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TÉRMICOS E RADIAÇÃO
1.3.5 – Condução térmica.
1.3.6 – Convecção térmica.
1.3.7 – Transferência de energia como calor num coletor solar.
1.3.8 – Aquecimento e arrefecimento de sistemas: capacidade térmica mássica.
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1.3.5. CONDUÇÃO TÉRMICA
Mecanismo de transferência de calor que exige o contacto entre os sistemas (ao contrário
da radiação).
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Mecanismo de transferência de calor por condução num corpo.
Aquecimento de um corpo
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As partículas agitam-se em torno
das suas posições médias de
equilíbrio, mas não se deslocam ao
longo do material.
ENERGIA
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A condução térmica também ocorre entre corpos em contacto.
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CONDUÇÃO:
Mecanismo de transferência de energia como calor que ocorre devido à transferência
de energia das partículas mais agitadas (a maior temperatura) para as mais lentas (a
menor temperatura). As partículas mais agitadas propagam a agitação às partículas
vizinhas havendo assim transferência de energia sem transporte de matéria.
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A condução térmica de um corpo depende:
Forma Lã
Cortiça Isolante térmico
Plásticos Energia transferida lentamente
…
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A taxa temporal de transferência de energia, sob a forma de calor, por condução através de
um material é inversamente proporcional à sua espessura e diretamente proporcional à
área transversal e à diferença de temperatura nas suas extremidades.
Paralelepípedos sujeitos a uma diferença de temperatura entre as faces esquerda e direita (A) e nas faces superior e
inferior (B).
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Se um cilindro de área de base A e comprimento L, estiver em contacto, através das suas
extremidades, com uma fonte “quente” à temperatura TQ e com uma fonte “fria” à
temperatura TF, a taxa temporal de transferência de energia, sob a forma de calor, por
condução será dada por:
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CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE UM MATERIAL
Grandeza que caracteriza um material quanto à rapidez com que nele a energia se transfere
por condução térmica.
Condutividade térmica, k
Relaciona-se com a taxa temporal de transferência de energia como calor por condução
térmica.
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CONDUTIVIDADE TÉRMICA:
Grandeza física que mede a capacidade de uma substância conduzir o calor.
Pode ser definida como a energia transferida sob a forma de calor por unidade de
tempo através de uma superfície com 1 m2 de área e 1 m de espessura quando a
diferença de temperatura entre as duas faces dessa superfície é 1 K.
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A condutividade térmica do cobre é 401 W m-1 K-1. Isto significa que entre
os extremos de uma barra de cobre com 1 m de comprimento e 1 m2 de
secção, transferem-se 401 J de energia, em cada segundo, quando a
diferença de temperatura entre os extremos da barra for de 1 K (ou 1 ºC).
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Um bom condutor térmico apresenta uma condutividade térmica elevada enquanto um
isolador térmico apresenta uma condutividade térmica baixa.
A B
A prata é um bom condutor térmico (A) e a madeira um bom isolador térmico (B).
Material Material
Prata 427 Borracha 0,19
Cobre 397 Lã pura 0,04
Alumínio 238 Cortiça 0,04
Condutividade térmica de alguns Condutividade térmica de alguns
materiais: condutores térmicos. materiais: isoladores térmicos.
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De uma maneira geral, nos líquidos, a condutividade térmica é inferior à dos sólidos
metálicos. E nos gases a condutividade térmica é ainda menor, uma vez que as partículas
dos gases estão muito afastadas umas das outras, comparativamente com as dos líquidos e
as dos sólidos.
Condutividade térmica, k
Tem um valor elevado para os bons condutores térmicos e um valor baixo para os
isoladores térmicos.
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A diferente sensação de quente e frio ao tocar em objetos à mesma temperatura deve-se
ao facto destes terem condutividades térmicas diferentes.
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1.3.6. CONVECÇÃO TÉRMICA
Líquidos e gases podem transferir energia por calor através de outro mecanismo:
Convecção térmica
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Mecanismo de transferência de calor por convecção.
Aquecimento de um líquido
Correntes de convecção
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Fluido a temperatura superior (menos denso)
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Mecanismo de transferência de calor por convecção.
Aquecimento de um gás
Ar mais quente
Ar mais frio
Correntes de convecção
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CONVECÇÃO: Mecanismo de transferência de energia como calor que ocorre em fluidos
(líquidos e gases) acompanhado de movimentos do próprio fluido que são designados de
correntes de convecção.
Correntes de convecção
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As correntes de convecção são aproveitadas pelas aves e pelos praticantes de asa-delta
ou de parapente.
As correntes de convecção são importantes na renovação do ar junto ao solo:
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Conceitos como A “brisa” marítima
Permitem explicar de dia
a Convecção
fenómenos como:
A “brisa” terrestre à
noite
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1.3.7. TRANSFERÊNCIAS DE ENERGIA COMO CALOR NUM COLETOR SOLAR
Os coletores solares aproveitam a radiação solar para aquecer fluidos, que são normalmente
água ou ar, que circulam no interior de tubos.
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Um coletor solar é constituído por uma superfície absorsora e por elementos de proteção
térmica e mecânica.
Coletor - Constituição
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Cobertura transparente: Deixa entrar radiação mas não a deixa sair na totalidade,
provocando efeito de estufa. Geralmente de vidro ou acrílico.
Tubo de aquecimento: Soldado à placa coletora, aquece por condução térmica. No seu
interior circula o fluido que aquece por convecção térmica.
Cobertura transparente
Placa coletora
Tubo de aquecimento
Material isolante
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Basicamente, um coletor solar plano é constituído por:
Uma cobertura transparente, que permite a passagem da radiação solar que incide no
coletor, mas que é opaca à radiação infravermelha emitida, originando um efeito de
estufa. Esta cobertura minimiza também as perdas de energia como calor, por
convecção, para o exterior.
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Funcionamento de um coletor solar plano fechado:
• Os tubos condutores absorsores onde circula o fluido aquecem, por condução, e com
eles o fluido onde se geram correntes de convecção;
• A radiação infravermelha emitida pelos materiais do coletor solar fica retida no seu
interior, pois o vidro (ou acrílico) é opaco a essa radiação, o que vai contribuir para um
maior aumento da temperatura do fluido;
• O fluido que circula nos tubos condutores do coletor depois de aquecido vai circular
nos tubos que se encontram dentro do depósito com a água que se pretende aquecer;
• Como o fluido cede energia como calor à água do depósito, a sua temperatura desce e
regressa aos tubos condutores do coletor solar, mais frio, onde tudo recomeça.
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Instalação de um coletor solar
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O modelo de montagem de um sistema solar térmico é o seguinte:
Coletor solar
Reservatório
de água fria
Reservatório térmico
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A
Configuração mais utilizada
Água quente para
consumo
O fluido térmico circula em
circuito fechado (A), transferindo B
calor para a água de consumo (B)
que se encontra no depósito.
Água fria
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No interior dos tubos metálicos do coletor,
encontra-se água quente (menos densa).
Um coletor solar aproveita a radiação solar para aquecer um fluido. Neste sistema, a
energia é transferida por condução, convecção e radiação.
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1.3.8 AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO DE SISTEMAS: CAPACIDADE TÉRMICA
MÁSSICA.
Sistema A
Quando se fornece, num dado
intervalo de tempo, a mesma
quantidade de energia a dois 𝑚
sistemas, A e B, que diferem apenas
na sua massa.
Sistema B
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Aquecimento de materiais diferentes (óleo e água)
Sistema A
Quando se fornece, num dado
intervalo de tempo, a mesma Óleo
quantidade de energia a dois
sistemas com a mesma massa, mas
materiais diferentes.
Sistema B
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Aquecimento/arrefecimento de um sistema
Aquecimento
Aquecimento(ou arrefecimento) de um
sistema de massa constante (sistema
fechado), a pressão constante e sem
mudança de estado físico, por qualquer
processo (calor ou trabalho). 𝑸
𝑬 Arrefecimento
A energia que o sistema ganha (ou 𝑾
perde) é diretamente proporcional à
variação da sua temperatura.
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Energia recebida (cedida) num aquecimento (arrefecimento), sem mudança de estado físico:
J kg −1 K −1 Aquecimento
∆𝑇 > 0 𝐸>0
𝐸 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇 Arrefecimento
∆𝑇 < 0 𝐸<0
J kg K
𝐸 - energia recebida/cedida
𝑚 - massa do sistema
𝑐 - característica do material designada por capacidade térmica mássica
∆𝑇 - variação de temperatura
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A energia, 𝑬, e a variação de temperatura, ∆𝑻, são diretamente proporcionais sendo a
constante de proporcionalidade igual ao produto de 𝒎 por 𝒄 .
𝑬
𝐸 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇
O declive da reta é
𝑦=𝑎𝑥 igual ao produto 𝑚 𝑐
𝟎 ∆𝑻
ou
1
∆𝑇 = 𝐸
𝑚𝑐 O declive da reta é
igual ao inverso do
1
𝑦=𝑎𝑥 produto 𝑚 𝑐:
𝑚𝑐
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Capacidade térmica mássica
𝐸
𝑐= 𝐸 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇
𝑚 ∆𝑇
∆𝑇 K = ∆𝑡 °C
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Capacidade térmica mássica da água
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A água líquida tem uma capacidade térmica Material c / J kg −1 °C −1
(a 25 °C)
mássica superior à dos outros materiais: precisa Água líquida 4,18 × 103
Azeite 2,00 × 103
de absorver ou perder mais energia para que a
Alumínio 9,00 × 102
sua temperatura varie do mesmo valor Ferro 4,43 × 102
Cobre 3,70 × 102
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Apesar da irradiância ser a A água é o ambiente adequado para
mesma, a areia aquece mais que organismos que não suportam
a água do mar. grandes amplitudes térmicas.
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Capacidade térmica
Cmc Então: Q C
No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de capacidade térmica, C, é J K-1 .
A capacidade térmica de um corpo é a energia recebida ou cedida por esse corpo,
varia de 1 °C ou de 1 K.
quando a sua temperatura
Quando se fornece a mesma energia como calor a dois corpos diferentes, o corpo que
possui maior capacidade térmica experimenta uma menor variação de temperatura.
Q1 Q2 C1 1 C2 2 Então:
se C1 C2 1 2
se C1 C2 1 2
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PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
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Proposta de tarefas:
Questão resolvida – 4 pág. 137 do manual
Questões propostas – pág. 138 do Manual
+ Questões – Ex. 22 ao 42, pág. 156 a 158 do manual.
Caderno de Exercícios e Problemas – Questões 26 a 47, pág. 55 a 59.
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