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TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Título do REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR FASE IV - Emissão: 20/1/2023 Próxima revisão:
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1. OBJETIVO
Padronizar a atuação do Profissional de Educação Física juntamente com a equipe da
unidade multiprofissional os procedimentos da RCV Fase IV relacionada à saúde dos pacientes do
Centro de Reabilitação “Prof. Dr. Fausto da Cunha Oliveira”, do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).
2. MATERIAL
Serão usados para avaliação e tratamento os seguintes materiais:
• Informações gerais sociodemográficas: Papel, caneta, folhas, notebooks e computadores para
organização, planejamento e tabulação dos dados;
• Aptidão cardiovascular: aparelho de pressão arterial, cronômetro, cadeira, frequencímetro,
oxímetro, cones e trena;
• Composição corporal: balança analítica e/ou digital, estadiômetro, fita métrica (flexível e
inelástica), adipômetro, paquímetro e tetrapolar (Biodynamics 450®);
• Flexibilidade: banco de Wells;
• Força, Resistência Muscular Localizada (RML) e equilíbrio: dinamômetro, halteres, cadeira,
cronômetro, colchonetes e roteiro (papel ou digital) para testes de equilíbrio;
• Sessões dos exercícios físicos: bicicleta, esteira, cicloergômetros, theraband, Bola SuÍça, espaldar,
step, jump, halteres, caneleiras, bastão, colchonetes;
• Equipamentos de musculação;
• Medidas funcionais e psicoemocionais: questionários impressos e em versão on-line e escala de
silhuetas de Kakeshita (2009).
3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Centro de Reabilitação (CR) “Prof. Dr. Fausto da Cunha Oliveira” do HC-UFTM.
4. SIGLÁRIO
1RM: Teste de 1 repetição máxima
ACSM: American College of Sports Medicine
AMPARO: Avaliação Multidimensional, Planejamento, Atuação, Reavaliação e Orientação
CR: Centro de Reabilitação
DAC: Doença arterial coronariana
DASS-21: Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse
DCV: Doença Cardiovascular
DRC: Doença renal crônica
EBE: Escala de Bem-Estar
EBSERH: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EMAP: Espessura do Músculo Adutor do Polegar
FC: Frequência cardíaca
FITT-VP: Frequência, Intensidade, Tempo de duração, Tipo de Exercício, Volume e Planejamento
5. INFORMAÇÕES GERAIS
As doenças cardiovasculares se referem a diferentes problemas que afligem o coração
e os vasos sanguíneos e que propulsionam transformações na circulação do sangue, as quais geram
doença coronariana, cerebrovascular e vascular periférica (BARBOSA et al., 2021). Essas são
compreendidas como transtornos que afetam os vasos sanguíneos, podendo englobar as
enfermidades coronarianas, cerebrovascular, hipertensão arterial e arterial periférica, havendo
diferentes etiologias (REMARTINES et al., 2018). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
em 2017 as Doenças Cardiovasculares (DCVs) causaram a morte de 17,8 milhões de pessoas, tendo
cerca de 120 mil casos no ano, o que representa 31% das mortes ao nível mundial.
Neste contexto, a doença arterial coronariana (DAC) aparece com maior frequência,
sendo considerada uma das principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), assumindo
assim, um papel importante de saúde pública (LOPES et al., 2022). No entanto, ainda hoje, é
demonstrado que a DAC continua sendo a principal causa de mortalidade global e uma das
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principais causas de morbidade do século XXI, com exceção ao ano de 2020, quando a doença
causada pelo coronavírus (Covid-19) foi à primeira causa de morte (MARINHO, 2022).
O sedentarismo, que apresenta elevada prevalência no Brasil e no mundo, está
fortemente relacionado às DCVs e à mortalidade precoce (GUTHOLD ET AL., 2018). Em
contrapartida, maiores volumes de atividade física são positivamente associados à melhor
qualidade e à maior expectativa de vida, (POWELL ET AL., 2011) existindo uma forte e inversa
associação dos diferentes componentes da aptidão física com a mortalidade por todas as causas e
com a ocorrência de eventos cardiovasculares desfavoráveis. Ou seja, quanto menor o nível de
aptidão física, maior tende de ser a taxa de mortalidade.
O exercício físico, desde que planejado, supervisionado e orientado adequadamente é
considerado como fator preventivo de DCVs, mas deve ser utilizado como tratamento, de acordo
com o nível de agravamento da doença. Dessa forma é necessário compreender a diferença entre
atividade física e exercício físico. A atividade física é definida como qualquer movimento corporal
produzido por contrações musculares que resulta num acréscimo do gasto energético além dos
níveis de repouso (CARVALHO 2019). Exemplos são os movimentos de varrer, lavar louça, caminhar
de um local para outro, andar de bicicleta, subir escadas, realizar afazeres domésticos, entre outras.
Enquanto o exercício físico entende-se como um conjunto de movimentos planejados e
estruturados para um determinado objetivo, como o de melhorar ou manter alguma capacidade
física ou aumentar o desempenho (CARVALHO 2021).
Para que haja benefícios em um programa de reabilitação os exercícios físicos devem
seguir critérios corretos que incluem fortalecimento muscular e exercícios aeróbicos (CAMPOS ET
AL., 2018). Segundo a OMS, a reabilitação cardíaca é uma soma das atividades essenciais para
proporcionar as pessoas com cardiopatia melhora nas condições físicas, mentais e sociais, que com
seu próprio esforço possam ter uma vida mais ativa e produtiva. Segundo a Diretriz Brasileira de
Reabilitação Cardiovascular de 2020 (CARVALHO et al., 2020), o Profissional de Educação Física atua
diretamente na prescrição e na supervisão dos exercícios físicos, dentro das metas e dos limites
definidos na orientação médica, após a avaliação pré-participação e subsequentes reavaliações.
Devem ter conhecimentos específicos sobre as DCV e fisiologia do exercício, além de receberem
periodicamente treinamento de suporte básico de vida, incluindo o uso de desfibrilador automático
externo. Além da atuação nas sessões de exercícios físicos, podem contribuir para as orientações e
demais medidas, visando a adoção de hábitos saudáveis (CARVALHO et al., 2020).
Portanto, o principal objetivo da Reabilitação Cardiovascular (RCV) com ênfase nos
exercícios físicos planejados, orientados e supervisionados é propiciar uma melhora dos
componentes da aptidão física, tanto aeróbico quanto não aeróbicos (força/ potência muscular,
flexibilidade, equilíbrio), algo que exige a combinação de diferentes modalidades de treinamento.
Assim, a RCV deve proporcionar os mais elevados níveis de aptidão física passíveis de obtenção, de
modo a reduzir o risco de eventos cardiovasculares e promover todos os outros benefícios a serem
auferidos pela prática regular de exercícios físicos, culminando com a redução da mortalidade geral.
Tradicionalmente, a RCV é dividida em fases temporais, sendo a fase I intra-hospitalar e
as fases II a IV ambulatoriais. Na fase I da RCV objetiva-se que o paciente tenha alta hospitalar com
as melhores condições físicas e psicológicas possíveis, municiado de informações referentes ao
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estilo saudável de vida, em especial no que diz respeito ao exercício físico. A fase II começa
imediatamente após a alta hospitalar e tem duração média de 3 meses. Por sua vez, a fase III
costuma ter duração de 3 a 6 meses. Por fim, a fase IV tem duração prolongada, sendo esta realizada
preferencialmente sob acompanhamento do Profissional de Educação Física. Em todas as fases
objetiva-se progressão dos benefícios da RCV ou, pelo menos, a manutenção dos ganhos obtidos.
Recomenda-se uma estratificação do risco clínico que possibilite o uso mais racional das
fases dos programas, com direcionamento individualizado às modalidades de RCV. Nesse contexto,
os pacientes de alto risco, com menor capacidade física e mais sintomáticos, devem participar de
sessões supervisionadas por tempo indeterminado, enquanto os de menor risco, com maior
capacidade física e menos sintomáticos precocemente podem realizar exercícios sem a supervisão
direta (DIRETRIZ SUL-AMERICANA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR 2014).
A estratificação de risco clínico do paciente em alto, intermediário ou baixo é pautada
em recomendações prévias, como por exemplo, a Diretriz Sul-americana de Reabilitação
Cardiovascular (2014). As notas de corte para o enquadramento são baseadas na opinião de
especialistas, o que possibilita modificações regionais de acordo com a experiência da equipe da
RCV e com o julgamento clínico realizado na avaliação médica pré-participação e subsequentes
reavaliações.
De acordo com as Diretrizes Sul-Americanas de Reabilitação Cardiovascular (2014), as
características clínicas dos pacientes que se enquadrariam inicialmente no risco clínico alto
(presença de, pelo menos, uma delas) são:
• Internação por descompensação cardiovascular recente (menos de 8 a 12 semanas) devido
a quadros de: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou angina instável; revascularização cirúrgica ou
percutânea; arritmias complexas; morte súbita revertida; descompensação de Insuficiência
Cardíaca;
• Pacientes cardiopatas, com presença ou ausência de evento cardiovascular e/ou
intervenções, mas com importantes alterações funcionais ao esforço físico, ou seja:
1. Baixa capacidade funcional no Teste Ergométrico – TE (menor que 5 equivalentes
metabólicos [MET]) ou no Teste Cardiopulmonar de Exercício – TCPE (classificação de Weber C e D
ou consumo de oxigênio [VO 2] abaixo de 60% do predito para idade e sexo);
2. Sinais e sintomas de isquemia miocárdica em baixa carga (abaixo de 6 MET ou de VO 2 de 15
ml.kg -1.min -1);
3. Sintomatologia exacerbada (Insuficiência Cardíaca com classe funcional III e IV ou angina
classe funcional III e IV);
• Outras características clínicas de pacientes com risco aumentado aos exercícios físicos:
doença renal crônica (DRC) dialítica, dessaturação de oxigênio em esforço e arritmia ventricular
complexa em repouso ou esforço.
Já as características clínicas dos pacientes com risco intermediário (presença de, pelo
menos, uma característica) são:
• Evento cardiovascular ou intervenções com intervalo superior a 12 semanas, com
estabilidade do quadro clínico;
6.1 Admissão
O programa de RCV Fase IV do Centro de Reabilitação do HC-UFTM é dividido em 2
etapas: etapa ambulatorial e etapa não supervisionada presencialmente.
Para ser admitido na RCV Fase IV, o paciente deve cumprir obrigatoriamente os
seguintes critérios:
• ser encaminhado pelo médico cardiologista do Centro de Reabilitação “Prof. Dr. Fausto da
Cunha Oliveira”, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-
UFTM);
• passar pelo procedimento de avaliação do Programa de Recondicionamento Físico, proposto
pela Educação Física do HC-UFTM, link nas referências. Principalmente, os resultados do Teste
de Caminhada de 6 Minutos.
• estar elegivel segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014).
Os pacientes elegíveis, segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular
(2014), para RCV em um contexto de prevenção secundária são aqueles que apresentaram pelo
menos um dos seguintes quadros cardiovasculares no último ano:
✓ IAM/Síndrome coronariana aguda (SCA);
✓ Cirurgia de revascularização miocárdica;
✓ Angioplastia coronária;
✓ Angina estável;
✓ Reparação ou troca valvular;
✓ Transplante cardíaco ou cardiopulmonar;
✓ Insuficiência cardíaca crônica;
✓ Doença vascular periférica;
✓ Doença coronária assintomática;
✓ Pacientes com alto risco de doença cardiovascular.
6.2 Avaliação
Todos os pacientes são avaliados pré e pós etapa ambulatorial e após 6 meses e 1 ano
(meio e fim) na etapa sem supervisão da RCV Fase IV do HC-UFTM.
Para determinação dos procedimentos da avaliação foi realizada uma busca das
informações em materiais específicos por métodos validados para seleção dos atributos físicos
analisados. Além disso, foram realizados testes prévios feitos pela equipe (Profissional de
Educação Física - PEF e residentes da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde) para a
definição da logística de organização da avaliação. Desta forma, a avaliação poderá ser realizada
no CR do HC-UFTM e/ou Academia da UFTM com duração média de 90 minutos, de maneira
individual. Todas as avaliações serão registradas no prontuário eletrônico HC-UFTM do
colaborador, disponível no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU). A
organização das avaliações do condicionamento físico, aptidão funcional e saúde física e
psicoemocional (multidimensional) será de acordo com o “Formulário de Avaliação”. Este foi
desenvolvido seguindo informações científicas de testes validados para avaliação das
capacidades físicas relacionadas à saúde da população adulta. Serão propostas as seguintes
avaliações:
❖ Informações sociodemográficas
Informações coletadas serão: nome, data, e-mail e/ou WhatsApp, prontuário, data de
nascimento, sexo, idade, cidade/residência, ocupação, tempo de trabalho, etnia, diagnóstico de
Covid-19, tempo de internação, sintomas pós-Covid-19, enfermidades, medicamentos, doenças
cardiovasculares na família, uso de tabaco, dislipidemia e glicemia.
Visando garantir a segurança de todos os colaboradores será realizado questionário de
Triagem pré-exercício para prevenção contra a contaminação da Covid-19, proposta por Neto et
al.,2020.
❖ Medidas fisiológicas
Serão analisados os seguintes critérios:
✓ Família fator de risco de DCV: possui pai ou irmãos com DCV < 40mg/dL; LDL ≥130 mg/dL e
TGL ≥150 mg/dL;
✓ Glicemia: glicemia de jejum ≥100mg/dL (ACSM, 2010).
❖ Composição corporal
As medidas cineantropométricas serão realizadas de acordo com a Sociedade
Internacional para o Avanço da Cineantropometria (SILVA; VIEIRA, 2020). Será utilizada a
bioimpedância tetrapolar, massa corporal total, altura, perímetros, diâmetros corporais e dobras
cutâneas. Cálculos de índices antropométricos serão realizados para avaliação completa da
composição corporal serão conforme descritos abaixo:
Premium BK-F/FA (Balmak®, São Paulo, Brasil), com capacidade máxima de 200 kg e sensibilidade
de 50g, sendo verificada, semanalmente, a calibragem com peso padrão.
• Estatura
Será aferida com o indivíduo descalço, em duplicata, segundo as técnicas propostas pela
WHO (1995), utilizando-se estadiômetro acoplado à balança mecânica da marca Balmak
Premium BK-F/FA (Balmak®, São Paulo, Brasil), com extensão de 2,13 m e precisão de 0,1 cm. Foi
admitida variação máxima de 0,5 cm entre as duas medidas, utilizando-se a média como
resultado final. Caso a aferição das medidas ultrapasse a variação de 0,5 cm, foram realizadas
novas medidas até se obter medidas no intervalo aceitável.
• Perímetro da cintura
Os perímetros da cintura e do quadril serão aferidos duas vezes (utilizando-se a média
dos valores), no plano horizontal, utilizando uma trena antropométrica com extensão de 2
metros, flexível e inelástica da marca Sanny TR4013 (Sanny®, São Paulo, Brasil), dividida em
centímetros e subdividida em milímetros. O perímetro da cintura será medido no ponto médio
entre a margem inferior da última costela e a crista ilíaca, no plano horizontal (WHO, 2008).
• Perímetro do quadril
O perímetro do quadril será verificado na região glútea, sendo circundado o maior
perímetro horizontal entre a cintura e os joelhos.
formando um ângulo de noventa graus com o chão (sendo considerado o ponto de maior
circunferência da panturrilha da perna direita).
❖ Avaliação do bem-estar
Escala de Bem-Estar (EBE) de Hooper e Mackinnon (1995) será utilizada para avaliação
do bem-estar. A escala avalia à percepção da fadiga, dor muscular, qualidade do sono e estresse.
O questionário segue uma escala de 1-7, sendo que nas variáveis estresse, fadiga e dor muscular
o 1 é muito, muito baixo e o 7 é muito, muito alto e na variável qualidade do sono, o 1 é muito,
muito mal e o 7 é muito, muito bom.
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❖ Etapa ambulatorial
A etapa ambulatorial tem duração de 6 meses podendo ser ampliado de acordo com as
necessidades do paciente.
Cada sessão tem duração aproximada de 60 minutos, com frequência de 2 vezes por
semana, em dias alternados, e realizadas na academia da UFTM em horário pré-definido.
Num primeiro momento o paciente é atendido individualmente e após a evolução no
tratamento o paciente passa a fazer parte de um grupo.
Tanto no início quanto no final dessas sessões, afere-se a frequência cardíaca (FC),
pressão arterial (PA) e saturação de oxigênio (SpO2) do paciente.
Nas situações em que é identificado quadro de hipertensão arterial logo na chegada do
paciente ao setor de atendimento, é aplicado somente relaxamento por um período de 10 a 15
minutos.
Quando o quadro persiste, o paciente é informado sobre a necessidade de procurar uma
Unidade de Pronto Atendimento.
Por outro lado, sempre que algum paciente apresentar alguma manifestação de
intolerância ao exercício físico durante as sessões de recondicionamento este é monitorizado e,
dependendo da condição, o treinamento é interrompido.
Em caso de quadro hipertensivo agudo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU) será acionado.
Cada sessão é adaptada às limitações de cada participante sendo dividida em 3 partes:
Parte 1 – Aquecimento (5 minutos); Parte 2 - Parte Principal (50 minutos) subdivida em exercícios
aeróbicos e exercícios resistidos; Parte 3 – Desaquecimento/Alongamento (5 minutos).
✓ Outros exercícios
Visando a saúde global, considerando a cardiopatia e doenças associadas, pode ser
necessário acrescentar outros tipos de exercícios, como treinamento isométrico manual,
treinamento da musculatura inspiratória e exercícios para aprimorar o equilíbrio e a flexibilidade
(CARVALHO et al., 2020).
7. MONITORAMENTO E SEGURANÇA
Além de esfigmomanômetros e estetoscópios, há vários recursos disponíveis, como
cardiofrequencímetros e aplicativos de celulares que podem ser usados para monitoramento da FC,
glicosímetros e oxímetros digitais. Durante as sessões de exercícios e/ou avaliação o paciente que
manifestar qualquer tipo de desconforto, dor ou sensação de fadiga excessiva será liberado da
atividade. Caso haja a incidência de qualquer tipo de mal-estar e/ou adversidade cardiorrespiratória
o SAMU será acionado e o paciente será encaminhado para o Pronto de Socorro do HC-UFTM.
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8. REFERÊNCIAS
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• Barbosa N, Correia M, Silva J, Silva R. Perfil de pacientes adultos com doenças cardiovasculares
no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Estácio Recife. 2021; 6: 1-13.
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[Acesso em: 24 mar 2022] v. 117, n. 5, p. 986-987. Disponível em: <
https://doi.org/10.36660/abc.20210825 >.
• Oliveira, Gláucia Maria Morais; Brant, Luisa Campos Caldeira; Polanczyk, Carisi Anne; Biolo,
Andreia; Nascimento, Bruno Ramos; Malta, Deborah, Carvalho; Souza, Maria de Fatima, Marinho;
Soares, Gabriel Porto; Junior, Gesner Francisco Xavier; Carrion, M. Julia Machline; Bittencourt, Marcio
Sommer; Neto, Octavio M. Pontes; Silvestre, Odison Marcos; Texeira, Renato Azeredo; Sampaio, Roney
Orismar; Gaziano, Thomaz A.; Roth, Gregory A.; Ribeiro, Antônio Luiz Pinho. Estatística Cardiovascular -
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9. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 6/12/2022 Elaboração do POP