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Oferta de Alimentos no ambiente

escolar

Adriele Lunelli Andreia Biondo Ana Paula Michelon Jéssica Ackermann


Nutricionistas SMED

Gabriela Perozzo Camassola


Nutricionista
Responsável pelo Setor de Alimentação Escolar

Município de Caxias do Sul - Secretaria Municipal da Educação


Alimentação Escolar

● É a base para a vida adulta saudável;


● Prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis: hipertensão,
diabetes, hipercolesterolemia, sobrepeso e obesidade, etc.;
● Prevenção de deficiências nutricionais;
● Formação de hábitos alimentares saudáveis;
● Acesso à diversidade de alimentos;
● Qualidade dos alimentos – com descritivo mais específico possível;
● Preferência dos alunos por alimentos regionais, saudáveis e
frescos;
● Melhora do rendimento escolar, desenvolvimento e aprendizagem.

Município de Caxias do Sul - Secretaria Municipal da Educação


Legislação
Lei 11.947/2009 – Programa Nacional de Alimentação Escolar

Art. 1º - Para os efeitos desta Lei, entende-se por alimentação escolar todo alimento
oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período
letivo.

Quando a escola ou pais de alunos oferecem


qualquer tipo de alimento que não seja proveniente
do Setor de Alimentação Escolar, está tornando tal
alimento parte da AE.

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Legislação
Lei 11.947/2009 – Programa Nacional de Alimentação Escolar -
Objetivo
Art. 4º - ...contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a
aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis
dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de
refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo.

Quando a escola ou os pais ofertam aos alunos alimentos que não foram
enviados pelo setor de AE, estes têm como saber se:

- O alimento é seguro?
- Qual a procedência?
- É saudável e nutritivo? É apropriado para oferecer dentro da escola?

O profissional habilitado e responsável por avaliar estes itens e enviar os


alimentos para a escola é o nutricionista.

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Legislação
Lei 11.947/2009 – Programa Nacional de Alimentação Escolar

Art. 11. A responsabilidade técnica pela alimentação escolar nos Estados, no Distrito
Federal, nos Municípios e nas escolas federais caberá ao nutricionista responsável, que
deverá respeitar as diretrizes previstas nesta Lei e na legislação pertinente, no que
couber, dentro das suas atribuições específicas.

Então… quem será o responsável técnico


no caso de serem oferecidos aos alunos
alimentos não enviados pelo setor de AE?
E quem terá que responder em caso de
intoxicação alimentar?

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Oferta de Alimentos não
provenientes da AE
- Orientação do Setor de Alimentação Escolar → não oferecer aos alunos
alimentos que não sejam provenientes do setor.
Porém, muitas vezes o que ouvimos são frases do tipo:

- “Imagina, nunca vai acontecer isso”;


- “Não dá nada”;
- “Eu sei onde comprei este alimento, não vai dar problema”;
- “Coitadinhos, nunca comem estes alimentos”;
- “Vocês estão tirando a chance de eles comerem isso”, e etc…

Será mesmo que os surtos alimentares são tão difíceis de acontecerem na


escola??

Pode parecer muito


improvável, mas
acontecem!!!

Muito mais do que se


imagina!!
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Intoxicação Alimentar
- Basta que apenas DUAS crianças tenham sintomas de intoxicação alimentar
para ser considerado um surto e aberta investigação.

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Surtos Alimentares em Escolas

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Surtos Alimentares em Escolas

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Surtos Alimentares em Escolas

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Surtos Alimentares em Escolas

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Oferta de alimentos não-
saudáveis
● Além da questão da segurança → muitos dos alimentos não são
saudáveis;
● Exemplos: salsicha, torta, pastel, refrigerante, balas, chocolate, docinhos,
biscoito recheado, salgadinho, algodão doce, sacolé, sorvete e outros;
● Não é permitida a oferta destes alimentos dentro da escola!!

POR QUE?

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Estatísticas

- Entre 5 e 9 anos, o percentual de crianças com excesso de


peso chega a 33,5% no Brasil. Na adolescência, o quantitativo é
de 20,51;
- Segundo o IBGE, em 2014 o índice de sobrepeso e obesidade
na população brasileira era de 60% → 82 milhões de pessoas!!!

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2015.


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Estatísticas
Estatísticas
Oferta de alimentos não-
saudáveis
Açúcar
● É caloria vazia – na vida adulta: obesidade, diabetes, hipertensão,
hipercolesterolemia;
● O bebê já tem uma preferência pelo sabor doce naturalmente. O leite
materno tem sabor adocicado;
● Baixa autoestima e problemas psicológicos;
● Não é o paladar que devemos ensinar aos bebês. É o momento de
introduzir o azedo, amargo, salgado, ácido, etc;
● O bebê não sabe, por exemplo, que a banana pode ser adoçada. Ele
aprende com o exemplo que damos;
● Dependência de ter açúcar em qualquer alimento com sabor adocicado;

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Oferta de alimentos não-saudáveis
Açúcar
● Não precisa ter “pena” da criança por ela não comer doce. Ela não
sabe que gosto tem, por isso não sente vontade de ingerir;
● É nesta faixa etária os hábitos alimentares da criança estão sendo
formados!!!!
● Tudo tem seu tempo → as crianças irão conhecer estes alimentos,
em algum momento!

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Legislação
Além do explanado, existe uma nota técnica do FNDE a respeito da oferta de
doces, a qual deve-se respeitar:

Nota técnica n° 01/2014 – Restrição da oferta de doces e preparações doces na


alimentação escolar:
Art. 16. Parágrafo único. A oferta de doces e/ou preparações doces fica limitada a
duas porções por semana, equivalente a 110 kcal/porção.

Já existem no cardápio das escolas preparações como sagu, cremes, bolos,


mingaus… este tipo de preparação já é considerada doce!

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Oferta de alimentos não-saudáveis

Alimentos ultraprocessados
● Tudo o que não encontramos pronto na natureza;
● Alimentos repletos de ADITIVOS QUÍMICOS.

- Alergias respiratórias e de pele;


- Hiperatividade;
- Deficit de atenção;
- Problemas de aprendizagem;
- Aumento da ocorrência de cálculos renais;
- Carcinogênese e outros.

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Oferta de alimentos não-saudáveis
Alimentos ultraprocessados

Além de estarem repletos de:


● Sal; Muitas calorias e baixo valor
nutricional → engordam e não
● Açúcar; alimentam. Fator de risco para
● Gorduras, inclusive trans. doenças crônicas não-
transmissíveis.

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Outros aspectos
● Diversas realidades → crianças que não têm acesso à alimentação
equilibrada e de qualidade em casa, possuem na escola;
● Famílias que não podem enviar torta e salgados para o aniversário de seu
filho, pela condição econômica;
● Cumprimento da legislação, que diz que é preciso atingir determinada
quantidade de cada macro e micronutriente;
● Escola → ambiente de aprendizagem de hábitos saudáveis!!!!

Será que a escola é o ambiente apropriado para


oferecer pasteis, doces, salgados, refrigerantes,
biscoitos recheados, balas e outros??

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