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Curso: Serviço Social - 3ª Ano

Disciplina: Oficina VI
Docente: Iana Carla Couto
Data: Semestre 2\2022
Discente: Ana Paula Leonardo Spada, Ediane Paes Godinho, Simone Hubner

Este estudo objetivou compreender os conceitos centrais abordados por


Maria das Graças e Silva no seu livro Questão Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável um desafio ético-político ao Serviço Social. Mais especificamente do
tópico 2.3 A “questão ambiental” e os desafios ao Serviço Social, página 143, 1ª
edição. Além disso, as sistematizações e debates realizados na disciplina.
No modo de produção capitalista o ethos comum é entendido como o ser
social separado da natureza, nesse sentido, acabamos por separar intrinsecamente
a "questão social" da "questão ambiental". Isoladamente temos a questão social e as
suas expressões como as desigualdades sociais que a majoritária população da
humanidade se encontra e a questão ambiental refletida para Graça e Silva (2010, p.
143) como a “destrutividade ambiental, resultantes da apropriação privada da
natureza, mediadas pelo trabalho humano”.
Ambas definições decorrem do modo de produção capitalista, que segundo a
autora evidencia a sua autorreprodução na força brutal que rompe a destrutividade
ambiental e social, como a fome, a miséria, o racismo, o desemprego e a destruição
ambiental. O capitalismo se atenta a administrar suas contradições por via de
programas compensatórios, baseados no solidarismo, respeito, direitos humanos e a
defesa do meio ambiente.
Pode-se repara, que, na verdade, a preocupação com a questão ambiental se
evidenciou enquanto o capital se depara com esgotamentos de matérias-primas,
baixa produtividade do solo, destruição da bio-diversidade e a quantidade
exacerbada de mercadorias e seus poluentes diversos.
Com esse pontos levantados, se percebe a dualidade que é defendida essas
duas concepções, visto que a diferenciação entre a "questão social" da "questão
ambiental", negando a estrutura de vinculação entre ambas, se implementa a dar
respostas centralizadas aos consumidores, ou seja, ao humano, são insuficientes
diante da depredação do sistema vigente. Segundo, Graça e Silva (2010, p. 145) “a
“questão ambiental” é, assim, tratada na perspectiva do indivíduo, ignorando-se por
esta via, o papel da organização social burguesa, impulsionada pela acumulação
privada, no desfecho deste quadro”, ou seja, além da responsabilidade social o
indivíduo também é sobrecarregado da responsabilidade ambiental.
Atuação profissional do assistente social vem ocorrendo a pouco tempo, de
início, interpretada no campo da intervenção ou pesquisa. Mas também a profissão
começa a ser inserida no campo ambiental devido as ações de responsabilidade
ambientais desenvolvidas pelo Estado e por empresas privadas.
Nas apresentações de trabalhos científicos a questão ambiental já vem sendo
tratada de modo enviesado com as temáticas da questão agraria, urbanização,
formação da população, saneamento básico. Essas medidas que auxiliam na
garantia de direitos mínimos para a população, que mostram a inquietação do
serviço social sobre a questão ambiental, na qual o aprofundamento está se
tornando cada vez mais necessário, com pesquisas conhecimentos científicos, se
tornando um novo campo de intervenção da profissão.
Assim o foco da profissão nessa temática está em um caráter educativo,
pedagógico, voltadas as administrações institucionais, gestão de projetos, o
profissional da assistência social. Utiliza dos seus conhecimentos para uma melhor
aplicação e melhoria das condições da a intervenção será aplicada, sendo voltada
principalmente essas intervenções no campo de empresas privadas, pois vinculam a
questão socioambiental.
Nesse sentido o capitalismo vem em encontro a essa nova perspectiva, pois
com as empresas incorporando as práticas socioambientais, vincula -se mais
lucratividade, maior construção de uma hegemonia na responsabilidade social,
definindo como uma resposta a questão social que estabelece ligação com
degradação ambiental.
O Serviço Social, tem em seu currículo grande pratica, em conduzir a
formação e organização da cultura, devido a sua formação histórica, assim
consegue vincular o papel pedagógico, conforme Abreu (2022, p.17)” a função
pedagógica do assistente social em suas diversidades é determinada pelos vínculos,
que a profissão estabelece com as classes sociais e se materializa...”.
Segundo a autora a profissão está integrada na Gestão Ambiental com
ênfase na Educação Ambiental, formando um conjunto de controle de mediação
neste domínio. Mesmo não sendo papel exclusivo do serviço social a educação
ambiental, ela vem sendo inserida na forma de campanhas educativas, seminários,
fóruns, ganhando evidência na área social,
criando demanda.
Assim, a questão da educação ambiental, adquire dois aspectos: um está
relacionado com a manifestação da concentração da riqueza e do poder social, e
centra-se na falta de recursos das políticas públicas, de modo a ser unificado com
a sustentabilidade social e com patível com a democratização do capitalismo. Por
outro lado, expressa-se numa perspectiva transformadora, liga-se a projetos de
classe, não se limitando a trajetórias de atuação profissional, mas assumindo um
papel essencialmente social, uma vez que se inserem nas lutas sociais, superando
as expressões sociais.
Nesse contexto, a educação ambiental não se limita a intermediar a
implementação de ações socioambientais, regida apenas pela busca de políticas
públicas e acesso a bens e serviços, mas refere-se a uma busca libertadora, à luta
pela autodeterminação. O sujeito, poder político e riqueza social, a apropriação
necessária da natureza.

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