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ENERGIA, FENÓMENOS

TÉRMICOS E RADIAÇÃO
1.3.5 – Condução térmica.
1.3.6 – Convecção térmica.
1.3.7 – Transferência de energia como calor num coletor solar.
1.3.8 – Aquecimento e arrefecimento de sistemas: capacidade térmica mássica.

(Página 131 à 138)

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1.3.5. CONDUÇÃO TÉRMICA

Mecanismo de transferência de calor que exige o contacto entre os sistemas (ao contrário
da radiação).

Aquecimento de um objeto metálico

A extremidade que não está em contacto direto


com a fonte de calor também vai aumentando
gradualmente a sua temperatura.

Na tenaz há transferência de energia por


Há propagação de energia ao longo do metal. condução térmica.

A B Condução de calor: entre a resistência


elétrica de um jarro elétrico e a água (A) e
ao longo de uma colher metálica
mergulhada numa sopa quente (B).

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Mecanismo de transferência de calor por condução num corpo.

Aquecimento de um corpo

Corpo metálico (Sólido)

Extremidade em contacto com a fonte de calor

Fonte de energia A condução térmica é desprezável


nos líquidos e gases devido ao
maior afastamento das partículas.

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As partículas agitam-se em torno
das suas posições médias de
equilíbrio, mas não se deslocam ao
longo do material.

ENERGIA

As partículas da extremidade aquecida de um objeto recebem energia e, por isso, agitam-se


mais. Essa agitação propaga-se às partículas vizinhas e destas às outras, ao longo do
objeto.
O aumento da agitação corpuscular traduz-se em
aumento de temperatura, o que se verifica em todo o
objeto.

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A condução térmica também ocorre entre corpos em contacto.

Aquecimento de uma barra metálica com clips presos com cera.

Há condução térmica ao longo da barra


metálica.

Há condução térmica da barra para a cera. último clip


a cair
1º clip a
cair
A cera começa a fundir, no sentido da ponta
mais quente da barra para a mais fria, caindo
os clips por essa ordem.
Transferência de energia por condução
térmica entre corpos em contacto.

A condução térmica ocorre predominantemente nos sólidos.


A explicação reside no facto de serem fracas, ou muito fracas as ligações entre as partículas
constituintes dos líquidos e dos gases, ao contrário dos sólidos. Em média, as partículas dos
líquidos e gases encontram-se mais afastadas umas das outras, o que dificulta a condução
térmica.

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CONDUÇÃO:
Mecanismo de transferência de energia como calor que ocorre devido à transferência
de energia das partículas mais agitadas (a maior temperatura) para as mais lentas (a
menor temperatura). As partículas mais agitadas propagam a agitação às partículas
vizinhas havendo assim transferência de energia sem transporte de matéria.

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A condução térmica de um corpo depende:

Da sua geometria Do material de que é constituído

Tamanho Metal Condutor térmico


Energia transferida rapidamente

Forma Lã
Cortiça Isolante térmico
Plásticos Energia transferida lentamente

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A taxa temporal de transferência de energia, sob a forma de calor, por condução através de
um material é inversamente proporcional à sua espessura e diretamente proporcional à
área transversal e à diferença de temperatura nas suas extremidades.

Paralelepípedos sujeitos a uma diferença de temperatura entre as faces esquerda e direita (A) e nas faces superior e
inferior (B).

Se a diferença de temperatura aplicada nas extremidades do paralelepípedo for igual nas


duas situações, a taxa temporal de transferência de energia será maior no segundo caso
(B), pois apresenta uma maior área e uma menor espessura.

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Se um cilindro de área de base A e comprimento L, estiver em contacto, através das suas
extremidades, com uma fonte “quente” à temperatura TQ e com uma fonte “fria” à
temperatura TF, a taxa temporal de transferência de energia, sob a forma de calor, por
condução será dada por:

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CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE UM MATERIAL

Grandeza que caracteriza um material quanto à rapidez com que nele a energia se transfere
por condução térmica.

Condutividade térmica, k
Relaciona-se com a taxa temporal de transferência de energia como calor por condução
térmica.

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CONDUTIVIDADE TÉRMICA:
 Grandeza física que mede a capacidade de uma substância conduzir o calor.
 Pode ser definida como a energia transferida sob a forma de calor por unidade de
tempo através de uma superfície com 1 m2 de área e 1 m de espessura quando a
diferença de temperatura entre as duas faces dessa superfície é 1 K.

VALORES DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE ALGUNS MATERIAIS

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A condutividade térmica do cobre é 401 W m-1 K-1. Isto significa que entre
os extremos de uma barra de cobre com 1 m de comprimento e 1 m2 de
secção, transferem-se 401 J de energia, em cada segundo, quando a
diferença de temperatura entre os extremos da barra for de 1 K (ou 1 ºC).

VALORES DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE ALGUNS MATERIAIS

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Um bom condutor térmico apresenta uma condutividade térmica elevada enquanto um
isolador térmico apresenta uma condutividade térmica baixa.

A B

A prata é um bom condutor térmico (A) e a madeira um bom isolador térmico (B).
Material Material
Prata 427 Borracha 0,19
Cobre 397 Lã pura 0,04
Alumínio 238 Cortiça 0,04
Condutividade térmica de alguns Condutividade térmica de alguns
materiais: condutores térmicos. materiais: isoladores térmicos.

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De uma maneira geral, nos líquidos, a condutividade térmica é inferior à dos sólidos
metálicos. E nos gases a condutividade térmica é ainda menor, uma vez que as partículas
dos gases estão muito afastadas umas das outras, comparativamente com as dos líquidos e
as dos sólidos.

 Ver tabela 2, pág.132 do manual

Condutividade térmica, k

Tem um valor elevado para os bons condutores térmicos e um valor baixo para os
isoladores térmicos.

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A diferente sensação de quente e frio ao tocar em objetos à mesma temperatura deve-se
ao facto destes terem condutividades térmicas diferentes.

Exemplo: Porta e puxador à mesma temperatura (T. ambiente)

O puxador metálico possui uma condutividade elevada.


Quando tocamos com a mão a energia é rapidamente
transferida para o puxador, daí a sensação de frio.

A porta de madeira possui uma condutividade baixa.


Quando tocamos com a mão a energia é transferida
mais lentamente, dando a sensação que esta se
encontra menos fria que o puxador.

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1.3.6. CONVECÇÃO TÉRMICA

Mecanismo de transferência de calor que ocorre apenas em líquidos e gases.

Líquidos e gases podem transferir energia por calor através de outro mecanismo:

Convecção térmica

Correntes de convecção no aquecimento de água


Termograma de um aquecedor
contendo partículas de permanganato de
evidenciando uma temperatura maior do
potássio. A fonte de energia é a chama à direita.
fluido na zona superior.

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Mecanismo de transferência de calor por convecção.

Aquecimento de um líquido

Porções de fluido deslocam-se:

- O fluido mais quente e menos denso sobe


Corrente ascendente

- O fluido mais frio e mais denso desce


Corrente descendente
Fonte de energia

Correntes de convecção

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Fluido a temperatura superior (menos denso)

Fluido a temperatura inferior (mais denso)

O fluido aquece continuamente através da deslocação de matéria (o próprio fluido).

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Mecanismo de transferência de calor por convecção.

Aquecimento de um gás

A convecção processa-se do mesmo modo nos gases.

Ar mais quente

Ar mais frio

Correntes de convecção

O fluido aquece continuamente através da deslocação de matéria (o próprio fluido).

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CONVECÇÃO: Mecanismo de transferência de energia como calor que ocorre em fluidos
(líquidos e gases) acompanhado de movimentos do próprio fluido que são designados de
correntes de convecção.

 Nos sólidos só é possível transferir energia


sob a forma de calor por condução;
 nos fluidos pode transferir-se energia sob a
forma de calor por condução e/ou convecção,
sendo o segundo mais eficaz.

Correntes de convecção

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 As correntes de convecção são aproveitadas pelas aves e pelos praticantes de asa-delta
ou de parapente.
 As correntes de convecção são importantes na renovação do ar junto ao solo:

As correntes de convecção permitem a


dispersão de gases poluentes.

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Conceitos como A “brisa” marítima
Permitem explicar de dia
a Convecção
fenómenos como:
A “brisa” terrestre à
noite

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1.3.7. TRANSFERÊNCIAS DE ENERGIA COMO CALOR NUM COLETOR SOLAR

Os coletores solares aproveitam a radiação solar para aquecer fluidos, que são normalmente
água ou ar, que circulam no interior de tubos.

No funcionamento do coletor solar,


verificam-se os três mecanismos de
transferência de energia como calor:
radiação, condução e convecção.

Existem vários modelos de coletores


solares, no entanto o mais comum é o
coletor solar plano.

Esquema de um coletor solar plano.

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Um coletor solar é constituído por uma superfície absorsora e por elementos de proteção
térmica e mecânica.

Coletor - Constituição

Os vários componentes encontram-se


numa caixa que dá rigidez ao coletor e
que o protege de agentes atmosféricos.

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 Cobertura transparente: Deixa entrar radiação mas não a deixa sair na totalidade,
provocando efeito de estufa. Geralmente de vidro ou acrílico.

 Placa coletora: Absorve radiação, sendo normalmente de metal e de cor negra.

 Tubo de aquecimento: Soldado à placa coletora, aquece por condução térmica. No seu
interior circula o fluido que aquece por convecção térmica.

 Material isolante: Evita transferências de energia por calor para o exterior.

Cobertura transparente
Placa coletora
Tubo de aquecimento
Material isolante

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Basicamente, um coletor solar plano é constituído por:

 Uma caixa externa com isolamento térmico.

 Tubos condutores absorsores em serpentina, em geral de cobre devido à sua alta


condutividade térmica e resistência à corrosão, através dos quais o fluido que se
pretende aquecer circula. Estes tubos são, normalmente, revestidos de um material
negro na parte exposta ao Sol.

 O fluido é, em geral, água com um anticongelante, para evitar o seu congelamento em


épocas mais frias.

 Uma placa de absorção ou placa coletora, normalmente de alumínio ou de cobre e


pintada de preto fosco, que absorve a radiação solar, e à qual estão soldados os tubos
condutores por onde circula o fluido.

 Uma cobertura transparente, que permite a passagem da radiação solar que incide no
coletor, mas que é opaca à radiação infravermelha emitida, originando um efeito de
estufa. Esta cobertura minimiza também as perdas de energia como calor, por
convecção, para o exterior.

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Funcionamento de um coletor solar plano fechado:

• A radiação solar incide na cobertura transparente e propaga-se até atingir a placa de


absorção e esta aquece;

• Os tubos condutores absorsores onde circula o fluido aquecem, por condução, e com
eles o fluido onde se geram correntes de convecção;

• A radiação infravermelha emitida pelos materiais do coletor solar fica retida no seu
interior, pois o vidro (ou acrílico) é opaco a essa radiação, o que vai contribuir para um
maior aumento da temperatura do fluido;

• O fluido que circula nos tubos condutores do coletor depois de aquecido vai circular
nos tubos que se encontram dentro do depósito com a água que se pretende aquecer;

• Por transferência de energia como calor, a água aquece;

• Como o fluido cede energia como calor à água do depósito, a sua temperatura desce e
regressa aos tubos condutores do coletor solar, mais frio, onde tudo recomeça.

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Instalação de um coletor solar

O coletor solar é instalado no


telhado de uma casa para receber
mais radiação.

Água quente Água fria Bomba

Esquema de um coletor solar instalado numa casa.

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O modelo de montagem de um sistema solar térmico é o seguinte:

Coletor solar

Reservatório
de água fria

Reservatório térmico

Os principais componentes são:

um coletor (normalmente colocado no telhado);


um reservatório térmico (geralmente colocado numa posição elevada em relação ao coletor);
um reservatório de água fria.

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A
Configuração mais utilizada
Água quente para
consumo
O fluido térmico circula em
circuito fechado (A), transferindo B
calor para a água de consumo (B)
que se encontra no depósito.

A circulação do fluido faz-se


através de circulação forçada, ou
seja, utilizando uma bomba.
Bomba

Água fria

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No interior dos tubos metálicos do coletor,
encontra-se água quente (menos densa).

O reservatório de água fria alimenta o reservatório


Subsistema de captação
térmico, mantendo-o sempre cheio.
Coletor solar
No reservatório térmico, encontra-se água mais
fria (mais densa) do que a dos tubos metálicos.

Geram-se correntes de convecção, que fazem a


Reservatório
de água fria água circular entre o coletor e o reservatório
térmico.
Reservatório
térmico
Ponto Toda a água do reservatório vai sendo
de consumo progressivamente aquecida.

Um coletor solar aproveita a radiação solar para aquecer um fluido. Neste sistema, a
energia é transferida por condução, convecção e radiação.

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1.3.8 AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO DE SISTEMAS: CAPACIDADE TÉRMICA
MÁSSICA.

Aquecimento de diferentes quantidades de água

Sistema A
 Quando se fornece, num dado
intervalo de tempo, a mesma
quantidade de energia a dois 𝑚
sistemas, A e B, que diferem apenas
na sua massa.
Sistema B

 O sistema A, com menor massa,


sofre um maior aumento da 2𝑚
temperatura

A variação de temperatura de um sistema depende da sua massa.

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Aquecimento de materiais diferentes (óleo e água)

Sistema A
 Quando se fornece, num dado
intervalo de tempo, a mesma Óleo
quantidade de energia a dois
sistemas com a mesma massa, mas
materiais diferentes.
Sistema B

 O sistema A (óleo) sofre um maior


aumento da temperatura. Água

A variação de temperatura de um sistema depende do material em causa.

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Aquecimento/arrefecimento de um sistema

Aquecimento
Aquecimento(ou arrefecimento) de um
sistema de massa constante (sistema
fechado), a pressão constante e sem
mudança de estado físico, por qualquer
processo (calor ou trabalho). 𝑸
𝑬 Arrefecimento
A energia que o sistema ganha (ou 𝑾
perde) é diretamente proporcional à
variação da sua temperatura.

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Energia recebida (cedida) num aquecimento (arrefecimento), sem mudança de estado físico:
J kg −1 K −1 Aquecimento
∆𝑇 > 0 𝐸>0
𝐸 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇 Arrefecimento
∆𝑇 < 0 𝐸<0
J kg K

𝐸 - energia recebida/cedida
𝑚 - massa do sistema
𝑐 - característica do material designada por capacidade térmica mássica
∆𝑇 - variação de temperatura

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A energia, 𝑬, e a variação de temperatura, ∆𝑻, são diretamente proporcionais sendo a
constante de proporcionalidade igual ao produto de 𝒎 por 𝒄 .

𝑬
𝐸 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇
O declive da reta é
𝑦=𝑎𝑥 igual ao produto 𝑚 𝑐
𝟎 ∆𝑻
ou
1
∆𝑇 = 𝐸
𝑚𝑐 O declive da reta é
igual ao inverso do
1
𝑦=𝑎𝑥 produto 𝑚 𝑐:
𝑚𝑐

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Capacidade térmica mássica

A capacidade térmica mássica ou calor específico, c, corresponde à variação de energia


por unidade de massa e de variação de temperatura da substância, sendo medido no SI em
J kg-1 K-1. Ou seja,
a capacidade térmica mássica, c, quando expressa em J kg−1 K−1 é a energia necessária para
elevar de 1 K a temperatura de 1 kg de material.

𝐸
𝑐= 𝐸 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇
𝑚 ∆𝑇
∆𝑇 K = ∆𝑡 °C

Também se pode exprimir em J kg −1°C −1

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Capacidade térmica mássica da água

Capacidade térmica mássica do gelo:


𝑐gelo = 2,10 × 103 J kg −1 ℃−1
É necessária a energia de 2,10 × 103 J para elevar 1 ℃ a temperatura de 1
kg de gelo.

Capacidade térmica mássica da água líquida:


𝑐água = 4,18 × 103 J kg −1 ℃−1
É necessária a energia de 4,18 × 103 J para elevar 1 ℃ a temperatura de
1 kg de água líquida.

Quanto maior for a capacidade térmica mássica de um material,


⟹ 𝑐água = 2 𝑐gelo menor será a variação de temperatura do sistema para a mesma
energia recebida (ou cedida).

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A água líquida tem uma capacidade térmica Material c / J kg −1 °C −1
(a 25 °C)
mássica superior à dos outros materiais: precisa Água líquida 4,18 × 103
Azeite 2,00 × 103
de absorver ou perder mais energia para que a
Alumínio 9,00 × 102
sua temperatura varie do mesmo valor Ferro 4,43 × 102
Cobre 3,70 × 102

Capacidades térmicas mássicas


de alguns materiais.
Por isso é bastante utilizada em sistemas de
aquecimento e refrigeração.

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Apesar da irradiância ser a A água é o ambiente adequado para
mesma, a areia aquece mais que organismos que não suportam
a água do mar. grandes amplitudes térmicas.

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Capacidade térmica

A capacidade térmica, C, de um corpo de massa, m, relaciona-se com a capacidade


térmica mássica, c, do material de que é feito o corpo da seguinte forma:

Cmc Então: Q  C 
No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de capacidade térmica, C, é J K-1 .


A capacidade térmica de um corpo é a energia recebida ou cedida por esse corpo,
 varia de 1 °C ou de 1 K.
quando a sua temperatura

Quando se fornece a mesma energia como calor a dois corpos diferentes, o corpo que
possui maior capacidade térmica experimenta uma menor variação de temperatura.

Q1  Q2  C1 1  C2  2 Então:
se C1  C2  1  2

se C1  C2  1  2

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PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

Dois sistemas a temperaturas diferentes, isolados em


relação ao meio exterior, colocados em contacto entre si,
trocam energia sob a forma de calor até atingirem o
equilíbrio térmico, ou seja, até ficarem à mesma
temperatura.
A energia cedida pelo corpo a temperatura superior é
igual, em módulo, à energia recebida pelo corpo a
temperatura inferior.

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Proposta de tarefas:
Questão resolvida – 4 pág. 137 do manual
Questões propostas – pág. 138 do Manual
+ Questões – Ex. 22 ao 42, pág. 156 a 158 do manual.
Caderno de Exercícios e Problemas – Questões 26 a 47, pág. 55 a 59.

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