Você está na página 1de 31

Diretriz:

Suplementação de
vitamina A em gestantes

OMS | Diretriz i Suplementação de vitamina A em gestantes


OMS | Diretriz ii Suplementação de vitamina A em gestantes
Diretriz:
Suplementação de
vitamina A em gestantes

OMS | Diretriz iii Suplementação de vitamina A em gestantes


Catalogação-na-fonte: Biblioteca da OMS:

Diretriz: suplementação de vitamina A em gestantes.

1.Vitamina A – administração e dosagem. 2.Deficiência de vitamina A – prevenção e controle. 3.Gravidez.


4.Nutrição pré-natal. 5.Guia. I.Organização Mundial da Saúde.

ISBN 978 92 4 850178 4 (NLM classification: WD 110)

© Organização Mundial da Saúde 2013

Todos os direitos reservados. As publicações da Organização Mundial da Saúde estão disponíveis no sitio
web da OMS (www.who.int) ou podem ser compradas a Publicações da OMS, Organização Mundial da
Saúde, 20 Avenue Appia, 1211 Genebra 27, Suíça (Tel: +41 22 791 3264; fax: +41 22 791 4857; e-mail:
bookorders@who.int).

Os pedidos de autorização para reproduzir ou traduzir as publicações da OMS – seja para venda ou para
distribuição sem fins comerciais - devem ser endereçados a Publicações da OMS através do sitio web da
OMS (http://www.who.int/about/licensing/copyright_form/en/index.html).

As denominações utilizadas nesta publicação e a apresentação do material nela contido não significam,
por parte da Organização Mundial da Saúde, nenhum julgamento sobre o estatuto jurídico ou as
autoridades de qualquer país, território, cidade ou zona, nem tampouco sobre a demarcação das suas
fronteiras ou limites. As linhas ponteadas nos mapas representam de modo aproximativo fronteiras sobre
as quais pode não existir ainda acordo total.

A menção de determinadas companhias ou do nome comercial de certos produtos não implica que a
Organização Mundial da Saúde os aprove ou recomende, dando-lhes preferência a outros análogos não
mencionados. Salvo erros ou omissões, uma letra maiúscula inicial indica que se trata dum produto de
marca registado.

A OMS tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação contida nesta publicação. No
entanto, o material publicado é distribuído sem nenhum tipo de garantia, nem expressa nem implícita.
A responsabilidade pela interpretação e utilização deste material recai sobre o leitor. Em nenhum caso se
poderá responsabilizar a OMS por qualquer prejuízo resultante da sua utilização.

Projeto e layout: Alberto March

Citação sugerida OMS. Diretriz: Suplementação de vitamina A em gestantes. Genebra: Organização


Mundial da Saúde; 2013.

OMS | Diretriz IV Suplementação de vitamina A em gestantes


Índice Agradecimentos VI

Suporte financeiro VI

Resumo 1

Escopo e objetivo 2

Histórico 2

Resumo das evidências 4

Recomendações 5

Observações 5

Disseminação, adaptação e implementação 6

Disseminação 6

Adaptação e implementação 6

Monitoramento e avaliação da implementação da diretriz 7

Implicações para futuras pesquisas 8

Processo de desenvolvimento da diretriz 8

Grupos de Aconselhamento 8

Escopo da diretriz, avaliação das evidências e tomada de decisões 9

Gestão de conflitos de interesse 10

Planos de atualização desta diretriz 11

Referências 12

Anexo 1 Análises Adicionais 14

Anexo 2 Tabelas “Resumo das descobertas” GRADE 15

Anexo 3 Membros do Comitê Diretor de Diretrizes sobre suplementação de


vitamina A da OMS/UNICEF 16

Anexo 4 Membros do Grupo de Suplementação de Vitamina A,


Secretaria e especialistas externos da OMS 17

Anexo 5 Membros do Painel de Especialistas e Colaboradores Externos 20

Anexo 6 Questões no formato População, Intervenção, Controle, Resultados (PICO) 23

Anexo 7 Resumo das considerações dos membros do NUGAG para determinar


o impacto da recomendação 24

OMS | Diretriz V Suplementação de vitamina A em gestantes


Agradecimentos Esta diretriz foi coordenada pela Dra. Lisa Rogers sob a supervisão do Dr. Juan Pablo
Peña-Rosas, com a participação técnica do Dr. Rajiv Bahl, Dra. Luz Maria de Regil, Sra.
Tracey Goodman e Dr. Jose Martines. Sinceros agradecimentos à Dra. Regina Kulier
e sua equipe junto à Secretaria do Comitê Revisor de Diretrizes pelo apoio ao longo
de todo o processo. Estendemos também agradecimentos à Dra. Davina Ghersi pela
orientação técnica e auxílio no preparo das consultas técnicas desta diretriz e ao Sr.
Issa T. Matta e Sra. Chantal Streijffert Garon do Escritório de Aconselhamento Jurídico
da Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo apoio com os procedimentos de gestão
dos conflitos de interesses. A Sra. Grace Rob e a Sra. Paule Pillard, da Unidade de
Micronutrientes, Departamento de Nutrição em prol da Saúde e Desenvolvimento,
contribuíram com suporte logístico.
A OMS agradece imensamente a colaboração técnica dos membros do Comitê
Diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)/ OMS ao Grupo da
Diretriz de Suplementação de Vitamina A e ao Painel de Especialistas e Colaboradores
Externos. A OMS também agradece à Cochrane Editorial Unit pelo suporte coordenando
a atualização das revisões sistemáticas utilizadas para substanciar esta diretriz e o
resumo das descobertas de evidências.
Agradecemos a atenção e o apoio técnico dispensados pela Unidade Técnica de
Saúde Familiar da OPAS/Brasil pela revisão da tradução dos guias para o idioma em
português.

Suporte financeiro A OMS agradece ao Governo de Luxemburgo por fornecer suporte financeiro para este
trabalho.

OMS | Diretriz VI Suplementação de vitamina A em gestantes


Diretriz da OMS1 Suplementação de vitamina A em gestantes

Resumo As taxas de mortalidade materna continuam altas, com cerca de 1000 mulheres
morrendo em função de complicações na gravidez e no parto no mundo, todos os
dias. A deficiência de vitamina A também afeta cerca de 19 milhões de gestantes, a
maior parte delas nas regiões da África e Sudeste da Ásia, segundo a divisão territorial
da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a gestação, a vitamina A é essencial
para a saúde da mãe e também para a saúde e desenvolvimento do feto. Os Estados
Membros solicitaram orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os
efeitos e a segurança da suplementação de vitamina A em gestantes como estratégia
de saúde pública.
A OMS desenvolveu esta recomendação substanciada com evidências utilizando
os procedimentos apresentados no guia OMS para desenvolvimento de diretrizes.
Os passos deste processo incluem: (i) identificação de questões prioritárias e
resultados; (ii) obtenção de evidências; (iii) avaliação e síntese das evidências; (iv)
formulação de recomendações, incluindo prioridades de pesquisa; e (v) planejamento
para disseminação, implantação, avaliação de impactos e atualização da diretriz.
A metodologia de Análise, Desenvolvimento e Avaliação da Classificação de
Recomendações (GRADE) foi utilizada para preparar perfis de evidências relacionados
aos tópicos pré-selecionados, com base em revisões sistemáticas atualizadas. Um
grupo de especialistas internacionais multidisciplinar participou de duas consultas
técnicas da OMS, realizadas em Genebra, Suíça de 19-20 de outubro de 2009 e de 16-
18de março de 2011, para revisar e discutir as evidências e a minuta de recomendação
e votar sobre o impacto da recomendação, levando em consideração: (i) efeitos
desejados e indesejados desta intervenção; (ii) qualidade da evidência disponível;
(iii) valores e preferências relacionadas à intervenção, em diferentes cenários; e (iv) o
custo das opções disponíveis de funcionários da área de saúde em diferentes cenários.
Todos os membros do grupo da diretriz preencheram um Formulário de Declaração de
Interesses antes de cada reunião. Um Painel de Especialistas e Colaboradores Externos
participou de todo o processo.
A suplementação de vitamina A durante a gestação como parte da rotina de
cuidados pré-natais não é recomendada para prevenção da morbidade e mortalidade
materna e infantil (forte recomendação). Em locais onde a deficiência de vitamina A
é um problema severo de saúde pública, a suplementação de vitamina A durante a
gestação é recomendada para prevenir a cegueira noturna (forte recomendação). A
qualidade das evidências disponíveis para mortalidade materna foi considerada alta,
enquanto que para os demais resultados críticos foi considerada moderada.

1
Esta publicação é uma diretriz da OMS. Uma diretriz da OMS é um documento, independente de seu título, que
contém recomendações da OMS sobre intervenções de saúde, sejam elas intervenções clínicas, de saúde pública ou de
políticas. Uma recomendação traz informações sobre aquilo que deverá ser feito pelos desenvolvedores de políticas,
fornecedores de serviços de saúde ou pacientes. Ela traz uma escolha entre diferentes intervenções que tenham
um impacto sobre a saúde e que tenham ramificações para o uso de recursos. Todas as publicações que contêm
recomendações da OMS são aprovadas pelo Comitê Revisor de Diretrizes da OMS.

OMS | Diretriz 1 Suplementação de vitamina A em gestantes


Escopo e objetivo Esta diretriz traz recomendações globais e baseadas em evidências para com o uso
de suplementos de vitamina A em gestantes para prevenir a morbidade, mortalidade
e cegueira noturna em populações onde a deficiência de vitamina A possa ser um
problema de saúde pública.
A diretriz irá auxiliar os Estados Membros e seus parceiros em suas ações para
tomada de decisões informadas sobre as ações nutricionais adequadas para alcançar
os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em especial a melhora da saúde materna
(MDG 5). A diretriz é voltada para um vasto público, inclusive desenvolvedores de
políticas, seus conselheiros especializados, e equipe técnica e de programação
em empresas participantes do projeto, implantação e aprimoramento das ações
nutricionais para saúde pública.
Este documento apresenta a recomendação principal e um resumo das evidências
de suporte. Outros detalhes sobre a base comprobatória estão apresentados nos
Anexos 1 e 2 e nos demais documentos relacionados nas referências.

Histórico Cerca de 1000 mulheres morrem em função de complicações na gravidez e no


parto no mundo, todos os dias (1). Quase todas essas mortes ocorrem em países em
desenvolvimento, e a maioria poderia ser evitada com a prevenção de complicações
como sangramento severo (hemorragia), infecções, alta pressão arterial, obstrução
no trabalho de parto, aborto não seguro e doenças como malária, anemia e vírus da
imunodeficiência humana (HIV)/síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
durante a gestação (2). Embora entre 1997 e 2007 tenha sido observada queda no
número de mortes de bebês de 60 para 40 em cada 1000 nascidos vivos, as taxas de
mortalidade infantil continuam altas em regiões territoriais da Organização Mundial
da Saúde (OMS) como a África, Mediterrâneo Oriental e Sudeste da Ásia (3). As mortes
neonatais respondem por 36% das mortes de crianças menores que 5 anos de idade em
todo o mundo (4). Essas mortes resultam principalmente pela pré-maturidade e baixo
peso no nascimento (31%), infecções neonatais (26%), asfixia no nascimento (falta de
oxigênio no nascimento) e trauma no nascimento (23%). Uma proporção importante
de neonatos morre em função de anomalias congênitas (6,8%), outras causas perinatais
não infecciosas (5,7%), tétano (5%) e doenças relacionadas à diarreia (2,6%).
A deficiência de vitamina A também continua sendo um problema de saúde
pública entre mulheres, afetando cerca de 19 milhões de gestantes (5), a maioria delas
das regiões da África e Sudeste da Ásia, segundo a divisão territorial da Organização
Mundial da Saúde (OMS). Durante a gestação, a vitamina A é essencial para a saúde da
mãe e também para a saúde e desenvolvimento do feto. A vitamina A é importante
para a divisão celular, crescimento e maturação dos órgãos e esqueleto fetais,
manutenção do sistema imune para fortalecer as defesas contra a infecção e
desenvolvimento da visão no feto, bem como manutenção da saúde dos olhos
e visão noturna materna (6, 7). Portanto, há aumento da necessidade de vitamina A
durante a gestação, embora a quantidade adicional necessária seja pequena e a maior
exigência seja limitada ao terceiro trimestre. A ingestão nutricional recomendada (RNI)
de vitamina A para mulheres durante a gestação é de 800 µg e equivalentes de retinol
(RE)/dia (8), o que pode ser difícil de atingir somente com a dieta em algumas áreas

OMS | Diretriz 2 Suplementação de vitamina A em gestantes


deficientes em vitamina A. As fontes alimentares de pró-vitamina A incluem vegetais
como cenoura, abóbora, mamão e óleo de palma vermelha; os alimentos de origem
animal ricos em vitamina A pré-formada incluem laticínios (leite integral, iogurte,
queijo), fígado, óleos de peixe e leite humano (7, 8).
Embora as gestantes sejam suscetíveis à deficiência de vitamina A durante
toda a gestação, a deficiência é mais comum no terceiro trimestre em função do
desenvolvimento fetal acelerado e aumento fisiológico no volume de sangue durante
esse período (9,10). Em uma gestante com deficiência moderada de vitamina A, o feto
ainda consegue obter vitamina A suficiente para se desenvolver adequadamente,
mas utilizando as reservas de vitamina A maternas (11). A deficiência de vitamina A
também pode ocorrer durante períodos em que os índices de doenças infecciosas
estão altos e/ou durante estações em que há escassez de alimentos ricos em vitamina
A (12). A prevalência da cegueira noturna (uma consequência da deficiência de
vitamina A) também é mais comum no terceiro trimestre da gestação, e populações
com prevalência >5% são consideradas como acometidas de importante problema de
saúde pública com relação à deficiência de vitamina A (5, 13). Estima-se atualmente que
9,8 milhões de gestantes sejam afetadas pela cegueira noturna em todo o mundo (5).
Há algumas indicações de que baixas doses de suplementos de vitamina A
administrados diária ou semanalmente, começando no segundo ou terceiro trimestres,
pode reduzir a severidade da queda nos níveis de retinol no sangue materno durante
o final da gestação e os sintomas de cegueira noturna (14). Um estudo sugeriu que são
necessárias 12 semanas de suplementação para evitar a queda nos níveis de retinol no
sangue (15).
Em alguns países, a vitamina A está disponível em diversas formulações de vitaminas
para cuidados pré-natais. Quando administrada isoladamente, os componentes mais
comumente utilizados são o palmitato de retinila e acetato de retinila em forma de
comprimidos ou soluções à base de óleo. Formas alternativas de administração incluem
óleo de fígado de peixe, β-caroteno e uma combinação de β-caroteno e vitamina A.
As doses recomendadas para os suplementos de vitamina A geralmente são bem
toleradas por gestantes; entretanto, a vitamina A pode ser tóxica para a mãe e seu feto
quando os níveis de ingestão ultrapassam 10 000 UI por dia ou 25 000 UI por semana
(16). O β-caroteno, um precursor da vitamina A, pode ser preferencial comparado com
os suplementos de vitamina A em gestantes, pois não há conhecimento de que o
excesso de β-caroteno cause defeitos no nascimento (17).
Os sintomas da toxicidade aguda de vitamina A incluem tontura, náusea, vômitos,
dores de cabeça, visão turva, vertigem, redução na coordenação muscular, esfoliação
da pele, perda de peso e fadiga (18). Geralmente, a toxicidade é resultado de ingestão
excessiva de suplementos de vitamina A, mas a ingestão regular de fígado, embora
geralmente não seja um problema em áreas com deficiência de vitamina A, também
pode gerar toxicidade em função de seu alto conteúdo de vitamina A (19)

OMS | Diretriz 3 Suplementação de vitamina A em gestantes


Resumo das Duas revisões sistemáticas Cochrane que avaliaram os efeitos da suplementação de
evidências vitamina A em gestantes foram atualizadas para o preparo desta diretriz (20, 21). A
primeira revisão avaliou a eficácia da suplementação de vitamina A (ou de um de seus
derivados) na gestação, isoladamente ou combinada com outras vitaminas e minerais,
com relação aos resultados maternos e de recém-nascidos (20). Essa revisão mostrou
que administrar suplementos de vitamina A para mulheres durante a gestação não teve
nenhum efeito para com o risco da mortalidade materna (três estudos; taxa de risco
relativo (RR) 0,78; 95% intervalo de segurança (IS) 0,55-1,10), mortalidade perinatal (um
estudo: RR 1,01; 95% IS 0,95-1,07), mortalidade neonatal (três estudos: RR 0,97; 95%
IS 0,90-1,05) ou natimorto (um estudo: RR 1,06; 95% IS 0,98- 1,14). Em um estudo, a
suplementação de vitamina A reduziu o risco de cegueira noturna materna (RR 0,70;
95% IS 0,60-0,82). Todos os estudos que investigaram a mortalidade materna e perinatal
utilizaram suplementação semanal com vitamina A. A OMS realizou uma meta análise
adicional após excluir um estudo realizado somente com gestantes HIV-positivas. O
único resultado crítico afetado pela exclusão desse estudo foi a mortalidade neonatal,
embora o efeito da suplementação de vitamina A tenha permanecido insignificante
(dois estudos: RR 1,00; 95% IS 0,88-1,14) (Anexo 1).
A segunda revisão avaliou a eficácia e segurança da suplementação de vitamina
com relação ao risco de aborto espontâneo, resultados adversos maternos e resultados
adversos fetais e do bebê (21). A revisão não encontrou diferenças na perda fetal
total (incluindo abortos ou combinação de abortos e natimortos) em mulheres que
receberam a administração de vitamina A comparada com placebo (um estudo: RR
1,04; 95% IS 0,92 1,17), β-caroteno comparado com placebo (um estudo: RR 1,03; 95%
IS 0,91-¬1,16), vitamina A com ou sem multivitaminas comparada com multivitaminas
(excluindo a vitamina A) ou placebo (um estudo: RR 0,80; 95% IS 0,53-1,21), ou vitamina
A mais ferro e ácido fólico comparada com ferro e ácido fólico (três estudos: RR 1,01;
95% IS 0,61-1,66). Semelhantemente, não houve diferença nas taxas de natimortos e
mortes neonatais entre as mulheres que receberam administração de qualquer tipo
de vitamina A, isoladamente ou combinada com β-caroteno, multivitaminas ou ferro e
ácido fólico, na comparação com os controles.
A qualidade geral das evidências disponíveis para mortalidade materna foi
considerada alta, enquanto que para todos os demais resultados críticos foi considerada
moderada (Anexo 2).

OMS | Diretriz 4 Suplementação de vitamina A em gestantes


Recomendações • A suplementação de vitamina A durante a gestação como parte da rotina de
cuidados pré-natais não é recomendada para prevenção da morbidade e
mortalidade materna e infantil (forte recomendação2).

• Em locais onde a deficiência de vitamina A é um problema severo de saúde


pública, a suplementação de vitamina A durante a gestação é recomendada
para prevenir a cegueira noturna (forte recomendação3).

A tabela 1 apresenta uma sugestão de esquema para suplementação de vitamina A.

Tabela 1
Esquema sugerido para suplementação de vitamina A em gestantes para
evitar a cegueira noturna em áreas com severos problemas de saúde pública
relacionados à vitamina A

Grupo alvo Gestantes

Dose Até 10.000 UI de vitamina A (dose diária) OU Até 25.000


UI de vitamina A (dose semanal)

Frequência Diária ou semanal

Via de administração Líquido oral, preparo à base de óleo de palmitato de


retinila ou acetato de retinila

Duração Pelo menos 12 semanas durante a gestação até o parto

Cenários Populações nas quais a prevalência de cegueira noturna


é de 5% ou mais em gestantes ou 5% ou mais em
crianças de 24-59 meses de vida

UI, unidades internacionais

Observações • Esta diretriz substitui as recomendações prévias sobre a suplementação de


vitamina A em mães para prevenir a deficiência de vitamina A (22) e para
melhorar o nível de vitamina A das mães e seus bebês (23).

• Outras intervenções como diversificação alimentar (8) e fortificação de


alimentos (24) podem ser utilizadas juntamente com a suplementação de
vitamina A para melhorar a ingestão da vitamina A.

2
Uma forte recomendação é aquela que o grupo de desenvolvimento da diretriz acredita que os efeitos desejados da
aderência superam os efeitos indesejados. Ela pode ser tanto a favor como contra a intervenção. As implicações de uma
forte recomendação para pacientes são de que a maioria das pessoas nessas condições desejariam o procedimento
recomendado e somente uma pequena porção não desejaria. As implicações para os médicos são que a maioria dos
pacientes deveria receber o procedimento recomendado e que a aderência a esta recomendação é uma medida
razoável de assistência de boa qualidade. Com relação aos desenvolvedores de políticas, uma forte recomendação
significa que ela pode ser adaptada como uma política na maioria dos casos A.
3
A determinação da deficiência de vitamina A como sendo um problema de saúde pública envolve a estimativa da
prevalência da deficiência em uma população usando indicadores bioquímicos e clínicos específicos do nível de
vitamina A. A classificação dos países com base nas estimativas mais recentes está apresentada na referência (5).

OMS | Diretriz 5 Suplementação de vitamina A em gestantes


• As gestantes devem ser estimuladas a receber nutrição adequada, que é mais
bem obtida pelo consume de uma dieta saudável e equilibrada, e a consultar
as diretrizes sobre alimentação saudável durante a gestação (25).

• Não é recomendado administrar uma dose única de suplemento de vitamina


A superior a 25 000 UI, especialmente entre os dias 15 e 60 após a concepção
(dia 0); após 60 dias da concepção, a segurança de uma dose única de vitamina
A superior a 25 000 UI é incerta. O risco de toxicidade desenvolvimental não
teratogênica provavelmente será reduzido com o progresso da gestação (23).

• Não há benefícios comprovados da ingestão de suplementos de vitamina A


em populações onde as ingestões usuais de vitamina A ultrapassam em pelo
menos três vezes o RNI (cerca de 8000 UI ou 2400 pg RE), e o risco potencial de
eventos adversos aumenta com as maiores ingestões (acima de 10 000 UI) se
houver ingestão rotineira de suplementos (23).

• É importante criar um processo de garantia de qualidade para assegurar que


os suplementos sejam fabricados, embalados e armazenados em um ambiente
controlado e não contaminado (26).

• Ao determinar o nível de vitamina A de uma população, deverão ser consultadas


as diretrizes sobre indicadores para avaliação da deficiência de vitamina A (27, 28).

• As recomendações para o tratamento de xeroftalmia não foram tratadas nesta


diretriz. Nesses casos, recomenda-se consultar as diretrizes existentes sobre o
tratamento de xeroftalmia em mulheres em idade reprodutiva (22).

Disseminação, Disseminação
adaptação e
A diretriz atualizada será disseminada por meios eletrônicos, como por exemplo,
implementação
apresentações de slides, CD-ROMs e a World Wide Web, seja por meio de listas de
correspondência da área de Micronutrientes da Organização Mundial da Saúde
(OMS) e do Comitê Permanente de Nutrição das Nações Unidas (SCN) ou o website de
nutrição da OMS. O Departamento de Nutrição em prol da Saúde e Desenvolvimento
está desenvolvendo a e-Biblioteca de Evidências para Ações em Nutrição (eLENA) da
OMS. Esta biblioteca visa compilar e exibir as diretrizes da OMS relacionadas à nutrição,
juntamente com documentos complementares tais como revisões sistemáticas
e demais evidências que substanciarem as diretrizes, fundamentos biológicos e
comportamentais, e recursos adicionais produzidos pelos Estados Membros e parceiros
mundiais.
Adaptação e implementação
Como se trata de uma diretriz mundial, ela deverá ser adaptada ao contexto de cada
Estado Membro. Antes de cada implementação,o programa de suplementação de
vitamina A deverá ter seus objetivos bem definidos que levem em consideração

OMS | Diretriz 6 Suplementação de vitamina A em gestantes


os recursos disponíveis, políticas já existentes, plataformas de entrega adequada
e fornecedores, canais de comunicação e potenciais colaboradores. Idealmente,
esta intervenção deve ser implementada como parte de uma estratégia integrada
que inclua o controle de deficiências nutricionais; o programa deve começar
como um piloto e ser aprimorado com o aumento das evidências e conforme os
recursos assim o permitam.
Para garantir que as diretrizes globais da OMS e demais recomendações
substanciadas em evidências para intervenções de micronutrientes sejam mais bem
implementadas em países de baixa e média renda, o Departamento de Nutrição
em prol da Saúde e Desenvolvimento trabalha com o programa da Rede de Política
Substanciada em Evidências (EVIPNet) da OMS. A EVIPNet promove parcerias no
nível do país entre os desenvolvedores de políticas, pesquisadores e sociedade civil
para facilitar o desenvolvimento e implantação de políticas pelo uso das melhores
evidências disponíveis.

Monitoramento e avaliação da implementação da diretriz


Aconselhamos ter um plano de monitoramento e avaliação com indicadores
adequados em todos os estágios. O impacto desta diretriz pode ser avaliado dentro
dos países (ou seja, monitoramento e avaliação dos programas implantados em
escala nacional ou regional) e entre países (ou seja, adoção e adaptação da diretriz
mundialmente). O Departamento de Nutrição em prol da Saúde e Desenvolvimento
da OMS, Unidade de Micronutrientes, em conjunto com os Centros de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, programa de Prevenção e Controle
Internacional de Má-nutrição de Micronutrientes (IMMPaCt) e com a participação de
parceiros internacionais, desenvolveu um modelo lógico genérico para intervenções
de micronutrientes na saúde pública, a fim de retratar as relações plausíveis entre
as participações e MDGs esperados, aplicando a teoria de avaliação do programa
de micronutrientes (29). Os Estados Membros podem ajustar o modelo e usá-lo em
combinação com indicadores adequados, para projetar, implementar, monitorar e
avaliar o aumento adequado das ações nutricionais.
Para avaliação no nível mundial, o Departamento de Nutrição em prol da Saúde
e Desenvolvimento da OMS está desenvolvendo uma plataforma centralizada de
compartilhamento de informações sobre ações nutricionais em práticas de saúde
públicas implantadas em todo o mundo. Ao compartilhar detalhes programáticos,
adaptações específicas de países e lições aprendidas, esta plataforma fornecerá
exemplos sobre como as diretrizes estão sendo traduzidas em ações nutricionais.
Para ter sucesso, a plataforma precisará de um trabalho colaborativo, pelo qual o
trabalho de toda a comunidade internacional possa ser compartilhado, de forma que
os países de todo o mundo possam se beneficiar em suas tentativas de implementar
ações nutricionais.

OMS | Diretriz 7 Suplementação de vitamina A em gestantes


Implicações para • Outras pesquisas sobre suplementação de vitamina A em gestantes podem
futuras pesquisas ajudar a substanciar ainda mais as decisões sobre políticas; entretanto, é
preciso considerar esse ponto dentro do contexto com outras intervenções
que demonstrem maior potencial de redução de mortalidade.

• Caso sejam realizados outros estudos, eles deverão investigar a dosagem ideal
de suplementos de vitamina A e a duração e frequência da suplementação
durante a gestação necessárias para reduzir a cegueira noturna.

• É importante rever e resumir as evidências sobre a suplementação de vitamina


A (carotenoides pré-formados e provitamina A) (com outras vitaminas e
minerais recomendados como o ferro e ácido fólico) no último trimestre da
gestação para melhorar os níveis de retinol no leite materno e o consequente
fornecimento para o bebê amamentado.

Processo de Esta diretriz foi desenvolvida de acordo com os procedimentos de desenvolvimento


desenvolvimento da de diretrizes baseadas em evidências da OMS, da forma estabelecida no manual de
diretriz desenvolvimento de diretrizes da OMS (30).

Grupos de Aconselhamento
O Comitê Diretor de Desenvolvimento de Diretrizes sobre Suplementação de Vitamina
da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) foi criado em 2009
com representantes dos seguintes departamentos da OMS: Saúde e Desenvolvimento
de Crianças e Adolescentes; Imunizações, Vacinas e Biológicos; Aumentando a
Segurança da Gestação; Nutrição para Saúde e Desenvolvimento; Saúde e Pesquisas
em Reprodução; e Seção de Nutrição da UNICEF (Anexo 3). O Comitê Diretor liderou
o desenvolvimento desta diretriz e forneceu supervisão geral para o processo de
desenvolvimento da diretriz. Foram formados dois outros grupos: um grupo de
aconselhamento para a diretriz e um Painel de Especialistas e Colaboradores Externos.
O Grupo da Diretriz incluiu especialistas de diversos painéis de aconselhamento
especializado da OMS e daqueles identificados por meio de convocações abertas de
especialistas, levando em consideração uma mistura equilibrada de gêneros, diversas áreas
de especialização disciplinar e representação de todas as regiões da OMS (Anexo 4). Buscou-
se incluir especialistas em conteúdos, metodologistas, representantes de colaboradores
potenciais (como gerentes ou outros profissionais de saúde envolvidos no processo de
assistência à saúde) e consumidores. Os representantes de organizações comerciais não
poderão ser membros de grupos de diretrizes da OMS. A função do grupo da diretriz foi a
de aconselhar a OMS sobre a escolha de resultados importantes para a tomada de decisões
e interpretação das evidências.
O Painel de Especialistas e Colaboradores Externos foi consultado sobre o escopo da
diretriz, perguntas feitas, e a escolha de resultados importantes para a tomada de decisões,
bem como com relação à revisão de uma minuta de diretriz completa (Anexo 5). Isso foi
feito por meio das listas correspondências de Micronutrientes da OMS e da SCN que, juntas,
incluem mais de 5 500 assinantes, e por meio do website de nutrição da OMS.

OMS | Diretriz 8 Suplementação de vitamina A em gestantes


Escopo da diretriz, avaliação das evidências e tomada de decisões
Um conjunto de questões iniciais (e os componentes das questões) a ser tratado
por esta diretriz foi o ponto crítico inicial para formular a recomendação, as perguntas
foram preparadas pelo corpo técnico na Unidade de Micronutrientes, Departamento de
Nutrição em prol da Saúde e Desenvolvimento, em colaboração com o Setor de Nutrição
da UNICEF, com base nas necessidades de orientação sobre políticas e programas dos
Estados Membros e seus parceiros. Foi utilizado o formato de população, intervenção,
controle, resultados (PICO) (Anexo 6). As perguntas foram discutidas e revisadas pelo
Comitê Diretor e foi obtido feedback de 45 colaboradores.
A primeira reunião do grupo da diretriz aconteceu de 19–20 de outubro de 2009 em
Genebra, Suíça, para finalizar o escopo das questões, e classificar os resultados críticos e
população alvo. Os membros do grupo da diretriz discutiram a relevância das perguntas
e realizaram as modificações necessárias. Eles classificaram a importância relativa de cada
resultado de 1 a 9 (onde 7–9 indicava que o resultado era essencial para uma decisão, 4–6
indicava que era importante e 1–3 indicava que não era importante). A pergunta chave
final sobre a suplementação de vitamina A em mulheres no pós-parto, juntamente com
os resultados que foram identificados como sendo críticos e importantes para a tomada
de decisões estão apresentados no formato PICO no Anexo 6.
A Cochrane Collaboration ficou encarregada de buscar, revisar e gerar revisões
sistemáticas, perfis de evidências e a tabela “Resumo de Descobertas” 4 (Anexo 2). Duas
revisões já existentes da Cochrane sobre suplementação de vitamina A em gestantes
foram atualizadas e os arquivos atualizados do Review Manager Software (RevMan),
obtidos da Cochrane Editorial Unit, foram customizados a fim de refletir os resultados
essenciais previamente identificados (os resultados que não foram relevantes para
esta diretriz foram excluídos). Os arquivos RevMan foram exportados para o software
formador de perfis GRADE para preparar os resumos das evidências de acordo com a
abordagem de Análise, Desenvolvimento e Avaliação da Classificação de Recomendações
(GRADE) para avaliar a qualidade geral das evidências (31) (Anexo 2). A GRADE leva em
consideração: o projeto do estudo; as limitações do estudo em termos de sua condução
e análise; a consistência dos resultados entre os estudos disponíveis; a objetividade
(ou aplicabilidade e validade externa) da evidência com relação às populações,
intervenções e cenários em que a intervenção proposta poderá ser utilizada; e a
precisão da estimativa resumida do efeito.
Tanto as revisões sistemáticas como os perfis de evidência GRADE para cada um
dos resultados críticos foram utilizados no preparo desta diretriz. Uma segunda reunião
do grupo foi realizada de 16-18 de março de 2011 em Genebra, Suíça, para revisar as
evidências, discutir a minuta da recomendação e determinar da recomendação levando
em consideração: (i) efeitos desejados e indesejados desta intervenção; (ii) qualidade
da evidência disponível; (iii) valores e preferências relacionadas à intervenção, em

4
Como parte do processo editorial pré-publicação da Cochrane, recomenda-se obter revisões de colegas ex-
ternos (um editor e dois juízes externos à equipe editorial) e do conselheiro estatístico do grupo (http://www.
cochrane.org/cochrane-reviews). O manual de revisões sistemáticas de intervenções da Cochrane descreve detalhada-
mente o processo de preparo e manutenção de revisões sistemáticas da Cochrane sobre os efeitos de intervenções na
área de saúde.

OMS | Diretriz 9 Suplementação de vitamina A em gestantes


diferentes cenários; e (iv) o custo das opções disponíveis de funcionários da área de
saúde em diferentes cenários (Anexo 6). Os participantes chegaram a um consenso
pela maioria simples dos membros do grupo da diretriz. A equipe da OMS presente
na reunião, bem como outros especialistas técnicos externos envolvidos na coleta e
classificação de evidências não tiveram direito ao voto. Não houve grandes divergências
entre os membros do grupo da diretriz.
Novamente, o Painel de Especialistas e Colaboradores Externos foi consultado
sobre a minuta da diretriz. Foi recebido feedback de 12 colaboradores. A equipe da
OMS pôde então finalizar a diretriz e submetê-la para liberação da OMS antes de sua
publicação.

Gestão dos De acordo com as regras estabelecidas nos Documentos básicos da OMS (32), todos os
conflitos de especialistas que participam de reuniões da OMS devem declarar todos os interesses
interesses relevantes à reunião antes de sua participação. As declarações de conflitos de interesse
de todos os membros do grupo da diretriz foram revisadas pelo administrador técnico
responsável e pelos departamentos relevantes antes de finalizar a formação do grupo e do
convite para participar de uma reunião de grupo da diretriz. Todos os membros do grupo
da diretriz e participantes das reuniões de desenvolvimento da diretriz submeteram um
Formulário de Declaração de Interesses juntamente com seu curriculum vitae antes de
cada reunião. Além disso, declararam verbalmente potenciais conflitos de interesses no
início de cada reunião. Os procedimentos para gestão dos conflitos de interesse seguiram
criteriosamente as Diretrizes da OMS para declaração de interesses (especialistas da OMS)
(33). Os potenciais conflitos de interesses declarados pelos membros do grupo da diretriz
estão resumidos abaixo.

• A Dra. Jean Humphrey declarou que sua unidade de pesquisa recebeu doações
de 1996 a 2009 para o Projeto de Vitamina A para Mães e Bebês do Zimbábue
(ZVITAMBO) de diversas organizações, incluindo a Nestlé Foundation, BASF e
da Pediatric AIDS Foundation, que recebe seus principais recurdos de diversas
organizações, incluindo a Johnson & Johnson e o Abbott Fund. Sub-estudos
também foram apoiados por Support for Analysis and Research in Africa
(SARA) e Linkages Projects, ambos gerenciados pela Academy for Educational
Development (AED). No nosso entender, exceto pela BASF, nenhuma dessas
empresas e tampouco seus patrocinadores comerciais produzem direta ou
indiretamente suplementos de vitamina A.

• O Dr. Charles Stephensen declarou que recebeu fundos de pesquisa da


OMS para realizar um estudo humano sobre a eficácia de suplementação de
vitamina A em recém-nascidos para melhorar a função imune e do United
States National Institutes of Health para realizar estudos sobre a vitamina A e
função imune em camundongos.

• A Dra. Sherry Tanumihardjo declarou que recebeu remuneração como


consultora técnica da International Atomic Energy Agency (IAEA) e como

OMS | Diretriz 10 Suplementação de vitamina A em gestantes


membro honorário da HarvestPlus. Também recebeu apoio para pesquisa de:
HarvestPlus para um estudo sobre a eficácia da vitamina A em crianças da
Zâmbia alimentadas com milho laranja e para um estudo da banana em gerbils
(ratos do deserto) para determinar o valor de vitamina A de carotenoides de
provitamina A; United States National Institutes of Health para desenvolver
um teste de diluição de isótopos de retinol 13C; United States Department of
Agriculture (USDA) para o uso de a-retinol como um marcador de quilomícrons
em ratos e porcos; e OMS para estudos mecanicistas para entender a
suplementação neonatal de vitamina A utilizando o modelo da díade porca-
leitão. Ademais, ela recebeu reembolso de despesas de viagem de IAEA,
HarvestPlus e OMS pela participação em reuniões. No nosso entender, nem
HarvestPlus e tampouco seus patrocinadores comerciais produzem direta ou
indiretamente suplementos de vitamina A.

Profissionais externos foram convidados a participar das reuniões como


observadores e a fornecer informações técnicas, mas não participaram do processo
de tomada de decisões.

Planos para As recomendações contidas nesta diretriz serão revisadas em 2015. Caso novas informações
atualização sejam disponibilizadas até essa ocasião, será formado um grupo de revisão de diretrizes
da diretriz para avaliar as novas evidências e revisar a recomendação, se necessário. O Departamento
de Nutrição em prol da Saúde e Desenvolvimento na sede da OMS em Genebra, com seus
parceiros internos, ficará responsável por coordenar a atualização da diretriz seguindo o
guia de procedimentos para desenvolvimento de diretrizes formal da OMS (30) A OMS está
aberta para receber sugestões sobre outras questões para avaliar a diretriz, quando esta
estiver pronta para revisão.

OMS | Diretriz 11 Suplementação de vitamina A em gestantes


Referências 1. WHO et al. Trends in maternal mortality: 1990 to 2008. Geneva, World Health Organization, 2010
(http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241500265_eng.pdf, acessado em 20 de maio de 2011).

2. Khan KS et al. WHO analysis of causes of maternal death: a systematic review. Lancet, 2006, 367:1066–1074.

3. World health statistics 2009. Geneva, World Health Organization, 2009


(http://www.who.int/whosis/whostat/2009/fr/index.html, acessado em 20 de maio de 2011).

4. The global burden of disease: 2004 update. Geneva, World Health Organization, 2008
(http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/2004_report_update/en/index.html,
acessado em 20 de maio de 2011 ).

5. Global prevalence of vitamin A deficiency in populations at risk 1995–2005. WHO Global Database on Vitamin A
Deficiency. Geneva, World Health Organization, 2009
(http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241598019_eng.pdf, acessado em 20 de maio de 2011).

6. Downie D et al. Moderate maternal vitamin A deficiency alters myogenic regulatory protein expression and
perinatal organ growth in the rat. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and Comparative
Physiology, 2005, 288:73–79.

7. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Vitamin A. In: Dietary reference intakes for vitamin A, vitamin
K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum, nickel, silicon, vanadium, and zinc.
Washington, DC, National Academy Press, 2001:82–146.

8. WHO, FAO. Vitamin and mineral requirements in human nutrition, 2nd ed. Geneva, World Health Organization,
2004 (http://www.who.int/nutrition/publications/micronutrients/9241546123/en/index.html, acessado em
25 de maio de 2011).

9. Mills J, Terasawa E, Tanumihardjo S. Ingestion of excessive preformed vitamin A by mothers amplifies storage of
retinyl esters in early fetal livers of captive old world monkeys. American Association for Laboratory Animal
Science, 2007, 57:458–464.

10. Bodansky O, Lewis JM, Lillienfeld MC. The concentration of vitamin A in the blood plasma during
pregnancy. Journal of Clinical Investigation, 1943, 22:643–647.

11. Quadro L et al. Pathways of vitamin A delivery to the embryo: insights from a new tunable model of
embryonic vitamin A deficiency. The Endocrine Society, 2005, 146:4479–4490.

12. Underwood BA. Prevention of vitamin A deficiency. In: Howson C, Kennedy E, Horwitz A, eds. Prevention
of micronutrient deficiencies: tools for policy makers and public health workers. Washington, DC, National
Academy Press, 1998:103–166.

13. Dixit DT. Night-blindness in third trimester of pregnancy. Indian Journal of Medical Research,1966, 54:791 795.

14. Dibley MJ, Jeacocke DA. Vitamin A in pregnancy: Impact on maternal and neonatal health. Food and Nutrition
Bulletin, 2001, 22:267–284.

15. Panth M et al. Effect of vitamin A supplementation on hemoglobin and vitamin A levels during pregnancy.
British Journal of Nutrition, 1990, 64:351–358.

16. Dibley MJ, Jeacocke DA. Safety and toxicity of vitamin A supplements in pregnancy. Food and Nutrition
Bulletin, 2001, 22:248–266.

17. West KP et al. Double blind, cluster randomized trial of low dose supplementation with vitamin A or beta
carotene on mortality related to pregnancy in Nepal. The NNIPS-2 Study Group. British Medical Journal, 1999,
318:570–575.

18. Olsen JA. Benefits and liabilities of vitamin A and carotenoids. Journal of Nutrition, 1996, 126:1208S–1212S.

OMS | Diretriz 12 Suplementação de vitamina A em gestantes


19. van den Berg H, Hulshof KF, Deslypere JP. Evaluation of the effect of the use of vitamin supplements on
vitamin A intake among (potentially) pregnant women in relation to the consumption of liver and liver
products. European Journal of Obstetrics, Gynecology and Reproductive Biology, 1996; 66:17–21.

20. van den Broek N et al. Vitamin A supplementation during pregnancy for maternal and newborn outcomes.
Cochrane Database of Systematic Reviews, 2010, (11):CD008666
(http://onlinelibrary.wiley.com/o/cochrane/clsysrev/articles/CD008666/pdf_fs.html, acessado em 20 de maio
de 2011).

21. Rumbold A et al. Vitamin supplementation for preventing miscarriage. Cochrane Database of Systematic
Reviews, 2011, (1):CD004073 (http://onlinelibrary.wiley.com/o/cochrane/clsysrev/articles/CD004073/pdf_fs.html,
acessado em 20 de maio de 2011).

22. WHO, UNICEF, IVACG Task Force. Vitamin A supplements. A guide to their use in the treatment and prevention of
vitamin A deficiency and xerophthalmia, 2nd ed. Geneva, World Health Organization, 1997
(http://whqlibdoc.who.int/publications/1998/9242545066.pdf, acessado em 20 de maio de 2011).

23. WHO, Micronutrient Initiative. Safe vitamin A dosage during pregnancy and lactation. Recommendations and
report of a consultation. Geneva, World Health Organization, 1998
(http://whqlibdoc.who.int/hq/1998/WHO_NUT_98.4/en/pdf, acessado em 25 de maio de 2011).

24. Allen L et al., eds. Guidelines on food fortification with micronutrients. Geneva, World Health Organization,
2006 (http://www.who.int/nutrition/publications/micronutrients/9241594012/en/index.html, acessado em
20 de maio de 2011).

25. Healthy eating during pregnancy and breastfeeding. Copenhague, WHO Regional Office for Europe, 2001
(http://www.euro.who.int/_data/assets/pdf_file/0020/120296/E73182.pdf, acessado em 25 de maio de 2011).

26. WHO. Quality assurance of pharmaceuticals: meeting a major public health challenge. The WHO Expert
Committee on Specifications for Pharmaceutical Preparations. Geneva, World Health Organization, 2007
(http://www.who.int/medicines/publications/brochure_pharma.pdf, acessado em 25 de maio de 2011).

27. Indicators for assessing vitamin A deficiency and their application in monitoring and evaluation intervention
programmes. Geneva, World Health Organization, 1996
(http://www.who.int/nutrition/publications/micronutrients/vitamin_a_deficieny/WHONUT96.10.pdf,
acessado em 20 de maio de 2011).

28. Serum retinol concentrations for determining the prevalence of vitamin A deficiency in populations. . Vitamin
and Mineral Nutrition Information System. Geneva, World Health Organization, 2011 (WHO/NMH/NHD/
MNM/11.3; http://www.who.int/vmnis/indicators/retinol.pdf, acessado em 20 de maio de 2011).

29. WHO/CDC. Logic model for micronutrient interventions in public health. Vitamin and Mineral Nutrition
Information System. Geneva, World Health Organization, 2011 (WHO/NMH/NHD/MNM/11.5)
(http://www.who.int/vmnis/toolkit/WHO-CDC_Logic_Model_fr.pdf, consultado el 20 de mayo de 2011).

30. WHO handbook for guideline development. Guidelines Review Committee. Draft March 2010. Geneva, World
Health Organization, 2010.

31. Atkins D et al. Grading quality of evidence and strength of recommendations. British Medical Journal, 2004,
328:1490.

32. Basic documents, 47th ed. Geneva, World Health Organization, 2009 (http://apps.who.int/gb/bd/, acessado
em 19 de maio de 2011).

33. Guidelines for declaration of interests (WHO experts). Geneva, World Health Organization, 2010.

OMS | Diretriz 13 Suplementação de vitamina A em gestantes


Anexo 1 Análises Adicionais

Figura A.1

Diagrama de árvore de mortalidade neonatal em estudos que avaliaram a


suplementação de vitamina A durante a gestação

Estudio Experimental Controles Taxa de Risco Relativo Taxa de Risco Relativo


o subgrupo Eventos Total Eventos Total Peso M-H, Randômico 95% IS M-H, Randômico, 95% IS

Kirkwood 2010 1140 37042 1187 36710 61.8% 0.95 [0.88, 1.03]
West 1999 512 10228 224 4887 38.2% 1.09 [0.94, 1.27]
Total (95% IS) 47270 41597 100.0% 1.00 [0.88, 1.14]
Total de acontec. 1652 1411

Heterogeneidade: Tau2 = 0,01; Chi2 = 2,43, df = 1 (P = 0,12); I2 = 59%


0.01 0.1 1 10 100
Teste de efeito geral: Z = 0,05 (P = 0.96)
Favorece o experimental Favorece o controle

IS, intervalo de segurança; M-H, Mantel-Haenszel


Para obter detalhes sobre os estudos incluídos na revisão, consulte a referência (20).

OMS | Diretriz 14 Suplementação de vitamina A em gestantes


Anexo 2 Tabela “Resumo das descobertas” GRADE
OMS | Diretriz

Suplementação de vitamina A em gestantes


Pacientes ou população: gestantes
Cenários: Países onde a deficiência de vitamina A pode ser um problema de saúde pública
Intervenção: Suplementação de Vitamina A

Efeito relativo Número de participantes Qualidade da evidência


Resultados (95% IS) (estudos) (GRADE)* Comentários

Mortalidade materna RR 0,78 101 574 ⊕⊕⊕⊕
15

(durante a gestação ou dentro de 42 dias de gestação) (0,55–1,10) (3 estudos) alta1

Cegueira noturna materna RR 0,70 10 608 ⊕⊕⊕⊝ Este resultado foi relatado por apenas um estudo
Suplementação de vitamina A em gestantes

(incidência durante a gestação) (0,60–0,82) (1 estudo) moderada2



Lesões oculares maternas Não estimável 0 Este resultado foi relatado por apenas um estudo
(0 estudos)

Perda fetal total (incluindo abortos ou RR 1,04 11 723 ⊕⊕⊕⊝ Este resultado foi relatado por apenas um estudo
combinação de abortos e natimortos) (0,92–1,17) (1 estudos) moderada2
Acompanhamento: 24 semanas

Mortalidade neonatal RR 1,00 88 867 ⊕⊕⊕⊝
Acompanhamento: 28 dias (0,88-1,14) (2 estudos) moderada2

Mortalidade perinatal (número de natimortos e RR 1,01 76 176 ⊕⊕⊕⊝ Este resultado foi relatado por apenas um estudo
mortes na primeira semana de vida) (0,95–1,07) (1 estudos) moderada2, 3

Morbidade infantil Não estimável 0 Este resultado foi relatado por apenas um estudo
(0 estudos)

Sepsia Não estimável 0 Este resultado foi relatado por apenas um estudo
(0 estudos)

Defeitos no nascimento Não estimável 0 Este resultado foi relatado por apenas um estudo
(0 estudos)

Natimortos RR 1,06 78 835 ⊕⊕⊕⊝ Este resultado foi relatado por apenas um estudo
(0,98–1,14) (1 estudos) moderada2, 3

IS, intervalo de segurança; RR, taxa de risco relativo


*Classificações das evidências do Grupo de Trabalho GRADE:
Alta qualidade: Estamos certos de que o efeito real está próximo do efeito estimado.
Qualidade moderada: Temos confiança moderada no efeito estimado. O efeito real provavelmente está próximo do efeito estimado, mas existe possibilidade de que seja substancialmente diferente.
Qualidade baixa: Nossa confiança no efeito estimado é limitada. O efeito real pode ser substancialmente diferente do efeito estimado.
Qualidade muito baixa: Temos pouca confiança no efeito estimado. O efeito real provavelmente é substancialmente diferente do efeito estimado.
1
Os autores consideraram que a estimativa do efeito combinado não sofreu viés pelo projeto dos estudos ou pela análise dos dados. Após correspondências recebidas dos pesquisadores para Kirkwood (2010) (vide
referência (20), a perda no acompanhamento para esse estudo foi de 8%: os dados deste estudo não apresentam risco de viés por atrito.
2
Com apenas um estudo incluído, a inconsistência é desconhecida ao invés de não observada.
3
Os autores consideraram que o resultado não sofreu viés pelo projeto do estudo ou análise dos dados. Após correspondência recebida dos pesquisadores para Kirkwood (2010) (vide referência (20), a perda no acom-
panhamento para esse estudo foi de 8%: os dados deste estudo não apresentam risco de viés por atrito.

Para obter detalhes sobre os estudos incluídos na revisão, consulte a referência (20).
Anexo 3 Membros do Comitê Diretor de Diretrizes sobre suplementação de vitamina A
da OMS/UNICEF

OMS UNICEF

Dr. Rajiv Bahl Sr. Arnold Timmer


Diretor Médico Conselheiro Sênior
Newborn and Child Health and Development Micronutrients Unit
Unit UNICEF Nutrition Section
Department of Child and Adolescent Health
and Development

Sra. Tracey Goodman


Diretora Técnica
Expanded Programme on Immunization Plus
Unit
Department of Immunization, Vaccines and
Biologicals

Dr. Matthews Mathai


Diretor Médico
Norms and Country Support
Cooperation Unit
Department of Making Pregnancy Safer

Dr. Mario Merialdi


Coordenador
Improving Maternal and Perinatal Health Unit
Department of Reproductive Health and
Research

Dr. Juan Pablo Peña-Rosas


Coordenador
Micronutrients Unit
Department of Nutrition for Health and
Development

Dra. Lisa Rogers


Diretora Técnica
Micronutrients Unit
Department of Nutrition for Health and
Development

OMS | Diretriz 16 Suplementação de vitamina A em gestantes


Anexo 4 Membros do Grupo de Diretrizes sobre Suplementação de Vitamina A,
Secretaria e especialistas externos da OMS

A. Membros do Grupo da Diretriz sobre Suplementação de Vitamina A


(Observação: as áreas de especialidade de cada membro do grupo da diretriz aparecem em itálico)

Professor Hany Abdel-Aleem Dr. Rintaro Mori


Assiut University Hospital University of Tokyo
Assiut, Egypt Tokyo,Japan
Ginecologia e obstetrícia Pediatria

Professor Michael Clarke Dra. A. Catherine Ross


University of Oxford Pennsylvania State University
Oxford, England University Park, United States of America
Métodos Vitamina A, imunologia

Dra. Anna Coutsoudis Dra. Isabella Sagoe-Moses


University of KwaZulu-Natal Ghana Health Service - Ministry of Health
Durban, South Africa Accra, Ghana
Vitamina A, doenças infecciosas Gerente de Programa

Dr. M. Monir Hossain Dra. Claudia Saunders


Bangladesh Institute of Child Health and Dhaka Instituto de Nutrição Josué de Castro
Shishu (Children) Hospital Universidade Federal do Rio de Janeiro
Sher-e-Bangla Nagar Rio de Janeiro, Brasil
Dhaka, Bangladesh Programas de pesquisa em Vitamina A
Neonatologia
Dr. Prak Sophonneary
Dr. Jean Humphrey National Maternal and Child Health Center
Zimbabwe Vitamina A for Mothers and Babies Ministry of Health
Project (ZVITAMBO) Phnom Penh, Cambodia
Harare, Zimbabwe Gerente de Programa
Vitamina A, vírus da imunodeficiência humana (HIV)
Dr. Charles Stephensen
Dra. Yustina Anie Indriastuti USDA Western Human Nutrition Research
Indonesian Medical Doctor Nutrition Society Center
Jakarta, Indonesia Davis, United States of America
Gerente de Programa Vitamina A, imunologia

Dra. Marzia Lazzerini Dr. Sherry Tanumihardjo


Institute for Maternal and Child Health University of Wisconsin
Trieste, Italy Madison, United States of America
Métodos, pediatria Vitamina A, metabolism

Dr. Pavitra Mohan Dr. Khalid Yunis


UNICEF India Country Office American University of Beirut
New Delhi, India Beirut, Lebanon
Pediatria Neonatologia, perinatologia

OMS | Diretriz 17 Suplementação de vitamina A em gestantes


B. OMS

Mr. Joseph Ashong Dr. Ahmet Metin Gulmezoglu


Residente (relator) Diretor Médico
Micronutrients Unit Technical Cooperation with Countries for
Department of Nutrition for Health and Sexual and Reproductive Health Department
Development of Reproductive Health and Research

Dr. Francesco Branca Dra. Regina Kulier


Diretor Cientista
Department of Nutrition for Health and Guideline Review Committee Secretariat
Development Department of Research Policy and
Cooperation
Sra. Emily Cercone
Residente (relatora) Dr. José Martines
Micronutrients Unit Coordenador
Department of Nutrition for Health and Newborn and Child Health and Development
Development Unit Department of Child and Adolescent
Health and Development
Dra. Luz Maria de Regil
Epidemiologista Sra. Sueko Matsumura
Micronutrients Unit Residente (relatora)
Department of Nutrition for Health and Micronutrients Unit
Development Department of Nutrition for Health and
Development
Dr. Chris Duncombe
Diretor Médico Dr. Sant-Rayn Pasricha
Anti-retroviral Treatment and HIV Care Unit Residente (relator)
Department of HIV/AIDS Micronutrients Unit
Department of Nutrition for Health and
Dra. Davina Ghersi Development
Líder de Equipe
International Clinical Trials Registry Platform
Department of Research Policy and
Cooperation

C. Escritórios Regionais da OMS

Dr. Abel Dushimimana Dr. Chessa Lutter


Diretor Médico Conselheiro Regional
WHO Regional Office for Africa Unit on Child and Adolescent Health
Brazzaville, Congo WHO Regional Office for the Americas/ Pan
American Health Organization
Dr. Kunal Bagchi Washington, United States of America
Conselheiro Regional
Nutrition and Food Safety Dr. Ayoub Al-Jawaldeh
WHO Regional Office for South-East Conselheiro Regional
Asia New Delhi, India Nutrition
WHO Regional Office for the Eastern
Mediterranean
Cairo, Egypt

OMS | Diretriz 18 Suplementação de vitamina A em gestantes


Dr. Joao Breda Dr. Tommaso Cavalli-Sforza
Cientista Conselheiro Regional
WHO Regional Office for Europe Nutrition
Copenhagen, Denmark WHO Regional Office for the Western Pacific
Manila, Philippines

D. Especialistas Externos

Dra. Denise Coitinho Delmue Sr. Toby Lasserson


United Nations System Standing Committee Cochrane Editorial Unit
on Nutrition (SCN) Geneva, Switzerland London, England Dra. Lynnette Neufeld
Micronutrient Initiative
Dr. Rafael Flores-Ayala Ottawa, Canada
Centers for Disease Control and Prevention
(CDC) Dra. Mathilde Savy
Atlanta, United States of America Institut de Recherche pour le Développement
(IRD) Montpellier, France
Sra. Alison Greig
Micronutrient Initiative Dr. David Tovey
Ottawa, Canada Cochrane Editorial Unit
London, England

OMS | Diretriz 19 Suplementação de vitamina A em gestantes


Anexo 5 Membros do Painel de Especialistas e Colaboradores Externos
A. Membros que comentaram sobre as questões prioritárias sobre a
suplementação de vitamina A (outubro de 2009)

Engenheiro Alaa I. Abu Rub Professor Pradeep Deshmukh


Ministry of Health Dr Sushila Nayar School of Public Health
Palestinian National Authority Mahatma Gandhi Institute of Medical
Ramallah, West Bank and Gaza Strip Sciences
Sewagram, India
Dr. Clayton Ajello Dr Amol Dongre
Vitamin Angels Mahatma Gandhi Institute of Medical
Santa Barbara, United States of America Sciences
Sewagram, India
Dr. Mohamed Ag Ayoya
UNICEF, India Country Office Dr. Masako Fujita
New Delhi, India Michigan State University
East Lansing, United States of America
Professor Hassan Aguenaou
Ibn Tofail University Dr. Bishan Garg
Kénitra, Morocco Dr Sushila Nayar School of Public Health
Mahatma Gandhi Institute of Medical
Sra.Deena Alasfoor Sciences
Ministry of Health Sewagram, India
Muscat, Oman
Dr. Ajay Gaur
Sra. Maria Theresa Alvarez GR Medical College
Academy for Educational Development Gwalior, India
(AED) - A2Z Project
Manila, Philippines Sra. Alison Greig
Micronutrient Initiative
Sr. Ravi Raj Atrey Ottawa, Canada
SOS Children’s Villages of India
New Delhi, India Dr. Laurence M. Grummer-Strawn
Centers for Disease Control and Prevention
Sr. Shawn Baker (CDC)
Helen Keller International Atlanta, United States of America
Dakar-Yoff, Senegal
Dra. Maria Claret C.M. Hadler
Dra. Christine Stabell Benn Universidade Federal de Goiás
Bandim Health Project Goiânia, Brasil
Statens Serum Institut
Copenhagen, Denmark Dra. Samia Halileh
Institute of Community and Public Health
Dr. Djibril Cissé Birzeit University
Helen Keller International Birzeit, West Bank and Gaza Strip
Dakar-Yoff, Senegal

OMS | Diretriz 20 Suplementação de vitamina A em gestantes


Sra. Nancy J. Haselow Dr. Najat Mokhtar
Helen Keller International Ibn Tofail University
Phnom Penh, Cambodia Kenitra, Morocco

Dra. Jocelyn A. Juguan Dr. Siti Muslimatun


Food and Nutrition Research Institute Southeast Asian Ministers of Education
Department of Science and Technology Organization
Manila, Philippines Tropical
Medicine and Public Health Network
Dr. Umesh Kapil (SEAMEO TROPMED)
All India Institute of Medical Sciences Jakarta, Indonesia
New Delhi, India
Sr. Banda Ndiaye
Dr. Chen Ke Micronutrient Initiative
Maternal and Children’s Health Care Hospital Dakar, Senegal
Chengdu, China
Dr. Lakshmi Rahmathullah
Dr. Klaus Kraemer Family Health and Development Research
Sight and Life Service Foundation Madurai, India
Basel, Switzerland
Professor H.P.S. Sachdev
Sr. Hou Kroen Maulana Azad Medical College
Helen Keller International New Delhi, India
Phnom Penh, Cambodia
Dra. Tina Sanghvi
Dr. Anand Lakshman Academy for Educational Development
Micronutrient Initiative Washington, United States of America
New Delhi, India
Sra. Dimple Save
Sra. Ada Lauren JICA-MP Reproductive Health Project
Vitamin Angels Bhopal, India
Santa Barbara, United States of America
Dr. Al Sommer
Dr. Tingyu Li Johns Hopkins Bloomberg School of Public
Children’s Hospital of Chongqing Medical Health
University Baltimore, United States of America
Chongqing, China
Dra. Lize van Stuijvenberg
Dr. Georg Lietz Medical Research Council
Newcastle University Cape Town, South Africa
Newcastle upon Tyne, England
Dr. Hans Verhoef
Dr. Kurt Long London School of Hygiene and Tropical
University of Queensland Medicine
Brisbane, Australia London, England

Dr. Zeba Mahmud Dra. Sheila Vir


Micronutrient Initiative Public Health Nutrition and Development
Dhaka, Bangladesh Centre
New Delhi, India

OMS | Diretriz 21 Suplementação de vitamina A em gestantes


Dr. Tobias Vogt Dr. David L. Yeung
St Thomas Home and German Doctors H.J. Heinz Company Foundation
Committee Toronto, Canada
Frankfurt, Germany
Dr. Xiaoying Zheng
Dr. Jian Zhang Yang Institute of Population Research, Peking
Columbia University University
New York, United States of America Beijing, China

B. Membros que comentaram sobre a minuta da diretriz sobre a suplementação


de vitamina A (março de 2011)

Dra. Christine Stabell Benn Dra. Teresa Murguia Peniche


Bandim Health Project National Center for Child and Adolescent
Statens Serum Institut Health
Copenhagen, Denmark Mexico City, Mexico

Professor Hans K. Biesalski Sra. Anna Roesler


Department of Biological Chemistry and Menzies School of Health Research
Nutrition Casuarina, Australia
Hohenheim University
Stuttgart, Germany Dr. Amal Saeed
University of Khartoum
Sra. Nita Dalmiya Khartoum, Sudan
UNICEF Nutrition Section
New York, United States of America Dra. Martha Elizabeth van Stuijvenberg
South African Medical Research Council
Sra. Alison Greig Cape Town, South Africa
Micronutrient Initiative
Ottawa, Canada Dra. Sheila Vir Chander
Public Health Nutrition and Development
Dr. Roland Kupka Centre
UNICEF Regional Office for West and Central New Delhi, India
Africa
Dakar-Yoff, Senegal Dr. Frank Wieringa
Institut de Recherche pour le Développement
Sra. Ada Lauren Marseilles, France
Vitamin Angels Alliance
Santa Barbara, United States of America

OMS | Diretriz 22 Suplementação de vitamina A em gestantes


Anexo 6 Questões no formato População, Intervenção, Controle, Resultados (PICO)

População: • Gestantes que vivem em países nos quais a deficiência de vitamina A pode ser
um problema de saúde pública
Efeitos e segurança
• Subpopulações:
da suplementação de
– Por taxas de mortalidade infantil: países com baixas taxas versus altas
vitamina A em mulheres – Por taxas de mortalidade materna: países com baixas taxas versus altas
durante a gestação – Por prevalência de HIV na população em geral: países com baixa prevalên
cia versus alta
a. Deve-se administrar Somente para resultados dos bebês
suplementos de • Pela exposição do bebê à vitamina A adicional: bebês que receberam suple
vitamina A a mento de vitamina A nos primeiros 28 dias de vida e/ou a 1-5 meses de vida
gestantes? versus aqueles que não receberam vitamina A adicional
• Por início da amamentação: início precoce (em 1 hora após o nascimento
b. Caso afirmativo, qual a versus outros)
• Por práticas de amamentação: exclusividade de amamentação até 3 meses
dosagem, frequência
versus 6 meses versus outros conforme definido utilizando-se os Indicadores
e duração da inter
da OMS para avaliar as práticas alimentares de bebês e crianças em idades
venção? tenras

Intervenção: • Qualquer suplemento oral de vitamina A isoladamente


• Suplemento oral de vitamina A administrado em combinação com outros
micronutrientes
• Análises do subgrupo:
– Por dose e regime: diário (10 000 UI) ou outros
– Por regime: diário versus semanal
– Por duração da intervenção
– Por trimestre da gestação em que foi iniciada a suplementação

Controle: • Placebo ou ausência de tratamento


– Suplementos de micronutrientes (ou seja, ferro-ácido fólico) sem vitamina
A (para avaliar o efeito aditivo da vitamina A)
– Suplementos que contêm β-caroteno

Resultados: Críticos
Maternos
• Mortalidade
• Sinais clínicos de deficiência de vitamina A a qualquer momento após a ad
ministração do suplemento
– Cegueira noturna
– Lesões oculares
• Efeitos adversos durante a gestação: aborto
Infantil
• Mortalidade perinatal/neonatal/todos por causas generalizadas
• Morbidade
• Sepsia
• Defeitos no nascimento (quaisquer)
• Natimortos

Cenário: Todos os países

OMS | Diretriz 23 Suplementação de vitamina A em gestantes


Anexo 7 Resumo das considerações para determinar o impacto da recomendação

Qualidade da • Qualidade de evidência de moderada a alta de ausência de efeito


evidência: para os resultados críticos, exceto com relação à cegueira noturna,
para a qual um estudo mostrou efeito benéfico em populações com
alta prevalência de cegueira noturna

Valores e • Sem evidências claras de benefício, os médicos e gestantes podem


preferências: resistir a aceitar esta intervenção de imediato

Comparação • Potencial benefício de prevenção da cegueira noturna em


entre danos e populações com alta prevalência de cegueira noturna (um estudo
benefícios:
realizado com população que apresentava 10% de prevalência de
cegueira noturna). No mesmo estudo, foi observada redução da
mortalidade materna
• Não foi evidenciado dano

Custos e • Custo mínimo


viabilidade: • Viável, mas a viabilidade pode diminuir à luz de outras intervenções
disponíveis atualmente para gestantes (por exemplo, suplementação
de ferro-ácido fólico)

OMS | Diretriz 24 Suplementação de vitamina A em gestantes


Para outras informações, entre em contato com:

Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento


Organização Mundial da Saúde
Avenue Appia 20, CH-1211 Ginebra 27 (Suiza)
Fax: +41 22 791 4156
E-mail: nutrition@who.int ISBN 978 92 4 850178 4

www.who.int/nutrition

OMS | Diretriz 25 Suplementação de vitamina A em gestantes

Você também pode gostar