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Os processos licitatórios desempenham um papel crucial na contratação de bens,

serviços e obras pela Administração Pública. Nesse contexto, o regime jurídico administrativo
exerce uma influência significativa, baseada em três pilares-chave: a desigualdade jurídica, a
presunção de legitimidade dos atos da Administração e a discricionariedade administrativa.
A disparidade de poderes e recursos entre a Administração e os licitantes resulta na
desigualdade jurídica. A Administração estabelece as regras, critérios e requisitos, o que gera
uma situação de desigualdade. Para atenuar essa disparidade, é fundamental que a
Administração assegure transparência e imparcialidade no processo.
A presunção de legitimidade implica que os atos administrativos são considerados
válidos por padrão. No entanto, os licitantes têm o direito de contestar decisões e recorrer em
caso de irregularidades, garantindo que a justiça prevaleça.
A discricionariedade administrativa concede à Administração a capacidade de tomar
decisões em contextos particulares, contudo, é imperativo que essa discricionariedade seja
aplicada em conformidade com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. Qualquer desvio não justificado pode ser alvo de contestação por parte
dos licitantes
Em resumo, o regime jurídico administrativo é um elemento fundamental nos processos
licitatórios, influenciando a relação entre a Administração e os licitantes. A harmonização
desses pilares é essencial para garantir a equidade, transparência e integridade dos processos
licitatórios, conciliando os interesses da Administração com os direitos dos licitantes e a
eficiência na contratação pública.

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