La Lb
(a) A eq. de compatibilidade: A B C x

Ia Ib
θ ' b = −θ ' ' b Rb

La
(b) Cálculo de θ‘b (viga AB): Ma Mb

A B
θ'b
Ia
θ ' b = θ ' b ,Ma +θ ' b ,Mb +θ ' b ,c arg a R'b

Lb
Mb Mc
B C
θ''b
Ib
Nota: O sentido de Ma, Mb e Mc depende do carregamento da
viga, porém, nesta dedução, considerou-se os mesmos como
R''b
positivos.


θ'b,Ma+θ'b,Mb
● Dedução da equação: La
Ma Mb
(b.1) Contribuição de Ma e Mb em θ‘b:
A B
Ia
θ ' b ,Ma = M a ⋅ La / 6 ⋅ E ⋅ I a θ ' b ,Mb = M b ⋅ La / 3 ⋅ E ⋅ I a
La
θ'b,carga
(b.2) Contribuição da carga em θ‘b:
A B
( )
tg θ ' b ,c arg a = θ ' b ,c arg a = ∆ / La Ia
∆
M ⋅x
A
∆=∫ ⋅ dx
B
E⋅I
Aa
A B
θ 'b ,c arg a = Aa ⋅ xa / La ⋅ E ⋅ I a xa


● Dedução da equação: Lb
Mb Mc
(b.3) O valor de θ‘b: B C
Ib
θ ' b = θ ' b ,Ma +θ ' b ,Mb +θ ' b ,c arg a
c
,M
b+
θ''b
,M
θ''b
M a ⋅ La M b ⋅ La A ⋅x Lb
θ'b = + + a a
6 ⋅ E ⋅ I a 3 ⋅ E ⋅ I a La ⋅ E ⋅ I a
B C
Ib
(c) Cálculo de θ’’b (viga BC):
∆
a
,c arg
θ''b
θ ' 'b = θ ' 'b ,Mb +θ ' 'b ,Mc +θ ' ' b ,c arg a
Ab
M ⋅L M ⋅L A ⋅x B C
θ' 'b = b b + c b + b b
3 ⋅ E ⋅ I b 6 ⋅ E ⋅ I b Lb ⋅ E ⋅ I b xb


● Dedução da equação: y La Lb
(d) A eq. dos três momentos: A B C x

Ia Ib
θ ' b = −θ ' ' b
Rb
La
M a ⋅ La M b ⋅ La A ⋅x
+ + a a = Ma Mb
6 ⋅ E ⋅ I a 3 ⋅ E ⋅ I a La ⋅ E ⋅ I a A B
θ'b
Ia
 M b ⋅ Lb M c ⋅ Lb Ab ⋅ xb 
− + + ⇒ R'b
 3 ⋅ E ⋅ I b 6 ⋅ E ⋅ I b Lb ⋅ E ⋅ I b  Lb
Mb Mc
B C
L  L L  L  A ⋅x A ⋅x 
θ''b
M a ⋅  a  + 2⋅ Mb ⋅ a + b  + Mc ⋅ b  = −6 ⋅  a a + b b  Ib
 I   
 Ia   a Ib   Ib   La ⋅ I b Lb ⋅ I b  R''b


Nota: Quando todos os vãos da viga apresentarem o mesmo momento de inércia, Ia=Ib=I, tem-se:
A ⋅x A ⋅x 
M a ⋅ La + 2 ⋅ M b ⋅ (La + Lb ) + M c ⋅ Lb = −6 ⋅  a a + b b 
 La Lb 


● Se uma ou ambas as extremidades de uma viga contínua forem engastadas, o número
de momentos redundantes será maior, porém, o método dos três momentos pode ser
aplicado se admitir-se a substituição do engaste por um vão adicional fictício de inércia
infinita (I=∞). y La Lb
q P
Ma
A B C x
Ia Ib
Ra Rb Rc
y La Lb
q P
A B C x Nota: O valor I=∞ impede o
I=∞ Ia Ib deslocamento angular do
apoio A, semelhantemente
Ra Rb Rc ao engaste.


y L L
q
A B C x
Ra Rb Rc
(a) Aplicação da Eq. 3M:
A ⋅x A ⋅x 
M a ⋅ La + 2 ⋅ M b ⋅ (La + Lb ) + M c ⋅ Lb = −6 ⋅  a a + b b  ⇒
 La Lb 
 Aq ⋅ xq   Aq ⋅ xq 
0 ⋅ L + 2 ⋅ M b ⋅ (L + L ) + 0 ⋅ L = −6 ⋅ 2 ⋅   ⇒ 4 ⋅ M b ⋅ L = −12 ⋅  
 L   L 

(a.1) Cálculo de Aq e xq:
q⋅L
M (x ) =
q
y L ⋅ x − ⋅ x2 ⇒
2 2
xq L
q
A B x A B Aq = ∫ M (x ) ⋅ dx ⇒
0
I
M(x) q ⋅ L3 L
Aq = xq =
Ra=q⋅L/2 Rb=q⋅L/2 12 2
(a.2) Cálculo de Mb:
 Aq ⋅ xq   q ⋅ L3 L 1  q ⋅ L2
4 ⋅ M b ⋅ L = −12 ⋅   ⇒ 4 ⋅ M b ⋅ L = −12 ⋅  ⋅ ⋅  ⇒ Mb = −
 L   12 2 L 8


(b) As reações:
q ⋅ L2
L L
Mb = −
q q
8
Mb Mb
A B B C
Ra R'b R''b Rc
q ⋅ L M b q ⋅ L q ⋅ L2 3⋅ q ⋅ L
Ra = + = − ⇒ Ra =
2 L 2 L ⋅8 8
q⋅ L Mb q⋅ L Mb q⋅L q ⋅ L2 5⋅ q ⋅ L
Rb = − + − = 2⋅ + 2⋅ ⇒ Rb =
2 L 2 L 2 L ⋅8 4
q ⋅ L M b q ⋅ L q ⋅ L2 3⋅ q ⋅ L
Rc = + = − ⇒ Rc = Nota: A figura indica os
2 L 2 L ⋅8 8 valores positivos de M.

y L L L
q 3⋅L/4 P=q⋅L
A B C D x
I I I
Ra Rb Rc Rd

(a) Aplicação da Eq. 3M para os apoios A, B e C:

y L L
q
A B C x
I I
Ra Rb Rc
A ⋅x A ⋅x 
 La Lb 
 Aq ⋅ xq   Aq ⋅ xq 
0 ⋅ L + 2 ⋅ M b ⋅ (L + L ) + M c ⋅ L = −6 ⋅  + 0 ⇒ 4 ⋅ M b ⋅ L + M c ⋅ L = −6 ⋅  
 L   L 

(a.1) Cálculo de Aq e xq:
y L
xq
q
A B x A B
I
M(x)
Ra=q⋅L/2 Rb=q⋅L/2
L
q⋅L
M (x ) = ⋅ x − ⋅ x 2 ⇒ Aq = ∫ M (x ) ⋅ dx ⇒
q
2 2 0
q ⋅ L3 L
Aq = xq =
12 2

(b) Aplicação da Eq. 3M para os apoios B, C e D:
L L
3⋅L/4 P=q⋅L
B C D x
I I
Rb Rc Rd
A ⋅x A ⋅x 
 La Lb 
 Ap ⋅ x p   Ap ⋅ x p 
M b ⋅ L + 2 ⋅ M c ⋅ (L + L ) + 0 ⋅ L = −6 ⋅ 0 +  ⇒ M b ⋅ L + 4 ⋅ M c ⋅ L = −6 ⋅  
 L   L 

(b.1) Cálculo de Ap e xp:
L
xp
3⋅L/4 P=q⋅L
C D x C D
I
3⋅P⋅L/16
Rc=P/4 Rd=3⋅P/4 3 ⋅ P ⋅ L2
Ap =
32
x1 ⋅ A1 + x2 ⋅ A2 (2 ⋅ b1 / 3) ⋅ (b1 ⋅ h / 2 ) + (b1 + b2 / 3) ⋅ (b2 ⋅ h / 2 )
x= = ⇒
AT (b1 + b2 )⋅ h / 2
x
p / b1 = 3 ⋅ L/4 e b2 = L/4 : b1 b2
x
7 5
x = ⋅L ⇒ xp = ⋅ L 1 2
h
12 12
y

(c) O sistema:
y L L L
q 3⋅L/4 P=q⋅L
A B C D x
I I I
Ra Rb Rc Rd
  Aq ⋅ xq   49 ⋅ q ⋅ L2
 ⋅ ⋅ + ⋅ = − ⋅ q⋅L3
Mb = −
4 M b L M c L 6    4 ⋅ M ⋅ L + M ⋅ L = − 960
  L ⇒ b c
4
  3 ⇒
M ⋅ L + 4 ⋅ M ⋅ L = −6 ⋅  Ap ⋅ x p  M b ⋅ L + 4 ⋅ M c ⋅ L = − 15 ⋅ q ⋅ L
11 ⋅ q ⋅ L2
 b c    64 Mc = −
  L  240

4.14. Exemplo 2: Aplicação didática 49 ⋅ q ⋅ L2 11 ⋅ q ⋅ L2

Mb = − Mc = −
(d) As reações:
960 240
L L L
q 3⋅L/4 P=q⋅L
Mb Mb Mc Mc
A B B C C D
Ra R'b R''b R'c R''c Rd
q ⋅ L M b q ⋅ L 49 ⋅ q ⋅ L2 431 ⋅ q ⋅ L
Ra = + = − ⇒ Ra =
2 L 2 L ⋅ 960 960
q⋅ L Mb Mb Mc q⋅ L 49 ⋅ q ⋅ L2 11 ⋅ q ⋅ L2 89 ⋅ q ⋅ L
Rb = − − + = + 2⋅ − ⇒ Rb =
2 L L L 2 L ⋅ 960 L ⋅ 240 160
Mb Mc P Mc 49 ⋅ q ⋅ L2 11 ⋅ q ⋅ L2 q ⋅ L 93 ⋅ q ⋅ L
Rc = − + − =− + 2⋅ + ⇒ Rc =
L L 4 L L ⋅ 960 L ⋅ 240 4 320
3 ⋅ P M c 3 ⋅ q ⋅ L 11 ⋅ q ⋅ L2 169 ⋅ q ⋅ L Nota: A figura indica os
Rd = + = − ⇒ Rd =
4 L 4 L ⋅ 240 240 valores positivos de M.

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Universidade Federal do Pará - UFPA

Mecânica dos Sólidos 03:

2. Análise das tensões e deformações;

3. Deslocamentos em peças retilíneas fletidas;

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas;

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 1/54

Mecânica dos Sólidos 03:

2. Análise das tensões e deformações;

3. Deslocamentos em peças retilíneas fletidas;

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas;

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 2/54

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas:

● Grau de indeterminação estática: É o excesso de reações sobre o número de equações

● Redundantes: São as reações que excedem o número de

● Análise de peças hiperestáticas: A análise deste tipo de

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 3/54

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas:

● Exemplos de peças estaticamente indeterminadas:

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 4/54

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas:

(a) Equação diferencial da linha elástica;

(c) Momento estático de área;

(d) Equação dos três momentos.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 5/54

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas:

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 6/54

4.3. Exemplo 1: Aplicação didática

(a) Cálculo das reações: Em função de Rb.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 7/54

4.3. Exemplo 1: Aplicação didática

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 8/54

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 9/54

4.3. Exemplo 1: Aplicação didática

(f) Linha elástica:

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 10/54

4.4. Exemplo 2: Aplicação didática

(a) Cálculo das reações: Ra Rb

(b) Equação do momento fletor: Para 0≤x≤L/2.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 11/54

4.4. Exemplo 2: Aplicação didática

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 12/54

4.4. Exemplo 2: Aplicação didática

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 13/54

4.4. Exemplo 2: Aplicação didática

(f) Linha elástica:

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 14/54

4. Introdução ao estudo das estruturas hiperestáticas:

Nota: As equações de superposição exprimindo as condições impostas aos deslocamentos são

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 15/54

4.6. Exemplo 1: Aplicação didática

(a) Estrutura primária:

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4.6. Exemplo 1: Aplicação didática

(b) Equação de superposição (compatibilidade):

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4.7. Exemplo 2: Aplicação didática

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 18/54

4.7. Exemplo 2: Aplicação didática

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Mecânica dos Sólidos 03 19/54

4.7. Exemplo 2: Aplicação didática

(c) As reações Ra e Rc:

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4.8. Exemplo 3: Aplicação didática