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AVALIAÇÃO EXCLUSIVA REFORÇO ESCOLAR

LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO - ENSINO MÉDIO


1ª avaliação (04 a 13/09/2023)

ESCOLA:
NOME ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:

Olá, estudante!

Esta avaliação tem por objetivo realizar o diagnóstico de sua aprendizagem após as
aulas de reforço escolar ofertadas pela rede mineira no primeiro e segundo bimestre.

Dedique-se às questões com tranquilidade. Pense, antes de responder e marque a


alternativa que considerar correta para cada questão no Quadro de Respostas.

Em breve, você terá a devolutiva por meio de seu (sua) professor (a) desse diagnóstico.

QUADRO DE RESPOSTAS (MARQUE AQUI SUAS RESPOSTAS)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

BOA AVALIAÇÃO!
QUESTÃO 1 (EM13LP06)

“ Eu me comporto da mesma forma, diante de uma mesa de bufê. ”

A palavra diante

A) dá ideia de comparação.
B) dá ideia de igualdade.
C) indica circunstância de lugar.
D) significa o mesmo que distante.

QUESTÃO 2 (EM13LP58)

“As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas
maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada, os ventrezinhos
amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. (...) Os
cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos,
movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos.”
(Aluísio de Azevedo, O cortiço)

A partir da leitura desse fragmento, percebe-se que o autor

A) animaliza os seres humanos e humaniza os animais.


B) constrói uma cena em que o homem e a natureza procuram igualar-se.
C) descreve a realidade da infância no século XIX.
D) valoriza a liberdade que se dava às crianças no século XIX.

QUESTÃO 3 (EF67LP38)

“Em mim se apoiava,


Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou.”
(Gonçalves Dias)

No verso ocorre:

A) anáfora.
B) antítese.
C) hipérbato.
D) pleonasmo.
QUESTÃO 4 (EF07LP12X)

UM CÃO, APENAS

Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim — plantas


em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito —, eis-me no
patamar. E a meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal do pórtico, um
cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. É um triste cãozinho
doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pêlo; o olhar dorido e
profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas. Com
um grande esforço acaba de levantar-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto.
Envergonha-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter
chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais
devem esquecer, enquanto dormem...

Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos


graves: acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim,
como à espera de uma palavra ou de um gesto. Mas eu não o queria vexar nem oprimir.
Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que
receitasse, encaminhá-lo para um tratamento... Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão
longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente inábil, como envergonhado
de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica.
Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta
humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos
homens.
Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem
nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a
descer as escadas e as suas rampas, com as plantas em flor de cada lado, as borboletas
incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades
do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu. Ele
ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e
sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundode criaturas
inumeráveis. Esteve ao meu alcance; talvez tivesse fome e sede: e eu nadafiz por ele;
amei-o, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta.Deixei-o
partir, assim humilhado, e tão digno, no entanto: como alguém que respeitosamente
pede desculpas de ter ocupado um lugar que não era seu. Depois pensei que todos
nós somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa,
e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.
(Cecília Meireles. Janela mágica. São Paulo: Moderna, 1988.)
Entre as palavras e expressões destacadas no texto, estão listadas abaixo aquelas que
se referem ao cãozinho:

I. “Eu não lhe digo nada (...)”.


II. “Deixei-o partir, assim humilhado (...)”
III. “(...) um cãozinho triste interrompe seu sono (...)”.
IV. “Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade (...)”.
V. “Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse (...)”.

Os trechos em que as expressões negritadas referem-se apenas ao cãozinho são:

A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) II, III e V.
D) II, IV e V.

QUESTÃO 5 (EM13LP58)

Canção do Exílio

Minha terra tem primores


Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho à noite,


Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Que tais não encontro eu cá


Em cismar - sozinho, à noite-
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem quinda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Os versos da Canção do exílio, de Gonçalves Dias, valorizam a terra brasileira através


I. da flora, que apresenta uma grande diversidade.
II. das aves, cujo canto não se compara com o das de outros lugares;
III. dos amores, que só são possíveis para quem vive no paraíso descrito pelo poeta.
IV. dos advérbios "lá", lugar paradisíaco, e "aqui", lugar que não é caracterizado senão pela
ausência dos mesmos elementos paradisíacos da "minha terra".
Estão corretas as afirmativas:

A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, III e IV.
D) II, III e IV.

QUESTÃO 6 (EM13LP15)

Os textos abaixo tratam do mesmo tema e foram retirados de revistas diferentes

Texto I Texto II
LIBERDADE PARA AS MULHERES MENOPAUSA À VISTA

Tabu em outros tempos, Pesquisa mostra que


A menopausa pode ser brasileiras ligam erroneamente
superada com reposição essa fase ao fim do desejo sexual e à velhice.
hormonal e orientação (Revista do Estado de Minas, outubro 2001)
médica adequada.
(Revista Veja, out. 2001)

As abordagens desses textos são diferentes porque

A) foram escritos por autores diferentes, embora tenham sido publicados na mesma
época.
B) ambos têm a intenção de apresentar a menopausa como doença.
C) enquanto o segundo deixa claro que é impossível a quebra do tabu, o primeiro texto
pretende quebrar um tabu.
D) enquanto o primeiro texto dá destaque a uma nova concepção de menopausa, o
segundo pretende derrubar um preconceito.
QUESTÃO 7 (EF07LP11X)

De acordo com o português do Brasil, a única frase que utiliza corretamente a


conjunção enquanto é:

A) A deputada, enquanto mulher, deve brigar pelos direitos femininos.


B) Ela, enquanto psicóloga, trabalha bem com crianças.
C) Eu, enquanto professora, não consigo ficar quieta diante de tanta injustiça.
D) Os professores, enquanto eu organizava a sala, preparavam os discursos.

QUESTÃO 8 (EM13LP52)

“Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política
para ler em minha alma, reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento
que nem vem de improviso, e as idéias que em mim desperta a vista de uma paisagem
ou do oceano - o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o
sentimento, a idéia com a paixão, colorir tudo isto com a imaginação, fundir tudo isto
com o sentimento da religião e da divindade, eis o Poeta – a Poesia grande e santa – a
Poesia como eu a compreendo sem poder definir, como eu a sinto sem o poder de
traduzir. ” (Gonçalves Dias. Primeiros cantos. Fragmento do “Prólogo”)

Depreende-se desse texto que a poesia de Gonçalves Dias se caracteriza por

A) acentuado culto à dor e à morte.


B) clima mórbido e religioso.
C) culto à natureza e ao sentimentalismo.
D) forte participação e engajamento político.

QUESTÃO 9(EM13LP58)

Dom Casmurro

Publicado pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro é uma das grandes obras de
Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda
a sociedade brasileira. Também a temática do ciúme, abordada com brilhantismo nesse
livro, provoca polêmicas em torno do caráter de uma das principais personagens
femininas da literatura brasileira: Capitu.
Disponível em: http://goo.gl/qgH9xt. Acesso em: 31 ago. 2023 (adaptado).
A obra Dom Casmurro é comumente inserida na estética literária concebida como
realista. Tal estética se revela no livro de Machado de Assis porque ela

A) contempla a temática do castigo como consequência do pecado.


B) enaltece a grandiosidade da natureza e a humildade do homem.
C) envolve o contexto histórico da primeira metade do século XIX.
D) promove a análise psicológica dos personagens das narrativas.

QUESTÃO 10 (EM13LP55)

Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-
me de lágrimas os cabelos e eu parti.
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação.
Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido
reclame, mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o
estabelecimento, pintando-o leitosamente de novidade, como os negociantes que
liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito tinha
consolidado crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da
meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios.
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do
Norte, enchia o império com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda
pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, a substância,
atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares,
fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores
prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig,
inundando as escolas públicas de toda a parte com a sua invasão de capas azuis, róseas,
amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se ao pasmo
venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que os não
procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea,
irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito.
POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.

Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a


inserção social do colégio demarcado pela

A) ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais.


B) interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional.
C) produção pioneira de material didático, responsável pela facilitação do ensino.
D) ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares.
QUESTÃO 11 (EM13LP07A)

As orelhas de um livro, como essas de um livro de Regina Zilberman, trazem informações


que permitem ao leitor

A) afirmar seguramente que se trata de uma boa leitura, adequada ao público a que se
destina.
B) escolher criteriosamente uma leitura, de acordo com suas necessidades.
C) indicar acertadamente a leitura daquele livro a amigos ou colegas que estejam
estudando o assunto ali desenvolvido.
D) inteirar-se minimamente sobre o assunto tratado e sobre a autoridade, nesse
assunto, de quem o escreveu.
QUESTÃO 12 (EM13LP58)

"Na casa da cruz, no meio do fogo, Peri tinha visto a senhora dos brancos; era alva
como a filha da lua; era bela como a garça do rio.
Tinha a cor do céu nos olhos; a cor do sol nos cabelos; estava vestida de nuvens, com
um cinto de estrelas e uma pluma de luz.
O fogo passou; a casa da cruz caiu.
De noite Peri teve um sonho; a senhora apareceu; estava triste e falou assim:
`Peri, guerreiro livre, tu és meu escravo; tu me seguirás por toda a parte, como a
estrela grande acompanha o dia”.
(ALENCAR, J. de. O guarani. R. J.: Editora Letras e Artes, 1967. p.126.)

Esse trecho é um relato que o índio Peri faz ao português D. Antônio de Mariz,
justificando-se que não poderia ser considerado como inimigo dos brancos. O
argumento do indígena fundamenta-se

A) na abordagem irônica, evidenciado no discurso supostamente feito na terceira


pessoa.
B) na conversão do índio, evidenciado pelo arrependimento da destruição da “casa da
cruz”.
C) no pano de fundo histórico, evidenciado pelo pacto pacífico entre as raças.
D) no plano mítico, evidenciado na visão e no sonho do protagonista.

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