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Anésio Rodrigues
Aula 101 - A Comunidade do discípulo amado
Introdução
Todo evangelho foi escrito visando uma catequização.
O texto era escrito visando uma comunidade, para que esta fosse instruída sobre Jesus.
O Evangelho de João é um desses livros.
Um estudo mais minucioso, nos faz perceber que este livro não é obra das mãos de uma só
pessoa. Ele parece expressar toda a história, conquistas e enfrentamentos de uma
Comunidade Cristã no primeiro século. Vamos chamá-la de “Comunidade do Discípulo
Amado, na cidade de Éfeso”.
O Discípulo Amado
Isso porque, este livro, tem um personagem central chamado de “o Discípulo Amado” .
Mais do que ver João, o apóstolo, ali naquele personagem, acredito que a intenção daqueles
escritores era que nos víssemos ali. O Discípulo Amado pode ser cada um de nós.
É como aquelas guras de personagens para fotogra a, em que tem um pequeno buraco em
que você coloca o seu rosto ali para fotografar. O "Discípulo Amado” seria um desses:
coloque o seu rosto ali!
C. Os Presbíteros
a. Um corpo de líderes na Igreja, discípulos de João e éis aos seus ensinamentos e
doutrina. Formam a Escola Joanina, que trazem em seus ensinos uma cristologia
mais alta, vendo Jesus não apenas como um ser histórico, mas um ser eterno.
b. Estes são aqueles que aparecem nas expressões “nós”.
c. Outros líderes, itinerantes, são chamados de “irmãos” (3 João 5,6)
D. As Comunidades
a. Éfeso era uma metrópole. Certamente haviam várias casas espalhadas na cidade
onde a igreja se reunia.
b. É provável que algumas delas não se sentiam ligadas a João, sendo algumas igrejas
gentílicas (herança das Comunidades de Paulo), outras formadas por judeus
convertidos (herança das comunidades de Tiago) e ainda praticantes do judaísmo, e
outros grupos, formados por gregos gnósticos tanto carismáticos (1 João 4:1) quanto
céticos (Aula 96 - A segunda carta de Pedro).
c. Nas cartas de João, existem alguns embates com alguns desses grupos.
d. Aos irmãos éis à sua doutrina, João os chama de “ lhinhos”.
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d. Como todos os evangelhos foram escritos visando a instrução de suas
comunidades, esse ajuste (explicações quanto a terminologias judaicas) nos revela
que haviam estrangeiros nessa Comunidade do Discípulo Amado.
B. Os judeus
a. Não se refere ao povo judeu como um todo.
Mas à elite judaica, com seu poder econômico, político, religioso e ideológico.
b. Esses judeus eram exclusivistas, e matavam pessoas que se opunham à eles. São
esses judeus religiosos e ligados à elite econômica que mataram a Jesus!
c. Eles são “as trevas” que tentaram apagar a Luz. (João 1:5)
d. Muitos irmãos daquela Comunidade eram expulsos das sinagogas, portanto,
da convivência, do comércio, das relações que tinham com outros judeus,
e até de suas próprias famílias.
C. A multidão
a. A multidão eram os descomprometidos, indecisos, gente que não falava
abertamente de sua fé.
b. Evitavam ser abertos sobre sua fé em Jesus para não serem expulsos das sinagogas.
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c. Um cego de nascença, que fora curado, acabou sendo expulso por declarar
abertamente sua fé em Jesus (João 9).
B. Seria um bom desa o para nós arrancarmos alguns sorrisos ao longo do dia.
a. Você também pode começar a fazer diferença no seu mundo!
1. Se puder, faça com que as pessoas que passam pelo seu caminho, se sintam
melhores por ter tido contato com você!
2. Temos que aproveitar essas oportunidades que nos aparecem ao longo do dia
de fazermos a vida das pessoas um pouco melhor.
b. Quando você sai, as pessoas devem sentir a sua falta.
1. Devemos deixar o lugar de onde estamos saindo, bem melhor do que quando
entramos.
2. As pessoas precisam sentir prazer de ter você por perto.
3. Tem gente que quando está num ambiente carrega aquele ambiente.
Reclamam, falam de seus problemas, deixam os outros tristes, chateados ou
preocupados. Que você nunca seja assim!
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6. Apêndice
A. Tradição da Igreja quanto a João em Éfeso.
a. Trecho do Livro História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia (325 e.c.), Livro
Terceiro, Capítulo 39 sobre os escritos de Papias de Hierápolis (60-130 e.c.),
3. “Em teu favor, não hesitarei em editar às minhas explanações o que aprendi
outrora dos presbíteros e cuja lembrança guardei elmente, a m de corroborar
a manifestação da verdade. Efetivamente, não aprecio os que falam muito,
como acontece à maioria dos homens, e sim os que ensinam a verdade; nem
junto dos que relembram preceitos estranhos, e sim junto dos que comemoram
os mandamentos do Senhor impostos aos éis e nascidos da própria verdade.
5. Neste memo ponto, seria oportuno notar que Papias enumerava duas vezes o
nome de João, a primeira das quais entre Pedro, Tiago, Mateus e os outros
apóstolos, e indica evidentemente o evangelista; quanto ao outro João, ele
interrompe a enumeração e entre outros coloca-o, fora do número dos
apóstolos. Aristion o precede e ele é designado claramente como presbítero.
7. Papias, de quem nos ocupamos agora, reconhece ter recebido as palavras dos
apóstolos por meio dos que com eles conviveram; declara, além disso, ter sido
ele mesmo ouvinte de Aristion e do presbítero João. De fato, cita-os com
frequência nominalmente em seus escritos, referindo as palavras que
transmitiram.
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b. No livro "Contra as Heresias" de Irineu, o autor faz referência ao apóstolo João e
sua atuação em Éfeso em diferentes partes de sua obra, ao longo de vários
capítulos. Algumas das passagens em que Irineu menciona João em Éfeso incluem:
1. Livro III, Capítulo 3, onde Irineu fala sobre a ordem dos bispos em várias igrejas
e menciona que João, o discípulo do Senhor, permaneceu em Éfeso.
2. Livro III, Capítulo 4, onde Irineu menciona que João, o discípulo do Senhor,
estava em Éfeso, onde viveu até o reinado de Trajano (98 a 117 e.c.).
3. Livro V, Capítulo 33, onde Irineu novamente menciona que João, o discípulo do
Senhor, estava em Éfeso e que ele teve discípulos que continuaram seu
ensinamento.
1. Livro III, Capítulo 23: Eusébio relata que João, um dos apóstolos, permaneceu
em Éfeso após o exílio de Patmos e cuidou das igrejas na Ásia Menor. Ele
menciona que João era uma testemunha ocular de Jesus e descreve seu
ministério em Éfeso.
2. Livro III, Capítulo 31: Neste capítulo, Eusébio menciona que o apóstolo João, ao
retornar de Patmos, estabeleceu sua residência em Éfeso e supervisionou as
igrejas na região.
3. Livro III, Capítulo 39: Aqui, Eusébio menciona que o apóstolo João viveu até o
reinado de Trajano, o que indica sua permanência em Éfeso por um longo
período.
4. Essas são apenas algumas das passagens onde Eusébio de Cesareia menciona
João em Éfeso. Ele aborda o assunto em vários pontos ao longo de sua obra
"História Eclesiástica" enquanto discute a história do cristianismo primitivo.
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