Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
_______________________________________________
Prof. Dr. Raimar Rodrigues Machado
_______________________________________________
Prof. Dr. Jorge Renato dos Reis
________________________________________________
Prof. Dr. Álvaro Sanches Braco
4
AGRADECIMENTO
Se você está lendo esta página é porque consegui. E acho que o mais correto
ainda seria dizer que conseguimos. Não foi nada fácil este percurso, nem tranquilo.
Passei por tudo aquilo que, em uma vida toda, não se quer passar e muito menos se
preveja passar durante um mestrado. Não creio que valha a pena trazer à tona as
pedras, mas apenas registrar meus agradecimentos às pessoas que me ajudaram a
retirá-las, contorná-las e fazerem com que eu pudesse percorrer este caminho.
A Deus, porque além de ser a luz, fortaleza, proteção e sabedoria que dá
sentido à minha vida, segurou-me no colo e me deu forças para continuar, guiou-me
na estrada que, semanalmente, percorri.
Aos meus pais Eliane e Valnei, pelo apoio, pelo incentivo aos estudos, pelas
palavras, pelo investimento, por sempre acreditarem que eu posso ir além. Muito
obrigada, amo vocês!
Ao meu marido Marcelo que, no meio de tantas mudanças pessoais, surgiu
para que eu pudesse ter paz, ser feliz e concluir o mestrado! Obrigada por me ouvir
sem me julgar, pela ternura do seu olhar ao me abraçar, por me fazer acreditar que
sou especial, pela dedicação amorosa! Eu te amo infinitamente!
Aos demais familiares, avós, tios e primos, pela compreensão diante da
minha ausência.
Aos meus amicíssimos Raquel e Rafael, por me acolherem tão bem em sua
casa. Muito mais que um hotel 5 estrelas, o quarto de hóspedes, as jantas, almoços
e tudo mais que recebi de vocês não têm estrelas suficientes para qualificar! Muito
obrigada, meus irmãos de coração!
Aos meus alunos que sempre me incentivaram a procurar mais perguntas
para que, ao estudarem, encontrem as respostas! Por vocês eu fiz o mestrado e
seguirei estudando sempre!
Ao meu orientador Raimar Machado, pelo acolhimento, disponibilidade e
dedicação manifestada para orientar este trabalho, muito obrigada! Você é uma
pessoa do bem, que me ajudou, confiou, defendeu e sinto que torce por mim! Muito
obrigada!
7
RESUMO
ABSTRACT
The principle of Worker Protection precedes the Labor Law, as quoted in the 1934
Constitution, to assert the real power of the named Working Class, had for its
conclusion the legislator, whom, is responsible to elaborate the correspondent
legislation to the work right in a protective way. Thought the time, as a series of facts
occur, it was possible to verified the principle in question, as the way it was
conceived, had low efficiency. In this scenery, it began to be conceive, not just as a
Constitutional rule focus in the legislator, but also as a general principle of the law
(therefore, the status of infraconstitutional), with the demand of abolish the lacuna
and to guide the interpretation of the law. After this, the structural problems being
gradually overcome, the principle in question modifices again, and span hypothesis
through which it wasn´t conceive to, in a way to occur in, practically, every stage of
the application of the worker´s legal laws. Concurring, through the 1988 Constitution,
establish, in Brazil, the Constitutional Filtering. From that, emerge the problem of the
present work: the new constitutional paradigm impose the reread of the working
protection? In the presence of this question, and assuming that, stricted, there is the
need of accomplish a constitutional filtring of the precedents institutes of the 1988
Federal Constitution, in which included the principle in comment, the general aim of
this work is to achieve this proceeding and in the analysis of its consequence in the
structural and conceptual notion, and the normative dominion of the working
protection. To accomplish that, is necessary, even so through brief notes, the
exposition of the historical transformation of the Work Law in Brazil and the emerging
of the protection; in the same direction, the understanding of the Constitucionalization
of the Law phenomenon, investigating the normatives categories that exist in the
neoconstitucionalism and its convergion with the laborist small system; and, therefore
the enunciation of the modern conceptual notion of the protection institute and the
main rules resulting from it. The accomplishment of this proceeding establishes taht
the principle in question has two sides, one constitutional and the other
infraconstitucional. The first it´s a new principle, whom it´s accredit, in first instance is
the legislator, and the content delineate for its on constitutional text; the second, as a
result of the former principle of protection, which concept, range the incidence and
normative structural modified, still, being, the abstract reflection, in infracontitutional
level of the equivalent constitutional principle. Under these paradigmatic turn over,
the infraconstitutional principle leaves the relative value superior of the others
juridical orders, to transformer it self in one of the laws that compound the regulator
sign of the Labor Law. Therefore, your application is precede by the legislation
(mainly the nature of norms and rules), which qualify as a material aspect of the
constitutional principle of protection, and, due to its incidence, its ponder with the
11
others incidence principles, mainly the ones that the employers detain the title. In
contrast, in which concern the incident of the own constitutional principle of protection
in the interprivate relations, there are, due to the horizontal efficiency of the
fundamental rights. In contrast, in which concern the incident of the own
constitutional principle of protection in the interprivate relations, there are, due to the
horizontal efficiency of the fundamental rights, it will also have pondering between
the rights of the employer and the employees. It´s the same pondering fulfill for the
legislator at the time when the working norms were elaborated, but perform by the
Judiciary in resolving private conflicts.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................14
2 TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL E O
SURGIMENTO DO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO. ......................................................................24
2.1 Surgimento e evolução do direito do trabalho: um panorama geral..........................25
2.2 Surgimento e evolução do direito do trabalho no Brasil: breves notas. ....................33
2.3 Gênese do princípio da proteção e o contexto histórico de seu surgimento ............40
2.4 Função do princípio da proteção em seu surgimento: análise acerca do conteúdo
normativo e do destinatário da norma. .........................................................................................45
3 O FENÔMENO DA CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO NO ÂMBITO DO DIREITO
DO TRABALHO: ANÁLISE ACERCA DAS CATEGORIAS NORMATIVAS EXISTENTES NO
PARADIGMA DO NEOCONSTITUCIONALISMO E SUA IMBRICAÇÃO COM O
MICROSSISTEMA TRABALHISTA ..............................................................................................50
3.1 Noção conceitual de neoconstitucionalismo e as principais consequências desse
fenômeno ........................................................................................................................................50
3.2 A influência do neoconstitucionalismo no âmbito do direito do trabalho: a
necessidade de filtragem constitucional dos institutos pertencentes a este microssistema
jurídico .............................................................................................................................................57
3.3 A influência do neoconstitucionalismo na categorização normativa do instituto da
proteção: estudo acerca dos conceitos e funções de princípio, regras, postulados e
princípios gerais do direito ............................................................................................................61
4 NOÇÃO CONCEITUAL HODIERNA DO INSTITUTO DA PROTEÇÃO E DAS PRINCIPAIS
NORMAS DELE DECORRENTES ...............................................................................................69
4.1 Dos direitos sociais como direitos fundamentais no âmbito da Constituição Federal
de 1988 ...........................................................................................................................................70
4.2 O princípio da proteção ao trabalhador na Constituição Federal de 1988 ...............73
4.3 Breve análise acerca da influência das normas internacionais de direitos
trabalhistas no âmbito do princípio constitucional e infraconstitucional da proteção ...............87
4.4 Distinção entre a proteção ao trabalhador na faceta constitucional e na
infraconstitucional: observação das funções que o instituto exerce em cada nuance ............90
13
1 INTRODUÇÃO
Em fase posterior, mas ainda dentro da Idade Média, verificou-se um fato que
se assemelha ao sindicalismo contemporâneo: surgiram naquela ocasião as
denominadas corporações de ofício, que eram entidades representativas de
produtores e de trabalhadores (OLEA, 1997).
Na Idade Média, com as corporações de ofício, observam-se três
modalidades de membros. Os mestres eram proprietários das oficinas, já tendo sido
aprovados na confecção de uma obra mestra. Os companheiros eram trabalhadores
livres que recebiam salários dos mestres, tratando-se de grau intermediário surgido
no século XIV. Por sua vez, os aprendizes eram menores que recebiam dos mestres
o ensinamento metódico do ofício ou profissão, podendo passar ao grau de
companheiro se superassem as dificuldades dos ensinamentos (OLEA, 1997).
Apesar da existência de maior liberdade ao trabalhador, a relação das
corporações com os trabalhadores era de tipo autoritário, sendo mais destinada à
realização de seus interesses do que à proteção destes.
Ainda na sociedade pré-industrial, verifica-se a locação de serviços e locação
de mão de obra ou empreitada, sendo que, atualmente, tais figuras jurídicas
encontram-se disciplinadas no Código Civil de 2002 (arts. 593 a 626).
De fato, antes do reconhecimento de um mínimo de proteção ao labor
desenvolvido pelo obreiro, verificava-se uma completa desregulamentação das
relações laborais. Tais relações, assim, não eram relações jurídicas, mas sim
relações econômicas e, não raramente, de poder. Essa desregulamentação se
prolongou até o advento do chamado Welfare State, ou Estado de Bem-Estar Social
(GOMES, GOTTSCHALCK, 1998).
Apesar de terem suplantado o designado “antigo regime” (regime monárquico
absolutista), as revoluções liberais não alteraram as condições de trabalho para a
maior parte da população dos países em que se desencadearam.
A acumulação de capital e o desenvolvimento da economia tornaram-se muito
mais acelerados a partir, em especial, do surgimento do modelo liberal e da
consequente abolição das velhas práticas mercantilistas, as quais, em França, foram
instituídas por Jean-Baptiste Colbert, ministro da economia durante regime
autocrático de Luiz XIV (DALLARI, 2005).
Ora, na medida em que, embora não mais sendo, formalmente, a sociedade
estamental como outrora, havia sim a impossibilidade prática de ascensão social em
virtude da violenta exploração de classes, cujo único bem de troca que possuíam era
27
a sua força de trabalho, a qual se pontua, era muito pouco valorizada, porquanto
abundante (DALLARI, 2009),1 imperava a lei do mercado.
Em outras palavras: quanto maior a oferta, o preço de um determinado
produto ou serviço tende a diminuir. Tal panorama torna-se ainda mais intrigante
quando esse bem ou esse serviço que está sendo colocado à disposição do detentor
do capital não é qualificado. A exploração tende a ser máxima para que os lucros (a
“mais valia” de Karl Marx) aumentem e o empreendedor angarie o desenvolvimento
de sua atividade.
O custo da mão de obra era irrisório (entendido, inclusive, como uma
“externalidade negativa” pelos economistas à época, tal como há pouco tempo o
eram também os recursos naturais) (DALLARI, 2009).2
Tal fenômeno pode ser amplamente constatado, em pleno século XXI, em
países que exploram de tal forma a sua força de trabalho a fim de, reduzindo custos,
colocarem a disposição do mercado consumidor mundial produtos mais baratos e,
desta forma, prejudicam irremediavelmente a economia de países nos quais são
devidamente observadas a legislação protetiva do trabalho e do meio ambiente,
assim como as convenções da OIT.
É interessante notar que o modelo ideológico liberal não apenas neste ponto
afetava a saúde física e mental do trabalhador. Não eram apenas a excessiva carga
laboral e os escassos salários, com os quais aquele era remunerado, os motivos
determinantes para a morte de muitos trabalhadores.
De fato, a própria forma de exploração do trabalho era voltada a extração do
obreiro da maior produção em um menor lapso de tempo possível. Assim, tem-se um
1 Preciosa a lição de Dallari ao expor as seguintes considerações: “A burguesia, que numa ação
revolucionária conquistara o poder político acrescentando-o ao poder econômico alcançado antes,
manteve separados o domínio político, o econômico e o social. Vem daí as distinções absurdas que
se fez entre democracia política, econômica e social, como se fosse possível tal distinção. De
qualquer forma, o Estado liberal resultante desta ascensão política da burguesia, organizou-se de
maneira mais fraca possível, caracterizando-se como Estado mínimo, com funções restritas quase
que à era vigilância da ordem social e à proteção das ameaças externas. Essa orientação política
favoreceu a implantação do constitucionalismo e da separação de poderes, pois ambos implicavam o
enfraquecimento do Estado e, ao mesmo tempo, a preservação da liberdade de comércio e de
contrato, bem como do caráter basicamente individualista da sociedade” (2009, p.278).
2 Ainda conforme Dallari, ao tratar da formação do proletariado: “Ocorrendo a formação de grandes
aglomerados urbanos, como decorrência direta da revolução industrial, havia excesso de oferta de
mão-de-obra, o que estimulava a manutenção de péssimas condições de trabalho, com ínfima
remuneração. Entretanto, a burguesia, que despontara para a vida política como força revolucionária,
transformara-se em conservadora e não admitia que o Estado interferisse para alterar a situação
estabelecida e corrigir as injustiças sociais. Foi isso que estimulou, já no século XIX, os movimentos
socialistas e, nas primeiras décadas do século XX, um surto intervencionista que já não poderia ser
contido” (2009, p. 278).
28
3 Da conjugação das experiências liberais, haveria de nascer como tarefa do Estado velar por um
equilíbrio adequado entre os poderes sociais, reagir contra os processos de concentração, impedir
abusos de posições de poder, garantindo, dessa maneira, em termos gerais, uma harmonização
adequada dos interesses conflitantes, e ainda proteger o sistema econômico contra crises e danos,
implementando uma política econômica conjuntural e promovendo a regulação e o controle dos
sistemas monetário e de crédito (ZIPPELIUS, 1994).
4 De acordo com Moraes (2002), o início do século XX trouxe diplomas constitucionais fortemente
marcadas pelas preocupações sociais, como se percebe em seus principais textos: Constituição
mexicana de 31-1-1917, Constituição de Weimar de 11-8-1919, Declaração Soviética dos Direitos do
Povo Trabalhador e Explorado de 17-1-1918, seguida da primeira Constituição Soviética (Lei
Fundamental) de 10-7-1918 e Carta do Trabalho, editada pelo Estado Fascista italiano em 21-4-1927.
5 Uma outra função importante da regulação estatal surgiu na 'administração a escassez'. Muitos
bens e muitos serviços estão, por natureza, disponíveis apenas em medida limitada: por exemplo, os
recursos do solo, a abundância piscícola dos mares, as áreas urbanizáveis, as paisagens naturais de
lazer e a capacidade de ensino e formação nas escolas superiores e o número de postos de trabalho.
Os problemas de distribuição e limitação, daí advenientes , não encontraram solução satisfatória no
livre jogo de forças (MORAES, 2002).
31
era exigida do Estado a adoção cada vez maior de políticas públicas para o
enfrentamento da crise, conferiu-se paulatinamente mais faculdades administrativas
ao Poder Executivo, relegando o Poder Legislativo a um plano secundário no
cenário político (MORAES, 2002).
Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos da América (1933-
1945), ao implementar seu plano de superação da crise (New Deal), acreditava que
um Poder Executivo mais forte seria apto a fazer frente de forma mais célere às
demandas que lhe passaram a ser exigidas em ordem da nova dinâmica que se
verificou (MORAES, 2002).
Assim, ao longo do século XX, verifica-se a instituição de vários diplomas
legais em todos ou quase todos os países capitalistas que tutelaram especialmente
segmentos até então excluídos da sociedade ou pelo menos vistos com “maus
olhos” pela mesma, tais como o proletariado, as mulheres, os jovens, os idosos, os
consumidores, etc. (MORAES, 2002).
Revela-se inédita preocupação com as questões sociais, em atendimento às
necessidades também destes grupos excluídos.
A primeira Constituição a preverem, de forma expressa e sistemática, um
catálogo de direitos sociais foi a do México de 1917 (em sinal, mesmo ano da
eclosão da Revolução Russa e da criação da OIT, seguida da de Weimar de 1919,
resultado imediato da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial) (ZIPPELIUS,
1994).
A adoção de medidas afirmativas,6 ou seja, de políticas públicas visando
atenuar as flagrantes desigualdades sociais que se desenvolveram em progressões
geométricas ao longo da vigência do Estado-negligente tem por finalidade a
satisfação do tão antigo “desejo” de fraternidade dos revolucionários franceses
(ZIPPELIUS, 1994), porquanto aspira, o État Providence, à verdadeira igualdade,
qual seja, a material.
Desta forma, pode-se perceber facilmente que, ao longo da evolução histórica
do tratamento dos direitos fundamentais (em especial ao processo de evolução dos
8
Note que a Constituição de 1891, que como o Estado brasileiro não era voltada à questão social,
omitiu-se quanto aos problemas trabalhistas. Basta lembrar, para aferir o nível da omissão, que essa
Constituição não atribuía ao Congresso nacional a competência para legislar sobre o direito do
trabalho, o que somente veio a ser solucionado com a Emenda Constitucional de 07 de setembro de
1926. Para tanto, ver: SÜSSEKIND, 2001, p. 30.
35
9
Tanto assim que, conforme transcorrida os anos, mormente entre 1890 e 1917, o número de greves
aumentava exponencialmente, senão em número de ocorrência, ao menos em proporção de adeptos
e de intensidade das reivindicações. A esse respeito, ver NASCIMENTO, 2010, p. 89-90.
10
Segundo alguns, para Lassale “[...] os problemas constitucionais não são problemas de direito, mas
de poder; a verdadeira constituição de um país somente tem por base os valores reais e efetivos do
poder que naquele vigem; as constituições escritas não têm valor nem são duráveis a não ser que
exprimam fielmente os valores que imperam na realidade social. Uma constituição escrita pode ser
36
boa e duradoura quando corresponder à Constituição real e tiver suas raízes nos fatores do poder
que regem o país. Caso contrário, irrompe inevitavelmente um conflito impossível de ser evitado e no
qual a Constituição escrita, a folha de papel, sucumbirá, necessariamente, perante a Constituição
real, a das verdadeiras forças vitais do País” (VIEIRA, 1998, p. 72).
11
Lógico que a aplicação das ideias de Hesse, nesse momento histórico, limita-se a incutir na
constituição uma força modificativa da ordem já posta. Aliás, nem sequer é possível falar em
aplicação real dessa tese, porquanto o momento histórico em questão antecede a elaboração teórica
em tela. Poder-se-ia, pois, falar em um exemplo antecedente explicável, posteriormente, pela teoria
de Hesse, visto que sua obra é resultado de uma palestra proferida em aula inaugural datada de
1959, na Universidade de Freiburg, Alemanha.
37
12
Para tanto, ver SIQUEIRA NETO, 1996.
38
13
carreado pela Declaração Universal de 1948. No que concerne propriamente ao
modo como foram dispostos os direitos dos trabalhadores na Constituição, bem
como ao rol estabelecido, tem-se que, em síntese:
[...] a Constituição de 1967 por seu art. 158, assegurou o direito de greve,
salvo nos serviços públicos e atividades essenciais definidas em lei. No
tocante ao reconhecimento das convenções coletivas de trabalho e da
competência da Justiça do Trabalho, foram mantidas as mesmas
disposições da Constituição de 1946, através dos arts. 165, XIV e 142,
respectivamente. O art. 159 também reconheceu os sindicatos ou
associação profissional, deixando para regulamentação em lei a sua
constituição, representação legal nas convenções coletivas de trabalho e o
exercício de funções delegadas do Poder Público, dentre elas, o poder de
estabelecer contribuições, e estabeleceu a obrigatoriedade do voto nas
eleições sindicais (SIQUEIRA NETO, 1996, p. 202).
Por sua vez, a Constituição de 1988 foi, além de uma continuidade dos
direitos dispostos pelas suas antecessoras, uma expressão do novo regime
democrático no Brasil. Por isso, seu conteúdo é farto em medidas protetivas aos
trabalhadores, bem como na conferência de novos direitos.
Em síntese, essa Constituição fez com que houvesse equiparação entre
trabalhadores rurais e urbanos, sobretudo no que toca ao FGTS. Apesar de extinguir
a estabilidade decenária, protegeu o trabalhador contra a despedida arbitrária;
unificou nacionalmente o salário mínimo, antes regionalizado, dentre inúmeros
outros avanços, cuja análise minudenciada não é objeto do presente estudo. De
qualquer forma, tratar-se-á, em momento oportuno neste trabalho, de outros
aspectos dessa nova ordem constitucional.
Destarte, infere-se que, sob o enfoque constitucional, a trajetória dos direitos
dos trabalhadores, notoriamente do ponto de vista individual, qualifica-se como
ascendente. Isso porque não houve retrocessos significativos no rol de direitos
conferidos. Em outras palavras:
13
Sobre o tema, ver: FERREIRA FILHO, 2009.
39
14
Para tanto, ver: RODRIGUES, 1979.
15
Nesse sentido, veja-se: LOEWENSTEIN, 1942.
40
16
Ver, nesse sentido: SARMENTO, 2003. p. 70-78.
42
[...] a história não era muito mais promissora para aqueles trabalhadores
que, de boa-fé, levavam suas queixas aos tribunais do trabalho. Ineficiência
administrativa, tribunais superlotados e uma tendência para a “conciliação”
frequentemente produziam o que pode ser denominado de “justiça com
desconto”. Mesmo quando ganhava um caso legal, por exemplo, um
trabalhador brasileiro era forçado a um acordo com seus patrões, obtendo
um valor muito menor do que o inscrito em seus direitos legais, caso
contrário teria de enfrentar atrasos intermináveis devido aos apelos da
empresa – que algumas vezes se estendiam por até 12 anos. E, durante
aquele período, o dinheiro que o trabalhador havia ganho desapareceria
17
No ponto, basta lembrar que o legislador somente cumpriu, de fato, o seu papel em 1943, quando
promulgou a Consolidação das Leis Trabalhistas. Antes disso, o que se tinha eram diplomas legais
esparsos que regulavam categorias específicas, como os bancários, por exemplo (Decreto
24.615/34). Ademais, a Justiça do Trabalho, expressão cunhada pela CF/34 e mantida na CF/37,
somente foi implantada em 1941. Aqui, a justiça trabalhista era parte integrante do Poder Executivo.
Essa situação mudou somente com a Constituição de 1946 que atribuiu status judicante à Justiça do
Trabalho. Não obstante, tal circunstância já havia sido declarada, em controle difuso de
constitucionalidade (RE nº 6.310, DJU de 30.09.43), pelo Supremo Tribunal Federal. Conferir:
FERRARI; NASCIMENTO; MARTINS FILHO, 1998.
43
porque, até o final os anos 60, o montante eventualmente ganho não era
corrigido monetariamente (FRENCH, 2001, p. 19).
O mesmo autor prossegue sua narrativa, aduzindo, como base nos relatos
feitos por Puech (1960), que
18
Nesse sentido, ver: BARROSO, 2005.
45
19
Nesse sentido ver: BARROSO, 2002, p. 07-45.
46
20
Nesse sentido ver: SÜSSEKIND [et. al.], 1997, p. 134 e ss., CESARINO JÚNIOR, 1957, p. 112,
bem como NASCIMENTO, 1977, p. 235.
48
21
Ver: GONÇALES, 2000, p. 29 e ss., SÜSSEKIND [et. al.], 1997, p. 134 e ss., e RODRIGUEZ, 1993,
p. 60.
22
Nesse sentido: BONAVIDES, 1993, p. 228-266; CANOTILHO, 1997, p. 171-180; ALEXY, 1993, p.
81-172; DWORKIN, 1998, p. 14-45.
49
23
Sobre o tema: BARROSO, 2005.
24
Nesse sentido: COMDANDUCCI, 2006.
25
Sobre o tema, no direito brasileiro, principalmente no que concerne aos elementos e pressupostos
decorrentes das mudanças mencionadas, ver: BARROSO, 2005; SCHIER, 2005; MOREIRA, 2008.
52
26
Nesse sentido: BARROSO, 2002.
27
Nesse sentido, ver: SARLET, 2012; e SARMENTO, 2003.
53
28
Sobre o tema: BONAVIDES, 2011.
29
Nesse sentido, ver: DWORKIN, 1998.
30
Por todos, ver: BASTOS, 2010.
54
31
Acerca do tema, ver: SARLET, 2012, p. 383-392.
55
32
A propósito, ver: STRECK, 2010.
33
Nesse sentido, ver: STRECK, 2010. Sobre a conexão entre os autores, no âmbito da escola
positivista, ver: BARZOTTO, 2004.
34
Ver: STRECK, 2014a, STRECK, 2014b e STRECK, 2014c.
56
[...] este aspecto inicial, como se poderá observar, traz algumas importantes
consequências. Deveras, durante longo período de tempo afirmar-se que
determinado enunciado possuía caráter principiológico significava retirar-lhe
62
35
Sobre o tema: ALEXY, 1993.
63
36
Para tanto ver: ÁVILA, 2013, p. 142 e ss.
66
exercem função decisiva direta como os princípios gerais do direito podem exercer
em determinados casos.
Eles são, portanto, diferentes, apesar das semelhanças existentes, dado que
os postulados também são uma condição essencial de compreensão e interpretação
do ordenamento, acentuado na subdivisão “postulados hermenêuticos” em que
estes se destinam à compreensão em geral do direito (ÁVILA, 2013). Nas palavras
do autor:
[...] ora, as regras estruturais são, nesse sentido global, responsáveis pela
imperatividade total do sistema. Nesses termos, mesmo sem admitirmos a
existência do direito natural, é possível dizer que nos princípios gerais,
enquanto designativos do conjunto de todas as regras estruturais do
sistema, repousa a obrigatoriedade jurídica de todo o repertório normativo.
Eles não são fonte do direito no mesmo sentido da legislação ou do
costume ou das normas jurisprudenciais, pois são metalinguagens em
relação àquelas fontes. Atuam sobre as demais fontes de modo semelhante
como as regras de dedução atuam a construção dos teoremas
matemáticos. Ao contrário dessas, porém, não formam um conjunto
rigoroso, mas são compostos de topoi, lugares- comuns, o que lhes confere
um caráter tópico (FERRAZ JÚNIOR, 2001, p. 244).
Por seu turno, Miguel Reale define os princípios gerais do direito como: “[...]
enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a
compreensão do ordenamento jurídico, quer para a sua aplicação e integração, quer
para a elaboração de novas normas” (REALE, 2009, p. 304).
Em síntese, percebe-se que o instituto em questão, na conotação
infraconstitucional, aproxima-se da ideia de regra, seja pela aplicação por
subsunção, seja pela redução da abstração do conceito de proteção pela existência
das subcategorias normativas que o compõe.
Já sob o enfoque constitucional, existem dúvidas acerca de sua função no
ordenamento jurídico, se postulado ou se princípio, ou se ambos, bem como sobre a
37
Por todos, conferir: ROTHEMBURG, 2003, p. 15.
68
38
Por todos, ver: MAZZUOLI, 2009.
71
39 Para tanto conferir: BONAVIDES, 1997, p. 524 e ss. No mesmo sentido, OLIVEIRA JÚNIOR, 2000,
p. 97 e ss.
72
40
Nesse sentido, ver: RICHTER, 2008. p. 65-105.
75
[...]
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade,
nos seguintes termos:
I – homens e mulheres são iguais em direito e obrigações, nos termos desta
constituição;
[...]
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho ofício ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
41
O inciso omitido (XXIX) não se enquadra na composição do conteúdo do princípio constitucional da
proteção ao trabalhador, uma vez que não dispõe acerca de uma garantia, ou de um direito. Expõe,
na verdade, apenas o prazo para o exercício de direitos decorrentes da relação de trabalho.
84
42
No ponto está presente a discussão acerca das diferentes eficácias das normas constitucionais
(eficácia plena, contida e limitada), matéria que não é objeto deste estudo.
86
[...] o direito do trabalho, como direito social, ancorado no art. 6º, da CF,
fornece um outro bom exemplo para demonstrar a conexão (mas não
equivalência) entre uma dimensão individual e coletiva, visto que se refere
tanto à garantia de condições de acesso a um trabalho digno para cada
pessoa individualmente considerada e na sua proteção no âmbito das
relações de trabalho (papel desempenhado pelos direitos dos trabalhadores
dos artigos 7º e seguintes da CF), mas apresenta uma face coletiva
(transindividual) inequívoca, como fundamento da obrigação estatal de
promover políticas que resultem na criação de vagas no mercado de
trabalho (SARLET, 2012, p. 219).
43
Nesse mesmo sentido, ver: LEDUR, 2009.
87
44
Nesse sentido: LUHMANN, 2002.
45
Ver: BECK, 1998.
93
porque a proteção que ele confere aos indivíduos condiz em grande medida com
uma preocupação antecipada, em nível hierárquico, pelo próprio texto da
constituição.
Essa análise específica a respeito da revisão do conteúdo do princípio será
feita no tópico subsequente, o que é imprescindível deixar claro no presente
momento é a sua função no ordenamento jurídico, identificando em que espaços ele
opera.
Nesse sentido, demonstrou-se que a função de limitação e correção das
distorções da economia em relação ao direito do trabalho é função exclusiva da
dimensão constitucional do princípio em análise. Isso é decorrência do nível
hierárquico em que as matérias estão.
Por esta razão que a legislação trabalhista, sob pena de inconstitucionalidade,
já nasce objetivando a proteção dos trabalhadores. Do que é inferência necessária
que a legislação trabalhista é o resultado da ponderação, feita pelo legislador, dos
princípios constitucionais relativos à matéria (princípios da economia e proteção ao
trabalhador).
Dessa maneira, não há espaço direto, em sede de casos regulados pela
legislação, para a atuação ativa (criadora ou modificativa) do judiciário. Esse Poder
do Estado, em decorrência da distribuição constitucional de competências, deve ser
autolimitado, restringindo-se a aplicar a legislação que já é em si protetiva, sem
acentuar-lhes os termos.
A dimensão infraconstitucional do instituto serve de mecanismo para a
supressão de eventuais lacunas, ou mesmo como parâmetro para a resolução de
eventuais conflitos, aparentes ou efetivos, de normas.
Nesse contexto, não se pode admitir que a face infraconstitucional da
proteção, em qualquer medida, tenha eficácia suficiente para justificar a não
aplicação de determinado diploma legal.
De outra banda, ad argumentandum tantum, se o princípio em questão fosse
entendido como direito fundamental material, por força do art. 5º, § 2º, da CF/88, por
ser espécie normativa que confere direito destinado aos trabalhadores, visando à
melhoria de sua condição e à efetivação de sua dignidade, não poderia exercer força
derrogatória tão ampla, ou mesmo prevalecer a priori como se fosse
hierarquicamente superior aos demais direitos constitucionais.
95
conflitos deve ser utilizado em conjunto aos demais, ou seja, aplica-se ao lado dos
critérios hierárquico, cronológico e da especialidade.
No mesmo sentido, a ponderação mencionada se dá na esteira da existência
de normas que, apesar de menos favoráveis ao empregado, foram concebidas por
critérios democráticos e como resultado da ponderação realizada pelo legislador,
presumindo-se constitucionais. Dessa maneira, tais normas, sejam leis propriamente
ditas, sejam outros atos normativos, aplicam-se aos casos a que pretendem regular.
A solução, em vez de ser uma simplista aplicação da norma mais favorável ao
trabalhador, será o resultado de um procedimento complexo de definição, por meio
do cotejo de todas as técnicas de solução de conflito normativo, ponderando-as,
quando necessário (conflito normativo completo), e aplicando-as.
Portanto, não se pode dizer, a priori, que em caso de conflitos normativos, no
âmbito do direito do trabalho, incide o que for mais benéfico ao trabalhador. É
necessário que se verifique se os demais critérios de solução de conflitos não
resolvem a questão, precedendo, dessa forma, o princípio da norma mais benéfica.
O terceiro – a condição mais benéfica – terá como polarizador de sua
incidência o princípio da vontade das partes, sem prejuízo de ponderação com
outros princípios.
É que, diante de um caso concreto, não se pode dizer, a priori, que vale a
condição mais benéfica ao trabalhador, quando, por exemplo, a forma diversa foi
acordada consciente e livremente, ou quando tal circunstância advier de tratamento
normativo sindical, ou mesmo de aplicação de legislação que autoriza um tratamento
menos benéfico.
Na incidência do conceito originário desta subnorma, pressupunha-se que o
empregado estava em condição de desigualdade, o que, por óbvio, afetava sua
liberdade. Assim, por coerência sistêmica, o princípio da proteção mitigava a
autonomia, afastando determinadas escolhas do empregado por uma condição
menos benéfica, ou aparentemente menos benéfica. Nesse sentido:
5 CONCLUSÃO
Essa noção, enraizada no senso comum teórico dos juristas, impera, não
obstante a ausência de correspondência entre os contextos históricos, sociais,
jurídicos e econômicos, que circunscrevem a gênese do princípio em foco e a
atualidade. Trata-se de afirmar que é diacrônico o conteúdo da concepção do ideário
em tela e a sua aplicação hodierna, o que não abalou o conteúdo e o modo de
aplicação do instituto em comento.
Daí o porquê da necessidade de realização de uma leitura constitucional do
instituto. Constitucionalização essa que consistiu em determinar, com base nos
direitos fundamentais, a amplitude do conteúdo e das hipóteses de incidência da
norma específica do direito do trabalho.
Ao longo do estudo, não se negou a existência constitucional, a partir do
próprio texto da Constituição Federal de 1988, do instituto da proteção ao
trabalhador. O que se afirmou, na verdade, foi que a concepção precedente à
Constituição Federal de 1988, que, como visto ao longo da exposição, é
infraconstitucional, deveria ser constitucionalizada, adequando-se, portanto, o seu
conteúdo e domínio normativo ao paradigma constitucional vigente e aos influxos
teóricos que o fenômeno trouxe consigo.
Tal procedimento, por via de consequência, impede que determinado
enunciado normativo seja absoluto e, assim, prevalecendo em relação às demais
normas de igual hierarquia, que compõem o sistema, notadamente em se tratando
de princípio.
Assim, este estudo mostrou-se importante, na medida em que teve o escopo
de analisar as consequências do advento do constitucionalismo contemporâneo
sobre o direito do trabalho, aferindo os efeitos do mencionado fenômeno no âmbito
das categorias normativas que compõem esse ramo do direito, bem como as
consequências, conceituais e interpretativas, da leitura constitucional do instituto da
proteção ao trabalhador.
Em decorrência do corte epistemológico realizado na delimitação do tema
deste estudo, a observação se concentrou no princípio da proteção ao trabalhador.
A escolha foi baseada em um critério de importância, na medida em que tal instituto
é o pilar sobre o qual foi erigido o direito do trabalho.
Logo, o tema central da pesquisa foi a análise das consequências da
aplicação da ideia central do constitucionalismo contemporâneo (ou
neoconstitucionalismo), qual seja: a constitucionalização do direito ao microssistema
110
REFERÊNCIAS
AMARAL, Gustavo. Direito, Escassez & Escolha. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
______. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 14.
ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional, 22. ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
BECK, Ulrich. La sociedad Del riesgo. Hacia una nova modernidad. Bercelona:
Paidós, 1998.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional, 26. ed. São Paulo: Malheiros,
2011.
______. Do Estado Liberal ao Estado Social. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
CARONE, Edgar . A República Velha. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.
COELHO, Inocêncio Martins. Konrad Hesse: uma nova crença na Constituição. In:
Revista de Direito Público, ano 24, n. 96, out/dez. de 1990.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 5. ed. rev.
atual. SãoPaulo: Saraiva, 2007.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado. 28. ed. São
Paulo: Saraiva, 2009.
118
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição Federal de 1988. 10. ed.
São Paulo: Malheiros, 2005.
LEAL, Mônia Clarissa Henning; CECATO, Maria Aurea Baroni; RÜDIGER, Susanne
Dorothée (orgs.). Constitucionalismo social: o papel dos sindicatos e da jurisdição na
realização dos direitos sociais em tempos de globalização. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2008.
LOEWENSTEIN, Karl. Brazil under Vargas. Nova York: The Macmillan Company,
1942.
______. Obtenção dos direitos fundamentais nas relações entre particulares. Rio de
Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2007.
OLIVEIRA JÚNIOR, José Alcebíades de. Teoria jurídica e novos direitos. Rio de
Janeiro: Lumen Iuris, 2000.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
REDIN, Giuliana. Direito à autodeterminação dos povos: uma análise a partir das
relações internacionais. Passo Fundo: Méritos, 2006.
SAMPAIO, José Adércio Leite. Direitos fundamentais. 2. ed. Belo Horizonte: Delrey,
2010.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos
direitos fundamentais na perspectiva constitucional. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2012.
______. Compreender direito: como o senso comum pode nos enganar. V. II. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2014b.
______. O que é isto: decido conforme minha consciência? 4. ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2013.
WINCK, Enisa Eneida da Rosa Pritsch; REIS, Jorge Renatos dos. Construção
principialista do direito constitucional na sua nova interpretação. In: LEAL, Mônia
Clarissa Henning; CECATO, Maria Aurea Baroni; RÜDIGER, Susanne Dorothée
(orgs.). Constitucionalismo social: o papel dos sindicatos e da jurisdição na
realização dos direitos sociais em tempos de globalização. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2008.