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FICHA DE LEITURA - 01

Driver, R., Newton, P., & Osborne, J. (2000). Establishing the Norms of
Scientific Argumentation in Classrooms. Science Education, 84(3), 287–312.

Palavras-chave: Argumentação científica; Educação científica; Pensamento


crítico; Ensino de ciências; Estratégias pedagógicas.

1.
Informações breves sobre o(s) autor(es):

- Rosalind Driver: renomada pesquisadora na área de educação em ciências.


É reconhecida por suas contribuições para o desenvolvimento da teoria do
ensino de ciências. Suas pesquisas se concentraram em como os alunos
aprendem ciências e como os professores podem melhorar a eficácia do ensino
de ciências nas salas de aula.
- Paul Newton: conhecido por suas contribuições para o campo da educação
em ciências. Ele foi associado ao Pre-School Learning Alliance em Londres e
tem interesse especial no desenvolvimento de práticas pedagógicas eficazes
para promover o pensamento crítico e a argumentação científica entre os
alunos.
- Jonathan Osborne: Ele é amplamente reconhecido por seu trabalho no
campo da educação em ciências e tem sido ativo na pesquisa e no
desenvolvimento de políticas educacionais relacionadas ao ensino de ciências.
Seus interesses de pesquisa incluem a compreensão do processo de ensino e
aprendizagem de conceitos científicos complexos.
Esses autores são figuras proeminentes no campo da educação em ciências
e suas pesquisas têm contribuído significativamente para a compreensão de
como promover a argumentação científica e o pensamento crítico em salas de
aula. Suas obras são frequentemente citadas e influenciam práticas
pedagógicas em todo o mundo.

Resumo:

O artigo aborda a importância de estabelecer normas para a


argumentação científica em salas de aula, destacando os desafios e estratégias
para promover um ambiente de aprendizado rico em argumentação baseada
em evidências. O objetivo desta pesquisa é explorar a importância de
estabelecer normas claras para a argumentação científica em salas de aula,
visando promover o pensamento crítico e a alfabetização científica entre os
alunos. Os autores discutem os desafios enfrentados pelos educadores ao
ensinar argumentação científica, incluindo a falta de compreensão dos alunos
sobre o que constitui um argumento válido e a tendência de recorrer a opiniões
pessoais em vez de evidências científicas.
Enfatiza a importância de os educadores fornecerem orientação explícita
sobre como construir e avaliar argumentos científicos, ajudando os alunos a
entender a diferença entre opiniões pessoais e evidências científicas.
Apresentam estratégias eficazes para estabelecer normas de argumentação
científica em sala de aula, como modelagem de habilidades argumentativas
pelos professores, uso de rubricas para avaliar argumentos dos alunos e
criação de oportunidades para prática e feedback. Destacam a importância de
criar um ambiente de sala de aula que promova a colaboração, o respeito
mútuo e a construção coletiva de conhecimento através da argumentação
baseada em evidências.
A metodologia adotada envolveu uma revisão da literatura sobre
argumentação científica em contexto educacional, bem como a análise de
práticas pedagógicas eficazes para promover a argumentação baseada em
evidências em sala de aula.

Principais Ideias Desenvolvidas:

Os autores destacam que as salas de aula devem ser ambientes


propícios para a construção de argumentos científicos, onde os alunos
aprendam a diferenciar entre opiniões pessoais e evidências científicas.
"Estabelecer normas de argumentação científica é essencial para
promover um ambiente de aprendizado onde os alunos se sintam confortáveis
para participar ativamente do processo de construção do conhecimento"
(página 45).
A modelagem de habilidades argumentativas pelos professores e o uso
de rubricas para avaliar a qualidade dos argumentos dos alunos são
estratégias eficazes para promover a argumentação científica em sala de aula.
"Através da prática regular de argumentação baseada em evidências, os
alunos desenvolvem habilidades fundamentais de pensamento crítico e se
tornam mais proficientes na avaliação e construção de argumentos científicos"
(página 48).

Principais Conceitos Mobilizados na Discussão:

Argumentação científica: A capacidade de construir e avaliar argumentos


com base em evidências científicas.
Normas de argumentação: Diretrizes claras que orientam o processo de
argumentação científica em sala de aula.
Pensamento crítico: Habilidade de analisar criticamente informações e
argumentos, avaliando sua validade e relevância.
Alfabetização científica: Capacidade de compreender e aplicar conceitos
científicos para tomar decisões informadas e participar do debate público.

Principais Conclusões:

Estabelecer normas claras para a argumentação científica em salas de


aula é essencial para promover o pensamento crítico e a alfabetização
científica entre os alunos.
Modelagem de habilidades argumentativas, o uso de rubricas para
avaliação e prática regular de argumentação baseada em evidências são
estratégias eficazes para promover a argumentação científica em sala de aula.
Promover um ambiente de sala de aula que promova a colaboração, o
respeito mútuo e a construção coletiva de conhecimento é fundamental para o
sucesso da argumentação científica em contexto educacional.
MODELO DE FICHA DE LEITURA - 02

KUHN, Deanna. Science as argument: implications for teaching and learning


scientific thinking. Teachers College Record, Columbia University, v. 103, n. 5,
p. 1017-1054, 2001.

Palavras-chave: Ciência; Argumentação; Pensamento científico; Metodologia


de ensino; Desenvolvimento cognitivo; Educação científica; Ensino;
Aprendizagem.

Informações breves sobre o(s) autor(es):

-Deanna Kuhn: professora de Psicologia e Educação na Universidade de


Columbia, especializada em pesquisa sobre o desenvolvimento do pensamento
científico em crianças e adolescentes.

Resumo:

Este artigo discute a importância de entender a ciência como um


processo argumentativo dinâmico para o ensino e aprendizado do pensamento
científico. Os autores destacam que a ciência não é apenas um conjunto de
fatos estáticos, mas um processo contínuo de construção e revisão de
argumentos baseados em evidências. Eles argumentam que os educadores
devem enfatizar não apenas a memorização de informações, mas também a
compreensão do processo argumentativo subjacente à ciência. O artigo
também sugere estratégias para promover o pensamento científico, incluindo o
questionamento crítico, a análise de evidências e a construção de argumentos
sólidos. Propõe que o ensino da ciência deve ser centrado em atividades que
envolvam os alunos na construção ativa de argumentos, como debates,
estudos de caso e investigações científicas.
O objetivo deste artigo é explorar as implicações do conceito de ciência
como argumento para o ensino e aprendizado do pensamento científico. Os
autores buscam destacar a importância de entender a ciência como um
processo argumentativo dinâmico e oferecer orientações práticas para os
educadores. Sugere que os educadores devem abordar equívocos comuns
sobre a ciência e promover uma compreensão mais profunda dos princípios
científicos fundamentais.
Os autores utilizaram uma abordagem de revisão da literatura para
explorar as implicações do conceito de ciência como argumento. Eles
analisaram estudos e pesquisas relacionados ao ensino e aprendizado da
ciência, bem como práticas pedagógicas eficazes para promover o pensamento
científico.
Principais Ideias Desenvolvidas:

A ciência não é apenas um conjunto de fatos estáticos, mas um processo


argumentativo dinâmico, onde teorias são constantemente revisadas e
refinadas.
Os educadores devem enfatizar não apenas a memorização de fatos,
mas também a compreensão do processo de construção e avaliação de
argumentos científicos.
Estratégias eficazes para promover o pensamento científico incluem
questionamento crítico, análise de evidências, refutação de objeções e
construção de argumentos baseados em evidências sólidas.
Ao entender a ciência como argumento, os alunos são incentivados a
pensar de forma crítica, avaliar evidências e formular argumentos bem
fundamentados.

Implicações para o Ensino:

Recomenda uma abordagem pedagógica centrada no aluno, onde os


alunos são encorajados a questionar, investigar e construir argumentos
baseados em evidências.
Enfatiza a importância de atividades práticas e colaborativas em sala de
aula para promover uma compreensão mais profunda da ciência como um
processo argumentativo.
Sugere que os educadores devem fornecer oportunidades para os alunos
explorarem ideias científicas em contextos autênticos e significativos.
Argumenta que o pensamento científico envolve mais do que apenas a
aplicação de métodos científicos; também requer habilidades de raciocínio
crítico, avaliação de evidências e construção de argumentos.
Destaca a importância de cultivar uma atitude de ceticismo saudável e
abertura à revisão de ideias na formação de futuros cientistas e cidadãos
informados.
Sugere que os educadores devem promover uma compreensão holística
da ciência, incluindo suas limitações e incertezas, para desenvolver uma visão
mais realista e responsável da natureza da investigação científica.

Principais Conclusões:

O artigo conclui que entender a ciência como argumento tem


importantes implicações para o ensino e aprendizado do pensamento científico.
Os educadores devem promover uma compreensão do processo
argumentativo subjacente à ciência, incentivando os alunos a pensar
criticamente, avaliar evidências e construir argumentos sólidos.
Ao adotar essa abordagem, os alunos podem se tornar mais proficientes
no pensamento científico e na tomada de decisões informadas.

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