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APRENDIZAGEM MOTORA E PSICOMOTRICIDADE Imprimir

Claudia Garcia

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seõçatona reV
CONHECENDO A DISCIPLINA
Prezado aluno!
Este livro visa abordar conteúdos de muita relevância para a área da educação
física interligada com a psicomotricidade, pois discutiremos sobre assuntos que
contribuirão para o entendimento e resolução de diferentes situações-problema
encontradas na sua prática profissional.
Para isso, você conhecerá as principais características anatômicas e o
funcionamento do sistema nervoso central e periférico em situações de
aprendizagem, além de entender as teorias de aprendizagem, tornando-se capaz
de classificar as habilidades motoras, compreender o processamento de
informação, o processo da aprendizagem, o controle motor, os principais conceitos
de psicomotricidade, relacionar o aprendizado com o lúdico e assimilar as ações de
prevenção e educação psicomotora, que visam à profilaxia. Além disso,
conheceremos os transtornos e o processo de avaliação psicomotora,
colaborando, assim, para a compreensão dos aspectos da aprendizagem motora e
psicomotricidade, bem como sua aplicação na educação física.
A divisão dos conteúdos abordados servirá para o entendimento geral e específico
do tema, sendo relacionados com situações-problema e divididos em quatro
unidades de conhecimento.
Dessa forma, na unidade 1 você conhecerá a organização morfofuncional do
sistema nervoso, por meio de sua apresentação, seu funcionamento durante a
aprendizagem e alterações no sistema nervoso central. Na unidade 2, serão
relatados os aspectos básicos da aprendizagem motora na intenção de
compreender as teorias da aprendizagem motora, a classificação das habilidades,
o processamento de informação e tomada de decisão, a aprendizagem de

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habilidades e o controle motor. Na unidade 3, será possível entender os aspectos


da psicomotricidade, sua evolução histórica, conceitos, fundamentos, áreas de
atuação, teorias, desenvolvimento e elementos psicomotores. Por fim, na unidade
4, conheceremos a aplicação da psicomotricidade na educação física, a fim de

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compreender a estrutura corporal, o desenvolvimento da criança, o brincar e o

seõçatona reV
brinquedo, a avaliação e os transtornos psicomotores.
Pronto para se aventurar?
Ao estudar sobre os conteúdos do livro, você será capaz de conhecer e aplicar
metodologias respaldadas em conhecimento científico e diferenciadas na sua vida
acadêmica e profissional.
Bom estudo!

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

APRESENTAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

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Claudia Garcia

seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Caro aluno, seja bem-vindo a esta unidade de ensino!
Agora é o momento de estudar a organização morfofuncional do sistema nervoso,
para que você amplie seus conhecimentos sobre esse assunto. É comum nos
depararmos com questionamentos de alunos sobre como acontece o movimento,
e com conhecimento teórico fica muito mais fácil dar uma resposta clara e objetiva,
pois o que queremos é a confiança de nossos alunos no trabalho realizado.
Nesta unidade, será possível compreender, conhecer e reconhecer as principais
características de funcionamento, constituição e estruturas do sistema nervoso
central e periférico, em condições normais, com possíveis alterações no processo
de aprendizagem. O objetivo é fazer com que você consiga aplicar e relacionar
seus conhecimentos adquiridos em situações da sua vida acadêmica e profissional.

PRATICAR PARA APRENDER


Na vida profissional, é comum nos depararmos com diferentes situações em que
precisamos recorrer a processos históricos, conceitos, definições ou situações que
nos levam a estabelecer relações com a prática.
Por isso, hoje em dia, é comum encontrarmos profissionais que, talvez por falta de
conhecimento, limitações acadêmicas, por não saberem aplicar corretamente as
habilidades motoras para as devidas faixas etárias ou não conseguirem identificar
possíveis transtornos e ensinar ou estimular seus alunos da forma adequada,
acabam perdendo seus empregos. Isso afeta os alunos emocionalmente, visto que
essas grandes exigências por parte dos professores geram desgastes físicos
desnecessários e não contribuem de maneira efetiva para o bom desempenho dos

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estudantes, em virtude da ausência de embasamentos teóricos que possam


auxiliá-los.
Dessa forma, para que você compreenda ainda mais os conteúdos desta unidade,
apresento, agora, uma situação-problema muito semelhante a uma prática

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profissional.

seõçatona reV
Imagine que você seja um técnico de basquetebol feminino na categoria sub-12 e
esteja ministrando aulas duas vezes por semana em um clube bem conhecido na
região onde mora. Sua equipe possui 14 atletas, porém o clube não seleciona as
componentes do time, já que a entrada na equipe acontece por meio de inscrição.
O principal objetivo é a participação em competições.
Durante uma determinada aula, você treinava com sua equipe o fundamento da
bandeja, comum no basquetebol, e ao receber a bola após um arremesso na cesta,
a aluna Raquel virou o dedo e gritou de dor. Essa é uma situação muito comum nas
aulas de basquetebol: a aluna arremessou a bola, que bateu no aro da cesta e
voltou rapidamente, e para não deixar a bola cair, Raquel tentou pegá-la, mas
acabou torcendo o dedo.
Vocês entenderam o que aconteceu? Por que Raquel gritou imediatamente depois
que virou o dedo ao tentar pegar a bola? Como acontece essa reação? Quais
estruturas neurológicas foram requisitadas para que essa reação ocorresse?
Agora é o momento de compreender o que aconteceu no momento da batida da
bola no dedo da Raquel. Convido você para acompanhar a apresentação do
sistema nervoso, a fim de verificar o que ocorreu e solucionar esses
questionamentos.

CONCEITO-CHAVE
Você já parou para analisar que nossos movimentos precisam de comandos para
ser realizados? E já pensou em como esses comandos acontecem e de que forma?
Além disso, qual é o sistema responsável por esses movimentos?

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Neste momento, você entenderá detalhes sobre a constituição, características,


funções e estruturas do sistema nervoso central e periférico, assim como os
neurônios e sua classificação, função e componentes.

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SISTEMA NERVOSO

seõçatona reV
O sistema nervoso é o responsável pelo comando dos movimentos em resposta
aos sinais tanto internos como externos do nosso corpo.
Como exemplo, podemos imaginar uma criança pulando corda. Para que esse
movimento ocorra, é necessário um disparo no córtex cerebral, o qual permite que
todos os movimentos aconteçam numa grande velocidade.
O sistema nervoso humano é dividido em sistema nervoso central e periférico,
sendo o central constituído pelo encéfalo e medula espinhal, e o periférico por
uma grande rede de nervos, gânglios e terminações nervosas. Constitui-se como
uma estrutura formada pelo tecido nervoso, e os tipos celulares são os neurônios
e as células de neuroglia.

NEURÔNIOS
Os neurônios são células essenciais para funções do encéfalo que recebem
informações do ambiente e, dessa forma, entram em contato outros neurônios
para comandar as tarefas motoras e sensações. Os neurônios estão divididos em:
corpo celular, dendritos e axônio.

Figura 1.1 | Tipos de neurônios

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

CORPO CELULAR
Possui determinadas estruturas que mantêm o funcionamento neural em bom
estado, mostrando a capacidade de captar estímulos vindos das sinapses.

DENDRITOS
É uma estrutura alongada que funciona como um canal para os neurônios, que,
por sua vez, estão encobertos por sinapses.

AXÔNIO
Encontrado apenas nos neurônios, serve para transportar informações entre
lugares afastados do sistema nervoso.
A velocidade do sinal elétrico é considerada um impulso nervoso, porém muda
conforme o diâmetro do axônio e apresenta tamanhos diferentes, podendo chegar
a um metro.

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ASSIMILE

É importante se atentar para o fato de que quanto mais fino for o axônio,
mais rápido o impulso chegará.

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Os neurônios são classificados conforme o número total de axônios e dendritos.
Um neurônio que possui um neurito é conhecido como unipolar; se possui

seõçatona reV
neuritos, é bipolar; e quando apresenta mais células, é multipolar.

CÉLULAS DE NEUROGLIA
Comparadas aos neurônios, as células de neuroglia estão presentes em maior
quantidade e agem isolando os neurônios uns dos outros.

O SISTEMA NERVOSO CENTRAL


Para que você entenda um pouco melhor como acontecem os comandos, vamos
falar sobre o sistema nervoso central, que é o responsável por receber e transmitir
informações nervosas para todo o organismo. Ele é constituído e protegido por
partes ósseas: encéfalo e medula espinhal. O encéfalo fica localizado dentro do
crânio e possui três partes: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. A medula
espinhal fica situada na coluna vertebral.
Essas estruturas que estão no crânio e na coluna vertebral não são diretamente
ligadas ao osso, pois possuem a proteção de membranas denominadas como
meninges: dura-máter, membrana aracnoide e pia-máter.

CÉREBRO
Agora, vamos conhecer melhor o cérebro, pois é o principal órgão do corpo
humano, responsável pelas ações voluntárias e involuntárias. Ele constitui a porção
mais maciça e importante do sistema nervoso central.
É dividido por dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo), sendo o hemisfério

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direito responsável pela recepção das sensações e controle dos movimentos do


lado esquerdo do corpo, e, de modo inverso, o hemisfério esquerdo recebe as
sensações e controla o lado direito do corpo.

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Figura 1.2 | Cérebro

seõçatona reV

Fonte: Shutterstock.

CEREBELO
O cerebelo fica atrás do cérebro e possui uma proporção pequena quando
comparado a esse órgão principal, porém sabe-se que ele possui muitos
neurônios. É um centro de controle de movimentos, equilíbrio corporal, manejo do

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tônus muscular e aprendizagem motora, por isso tem diversas conexões com o
cérebro e a medula espinhal. Também é dividido por lados, no entanto,
diferentemente dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está
relacionado com os movimentos do lado esquerdo, o que também vale para o lado

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direito.

seõçatona reV
REFLITA

O cerebelo funciona como o centro de controle dos movimentos e postura.


Imagine uma criança aprendendo a andar de bicicleta, uma tarefa motora
que demanda equilíbrio corporal e muita coordenação. Pense no quanto de
prática de movimento será necessário para que seja possível organizar
diferentes estruturas cerebrais e para que o sistema nervoso central
consiga enviar comandos com a intenção de que as estruturas musculares
realizem o movimento da melhor forma.

TRONCO ENCEFÁLICO
A parte que falta do encéfalo é o tronco encefálico, o qual possui uma forma
parecida com um tubo, que serve para encaminhar informações do cérebro à
medula espinhal e ao cerebelo, e destes dois para o cérebro. É o local que regula a
respiração, o estado de alerta e a temperatura corporal.

MEDULA ESPINHAL
Caracteriza-se como a parte mais longa do sistema nervoso central, envolvida por
ossos e localizada no canal interno da coluna vertebral, constituindo-se de células
nervosas. É o maior condutor de informação da pele, das articulações e dos
músculos ao encéfalo e, consequentemente, deste para a pele, articulações e
músculos.

DICA

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Compreender a constituição do sistema nervoso central e periférico é


importante para saber como os elementos de aprendizagem e controle
corporal ocorrem e, assim, obter diferentes feedbacks das tarefas motoras
realizadas e das interações entre o indivíduo e o meio ambiente.

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seõçatona reV
OS NERVOS CRANIANOS
Para que você entenda melhor o que são os nervos cranianos, é necessário saber
que, além dos nervos que temos na medula espinhal e que inervam o corpo
humano, ainda existem os nervos cranianos, os quais estão no tronco encefálico e
inervam a cabeça. Além disso, alguns deles fazem parte do sistema nervoso
central.

MENINGES
As meninges são membranas que revestem o sistema nervoso central para que
não fique em contato direto com o crânio ou a coluna vertebral. A proteção mais
externa é a dura-máter, considerada de consistência dura, como evidencia a
descrição do próprio nome. Possui a forma de um saco forte e sem elasticidade,
que reveste o encéfalo e a medula espinhal. Na parte inferior da dura-máter
encontra-se a membrana aracnoide, que é semelhante a uma teia de aranha. Já a
pia-máter é uma membrana de estrutura fina onde correm muitos vasos
sanguíneos. Entre essas duas últimas membranas é possível encontrar um líquido
chamado líquor, que alimenta o sistema nervoso central e responsável por
minimizar possíveis traumas.
Toda a constituição do sistema nervoso central estudado até este momento de
nossos estudos é relevante para compreendermos que as células do tecido
nervoso realizam funções importantes para a manutenção da vida. Sabemos,
agora, que o sistema nervoso é constituído de dois tipos de células: os neurônios e
as células da neuroglia.

REFLITA

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Agora, com essas informações, você é capaz de pensar como ocorre a


transmissão de informações para o sistema nervoso central? Imagine que,
por algum motivo, você esteja resfriado e não consiga identificar o cheiro
de um determinado alimento. Como o seu cérebro receberá essa

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informação e como você terá vontade de experimentar ou comer esse

seõçatona reV
alimento se um dos sentidos que estimulam o desejo de comer é o cheiro?
O mesmo ocorre caso seu aluno não possa enxergar como acontece uma
atividade física proposta, já que, sem a visão, um estímulo que poderia
incentivar a execução do movimento não estará disponível.

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


O cérebro, como relatado anteriormente, possui uma divisão em hemisférios
cerebrais, sendo eles o telencéfalo e diencéfalo.
Nessas áreas, é possível verificar as ranhuras chamadas de sulcos e as saliências
de giros.

ASSIMILE

Lembrando que a camada fina sobre a superfície do cérebro é chamada de


córtex cerebral, estrutura que é definida, em muitos estudos, como o local
de raciocínio e conhecimento humano. Um indivíduo sem o córtex cerebral
não seria capaz de enxergar, escutar, falar ou realizar um movimento
voluntário.

Os hemisférios cerebrais são divididos por algumas áreas denominadas sulcos: os


lobos frontais, parietais, temporais e occipitais. Os lobos frontais encontram-se na
parte frontal do encéfalo; o lobo frontal situa-se sob o osso frontal; o lobo parietal,
sob o osso parietal; e, por fim, o lobo occipital fica sob o osso occipital. Cada um
desses lobos é responsável por coordenar uma função específica.

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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO


As demais partes do sistema nervoso que não englobam o encéfalo e a medula
espinhal fazem parte do sistema nervoso periférico, o qual, por sua vez, está
dividido em: sistema nervoso periférico somático e visceral.

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seõçatona reV
EXEMPLIFICANDO

Para que você entenda melhor, lembre-se que esse sistema é responsável
por transmitir informações sensoriais para o sistema nervoso, e este para
os músculos, as glândulas e células. Dessa forma, caso você leve um choque
em alguma parte do corpo, a sua reação imediata será de dor, pois o
sistema periférico é conhecido como o sistema das sensações. Nesse caso,
ele recebeu a informação por meio da pele, transmitiu impulsos nervosos
para o sistema nervoso central, e este, por sua vez, enviou comandos aos
músculos, glândulas e células.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO SOMÁTICO


O sistema nervoso somático é constituído dos nervos espinhais que inervam a
pele, das articulações e dos músculos que estão no controle voluntário.

ASSIMILE

A contração muscular é comandada pelos axônios motores somáticos,


assim como pelos axônios sensoriais somáticos, que pegam as informações
da pele, articulações e músculos.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO VISCERAL


Conhecido também como sistema involuntário ou autônomo, sua constituição
consiste em neurônios, vasos sanguíneos e glândulas.
Isso significa que determinadas ações do nosso corpo são realizadas
continuamente, e quando algo acontece fora do controle voluntário, como uma
sensação de mal-estar, estômago revirado, talvez por consequência de uma
ansiedade, isso é mensurado pelo sistema nervoso periférico visceral.

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ATENÇÃO

Antes de prosseguir em seus estudos, sugiro que você aprenda um pouco


sobre potenciais de ação por meio da leitura do artigo indicado a seguir,
cujo link de acesso está disponível nas Referências desta seção.

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KRUEGER-BECK, E. et al. Potencial de ação: do estímulo à adaptação neural.
Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 24, n. 3, p. 535-547, jul./set. 2011.

seõçatona reV
OS IMPULSOS NERVOSOS E AS SINAPSES
Será que você já percebeu que os neurônios e células da glia carregam
informações do centro para a periferia e da periferia para o centro?
Essas informações são transmitidas de um neurônio para o outro por meio das
sinapses, que podem ser elétricas ou químicas. Esse processo é conhecido como
transmissão sináptica e geralmente acontece em terminações axonais.
As sinapses químicas ocorrem na comunicação intraneural, como também entre
neurônios e células neurais. Para que isso aconteça, são necessários
neurotransmissores.

CADEIAS NEURONAIS OU ENGRAMAS


O engrama funciona como uma memória neural com elementos físicos e químicos.
Pode ser entendido como uma caixinha da memória, onde podemos guardar o que
foi aprendido ou vivenciado, de modo que, quando vamos fazer uma tarefa
motora, consultamos o que foi armazenado e tentamos utilizar essa informação
para alguma situação.

VIAS DE ASSOCIAÇÃO
Tem como função analisar as informações, armazená-las na memória e elaborar
formas de dar repostas ou gerar retornos espontâneos.

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VIAS AFERENTES E EFERENTES


Existem dois tipos de vias de comunicação neural, as quais são conhecidas como
aferentes e eferentes. As aferentes recebem a informação do sistema nervoso
periférico e a encaminham para o sistema nervoso central. Já as eferentes recebem

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do sistema nervoso central e conduzem para o periférico ou, até mesmo, para os

seõçatona reV
efetores, como órgãos e músculos.
Conhecemos as vias aferentes como sensitivas, pois trazem informações dos
receptores de sensação e estão interligadas com temperatura, dor, propriocepção
inconsciente (como a sensibilidade visceral) e propriocepção consciente.
Após todo esse estudo e com um bom embasamento teórico, como podemos
responder aos questionamentos sobre a Raquel, que bateu o dedo na bola de
basquete e gritou?

REFERÊNCIAS
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEAR, M. F; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o
sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FONSECA, V. Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese. Rio de
Janeiro: WAK, 2009.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010.
HOLLMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. São Paulo:
Artmed, 2002.
KRUEGER-BECK, E. et al. Potencial de ação: do estímulo à adaptação neural.
Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 24, n. 3, p. 535-547, jul./set. 2011.
Disponível em: https://bit.ly/3lxgLU3. Acesso em: 27 maio 2021.

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MACHADO, A. S. et al. Efeitos da manipulação da sensibilidade plantar sobre o


controle da postura ereta em adultos jovens e idosos. Revista Brasileira de
Reumatologia, v. 57, n. 1, p. 30-36, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3r9jtTa.
Acesso em: 26 maio 2021.

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MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:

seõçatona reV
Edgar Blücher, 2000.
ROCHA, L. P.; SHOLL-FRANCO, A. Memória motora: por que nunca esquecemos de
como andar de bicicleta? Ciência & Cognição, Rio de Janeiro, v. 9, p. 158-161, nov.
2006. Disponível em: https://bit.ly/3r9jZk4. Acesso em: 27 maio 2021.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


APRESENTAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Quando conhecemos as características e o funcionamento do sistema nervoso,
tanto o central como o periférico, podemos identificar o que aconteceu com
Raquel na aula de basquete.
Dor é a sensação de que algo não caminha muito bem, é uma defesa do nosso
organismo para demonstramos o que aconteceu ou acontece durante uma
situação de desconforto.
Raquel gritou imediatamente depois que virou o dedo ao tentar pegar a bola
porque o sistema nervoso periférico entrou em ação, isto é, recebeu um estímulo
por meio da batida no local e levou informações para o sistema nervoso central em
um tempo extremamente rápido, de modo que a estrutura envolvida foi acionada.
Com essa resposta, é fácil compreender que quando recebemos estímulos
externos pelas vias sensitivas o nosso corpo reage rapidamente, pois o sistema
periférico recebe a informação e, a partir das sinapses, essas informações chegam
ao sistema nervoso central, o qual informa aos músculos para a realização da
tarefa ou ação.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

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ENGRAMAS
Carlos é atleta de alto rendimento que compete em uma determinada modalidade
esportiva. Treina corrida quase todos os dias e natação algumas vezes na semana,
porém, em 2019, ele recebeu uma proposta de trabalho para tentar acompanhar

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uma equipe de triátlon num determinado campeonato internacional. Carlos, a

seõçatona reV
princípio, ficou com dúvidas sobre aceitar ou não esse convite, pois nunca mais
havia andado de bicicleta desde sua infância. Mesmo assim, o atleta topou o
desafio, pois ainda tinha cerca de dois meses de preparação até o campeonato.
Logo marcou um dia para andar de bicicleta com a equipe, porém teve alguns
problemas de estabilidade e resistência no início do treino. Depois, com a prática,
conseguiu andar perfeitamente com a bicicleta, mas ainda precisava melhorar as
rotações do pedal da bicicleta para ganhar velocidade. Será que Carlos conseguiu
andar de bicicleta, participar do campeonato e ainda obter algum resultado
positivo?

RESOLUÇÃO 

Durante os dois meses que faltavam, Carlos resolveu pegar sua bicicleta e
voltar a pedalar, no entanto teve alguns problemas de estabilidade. Como fazia
muito tempo que não andava de bicicleta, o atleta já não tinha resistência nem
velocidade. Diante disso, a sugestão foi começar a andar de bicicleta
gradativamente para que a repetição do movimento fizesse com que ele
aprimorasse seus movimentos e, consequentemente, tentasse participar do
campeonato. Isso é possível porque carregamos uma memória de movimento,
o que auxilia na aprendizagem e no controle motor.

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NERVOSO DURANTE A


APRENDIZAGEM

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Estudamos, anteriormente, qual o caminho percorrido da via aferente (sensitiva)
até o sistema nervoso central, que envia comandos ao sistema periférico. Agora,
vamos compreender outro processo de informação, o qual vem diretamente do
sistema nervoso central para o periférico. Essa compreensão é necessária para que
você, frente a situações do dia a dia ou durante as aulas com seus alunos, seja
capaz de adequar, aplicar tarefas motoras, exercícios ou atividades físicas eficazes,
de acordo com o objetivo planejado.
Na seção 1 desta unidade, Raquel, aluna da equipe de basquetebol, virou o dedo
durante um arremesso, e nós investigamos o que motivou a reação da aluna nesse
momento. Agora, vamos analisar o movimento que ela realizou durante o
lançamento da bola. Imagine Raquel na posição ereta, em pé, aproximando-se da
cesta de basquete, posicionando todo o seu corpo para a execução do lançamento.
O arremesso é um fundamento bastante utilizado no basquetebol, e para a
evolução técnica desse movimento, é importante que haja sistematização e
organização. Assim, para que essa ação aconteça, são necessários vários fatores
microscópicos e estruturais, processos cognitivos superiores, áreas encefálicas e
controle de movimentos.
O que você acredita ser requerido para que esse movimento ocorra de maneira
natural? Como Raquel conseguiu arremessar? Quais são as forças necessárias para
que ocorra o movimento do arremesso?

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Frente a essas situações, vamos estudar o caminho percorrido para o comando do


movimento do lançamento e toda a organização necessária. Venha desvendar o
que aconteceu durante o arremesso da aluna Raquel!

0
CONCEITO-CHAVE

seõçatona reV
Para realizar tarefas motoras, nosso corpo necessita de informações, as quais, por
sua vez, acontecem por meio de estruturas neurais. Você deve lembrar que essas
informações são transformadas em sinais elétricos, considerados impulsos
nervosos, que podem caminhar do sistema nervoso periférico para o sistema
nervoso central. Agora, nesta seção, você compreenderá outro processo de
informação, o qual ocorre do sistema nervoso central para o periférico. Para isso,
você conhecerá a placa motora, as unidades motoras e as vias eferentes ou
motoras. Além disso, será possível analisar os processos cognitivos superiores e as
aprendizagens humanas, bem como as áreas encefálicas que controlam as
emoções, verificando, também, como acontece o controle dos movimentos
reflexos, automáticos e voluntários.

ASSIMILE

O corpo humano recebe diferentes informações sensitivas, visuais,


auditivas, proprioceptivas, entre outras. Essas informações convergem em
impulsos elétricos que caminham pelo corpo humano. As informações que
serão abordadas em nossos estudos também seguem esse processo, mas
com outras estruturas.

O sistema motor é composto pelos músculos e comandos dos neurônios, e os


impulsos nervosos podem caminhar pelo corpo humano de diferentes maneiras.
Existem, ainda, estruturas diferentes que colaboram para a contratação muscular
e a realização do movimento.
Agora, vamos compreender como a informação vinda do sistema nervoso central
comunica o músculo para que ocorra a contração. Para isso, é importante verificar
mais detalhes sobre a placa motora.
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A PLACA MOTORA
As fibras musculares controlam e estão dentro de cada músculo esquelético, que,
por sua vez, se encontra na medula espinhal e compõe a maior parte da massa
muscular do corpo. Essas terminações nervosas que se conectam com as

0
estruturas musculares formam o chamado sistema motor somático, o qual

seõçatona reV
controla os movimentos de forma voluntária, tendo domínio, por exemplo, sobre
os músculos de que precisamos para caminhar, correr, abaixar, levantar, rolar,
entre outras atividades. Dessa forma, placa motora é onde acontece a
comunicação entre a fibra muscular e a nervosa, que é mediada pelos botões
sinápticos, os quais são compostos por ramificações cuja responsabilidade é enviar
informações por meio dos neurotransmissores.

Figura 1.3 | Sinapse

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Fonte: Shutterstock. 0
seõçatona reV

Assim, sinapse é o contato de um terminal axonal com outro neurônio ou célula.


Essa informação do terminal axonal é conhecida como elemento pré-sináptico
quando os neurotransmissores e acetilcolinas são encaminhados das vesículas
sinápticas para a placa motora. Já a informação do neurônio-alvo conhecido como
pós-sináptico pode ser observada quando os neurotransmissores se unem às
proteínas receptoras, gerando sinais elétricos ou químicos.

ASSIMILE

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É importante salientar que as estruturas citadas anteriormente permitem a


contração muscular, que é controlada pelo sistema motor somático, e essa
musculatura é inervada pelos neurônios motores somáticos, conhecidos
como neurônios motores inferiores.

0
seõçatona reV
UNIDADE MOTORAS
Neurônios motores alfa e gama são divisões dos neurônios motores inferiores da
medula espinhal. Os primeiros constituem o gerador direto da força do músculo, e
esse neurônio, juntamente com todas as fibras musculares que ele inerva, forma a
unidade motora.
As unidades motoras estão presentes na maioria dos músculos e podem ser de
vários tamanhos. Dependendo da requisição, é possível obter um controle mais
leve ou pesado, de acordo com a exposição de carga. Dessa forma, a contração
muscular pode ocorrer de forma individual ou combinada, conforme as unidades
motoras solicitadas. Portanto, um conjunto de neurônios motores alfa requisitados
formam um grupo de neurônios motores.

Figura 1.4 | Inervação do músculo esquelético

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

EXEMPLIFICANDO

Fibras musculares vermelhas são lentas e fibras musculares brancas se


contraem rapidamente, porém entram em fadiga mais rápido. No entanto,
sabe-se que dois tipos de fibras musculares podem estar num mesmo
músculo e que uma unidade motora possui apenas um tipo de fibra
muscular. Assim, podemos dizer que existem dois tipos de unidades
motoras: as lentas e as rápidas.

VIAS EFERENTES OU MOTORAS


Na seção anterior, você estudou sobre as vias aferentes ou sensitivas, isto é, vias
que levam informações do sistema nervoso periférico para o central. Agora chegou
o momento de estudar o caminho que as informações percorrem do sistema

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central para a periferia. Esse caminho é conhecido como via eferente ou motora,
que pode ser dividida em vias eferentes somáticas e eferentes viscerais, ou do
sistema motor autônomo.
As vias eferentes somáticas são responsáveis pelo controle dos músculos estriados

0
esqueléticos, permitindo, assim, a execução dos movimentos voluntários ou

seõçatona reV
autônomos e equilibrando o tônus e a organização da postura. No entanto, o
circuito que faz o movimento acontecer é constituído pelo córtex cerebral,
neurônio motor e demais elementos que auxiliam nesse caminho. O córtex se
comunica com os gânglios da base pelas fibras que passam pelo tálamo.
Dessa maneira, as vias eferentes são classificadas pelos tratos, como: trato
corticoespinhal, responsável pelo movimento voluntário; trato corticonuclear,
parecido com o trato corticoespinhal, mas seus impulsos são encaminhados do
córtex cerebral aos neurônios motores do tronco cefálico em vez da medula; trato
rubroespinhal, o qual tem a função de controlar a movimentação dos músculos
distais; trato vestibuloespinhal, que controla o equilíbrio; trato reticuloespinhal,
que colabora com a postura; e trato tectoespinhal, que está relacionado com o
acompanhamento visual.

REFLITA

O movimento humano parte de uma ação motora, podendo vir diretamente


das vias aferentes ou das vias eferentes. Na realidade, é um caminho de
mão dupla comandado pelos nossos sistemas. Pense: em quais momentos
de suas aulas os alunos podem estar utilizando as informações vindas do
sistema periférico e do sistema nervoso central?

O movimento acontece por meio de comandos que geram programas motores.


Tais comandos são vindos dos impulsos elétricos, que caminham até a placa
motora e impulsionam as vesículas neurotransmissoras.

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OS PROCESSOS COGNITIVOS SUPERIORES E AS APRENDIZAGENS


HUMANAS
Já notou que, durante sua vida, você adquiriu diferentes habilidade motoras? E que
de acordo com as situações e influências internas e externas (ambiente ou

0
estímulo) você se torna capaz de sempre aprender novas habilidades motoras?

seõçatona reV
Isso é possível porque, quando realmente aprendemos algo, nosso organismo
armazena informações motoras que transferimos para outras situações de
aprendizagem, e à medida que praticamos esses movimentos, passamos a realiza-
los com mais eficácia e menor gasto energético.

EXEMPLIFICANDO

Imagine que a aluna Raquel, para participar da aula de basquete e realizar o


movimento de arremesso na cesta, além de enviar os impulsos elétricos e
ativar os neurotransmissores, também recorreu às habilidades que ela
aprendeu anteriormente.
Esse resgate de movimentos é comum na área de educação física, esportes
e lazer, pois a habilidade aprendida na infância pode ser resgatada para
realizar a mesma ou outra tarefa motora.

Essa possibilidade pode ser concretizada em função dos processos cognitivos


superiores e das aprendizagens humanas. Além disso, é possível refinar os
movimentos de acordo com a sistematização da prática.

EXEMPLIFICANDO

Outro exemplo pode ser observado quando aprendemos a andar de


bicicleta ou dirigir um carro; jamais esquecemos o que assimilamos. A única
coisa que nosso corpo faz é adaptar os movimentos aprendidos aos
diferentes tipos de bicicleta e carro.

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O refinamento e aperfeiçoamento dessas habilidades leva ao processamento de


um novo programa motor, gerando sequências capazes de realizar as tarefas de
forma autônoma. No entanto, não podemos predizer que as habilidades
aprendidas em determinada tarefa motora podem levar ao sucesso de outra

0
habilidade.

seõçatona reV
EXEMPLIFICANDO

Nota-se que um controle motor fino acontece nos músculos das mãos e
face, mas também é importante lembrar que movimentos finos podem
ocorrer com outros músculos e ser aprendidos com as experiências.
Podemos citar como exemplo um violinista, que necessita da coordenação
das articulações dos dedos, punhos e ombros para a realização do
movimento.

Dessa forma, para entender melhor esse processo de refinamento e


aperfeiçoamento das habilidades motoras, o profissional de educação física
também precisa conhecer as áreas encefálicas que controlam as emoções, pois
elas influenciam o desenvolvimento das tarefas motoras.

AS ÁREAS ENCEFÁLICAS QUE CONTROLAM AS EMOÇÕES

ASSIMILE

A emoção está intimamente ligada aos sentimentos, como amor, ódio,


alegria, inveja, culpa, medo, ansiedade, entre outros.

Podemos afirmar que as emoções interferem de um modo ou outro na realização


das tarefas, pois nossos sistemas sensoriais levam informações de determinada
situação para o encéfalo, o qual, por sua vez, envia sinais para o organismo,
podendo alterar o tônus muscular, a frequência cardíaca, entre outros fatores.

EXEMPLIFICANDO

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Vamos relembrar a situação-problema da seção anterior, em que a aluna


Raquel virou o dedo no momento de recepcionar a bola de basquete. Neste
curto período de tempo, pode ter ocorrido uma série de outros
movimentos por influência da emoção sentida, de modo que sua atenção

0
possivelmente foi desviada.

seõçatona reV
Você provavelmente já vivenciou situações nas quais teve sua atenção desviada e
foi necessário recorrer a diferentes habilidades já aprendidas para resolver esses
incidentes. Também é possível que tenham surgido diversos sinais fisiológicos,
como frio, calor, coração acelerado por esperar alguém que não via há muito
tempo ou pela participação em um jogo importante. Enfim, essas são situações
rotineiras que devemos levar em conta durante a realização das tarefas motoras.
Além disso, precisamos tomar como importância o processo de motivação e
concentração para executar os movimentos.

EXEMPLIFICANDO

Podemos dizer, então, que depois de aprender a andar de bicicleta e


praticar essa atividade de forma sistemática, a memória motora de curto
prazo passa a ser de longo prazo.

Dessa forma, outras estruturas além do cerebelo controlam e se ligam às emoções,


como hipotálamo, tálamo, tronco cefálico e sistema límbico. Tais estruturas
também participam do sistema autônomo.

CONTROLE DOS MOVIMENTOS REFLEXOS, AUTOMÁTICOS E


VOLUNTÁRIOS
Você já deve ter notado que em determinados momentos nosso corpo realiza
diferentes tipos de movimentos. Alguns deles são controlados por você e outros
são realizados sem o seu comando. Esses movimentos são conhecidos como
reflexos automáticos e voluntários.

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MOVIMENTOS REFLEXOS
Ainda dentro do útero materno, os primeiros movimentos realizados pelo feto são
chamados de reflexos. São movimentos feitos de forma involuntária, controlados
subcorticalmente, os quais são considerados como reações de uma parte do corpo

0
ou a algum estímulo externo. Você já notou que quando colocamos o dedo na boca

seõçatona reV
de um recém-nascido ele imediatamente começa a fazer o movimento de sucção?

ASSIMILE

Um médico, ao avaliar os movimentos reflexos de um bebê, é capaz de


verificar o seu desenvolvimento psicomotor tomando como base o que é
esperado para a faixa etária em questão.

Dos tipos de reflexos, podemos destacar os inatos, isto é, aqueles que não
dependem da aprendizagem, e sim da hereditariedade. Quando você está exposto
aos raios solares ou a uma nuvem de poeira intensa, é comum que aconteça, de
maneira reflexa, a contração da pálpebra, diminuindo a entrada de luz pelos olhos.
Outro tipo de reflexo são os adquiridos, ou seja, aqueles que dependem da
associação entre os movimentos inatos, o que leva à produção de outros estímulos
como resposta reflexa. São bastante utilizados nos esportes e demais atividades
motoras como resposta a uma determinada ação. Como exemplo, podemos citar a
defesa de um golpe de judô.

Figura 1.5 | Movimento reflexo

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

MOVIMENTOS AUTOMÁTICOS
Você já deve ter assistido algum espetáculo circense e se perguntado como os
malabaristas realizam tantas tarefas motoras diferentes ao mesmo temo? Como
eles iniciam o malabarismo com três bolinhas, terminam com sete bolinhas em
movimento e ainda ficam em cima de uma prancha de equilíbrio?

Figura 1.6 | Malabarista realizando multitarefas

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

Esse controle, eficácia, utilização de pouca energia, habilidade e facilidade


dependeram de muitos treinos durante vários anos. No início de sua
aprendizagem, esse artista também teve dificuldades, pois quando estamos
aprendendo algo, nossa atenção está voltada totalmente para aquela situação;
pensamos antes de realizar os movimentos e cometemos vários erros. No entanto,
a partir dos treinos é possível executar a mesma tarefa e ainda aumentar os
estímulos com precisão e desenvoltura, visto que estamos fazendo isso de forma
automática.

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MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS
O ser humano é capaz de realizar uma gama de movimentos, dentre eles os
movimentos finos (delicados) ou grossos (bruscos). Você já viu a desenvoltura de
uma ginasta efetuando sua série de ginástica rítmica? Esses movimentos corporais,

0
juntamente com o manejo do aparelho, impressionam as pessoas que assistem.

seõçatona reV
São ações realizadas de maneira voluntária e, para chegar a esse nível de
desempenho, é necessário organizar o processo preparatório de programação e
execução.
Dessa forma, o professor precisa saber distinguir esses diferentes tipos de
movimentos e aplicar seus conteúdos e estratégias de forma eficaz, de acordo com
o objetivo de ensino-aprendizagem das suas aulas.

REFERÊNCIAS
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEAR, M. F; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando
o sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
CATELA, D. et al. Introdução e exploração da colher na infância em
contexto familiar. Revista da UIIPS, Santarém, v. 8, n. 2, p. 30-38, 2020. Disponível
em: https://bit.ly/3HTTpBn. Acesso em: 10 de jun. 2021.
DE PAULA, F. V. R.; FARIA, C. D. C.; VIEIRA, D. S. R. Teoria de programação motora:
uma perspectiva da sua evolução teórica. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.
20, n. 2, p.
63-71, abr./jun. 2017. Disponível em: https://bit.ly/31576N2. Acesso em: 10 jun.
2021.
FONSECA, V. Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese. Rio de
Janeiro: WAK, 2009.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.

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HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.


Porto Alegre: Artmed, 2010.
HOLLMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. São Paulo:
Artmed, 2002.

0
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:

seõçatona reV
Edgar Blücher, 2000.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NERVOSO DURANTE A
APRENDIZAGEM

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seõçatona reV
Claudia Garcia

SEM MEDO DE ERRAR


Vimos, durante a seção, o funcionamento do sistema nervoso durante a
aprendizagem. De acordo com os questionamentos iniciais, foi possível
compreender quais processos e mecanismos são exigidos para a realização do
arremesso da bola, por parte da aluna Raquel, durante a aula de basquete.
No arremesso feito por Raquel, foi necessária a organização do sistema nervoso e
dos músculos envolvidos. Além disso, ocorreram estímulos para a realização dos
impulsos elétrico, os quais enviaram informações para o sistema nervoso central, e
este, por sua vez, transmitiu para o sistema periférico, que realizou a ação. Para a
execução do movimento, Raquel também precisou de uma motivação (que, neste
caso, era alcançar a pontuação) e de concentração para conseguir organizar toda a
postura necessária, o tempo, o espaço e a força aplicada. Atenção e precisão
também foram elementos exigidos durante o movimento para que a aluna
conseguisse acertar o alvo (cesta). No entanto, não foi necessário apenas isso, pois
o desempenho de uma tarefa depende das habilidades motoras, capacidades
físicas e, principalmente, da eficácia do controle motor que está ligado às
estruturas do programa motor.
Para realizar o arremesso de forma natural, Raquel precisou treinar bastante o
movimento para que conseguisse fazê-lo de maneira autônoma.
Utilizar diferentes movimentações para que o aluno desenvolva agilidade e
movimentos reflexos e planejar estratégias individuais e relacionadas a situações

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de jogo são medidas importantes para o desempenho do estudante tanto


individualmente como em equipe. Para isso, o volume, variedade e intensidade da
prática são de grande relevância. Para completar a resolução do problema
apresentado, reflita: você já parou para analisar se, além dos movimentos

0
aprendidos e emoções supostamente vivenciadas, as estruturas corporais e

seõçatona reV
possíveis lesões interferem em determinadas tarefas motoras?
Ainda estudaremos os assuntos expostos aqui para que você obtenha o máximo
de informação sobre a organização morfofuncional do sistema nervoso central.
Dessa forma, salientamos que o desafio proposto de desvendar o que ocorreu
durante o arremesso feito por Raquel foi concluído.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

EQUIVALÊNCIA MOTORA
Durante determinadas situações, os seres humanos conseguem resolver tarefas de
diferentes formas. Pensando em um esporte coletivo, como o futsal, é comum que
os técnicos da modalidade treinem seus atletas ensinando os fundamentos
necessários e as possíveis situações de jogo. Gabriel, atleta da seleção juvenil de
futsal, treina todos os dias a modalidade com os mesmos colegas de equipe,
porém surgiu a oportunidade de fazer um teste em um clube grande. Gabriel
resolveu participar desse processo de seleção. Quando chegou, foi bem
recepcionado pelo técnico avaliador e demais jogadores do time, que já se
conheciam e tinham um entrosamento do sistema de jogadas e técnicas. Apesar
da boa recepção, Gabriel ficou impressionado com o tamanho dos jogadores da
equipe e com as habilidades vistas, pois enquanto aguardava o horário do teste,
teve a oportunidade de ficar assistindo ao aquecimento dos atletas.
O técnico avaliador logo colocou Gabriel para jogar com a equipe e o trocou de
posição algumas vezes, mesmo sabendo que o atleta estava interessado em
disputar uma vaga para a posição de lateral. Gabriel ficou exausto, porém
conseguiu adaptar algumas situações, já que eram parecidas com as que tinha
aprendido anteriormente.
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RESOLUÇÃO 

O bom desempenho de Gabriel não foi consequente do ato de repetir todos os


dias as mesmas situações de jogo e habilidades individuais, com a mesma

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equipe, diante das mesmas estruturas físicas dos seus amigos de equipe e nas
mesmas condições, como horário de treino, posicionamento, local, entre

seõçatona reV
outros fatores. Para que Gabriel conseguisse um melhor desempenho no teste,
era preciso variar mais essas situações anteriores e trabalhar melhor o
movimento sob pressão ou situação de tensão, pois as emoções estão
conectadas com a realização das tarefas motoras. Se tudo isso ocorresse,
mesmo que não fosse diante da mesma equipe e no mesmo local,
possivelmente Gabriel conseguiria adaptar ainda mais seus movimentos e
realizá-los de maneira equivalente.

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Vimos que existem caminhos a serem percorridos para que aconteça o
movimento, os quais geralmente estão ligados a estímulos que se transformam em
respostas motoras. No entanto, todos esses caminhos naturalmente acontecem
com indivíduos sem nenhuma lesão neural, seja durante o caminho do sistema
nervoso periférico para o central, deste para o periférico ou do sistema nervoso
central para o periférico. Nesta seção, o foco será estudar sobre a plasticidade
neural, a fim de verificar como o organismo se organiza diante das experiências,
alterações e lesões no sistema nervoso central, o qual encaminha estímulos para
que exista uma resposta motora, de acordo com a tarefa, sobre a recuperação da
função no sistema nervoso central.
Obter esses conhecimentos é muito relevante porque colabora com uma boa
prática profissional. Com essas informações, você será capaz de selecionar
estímulos favoráveis para a recuperação da função do sistema nervoso central do
seu aluno lesionado.
Voltaremos ao caso da aluna Raquel durante o arremesso da bola na cesta de
basquete. Se além da dor momentânea causada pela torção, a volta da bola tivesse
quebrado o dedo da aluna, lesionado algumas musculaturas e o nervo periférico,
como ela poderia recuperar as funções do seu dedo, visto que com a lesão deixou
de conseguir movimentá-lo? O dedo fica sem função ou outro dedo pode ser usado
com a mesma qualidade de movimento? Existe algum tipo de mapeamento?
Esses questionamentos poderão ser respondidos a partir dos conteúdos a seguir.
Compreenda, nesta seção, o que é plasticidade neural, as experiências e atuações

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no sistema nervoso central, algumas lesões neurais e como pode acontecer a


recuperação da função do sistema nervoso central.
Siga em frente e descubra como a Raquel poderá recuperar seus movimentos!

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CONCEITO-CHAVE

seõçatona reV
PLASTICIDADE NEURAL
Nosso corpo possui a capacidade de se organizar e se adaptar de acordo com
alguma situação, seja por meio de um aprendizado ou a partir de uma lesão. Dessa
forma, plasticidade neural é quando o sistema nervoso encontra soluções para
cada circunstância.
Pode ser considerada como a capacidade de organização comportamental, quando
o cérebro estimula novas conexões sinápticas entre os neurônios, sempre de
acordo com um determinado comportamento. De modo geral, a necessidade de
outros comportamentos são aprendidas, significando que o cérebro muda e uma
função do sistema nervoso pode ser desenvolvida em outra parte do cérebro.
Em todas as fases da vida e a cada nova tarefa aprendida, acontecem conexões
neurais, o que colabora para o desenvolvimento do indivíduo. Isso significa que o
organismo é capaz de responder a estímulos internos e externos.

ASSIMILE

Você sabia que a informação do seu dedo indicador é mais importante do


que a do ombro?
Isso se deve à relevância da aferência sensorial, pois ela nos permite
distinguir determinados objetos, mesmo sem vê-los. O tato é uma das
sensações somáticas que auxiliam na percepção das informações do nosso
corpo.

Existem diferenças individuais que podem interferir nesse desenvolvimento,


porém dependem da hereditariedade e do ambiente, isto é, das experiências
vividas. Além disso, determinadas respostas comportamentais levam em conta a

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história filogenética, ontogenética e cultural trazida de cada indivíduo.

FILOGENÉTICA
A filogenética pode ser observada quando determinadas habilidades aparecem ao

0
longo da vida, de acordo com a maturação do indivíduo, e resistem às influências

seõçatona reV
ambientais.

ONTOGENÉTICA
A ontogenética está relacionada diretamente com o aprendizado e necessita de
determinadas práticas e experiências, sendo influenciada pela cultura de cada
indivíduo.
Dentre os tipos de plasticidade neural, temos: axônica, dendrítica, somática,
sináptica e de regeneração.

PLASTICIDADE AXÔNICA
A plasticidade axônica ocorre entre os 0 e 2 anos de idade, que é uma fase ótima
para promover diferentes estímulos às crianças, a fim de propiciar melhorias ao
seu desenvolvimento.

PLASTICIDADE DENDRÍTICA
É uma plasticidade que possui alterações no seu comprimento, número, no espaço
e na densidade das espinhas dendríticas, as quais, por sua vez, têm uma
concentração de íons e pequenas moléculas responsáveis pela transmissão de
informações entre os neurônios.

PLASTICIDADE SOMÁTICA
A plasticidade somática regula o crescimento ou morte das células nervosas, não
sofrendo alterações do meio externo e sendo capaz de gerar cópias idênticas. É
encontrada somente no sistema nervoso embrionário.

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PLASTICIDADE SINÁPTICA
A plasticidade sináptica é responsável por regular as informações para as células
nervosas.

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PLASTICIDADE DE REGENERAÇÃO

seõçatona reV
Constitui-se como o reestabelecimento dos axônios lesionados no sistema nervoso
periférico, e não no sistema nervoso central, pois possui dificuldade de
regeneração.

EXPERIÊNCIAS E ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


Um indivíduo com alterações neurológicas deve ser avaliado com muita atenção,
pois se não for acompanhado corretamente, sua recuperação pode ser
comprometida. Por isso, é importante verificar todas as alterações do sistema
nervoso central, além das motoras, para que seja possível prescrever o melhor
tratamento possível.
Existem algumas alterações no sistema nervoso central que devem ser estudadas
para obter uma maior compreensão.

APRAXIA
A apraxia pode estar relacionada com alguma lesão cerebral, como traumatismo
craniano, tumor cerebral, acidente vascular encefálico (AVC) e doença de
Alzheimer. Essas lesões podem acarretar a perda de habilidade para realizar
determinadas atividades motoras.

Figura 1.7 | Ultrassom da artéria coronariana bloqueada

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

AFASIA
O indivíduo que apresenta a apraxia também tende a manifestar afasia, que é a
dificuldade de expressão pela fala, decorrente de uma desordem nas regiões
cerebrais responsáveis pela comunicação oral. Afasia não é considerada uma
doença, e sim um sintoma causado pela lesão cerebral. Sua gravidade depende da
região afetada, podendo iniciar com alterações sutis até gerar a perda completa da
fala.

Figura 1.8 | Imagem de um homem com paralisia facial e alteração na fala

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seõçatona reV

Fonte: Shutterstock.

ASSIMILE

As pessoas com afasia de broca, conhecida como afasia motora, possuem


dificuldade na fala, no entanto conseguem escutar e ler a linguagem. As
pausas na fala são comuns para essas pessoas, pois elas procuram as
palavras certas a serem ditas. Essa falta de capacidade para encontrar os
termos corretos durante a comunicação é conhecida como anomia.

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AGNOSIA
É um distúrbio ocorrido pela lesão das áreas parietais posteriores. Relaciona-se à
dificuldade de reconhecer figuras geométricas de objetos ou rostos de pessoas,
porém sem perder a capacidade de lembrar da utilização do objeto ou verificar se

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o rosto é familiar ou não.

seõçatona reV
ASSIMILE

O distúrbio conhecido como síndrome da negligência, provocado pelas


lesões corticais parietais, é comum em pessoas que sofreram acidente
vascular encefálico. Caso uma pessoa também tenha sofrido uma
amputação de parte da perna e lesionado o córtex, ela muitas vezes não
reconhecerá o membro que restou como parte do seu corpo. É comum que
esses indivíduos também recusem parte da comida que há em seu prato ou
vistam apenas um lado de uma calça, visto que não reconhecem a sua
existência. É um distúrbio comum quando há lesões que ocorrem do lado
direito do corpo, mas pode ser amenizado ou desaparecer com o tempo.

ATAXIA
A ataxia acontece quando partes do sistema nervoso são lesionados e acometem
os movimentos, comprometendo o controle muscular, o equilíbrio, a coordenação
e a marcha. Pode ser hereditária ou adquirida.

Figura 1.9 | Alteração na marcha

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

SISTEMA AUDITIVO
A surdez está relacionada a alterações na cóclea ou perto dela. Pode ser dividida
em surdez de condução e neural.
Quando o som do ouvido externo é perturbado durante a sua condução até a
cóclea, chamamos de surdez de condução. É um problema que pode estar
relacionado com o aumento de cera no ouvido ou a doenças dos ossículos.
Já a surdez neural está relacionada com a perda de neurônios, no nervo auditivo, e
das células ciliadas da cóclea. As causas podem ser: uso de drogas tóxicas
(afetando as células ciliadas) e contato com som em alto volume.

Figura 1.10 | Sistema auditivo

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

ASSIMILE

A cóclea fica na orelha interna. Tem a forma de um caracol e é o local aonde


chegam as vibrações sonoras. Sua função é converter as informações em
sinais elétricos e enviá-los ao nervo auditivo.

SISTEMA VISUAL
A perda parcial ou total da visão acarreta a anormalidade de vários componentes.
Um tipo de distúrbio comum em adultos é a catarata, quando ocorre a
opacificação do cristalino do olho. O glaucoma é uma perda progressiva da visão
que está ligada com o aumento da pressão intraocular. Existem, ainda, outros tipos
de lesões.

Figura 1.11 | Estrutura do olho

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

EXEMPLIFICANDO

Em esportes de luta com contato físico, como o boxe, é comum que o


lutador receba algum tipo de golpe no olho. Por conta disso, muitas vezes
pode ocorrer o deslocamento de retina, ou seja, a retina se desprende.
Quando isso acontece, o lutador passa a ter uma percepção anormal de
sombras e clarões de luz.

LESÕES NEURAIS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


As lesões neurais no sistema nervoso central podem ocorrer em função de
diferentes fatores, os quais podem ter origem medular ou cerebral. Vamos, agora,
verificar algumas dessas lesões.

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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVC)


Conhecido com AVC, geralmente ocorre quando os vasos que transportam o
sangue para o cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia cerebral
por consequência da falta de circulação de sangue.

0
Existe o AVC hemorrágico, quando há sangramento em algum local do sistema

seõçatona reV
nervoso; e o AVC isquêmico, quando acontecem súbitos neurológicos que
provocam isquemia, culminando no infarto cerebral permanente.
Alguns dos sintomas mais comuns antes da ocorrência do AVC são: formigamento
na face e nos membros, principalmente em um só lado do corpo, confusão mental,
embaçamento da visão, fala alterada, dificuldade para se equilibrar, tontura e dor
de cabeça repentina.

TRAUMATISMOS CRANIOENCEFÁLICOS (TCE)


Os principais tipos de traumatismos cranioencefálicos são: diretos, indiretos e
combinados. Os primeiros são traumas causados por um impacto perpendicular
ou oblíquo sobre o crânio, assim como ferimentos penetrantes gerados por
objetos como balas de armas de fogo, de modo que a gravidade depende do local
atingido. Já os traumas por mecanismos indiretos acontecem quando existe uma
compressão da caixa craniana, diminuindo, assim, a curvatura da calota craniana. E
os traumas combinados relacionam-se à junção dos dois anteriores.
Esses traumas podem ser graves ou fatais, sendo capazes de lesionar vasos e
nervos, bem como outras estruturas do cérebro. Consequentemente, podem
ocasionar uma mudança total no estilo de vida de um indivíduo.

DOENÇA DE PARKINSON
É considerada uma doença crônica, neurológica, progressiva e degenerativa que
atinge os neurônios produtores de dopamina.
Ao longo dos anos, a doença progride e diminui a habilidade de realizar diferentes
tarefas motoras, afetando o sistema nervoso. É comum que apareça após os 60
anos de idade. A causa é desconhecida e ainda não há cura para essa doença,

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porém existem algumas prevenções, como cirurgias e utilização de remédios.


O indivíduo com mal de Parkinson costuma apresentar tremores nas mãos, rigidez
e executa movimentos de forma lenta.

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Figura 1.12 | Idoso com tremor nas mãos

seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


A recuperação da função do sistema nervoso central depende de uma série de
fatores, como o auxílio de profissionais especializados de fonoaudiologia,
fisioterapia, neurologistas, psicomotricistas, professores de educação física, além
da utilização de medidas de tratamento, como terapias, drogas, cirurgias, entre
outras alternativas.
Doenças como a esclerose lateral primária, a paralisia cerebral e a maioria das
lesões cerebrais e de medula são conhecidas como síndrome do neurônio motor
superior. Para melhorar a postura e o equilíbrio, é comum a utilização de órteses e
eletroestimulação. O acompanhamento por meio de tratamento fisioterápico é

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essencial para a reorganização postural, a adaptação de tarefas diárias e o


fortalecimento muscular.
No caso das lesões cerebrais, que talvez sejam as que causem maior deficiência
nas atividades funcionais dos seres humanos, existe a possibilidade de

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recuperação parcial das funções corticais por meio das mudanças internas do

seõçatona reV
sistema nervoso, promovendo uma reorganização dessas funções – estratégia
conhecida no início desta seção como plasticidade.

REFLITA

Lembre-se de você mesmo quando criança: aprendeu a andar, correr,


comer sozinho, amarrar um tênis. Por acidente, você pode ter deixado de
utilizar o dedo indicador para identificar ou apontar para algum objeto
específico. Além disso, na hora de amarrar o tênis, ação que sempre
realizou com o dedo indicador e o polegar, pode ser que você tenha usado
outros dedos para concluir essa tarefa. O que aconteceu com o seu corpo
durante essa adequação? Como isso funciona e de qual organização essa
adaptação depende?

Dessa forma, fica claro que, após uma lesão, o processo de recuperação do
indivíduo depende de diferentes fatores, de modo que quanto antes esses
procedimentos ou acompanhamentos forem realizados, mais rápido os resultados
aparecerão. Como sabemos, alguns casos são irreversíveis, porém é possível
melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofreram com esses traumas.

REFERÊNCIAS
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o
sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FERREIRA, E. V. et al. Plasticidade neural em indivíduos da terceira idade. Arquivo
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=luanadantas.engenheira%40gmail.com&usuarioNome=LUANA+DANTAS+DE+MEDEIROS&disciplinaDescricao=APRENDIZAGEM+MOT… 13/14
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do Mudi,
v. 23, n. 3, p. 120-129, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3xrOTVN. Acesso em: 24
jun. 2021.
FONSECA, V. Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese. Rio de

0
Janeiro: WAK, 2009.

seõçatona reV
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010.
HOLLMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. São Paulo:
Artmed, 2002.
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:
Edgar lücher,
2000.
MELO, T. M. et al. Desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem em
crianças usuárias de implante coclear com duas estratégias de processamento de
sinal. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 86, n. 6, p. 720-726, dez. 2020.
Disponível em: https://bit.ly/3HWqmNB. Acesso em: 24 jun. 2021.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
No decorrer da seção, foi possível verificar que nosso organismo é capaz de fazer
alterações estruturais e funcionais de forma adaptativa para resolver os diferentes
tipos de problemas, sejam eles ocasionados internamente ou externamente.
Para que esses problemas sejam minimizados ou não aconteçam, podemos
executar alguns métodos preventivos, o que não significa, no entanto, que as
pessoas ou seus alunos estarão isentos de sofrer algum tipo de lesão.
Cuidar do local de aula é muito importante. É preciso ter boa iluminação, não
deixar objetos soltos, contar com aparelhos de segurança, espaço adequado, ter
cuidado com piso molhado, entre outras medidas de prevenção. Também é válido
sempre conversar com seu aluno sobre suas rotinas diárias, para poder orientá-lo,
visto que antes de qualquer situação fatídica o corpo demonstra sinais de cansaço,
estresse, estado febril, tremores, entre outros sintomas. Orientar o seu aluno a
passar periodicamente no médico e fazer consultas de rotina é de extrema
importância, assim como estar atento ao sobrepeso e à pressão arterial.
Existem casos, no entanto, de traumas que acontecem por falta de aptidão física,
atenção ou de maneira acidental, como o episódio da aluna Raquel, que se
machucou durante o rebote em seu arremesso. Raquel podia estar com a atenção
focada no movimento, porém a bola voltou mais rápido do que ela imaginava e,
por ser um material duro e pesado, a aluna supostamente quebrou o dedo na
situação apresentada.
Diante do que foi apresentado, você deve ter notado que o nosso organismo se

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adapta de acordo com a necessidade e estímulos. Então, mesmo com o dedo


quebrado, Raquel poderá, sim, executar os movimentos com os outros dedos da
mão, e a qualidade do movimento dependerá do seu tempo de prática. Além disso,
a aluna poderá executar o arremesso com a outra mão. Isso leva a compreender

0
que o nosso organismo consegue mapear o que é necessário para cada tarefa

seõçatona reV
motora e, a partir dos estímulos corretos, executa essa atividade da melhor forma
possível.
A aluna Raquel com certeza teve que imobilizar o dedo e, em seguida, fazer
algumas sessões de fisioterapia para recuperar seus movimentos de forma ainda
mais rápida. É de extrema importância o papel dos profissionais envolvidos, visto
que decidem o tipo de imobilização a ser feita, o tempo de afastamento, a
recuperação e ativação de processos adaptativos e, ainda, os fatores
motivacionais, pois muitas vezes os indivíduos que sofrem alguma lesão ficam com
receio de realizar o mesmo movimento.
Nesta seção, você estudou algumas lesões que podem acontecer e entendeu como
o corpo se organiza diante desses traumas. Durante o processo de aprendizagem,
são necessário diferentes estímulos motores, emocionais e psicológicos.
Analisando o caso da Raquel, que já treinava basquetebol e tinha conhecimento
sobre os fundamentos da modalidade, podemos notar que ela apresenta um
domínio prévio do arremesso e rebote, porém foi pega de surpresa com a volta da
bola. Além disso, com o processo de imobilização, a aluna teve que aprender o
movimento novamente. As perguntas que surgem agora são: qual o estágio de
desempenho do seu aluno? Como melhorar a performance desse estudante frente
a uma situação? Para responder a esses questionamentos, na próxima unidade
você compreenderá quais os caminhos para aprendizagem de habilidades motoras
e quais teorias e modelos de estágios contribuem nesse processo.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

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ALZHEIMER
Durante uma palestra na universidade, Maria, docente de fisioterapia, acabou
esquecendo os conceitos básicos do trabalho que estava apresentando e ficou
muito chateada, pois sua palestra não foi satisfatória no relatório geral dos

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participantes. Em outro momento, em casa, acabou esquecendo a torneira aberta

seõçatona reV
após escovar os dentes e só percebeu quase uma hora depois. Preocupada e
curiosa com a situação, foi pesquisar sobre essa característica de esquecimento e
se deparou com o Alzheimer. Logo lembrou que sua mãe possui a doença.
O Alzheimer é observado quando há uma perda progressiva da função mental,
sendo que no início de sua manifestação, o esquecimento de acontecimentos em
curto prazo é muito comum. Posteriormente, o acometimento se torna maior,
gerando confusão mental, problemas na fala e complicações para realizar tarefas
do dia a dia.
Maria entrou em desespero, pois não sabia se isso realmente estava acontecendo
com seu organismo. Além disso, ela conhece todas as dificuldades enfrentadas
pela sua mãe e, por ser fisioterapeuta, sabe muito bem que as perdas são grandes
e dificilmente recuperadas.
O que Maria deve fazer diante dessa situação?

RESOLUÇÃO 

Nesse caso, a melhor solução é procurar um médico especializado para poder


ter um diagnóstico da situação. O diagnóstico pode ser feito por meio da
avaliação do médico e a partir de testes mentais. Caso seja diagnosticada com
a doença de Alzheimer, é importante que Maria compreenda em que estágio o
problema se encontra, a fim de que possa tomar medidas de segurança, apoio
e remédios adequados. Se não tiver o diagnóstico descrito anteriormente, vale
a pena lembrar que a doença pode ser genética e que Maria possui
predisposição a manifestá-la. Logo, aplicar alguns métodos preventivos é de
grande valia.

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Como estratégia de prevenção, é importante cuidar dos níveis de colesterol e


pressão arterial, praticar exercícios físicos regulares, controlar a ingestão de
álcool, manter-se mentalmente ativo e participar de atividades em grupo.

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seõçatona reV

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

INTRODUÇÃO À APRENDIZAGEM MOTORA

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Claudia Garcia

seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Durante os estudos desta unidade, você entenderá como acontece o processo de
aprendizagem motora, isto é, qual o caminho que um indivíduo percorre para
aprender determinadas tarefas e conseguir realizá-las de forma automática.
Analisaremos os pressupostos teóricos para que você consiga ampliar ainda mais
sua prática profissional, melhorando, assim, o desempenho de seus alunos. Para
isso, faremos uma introdução aos estudos sobre o processo de aprendizagem das
habilidades motoras e os princípios do controle motor, além de compreender
como acontece o processamento de informação e a tomada de decisão.
Nas seções que compõem esta etapa de nossos estudos, será possível entender as
teorias e modelos de aprendizagem, as classificações das habilidades, o
funcionamento dos sistemas de memória, atenção e aprendizagem, diferenças
individuais, capacidade motora, tipos de práticas, retroalimentação, feedback,
princípios do controle motor, previsão de movimentos e, por fim, o que é
performance motora ou desempenho motor.
O estudo deste capítulo será baseado na experiência de aprender uma nova
tarefa. Para isso, acompanharemos um estudo de caso no qual alunos da
graduação de uma universidade foram expostos a uma tarefa que nunca tinham
praticado. Veremos que, por meio desse novo desafio, esses estudantes passarão
por todas as etapas de aprendizagem, conforme as teorias existentes sobre o
tema.
Por fim, no decorrer das seções e com esses embasamentos teóricos, vamos

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analisar como esses alunos conseguiram atingir o objetivo de aprendizagem da


tarefa e como aconteceram o planejamento e a organização das aulas, avaliando
se alguns fatores influenciaram ou não a aprendizagem dos alunos.

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PRATICAR PARA APRENDER

seõçatona reV
Querido aluno, a maior função do profissional de educação física é proporcionar o
bem-estar físico aos seus alunos, e juntamente com esse bem-estar físico existem
outros relacionados, como o emocional e o mental. O profissional da área pode
atuar em diferentes campos, como o esportivo, escolar, fitness, de lazer, entre
outros. Em todas essas áreas, o professor acaba ensinando alguma tarefa nova ou
aprimorando outras já aprendidas. A forma como ocorre esse aprendizado
depende de uma série de fatores, de modo que é necessário compreendê-los para
poder avaliar em qual momento está esse processo de aprendizagem e, de certa
maneira, aprimorá-lo, melhorando, assim, o desempenho do seu aluno. Existem
teorias e modelos que explicam esses momentos e quais habilidades estão sendo
requisitadas para cada tarefa. Além disso, algumas avaliações permitem entender
melhor esse processo. Dessa forma, os modelos de estágios servem também como
medida de avaliação.
Na abertura do capítulo, foi mencionado que para compreender esse processo
vamos utilizar uma situação-problema que exemplifica como funciona a
aprendizagem motora. Portanto, o estudo desse capítulo será baseado na
experiência de aprender uma nova tarefa. Assim, alunos da graduação de uma
universidade foram expostos a uma tarefa que nunca tinham praticado.
Nesta seção, iniciaremos nossa análise com um professor universitário da
disciplina Atividades Contemporâneas, o qual descobriu, por meio de uma
pesquisa, que seus alunos nunca tinham vivenciado ou praticado uma atividade de
malabarismo. Como as atividades circenses estão presentes na disciplina e o
professor pretendia explicar como funciona o processo de aprendizagem, ele
resolveu iniciar o curso com esse exercício. Assim, o professor, durante a primeira
aula prática, entregou a cada um dos seus alunos três bolinhas de malabares.

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Solicitou que segurassem duas bolinhas em uma mão, uma bolinha na outra, e
começassem a jogar uma de cada vez para tentar recuperá-las. O que será que
aconteceu com os alunos? O que o professor fez para ensinar a manipulação com
as bolinhas?

0
A aprendizagem dessa tarefa foi dividida em três etapas para que os alunos

seõçatona reV
compreendessem todo o caminho percorrido, as quais seguem a sequência das
seções desse capítulo.
O objetivo da disciplina é aprender a realizar o malabarismo com as três bolinhas
em pelo menos seis aulas. Como os alunos nunca tinham praticado a atividade,
tiveram muitas dificuldades inicialmente com a coordenação para manipular as
bolinhas.
Vocês sabem em qual estágio os alunos se encontram nesse momento de
aprendizagem? Qual a classificação dada para essa habilidade? E como é possível
transferir o aprendizado de habilidades para outras tarefas motoras?

CONCEITO-CHAVE
Em diferentes momentos da vida, o indivíduo passa por processos de
aprendizagens, aprende tarefas novas ou transfere o que já sabe para outra tarefa.
Nos primeiros anos de vida, aprendemos a andar, depois transferimos esse
mesmo movimento e conseguimos correr. Esse processo também acontece
quando aprendemos a andar de bicicleta e, posteriormente, conseguimos dirigir
uma moto. Isso significa que frequentemente estamos submetidos a novas
aprendizagens e, dependendo da similaridade da ação motora, conseguimos
transferir o que aprendemos para outra tarefa, sempre passando por estágios.

Figura 2.1 | Estágios de desenvolvimento da corrida

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Fonte: Shutterstock.

Cada indivíduo possui sua particularidade e tempo de aprendizado. Isso


dependerá do ambiente onde ele vive, da motivação e de sua atenção, aspectos já
relacionados no capítulo anterior. De acordo com a nossa maturação e quantidade
de prática de determinadas habilidades, podemos alcançar um nível maduro de
performance.

REFLITA

Você deve lembrar como foi difícil aprender a escrever durante sua infância.
Era preciso coordenar, manter o alinhamento, equilibrar o tamanho das
letras, segurar firmemente o lápis em forma de pinça. Geralmente o
aprendizado de todas as tarefas durante a vida necessitam de prática e,
durante esse processo, as variáveis são comuns e podem interferir no
sucesso desse aprendizado.

A faixa etária tem um alto nível de influência, pois subentende-se que um adulto
possui mais experiências motoras do que uma criança exposta a tarefas novas e
seu potencial cognitivo está mais desenvolvido, colaborando para a compreensão
da tarefa que será executada e, consequentemente, para um aprendizado mais

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rápido. No entanto, não podemos afirmar que isso aconteça em todos os sentidos,
pois alguns fatores podem afetar, sim, determinados aprendizados, como o medo.
Para que você compreenda como funciona esse processo, faz-se necessário definir
o que é aprendizagem motora.

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APRENDIZAGEM MOTORA
Aprendizagem motora corresponde às modificações ocorridas internamente
capazes de fazer com que o indivíduo consiga realizar uma tarefa motora. Também
podemos dizer que a prática e a experiência determinam o nível de aprendizagem
do indivíduo.
Agora que já compreendemos o que significa o termo aprendizagem motora,
daremos início ao estudo sobre as teorias da aprendizagem motora e modelo de
aprendizagem.

TEORIAS DA APRENDIZAGEM MOTORA E MODELO DE APRENDIZAGEM


Para explicar os processos de aprendizagem motora, precisamos recorrer a
modelos teóricos que contribuem para o entendimento e a identificação do
momento no qual seu aprendiz se encontra ou do ambiente onde está inserido.
Dentre as principais teorias, estão o modelo aberto e fechado de Adams e o
esquema de Schmidt, que entendem principalmente as características ambientais
como fator determinante para o aprendizado.

REFLITA

Imagine você mesmo tentando pegar, ao mesmo tempo, uma borboleta e


um regador de plantas no mesmo jardim. Qual das duas tarefas é mais fácil
realizar? Pegar o regador, por ser um objeto estático, é muito mais fácil, e
isso acontece em função da influência do fator ambiental. Nesse caso,
pegar o regador é algo previsível, já capturar uma borboleta é totalmente
imprevisível, pois dificilmente conseguimos saber para onde a borboleta
voará e como executar os movimentos certos para pegá-la.

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Para atingirmos uma boa performance das habilidades motoras ou tarefas,


precisamos praticá-las. De acordo com a prática, podemos classificar o nível de
desenvolvimento dessas atividades. Portanto, vamos entender a classificação das
habilidades motoras.

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CLASSIFICAÇÃO DAS HABILIDADES MOTORAS
Habilidade pode ser considerada uma tarefa motora e classificada conforme a
organização do movimento. Podemos dizer que uma das classificações diz respeito
à habilidade discreta, que geralmente acontece de forma breve, como: chutar uma
bola, saltar um buraco, apertar uma buzina, entre outras ações rápidas. As
habilidades também podem ser classificadas como seriadas quando envolvem
outras ações, como executar uma sequência de ginástica ou fazer um desenho. A
diferença entre as duas classificações está na duração, pois a segunda requer um
tempo maior para execução. No entanto, as duas possuem início e fim
determinados. Outra classificação de habilidade é a contínua, quando as ações são
executadas continuamente sem pausas durante um tempo maior. Como exemplo,
é possível destacar: pedalar uma bicicleta, correr uma maratona, nadar, entre
outras habilidades.
Podemos considerar que outros fatores também influenciam a classificação das
habilidades, tanto dos elementos motores como dos cognitivos.

ASSIMILE

Em um jogo de damas, por exemplo, não é relevante a velocidade do


movimento das peças, e sim a escolha das peças que devemos mover. Isso
significa que o mais importante é saber o momento correto e para onde
mexer as peças. No entanto, habilidade motora diz respeito à capacidade
de executar uma atividade. Assim, independentemente do nível de
aprendizagem, precisamos saber o que fazer e como executar determinada
tarefa o tempo todo.

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As habilidades também podem ser classificadas de acordo com a previsibilidade do


ambiente, de acordo com o grau de influência que esse elemento exerce no
desempenho da tarefa, como no exemplo mencionado anteriormente sobre tentar
pegar um regador e uma borboleta no jardim. Essas classificações são

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denominadas de habilidades fechadas e abertas.

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HABILIDADE FECHADA
Quando executamos uma tarefa num ambiente estável ou previsível, dizemos que
a habilidade necessária é fechada, pois o indivíduo consegue realizar o
planejamento das suas ações de forma antecipada. Pegar o regador no jardim,
executar um salto em distância, nadar sozinho numa piscina e levantar uma
cadeira são tarefas que realizamos em ambiente previsível.

HABILIDADE ABERTA
Quando executamos uma tarefa em ambiente instável ou imprevisível, estamos
lidando com uma habilidade aberta, contudo, nessa situação, não podemos prever
o que acontecerá, pois são necessárias ações rápidas e o indivíduo acaba tendo
que adaptar as repostas de acordo com a situação vivenciada. Como exemplos,
podemos citar as ações de: tentar pegar uma borboleta, rebater uma bolinha de
tênis de mesa durante uma partida ou chutar uma bola depois que ela quicar no
chão.

Figura 2.2 | Rebater a bolinha de tênis de mesa – ambiente não estável

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Fonte: Shutterstock.

Como é possível verificar na Figura 2.2, rebater a bolinha de tênis de mesa requer
muita atenção, pois não podemos prever exatamente onde o adversário lançará a
bolinha, e o sucesso de uma rebatida também depende da força, velocidade e
habilidade dos jogadores. Essa resposta de ação e adaptação é constante durante
uma partida da modalidade.
Com base nesse entendimento, agora verificaremos como o nosso corpo é capaz
de se adaptar a diferentes situações de aprendizagem.
O sistema nervoso central, como já estudamos anteriormente, é o responsável
pela coordenação dos movimentos. Para compreender o planejamento da ação
desses movimentos, agora vamos conhecer dois sistemas de controle de circuitos:
o fechado e o aberto.

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SISTEMA DE CONTROLE DE CIRCUITO ABERTO


Esse sistema é caracterizado por ações rápidas. Geralmente não conseguimos
verificar os erros para corrigi-los durante sua realização, por isso devemos planejar
toda a ação antes mesmo de executá-la. Esse planejamento é enviado para o

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sistema efetor, que realizará a ação por meio dos músculos e articulações, porém

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sem acesso a um feedback. Dessa forma, é um sistema inflexível e eficaz apenas
para ações previsíveis.

EXEMPLIFICANDO

O sistema de controle de circuito aberto pode ser comparado ao


mecanismo de um sino de igreja que, de tempos em tempos, dispara um
sinal sonoro. Independentemente de qualquer situação-problema que não
esteja diretamente relacionado ao sino, o sinal sonoro continuará a ser
executado. Por exemplo, se houver uma batida de carro na frente da igreja,
o sino tocará normalmente.

SISTEMA DE CONTROLE DE CIRCUITO FECHADO


Para compreender o sistema de controle de circuito fechado, vamos recorrer à
utilização das informações sensoriais. Nesse sistema, verificamos que são
necessários para a realização da tarefa mecanismos de comparação para descobrir
o erro e comparar o feedback que se espera ou não. O mecanismo de execução é
considerado o centro de controle que envia comandos para o mecanismo efetor, o
qual por sua vez, efetua a ação.

EXEMPLIFICANDO

Suponhamos que você tenha que ministrar uma aula de esportes radicais e
o material utilizado para a prática foram os patins. Você organiza um
caminho a ser percorrido por todos os seus cinco alunos com os patins.
Nota-se que durante o percurso cada aluno tenta ultrapassar os obstáculos
de acordo com suas habilidades.

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Figura 2.3 | Circuito para andar de patins

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Fonte: Shutterstock.

Podemos ter duas situações na mesma aula de patins. Se os alunos já sabem


andar de patins e conhecem os obstáculos, podemos dizer que podem enfrentar
uma situação de controle de sistema aberto, pois já sabem o que será necessário
durante a execução da atividade, de modo que fica mais fácil planejar e executar
sem feedback. Contudo, se na situação de aula uma aluna não conhece o espaço, o
caminho, não possui muita habilidade para andar com os patins nem sabe desviar
dos obstáculos, indo na direção deles, ela terá que comparar o tamanho, a altura e
a distância dos obstáculos, de acordo com suas possibilidades quanto às
habilidades necessárias para saltar ou desviar. Isso significa que a aluna, de posse
dessas informações, terá um feedback da situação. Assim, ela enviará para o
sistema executor informações para planejar uma tomada de decisão e, na
sequência, o sistema efetor realizará o movimento necessário. Esses ajustes
acontecem o tempo todo quando não conhecemos ou não temos o controle da
situação.

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TEORIA DE CIRCUITO FECHADO DE ADAMS


De acordo com Adams, a aprendizagem acontece de duas maneiras. A primeira é a
partir do traço da memória, em que o indivíduo, a partir das necessidades, realiza
a habilidade motora. E a outra é por meio da percepção durante uma determinada

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prática. Podemos salientar, ainda, que esse momento inicial do traço da memória é

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caracterizado como verbal-motor, e o segundo, como percepção de ação.

TEORIAS DO ESQUEMA DE SCHMIDT


O programa motor está conectado com um conjunto de comandos que se modifica
conforme as informações sensoriais. Para Schmidt, as ações podem ser
controladas inicialmente de maneira curta, porém, com a prática, esse controle
pode ser maior. É a capacidade que o indivíduo possui de memorizar os
movimentos aprendidos e executá-los no momento adequado. Essas ações podem
ser divididas em: aspectos invariáveis e aspectos variáveis. Os primeiros
acontecem quando você consegue saber o tempo, a força e a sequência
necessários para realizar uma tarefa em situação estável. Já a segunda diz respeito
à prática de uma determinada tarefa, pois possuímos a capacidade de realizar a
mesma atividade de diferentes formas, principalmente em um ambiente não
instável.

EXEMPLIFICANDO

Você já assistiu a uma partida de futebol americano? De quantas formas


diferentes um jogador se movimenta correndo, desviando dos adversários
e segurando a bola?
Isso acontece por causa dos programas motores já adquiridos e
armazenados. Os músculos são contraídos; as articulações, requisitadas; e
o programa motor adequará as movimentações da melhor forma a cada
situação do jogo.

Figura 2.4 | Situação de jogo de futebol americano

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Fonte: Shutterstock.

Sendo assim, o esquema possui a ideia inicial da situação a ser realizada, do que se
deve fazer, das informações sensoriais sobre a situação e das informações
relacionadas aos resultados das respostas.
Para entender como podemos avaliar, estudaremos as curvas de desempenho e
transferência de aprendizagem.

AVALIAÇÃO: CURVAS DE DESEMPENHO E TRANSFERÊNCIA DE


APRENDIZAGEM
Muitos profissionais possuem dificuldades em saber se os alunos estão
progredindo ou não com relação aos movimentos que ensinaram, pois não
conhecem parâmetros comparativos. Muitas vezes, observamos se uma pessoa
aprendeu ou não determinada tarefa de acordo com a desenvoltura, qualidade,
atenção e gasto energético com que ela executa a atividade.
Quando um professor ensina alguma habilidade nova a seu aluno, geralmente o

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estudante errará muitas vezes, gastará mais energia, a atenção ficará totalmente
voltada para a realização da habilidade e a tensão muscular aplicada será maior.
Esses fatores são considerados parâmetros de avaliação que permitirão saber em
qual momento seu aluno se encontra no processo de aprendizagem. Além disso, a

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quantidade de erros e acertos, o ambiente, os estímulos propostos, as habilidades

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motoras já adquiridas, os fatores emocionais e o nível maturacional também
contribuem para essa avaliação. Com isso, podemos classificar se o aluno está no
processo inicial ou final de aprendizagem. Esse é um método de observação,
porém existem curvas de desempenho que demonstram dados mais efetivos, os
quais, de acordo com a prática, tempo e nível maturacional, são capazes de indicar
em que estágio o aluno se encontra.
Você, como futuro profissional da área, deve se apropriar dessas informações para
conseguir ensinar seu aluno de forma adequada e no momento correto,
conhecendo, ainda, o tempo necessário e o ambiente ideal para a prática.

ASSIMILE

Para que você compreenda melhor como é possível avaliar por meio da
observação e coleta de dados sobre habilidades aprendidas, faça a leitura
do artigo sugerido a seguir, cujo link de acesso está disponível nas
Referências desta seção.
FERES, F. C.; COELHO, D. B.; MARSON, R. A. Análise cinemática do chute no
futsal com aproveitamentos diferentes. Revista Brasileira de Futsal e
Futebol, São Paulo, v. 9, n. 32, p. 8-15, jan./fev./mar./abr. 2017.

Além dessas formas de avaliação, existem os modelos de estágios, que contribuem


para avaliar o desempenho.

MODELOS DE ESTÁGIOS E DESEMPENHO ESPECIALISTA


Para saber avaliar e entender em que momento de desempenho seu aluno se
encontra, muitos estudiosos procuraram estabelecer várias características em
determinadas fases da aprendizagem.
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Você já reparou que, mesmo tendo aprendido a escrever quando criança, ainda
hoje consegue executar o movimento com as mãos para desenvolver a escrita?
Você também já deve ter percebido que com a vinda das tecnologias a prática da
escrita pouco é realizada. Não esquecemos como nossa mão deve estar posicionar

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para o movimento, mas talvez a escrita não seja mais delineada como antes. Isso

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pode ocorrer por consequência da falta de prática. Contudo, você também deve
lembrar da diferença entre os seus primeiros traços e aqueles feitos após alguns
anos de prática. Isso significa que todo movimento que aprendemos pode ser
aprimorado ou refinado com a prática, mas não esquecido.

REFLITA

Os profissionais que ensinam movimentos devem planejar metas e planos


para ser alcançados pelos seus aprendizes. Também precisam identificar
quais são as habilidades motoras necessárias para atingir o aprendizado de
determinada ação. Pense em quantos lançamentos de arco uma ginasta de
ginástica rítmica deve executar para conseguir recuperar o objeto após um
rolamento no solo?

Os modelos de estágios orientam sobre a fase que o praticante está em


determinada tarefa. Imaginando uma linha crescente, podemos dizer que temos
três estágios a serem percorridos: estágio inicial, estágio intermediário e estágio
final de aprendizagem. Além disso, Gallahue e Ozmun (2005) classificam essas
fases como: inicial, elementar e madura.

ESTÁGIO INICIAL OU COGNITIVO


Para alguns autores, o estágio inicial é o cognitivo, quando existem tentativas e
erros constantes, a atenção está voltada totalmente para a tarefa, há um gasto
energético maior, todo o corpo fica mais contraído para executar o movimento e o
indivíduo faz várias perguntas para si mesmo, seus professores ou outras pessoas,
a fim de compreender a proposta e conseguir realizá-la.

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Figura 2.5 | Estágio inicial do aprendizado: dirigir um carro pela primeira vez

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Fonte: Shutterstock.

A Figura 2.5 ilustra como uma pessoa na fase inicial do aprendizado se comporta.
Ao dirigir um carro pela primeira vez, o aprendiz pensa em vários movimentos a
serem executados e procura coordená-los de acordo com a necessidade, como
olhar no retrovisor, trocar de marcha, pisar no acelerador, virar o volante, entre
outras ações. Considerando as características anteriormente citadas, podemos
dizer que o aprendiz fica tenso, gasta muito mais energia, sua atenção fica
inteiramente voltada para a tarefa e ele acaba cometendo erros, como passar
muito perto de uma guia e frear bruscamente. Como se trata de uma tarefa que
envolve riscos, antes de dirigir sozinho pelas ruas é necessário ter práticas de
direção com um professor especializado e, em seguida, passar por um teste para
avaliar se esse aprendiz pode ou não dirigir. Em outras situações, como aprender a
pular corda, o aprendiz muitas vezes pisará na corda, não saberá o momento
correto de saltar e desconhecerá o posicionamento do corpo, a força e a
velocidade necessária para girar a corda e pular.

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ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO OU ASSOCIATIVO


O estágio intermediário é considerado associativo, quando o indivíduo consegue
acertar com mais frequência os movimentos da tarefa solicitada, fica menos tenso
e passa a compreender e corrigir alguns dos seus erros.

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ESTÁGIO FINAL OU AUTÔNOMO
O estágio final é considerado autônomo pelos autores, pois o indivíduo consegue
realizar a tarefa continuamente, de forma independente, sem pensar nas etapas a
serem realizadas para a execução dos movimentos, inclusive ignorando as coisas
que acontecem ao redor.

Figura 2.6 | Estágio autônomo do aprendizado: jogar handebol

Fonte: Shutterstock.

Um jogador profissional de handebol não pensa em como deve realizar os


fundamentos da modalidade, pois praticou e prática esses movimentos o tempo
todo, executando-os de forma autônoma. Isso significa que, para essas tarefas, o

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jogador não precisa ficar olhando para a bola no momento do drible. Ele consegue
coordenar seu corpo, seus movimentos durante o jogo e ainda ter o que
chamamos de visão de jogo. Ele é capaz de visualizar a posição de seus adversários
e companheiros de jogo, bem como calcular a distância e a força necessária para

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realizar um passe de bola. Esses movimentos estão tão automatizados que o

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jogador não fica pensando para realizá-los; ele toma decisões rapidamente.
Portanto, é válido observar esses estágios durante a aprendizagem de seu aluno,
de forma que, consequentemente, será possível auxiliá-lo da melhor maneira
possível, a fim de que ele obtenha um ótimo desempenho motor.

REFERÊNCIAS
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o
sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FERES, F. C.; COELHO, D. B.; MARSON, R. A. Análise cinemática do chute no futsal
com aproveitamentos diferentes. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, São
Paulo, v. 9, n. 32, p. 8-15, jan./fev./mar./abr. 2017. Disponível em:
https://bit.ly/3E1FZkn. Acesso em: 8 jul. 2021.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês,
crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010.
HOLLMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. São Paulo:
Artmed, 2002.
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:
Edgar Blücher, 2000.
NOGUEIRA, N. G. H. M. et al. O conhecimento do professor de educação física
sobre aprendizagem motora. Pensar a Prática, v. 24, 2021. Disponível em:
https://bit.ly/3nYmWSH. Acesso em: 8 jul. 2021.

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SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma


abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


INTRODUÇÃO À APRENDIZAGEM MOTORA

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Claudia Garcia

seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Nesta seção, você viu como aprendemos e quais as etapas pelas quais geralmente
passamos durante a aprendizagem de habilidades motoras ou tarefas motoras.
Voltando à situação-problema dos alunos universitários durante a aprendizagem
do malabarismo com bolinhas, vamos compreender os estágios e quais teorias que
embasam os caminhos percorridos por esses estudantes durante as aulas.
Como descrito anteriormente, o professor entregou três bolinhas para cada
estudante e pediu que as manipulassem ao mesmo tempo. O que você acredita ter
acontecido nesse momento, sabendo que nenhum estudante tinha experiência
com essa atividade?
Para esclarecer essa questão, vamos recorrer ao planejamento das seis aulas. O
professor, quando pediu que os alunos jogassem as bolinhas, verificou claramente
a dificuldade que eles apresentavam e que não tinham nenhum conhecimento
prévio daqueles movimentos, pois as bolinhas caíam o tempo todo e os estudantes
não conseguiam coordenar os movimentos. Assim, podemos dizer que os alunos
estavam na fase inicial do aprendizado. Dessa forma, para diminuir a dificuldade e
aumentar o sucesso da ação, o professor dividiu o aprendizado em etapas
motoras. Ainda sabendo que as bolinhas caíram bastante e que houve um
desgaste físico para apanhá-las do chão, também utilizou a estratégia do
posicionamento corporal em relação ao solo. A seguir, veremos as etapas
empregadas para a aprendizagem do malabarismo com bolinhas da primeira aula:

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1. Sentados no chão para diminuir o gasto de energia e apenas com duas


bolinhas, lançar e recuperar as bolinhas alternadamente;

2. Lançar e recuperar as duas bolinhas ao mesmo tempo;

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3. Lançar a bolinha por baixo do braço contrário, recuperar a bolinha com a

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mesma mão e fazer o mesmo movimento com a outra mão alternadamente;

4. Lançar em movimento de X e recuperar alternadamente as duas bolinhas.

Esses movimentos devem ser executados para melhorar o desempenho com duas
bolinhas. Posteriormente, na segunda aula após essa melhora, deve-se focar na
postura corporal e nos posicionamentos dos braços, executar os mesmos
movimentos na posição em pé e, na sequência, colocar a terceira bolinha. O
professor aplicou a estratégia de ensinar a atividade de forma gradativa.
Com isso, é possível ensinar, em duas aulas, a movimentação do malabarismo.
Como se trata de uma tarefa nova, podemos dizer que quando solicitamos uma
tarefa diferente ou acrescentamos algo novo ou desafiador, é comum que erros
ocorram, porém essas falhas diminuirão conforme a prática, e o indivíduo
conseguirá transferir seu aprendizado para tarefas mais complexas de acordo com
sua prática. Existe, também, a individualidade de cada aluno frente à situação de
aprendizagem em relação ao tempo e à qualidade de movimento, porém o
processo é o mesmo para todos. No início, são comuns os grandes erros, depois
eles diminuem e, por fim, se torna possível realizar a atividade de forma
automática. Essa habilidade pode ser inicialmente considerada uma habilidade
aberta, pois o aprendiz não consegue prever o momento correto de lançar e
recuperar as bolinhas. No entanto, com a prática, podemos considerá-la uma
habilidade fechada, pois o praticamente sabe exatamente a velocidade, a altura e a
força necessária para lançar, recuperar e ainda executar truques.
Nas próximas seções do capítulo, que darão continuidade à sequência das aulas de
malabarismo, compreenderemos como o processamento de informação e a
tomada de decisão são importantes para o desempenho dessas aulas.

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PRATICAR PARA APRENDER

APRENDENDO A ESQUIAR NA NEVE


A aprendizagem motora está intimamente ligada a experiências motoras

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anteriores. A partir dessas experiências, podemos transferir nossas ações motoras

seõçatona reV
para outras situações com características parecidas, mesmo nunca vivenciadas.
Joaquim e seu filho, Gabriel, resolveram passar as férias de inverno em Bariloche
para conhecer a cidade e também esquiar na neve, porém nunca tinham praticado
essa atividade anteriormente. Pensando nisso, o pai de Gabriel resolveu colocar
seu filho em alguma situação que o remetesse ao que vivenciariam. Então levou
seu filho para uma pista de patinação no gelo. Não foi nada fácil, pois os dois
também nunca tinham patinado no gelo ou em outra superfície. Entre muitas
quedas e com a necessidade de apoio para deslocamentos, ao final do tempo que
se submeteram a praticar, já estavam se equilibrando melhor e patinando com
menos apoio, porém ainda não realizavam a tarefa de forma autônoma.

RESOLUÇÃO 

De acordo com os conteúdos apresentados na seção, podemos dizer que


dificilmente pai e filho esquiarão com facilidade em Bariloche, pois tiveram
pouco tempo para praticar e a tarefa usada como treinamento (patinação no
gelo) não era a mesma da que desejavam realmente praticar. No entanto, João
e Gabriel tiveram acesso a um ambiente próximo do qual vivenciariam, de
forma que o trabalho de equilíbrio, força e coordenação foi requisitado o
tempo todo durante a prática. Para resolver essa situação-problema, a fim de
que Joaquim consiga esquiar com seu filho, eles poderiam frequentar mais
vezes a pista de patinação, tentar ir a algum parque que tenha pista de esqui
ou praticar em algum aparelho simulador de academia ou parque de
diversões, para auxiliar o desenvolvimento dos movimentos corporais
necessários quando acontecer a situação real.

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PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Prezado aluno, no estudo anterior verificamos como podemos aprender
determinadas tarefas e organizá-las, percebendo, ainda, como é importante a
função do profissional de educação física em traçar, juntamente com seus alunos,
objetivos para a melhoria do desempenho motor por meio da escolha de
atividades ou exercícios eficazes.
No entanto, é necessário compreender que essas escolhas também dependem do
processamento de informação e da tomada de decisão, isto é, os estímulos
recebidos podem interferir no aprendizado.
Quando observamos nossos alunos realizando determinadas tarefas, podemos
avaliar seu desempenho de acordo com a qualidade do movimento, gasto
energético, erros e acertos, entre outros fatores. Como já foi mencionado, um
adulto, por causa de sua idade cronológica e de suas experiências motoras e
cognitivas, possui um desempenho melhor quando comparado a uma criança, mas
existem fatores que podem interferir nesse processo.
Vamos retornar à situação-problema sobre o processo de aprendizagem motora
baseado na experiência de aprender uma nova tarefa, em que alunos
universitários iniciaram o aprendizado do malabarismo com bolinhas. Na seção
2.1, vimos que os alunos fizeram duas aulas com exercícios pedagógicos para a
coordenação dos movimentos. Agora, nesta seção, continuaremos o processo de
aprendizagem de acordo com a divisão das etapas, realizando mais duas aulas
com o objetivo de continuar o aprendizado e melhorar a performance dos
movimentos.
Na terceira aula, os alunos Pedro e Ricardo não conseguiam lembrar como

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manipular novamente as três bolinhas e tiveram que reiniciar o processo de


aprendizagem, voltando a executar os exercícios pedagógicos das aulas anteriores.
Para tanto, é necessário prestar atenção a alguns questionamentos:

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A atenção e a memória interferem no processo de aprendizagem?

seõçatona reV
A idade dos universitários contribui para uma rápida tomada de decisão?

Quais fatores influenciam o tempo de reação e a tomada de decisão?

Existem diferenças individuais na capacidade de aprendizagem da tarefa?

Por que Pedro e Ricardo não conseguiram se lembrar das habilidades


adquiridas nas aulas anteriores?

O que será que aconteceu com os alunos?

O que o professor fez para continuar ensinando a manipulação com as


bolinhas?

Dessa forma, vamos seguir com o objetivo da disciplina, instaurado pelo professor
universitário, que é aprender a realizar o malabarismo com as três bolinhas em
pelo menos seis aulas.

CONCEITO-CHAVE
No esporte, em atividades físicas ou em tarefas do dia a dia, é necessário reagir e
tomar decisões diante de diferentes situações, porém, para dar essas respostas, o
indivíduo precisa avaliar o contexto e executar a ação da forma mais habilidosa
possível.
Dessa maneira, podemos comparar o ser humano com um computador capaz de
armazenar, processar, selecionar e produzir respostas. A compreensão do
processamento de informação e tomada de decisão é importante para desenvolver
essas habilidades em seus alunos.

REFLITA

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Imagine que um jogador de handebol esteja correndo em direção ao gol


para realizar o arremesso e o adversário entre na sua frente para fazer a
defesa de braços abertos. O jogador, de maneira habilidosa e rápida, decide
arremessar no momento exato em que o defensor abaixa um pouco o

0
braço, conseguindo converter o ponto.

seõçatona reV
Esse exemplo indica que o jogador conseguiu processar a situação
(estímulo), selecionou e produziu uma resposta rápida e eficaz.

O estímulo geralmente é fornecido externamente, isto é, a partir do ambiente. De


acordo com cada situação, pode ser algo inesperado ou não, como um estímulo de
movimento, uma luz, um som que é detectado quando o produzimos, de modo
que, dependendo de como os indivíduos recebem essas informações, produzem
respostas.

EXEMPLIFICANDO

Como exemplos de estímulos para produzir respostas, temos: a luz do


semáforo, que indica o momento de prestar atenção, parar ou seguir; o tiro
de revólver para iniciar uma corrida de velocidade no atletismo; a
movimentação da bandeira na corrida do automobilismo; ou, até mesmo, o
momento em que surge um buraco na rua durante sua corrida e você
rapidamente precisa decidir o que fazer – frear, saltar ou desviar.

ASSIMILE

Para compreender o funcionamento do chamado “computador humano”,


precisamos entender que existem estágios de processamento: o primeiro é
o momento de estímulo; o segundo, a seleção de resposta; e o último, a
resposta.

No primeiro estágio, os indivíduos identificam e recebem os estímulos por meio


das informações sensoriais e identificam diferentes tipos de movimentos. No
segundo estágio, que abrange a seleção de resposta, o indivíduo consegue

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selecionar uma resposta a partir das informações recebidas dos estímulos e


experiências anteriores. Por fim, no último estágio acontece a programação da
resposta, que condiz com a ação necessária.

0
Figura 2.7 | Situação de ataque do jogo de basquete

seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

Considerando os estágios de informação apresentados, verifique, agora, a situação


de ataque do jogo de basquete na Figura 2.7. O jogador com camisa vermelha está
no lado da quadra que pertence ao adversário, executando o drible de bola com a
mão esquerda, e o jogador de azul, seu adversário, está à sua frente. O jogador de
camisa vermelha precisa identificar a situação do jogo rapidamente. Ele verifica o
posicionamento do adversário à sua frente, a sua distância até a cesta, a
quantidade de jogadores do outro time, a posição dos seus oponentes, onde está
seu companheiro de equipe. Todas essas informações são processadas para
programar uma resposta e, de acordo com suas experiências, o jogador realiza

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uma ação, que pode ser: desviar do adversário que está à sua frente e arremessar
a bola na cesta; fazer um passe para seu companheiro, que está livre de marcação;
entre outras ações, podendo alcançar ou não o resultado desejado.

0
ASSIMILE

Não alcançar o resultado desejado significa que em algum estágio o

seõçatona reV
processamento não aconteceu corretamente.

Uma forma de analisar e refletir sobre o momento em que essas informações não
foram processadas corretamente e quanto tempo o ser humano leva para
identificar as informações é por meio de estudos sobre tempo de reação e tomada
de decisão.

TEMPO DE REAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO


Para o desempenho de determinadas tarefas, o tempo de reação é importante,
pois pode determinar a velocidade da resposta e contribuir para obter os melhores
resultados.
O tempo de reação e tomada de decisão define quão rápida foi a identificação do
estímulo e resposta. Uma pessoa que consegue apontar rapidamente os estímulos
fornecidos pode obter bons resultados, caso a escolha represente a decisão
correta.
Quando o indivíduo é exposto a uma tarefa que necessite de uma rápida tomada
de decisão para garantir bons resultados, o seu sucesso dependerá de como
acontece o processamento de informação e do quão rápido e eficaz ele é. Por isso,
o professor é importante no ensino dos esportes, já que pode auxiliar no
desempenho de seus alunos aplicando estímulos corretos e eficientes.
Você certamente já ouviu algum professor de educação física comentar que é
importante treinar seus alunos em situação de jogo ou competição para fornecer
mais informações e alternativas para tomadas de decisão. Por isso, existem muitos
jogos amistosos e festivais esportivos que colocam o atleta diante de fatores que

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poderão enfrentar futuramente, como a presença de adversários, influência da


torcida ou público, vestimenta, arbitragem, sinalizações, espaço, tempo, música,
entre outros elementos.

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Figura 2.8 | Largada de uma corrida de velocidade

seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

REFLITA

O tempo de reação entre o sinal de partida e a largada de uma corrida de


velocidade pode influenciar significativamente o resultado da competição.
Dessa forma, será que é importante promover treinamentos específicos
para essa situação?

Na realidade, existem muitos fatores que podem interferir no tempo de reação. O


número de opções de respostas a serem escolhidas diante de um determinado
estímulo pode influenciar a ação. Portanto, quanto mais experiências, habilidades
motoras e controle motor, emocional e cognitivo o indivíduo tiver, maior será o

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número de alternativas disponíveis a ele para responder aos estímulos fornecidos.


Essas respostas também podem ser diferentes para cada estímulo, de acordo com
suas experiências.

0
Figura 2.9 | Jogo de dança

seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

EXEMPLIFICANDO

Atualmente, os jogos de videogame tentam cada vez mais fazer uma


representação fiel da realidade. Um exemplo é o jogo de dança em que os
participantes competem entre si por meio de uma movimentação rápida e
correta, de acordo com a imagem transmitida pelos aparelhos eletrônicos.

Em jogos virtuais, quando o jogador precisa fazer movimentos corporais e não


conhece os caminhos a serem percorridos ou os sinais ambientais são
apresentados de forma inesperada, podemos dizer que esse momento de
recepção ou surgimento de sinais é uma reação que antecede o movimento, sem
conhecer o estímulo. E o tempo de reação motora é o momento entre a primeira

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situação e o movimento.
Além da influência das diferentes opções no tempo de reação e tomada de decisão
para as tarefas solicitadas, outro fator que contribui para o entendimento sobre a
velocidade da resposta é a compatibilidade.

0
seõçatona reV
Figura 2.10 | Compatibilidade entre o estímulo e a resposta

Fonte: Shutterstock.

REFLITA

Durante determinadas tarefas, é muito mais fácil e rápido responder pelo


mesmo lado em que se recebe o estímulo do que de maneira cruzada.
Já percebeu que na modalidade esportiva de tênis o atleta segura a raquete
com o lado dominante e, quando a bolinha de tênis vem nessa mesma
direção, a rebatida fica mais fácil? Além disso, você já notou que,
dependendo de outros fatores influenciadores, essa prática também fica
mais rápida?

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Como já vimos em nossos estudos, a prática influencia muito o desempenho das


tarefas, e não seria diferente com o tempo de reação e tomada de decisão. Vale
lembrar que uma frequência maior de prática pode levar a respostas automáticas,
diminuindo ainda mais o tempo de reação e tomada de decisão. Dessa forma,

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pessoas habilidosas conseguem prever, antecipar e selecionar a ação a ser

seõçatona reV
realizada com maior velocidade, significando que conseguem ter a atenção
necessária quando a sua aprendizagem está desenvolvida.

REFLITA

Provavelmente você já deve ter ouvido algum professor falar “prestem


atenção” ou “façam o primeiro exercício e sigam a ordem” para seus alunos.
Muitas vezes o professor acaba orientando dessa forma para que seu aluno
consiga realizar as movimentações necessárias com eficácia e obter bons
resultados. No entanto, existem estudantes que conseguem selecionar a
informação mais importante e realizar os movimentos; outros conseguem
prestar atenção em muitas informações ao mesmo tempo.

ATENÇÃO E APRENDIZAGEM
A capacidade cognitiva da atenção bem desenvolvida melhora o nível de
concentração. Assim, mesmo quando uma pessoa é exposta a sinais externos
indesejáveis, consegue se concentrar para fazer a movimentação necessária a cada
situação requerida. Nesse sentido, um indivíduo com atenção estritamente voltada
à realização de tarefas consegue receber o estímulo sem influências, executar a
ação e alcançar o sucesso. Entretanto, indivíduos que não têm essa capacidade ou
a possuem de forma pouco desenvolvida são mais suscetíveis a erros e demandam
mais tempo de reação e tomada de decisão.

EXEMPLIFICANDO

Imagine que você seja um jogador de futebol escalado para jogar a final da
Copa do Mundo e que tenha vindo do término de um tratamento de
fisioterapia, pois fez uma cirurgia de joelho e não teve tempo suficiente

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para treinar e estar em boa forma física, emocional e psicológica para o


momento. Por mais que você tenha uma memória motora, sua atenção não
estará focada no jogo, e sim na pressão do resultado e da torcida.
Provavelmente você cometerá erros durante a partida de futebol e será

0
substituído pelo técnico, pois a atenção é importante para não perder

seõçatona reV
determinadas jogadas.

Mesmo com uma memória motora bem desenvolvida, é importante compreender


em qual contexto o indivíduo se encontra para solucionar as situações-problema.

SISTEMAS DE MEMÓRIA
Memória é a forma pela qual nosso sistema consegue armazenar as informações
adquiridas ao longo do tempo, sendo dividida em três sistemas diferentes, cada
um com um meio de processar essas informações. Os sistemas são:
armazenamento sensorial de curto prazo, memória de curto prazo e memória de
longo prazo.

ARMAZENAMENTO SENSORIAL DE CURTO PRAZO


Esse armazenamento é considerado o mais periférico. Chega por alguns canais de
informação, como o auditivo, visual, cinestésico e tátil, e as informações não ficam
por muito tempo na memória. É tão rápido que o indivíduo, muitas vezes,
praticamente não o percebe.

MEMÓRIA DE CURTO PRAZO


Ao longo da vida, recebemos muitas informações que nem sempre chegam ao
nosso consciente. Acontece que, dentre essas informações, acionamos um
mecanismo seletivo de informações. Isso significa que damos maior atenção ao
que é relevante e importante para a realização da tarefa.

Figura 2.11 | Jogo de voleibol e a memória de curto prazo

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

Jogadores experientes conseguem selecionar a informação mais relevante e


centralizar sua atenção à medida que o jogo acontece, deixando de lado
informações que não os levem a um bom desempenho. Essa seleção pode ser
observada no voleibol com atletas que já possuem um longo período de atuação,
os quais conseguem observar a bola no ambiente, posicionar as mãos de acordo
com o fundamento necessário, respondendo aos ataques dos adversários,
perceber o posicionamento dos adversários e companheiros e selecionar quais
podem ser desconsiderados e a quem encaminhar mais atenção para que consiga
converter o ponto. Esse processo envolve as habilidades motoras para a realização
da tarefa, a atenção no jogo e o processamento de informação e tomada de
decisão.

ASSIMILE

Pode-se afirmar que a memória de curto prazo se mantém apenas durante


a atenção da tarefa. Caso aconteça algo diferente no decorrer desse
processo, há uma situação excepcional. Imagine que você esteja fazendo a
chamada de frequência dos seus alunos e, durante esse processo, o nome

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de um aluno não seja encontrado na lista. Você pergunta o nome do


estudante, com o objetivo de conhecê-lo, e logo na sequência pede para os
alunos da turma abrirem determinada página e leiam o conteúdo em voz
alta. Você, então, resolve chamar o aluno novo para ler, porém esquece

0
completamente o seu nome.

seõçatona reV
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Esse tipo de memória é conhecido como aquele que levamos para toda a vida. É
considerado como o compartimento de armazenamento de informações, onde
dificilmente esquecemos as tarefas que foram bem aprendidas.
Essas habilidades, quando são aprendidas e conseguimos realizá-las de forma
automática em determinada fase da vida, também poderão ser executadas
posteriormente mesmo que não sejam praticadas frequentemente.
Alguns exemplos de tarefas apreendidas que não esquecemos são: andar, correr,
dirigir, nadar, entre outras.
Dessa maneira, quando algum professor disser que aprendemos alguma tarefa,
significa que a processamos na memória de curto prazo e a guardamos na
memória de longo prazo. No entanto, essa capacidade de armazenar e realizar
uma tarefa, mesmo que não seja praticada posteriormente, pode ser influenciada
em função das diferenças individuais, e isso também acontece com a atenção, o
tempo de reação e a tomada de decisão.

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E CAPACIDADE MOTORA

REFLITA

O tempo de reação e tomada de decisão é o mesmo entre um adulto jovem


e um idoso? Estratégias de ensino podem interferir e diminuir as diferenças
entre as faixas etárias com relação ao tempo de reação e tomada de
decisão?

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Cada ser humano reage a determinadas situações por causa de diferentes fatores,
como tempo de prática, faixa etária, ambiente onde vive, cultura de movimento,
capacidade motora, estrutura física, controle emocional, psicológico, entre outros
aspectos.

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Dessa forma, entende-se que indivíduos experientes e menos experientes

seõçatona reV
conseguem captar as informações do ambiente de maneiras diferentes. Os que
praticam uma determinada tarefa por mais tempo conseguem reagir mais rápido a
uma situação e, se orientados corretamente por um profissional qualificado,
também reagem de diferentes formas. Por outro lado, o indivíduo com menos
experiência, apesar de captar a informação, mesmo que de maneira não
convencional, pode não ter um tempo rápido de reação ou uma variedade de
respostas tão grande para a mesma tarefa em comparação com o experiente. Isso
significa que a prática difere entre os seres humanos com o mesmo tempo de
prática, pois existem outros fatores, os quais já foram citados, que prejudicam o
desempenho, como o desenvolvimento cognitivo.

REFLITA

Você já deve ter falado ou ouvido falar que determinado aluno herdou uma
habilidade do seu pai ou que ele vive na quadra praticando futebol. Pense
um pouco sobre isso: quem tem alguém na família que já praticou hóquei
no gelo? Quem já jogou futebol com os amigos na rua? Quem já pulou
corda quando era criança?

As diferenças individuais dependem também das vivências anteriores, da cultura e


das influências do ambiente, que podem ser analisadas de acordo com a
aprendizagem, controle e desenvolvimento motor.
Como já vimos, os modelos de estágio servem para diferenciar um indivíduo de
outro quanto à sua prática, e as diferenças herdadas influenciam bastante o
desempenho. Além disso, outros fatores que diferem são faixa etária, gênero e
estrutura física. Também é comum ouvirmos que um determinado atleta de
natação ganhou porque era mais velho e, consequentemente, mais experiente,
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mais alto ou o mais forte da categoria; ou que um jogador conseguiu fazer o gol
com facilidade porque tem habilidade com o pé esquerdo.
Essas diferenças individuais nunca caminham sozinhas, pois todos esses fatores
influenciam o aprendizado e, até mesmo, os resultados.

0
Para tentar equilibrar essas diferenças nos esportes e competições, é comum a

seõçatona reV
divisão por nível de aprendizado e faixa etária, porém existem diferenças
biológicas e alimentares que também interferem. Considere, por exemplo, dois
adolescentes de mesma idade, um deles com 1,60 m e outro com um 1,80 m.
Pense, ainda, que um deles tem 60 kg e o outro 80 kg.
Para tentar amenizar e equilibrar essas diferenças, no judô as categorias são
divididas considerando idade, gênero, peso corporal e experiência classificada pela
cor da faixa.

Figura 2.12 | Classificação por categorias do judô

Fonte: Shutterstock.

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Outro exemplo é quanto ao nível de atenção dos seres humanos, como já


estudamos. Existem pessoas que, apesar de apresentarem características físicas
bem parecidas, acabam sendo diferentes no desempenho ou resposta, pois
percebem a informação de forma diferente ou sua atenção não está direcionada à

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tarefa, sendo influenciada facilmente por situações externas, de modo que não

seõçatona reV
alcançam a concentração necessária. Um exemplo simples é a pressão da torcida
quando você está prestes a realizar um arremesso de sete metros no handebol.
Um jogador concentrado, com nível de atenção e controle emocional apurados,
fixa o olhar e se organiza corporalmente para realizar o arremesso mesmo depois
de escutar um grito da torcida dizendo que ele vai errar ou o som de uma corneta,
que tenta tirar sua concentração. Entretanto, nessa mesma situação, um jogador
que não tenha essa capacidade acaba direcionando o foco a fatores externos,
desviando sua atenção.
Portanto, como profissional que trabalha com movimento, é importante saber em
que nível de aprendizado seu aluno se encontra, seu histórico familiar de
movimento (que podemos chamar de acervo motor), suas características físicas,
emocionais, cognitivas, sociais, culturais, entre outros aspectos, a fim de poder
intervir da melhor forma possível no desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
As estratégias variam, desde exercícios ou atividades que envolvam a melhora do
tempo de reação, atenção, habilidades motoras, capacidades físicas,
organizacionais e tempo de prática.

REFERÊNCIAS
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o
sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=luanadantas.engenheira%40gmail.com&usuarioNome=LUANA+DANTAS+DE+MEDEIROS&disciplinaDescricao=APRENDIZAGEM+MOT… 15/16
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HOLLMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. São Paulo:


Artmed, 2002.
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:
Edgar Blücher, 2000.

0
SANTOS, R. C. et al. Existe diferença na tomada de decisão em situações de

seõçatona reV
levantamento e de bloqueio em atletas escolares de voleibol? Kinesis, v. 38, p. 1-
11, 2020. Disponível em: https://bit.ly/3p54rep. Acesso em: 22 jul. 2021.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
No decorrer desta seção, foi possível verificar como os seres humanos são capazes
de memorizar, classificar a atenção necessária, receber as informações e tomar
decisões diante de diferentes situações.
Agora voltaremos à aprendizagem do malabarismo com bolinhas por parte dos
alunos de educação física, os quais já tiveram duas aulas práticas com alguns
exercícios pedagógicos.
Na terceira aula, os alunos Pedro e Ricardo não conseguiam mais realizar os
movimentos adequados com as três bolinhas, visto que elas caíam
constantemente. De acordo com os estudos, podemos dizer que esses alunos não
aprenderam a tarefa, pois não foram capazes de guardar as informações
fornecidas anteriormente na memória de longo prazo. Isso se deve a aspectos
como ausência de experiências anteriores, diferenças individuais e falta de prática,
pois, para eles, talvez fosse necessário um número maior de aulas.
Nessa situação, o professor resolveu retroceder com a aprendizagem. Ele tirou
uma bolinha de cada aluno e solicitou que refizessem os exercícios apenas com
duas bolinhas, para que prestassem atenção ao posicionamento corporal, à altura
dos lançamentos e conseguissem praticar os movimentos de forma ritmada.
Solicitou que lançassem as bolinhas sempre na mesma altura e de diferentes
maneiras, informando que, se lançassem muito baixo, o tempo de volta das
bolinhas seria muito curto para retornar as mãos, de maneira que quando
colocassem a outra bolinha, seria muito difícil recuperar.

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Vimos que o tempo de reação, se for bem trabalhado, pode influenciar os


resultados, porém, nesse caso do malabarismo para iniciantes, a melhor estratégia
é fazer, primeiramente, com que os alunos dominem os movimentos, tenham
tempo maior para realizar a tarefa e, em seguida, acrescentem outra bolinha, pois

0
o tempo de reação e tomada de decisão deverá ser rápido. Ou seja, ver a bolinha

seõçatona reV
subir ao ser lançada e capturá-la de volta nas mãos rapidamente dependerá da
prática, organização corporal, atenção, velocidade, altura do movimento e fatores
individuais.
Diante dessa situação-problema, podemos então responder que a atenção e a
memória interferem no aprendizado, pois se com as duas primeiras aulas Pedro e
Ricardo tivessem conseguido prestar a atenção necessária e memorizado os
movimentos, não apresentariam dificuldades. A idade influencia, sim, a tomada de
decisão, pois como pessoas mais velhas possuem experiências motoras adquiridas
ao longo da vida, conseguem programar suas ações de forma mais organizada e
transferir suas habilidades para um novo movimento. Talvez uma criança, que
consequentemente possui pouca experiência, ou um idoso que ao longo da vida
não tenha praticado determinadas tarefas percam o seu tempo de reação devido a
diferentes fatores, de forma que apresentam uma aprendizagem menos eficaz.
Assim, podemos afirmar que existem diferenças individuais e que diversos fatores
exercem influência sobre o tempo de reação e tomada de decisão.
Para que os alunos tivessem mais experiências com essa prática, na quarta aula o
professor retomou todos os exercícios anteriores, porém com menos repetições.
Além disso, pediu que os estudantes criassem maneiras novas de lançar e
recuperar as bolinhas.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

SURFE NO HAVAÍ
O ano de 2020 foi marcado pelo início da pandemia de Covid-19, e as pessoas
tiveram que deixar de realizar suas tarefas diárias para protegerem a si mesmos e
as outras pessoas. Diante do ocorrido, Sérgio, 23 anos, atleta profissional de surfe,
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ficou em casa sem poder treinar diariamente na praia de Itamambuca, localizada


no litoral norte de São Paulo, e começou a fazer treinamentos físicos duas vezes
por semana de forma virtual. Contudo, nesse tempo de isolamento que, para ele,
perdurou por seis meses, Sérgio engordou 10 kg, visto que os treinamentos não

0
eram intensos e muitos dos movimentos não foram possíveis de ser executados ou

seõçatona reV
adaptados em sua casa. Além disso, a quantidade de treinos por semana e o
tempo de duração dos exercícios não eram os mesmos, o que o deixou muito
desanimado.
Em isolamento, sem poder praticar a modalidade adequadamente e sem
competições previstas, o atleta pensou em até desistir de continuar sua carreira,
porém um campeonato anual de surfe foi anunciando para julho de 2021 e Sérgio
ficou bem empolgado com a notícia, pois nunca tinha participado dessa
competição.
Após os seis meses de isolamento, podendo voltar aos treinos na praia
Itamambuca, seu técnico resolveu prepará-lo para essa competição. Entretanto,
Sérgio não estava em boas condições físicas e o mar de Itamambuca não tinha
ondas parecidas com as do Havaí.
Supondo que havia apenas seis meses de preparação, como o técnico de Sérgio
deveria programar seus treinamentos para atingir o objetivo de participação no
campeonato, na intenção de que o atleta fique entre os três primeiros colocados?
As experiências vividas na praia de Itamambuca ajudarão Sérgio a ter um bom
aproveitamento no campeonato? Como Sérgio pode melhorar sua forma física?

RESOLUÇÃO 

Para essa situação-problema, é necessário que o técnico faça um planejamento


para alcançar o objetivo, atentando-se para a disponibilidade de tempo para o
treinamento e a intensidade e preparação física geral e específica. Sabendo
que Sérgio já domina as técnicas de surfe, pois é um atleta profissional e
possui uma memória motora, o técnico deve direcionar a atenção à perda de
peso, pois a nova estrutura física diminui a velocidade de reação do atleta,

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assim como afeta seu desempenho. Dessa maneira, é importante encaminhar


Sérgio para um profissional de nutrição, com o objetivo de balancear
novamente sua alimentação e disponibilizar treinos de resistência para
acelerar essa perda de peso. Como o atleta não está com uma boa forma física,

0
o treinador deve promover inicialmente treinos de preparação física geral e,

seõçatona reV
posteriormente, as específicas. Ou seja, o atleta precisa começar a surfar mais
vezes na semana, em diferentes dias e horários, visto que, dependendo do dia
ou horário, as ondas mudam e contribuem com diferentes experiências.
A modalidade depende muito do fator ambiental (estímulo), que nem sempre é
previsível. Lógico que, para um atleta acostumado a pegar ondas, é natural que
ele tente prever a altura da onda para realizar determinados movimentos. No
entanto, é complicado saber a duração da onda. Outro ponto que pode ser
trabalhado nos treinamentos é o tempo de reação e decisão frente a uma
situação, pois sabendo que as ondas são estímulos constantes, é necessário
treinar a velocidade de resposta entre as ações de ver a onda para começar a
remar com os braços, subir na prancha e realizar as manobras. Deve-se
organizar, ainda, uma ida antecipada ao Havaí, para treinar na praia onde a
competição acontecerá. Expor o participante a um ambiente que esteja
próximo da possível realidade do dia da competição ajuda na preparação do
atleta emocionalmente, cognitivamente e motoramente, pois as ondas do
Havaí costumam ser maiores e, apesar do conhecimento e da prática, Sérgio
nunca tinha participado desse evento.

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APRENDIZAGEM DE HABILIDADES E CONTROLE MOTOR

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, como já estudamos, o tempo de reação e tomada de decisão muitas
vezes determina o sucesso da uma tarefa. É importante que o profissional de
educação física saiba selecionar e ensinar determinadas habilidades motoras para
que seus alunos melhorem o desempenho motor. No entanto, essas habilidades
dependem dos tipos de práticas corporais que serão vivenciadas ou treinadas
pelos alunos.
Na seção 2.2, pudemos observar que é possível avaliar a performance dos alunos
verificando alguns dados, como gasto de energia, qualidade do movimento, idade,
experiências motoras e cognitivas, entre outros aspectos. Além disso,
compreendemos que o tempo de reação é um dado importante a ser avaliado.
Nesta seção, analisaremos a questão do feedback e dos programas motores,
estudando como esses elementos contribuem para a aprendizagem.
Considerando a dificuldade na aprendizagem do malabarismo com bolinhas
apresentada pelos graduandos Pedro e Ricardo, continuaremos o processo de
ensino, com o objetivo de conhecer outras possibilidades de prática a partir da
tarefa solicitada.
Nesse sentido, será que é importante, após a compreensão do movimento e da
prática por parte desses alunos, desenvolver outras atividades relacionadas? O
feedback é uma ferramenta importante de ser usada pelo professor universitário?
Em qual aspecto o feedback pode contribuir para o desempenho motor? Como é
possível saber se os alunos aprenderam determinadas tarefas?
Assim, daremos continuidade à proposta do professor universitário, seguindo com
as últimas duas aulas de aprendizagem do malabarismo com bolinhas.

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CONCEITO-CHAVE
O ser humano possui muitas qualidades e uma delas é a capacidade de se adaptar
a diferentes situações e tipos de prática.
Assim, quando expostos ao aprendizado de determinadas tarefas, somos capazes

0
de acionar todos os nossos sistemas para realizar as ações necessárias

seõçatona reV
REFLITA

Você já parou para pensar na quantidade de tarefas que já vivenciou e


aprendeu ao longo dos anos? Onde será que ficam guardadas todas essas
informações? Para uma mesma tarefa, quantas outras práticas podemos
realizar?

Os tipos de práticas corporais devem ser trabalhados de acordo com a idade e


nível cognitivo do indivíduo, sempre levando em conta o gosto de cada pessoa, sua
disponibilidade e objetivo.

ALGUNS TIPOS DE PRÁTICAS CORPORAIS SÃO:


Jogos;

Brincadeiras;

Danças;

Esportes;

Lutas;

Ginásticas;

Alternativas;

De aventura;

Expressivas.

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Essas práticas corporais só são realmente aprendidas quando se respeita as


formas com que são praticadas. É a prática que determina a realização da tarefa,
potencializando, assim, o seu domínio. Por exemplo, quando uma criança tenta
amarrar seu tênis por várias vezes, num dado momento da prática ela conseguirá

0
concluir essa tarefa com mais facilidade e rapidez, e isso se deve à prática

seõçatona reV
intencional. Existem, ainda, outras práticas que não são realizadas de forma
observável, mas somente mentalizando o movimento a ser executado.
Para compreender essas formas de aprendizagem por meio das práticas,
precisamos saber quais tipos de práticas podemos utilizar nesse processo. De
acordo com Schmidt e Wrisberg (2010), existem as técnicas de prática física e de
treinamento mental.

REFLITA

Você já ouviu dizer que a prática leva à perfeição? Ou que repetir uma ação
simplesmente ajuda a aperfeiçoá-la?

ASSIMILE

As habilidades serão aprimoradas se forem praticadas, porém, para obter


um aprendizado a longo prazo, essas práticas devem ser bem orientadas.

TIPOS DE PRÁTICAS
A seguir, abordaremos técnicas de prática física que podem ser utilizadas pelos
professores de educação física para aprimorar as experiências dos seus
aprendizes.

PRÁTICA DE SIMULADOR
A técnica da prática de simulador pode auxiliar muito na melhoria da habilidade
motora, visto que um simulador imita uma situação real.

Figura 2.13 | Simulador de tênis

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

EXEMPLIFICANDO

Em parques de diversão, é muito comum que haja simuladores de


situações nos quais os indivíduos, por meios eletrônicos ou dispositivos
virtuais, vivenciam alguns movimentos. Pensando na prática de alguma
habilidade motora, isso parece ser bem eficaz, porém são instrumentos
caros, o que dificulta sua utilização.

REFLITA

Imagine realizar uma sequência de ginástica ou um elemento complexo,


como o “mortal para trás”. Será que é fácil aprender?

PRÁTICA PARCIAL
A técnica da prática parcial auxilia na aprendizagem de tarefas complexas, em que
o propósito é ensinar partes dos movimentos. Nessa abordagem, assim que os
aprendizes conseguirem realizar esses movimentos parciais, estarão aptos para
treinar outros e, por fim, aprender o movimento completo. Dentre essas técnicas
parciais, as mais conhecidas são: fracionalização, segmentação e simplificação.

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Fracionar uma tarefa significa ensinar mais de uma tarefa separadamente.


Segmentar uma tarefa significa praticar uma parte de uma tarefa e, assim que ela
aprendida, acrescentar outra parte. Por fim, simplificar significa utilizar estratégias
de redução da tarefa, como usar uma bola grande em vez de uma bola pequena

0
ou, ainda, uma bexiga, para que o tempo da ação seja prolongado.

seõçatona reV
PRÁTICA DA CÂMERA LENTA
Esta prática é utilizada para simplificar a atividade e fazer com que o aprendiz
compreenda todos os momentos da tarefa proposta. No entanto, essa técnica
difere da velocidade normal. O profissional deve ficar atento e verificar se seu
aluno conseguiu realizar a ação em todos os sentidos para aumentar novamente a
velocidade, colocando-a nos padrões normais.

EXEMPLIFICANDO

É muito comum verificarmos esse tipo de técnica na aprendizagem de


passos de dança. O professor ensina os passos lentamente, sem música,
apenas com a contagem musical ou com uma música mais lenta, e depois
aumenta a velocidade da canção.

PRÁTICA DE DETECÇÃO DE ERRO


O indivíduo que está no processo de aprendizagem consegue identificar seus
próprios erros. Isso significa que ele é capaz de interpretar seus movimentos e,
posteriormente, tenta corrigi-los. Mas é importante que essa correção seja
orientada por um profissional devidamente qualificado e da área do movimento
humano.

TÉCNICAS DE TREINAMENTO MENTAL


Estas técnicas não envolvem movimento, e sim o treinamento mental dos
movimentos. É a construção simbólica da ação a ser realizada.

EXEMPLIFICANDO

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Quando aprendemos uma coreografia ou passos de dança e precisamos


confirmar esse aprendizado mostrando a sequência para alguém, mas não
temos tempo suficiente para ensaiar, podemos recorrer a essa técnica de
prática mental, construindo na mente todos os movimentos a serem

0
realizados.

seõçatona reV
Com a técnica da imaginação, o indivíduo consegue se enxergar e se sentir
realizando a tarefa. Dessa maneira, o professor que for trabalhar essa técnica
mental com seus alunos precisa orientá-los corretamente para que os estudantes
consigam atingir resultados satisfatórios.
Pensando em desempenho, muitas vezes o professor precisa ensinar várias tarefas
e de diferentes formas, porém alguns profissionais apresentam dificuldades para
sequenciar a aprendizagem dessas tarefas em suas aulas.
Dois tipos de práticas podem auxiliar os profissionais nesse caso: a prática em
blocos e a randômica.
Imagine que você tenha que ensinar um aluno a realizar uma sequência de três ou
mais habilidades diferentes. É possível utilizar a prática em blocos, que visa ensinar
uma habilidade de cada vez. Logo, assim que o seu aluno compreender e realizar
essa tarefa com tranquilidade e precisão, você poderá ensinar a próxima atividade,
e assim sucessivamente, até que ele consiga executar a sequência por completo.

ASSIMILE

Exercícios pedagógicos são tarefas realizadas gradativamente, de acordo


com o grau de dificuldade. São muito utilizados pelos profissionais de
educação física.

Outra forma de ensinar habilidades em sequência é a prática randômica, que tem


como objetivo a prática de uma grande variedade de elementos que
posteriormente contribuirão com a meta estabelecida. Esse tipo de prática diminui
as repetições de uma mesma tarefa, ampliando, assim, o repertório motor do

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aluno e tornando a atividade mais significativa.


Agora que já entendemos quais são os tipos de prática, vamos estudar como o
praticante ou professor pode analisar as tarefas realizadas por meio do feedback.

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RETROALIMENTAÇÃO E FEEDBACK

seõçatona reV
O feedback, também conhecido como retroalimentação, é a informação percebida
ou fornecida antes ou após a realização de alguma tarefa. Indivíduos que estão no
estágio intermediário e automático da aprendizagem já conseguem ter a
percepção dos seus erros e tentam corrigi-los. Essa percepção ou informação dada
antes ou após a execução de uma atividade pode melhorar o desempenho nessa
tarefa.
As informações sensoriais auxiliam no feedback e podem ser identificadas antes da
realização da tarefa. Esse tipo de informação contribui para o planejamento do
movimento. O feedback pode ser intrínseco ou extrínseco.

FEEDBACK INTRÍNSECO
É uma informação percebida de si mesmo, isto é, quando não é necessário contar
com outras pessoas ou mecanismos para fornecer o feedback.

REFLITA

Imagine que você esteja jogando futebol e vá em direção ao gol para fazer
um chute. Ao realizar esse golpe, você consegue perceber facilmente se o
chute saiu errado e não vai acertar o gol? Consegue identificar se algo
aconteceu da maneira incorreta? É capaz de perceber se bateu o pé
corretamente e colocou a força necessária para o chute?

Essas situações ocorrem o tempo todo no nosso dia a dia, pois pelas nossas fontes
de informação sensorial conseguimos distinguir, por exemplo, a força necessária
para carregar uma cadeira ou uma mesa.

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FEEDBACK EXTRÍNSECO
Essa informação é dada após a finalização da tarefa por meios externos, como
filmagens, comentários e instruções de um técnico ou professor. É a soma da
informação interna com a externa, sendo também conhecida como informação de

0
acordo com o resultado.

seõçatona reV
De modo geral, o feedback pode ter um caráter positivo, para ajuste de pequenos
erros e apresentando-se como um apelo motivacional, ou negativo, na tentativa de
exigir mais esforço do sujeito em questão, pois provavelmente não tentou realizar
a tarefa com tanta vontade e errou determinados movimentos.

Figura 2.14 | Lousa para demarcação de tática de jogo

Fonte: Shutterstock.

Também é possível fornecer feedback durante um jogo esportivo. O professor


concede as informações antecipadamente e, durante a partida, observa a
movimentação da sua equipe e do time adversário, fazendo as mudanças

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necessárias e orientando seus atletas quando possível, para que consigam obter
melhores resultados.

ASSIMILE

0
Fique atento à frequência com que você pode fornecer o feedback, pois
cada aluno tem uma forma de compreensão. Logo, se a retroalimentação

seõçatona reV
se tornar muito frequente, o estudante pode não desenvolver seu feedback
interno e ficar dependente dessa informação.
Na fase inicial da execução da tarefa, geralmente os alunos têm acesso a

Além da prática e do feedback necessários para atingir os objetivos de


aprendizagem, é preciso ter domínio do próprio corpo e realizar movimentos com
precisão.
Para isso, compreenderemos como os princípios do controle motor e precisão dos
movimentos contribuem nesse processo.

PRINCÍPIOS DO CONTROLE MOTOR (DOMÍNIOS) E PRECISÃO DE


MOVIMENTOS

REFLITA

Já notou que para realizar uma tarefa simples, como caminhar, precisamos
controlar todo o nosso corpo? Quando um médico está realizando uma
cirurgia, ele deve ter precisão nos seus movimentos para que não realize
nada fora do previsto. E quando passamos por situações motoras
desafiadoras, nosso controle fica instável?

ASSIMILE

Precisão de movimentos significa coordenar os movimentos para realizar a


tarefa de forma mais lenta, com delicadeza.

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Para que seja possível realizar as tarefas, são necessários ajustes nos movimentos
ou nas sequências de movimentos dentro de um tempo, espaço e força. Para que
isso ocorra, os indivíduos precisam utilizar seus programas motores generalizados,
isto é, um conjunto de ações já aprendidas e guardadas na memória que

0
permanecem sem alterações ou invariáveis, mesmo para realizar diferentes

seõçatona reV
tarefas, pois ao executar uma tarefa motora próxima daquela já aprendida, as
ações são resgatadas, controladas e colocadas de acordo com a prática e conforme
a necessidade.

EXEMPLIFICANDO

Dessa forma, quando vamos realizar determinado movimento já aprendido,


conseguimos fazê-lo com mais precisão e rapidez. E se precisarmos fazer
outro movimento, mas que possua as mesmas características, também
conseguiremos realizá-lo mesmo em velocidade diferente, pois essas
características ficam invariantes.
Por exemplo, se estamos fazendo o drible com a bola de basquete,
podemos realizar esse mesmo drible com uma bola de handebol, apesar de
ser uma bola diferente, pois o nosso organismo se organiza facilmente para
a tarefa quando não existe variância das características. Entretanto,
considerando o arremesso do basquetebol e do handebol, por exemplo,
não é possível utilizar o mesmo programa motor, já que não possuem as
mesmas características.

A invariância é um conceito do controle motor muito importante. A organização


temporal é uma característica invariante, pois apesar de o tempo de movimento
ser alterado, as classes de movimentos permanecem as mesmas. Além disso,
dependendo do grau de dificuldade, se realizarmos uma ação de forma mais lenta,
teremos mais precisão, como no caso da manipulação de materiais utilizados para
realizar implante dentário. Mas também podemos notar que quando fazemos

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tarefas que exigem velocidade, é possível garantir mais precisão se o programa


motor estiver bem organizado, visto que se as atividades forem realizadas
lentamente, haverá pouco sucesso.

0
EXEMPLIFICANDO

Durante o contra-ataque em um jogo de handebol, por exemplo, é possível

seõçatona reV
verificar que se o atleta conseguir dominar a bola rapidamente e seguir em
direção ao alvo com a velocidade e a habilidade necessárias, haverá
grandes chances de se obter sucesso. Se essa recuperação de bola for
lenta, talvez o jogador não chegue ao alvo sem a tentativa de bloqueio por
parte dos adversários.

Portanto, o controle motor é o que permite uma harmonia entre os movimentos e


o ambiente. Contudo, para que isso ocorra, é necessário que esse movimento
tenha sido realmente aprendido.

APRENDIZAGEM MOTORA E PERFORMANCE MOTORA


Aprendizagem é algo essencial para a vida, pois a todo momento você é exposto a
algo novo, de forma que seu organismo procura se adaptar aos conhecimentos,
modificando suas experiências e adquirindo outras.

ASSIMILE

É possível aprender diferentes tarefas ao longo da vida. Aprender a dirigir,


aprender sobre a história de um país, aprender a realizar tarefas
domésticas, a correr, a desenhar, a escrever, a cantar, a dançar, entre
outras atividades.

REFLITA

Imagine se você tivesse que viver apenas com suas características


herdadas? Será que você conseguiria ler um livro ou andar de bicicleta?

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Ao longo da vida, é possível verificar a performance motora de um indivíduo, visto


que, de acordo com a maturação, aptidão física e ambiente, o indivíduo vai
adquirindo experiências que, se praticadas e organizadas, são armazenadas e
transferidas para diferentes ações. Podemos dizer que aprendizagem é tudo aquilo

0
que acontece continuamente e provoca alterações nos processos internos

seõçatona reV
importantes tanto para o conhecimento quanto para a capacidade de realizar um
determinado movimento.
Para que essa aprendizagem ocorra, geralmente se faz necessário um profissional
do movimento, que age como um facilitador ou orientador dessa aprendizagem
graças aos seus conhecimentos específicos. No entanto, a aprendizagem só será
eficaz para a execução de uma nova tarefa se os profissionais levarem em conta as
experiências motoras anteriores, o aspecto motivacional, as habilidades motoras,
as capacidades físicas, os estágios de aprendizagem (que já estudamos
anteriormente) e os objetivos de suas aulas ou de seus alunos, planejando suas
estratégias de intervenção de acordo com as metas. Essa preparação deve incluir o
tempo necessário, o ambiente, os materiais, a intensidade das práticas, entre
outros fatores.
Diante disso, podemos afirmar que somente aprendemos algo quando esse
conhecimento fica gravado na memória de longo prazo, de forma que podemos
recorrer a esses aprendizados diante de novas tarefas.

ASSIMILE

Traçar metas significa estipular como será possível chegar aos objetivos
determinados, encurtando caminhos e conseguindo melhores resultados.

Nesse sentido, para alcançar resultados, como estudamos anteriormente, o


profissional do movimento deve traçar metas e utilizar diferentes estratégias de
aprendizagem. De posse desses conhecimentos, uma das possibilidades de
atuação é a psicomotricidade, que será analisada nos próximos capítulos.

REFERÊNCIAS

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BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o


sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:

0
bebês,

seõçatona reV
crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
GONZALEZ, D. H. Aprendizagem motora: uma breve revisão sobre a construção e
progressão do conhecimento científico. EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 20, n.
211, dez. 2015. Disponível em: https://bit.ly/3E0sZf2. Acesso em: 5 ago. 2021.
HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010.
HOFFMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. São Paulo:
Artmed, 2002.
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:
Edgar Blücher, 2000.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


APRENDIZAGEM DE HABILIDADES E CONTROLE MOTOR

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Considerando as dificuldades apresentadas pelos alunos Pedro e Ricardo, em sua
terceira aula, o professor universitário optou por retroceder com o processo de
ensino e solicitou que os alunos criassem, na quarta aula, movimentos novos que
pudessem ser repetidos. Agora planejaremos as práticas utilizando outras
estratégias para que, nas duas últimas aulas, os alunos alcancem a meta de
aprender o malabarismo com bolinhas.
Foi possível verificar, durante esta seção, que existem diferentes práticas possíveis
de ser aplicadas pelos professores. Diante disso, na quinta aula, o professor
poderá utilizar algum método que acredite ser necessário de acordo com o tempo
destinado para a aprendizagem, levando em consideração que ele já utilizou a
prática parcial do movimento, retirando uma das bolinhas, e depois que os
graduandos passaram a fazer o movimento de forma mais contínua e com mais
exatidão, solicitou que voltassem a praticar com as três bolinhas.
Nesta quinta aula, o professor verificou que erros continuam acontecendo. Ele
pode oferecer o feedback necessário, orientando esses alunos a fazerem ajustes
na altura, força, posicionamento do corpo. Além disso, seria interessante filmar a
execução e mostrar o vídeo aos alunos para, em seguida, fazer comentários,
sempre incentivando-os a continuarem praticando. Outra técnica que pode ser
utilizada é a de ensinar a atividade em câmera lenta ou com outros materiais,
como o tule, um pedaço de tecido que ajuda a diminuir a velocidade de execução,
auxiliando, assim, na precisão e compreensão das etapas dos movimentos. Como

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os estudantes são adultos, as informações são compreendidas com mais


facilidade, o que contribui para o processo de entendimento das orientações do
professor por meio do feedback. Dessa forma, eles mesmos conseguem organizar
suas ações mentalmente e distinguir os erros, seja durante a própria execução ou

0
a partir da filmagem feita pelo professor.

seõçatona reV
Na sexta aula, o professor pode optar por utilizar habilidades diferentes com a
turma e, inclusive, com os dois alunos que mostraram mais dificuldades – Pedro e
Ricardo –, os quais já começaram a compreender seus erros. Usando outros tipos
de bolas, seria possível variar o peso e a dimensão desses objetos e ainda arriscar
a aplicação de um exercício em duplas.
Assim, respondendo aos questionamentos anteriormente apresentados, para
atingir a meta, conhecendo seu aluno e suas respectivas dificuldades de
aprendizagem, é importante sempre aplicar práticas diferentes e fornecer um
feedback adequado, pois isso contribui para o aprendizado e para a obtenção de
um desempenho positivo como resultado. Além disso, é possível saber se os
alunos aprenderam tarefas motoras quando eles não as esquecem.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

TIRO COM ARCO


Em 2021, aconteceram os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Mário, um atleta de tiro
com arco, vinha treinando para participar dessa edição, porém seu técnico,
durante uma avaliação, verificou que ele precisava melhorar sua performance para
obter um bom resultado na competição. Diante disso, conheceremos um pouco
mais sobre essa modalidade.
O tiro com arco pode ser disputado por indivíduos com diferentes deficiências
físicas, metais e doenças disfuncionais ou progressivas. A competição pode ocorrer
individualmente ou por equipes, sendo disputada com três arqueiros em cada
time. Não existe diferença entre as regras do tiro com arco paralímpico e olímpico.
O objetivo da modalidade é acertar as flechas o mais próximo do centro do alvo,
que fica a cerca de 70 metros de distância e possui 1 metro e 22 centímetros de
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diâmetro, com dez círculos concêntricos, sendo que o mais externo vale um ponto,
e o central, dez pontos. Isso significa que quanto mais preciso o atleta for ao atirar
a flecha com o arco na região central, maior será sua pontuação.
O atleta, de 30 anos, já tem muito conhecimento da modalidade, porém alguns

0
ajustes são necessários. Imagine que ele tivesse três meses para atingir o seu

seõçatona reV
objetivo, treinando cerca de duas horas por dia e quatro vezes na semana.
Agora, conhecendo um pouco mais sobre a modalidade e tendo acesso a alguns
dados do atleta, como o técnico poderia contribuir com o objetivo de Mário?

RESOLUÇÃO 

Nesta situação-problema, além de saber a frequência com que Mário já treina,


o tempo que ele tem disponível para atingir o objetivo e as regras do tiro com
arco, é importante que o profissional tenha conhecimento dessa modalidade
em todos os sentidos, demonstrando conhecimento de práticas educativas a
serem aplicadas, das habilidades e capacidades necessárias, e do estado
emocional e motivacional do seu atleta.
Nesse caso, o técnico deve traçar as metas exatas, como as de resultado, de
performance e de processo. Na primeira meta, ele pode definir que Mário
consiga, pelo menos, ficar entre os três primeiros colocados. Diante disso, é
interessante que o técnico pesquise os resultados das últimas edições da
modalidade em jogos paralímpicos, bem como de outras competições
internacionais recentes, a fim de verificar quais países estão liderando a
modalidade. A partir dessas informações, deve-se traçar a meta da
performance, que pode ter como objetivo a melhoria do percentual de acertos
no centro do alvo, assim como definir os processos que podem contribuir
ainda mais com a performance, como se concentrar melhor, realizar algum
tipo de respiração, focar os olhos no alvo de maneira mais adequada.
Dessa forma, tomando como importância o fato de que Mário ainda tivesse
três meses disponíveis, assim como a experiência do atleta, o técnico poderia
separar algumas semanas para que Mário treinasse com a prática facilitadora

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do processo, com a diminuição da distância entre o atleta e o alvo, por


exemplo. Assim, o foco estaria direcionado à região central, com maior
visibilidade, e posteriormente Mário poderia voltar a praticar com a distância
oficial da competição.

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O professor, durante o processo, pode fornecer o feedback por meio de

seõçatona reV
orientação e filmagem, indicando uma postura mais coerente, uma força maior
a ser empregada, uma preparação física, um relaxamento, enfim, tudo o que
for condizente com a modalidade e que seja possível de ser realizado dentro
das condições apresentadas.

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INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE

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Claudia Garcia

seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Ao longo da vida, os seres humanos desenvolvem-se e aprendem, isso se deve ao
processo maturacional, que, portanto, acontece automaticamente. Por outro lado,
nós, humanos, também aprendemos com a influência do meio onde vivemos.
Nesse processo, podem existir períodos em que o aprendizado não ocorre, devido
a fatores como falta de estímulos adequados, nutrição inadequada, diferenças
individuais, entre outros fatores.
Desta forma, após a compreensão da organização morfo-funcional do sistema
nervoso e dos aspectos básicos da aprendizagem motora, estudaremos os
aspectos da psicomotricidade, abordando conceitos teóricos, exemplificando com
situações-problema e levando você, caro aluno, a um entendimento sobre o tema
exposto, podendo, assim, aplicar esse conhecimento em sua vida profissional.
Nesse sentido, é necessário que você conheça as principais características da
psicomotricidade e suas teorias, sendo capaz de acompanhar o desenvolvimento
psicomotor por meio dos elementos psicomotores de seus alunos.
Para que você possa compreender o tema de forma teórica e prática, esta unidade
está dividida em três seções: Introdução à psicomotricidade; Teorias da
psicomotricidade e o desenvolvimento psicomotor; e Elementos psicomotores.
Para aprofundar mais seus conhecimentos, essas seções trazem aspectos como o
significado e a evolução histórica da psicomotricidade, suas abordagens em
relação a outras intervenções, outras áreas de atuação, conceitos,
desenvolvimento segundo teóricos e teorias psicogenéticas, fundamentos, fases do
desenvolvimento e como o corpo se comporta perante os elementos
psicomotores.

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A unidade trará um enfoque na prática pedagógica da Educação Física, tanto no


esporte quanto na academia, na recreação ou em entre outros setores de
aprendizado.
Venha desvendar as possibilidades de atuação profissional!

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seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, acreditamos que você já tenha percebido que somos capazes de nos
controlar, nos desenvolver e aprender ao longo da vida; isso se deve ao nosso
comportamento motor. Vários estudos apontam diferentes estágios a serem
alcançados para que possamos identificar ou, pelo menos, classificar em que
momento do processo evolutivo os seres humanos se encontram, para, a partir
daí, poder adaptar e ressignificar o ensino de determinadas tarefas.
Desta forma, o papel do professor que atua com o movimento é identificar em
qual estágio seu aluno se encontra e, caso verifique alguma incompatibilidade, sem
diagnósticos médicos ou outros fatores, aplicar tarefas motoras bem orientadas
para diminuir o distanciamento entre a situação atual e os padrões de
desenvolvimento, encaminhando a questão para as áreas específicas de atuação,
sempre com fundamentação teórica.
Nessa seção, você compreenderá o papel da psicomotricidade no mundo e no
Brasil, verificando como ela pode auxiliar no comportamento motor, além dos seus
espaços de aplicação e de seus conceitos.
Para que você compreenda os conceitos na prática, levando em conta os
diferentes campos de atuação do profissional de Educação Física, vamos imaginar
que você, há cerca de seis meses, está ministrando aulas para um grupo de 10
alunos de natação, entre 5 e 6 anos de idade, na academia “Peixinho Dourado”,
com a frequência de duas vezes na semana.
Nessa faixa etária, de acordo com Gallahue e Ozmun (2005), as crianças estão no
estágio maduro de desenvolvimento motor, porém, para atividades especializadas,
como no caso da natação, é necessário realizar a transição dos movimentos
adquiridos ao longo da vida, seja pela maturação ou pelo ambiente, para

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habilidades esportivas especializadas, levando sempre em conta diferentes fatores,


como os cognitivos, os emocionais, os motores, além dos estímulos adequados.
No início de todas as suas aulas, o seu enfoque é a adaptação ao meio líquido e à
respiração bucal, utilizando como estratégia diferentes materiais, como

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flutuadores, brinquedos, pranchas, músicas de solicitação, de modo a levar sempre

seõçatona reV
em conta o aspecto lúdico para essa faixa etária. Após dois meses de aula, você
percebeu que, apesar de várias aulas empregando diferentes estratégias, Francisco
não fazia a imersão do rosto na água e chorava muito quando era solicitado a fazê-
lo, não realizando os movimentos conforme as solicitações das músicas, o que
dificulta todo o processo de ensino, principalmente a flutuação.
Será que Francisco possui algum atraso motor? Pensando em uma modalidade
especializada como a natação e em um meio que não é natural ao ser humano,
será que fica mais difícil o processo de aprendizagem? Quais fatores podem
influenciar esse processo de aprendizagem? Você deve procurar orientação
multidisciplinar para auxiliar Francisco? Quais outras estratégias podem ser
aplicadas com esse aluno?

CONCEITO-CHAVE
O currículo de um profissional que trabalha com corpo e movimento abrange
diferentes áreas do conhecimento e, dentre essas áreas, está a educação
psicomotora, na qual você pode atuar de forma efetiva com alunos cujos padrões
ou estágios estão equilibrados. Porém, de acordo com os estudos já abordados
neste livro, você pode também trabalhar com alunos que ainda não alcançaram
esses padrões ou estágios, possuindo algum diagnóstico ou fator que interfira
nesse processo. Conforme Le Bouch (2001), educar a partir da psicomotricidade é
um fator indispensável. Para tanto, é importante compreender a área de atuação
que aborda essa educação psicomotora. Sendo assim, vamos verificar a
epistemologia e a evolução histórica, no mundo e no Brasil, da psicomotricidade.

INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE

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Para compreendermos mais a respeito da psicomotricidade, vamos, primeiro,


abordar o significado da palavra. Desta forma, “psi” significa a parte emocional, “co”
refere-se à cognição (atenção, percepção, organização, memória, entre outros),
“motric” diz respeito ao movimento humano e “idade” é relativo às etapas vividas

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pelo ser humano.

seõçatona reV
REFLITA

Você já parou para pensar se os indivíduos possuem influências cognitivas,


afetivas e motoras no aprendizado? Será que existem períodos críticos no
aprendizado? Será que o desenvolvimento mental e o corporal caminham
juntos?
Você já ouviu a frase “mente sã, corpo são”?

Estas questões foram muito estudas por vários pesquisadores de diferentes áreas,
como a medicina, a psicologia, a neurologia e a psiquiatria, pois, no início, a
psicomotricidade era mais associada a pessoas com deficiência, com transtornos
psicológicos ou com condutas problemáticas.
Nesse caminho, e para desvendar essas questões, o termo “psicomotricidade”
origina-se com o intuito de compreender e nomear as zonas do córtex cerebral
que se localizam nas extremidades das regiões motoras; esse feito aconteceu no
campo médico, mais precisamente na área de neurologia, a partir do início do
século XIX.
Ainda, a partir da neurofisiologia, foi possível identificar alterações significantes,
porém, sem que houvesse lesões cerebrais ou até mesmo algo que poderia ser
identificado de acordo com o estado apresentado. Desta forma, a explicação para
esses fatos ficou sem respostas, por isso houve a necessidade de explicar esses
fenômenos, surgindo, então, em 1870, a psicomotricidade.
Le Boulch (2001, p. 20) cita que, entre 1909 e 1913, Dupré utilizou pela primeira vez
o termo “debilidade motriz”, mostrando que significa desequilíbrio motor, isto é,
sem habilidades. Essa debilidade geralmente está associada a algum problema
intelectual.
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Alguns anos depois, Henry Wallon também iniciou seus estudos sobre a
psicomotricidade e revelou a importância do movimento humano como aspecto
fundamental para compreender os seus diferentes comportamentos, também
construídos pelo afeto, pela emoção, pelo meio onde o ser humano vive e por

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hábitos adquiridos ao longo da vida.

seõçatona reV
A psicomotricidade apareceu, inicialmente, na neuropsiquiatria de crianças, na
forma de reeducação psicomotora. Isso significa a descoberta de que a
aprendizagem está relacionada ao movimento e também à parte afetiva, cognitiva
e ambiental.
Desta forma, muitos testes começaram a surgir para compreender, detectar e
analisar os problemas psicomotores; de acordo com a Associação Brasileira de
Psicomotricidade (ABP), em 1953, o neurologista Edouard Guimain desenvolveu
um teste para aplicar e procurar compreender quais eram os possíveis
transtornos. Assim, ao longo dos anos, outros estudos foram realizados para
entender sobre psicomotricidade e sobre como ela pode contribuir para a
aprendizagem motora e o desenvolvimento psicomotor. Nesse caminho, em 1947,
Ajuriaguerra redefiniu a debilidade motora como uma síndrome que possui sua
individualidade, deixando muito mais claro que existe uma oscilação entre a parte
neurológica e a parte psíquica. Assim, a psicomotricidade passou a ter maior
especificidade e autonomia, colaborando para tratamentos, reabilitação,
prevenção e diagnósticos.

EXEMPLIFICANDO

Imagine você com uma turma de ginástica artística de crianças entre 6 a 8


anos. Considere que, no início do ano, começa a fazer parte das suas aulas
uma criança com Síndrome de Down.
Sabendo dos atrasos motores que essa criança pode ter e da possível
instabilidade atlanto-axial que crianças com essa síndrome podem
apresentar, torna-se muito perigosa a execução do rolamento
“cambalhota”. Assim, o que você ensinaria de conteúdo? Você teria uma
conversa com a família?
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Geralmente, nessa faixa etária, crianças com Síndrome de Down fazem


raio-X para saber sobre essa instabilidade, porém, muitos pais não
informam os resultados aos professores de esportes ou Educação Física.
Se os pais tiverem os resultados dos diagnósticos feitos pelos

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acompanhamentos multidisciplinares, como psicólogos, fonoaudiólogos,

seõçatona reV
neurologistas e psicomotricistas, ajudaria muito informá-los aos
profissionais para auxiliar no processo. Se a criança apresentar o
acometimento atlanto-axial, a ginástica não é a melhor atividade física a ser
praticada.

Para que você compreenda ainda mais a questão histórica, por volta de 1970, a
psicomotricidade passou a ser reconhecida com características de movimento na
ênfase das relações afetivas e emocionais, significando que o seu contato vem a
partir das suas interações individuais e com o mundo externo.
Ao longo dos anos, estudos foram realizados na área da psicomotricidade no
mundo todo, porém, o Brasil teve grande influência francesa, pois profissionais
procuraram especialização na França, na área de clínica infantil, e, posteriormente,
em psicomotricidade; desta forma, teve início a psicomotricidade no Brasil.
Posteriormente, em 1969, foi incluída a disciplina de psicomotricidade no curso de
Psicologia e, a partir daí, outras influências e programas foram incluídos, porém, o
curso de graduação em Psicologia foi extinto em 1974.
A influência francesa sempre esteve presente devido aos estudos realizados por
profissionais da área na França, que traziam seus conhecimentos para o Brasil.
Nesse sentido, tivemos contribuições de Simone Ramain, Françoise Desobeau e
André Lapierre, vindas de várias escolas.
A partir desse interesse em apoiar e orientar profissionais capazes de trabalhar
com a psicomotricidade, surgiu a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora
(SBTP), em 19 de abril de 1980. Com o intuito de capacitar profissionais da área,
ocorreu, em 1982, o 1º Encontro Brasileiro de Psicomotricidade, organizado pela
SBTP (ABP, 1980/2019).

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Em 1986, a então SBTP passou a chamar-se Sociedade Brasileira de


Psicomotricidade e, somente em 2005, foi denominada Associação Brasileira de
Psicomotricidade (ABP), para atender a critérios do governo.
A associação tem como objetivo organizar eventos, como cursos, palestras,

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encontros, seminários, entre outros. Procura, também, divulgar pesquisas

seõçatona reV
científicas e estudo de currículos da área (ABP, 1980/2019).

ASSIMILE

A ABP é uma instituição que apoia e orienta profissionais para atuarem na


área. Faça uma busca on-line e visite o site da associação.

Desde 1989, existem cursos de graduação em psicomotricidade, com o propósito


de ensinar sobre essa área, formando profissionais capacitados e qualificados de
forma específica.

ASSIMILE

Se a psicomotricidade, desde o início, está ligada a diferentes áreas, como a


psicologia, a medicina, a neurologia e a psiquiatria, a pergunta que se faz é:
qual o papel da Educação Física nesse contexto, ou por que é necessário
saber sobre psicomotricidade?

O profissional de Educação Física possui em seu currículo a disciplina de


psicomotricidade para compreender, auxiliar e atuar da melhor forma em suas
aulas.
Em 3 de janeiro de 2019, foi regulamentada a profissão do psicomotricista com a
Lei nº 13.794/2019, podendo exercer a profissão todos que tiverem diploma de
curso superior de psicomotricidade, tendo como competências atuarem nas áreas
da educação, reeducação e terapia psicomotora, com a utilização de meios para
prevenir problemas e desenvolver habilidades, podendo auxiliar em diferentes
campos (ABP, 1980/2019).

ASSIMILE

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Consulte a Lei nº 13.794, de 3 de janeiro de 2019, que regulamenta a


profissão do psicomotricista.

PSICOMOTRICIDADE COMO UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR

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Verificando ao longo da história da psicomotricidade, é possível entender que ela é

seõçatona reV
considerada uma área da ciência que ganhou grande espaço, transitando por
outras áreas, como já vimos nos estudos anteriores. Hoje em dia, com a
regulamentação da profissão do psicomotricista, outras profissões ainda podem
colaborar com a melhora da aprendizagem ou com a reeducação motora, no
entanto, a terapia deve ser realizada pelo profissional de psicomotricidade e
outros, de forma multidisciplinar, dependendo de cada caso.
A educação pelo movimento faz com que o aluno tenha consciência corporal,
descubra seu corpo, suas partes, seus seguimentos, o espaço, o tempo e consiga,
por meio da interação consigo, com o outro e com o ambiente, aprender e se
desenvolver. Porém, podem existir atrasos ou problemas já observados na infância
por um profissional do movimento, que saiba sobre os fundamentos do
desenvolvimento motor, sobre os estágios de aprendizagem, entre outros fatores;
esses conhecimentos auxiliam na intervenção como área de conhecimento, porém
não como uma nova técnica ou especialidade da Educação Física.
A escola é um dos locais onde o indivíduo passa por diferentes experiências, sejam
motoras, intelectuais, emocionais e cognitivas; por isso, o profissional de educação
deve estar sempre atento a possíveis alterações nesses aspectos, sendo o primeiro
a identificar alguma alteração e, a partir dos melhores meios, conversar com os
responsáveis.
Desta maneira, Xisto e Benetti (2012) destacam o conhecimento sobre
psicomotricidade como uma estratégia para contribuir com a aprendizagem na
escola, colocando a Educação Física como uma disciplina de muita importância
nesse caminho, levando à multidisciplinariedade.
Pensando em todos os aspectos, fica difícil apenas um único profissional
acompanhar um indivíduo que tenha alguma alteração, seja no campo físico,

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intelectual ou cognitivo, lembrando que dificilmente esses campos estão


desconectados.
Desta maneira, é comum verificar, como no caso da criança com Síndrome de
Down que mencionamos como exemplo desta seção, a importância do

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acompanhamento com diferentes profissionais, que possuem áreas especificas de

seõçatona reV
tratamento, como fonoaudiólogos, psicólogos, psicomotricistas, fisioterapeutas,
psicopedagogos, entre outros.
Desta forma, é possível fazer um acompanhamento sistemático e eficaz,
minimizando e melhorando as alterações causadas pelo diagnóstico.

ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE


De acordo com Florêncio, Pontes e Freire (2021), a psicomotricidade contribui
muito para o desenvolvimento motor com terapias psicomotoras, auxiliando nas
capacidades sensoriais, perceptivas, motoras e emocionais de crianças com
microcefalia.
Para entender quais as áreas de atuação da psicomotricidade, vamos estudar um
pouco de cada uma delas: educação psicomotora, reeducação psicomotora e
terapia psicomotora.

EDUCAÇÃO PSICOMOTORA
A educação psicomotora é baseada na melhora da aprendizagem do movimento,
proporcionando ao indivíduo consciência do seu corpo, controle da coordenação
fina e grossa, orientação temporal e espacial, equilíbrio, capacidade de adaptação
e percepção do mundo externo.

REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA
O movimento é utilizado para auxiliar na correção de alterações verificadas no
desenvolvimento motor, sendo usado também como terapia.

TERAPIA PSICOMOTORA

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Neste caso, o movimento serve como terapia e é utilizado como uma forma de
tratamento de transtornos.

Figura 3.1 | Ambiente de terapia psicomotora

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

Para Rodrigues (2021), os desafios enfrentados pelos professores podem


acontecer por várias razões, como lidar com alunos com problemas neurológicos,
de hiperatividade e déficits no desenvolvimento psicomotor, de modo que o
professor deve ficar atento para aplicar as melhores estratégias de ensino.
Desta forma, é importante apropriar-se desses conhecimentos na sua área de
atuação para colaborar com o desenvolvimento de seus alunos.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM PSICOMOTRICIDADE


A psicomotricidade está relacionada à parte psicológica, cognitiva e motora em
diferentes etapas da vida, conforme já estudamos, porém, variados autores, ao
longo dos anos, procuraram definir a psicomotricidade, que, conforme as áreas de

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atuação já mencionadas, pode ser definida como a forma pela qual é possível
educar, reeducar e tratar com o movimento.
Podemos considerar a psicomotricidade como sendo o controle mental da ação
motora, que organiza, de maneira sistemática, o desenvolvimento corporal, isto é,

0
auxilia a melhorar ou modificar um comportamento nas áreas mentais, fisiológicas,

seõçatona reV
neurológicas e afetivas.
Para que aconteça o desenvolvimento infantil, Xisto e Benetti (2012) afirmam que é
necessária a relação entre a motricidade, a afetividade e a inteligência. No entanto,
Fonseca (1988) relata a psicomotricidade como sendo uma interação entre o
indivíduo e o ambiente onde vive, tornando uma área mais elevada da motricidade
humana, na qual a consciência é materializada. Já para Oliveira (1997), a direção da
psicomotricidade leva à vontade de fazer, de querer, de saber e de poder.
Psicomotricidade significa a integração das funções e do movimento realizado de
forma organizada, de acordo com as experiências e as individualidades (PINHEIRO,
2021).
A psicomotricidade é considerada uma ciência cujo objetivo é estudar os seres
humanos, relacionando o seu mundo interno e externo, a partir de seus
movimentos. Essa ciência, ainda, compreende o modo como nós percebemos,
atuamos e agimos conosco, com o outro e com objetos. É também considerada
uma ciência que preconiza o desenvolvimento das diferentes habilidades, tanto
emocionais quanto cognitivas e motoras, ao longo da vida (ABP, 1980/2019).
“A psicomotricidade pode também ser definida como o campo transdisciplinar que
estuda e investiga as relações e as influências entre o psiquismo e a motricidade.”
(ABP, 1980/2019, [s. p.])
Desta maneira, o conhecimento sobre essa área de atuação enriquece muito o
currículo do profissional de Educação Física, pois é a partir dela que o profissional
saberá observar, identificar, relacionar e auxiliar, da melhor maneira possível, seus
alunos, aplicando tarefas para melhorar o desenvolvimento e a aprendizagem
motora. Além disso, com respaldo teórico e prático, o educador físico pode

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encaminhar seus alunos para profissionais de outros campos de atuação,


principalmente na infância, fase em que as crianças estão em processo de
desenvolvimento e aprendizado, vivenciando constantes mudanças.

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REFERÊNCIAS

seõçatona reV
ABP. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE. Site da Associação
Brasileira de Psicomotricidade, 1980/2019. Homepage. Disponível em:
https://bit.ly/33m9j7K. Acesso em: 19 ago. 2021.
AJURIAGUERRA, J. Manual da psiquiatria infantil. Tradução de Paulo César
Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. 2. ed. Rio de Janeiro: Masson do Brasil
LTDA, 1980.
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
BRASIL. Lei nº 13.794, de 3 de janeiro de 2019. Dispõe sobre a regulamentação
da atividade profissional de psicomotricista e autoriza a criação dos
Conselhos Federal e Regionais de Psicomotricidade. Disponível em:
https://bit.ly/3m2FQWP. Acesso em: 22 nov. 2021.
FERREIRA, C. A. M. Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia: teoria
e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2020. E-book.
FLORÊNCIO, V. R. C.; PONTES, N. C.; FREIRE, V. C. C. Psicomotricidade como
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Acesso em: 18 nov. 2021.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE

0
Nome do Autor

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Conforme a situação-problema apresentada sobre as aulas de natação e o
comportamento do aluno Francisco, vamos agora procurar estratégias para
solucionar essa questão.
No relato, foi mencionada a dificuldade do aluno de imergir seu rosto na água e de
atender às solicitações de movimentos, trazendo como consequência a demora no
aprendizado da flutuação. As questões apresentadas foram: será que Francisco
possui algum atraso motor? Pensando em uma modalidade especializada como a
natação e em um meio que não é natural ao ser humano, será que fica mais difícil
o processo de aprendizagem? Quais fatores podem influenciar esse processo de
aprendizagem? Você deve procurar orientação multidisciplinar para auxiliar
Francisco? Quais outras estratégias podem ser aplicadas com esse aluno?
Analisando a faixa etária dos alunos, entre 6 e 8 anos, podemos dizer que já estão
no padrão ou próximos do padrão maduro de desenvolvimento, de modo que
devem realizar tarefas motoras simples e conjuntas, conseguindo compreender os
gestos e falas. No entanto, pensando na modalidade e levando em conta que os
indivíduos não estão acostumados com o meio líquido, é sempre necessário um
processo de adaptação ao iniciar a prática da natação; talvez, Francisco precise de
maior tempo para se acostumar ou então ele teve algum trauma anterior no meio
aquático ou, ainda, algo o incomoda, mas sim, pode haver algum problema de
atraso, porém, dificilmente será possível verificar no meio aquático, onde ele não
realiza os movimentos. Neste caso, é importante conversar com a família e verificar

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quais as possíveis causas desse comportamento. Se, na conversa, a família relatar


que Francisco também não realiza tarefas na escola, que possui receio e/ou
dificuldades em transformar o que vê ou escuta em movimento, podemos ter um
caminho, no entanto, somente com diagnóstico de outras áreas específicas é

0
possível compreender exatamente o quadro e, a partir daí, elaborar estratégias

seõçatona reV
que auxiliem o aprendizado de Francisco no meio líquido. Por isso, é necessário
saber das vivências anteriores de seus alunos, entendendo o que os levou àquela
prática, quais são seus objetivos, para, assim, elaborar as aulas em grupo, de
forma personalizada.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

VENHA PULAR CORDA!


Há muitos anos, pular corda é um movimento realizado nas brincadeiras infantis,
sejam individuais ou coletivas. Hoje em dia, está presente nas ruas, nos parques,
nas academias e, principalmente, nas escolas, com diferentes finalidades, seja
como forma de brincadeira, como atividade rítmica, como preparação física, como
treino para coordenação motora, como aquecimento corporal, entre outras.
Catarina, professora de Educação Física do ensino fundamental I, mais
especificamente do 3º ano, resolveu, em suas aulas, utilizar o “pular corda” como
uma atividade rítmica e de resgate às brincadeiras infantis para uma turma que ela
não conhecia, pois é o seu primeiro ano ministrando aulas na escola.
Após dar as primeiras instruções da aula e falar sobre o conteúdo, explicou como
seria a estratégia. Dividiu a turma em três grupos e cada grupo ficaria executando
as atividades propostas até um determinado tempo, depois, trocariam de atividade
para a seguinte. A fim de estimular o aprendizado das músicas e também para que
o movimento de pular corda fosse realizado com sucesso, a professora ficou no
local batendo uma corda grande e cantando com os alunos. Em outro local, havia
cordas individuais para que as crianças ficassem treinando o movimento de pular
corda sozinhas e, em outro local, a professora deixou duplas ou trios brincando de
“reloginho”, uma atividade em que um aluno segura em uma extremidade da corda
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e a gira para os demais pularem, sendo que, no momento que erram, trocam de
lugar.
Na atividade em que auxiliava, a professora notou a dificuldade de vários alunos
em pular corda, ora com os dois pés, ora com os pés alternados; alguns não

0
conseguiam acompanhar o ritmo e outros nem conseguiam pular, por conta de

seõçatona reV
medo. Nessa situação, como a professora deverá auxiliar seus alunos para que
consigam cumprir o objetivo da aula? Será que algum deles possui problemas
psicomotores?

RESOLUÇÃO 

Neste caso, a professora deverá analisar melhor, em outras aulas, as


dificuldades motoras de seus alunos, pois apesar de o material corda ser
utilizado em aulas de Educação Física, muitas vezes o tempo de prática é
pequeno para que as crianças realmente aprendam a pular. Para que isso
aconteça, a professora deverá planejar outras aulas que envolvam o pular
corda. Porém, se a dificuldade ainda estiver presente em seus alunos, ela
deverá aplicar outras estratégias de ensino e desenvolver melhor essa
habilidade, sem a corda. Os circuitos psicomotores auxiliam bastante nessa
etapa de ensino psicomotor, contribuindo para o avanço do desenvolvimento.
Porém, a professora deve ficar muito atenta caso essa dificuldade persista em
alguns alunos, pois a prática da tarefa geralmente auxilia na aprendizagem e,
com essa faixa etária, os alunos já deveriam ter essa habilidade, pois se
encontram no estágio mais avançado do desenvolvimento.

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TEORIAS DA PSICOMOTRICIDADE E O DESENVOLVIMENTO


PSICOMOTOR

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nesta seção, você estudará o desenvolvimento da psicomotricidade
segundo as teorias psicogenéticas e terá aportes de alguns teóricos, conhecendo
as fases do desenvolvimento motor para poder atuar com os fundamentos do
desenvolvimento psicomotor.
Na seção anterior, foi possível conhecer as dificuldades de aprendizado do aluno
Francisco nas aulas de natação e, como resolução da situação, sugerimos maior
observação, aplicando um tempo de prática mais longo, além de uma conversa
com a família para compreender melhor a situação.
No entanto, enquanto não tinha esses recursos, o professor, para compreender
melhor a situação de Francisco e o porquê o aluno não estava conseguindo fazer a
imersão do rosto na água, procurou algumas teorias para se respaldar. A partir
dessa situação, começou a verificar as fases de desenvolvimento de seus alunos
em todas as suas aulas, desde a turma de bebês até os adolescentes, e começou a
verificar que, em uma mesma turma com faixas etárias próximas, havia
comportamentos cognitivos, motores e emocionais diferentes, sendo que algumas
questões o professor tentou solucionar.
Quais são as características motoras das crianças entre 0 e 2 anos, 2 a 4 anos e 4 a
6 anos de idade? Essas características interferem nos comportamentos cognitivos e
emocionais? Existem diferenças nos fatores cognitivos, emocionais e motores de
meninos e meninas até seis anos de idade?

CONCEITO-CHAVE

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Conforme a seção anterior, a psicomotricidade é uma ciência que estuda o


processo de desenvolvimento motor, psicológico e cognitivo ao longo da vida.
Algumas teorias desenvolvidas por diferentes pensadores procuram explicar o
processo de desenvolvimento das crianças, e, dentre essas teorias, destaca-se a

0
teoria psicogenética

seõçatona reV
DESENVOLVIMENTO DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO AS TEORIAS
PSICOGENÉTICAS
A teoria psicogenética procura esclarecer o que existe entre a mente e a evolução
humana, portanto, pode-se dizer que se trata de uma teoria de aprendizagem.
Desta maneira, Jean Piaget destacou, em seus estudos, a relação da mente do
homem e de quando começou sua evolução, assim, procurou em suas pesquisas
desvendar como acontece a construção do conhecimento. De acordo com Piaget, a
idade cronológica interfere no desenvolvimento humano, tanto nos aspectos
psicológicos quanto nos aspectos cognitivos e motores. Para Vygotsky, o
desenvolvimento está ligado à cognição e ao afeto, devido aos fatores biológicos.
Wallon, por sua vez, tinha como grande objetivo compreender as fases de
desenvolvimento e a interação com os fatores psicológicos (SILVA, 2020). Ele
acreditava que, por meio do estudo psicológico das crianças, era possível entender
a evolução psicológica do homem (BRÊTAS, 2020).
Desta forma, para que haja um desenvolvimento de acordo com os pressupostos
das teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, são necessários uma maturidade
adequada e um equilíbrio entre a parte emocional e psicológica, de modo que o
meio ambiente é um fator importante para que aconteça a aprendizagem.

REFLITA

Já parou para pensar sobre em que momento da vida a criança começa a


andar e falar? Todas as crianças começam a andar e falar no mesmo
período de maturação? Será que, à medida que a criança aprende a andar,
ela também consegue correr?

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Já vimos, anteriormente, que quanto mais experiências motoras as crianças


tiverem, melhor será seu desempenho, porém, existem fatores que acontecem
naturalmente, devido ao próprio desenvolvimento humano, e é o que chamamos
de processo maturacional. Talvez, para determinados indivíduos, esse

0
desenvolvimento aconteça com algum atraso ou adiantamento de semanas, mas,

seõçatona reV
ainda assim, acontece. O indivíduo somente não vai andar, por exemplo, se ele for
não estimulado pelo ambiente, pela família ou, ainda, se tiver algum
acometimento, tanto motor quanto psicológico.
Com essas teorias, foi possível entender melhor o processo de desenvolvimento,
principalmente na idade escolar, pois a maturação, juntamente com o ambiente,
determina o desenvolvimento da inteligência e do caminho da aprendizagem.

ASSIMILE

A aprendizagem acontece por influências do meio externo e do meio


interno, ou cinestésico, que é a capacidade de perceber a tensão muscular
e seus movimentos. Portanto, uma criança conseguirá desenvolver algumas
habilidades, como a capacidade de sintetizar, simbolizar, analisar e abstrair,
se controlar seu próprio corpo.

Na sequência, estudaremos alguns autores que nos ajudarão a compreender ainda


melhor esse processo de aprendizagem por meio das teorias da psicomotricidade
e do desenvolvimento motor.

AJURIAGUERRA
O psiquiatra Julian de Ajuriaguerra foi quem redefiniu o significado de debilidade
motora; ele afirmou que a psicomotricidade vai além do plano motor, pois
considerou todas as experiências vividas.
Foi ele quem estabeleceu limites para compreender os transtornos psicomotores
que transitam entre o neurológico e o psiquiátrico, com a contribuição de técnicas
reeducativas. Ajuriaguerra afirmou que a função tônica não fica apenas atrás da
ação corporal, porém, é uma forma de relação com o outro, fazendo, ainda, uma
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relação entre a evolução da criança e a sensório-motora.


Fica claro seu conceito de psicomotricidade, pois está associado ao movimento.
Portanto, para Ajuriaguerra, a criança consegue verificar tudo aquilo que está à sua
volta por meio da manipulação de objetos, e não se restringe apenas ao

0
movimento e à cognição, mas engloba também o afeto, o que organizará, de modo

seõçatona reV
geral, a sua personalidade.

BERGÈS
A relaxação, para Jean Bergès, foi vista como uma forma de comunicação com o
corpo, pois é um tipo de técnica utilizada com crianças para relacionar o corpo com
o ambiente, ou as emoções com as respostas motoras, isto é, uma forma de
relaxar e obter um lugar.

GESELL
Para compreender os distúrbios do desenvolvimento infantil, Arnold Gesell utilizou
filmagens como recurso. Sua intenção era descobrir o processo de
desenvolvimento entre a infância e a adolescência.
Depois de anos de pesquisas observacionais, Gesell, juntamente com
colaboradores, verificou e padronizou comportamentos que acontecem na
infância. Desta forma, foi possível observar, em sua teoria de maturação, que os
meninos e meninas possuem os mesmos estágios de desenvolvimento, pois cada
criança avança conforme sua necessidade. O autor verificou, também, que o
desenvolvimento acontece sequencialmente, de acordo com a formação física,
desde a fase embrionária até a infância, e esse desenvolvimento ocorre da cabeça
aos pés (céfalo-caudal).
Como os demais estudiosos, Gesell também verificou a influência de fatores como
ambiente, relações familiares, alimentação, fatores sociais e financeiros, entre
outros, no desenvolvimento das crianças; porém, a teoria demonstra que a criança
exposta a esses fatores no tempo correto poderá ter sua maturação otimizada,
completando, assim, o desenvolvimento do seu sistema nervoso, de modo a

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conseguir organizar diferentes capacidades, individualmente ou em grupo.


A teoria de Gesell está fundamentada na maturação biológica e, por sua vez,
apesar de reconhecer os fatores externos ambientais, não dá muita importância à
influência da família e da escola, mesmo sendo estímulos que contribuem para a

0
formação da personalidade e da inteligência da criança.

seõçatona reV
LE BOULCH
De acordo com o francês Jean Joseph Le Boulch, as possíveis falhas no
desenvolvimento motor acarretam falhas na linguagem verbal e escrita. Para ele,
as crianças possuem uma estrutura genética indiscutível, porém, as suas
potencialidades somente aumentam quando estão em ambiente favorável.
A partir do momento em que a relação das crianças com o ambiente externo
torna-se intencional, elas também se desenvolvem durante suas relações afetivas e
temperamentais.
Além disso, Le Boulch traz o termo “psicocinética”, que é conhecida uma ciência
que permite demonstrar que a aprendizagem pode ser realizada pelo movimento,
ressaltando a atenção à aptidão física e partindo do princípio de que o movimento
é fundamental para a educação. Ele dedicou-se também a desenvolver trabalhos
para futuros profissionais de educação física, além de aprofundar seus
conhecimentos em diferentes áreas, como a psicologia, a biologia e a fisiologia.

LEFÉVRE
No Brasil, influenciado pela sua formação em Paris, Antonio Branco Lefévre
elaborou a primeira escala neuromotora para avaliar crianças brasileiras, tendo
estudado os trabalhos de Ajuriaguerra e Ozeretski (ABP, 1980/2019).
Um exame que faz parte desses testes é o Exame Neurológico Evolutivo (ENE), que
foi organizado na década de 1970 para verificar o desenvolvimento das crianças
quanto aos aspectos de equilíbrio estático e dinâmico, coordenação, sensibilidade,
coordenação, tônus muscular, fixação motora e sincinesias. O exame é aplicado de
forma individualizada, colocando a criança em situações do seu dia a dia.

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PIAGET
Você, possivelmente, já escutou algo sobre Jean Piaget e suas contribuições,
principalmente para a educação e a aprendizagem; porém, seus estudos seguiram
nos campos da psicomotricidade, da filosofia, entre outros.

0
Para ele, a criança é exposta a novas experiências e, no momento em que ocorre a

seõçatona reV
assimilação, ela se une a outras experiências já vividas, de modo que o repertório
da criança começa a aumentar gradualmente. Desta forma, podemos dizer que,
para Piaget, a criança aprende a partir da sua interação com o meio externo, com
objetos e com pessoas. Segundo ele, essa construção e adaptação acontecem de
maneira diferente, dependendo da faixa etária e dos estímulos recebidos.
Conforme muda a faixa etária, o processo cognitivo também muda, a fim de
compreender e organizar o comportamento de acordo com o meio externo. Esse
processo é o que se entende por assimilação e acomodação, sendo que, no
primeiro, a criança capta as vivências adquiridas e tira suas conclusões sobre uma
nova situação. No entanto, o segundo, a acomodação, refere-se às organizações
cognitivas que interferem no comportamento, alinhando-se e organizando-se
conforme cada situação. O que regula essas ações é a equilibração, que significa a
maneira pela qual a criança se regula, individualmente, para conseguir dar
significado a toda essa movimentação.

WALLON
Outro francês de destaque para a compreensão da psicomotricidade é Henri Paul
Hyacinthe Wallon, que considera a motricidade como uma forma de comunicação,
pois, por meio do corpo, a criança é capaz de expressar seus sentimentos e
vontades.
Profissional da saúde, Wallon preocupou-se em entender o que acontece com os
movimentos que realizamos, no sentido de verificar a relação entre mente, tônus e
relaxamento.
Para Wallon, o movimento é uma maneira de expressar, emocionalmente, o

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comportamento humano e está conectado à parte psíquica, afetiva, motora e


cognitiva. O autor defende que a aprendizagem está relacionada com o
desenvolvimento, tanto do ambiente externo quanto do interno.

0
FUNDAMENTOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR: ASPECTOS MOTORES,
RELACIONAIS E COGNITIVOS

seõçatona reV
A psicomotricidade é fundamentada no desenvolvimento psicomotor, e seus
aspectos norteadores são os motores, os relacionais e os cognitivos.
Para Gallahue e Ozmun (2005, p. 201), “O desenvolvimento, no período da infância,
é marcado por alterações estáveis e progressivas das áreas cognitiva, afetiva e
motora”.

ASPECTOS MOTORES
De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), as diferenças entre os gêneros são
pequenas no começo da infância; a seguir, destacaremos alguns aspectos motores
relevantes das crianças no início da infância, os quais foram catalogados pelos
autores:

Existem poucas diferenças entre os gêneros em relação à estatura e ao peso


corporal.

Habilidades são desenvolvidas rapidamente, principalmente as motoras


perceptivas; porém, ainda existem enganos quanto à consciência corporal, ao
direcionamento, ao tempo e ao espaço.

O controle da bexiga e dos intestinos ocorre no final do período, porém, alguns


ainda não controlam.

Há o desenvolvimento de diferentes e variadas habilidades motoras, porém,


demonstram dificuldades em movimentos unilaterais.

Precisam de pouco tempo para descanso e possuem bastante energia para


correr, nadar, caminhar.

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Já conseguem vestir-se e, algumas vezes, necessitam de auxílio para


movimentos de coordenação motora fina, como abotoar uma calça.

Os gêneros não apresentam muitas diferenças em relação à estrutura física.

0
Precisam melhorar o controle refinado.

seõçatona reV
Os olhos ainda não estão aptos para atividades longas, pois muitos adquirem a
hipermetropia.

ASPECTOS RELACIONAIS
Nesse período, as crianças são egocêntricas e dificilmente compartilham
objetos e brinquedos.

Possuem dificuldades em relacionar-se com outras crianças.

Geralmente, têm medo de enfrentar novas situações, são tímidas e


introvertidas.

Ainda estão aprendendo o que é certo e errado e estão adquirindo consciência.

Experiências que promovam o sucesso e o encorajamento são importantes


nessa fase.

Começam a se conhecer melhor à medida que a maturação acontece.

ASPECTOS COGNITIVOS
Momento de expressar verbalmente ideias e pensamentos.

É possível imitar utilizando a imaginação de ações e símbolos, sem se


preocupar com a precisão ou a sequência dos acontecimentos.

Existe uma procura de novos símbolos com interesses pessoais.

As crianças aprendem por meio das brincadeiras e dos questionamentos.

Momento de desenvolvimento do raciocínio pré-operacional. É um período de


movimentação entre comportamentos de autossatisfação e sociais.

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Essas características levam a um direcionamento quando pensamos no trabalho


realizado com crianças em processo de desenvolvimento. Agora, vamos
compreender melhor as fases do desenvolvimento de acordo com alguns autores.

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FASE DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR: DO NASCIMENTO AOS 6 ANOS

seõçatona reV
Como já mencionado, o período do nascimento aos 6 anos de idade está vinculado
ao desenvolvimento físico, psíquico, emocional e cognitivo do indivíduo.
Durante essa fase, a criança adquire conhecimentos, como diferentes tipos de
habilidades, além dos mais variados hábitos, aprimorando capacidades físicas e
construindo, ainda, valores e qualidades, mesmo bem pequenos. Os profissionais
de Educação Física precisam entender o seu real papel nessas construções e
aquisições. Para tanto, alguns estudos de diferentes autores norteiam fases e
estágios do desenvolvimento nessa faixa etária, para que você, caro aluno, tenha
um embasamento que lhe permita elaborar suas aulas com o intuito de minimizar
os possíveis erros no processo de ensino, respeitando essas fases. Para isso, é
necessário conhecer o que uma criança em determinada faixa etária é capaz de
realizar e compreender.
O desenvolvimento motor acontece devido a mudanças no comportamento motor.
O ser humano é capaz de aprender a todo instante, em diferentes situações, e
essas aprendizagens, por sua vez, são provocadas por fatores do próprio indivíduo,
do ambiente e das tarefas. Esse processo pode ser observado em três tipos de
movimentos: os estabilizadores, os locomotores e os manipulativos, podendo ser
combinados entre si. Para deixar mais claro, movimentos estabilizadores são
aqueles que envolvem qualquer habilidade que necessite manter um equilíbrio
referente à força da gravidade. Já os movimentos locomotores são aqueles que
envolvem a mudança de um local para outro, enquanto os movimentos
manipulativos são aqueles que envolvem o contato com algum material, seja de
forma rudimentar, aplicando determinada força, como em tarefas de chutar,
arremessar, rebater, entre outras, seja de forma refinada, utilizando músculos da
mão e do punho, principalmente para tarefas como colocar uma linha na agulha e

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abotoar uma camisa (GALLAHUE; OZMUN, 2005).


São quatro as fases de desenvolvimento, segundo os autores Gallahue e Ozmun
(2005):

0
Fase motora reflexa – refere-se às primeiras movimentações realizadas pelo
feto, conhecidas como reflexos.

seõçatona reV
ASSIMILE

Movimentos reflexos são pequenos movimentos realizados de forma


involuntária, geralmente originários do ambiente externo, como a influência
da luz, do toque, de sons, entre outras.

Fase de movimentos rudimentares – refere-se às primeiras ações de


movimentos voluntários, do nascimento até por volta dos dois anos de idade,
conhecidos por movimentos previsíveis realizados pela maturação. No entanto,
esses movimentos podem variar de acordo com fatores já conhecidos, como os
fatores biológicos, ambientais e aqueles relacionados à tarefa.

Fase de movimentos fundamentais – refere-se ao período das habilidades


motoras, no qual as crianças exploram ativamente o meio ambiente por meio
das experimentações e de suas possibilidades corporais.

Fase de movimentos especializados – esta fase refere-se a crianças maiores,


que não são o foco do estudo, porém, é importante entendermos, pois faz
parte das fases relacionadas pelos autores. É marcada pelo momento em que
as crianças aplicam o que aprenderam na fase dos movimentos fundamentais
em atividades mais complexas, presentes no seu cotidiano e no seu universo
recreativo e esportivo. É uma fase em que os movimentos têm maior
refinamento, sendo utilizados em situações de muita exigência motora.

Piaget também identificou fases de desenvolvimento das crianças, sendo que,


dentre elas, estão as fases sensório-motora, pré-operacional, operações concretas
e formais. Para nosso estudo, abordaremos apenas as duas primeiras, isso porque

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são as fases que estão relacionadas às faixas etárias de interesse desta seção.

Fase sensório-motora – é uma fase que vai do nascimento aos 2 anos de


idade, em que se pode identificar mudanças rápidas. É também conhecida

0
como corpo vivido. Existe a interação sensorial, a qual, por sua vez, inicia-se até
mesmo antes de o movimento voluntário estar presente. A criança é capaz de

seõçatona reV
identificar sua fralda seca ou molhada, de verificar se o apoio é confortável ou
não, de perceber as sensações de calor e frio, e identifica, ainda, as sensações
de dor. O sistema cinestésico e vestibular contribuem para os diferentes
movimentos, sejam reflexos ou voluntários.

Fase pré-operacional – é uma fase cujo marco está evidenciado pela fala,
período dos dois aos sete anos de idade. Trata-se de um momento em que o
egocentrismo está muito presente, assim, as crianças somente conseguem se
relacionar à medida que há o avanço da idade, pois o individualismo está bem
presente. É um período de confusão entre o real e a fantasia. As crianças são
capazes de tornar um objeto qualquer em algo real.

EXEMPLIFICANDO

É muito comum, nessa faixa etária, verificar crianças brincando sozinhas,


explorando objetos e transformando outros de maneira fantasiosa para
contar uma história, como uma menina brincando de boneca e que começa
a conversar com ela como se fosse mãe e filha, ou um menino que faz uma
casa para morar com um lençol.

Piaget denomina esse momento de animismo, isto é, fazer com que o objeto tenha
alma ou sentimentos.
Wallon também determina algumas fases, dentre elas estão a fase impulsiva,
tônica-emocional, sensório-motora projetiva e personalística.

Fase impulsiva – é uma fase que começa logo após o nascimento e é marcada
pelos movimentos reflexos.

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Fase tônica-emocional – está compreendida entre os seis meses até o


primeiro ano de vida; é uma fase em que o afetivo está presente e a
coordenação motora da criança não está desenvolvida, fazendo com que
apresente movimentos desordenados, porém, à medida que os meses passam

0
e devido a influências de diferentes fatores, é possível que haja maior

seõçatona reV
desenvolvimento.

Fase sensório-motora projetiva – fase que vai do primeiro ano aos três e é
marcada pela aquisição e desenvolvimento da marcha. A criança nessa fase
percebe o mundo à sua volta a partir dos movimentos e expressa sentimentos
e emoções. Ela descobre o espaço ao seu redor, sendo que a linguagem e o
simbolismo começam a ser desenvolvidos.

Fase personalítica – essa fase vai dos três aos seis anos, é uma etapa em que
a criança começa a fortalecer sua identidade pessoal. Período de busca da
independência, o “eu” está presente. A criança, por muitas vezes, apresenta
sentimento de posse, reivindica, recusa, defende, entre outras ações.

REFLITA

Você notou quantas informações são necessárias para compreender o


universo infantil? Percebeu como é importante conhecer as crianças desde
a fase embrionária, uma vez que qualquer caminho que fuja dos padrões já
estudados merece maior atenção e cuidado?

Nesse momento, vamos estudar, de modo geral, as fases da psicomotricidade e


como elas influenciam o desenvolvimento infantil, pois podem ocorrer de
diferentes modos, como céfalo-caudal, em que a evolução ocorre da cabeça aos
pés, de modo que, posteriormente, a criança apresenta maior controle corporal,
até ficar na posição de seis apoios (“cachorrinho”) e, depois de algum tempo, na
posição em pé. Outro modo de desenvolvimento é o próximo-distal, que significa
que o desenvolvimento ocorre do centro para as extremidades, havendo o
desenvolvimento geral, com características grosseiras, e específico, com

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habilidades mais minuciosas.


Desta forma, na maturação dos aspectos neurológicos, fica clara a hierarquização
do ato motor, seguindo os sentidos céfalo-caudal e próximo-distal.

0
Figura 3.2 | Sentidos céfalo-caudal e próximo distal

seõçatona reV
Fonte: elaborada pela autora.

ASSIMILE

Verificamos, anteriormente, que, conforme a prática de determinadas


tarefas, é possível melhorar o desempenho, no entanto, nessa faixa etária,
já sabemos que os erros são constantes.

De acordo com Freud, as crianças de até seis anos possuem três fases:

A fase oral – presente entre 0 e 1 ano de idade; é conhecida como a fase em


que a criança leva tudo à boca para reconhecimento e experiências, tanto
positivas (amamentação) quanto negativas (cessar amamentação).

Fase anal – entre 1 e 3 anos; a criança consegue distinguir e perceber o cocô e


o xixi. Nessa fase, as crianças geralmente são agressivas se contrariadas.

Fase fálica – entre 3 e 5 anos; é o momento de reconhecimento das genitais e


distinção dos gêneros.

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No quadro do Material Complementar, você verificará algumas características das


crianças de 0 a 6 anos.
Nessa seção, foi possível demonstrar, de forma ampla, as teorias da
psicomotricidade e do desenvolvimento motor, servindo, assim, como recurso para

0
que você consiga elaborar aulas eficazes, capazes de melhorar o desenvolvimento

seõçatona reV
motor dos seus alunos, auxiliando-o, ainda, a identificar algumas alterações no
decorrer do processo.

REFERÊNCIAS
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Brasileira de Psicomotricidade, 1980/2019. Homepage. Disponível
em: https://bit.ly/33m9j7K. Acesso em: 19 ago. 2021.
AJURIAGUERRA, J. Manual da psiquiatria infantil. Tradução de Paulo César
Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. 2. ed. Rio de Janeiro: Masson do Brasil
LTDA, 1980.
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FERREIRA, C. A. M. Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia: teoria e
prática. 2. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2020. E-book.
FLORÊNCIO, V. R. C.; PONTES, N. C.; FREIRE, V. C. C. Psiomotricidade como
agente estimulador precoce em crianças com microcefalia. Ensino em
Perspectivas, Fortaleza, v. 2, n. 3, p. 1-12, 2021. Disponível
em: https://bit.ly/3ysTSGf. Acesso em: 19 ago. 2021.
FONSECA, V. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
FONSECA, V. Psicomotricidade e neuropsicologia: uma abordagem evolucionista.
Rio de Janeiro: WAK, 2010. E-book.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed.

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Porto Alegre: Artmed, 2010.


MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:
Edgar Blücher, 2000.
MARTINS, H. M. et al. Educação física escolar no desenvolvimento da

0
psicomotricidade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. 1-

seõçatona reV
10, 2021. Disponível em: https://bit.ly/31WvHnX. Acesso em: 19 ago. 2021.
OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque
psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 1997.
RAMANHOLO, R. A.; BAIA, F. C.; PEREIRA, J. E.; COELHO, E.; CARAVALHAL, M. I. M.
Estudo do desenvolvimento motor: análise do modelo teórico de desenvolvimento
motor de Gallahue. RBPFEX – Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do
Exercício, São Paulo, v. 8, n. 45, p. 313-322, maio/jun. 2014. Disponível em:
https://bit.ly/3oVxOB5. Acesso em: 22 nov. 2021.
RODRIGUES, K. D. Práticas educativas, memórias e oralidades. Revista
Pemo, Fortaleza, v. 3, . 3, p. 1-10, 2021. Disponível em: https://bit.ly/31YOpLF.
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RUIZ, A. C. L. K. Psicomotricidade e a importância na educação. Revista Primeira
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SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.
SILVA, F. P.; SANTOS, N. F.; CARDOSO, M. A. M. Psicomotricidade nos anos iniciais
do ensino fundamental. Educação in Loco, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 86-101, jan.-jun.
2020. Disponível em: https://bit.ly/3oTnvxu. Acesso em: 19 ago. 2021.
XISTO, P. B.; BENETTI, L. B. A psicomotricidade: uma ferramenta de ajuda para
professores na aprendizagem escolar. Revista Monografias Ambientais, Santa
Maria, v. 8, n. 8, p. 1824- 1836, ago. 2012. Disponível em: https://bit.ly/3oVKxUj.
Acesso em: 18 nov. 2021.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


TEORIAS DA PSICOMOTRICIDADE E O DESENVOLVIMENTO
PSICOMOTOR

0
seõçatona reV
Claudia Garcia

SEM MEDO DE ERRAR


De acordo com a situação vivenciada pelo professor de natação, ele procurou
compreender melhor suas turmas, de acordo com as características de cada faixa
etária, pois verificou que esse é um fator determinante para direcionar o seu
trabalho. Desta maneira, passou a observar e a comparar o desenvolvimento dos
seus alunos com as teorias e padrões existentes.
Para realizar essa observação de forma eficiente, passou a fazer registros das
aulas, filmando-as; porém, independentemente dos resultados que o professor
encontrará, já podemos responder a alguns questionamentos levantados em
relação à situação-problema apresentada. Tanto as características motoras quanto
as afetivas e cognitivas estão interligadas, havendo autores que afirmam que o
desenvolvimento motor vem antes das linguagens. Outro aspecto que muitos
autores trazem é com relação à diferença entre os gêneros, que, até o período de
seis anos, não é observada entre meninos e meninas.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

O CAMINHO DO LOBO MAU


Durante uma aula de Educação Física para crianças entre 5 e 6 anos de idade, o
professor Gabriel elaborou um circuito psicomotor com diferentes materiais, no
qual as crianças deveriam caminhar por cima de uma corda, correr até

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determinado ponto, saltitar dentro e fora de arcos plásticos, saltar por cima de
cones, rolar livremente por cima de colchonetes, rastejar por baixo de uma corda e
andar por cima de um banco. Para tornar a aula mais atrativa, contou uma história
sobre o lobo mau que vivia na floresta, escondido, e colocou uma criança para

0
fazer esse papel, sendo que as demais crianças deveriam passear por esse

seõçatona reV
caminho montado pelo professor. Quando o professor apitava, a criança que
estava designada a ser o lobo saía correndo para pegar outro possível lobo, porém,
a aluna Maria não queria ser pega pelo lobo e, no momento em que isso
aconteceu, deu uma mordida no colega que a pegou. Essa situação já tinha
ocorrido em outros momentos, tanto em sala de aula quanto na Educação Física.
Em qual fase Maria se encontra e como o professor deve resolver essa situação?

RESOLUÇÃO 

Uma estratégia que pode funcionar é orientar os alunos que, caso forem
pegos, podem escolher outro amigo para se tornar lobo no lugar deles, porém,
já com a situação ocorrida, o professor deve conversar com os alunos, fazer
com que eles façam as pazes. Talvez, outra solução seja o lobo ser o professor,
até eles compreenderem melhor a atividade.
Verificando somente o ocorrido, sem saber o que pode estar acontecendo com
Maria, podemos dizer que ela se encontra em atraso na fase motora
emocional, estando na fase oral, demonstrada por Freud.

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

ELEMENTOS PSICOMOTORES

0
Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nas seções desta unidade, foi possível compreender que a
psicomotricidade exerce um papel importante para o desenvolvimento físico,
psicológico, emocional e motor dos indivíduos. As teorias sobre a psicomotricidade
revelaram o quanto os fatores maturacionais, relacionais, cognitivos, além dos
aspectos motores, influenciam o desenvolvimento da criança. Sabendo-se dessas
informações e das fases do desenvolvimento psicomotor de crianças entre 0 e 6
anos, vamos, agora, estudar os elementos psicomotores e como eles podem
auxiliar os profissionais de Educação Física a atuar com seus alunos, para que
ocorra uma melhor aprendizagem.
Existem diferentes elementos psicomotores que servem como padrões a serem
analisados de acordo com a faixa etária. Desta maneira, é possível verificar, por
meio desses padrões, se a criança está se desenvolvendo de acordo com sua faixa
etária ou não, pois desde o nascimento a criança utiliza-se de uma linguagem
corporal para entrar em contato com seus pais e com o meio em sua volta, bem
como para conhecer a si mesma, assim, caso esses padrões não sejam executados
em alguma fase da vida ou sejam bloqueados, é necessário realizar exames ou
testes para diagnosticar o problema ou as causas do problema, buscando,
posteriormente, a intervenção de profissionais capacitados e habilitados para
auxiliar em defasagens de aprendizagens em diferentes situações, como o
conhecimento do esquema corporal e da imagem corporal, o equilíbrio, a
lateralidade, o ritmo, a organização espaço-temporal, o tônus e a motricidade,
tanto fina quanto ampla.
Com essas informações, é possível atuar em diferentes situações.

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A fim de auxiliá-lo a compreender ainda mais o assunto discutido, vamos pensar


sobre as seguintes questões: para que o indivíduo se desenvolva em diferentes
aspectos, existe um período específico para trabalhar os elementos psicomotores
com nossos alunos? Existem problemas ou transtornos específicos para a

0
dificuldade de compreensão ou execução de algum elemento psicomotor?

seõçatona reV
A fim de pensar em uma situação prática, vamos analisar uma situação-problema
comum nas atividades esportivas. Durante as aulas de futebol, o professor Gabriel
notou que Pedro, o aluno novo da turma, com 9 anos de idade, apresenta
distração durante os jogos e não compreende suas explicações. O professor
demonstra os exercícios, fala ao lado do aluno quais movimentos devem ser
executados, porém Pedro, após as explicações, sempre pergunta novamente o que
é para fazer e, no momento da execução dos movimentos, faz de modo contrário,
exemplo: quando o exercício é para ser executado com o pé direito, o menino o faz
com o esquerdo. Além disso, Pedro, muitas vezes, não sabe se localizar no espaço
e tem dificuldades quando o professor fala para ele ficar mais perto ou longe dos
seus adversários.
Será que Pedro possui algum atraso nos elementos psicomotores? Quais são as
dificuldades de Pedro? Como o professor de Educação Física, sabendo das
dificuldades desse aluno, pode atuar para que haja uma melhora ou um menor
distanciamento entre a situação atual e os padrões psicomotores para a idade de
Pedro?
A partir de agora, vamos procurar compreender quais são os elementos
psicomotores, com vistas a resolver essas questões sobre o aluno Pedro.

CONCEITO-CHAVE
De acordo com Gallahue e Ozmun (2005, p. 220), “embora relacionada à idade, a
aquisição de habilidades motoras fundamentais maduras não é dependente dela,
devido a numerosos fatores inerentes à tarefa em si, ao indivíduo e ao ambiente”.

REFLITA

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Quem nunca escutou a frase “o nosso corpo fala”? Essa frase é muito
comum quando pensamos nos processos maturacionais, de
desenvolvimento, de aprendizagem, de sentimentos, de ações, entre
outros.

0
Existem diferenças físicas entre os meninos e meninas? À medida que a

seõçatona reV
criança cresce, ela começa a compreender melhor o tempo e o espaço?
Quando a criança nasce, ela já sabe denominar suas partes corporais?

O CORPO, A RELAÇÃO PSICOMOTORA E A SIGNIFICAÇÃO


O movimento é uma das formas pelas quais os indivíduos podem interagir com o
meio ambiente. A criança está em constante movimento, seja em casa, no lazer, na
escola ou em diferentes situações, demonstrando esses movimentos com ações
corporais; desta maneira, o corpo é considerado uma ferramenta para dar sentido
ao comportamento. Para Gomes e Souza (2020), o corpo não é apenas onde
guardamos a alma, e sim o local onde guardamos a inteligência, portanto, é onde
ficam todas as nossas experiências e vivências, daí a importância da educação
psicomotora, pela qual é possível estimular os diversos elementos psicomotores
responsáveis pelo desenvolvimento da criança.
Sabendo-se dessa importância e que esses processos devem ser iniciados na
educação infantil, os profissionais que atuam nessa fase devem proporcionar, em
suas aulas, atividades que envolvam a afetividade, o movimento, a linguagem, a
cognição, o brincar, além de diferentes experiências e vivências para que as
crianças consigam realizar as tarefas e se comunicarem (GOMES; SOUZA, 2020).
As atividades ou exercícios psicomotores são meios que contribuem para a
formação do indivíduo, cujo objetivo é proporcionar a prática do movimento
durante a trajetória do desenvolvimento infantil.
Os movimentos, geralmente, apresentam características parecidas desde o
nascimento, porém, apenas após o processo de maturação e após algumas
vivências é que podemos demonstrar essas habilidades de forma mais madura
(SCHMIDT; WRISBERG, 2010).

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Para Gomes e Souza (2020), a psicomotricidade possui um papel significativo para


auxiliar no desenvolvimento infantil, podendo prevenir e equilibrar lacunas que
não foram preenchidas na maturação das crianças, o que é comum atualmente
devido à vida contemporânea.

0
Desse modo, apresentamos a você os elementos psicomotores que devem ser

seõçatona reV
experimentados e vivenciados pelas crianças durante o processo de
desenvolvimento.

ESQUEMA CORPORAL E IMAGEM CORPORAL

EXEMPLIFICANDO

À medida que a criança cresce, ela percebe o mundo à sua volta.


Imagine uma criança que nasce no Japão e que, portanto, possui uma
cultura diferente da nossa, aqui do Brasil. Apesar do processo maturacional
ter o mesmo padrão, o desenvolvimento pode ser influenciado pelas suas
diferentes vivências. Essa interação é conhecida como um processo
perceptivo e motor.

Quando pensamos em habilidades motoras e na percepção, podemos notar que


elas sofrem influências entre si, mesmo desenvolvendo-se em diferentes ritmos.

ASSIMILE

Percepção é quando conseguimos unificar novas informações com outras já


armazenadas e, de certa forma, também conseguimos selecionar, organizar
e agir de maneira modificada, evoluindo, assim, no processo perceptivo-
motor.

Nas aulas de Educação Física, é possível aplicar atividades que desenvolvam a


percepção, porém, essas atividades são voltadas para a aquisição de habilidades
motoras, já o psicomotricista atua na melhora desses componentes perceptivo-
motores.

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Podemos dizer que o esquema corporal é utilizado para distinguir as partes


corporais, além de nomear e saber suas funções de forma concreta, já a imagem
corporal é a imagem que o indivíduo possui internamente sobre o seu corpo, e o
quanto essa imagem está próxima da realidade, envolvendo aspectos emocionais,

0
subjetivos e psicológicos (GALLAHUE; OZMUN, 2005).

seõçatona reV
ASSIMILE

Imagem corporal é quando a criança fica à frente de um espelho com seus


amigos e consegue se reconhecer, além de reconhecer o outro, sendo
capaz, por exemplo, de desenhar o que está vendo, isto significa que a
criança tem uma autopercepção da sua altura, peso, localização das partes
corporais e características; porém, a criança que desenvolve esta
autopercepção poderá criar imagens não realistas, sendo vítima de
problemas como a anorexia e a bulimia (GALLAHUE; OZMUN, 2005).

EQUILÍBRIO
Dependendo da posição corporal em que o indivíduo se encontra no espaço, ele
necessita de determinada força para manter-se em equilíbrio; esta força é
conhecida como gravidade. Todos os corpos e objetos possuem um centro de
gravidade que muda de acordo com o movimento ou a posição.

Figura 3.3 | Princípios de equilíbrio

Fonte: elaborada pela autora.

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EXEMPLIFICANDO

Quando uma criança está realizando um rolamento para frente, o centro de


gravidade está deslocando-se, isto significa que ela está em equilíbrio
dinâmico; no entanto, quando ela permanece em uma situação estável,

0
com o apoio dos dois pés ou de apenas um pé, por exemplo, podemos
dizer que se encontra em equilíbrio estático.

seõçatona reV
Além do centro de gravidade, para que você compreenda como é possível verificar
o quanto o corpo ou o objeto está estável, basta traçar uma linha imaginária na
posição vertical do centro de gravidade até a base de apoio.

ASSIMILE

Se a base de apoio for grande, o corpo ou o objeto ficará mais estável. A


mesma coisa acontece se a base de apoio estiver perto do centro de
gravidade.

Desde o nascimento, o bebê tem a necessidade de organizar suas ações de acordo


com a força da gravidade, controlando sua musculatura e seguindo um processo
natural do desenvolvimento, que começa, primeiramente, pelo controle da sua
cabeça, pescoço, depois seguindo para o tronco, começando a sentar-se, obtendo,
em seguida, a postura ereta, iniciando o processo de ficar em pé e depois a
locomoção. Para tanto, é necessário o controle postural, pois, para alguns autores,
quanto maior for a dificuldade de se manter em equilíbrio, maior será sua fadiga.

LATERALIDADE
Lateralidade refere-se ao entendimento interno sobre os lados direito e esquerdo
do corpo, que não são iguais. Durante a maturação, podemos verificar essa
diferença com mais clareza, pois à medida que a criança cresce, ela tende a ter um
lado dominante, o qual acaba utilizando com maior frequência. Muitas vezes,
realizamos tarefas com o lado dominante, enquanto o outro serve de apoio para a
realização da tarefa, porém, apesar dessa dominância, é possível que o indivíduo,

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de acordo com a prática, consiga realizar movimentos com os dois lados do corpo
perfeitamente. Para compreender melhor o assunto, vamos estudar sobre a
lateralidade homogênea, cruzada e ambidestra.

0
REFLITA

Você já escutou alguém dizer que consegue chutar uma bola perfeitamente

seõçatona reV
com os dois pés? Da mesma forma, já ouviu alguém dizer que não consegue
fazer nada com o lado esquerdo do corpo, ou até dizer que escova os
dentes com a mão esquerda, porém é destro, e chuta bola com o pé
direito?

Lateralidade homogênea – tanto nos membros superiores quanto nos


inferiores, o indivíduo realiza tarefas para o mesmo lado, isto é, pelo lado
dominante do corpo.

Lateralidade cruzada – quando um indivíduo não utiliza todo o seu corpo para
determinado lado. Um exemplo é quando a criança começa a fazer a
“estrelinha” colocando o pé direito à frente, porém apoiando as duas mãos
para o lado esquerdo, ou em uma situação em que o corpo está voltado para a
tarefa do lado esquerdo, porém fixa o olhar para o lado direito.

Lateralidade ambidestra – capacidade dos indivíduos de executarem tarefas


com a mesma qualidade dos dois lados do corpo.

RITMO
Podemos encontrar o ritmo em diferentes situações do dia a dia: no nosso corpo,
em objetos, na natureza... Podemos dizer, ainda, que ritmo significa uma sucessão
de acontecimentos. O ritmo musical, por exemplo, possui uma sucessão de
batidas, já o ritmo das marés indica uma sucessão de movimentos da água, o ritmo
do relógio, por sua vez, é uma sucessão de marcações numéricas.
Autores descrevem o ritmo como sendo uma qualidade física, que envolve a
aptidão de compreender os sons em um determinado intervalo de tempo, com

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frequentes repetições: “o ritmo é crucial no desempenho coordenado de qualquer


ato” (GALLAHUE; OZMUN, 2005, p. 317).
O trabalho com o ritmo deve ser iniciado na educação infantil para a compreensão
da percepção temporal, através de músicas, cirandas e danças cantadas,

0
continuando em outras faixas etárias, com maiores exigências corporais, como

seõçatona reV
acompanhar uma música e executar uma série de ginástica artística no solo.

ORGANIZAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL
“Aos 3 anos, a criança já tem uma vivência espacial. A exploração do espaço
começa desde o momento em que a criança fixa o olhar em um objeto, depois
tenta agarrá-lo.” (LE BOULCH, 2001, p. 199)
O espaço e o tempo não ficam dissociados e relacionam-se com a visão, a audição
e a maneira como compreendemos o que está à nossa volta ou internamente.
Desta forma, se a percepção do indivíduo está bem trabalhada, ele é capaz de
saber qual espaço seu corpo ocupa e em que local ele está em determinado
espaço.
Diferentes práticas motoras podem auxiliar no reconhecimento do espaço e da
localização, como distinguir a distância que há entre você e determinada pessoa,
ou determinado local/ objeto; ou, ainda, a distância percorrida, por meio dos
sentidos.
Para compreender a organização temporal, é necessário levar em conta a
velocidade, a duração e a sucessão dos acontecimentos, estando vinculada aos
sistemas musculares e sensoriais (GALLAHUE; OZMUN, 2005).
O tempo está relacionado ao ponto de partida e ao final de uma atividade,
acontecendo periodicamente; atividades que desenvolvam essa organização são
importantes para o desenvolvimento.

Figura 3.4 | Crianças pulando corda

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

Pular corda é uma atividade que desenvolve diferentes habilidades, como controle
corporal, ritmo, organização espaço-temporal, coordenação viso-motora, dentre
outras.

TÔNUS
Tônus refere-se à capacidade primitiva de manter o músculo em contração. O
tônus auxilia durante as atividades tanto motoras como posturais. Ele colabora
para que o movimento ocorra prontamente (LE BOULCH, 2001).
De acordo com Gomes e Souza (2020), o tônus garante que a musculatura fique
preparada para grande parte das ações e movimentos corporais. Para as autoras,
o tônus demonstra sinais de atenção para obter um desenvolvimento mental,
refletindo, muitas vezes, o estado emocional do indivíduo.
Existem dois tipos de alterações que podem ocorrer em relação ao tônus

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muscular: hipotonia e hipertonia. A hipotonia, também conhecida como flacidez, é


quando existe uma diminuição ou a ausência do tônus muscular, já a hipertonia é
o aumento da resistência muscular.

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MOTRICIDADE

seõçatona reV
A motricidade exerce um papel importante, pois, juntamente com a percepção
visual, sensorial, equilíbrio, lateralidade, tônus, entre outras, controla
voluntariamente as ações motoras. A motricidade bem desenvolvida na educação
infantil colabora para as possíveis aprendizagens.
Desta forma, podemos dizer que motricidade é o resultado de um conjunto de
capacidades e habilidades de um indivíduo. Pode ser considerada, ainda, como a
capacidade de adaptar os movimentos corporais de acordo com o meio interno e
externo, variando de acordo com a individualidade e os estímulos ambientais.
A motricidade é divida em duas categorias: motricidade fina e ampla. Neste
momento, verificaremos as características dessas categorias.

MOTRICIDADE FINA E AMPLA


Por envolver os maiores membros do corpo, a motricidade ampla é a primeira a
ser aprimorada durante a vida. Ela utiliza todos os músculos e as capacidades
físicas para realizar tarefas motoras mais complexas, como andar, pular, rastejar,
empurrar, entre outras, envolvendo controle postural, equilíbrio e orientação
espaço-temporal.
A motricidade fina, por sua vez, é adquirida posteriormente, e está ligada a
movimentos que envolvam muita precisão, delicadeza e atenção. Ela utiliza-se de
pequenos músculos para a realização de tarefas, como recortar uma folha de
papel, colocar uma linha na agulha, abotoar uma camisa, tocar um instrumento
musical... Todos os movimentos que exigem controle da visão.
Para melhorar esses elementos psicomotores, é necessário estimular a prática de
todas essas habilidades, em diferentes ambientes de aprendizagem.

REFERÊNCIAS
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Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. 2. ed. Rio de Janeiro: Masson do Brasil

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FERREIRA, C. A. M. Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia: teoria
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FLORÊNCIO, V. R. C.; PONTES, N. C.; FREIRE, V. C. C. Psiomotricidade como
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Acesso em: 18 nov. 2021.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


ELEMENTOS PSICOMOTORES

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Nesta seção, foram realizados alguns questionamentos sobre o desenvolvimento
envolvendo os elementos psicomotores, sendo que a primeira pergunta proposta
foi se existe um período específico para trabalhar os elementos psicomotores com
os alunos. A resposta é: sim. O melhor período para isso é na infância, pois é
quando a criança é exposta a diferentes vivências relacionadas a esses aspectos.
Conforme os estudos dessa seção, foi possível verificar que os elementos
psicomotores, quando bem trabalhados na infância, auxiliam bastante no processo
de aprendizagem, servindo de parâmetros para identificar alguma dificuldade no
desenvolvimento ou algum transtorno.
No caso do aluno Pedro, é possível notar que ele possui dificuldade de
entendimento, talvez pela falta de prática ou de estímulos externos; porém, a
dificuldade de distinguir os lados direito e esquerdo podem dar um sinal de alerta
quanto ao comportamento motor de Pedro, pois, com 9 anos, a criança já tem bem
definido o lado dominante, devendo identificar os lados corporais. Aparentemente,
Pedro possui dificuldade em lateralidade, orientação espaço-temporal e, talvez,
uma falta de atenção; todas essas questões que devem ser investigadas por um
psicomotricista.
O professor de futebol de Pedro deve proporcionar práticas que envolvam muito a
percepção espacial e temporal, bem como atividades para distinguir os dois lados
do corpo, mesmo que seja apenas um breve aquecimento.
Existem diferentes jogos que desenvolvem essas percepções, como o pique-

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bandeira, cujo objetivo é ultrapassar a área do adversário sem que seja pego, de
modo a buscar a bandeira e trazê-la para sua área, utilizando diferentes
deslocamentos, mudanças de direção, velocidades e percepções de espaço e
tempo. Outra possibilidade são as atividades de orientação, como uma dinâmica

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em duplas, em que um aluno fica com venda nos olhos e o outro direciona-o com

seõçatona reV
comandos de localização e direção para que o aluno vendado chegue a um
determinado ponto ou tenha domínio da bola no pé. Os comandos podem ser: em
cima, em baixo, à frente, ao lado, ou podem indicar a quantidade de passos, a
direção (direita, esquerda), entre outros. Como vemos, essas atividades podem
contribuir com a melhora das dificuldades de Pedro, porém, é sempre bom
observar sua evolução para que, caso Pedro ainda tenha dificuldades após um
período de práticas relevantes, haja uma conversa com os familiares, expondo o
que está acontecendo com o menino, a fim de orientá-los para que procurem
outros especialistas da área da saúde e investiguem o caso.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

EU E O OUTRO
Verificamos que o processo de aprendizagem passa por diferentes caminhos
durante a educação infantil e os educadores precisam contribuir com esse
processo, aplicando uma gama de atividades práticas para que a criança consiga
fazer suas conexões e aprender sem ultrapassar nenhuma etapa. Além disso,
também foi possível verificar que a maturação está ligada ao desenvolvimento da
criança e qualquer dificuldade na aquisição dos elementos psicomotores pode
dificultar a aprendizagem.
Mariana, uma aluna do ensino médio de uma escola da rede pública, sempre
demonstrou ser uma calma e centrada; porém, há algumas semanas, não quer
mais fazer aulas de Educação Física, pois a professora Juliana, durante os dias de
calor, pede para os alunos tirarem o blusão devido ao aumento da temperatura.
Mariana, por ser uma aluna muito tímida, não gosta de tirar o blusão e sempre
inventa uma justificativa para não fazê-lo, até que um dia a professora percebeu
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que existia algo além daquilo. Mariana, na verdade, não gosta do seu corpo e
sempre tenta escondê-lo de alguma forma, pois ela se vê fora da imagem que
acredita ser a ideal. Neste caso como deve ser atuação da professora?

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Figura 3.5 | Exemplo de distorção de imagem corporal

seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

RESOLUÇÃO 

Mariana pode estar com uma distorção de imagem corporal entre ela e as
outras pessoas, algo que talvez não tenha sido bem trabalho na infância,
perdurando ou aparecendo na adolescência. Ao lidar com esse caso, a
professora deve conversar para investigar melhor e deixar a aluna à vontade
para fazer a aula.
Promover pesquisas acerca do aspecto geral do tema, além de debates, pode
auxiliar o entendimento de que todos são indivíduos diferentes uns dos outros,
com suas qualidades, sejam físicas, emocionais ou psíquicas. Essas ações são
importantes para que o problema não evolua para algum quadro de distorção

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prejudicial à saúde de Mariana ou de qualquer outra aluna que esteja na


mesma situação. Lembrando que isso pode acontecer em diferentes etapas da
vida e, como o culto ao corpo na sociedade contemporânea está bastante
evidenciado devido às mídias sociais, acaba sendo um fator muito relevante a

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ser abordado com adolescentes.

seõçatona reV

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

O CORPO E O BRINCAR NA PSICOMOTRICIDADE

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Claudia Garcia

seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Foi possível compreender, até o momento, a grande importância do estudo e da
prática da psicomotricidade para a melhora de diferentes aspectos: motores,
emocionais, afetivos, psicológicos e cognitivos. Pudemos notar, também, que o
papel do professor é fundamental para identificar possíveis dificuldades
comportamentais de seus alunos.
Agora, vamos verificar como aplicar a psicomotricidade na Educação Física de
maneira eficaz e coerente. Para tanto, no decorrer das seções desse capítulo,
vamos relacionar o corpo, o brincar e a psicomotricidade, procurando
compreender a estrutura corporal, suas funcionalidades e como diferentes fatores
interferem no desenvolvimento da criança. Conheceremos, ainda, os transtornos
psicomotores e as avaliações que podem identificar os níveis de desenvolvimento
em relação à idade cronológica.
Vamos, então, verificar como os profissionais do movimento podem aplicar, em
suas aulas, atividades para prevenir ou diminuir o distanciamento entre os níveis
de desenvolvimento relacionados à idade cronológica, auxiliando seus alunos,
desse modo, em diferentes aspectos e etapas da vida.

PRATICAR PARA APRENDER


Seja bem-vindo à primeira seção da Unidade 4 deste livro.
Sabemos que toda criança tem o direito de brincar e que, a partir da brincadeira, é
possível aprender e se desenvolver em diferentes aspectos, como os emocionais,
cognitivos, psicológicos e motores. Porém, atualmente, por conta da vida
apressada das famílias, e até mesmo das escolas, tornou-se cada vez mais

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inexistente a brincadeira.
Esse fato pode acarretar diferentes falhas no processo de aprendizagem e de
desenvolvimento, já que o contato com a ludicidade é muito importante para a
construção do indivíduo como um todo.

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O papel dos profissionais que trabalham com o movimento deve ser valorizado

seõçatona reV
mais do que nunca, pois hoje as crianças não brincam com tanta frequência
quanto em décadas passadas e o brincar será abordado, justamente, nas aulas
desses profissionais, o que permite às crianças vivenciar o lúdico, auxiliando em
diversos aspectos, como a convivência social e a resolução de problemas, e
promovendo, também, um resgate à cultura, de modo a contribuir para a
aprendizagem e o desenvolvimento dessas crianças.
Conforme a criança brinca, é possível observar sua criatividade, seus sentimentos e
seus valores.
Durante as unidades anteriores, pudemos notar que existem fases e estágios no
desenvolvimento, na aprendizagem e no controle dos indivíduos; estes estágios
servem como parâmetros para elaborar objetivos e planos de acordo com cada
aula ou programas de aulas. A forma como as crianças brincam também pode
servir de parâmetro para esse planejamento; além disso, é possível usar as
avaliações psicomotoras para identificar os níveis de desenvolvimento. Outro
aspecto importante é conhecer as características dos possíveis transtornos, o que
pode auxiliar ainda mais a prática profissional.
Agora, vamos relatar uma situação-problema comum atualmente. Renata,
pedagoga da educação infantil, sempre soube da importância do brincar para as
crianças, pois, como já dito anteriormente, essa prática favorece a criatividade e a
resolução de problemas, estimulando a vivência social e resgatando a cultura, além
de outros benefícios; porém, na escola onde Renata trabalha, a necessidade da
aprendizagem da linguagem e escrita tem uma relevância muito maior, de modo
que não priorizam a construção do aprendizado, mas a apresentação de
resultados.
Durante as aulas, para que a sua turma aprenda as letras “A” e “B”, a professora foi

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direto escrevendo as letras na lousa, solicitando, em seguida, que os alunos


copiassem várias vezes no papel, sem nenhuma vivência lúdica.
De acordo com o que vimos nas unidades anteriores, nós, seres humanos,
aprendemos com a prática, com as descobertas e com a diversidade dos

0
movimentos corporais. No caso dessa abordagem de Renata para ensinar as letras

seõçatona reV
“A” e “B”, observamos que a pedagoga não levou em conta essas importantes
diretrizes para o ensino.
João, um aluno de Renata que apresenta problemas sociais e afetivos, recusou-se a
fazer a atividade proposta pela professora. Nesse contexto, quais estratégias reais
deveriam ser utilizadas? Quais atividades Renata poderia utilizar para que o aluno
se interessasse em aprender as letras? Outros professores podem contribuir para
que esse processo de aprendizagem ocorra?
Venha compreender a estrutura corporal, suas possibilidades funcionais, o
desenvolvimento da criança, os benefícios do brincar, o perfil psicomotor e como
ensinar e motivar o aluno João a realizar a atividade.

CONCEITO-CHAVE
Já verificamos, no decorrer do livro, que existem diferenças individuais, as quais
atuam diretamente no desempenho dos movimentos; agora, vamos estudar um
pouco mais sobre como a estrutura corporal e as suas possibilidades funcionais
podem contribuir ou influenciar a aprendizagem ou o desempenho de tarefas
motoras.

COMPREENSÃO DA ESTRUTURA CORPORAL E SUAS POSSIBILIDADES


FUNCIONAIS
A estrutura corporal é dividida em: cabeça, pescoço, tronco e membros. Todos
esses grupos auxiliam o sistema nervoso a executar funções, como o controle
corporal. Esta estrutura é organizada, ainda, da seguinte forma: células, tecidos,
órgãos e sistemas.

Figura 4.1 | Alguns tipos de sistemas

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

ASSIMILE

O sistema esquelético é o responsável pela sustentação de todo o corpo


humano e desempenha uma função importante quanto ao movimento,
juntamente com o sistema muscular e as articulações.

REFLITA

Em algum momento, você já escutou alguém dizer que determinada pessoa


possui um corpo ótimo para a natação ou para o basquete? Você acredita
que alguns esportes têm padrões de características estruturais? Será que
uma pessoa de 2 metros de altura pode ter a mesma desenvoltura que uma
pessoa de 1 metro e meio de altura na ginástica artística?

Vimos que a prática leva ao bom desempenho, porém, a estrutura corporal e o


controle também exercem grande influência nesse caso, pois antes mesmo de
executar um movimento, é necessário organizar e controlar suas estruturas
corporais para que não ocorram problemas.
Desta maneira, quando pensamos em iniciantes na aprendizagem, não é
aconselhável a inclusão de cargas sem conhecer as reais possibilidades do aluno e
sem perceber se ele está executando o movimento da forma correta, isto é,

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empregando uma postura adequada e com menor gasto de energia para a


execução.
Para Schmidt e Wrisberg (2010), a estrutura corporal pode exercer influência no
desempenho do indivíduo. Hoffman (2002) afirma que o esqueleto, juntamente

0
com os músculos e tendões, é essencial para o movimento: um conjunto de ossos

seõçatona reV
e articulações equilibrados em uma pilha e encaixados perfeitamente permitem
realizar diferentes tarefas.
O crescimento e o desenvolvimento infantil passam por diferentes transformações.
Desta maneira, existem influências do crescimento físico de um bebê no
desenvolvimento motor, havendo também influência de outros aspectos, como
peso e altura, que sofrem impacto de questões biológicas e ambientais
(GALLAHUE; OZMUN, 2005).

EXEMPLIFICANDO

Suponhamos que você e um amigo pratiquem natação desde a infância; até


os 13 anos, vocês dois tinham quase a mesma estatura, mas, desde os 14
anos até agora, com 18 anos de idade, você não cresceu mais, ficando com
uma estatura baixa.
Você herdou ombros e tórax estreitos de seus pais, mesmo praticando
natação durante o mesmo tempo que seu amigo, que herdou a estrutura
corporal da família, com ombros largos, quadril estreito, e 1 metro e 80 cm
de altura. Essas diferenças, por exemplo, podem limitar a performance dos
indivíduos e influenciar os resultados.

A diferença entre as estruturas corporais é identificada pelos biotipos corporais,


isto é, pelas características corporais. Essas características hereditárias, juntamente
com a experiência, podem colaborar com a aprendizagem e a performance.

ASSIMILE

O biotipo ou genética que podem exercer influência sobre a performance


são conhecidos como habilidades genéticas.

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Dentre os biotipos, temos: ectomorfo, endomorfo e mesomorfo. Para identificar


qualquer biotipo corporal, é necessário fazer uma avaliação com profissionais
habilitados e capacitados, como professores de Educação Física, nutricionistas,
entre outros, que verificarão as medidas corporais, peso, altura e dobras cutâneas,

0
podendo classificar, a partir desses dados, o biotipo da pessoa.

seõçatona reV
Figura 4.2 | Biotipos corporais: ectomorfo, mesomorfo e endomorfo

Fonte: Shutterstock.

Características dos biotipos:

Ectomorfo – apresenta corpo com baixo nível de gordura, ombros estreitos,


peito achatado, membros compridos; as mulheres possuem quadril estreito e
seios pequenos.

Mesomorfo – apresentam baixo nível de gordura, músculos definidos, ombros


largos, peito desenvolvido, metabolismo acelerado e ótima performance.

Endomorfo – apresentam excesso de gordura, braços e pernas curtos, baixa


estatura, corpo mais largo; as mulheres têm o quadril mais largo.

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Cada característica corporal possui cargas hereditárias que precisam ser


analisadas para a prática de uma atividade física ou de um esporte, pois é
necessário adaptar a frequência, a intensidade e o tipo de aula ou treino para
atingir os objetivos estabelecidos. Além disso, é muito importante investigar as

0
vivências anteriores e atuais das pessoas, porque apesar de determinados

seõçatona reV
indivíduos possuírem algumas habilidades genéticas, muitas vezes não as utilizam
por falta de prática ou treinamento; por outro lado, outros acabam compensando
pela prática e por essas adequações.
Esse conjunto de influências contribui para o bom desempenho ou não em
determinada tarefa. Isso significa que uma pessoa com uma estrutura pequena e
muito magra, por exemplo, terá dificuldades para o sumô, o levantamento de peso
ou outra atividade que necessite de uma estrutura corporal maior, porém, em
alguns casos, isso pode ser compensado pelo treinamento. Existem esportes ou
atividades que necessitam de determinadas estruturas corporais, no entanto,
como já mencionamos, a questão depende da interação entre vários fatores.
Por fim, podemos dizer que o sucesso em realizar determinar tarefa depende das
experiências e habilidades genéticas.
Acabamos de ver a importância da estrutura corporal e suas possibilidades
funcionais, entendendo como podem influenciar o desempenho; agora, vamos
estudar como acontece o desenvolvimento das crianças nos aspectos somáticos,
afetivos, ambientais e sociais.

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), o desenvolvimento motor é um processo
que acontece sem pausa nenhuma, durante toda a vida, a partir da interação de
fatores biológicos, ambientais e de diferentes tipos de tarefas.
Muitos estudos foram e estão sendo realizados nessa área para compreender os
reais fatores de influência no comportamento motor e, nesse sentido, vamos
entender alguns aspectos da criança.

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ASPECTOS SOMÁTICOS E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


A grande relevância de estudar e compreender os aspectos somáticos das crianças
é para avaliar como elas estão em relação à saúde, observando fatores como o
crescimento, a nutrição, o sobrepeso e a obesidade, por isso os profissionais da

0
saúde utilizam as medidas de peso e altura da criança.

seõçatona reV
O crescimento, desde a concepção até a infância, é bem acelerado. Os estudos
baseiam-se em médias de crescimento e desenvolvimento, pois pode haver
alterações devido a integrações biológicas e ambientais.
Para Gallahue e Ozmun (2005), o crescimento está dividido em pré-natal e infantil.
Ao longo desse período, ocorrem várias mudanças para a formação da estrutura
corporal, sendo que o movimento só aparece no início do período fetal.
A criança, até os dois anos de idade, cresce de forma rápida e, com o crescimento
físico, é possível verificar o desenvolvimento dos movimentos, porém, a estrutura
física possui grande influência.

EXEMPLIFICANDO

Você já verificou a estrutura física de uma criança de até dois anos de


idade? A cabeça é bem maior, o que influencia diretamente o equilíbrio, já o
tamanho das mãos influencia o ato de pegar e manipular diferentes objetos
(GALLAHUE; OZMUN, 2005).

Figura 4.3 | Crescimento e desenvolvimento da criança

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seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

ASPECTOS AFETIVOS E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


Quando a criança nasce, ela já demonstra os primeiros aspectos afetivos ao
chorar, sugar e sorrir. As primeiras demonstrações afetivas entre a família e o bebê
são importantes para esse desenvolvimento afetivo.
Sabe-se que o aspecto afetivo possui grande influência no desenvolvimento e no
desempenho de tarefas, principalmente quando a criança é motivada à prática de
determinada atividade.
Os aprendizes motivados para a execução das atividades são mais conscientes e
dedicam maior esforço para praticar a atividade durante um período de tempo
mais longo. Portanto, a motivação, o carinho, o respeito e o cuidado devem fazer
parte da função do professor.

REFLITA

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Quem nunca deparou com alguma criança chorando em um shopping


porque queria um brinquedo novo, ou com uma criança que ficou muito
feliz por ter conseguido pular corda sozinha ou amarrar um sapato?

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Além dos professores, as famílias possuem um papel importante na construção da

seõçatona reV
afetividade da criança. Uma criança que seja respeitada, compreendida e que
receba carinho de suas famílias pode tornar-se uma criança mais segura.
Quando a criança está na fase sensório-motora (0 a 2 anos) de Piaget, por
exemplo, ela demonstra seus sentimentos, muitas vezes, com o choro. De 2 a 6
anos é a fase em que surgem o egocentrismo e os primeiros sentimentos de
antipatia e simpatia pelas pessoas.
Muitas vezes, afetividade é confundida apenas com abraços e beijos, porém, vai
além disso. O professor pode demonstrar afeto por meio da aplicação de
atividades adequadas à faixa etária, por elogios, por motivações, pela atenção com
os alunos e com a turma... Uma forma de trabalhar a afetividade em aula é
promover atividades de cooperação, empatia e solucionar possíveis conflitos com
muito diálogo.
As crianças, na educação infantil, são muito egocêntricas, querem brinquedos
individualizados e, geralmente, brigam para obter uma bola rosa ou roxa, por
exemplo. O professor deve aplicar estratégias para que essa construção seja
realizada da melhor forma. Uma sugestão para essa fase é não utilizar diferentes
materiais ou cores no mesmo momento, isto é, se for utilizar bolas, que sejam com
as mesmas cores, por exemplo. Uma alternativa eficaz também é conversar antes
para que não haja conflitos, pois as crianças ainda estão aprendendo a distinguir o
que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado. Se, por um lado,
algumas crianças vão brigar pelo material, outras, por serem tímidas nessa fase,
acabam ficando tristes, desanimadas e ansiosas.
Muitos autores relatam que, o ser humano, de modo geral, tem mais satisfação em
praticar atividades que lhes forneçam prazer do que aquelas que os fazem sentir
incompetentes.

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Enfim, o professor é o profissional que precisa prever todas essas situações para
aplicar suas atividades de maneira equilibrada, isto é, conhecer seu aluno, suas
expectativas, suas habilidades motoras e genéticas para que, mediante alguma
situação-problema, consiga solucioná-la com muita sabedoria.

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seõçatona reV
ASPECTOS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
O ambiente é um conjunto de fatores que interferem em diferentes aspectos da
vida do indivíduo, como os aspectos motores, emocionais, psicológicos, sociais,
morais, culturais, afetivos e cognitivos.
A criança interage o tempo todo, seja com sua família, com outras pessoas, em
diferentes lugares, exercendo atividades diversas e vivenciando novas experiências
e estímulos.
O estímulo está muito ligado à tarefa e a como ela é aplicada, portanto, o ambiente
é um dos fatores que possui muita influência no desenvolvimento da criança.
Crianças expostas a ambientes favoráveis ao aprendizado também se
desenvolvem com maior facilidade. Um exemplo contrário são crianças de pais que
privam seus filhos de participarem esportes coletivos, pois têm medo de que a
criança caia e se machuque, tendo uma atitude superprotetora. Provavelmente,
essas crianças terão o seu desenvolvimento afetado, ainda que aconteça a
maturação, pois existem outros fatores associados a serem trabalhados.
Como já estudamos anteriormente, o tipo de prática, o tempo e a duração da
atividade, experiências anteriores, bagagem cultural, habilidades motoras e
capacidades físicas são fatores que interferem no desempenho das atividades.

ASPECTOS SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


Os seres humanos não vivem sozinhos, é necessária uma interação entre os
indivíduos para que aconteça a aprendizagem e a construção de valores.

REFLITA

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Você já escutou a famosa frase: “De pai pra filho”? Já ouviu alguém dizer que
“Minha filha gosta de natação porque eu também gosto”, ou que “aquele
aluno é bem-educado, igual à família”?
Você já viu algum professor falar que uma determinada turma é agitada?

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seõçatona reV
Desta forma, podemos dizer que somos seres com diferenças, que vivemos em
sociedade, e que, de acordo com interesses do grupo, podemos mudar nosso
modo de pensar, agir e de nos comportar.
A criança, ao longo do seu processo de desenvolvimento, vai adquirindo, com suas
experiências, com seus familiares, com os amigos, com os professores e entre
outros, referências sociais.
As atividades físicas e os esportes possuem grande influência nessa fase, pois
possibilitam o desenvolvimento da criança por meio da resolução de problemáticas
em grupo.
Por isso, nessa faixa etária é muito importante a aplicação de jogos e brincadeiras,
os quais são grandes mecanismos para formar a identidade do indivíduo e dele
com o grupo, exercendo, além disso, implicações no desenvolvimento psicomotor.

O BRINCAR E O BRINQUEDO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO


PSICOMOTOR
O brinquedo é o objeto utilizado para a criança brincar, e o ato de brincar, por sua
vez, é uma ação sem compromissos e sem regras, algo que é realizado com
satisfação e alegria.
A criança movimenta-se o tempo todo, seja em casa, na escola, em atividades
esportivas, recreativas, sociais, entre outras situações.
A partir do brincar, a criança está em constante movimentação, sendo uma forma
lúdica de compreender o mundo e aprender as ações humanas de maneira livre. O
brincar é uma visão de fantasia que está presente na educação e, por muitas
vezes, insere-se em programas para tratamentos e terapias.

ASSIMILE

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O brincar, na psicologia, pode auxiliar no entendimento dos sentimentos.

O brincar proporciona a experiência de vivenciar o mundo, construir


conhecimento, estimular a comunicação, a expressão corporal e sentimental, a

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socialização, entre outros aspectos. A brincadeira é a ação do brincar, é o que a

seõçatona reV
criança faz, é como enfrenta as situações, cria, reinventa, organiza, seleciona,
interpreta, podendo também resgatar a tradição cultural. Para Gallahue e Ozmun
(2005, p. 204) “As brincadeiras são o modo básico pelo qual elas tomam
consciência de seus corpos e de suas capacidades motoras”.
Podemos dizer que o brincar exerce influências no desenvolvimento psicomotor,
pois proporciona à criança um desenvolvimento integral, sendo um grande auxiliar
para o crescimento tanto cognitivo como afetivo e importante para o
desenvolvimento das habilidades motoras. Sendo esse um ato significativo sob
muitos aspectos, as crianças que não brincam podem ter implicações afetivas,
motoras, psicológicas, cognitivas, entre outras.

PERFIL PSICOMOTOR
Como vimos anteriormente, a psicomotricidade serve para verificar dificuldades,
tratar ou amenizar possíveis diferenças existentes no desempenho das crianças ou
em alguma etapa do seu comportamento.
Fonseca (1995), com a intenção de verificar possíveis dificuldades
comportamentais, elaborou uma Bateria Psicomotora para analisar diferentes
fatores: tonicidade, equilibração, lateralização, noção do corpo, organização
espaço-temporal, praxia global e fina.
Por meio dessa bateria de testes e observações, é possível traçar o perfil
psicomotor do indivíduo, pois ela relaciona os fatores psicomotores e os fatores
psicológicos, motores e afetivos, sem levar em conta a aptidão motora.
Finalizamos esta seção compreendendo, de modo geral, como o corpo e o brincar
interferem na psicomotricidade.

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REFERÊNCIAS
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Brasileira de Psicomotricidade, 1980/2019. Homepage. Disponível em:
https://bit.ly/3re4iIt. Acesso em: 19 ago. 2021.

0
AJURIAGUERRA, J. Manual da psiquiatria infantil. Tradução de Paulo César

seõçatona reV
Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. 2. ed. Rio de Janeiro: Masson do Brasil
LTDA, 1980.
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FERREIRA, C. A. M. Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia: teoria
e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2020. E-book.
FLORÊNCIO, V. R. C.; PONTES, N. C.; FREIRE, V. C. C. Psicomotricidade como agente
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FONSECA, V. Manual de observação psicomotora: significação psiconeurológica
dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artmed, 1995.
FONSECA, V. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
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Rio de Janeiro: WAK, 2010. E-book.
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SILVA, F. P.; SANTOS, N. F.; CARDOSO, M. A. M. Psicomotricidade nos anos iniciais


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Disponível em: https://bit.ly/32I4t4v. Acesso em: 19 ago. 2021.

0
XISTO, P. B.; BENETTI, L. B. A psicomotricidade: uma ferramenta de ajuda para

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professores na aprendizagem escolar. Revista Monografias Ambientais, Santa
Maria, v. 8, n. 8, p. 1824-1836, ago. 2012. Disponível em: https://bit.ly/3ljnlNL.
Acesso em: 18 nov. 2021.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


O CORPO E O BRINCAR NA PSICOMOTRICIDADE

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Você já vivenciou alguma situação em sua época de escola que despertou em você
um sentimento de tristeza ou raiva? Como seus professores souberam cuidar
dessa situação?
Ao longo dos anos, o ensino vem sofrendo transformações e querer compreender
ainda mais como a criança aprende e se desenvolve é um tema que está presente
no ambiente escolar. Porém, com a demanda de atividades ou propósitos, os locais
de ensino e também os professores, muitas vezes por inexperiência ou por falta de
conhecimento, acabam pulando etapas de desenvolvimento ou provocando alguns
traumas nas crianças.
No caso da pedagoga Renata, não foi por falta de conhecimento, mas devido à
demanda de trabalho; nesse caso, um aluno não sentiu prazer na realização da
atividade, pois era, para ele, repetitiva e sem significado. Com problemas sociais e
afetivos, João, provavelmente, viu naquele ato da professora um momento para
demonstrar seus sentimentos.
A melhor estratégia para ensinar as letras, nesse caso, seria utilizar a brincadeira,
atividades de solicitação, desenho, interpretação, sair da sala de aula e vivenciar
possibilidades em outros ambientes, como encontrar objetos pela escola com as
letras, ou o jogo do alerta, com palavras que se iniciam com as letras, ou, ainda,
pintar as letras em uma cartolina ou desenhá-las na parede do pátio com um pote
de água e pincel. Enfim, há diferentes formas que possibilitam sair do convencional
“giz e lousa”.

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Além disso, outros professores, de diferentes áreas, podem colaborar, como o


profissional de Educação Física, aplicando atividades que envolvam as letras, tanto
de forma visual como a partir da experiência corporal. Que tal, por exemplo, uma
atividade de cooperação em que duas equipes distintas devem correr pela quadra

0
e, ao sinal do professor, devem, rapidamente, utilizando a equipe, formar a letra

seõçatona reV
que o professor solicitar? Nessa atividade, ganha ponto a equipe que formar
primeiro a letra solicitada, de maneira clara e correta.
Desta forma, esperamos ter colaborado para o entendimento de como as
diferentes formas de aprendizagem colaboram para o desenvolvimento.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

NÃO GOSTO DE FUTEBOL


Jorge, um menino de 5 anos de idade, foi matriculado no futebol da escola, depois
da aula acadêmica, para que seu pai também pudesse fazer futebol na turma de
pais, no mesmo dia e horário, porém, em ambientes distintos e com outros
professores. Apesar de Jorge falar para o pai que não gosta de futebol, ele não
respeitou e ainda tentou insistir com alguns estímulos, talvez irreais, alegando que
todo homem deve gostar de futebol, ou apelando para atos mais traumáticos,
dizendo que se Jorge não praticar futebol, não vai ter determinado brinquedo.
Enfim, Jorge pratica futebol sem gostar e deixa o professor bem confuso, pois
relata a situação para ele. Durante as aulas, não se dedica quase nada, chuta a
bola para qualquer lado, menos para o gol, agride os amigos, tanto fisicamente
como verbalmente, e ainda diz que prefere natação.
Como o professor deve estimular Jorge a fazer a sua aula? Será importante o
professor conversar com o pai do aluno? Será que momentos livres de brincadeira
ajudariam Jorge a ter gosto pela prática do futebol? Esse “não gostar” e “não se
dedicar” ao futebol podem afetar o desenvolvimento do aluno?

RESOLUÇÃO 

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Não é nada muito agradável fazer algo de que não gostamos, certo?
Neste caso, a primeira orientação é tentar estimular Jorge à prática,
incentivando, elogiando, tentando solucionar os possíveis conflitos com

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conversas, jogos cooperativos, mostrando a importância de sua participação
para o grupo... Porém, caso essas atitudes não tenham muitos efeitos,

seõçatona reV
conversar com o pai e expor a situação é importante, pois a construção do
conhecimento é realizada nessa fase e muitos pais, às vezes, não sabem nada
sobre isso; mostrar as possíveis dificuldades que podem aparecer futuramente
é importante para o entendimento do pai e da família.
Nessa fase, o brincar ajuda muito no desenvolvimento e é importante, pois vai
fazer com que Jorge demonstre o que gosta de fazer, seus sentimentos, suas
atitudes, resoluções de problemas, entre outras situações.
No caso apresentado, se o pai mantiver sua imposição e o professor não fizer
nada para auxiliar, o desenvolvimento do menino será afetado. Por isso, futuro
professor, é importante compreender seus alunos para poder contribuir para
sua formação e desenvolvimento.

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Seja bem-vindo a mais uma seção desta unidade.
Além de utilizar a psicomotricidade como tratamento ou auxílio para a melhora de
determinadas dificuldades motoras, psicológicas, entre outras, é possível utilizá-la
como forma de prevenção de problemas. Nesse sentido, vamos relatar a situação-
problema de William, uma criança de 6 anos de idade que realizou uma avaliação
psicomotora na escola envolvendo habilidades motoras básicas. Seu professor
atribuiu 2 pontos na maioria das características avaliadas. Essa pontuação equivale
à realização da atividade com dificuldade de controle. O que significam, então,
esses resultados? Em que nível de desenvolvimento William se encontra? Como a
Educação Física e a psicomotricidade podem auxiliar William em sua melhora
motora?

CONCEITO-CHAVE
Durante a seção anterior, foi possível compreender que aplicar atividades que
explorem os elementos psicomotores é essencial para que o indivíduo consiga se
desenvolver e melhorar seu desempenho, porém, isso só é possível por meio da
realização do movimento.
O movimento, como já mencionado por Gallahue e Ozmun (2005), está relacionado
ao ato de mexer-se ou alterar a posição corporal.
Além de utilizar o movimento para desenvolver os elementos psicomotores e
melhorar a qualidade, podemos utilizar a exploração do movimento na educação
psicomotora como um meio de prevenção de problemas.

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PROFILAXIA E EDUCAÇÃO PSICOMOTORA


O termo “profilaxia” refere-se à prevenção e está presente no currículo básico de
psicomotricidade (ABP, 1980/2019). A educação psicomotora tem como objetivo
estimular, em diferentes etapas da vida, as capacidades dos seres humanos. Desta

0
forma, pode ser entendida, na educação infantil e no ensino fundamental I, como

seõçatona reV
uma ação que proporciona a prevenção (MANEIRA; GONÇALVES, 2015). Na
expectativa de suprir necessidades de uma educação integral do corpo, surge a
educação psicomotora (LE BOULCH, 2001).
Sabe-se que as crianças aprendem e se desenvolvem a partir da prática de
habilidades corporais e que, à medida que praticam, melhoram seu desempenho.
As vivências nas quais as crianças podem ter influências de diferentes estímulos
sociais, espaciais, temporais e ambientais são aquelas que colaboram para o
desenvolvimento de forma global, utilizando o mundo imaginário (FERREIRA, 2020).
A Educação Física passou por várias transformações e seguiu modelos de acordo
com períodos da história. A educação psicomotora, de maneira mais recente, vem
para suprir as necessidades das crianças quanto ao desenvolvimento psíquico e
afetivo e quanto ao sistema maturacional do sistema motor (FERREIRA, 2020).
A Educação Física, segundo Le Boulch (2001), tem como objetivo o domínio
corporal, isto é, a capacidade de desenvolver as funções psicomotoras. Em sua
tese, Le Boulch relatou que, com o trabalho das atividades corporais, o indivíduo
necessita do sistema muscular e do sistema de nutrição, bem como do sistema
nervoso central, que atua nos demais sistemas e colabora com as funções mentais.

Figura 4.4 | Fatores que influenciam a educação do corpo, segundo Le Bouch

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Fonte: Le Boulch (2001, p. 24).

O período de 0 a 6 anos compreende à educação infantil; é nessa fase que a


criança está no processo de descoberta das possibilidades de movimento,
conhecendo as partes corporais, além dos relacionamentos afetivos e ambientais
(FERREIRA, 2020). Nessa fase, ainda, a finalidade é aumentar o acervo corporal e
gestual, bem como o relacionamento com o meio ambiente, de forma que a
criança seja capaz de expressar seus sentimentos, emoções e pensamentos
(GOMES; SOUZA, 2019).
A construção da personalidade é realizada aos poucos, desde o nascimento, com a
influência não apenas dos processos orgânicos, mas também do relacionamento
entre as pessoas (LE BOULCH, 2001). A educação é proporcionada a partir da
necessidade, do interesse e do nível de desenvolvimento do aluno, de modo que, a
partir disso, os objetivos são estabelecidos pelo professor, proporcionando uma
inter-relação entre professor e aluno (GOMES; SOUZA, 2019).
Desta forma, observou-se que os profissionais do movimento devem proporcionar

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estímulos de qualidade para que as crianças se desenvolvam (MANEIRA;


GONÇALVES, 2015).
Por isso, caro aluno, a educação psicomotora é importante para a prevenção de
possíveis falhas no desenvolvimento infantil, já que, segundo Maneira e Gonçalves

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(2015), se as crianças tiverem a oportunidade de desenvolver suas capacidades

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mais cedo, consequentemente melhorarão suas habilidades futuramente.
A relação entre o corpo e o movimento é muito antiga, e cabe aos profissionais da
área contribuir para o crescimento e para o desenvolvimento das crianças na
educação infantil e no período pré-escolar (RODRÍGUEZ, 2005). Deste modo,
também Rodríguez (2005, p. 7) relata que: “Um programa de educação física bem
estruturado desde as primeiras idades pode contribuir notadamente para o
desenvolvimento motor sem pretender acelerar o desenvolvimento”.

REFLITA

Você já parou para pensar que, se uma criança aprende de forma


supostamente errada algum movimento na educação infantil, ou se houver
alguma exigência fora do conjunto natural de habilidades dessa criança, ela
pode carregar esse aprendizado para o resto da sua vida, de modo que, se
não tiver a interferência de um profissional qualificado poderá gerar alguns
problemas ou desajustes?
Você já viu alguma criança que, por exemplo, não apoia totalmente os pés
para andar, caminhando na ponta dos pés? Será que essa criança terá
dificuldades para correr ou problemas posteriores no joelho?

Verificamos como a educação psicomotora pode prevenir problemas e contribuir


para o desenvolvimento; agora, vamos estudar as alterações psicomotoras e suas
interferências no processo de aprendizagem.

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ALTERAÇÕES PSICOMOTORAS E SUAS INTERFERÊNCIAS NO PROCESSO


DE APRENDIZAGEM
Vimos que, para que haja desenvolvimento, é necessária uma interação interna e
externa, isto é, uma interação entre fatores biológicos, maturacionais, psicológicos,

0
emocionais, relacionais, sociais, culturais, entre outros. Desta forma, entende-se

seõçatona reV
que, se não existir essa interação ou se forem encontradas alterações, haverá um
comprometimento no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos
indivíduos.
Para Fonseca (2012), a criança dispráxica demonstra dificuldades em realizar
movimentos e, por muitas vezes, possui dificuldades na aprendizagem, o que se
deve à falta de organização entre a parte psicológica e a motora. O autor relata,
ainda, que crianças que apresentam dificuldades para aprender, geralmente
apresentam problemas de atenção, percepção, memória, simbolização, além de
questões emocionais e comportamentais.

ASSIMILE

“A praxia envolve um plano e uma execução. O plano é uma função


psicológica, a execução uma função motora, ou seja, a expressão da riqueza
dessa organização.” (FONSECA, 2012, p. 264)

A dispraxia significa que algo no cérebro está desorganizado, porém, não é


possível ver e sim perceber pelo comportamento (FONSECA, 2012). Para maior
compreensão, podemos dizer que o indivíduo, geralmente, apresenta lentidão em
seus movimentos.
Dentre os elementos psicomotores afetados com a dispraxia, temos: alteração no
equilíbrio, noção de espaço e tempo, além de coordenação motora global e fina.
Todas essas questões interferem no processo de aprendizagem.

EXEMPLIFICANDO

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Imagine uma criança com 10 anos de idade, com dificuldades para leitura
na sala de aula e com dificuldades de andar por cima de uma corda
colocada no chão da quadra, não conseguindo também manter-se em
equilíbrio estático com apenas um pé de apoio por dois segundos. Nesse

0
caso, podemos ficar atentos a uma possível dispraxia.

seõçatona reV
Outras alterações psicomotoras serão abordadas na Seção 4.3 desta unidade,
como instabilidade, inibição e debilidade psicomotora. Todas essas alterações
afetam diretamente o processo de aprendizagem, pois o corpo demonstra
comportamentos que não condizem com a normalidade, dificultando, assim, a
aprendizagem.
Para saber melhor como identificar essas alterações, é necessário realizar uma
avaliação psicomotora.

AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
A avaliação psicomotora é um instrumento que compõe um conjunto de tarefas
utilizadas para verificar as características motoras das crianças, servindo para
auxiliar na sua aprendizagem (FONSECA, 2012).
Avaliar torna-se importante, também, no sentido de prevenção, com a intenção de
trabalhar o aluno de forma integral, contribuindo, assim, para dar subsídios aos
professores e, em especial, aos professores de Educação Física, a fim de que
possam exercer sua profissão e colaborar de forma efetiva e significativa para o
aprendizado e o desenvolvimento de seus alunos.
Para tanto, Fonseca (2012) elaborou uma Bateria Psicomotora (BPM), já citada
anteriormente, já que é muito utilizada em trabalhos acadêmicos para identificar
possíveis problemas em diferentes situações de estudos.
A BPM serve para observar o perfil psicomotor, isto é, objetiva verificar sinais
psicomotores; não se trata, no entanto, de um exame neurológico e nem possui a
intenção de substituir esses exames. A escala da BPM de Fonseca para análise

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varia entre 1 e 4 pontos para diferentes aspectos: tonicidade, equilibração,


lateralização, noção de corpo, estruturação espaço-temporal, praxia global e fina.
Essa bateria é de 1975 e a sua pontuação vai de acordo com a praxia.

0
Pontuação do perfil psicomotor de Fonseca (2012, p. 97):

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Realização imperfeita, incompleta e descoordenada (fraco) – perfil apráxico.

Realização com dificuldades de controle (satisfatório) – perfil dispráxico.

Realização com dificuldades de controle (satisfatório) – perfil dispráxico.

Realização perfeita, econômica, harmoniosa e bem controlada (excelente) –


perfil hiperpráxico.

Sabe-se da importância de aulas bem-organizadas e estruturadas na Educação


Física e, principalmente, na educação infantil. Para que isso aconteça, é necessário
ter uma referência do comportamento das crianças para atuar de forma mais
eficaz e, ainda, auxiliar familiares a compreenderem o tempo correto para exercer
uma intervenção; para tanto, autores importantes na área, ao longo dos anos, têm
feito caracterizações de crianças em diferentes faixas etárias (RODRÍGUEZ, 2005).
Entre os autores existem, possivelmente, diferenças para desvendar corretamente
em qual idade, por exemplo, a criança apresenta alguma habilidade motora.
De acordo com Rodríguez (2005), os exercícios escolhidos para serem avaliados
dependem muito dos objetivos a serem investigados; a autora ainda salienta que o
profissional da educação deve verificar uma avaliação que atenda a esses objetivos
e possua critérios sérios e científicos.
Em seu estudo, Rodríguez utilizou algumas baterias diagnósticas e ainda relatou
que, nos autores estudados, a avaliação diagnóstica não pode ser considerada
como algo acabado, pois isso demanda tempo de observação (RODRÍGUEZ, 2005).

REFLITA

Já parou para pensar como seria saber quais as características motoras de


seus alunos? Pensando no aprendizado de uma modalidade esportiva, por
exemplo, como você aplicaria a avaliação diagnóstica?
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Desta forma, percebe-se a importância de uma avaliação diagnóstica para iniciar


ou continuar com o ensino de uma tarefa motora. Nesse sentido, identificaremos,
agora, os níveis de desenvolvimento correlacionados à idade cronológica.

0
IDENTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO
CORRELACIONADOS À IDADE CRONOLÓGICA

seõçatona reV
Para identificar em qual momento do processo de desenvolvimento encontram-se
os indivíduos, ao longo dos anos, muitos pesquisadores e profissionais da área têm
tentado dividir os movimentos fundamentais em alguns níveis. Sendo assim,
Gallahue e Ozmun (2005) dividiram o desenvolvimento de acordo com a idade
cronológica e de acordo com as tarefas que são realizadas.

Figura 4.5 | As fases do desenvolvimento motor

Fonte: Gallahue e Ozmun (2005, p. 57)

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Para os autores, a fase motora fundamental, que compreende à faixa etária de 2 a


7 anos de idade, está dividida em: nível inicial, nível elementar e nível maduro,
sendo uma faixa etária importante para o desenvolvimento.

0
Nível inicial/ Estágio inicial: nesse nível, a criança está descobrindo o mundo
à sua volta, relacionando-se com o espaço, com objetos, entre outros aspectos.

seõçatona reV
Compreende à faixa etária de 2 a 3 anos de idade. É considerado o momento
em fase inicial, no qual ocorrem mais erros do que acertos, e o corpo
demonstra coordenação deficiente. Desta maneira, podemos dizer que,
geralmente, os movimentos tanto locomotores como manipulativos estão em
uma fase inicial.

Nível elementar/ Estágio elementar: nesse nível, a criança apresenta um


maior controle dos seus movimentos, sendo capaz de identificar seus erros, e
conseguindo organizar e coordenar seus movimentos de forma sincronizada.
Mesmo entendendo que esse nível faz parte da idade cronológica de 4 a 5 anos
de idade, muitas pessoas adultas ainda apresentam características dessa idade.

Nível maduro/ Estágio maduro: nesse nível, a criança apresenta um


desempenho melhor durante a execução e a compreensão da tarefa. A criança
chega nesse nível/estágio somente aos 5 e 6 anos de idade. Mesmo sabendo
que, de qualquer forma, essas crianças vão chegar a essa maturação, sem
muitas influências ambientais, cabe salientar que todos esses níveis precisam
de oportunidade para prática.

Figura 4.6 | Estágio do padrão de salto em distância

Fonte: Gallahue e Ozmun (2005, p. 251).

ASSIMILE

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O modelo da ampulheta que vimos na Figura 4.5 serve para explicar em


quais fases de desenvolvimento motor o indivíduo está em diferentes
momentos da vida, mostrando que a hereditariedade e o ambiente atuam
diretamente nesse processo.

0
seõçatona reV
Com base nessas informações, procure proporcionar aos seus alunos vivências
motoras significativas, pois, com os resultados de avaliações realizadas para
identificar a idade maturacional, é possível aplicar tarefas que atinjam os objetivos
traçados de forma preventiva e educativa.

REFERÊNCIAS
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Brasileira de Psicomotricidade, 1980/2019. Homepage. Disponível em:
https://bit.ly/3xuY2wW. Acesso em: 19 ago. 2021.
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Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. 2. ed. Rio de Janeiro: Masson do Brasil
LTDA, 1980.
BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau:
Livraria Acadêmica, 2000.
BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FERREIRA, C. A. M. Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia: teoria
e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2020. E-book.
FLORÊNCIO, V. R. C.; PONTES, N. C.; FREIRE, V. C. C. Psicomotricidade como agente
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FONSECA, V. Manual de observação psicomotora: significação psiconeurológica
dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artmed, 2012. E-book.
FONSECA, V. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
FONSECA, V. Psicomotricidade e neuropsicologia: uma abordagem evolucionista.

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GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
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CONTINUADA NA CONTEMPORANEIDADE, 2019, Natal. Anais... Natal: Evento on-
line – Amplamente Cursos, 2019. Disponível em: https://bit.ly/31aRuYo. Acesso em:
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Evolução, [S. l.], ano II, n. 12, p. 25-27, jan. 2021. Disponível em:
https://bit.ly/318DbmU. Acesso em: 19 ago. 2021.
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XISTO, P. B.; BENETTI, L. B. A psicomotricidade: uma ferramenta de ajuda para
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Mediante a situação-problema de William, é possível verificar que ele deveria estar
no estágio maturo de desenvolvimento, de acordo com Gallahue e Ozmun (2005),
porém, talvez pela falta de prática das habilidades envolvidas no teste aplicado
pelo professor ou por conta da hereditariedade, ele apresenta características do
estágio elementar.
Desta forma, o professor deverá proporcionar práticas de tarefas que melhorem o
desenvolvimento desses fatores psicomotores, contribuindo, assim, para a
prevenção de deficiências motoras futuras.
Conforme Gallahue e Ozmun (2005), mesmo sendo natural as crianças chegarem
nessa idade no estágio maduro, muitas precisam de estímulos práticos, de
encorajamento e de local apropriado para que haja o aprendizado.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

MÃE DA RUA
O professor de Educação Física Leonardo, com o objetivo de trabalhar a agilidade,
ensinou aos seus alunos o jogo tradicionalmente conhecido como “mãe da rua”, no
qual uma criança fica sozinha entre dois espaços e os demais ficam fora deles, de
modo que, no momento que quiserem, tentam passar de um lado para o outro
sem serem pegos. Aquele aluno que for pego passa a ser pegador e a ajudar o
aluno que já estava nessa posição. A travessia de um lado para o outro deverá ser

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realizada com apenas um pé de apoio e vence quem ficar por último e não for
pego.
Depois de 15 minutos de jogo, o professor percebeu que Pedro, um aluno com
sobrepeso, não conseguia saltar com apenas um pé e tentava passar para o outro

0
lado correndo. Quando tentava pular a pedido do professor, tinha muita

seõçatona reV
dificuldade, mesmo com 10 anos de idade. Será que alguma etapa de
desenvolvimento foi ultrapassada? Como podemos verificar se Pedro possui
dificuldades apenas nessa tarefa? Será que podemos aplicar a bateria psicomotora
de Fonseca nesse caso?

RESOLUÇÃO 

Neste caso, temos de levar em conta o fator genético, pois, devido ao peso,
podemos supor que Pedro tenha mais dificuldades de locomoção. Para
verificar se alguma etapa de desenvolvimento foi ultrapassada, é necessário,
durante um período, aplicar atividades que envolvam os elementos
psicomotores, como equilíbrio, tônus, lateralização, entre outros; após um
período de prática, seria interessante realizar os testes da bateria psicomotora
de Fonseca. Se Pedro apresentar dificuldades em outros elementos além do
equilíbrio dinâmico, é melhor conversar com a família, sugerir um
acompanhamento com nutricionista e com outros profissionais da área para
uma melhor investigação e continuar aplicando as atividades para tentar
prevenir outros acometimentos, aguardando o retorno dos familiares.

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NÃO PODE FALTAR Imprimir

TRANSTORNOS PSICOMOTORES

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Claudia Garcia

seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Seja bem-vindo, aluno!
Sabemos que toda criança tem o direito de brincar e que, a partir da brincadeira, é
possível aprender e se desenvolver em diferentes aspectos, como os emocionais,
cognitivos, psicológicos ou motores. Porém, atualmente, por conta da vida
apressada das famílias, ou até mesmo das escolas, tornou-se cada vez mais
inexistente a brincadeira.
Esse fato pode acarretar diferentes falhas no processo de aprendizagem e
desenvolvimento, já que o contato com a ludicidade é muito importante para a
construção do indivíduo como um todo.
O papel dos profissionais que trabalham com o movimento deve ser valorizado
mais do que nunca, pois hoje as crianças não brincam com tanta frequência
quanto em décadas passadas e o brincar será abordado, justamente, nas aulas
desses profissionais, o que permite às crianças vivenciar o lúdico, auxiliando em
diversos aspectos, como a convivência social e a resolução de problemas, e
promovendo, também, um resgate à cultura, de modo a contribuir para a
aprendizagem e o desenvolvimento dessas crianças.
Conforme a criança brinca, é possível observar sua criatividade, seus sentimentos e
seus valores.
Durante os conteúdos abordados anteriormente, pudemos notar que existem
fases e estágios no desenvolvimento, na aprendizagem e no controle dos
indivíduos; estes estágios servem como parâmetros para elaborar objetivos e
planos de acordo com cada aula ou programas de aulas. A forma como as crianças
brincam também pode servir de parâmetro para esse planejamento; além disso, é

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possível usar as avaliações psicomotoras para identificar níveis de


desenvolvimento. Outro aspecto importante é conhecer as características dos
possíveis transtornos, o que pode auxiliar ainda mais a prática profissional.
Vamos, agora, contar a história de Giovana, uma menina tímida, hoje com 10 anos,

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mas que aos 6, durante as aulas de português na educação infantil, apresentou

seõçatona reV
dificuldades na escrita e na pronúncia de algumas palavras. A escola, juntamente
com a professora, entrou em contato com a família e encaminhou um pedido de
acompanhamento para uma fonoaudióloga, a fim de fazer algumas avaliações. Os
pais levaram Giovana à especialista, e a menina foi diagnosticada, depois de alguns
testes, com déficit do processamento auditivo, o que, de acordo com a
fonoaudióloga, poderia ser revertido com algumas sessões de tratamento. Durante
esse período, Giovana realizou diferentes tarefas para estimular sua dicção,
audição e escrita, e, depois de um período de tratamento, realizou o teste
novamente, o qual constatou que a alteração no processamento auditivo havia
diminuído muito. No entanto, por volta dos 8 anos, Giovana apresentou
novamente algumas dificuldades de aprendizagem e voltou à fonoaudióloga,
realizando diferentes atividades. A profissional, porém, verificou que Giovana não
apresentava mais o problema do processamento auditivo, todavia, havia outras
possíveis causas para o problema, como o desvio de atenção em algumas tarefas e
seu estado agitado, mesmo sendo uma menina tímida. A fonoaudióloga
encaminhou Giovana para uma psicóloga e, depois de avaliações, a menina foi
diagnosticada com um possível TDAH, que está sendo tratado.
Vanessa, a professora de Educação Física, notou que a aluna adora atividades de
corrida e pega-pega, porém possui dificuldades para compreender jogos
esportivos. Como a profissional de Educação Física pode contribuir para o
entendimento da aluna nas suas aulas? O que são transtornos psicomotores? O
que é TDAH? Neste caso, existe alguma avaliação psicomotora para auxiliar?

CONCEITO-CHAVE

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Vários profissionais tentam diagnosticar e desvendar as características de


diferentes transtornos para prescrever remédios, atividades e tratamentos
adequados, a fim de melhorar a vida do indivíduo que apresenta tais transtornos.
Esses transtornos são, geralmente, de natureza neurológica ou orgânica, podendo

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interferir no comportamento motor em relação à aprendizagem, ao

seõçatona reV
desenvolvimento e ao controle.
A seguir, estudaremos alguns transtornos, como psicossomáticos e orgânicos, da
memória, da atenção, da linguagem, de instabilidade, de inibição e de debilidade
motora.

ASSIMILE

Você sabia que a ansiedade é um transtorno psicossomático que, de acordo


com Bear, Connors e Paradiso (2001), acarreta várias expressões de medo?
Assim como no transtorno do pânico, na agorafobia, no transtorno
obsessivo-compulsivo, no transtorno de ansiedade generalizada, em fobias
específicas e na fobia social, a pessoa com ansiedade, quando exposta a
certas situações sociais, mostra comportamentos aversivos e transtorno de
estresse pós-traumático.

TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS E ORGÂNICOS


Os transtornos psicossomáticos e orgânicos são aqueles causados por alterações
emocionais que acontecem em diferentes situações da vida.
Geralmente, é difícil encontrar uma única causa para os transtornos
psicossomáticos, mas o fator mal-estar está sempre presente; na realidade, o que
desencadeia esses transtornos é a soma de diferentes situações e fatores. Dentre
os transtornos psicossomáticos, encontram-se a ansiedade e a depressão.

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TRANSTORNO DE ANSIEDADE
Aparentemente, os transtornos de ansiedade são gerados devido à rotina diária e
ao medo que, muitas vezes, provoca aversão a algo, a alguém ou a um local, tendo
como resposta o estresse (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2001).

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seõçatona reV
REFLITA

Em algum momento, você já viu crianças com medo de escutar o estouro de


uma bexiga? Ou crianças que não querem nem realizar determinadas
atividades, pois precisam vencer o medo de algo, como saltar de um plano
alto, mergulhar ou entrar em uma mata fechada?

Caso os profissionais de Educação Física vivenciem situações que envolvam


ansiedade com seus alunos, antes mesmo de saber o que provocou determinados
medos, devem acolher seus alunos, encorajá-los e, talvez, adaptar atividades para
que esse sentimento não venha a aparecer novamente.

ASSIMILE

A agorafobia é um tipo de ansiedade provocada por situações de que o


indivíduo acredita que não conseguirá se desvencilhar. Os indivíduos
acabam evitando determinadas situações que, para eles, são ameaçadoras,
como ficar sozinho no apartamento, no elevador ou outras situações de
estresse (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2001).

Os tratamentos para a ansiedade são diversos e existem alguns que são


recomendados, como psicoterapia, atividades físicas, atividades sociais e
medicamentos.

DEPRESSÃO
A depressão, muitas vezes, é provocada por sentimentos de afeto. Uma pessoa
com sinais de depressão apresenta sentimentos de sofrimento e desapontamento
que acabam não sendo mais controlados pelo indivíduo, causando perda ou

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aumento do apetite, insônia ou hipersonia, fadiga, sentimentos de inutilidade e


culpa, dificuldade de concentração e pensamentos de morte (BEAR; CONNORS;
PARADISO, 2001).

0
TRANSTORNO DA MEMÓRIA

seõçatona reV
Os transtornos de memória podem ser causados por diferentes fatores, como
depressão, ansiedade, alimentação, idade, falta de estímulos, atenção, efeito de
medicamentos, entre outros.

EXEMPLIFICANDO

Já reparou que quando você tem pressa para arrumar ou terminar algo
novo, sempre se esquece de alguma coisa? Isso ocorre porque a nossa
memória está ligada diretamente com à atenção. Se fizermos algo muito
rápido, porém não prestarmos atenção ou se não estivermos no estágio
autônomo do aprendizado, acontecerão erros, porque aquela tarefa não
fazia parte da nossa memória.

Os lapsos de memória podem acontecer o tempo todo devido ao agito vida


cotidiana, porém, se acontecer constantemente, é importante verificar com algum
especialista.
A perda de memória permanente pode ocorrer devido a traumas, acidentes e
doenças e é importante um acompanhamento médico que possa avaliar com
maior segurança.
Desta forma, problemas de memória, como a falta de memória de curto prazo ou
longo prazo, podem afetar diretamente a aprendizagem.

TRANSTORNO DE ATENÇÃO
A atenção é um processo cognitivo que deve ser trabalhado desde a educação
infantil, juntamente com a memória e outros processos, para que o indivíduo
aprenda por diferentes meios.

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EXEMPLIFICANDO

Imagine você jogando futsal em uma quadra ao lado de outra quadra, na


qual ocorre um campeonato de basquete, com jogadores e com
arquibancadas lotadas de torcedores.

0
Durante o jogo de futsal, você consegue dominar a bola e vai em direção ao
gol, porém, está muito marcado e um companheiro da sua equipe pede a

seõçatona reV
bola justamente quando ocorre uma cesta na quadra de basquete, o que
leva a torcida a fazer um enorme barulho. Mesmo bombardeado de sons,
você, de alguma forma, concentra-se e consegue entender para quem deve
fazer o passe naquele momento, ignorando o barulho da torcida.
Essa capacidade de identificar, de alguma forma, um determinado som em
meio a outros é um exemplo de atenção seletiva (MASSALAI; PIRES;
LANDEIRA-FERNANDEZ, 2018).

Podemos dizer que nosso cérebro possui dificuldades em conseguir processar


todas as informações sensoriais ao mesmo tempo. E mesmo que conseguisse, de
alguma maneira, ele focaliza as informações uma a uma, talvez por haver
vantagem nesse processo (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2001.
Dificuldades na aprendizagem, além de falhas e atrasos no desenvolvimento, são
características de transtornos de atenção. O transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH) é um transtorno que pode ter características de
hiperatividade ou não; geralmente, apresenta sinais na vida escolar e, muitas
vezes, acarreta outros problemas, como dificuldades de iniciar tarefas, de planejar
algo, ou, ainda, impulsividade e falta de atenção ao lidar com diferentes tarefas de
forma simultânea (MASSALAI; PIRES; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2018).
Às vezes, temos dificuldades em nos concentrar no trabalho ou em outras tarefas,
porém, se houver necessidade, conseguimos resistir, focando no que é necessário.
Para uma pessoa com TDAH, isso é quase impossível, pois a falta de atenção, a
hiperatividade e a impulsividade estão quase sempre presentes, sendo
comportamentos que aparecem com mais frequência em crianças. No entanto,
alguns estudos demonstram que parte desses comportamentos é vista ainda na
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vida adulta, porém, não se sabe a causa exata, mas algumas evidências levam a
entender que hereditariedade, lesões encefálicas e nascimento prematuro estão
envolvidos (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2001).
Questionários e avaliações psicológicas e comportamentais podem diagnosticar o

0
TDAH, e existem testes que avaliam tempo de resposta, desempenho contínuo e

seõçatona reV
atenção seletiva, muitas vezes realizados por neurologistas.
Além de terapias comportamentais, os medicamentos, as atividades que envolvam
atenção e o desenvolvimento emocional e social são importantes para
concentração e controle das características de pessoas com TDAH.

Figura 4.7 | Desenvolvimento socioemocional TDAH

Fonte: Shutterstock.

TRANSTORNOS DE LINGUAGEM
“O uso da linguagem é um comportamento unicamente humano e tem um grande
impacto na sociedade” (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2001). A linguagem é uma
forma de interação com o mundo.
Podemos caracterizar como transtornos de linguagem tudo aquilo que interfere
nos padrões considerados normais para o seu desenvolvimento.
A criança, devido ao processo maturacional, apresenta os sinais de fala em
determinada faixa etária, com influência do meio ambiente ou não.
A aquisição da linguagem ocorre similarmente em todas as culturas, sendo uma

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forma de comunicar-se com o outro, porém, dentre as causas orgânicas dos


transtornos de linguagem, temos as hereditárias, as congênitas, as perinatais e
pós-natais, as causas funcionais, as endócrinas, as ambientais e as
psicossomáticas.

0
Existem alguns tipos de transtornos de linguagem, sendo que muitos acabam

seõçatona reV
influenciando o processo de aprendizado. Os transtornos da comunicação
envolvem alterações na linguagem, na fala, na fluência e na comunicação social
(SILVA et al., 2020).
Muitos apresentam, além de atrasos na linguagem, dificuldades na leitura e na
escrita, problemas interpessoais, baixo rendimento escolar e outros transtornos
relacionados, que envolvem emoções e comportamentos.

Afasia – atrasos na fala, perda parcial ou completa da fala causada por uma
lesão cerebral.

Disfemia – conhecida como gagueira, é quando se apresenta dificuldade na


fluência da fala.

Dislalia – em situações normais, a fala é adquirida até os 6 anos de idade,


porém, a dislalia é quando a fala está atrasada ou desviada.

Disfonia – alteração na voz, talvez causada por distúrbios orgânicos ou


funcionais das cordas vocais ou, ainda, por uma respiração incorreta.

Apraxia – distúrbio motor da fala da criança que interfere na precisão dos


movimentos que estão relacionados à fala.

Muitas vezes, as escolas não estão preparadas para atender aos transtornos de
linguagem, precisando encaminhar as crianças para profissionais especializados,
que vão avaliar e auxiliar com algumas terapias, respeitando o ritmo de cada
criança.
Cabe ao professor acolher, auxiliar, intermediar e ficar atento a algum tipo de
exclusão social, utilizando expressões, gestos, ou língua de sinais para
compreender e ensinar. Crianças com essas dificuldades podem ficar irritadas,

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agressivas, rebeldes, entre outros comportamentos.


Com a intenção de compreender ainda mais o processo de apraxia, aqui no Brasil,
pais de crianças que apresentam esse distúrbio fundaram, em 2016, a Associação
Brasileira de Apraxia de Fala na Infância (ABRAPRAXIA), a fim de informar,

0
conscientizar, promover cursos, palestras e eventos sobre o assunto (ABRAPRAXIA,

seõçatona reV
[s. d.]).

Figura 4.8 | Criança em idade pré-escolar praticando a pronúncia correta com uma fonoaudióloga

Fonte: Shutterstock.

Agora, vamos compreender o que pode influenciar os problemas de leitura e


escrita.

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM – LECTOESCRITA


O ambiente escolar é um dos lugares onde se pode desenvolver a leitura e a
escrita a partir de métodos pedagógicos de ensino e aprendizagem. Ler e escrever
são meios de comunicação que necessitam de hábitos, da utilização da

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coordenação motora fina, da atenção e da compreensão. Por meio da escrita,


podemos nos comunicar e expressar sentimentos. A leitura e a escrita evoluem
conforme a maturação humana, a prática e o estímulo.
Para Dias e Ávila (2008), aprender a escrever depende do sistema ortográfico, que

0
engloba saber diferenciar os traçados das letras, os sons das letras e as

seõçatona reV
correspondências, dependendo também da habilidade de identificar onde as letras
se encontram na palavra, além de compreender que uma letra pode ter vários
sons ou o mesmo os sons podem ser outras letras.
Desta forma, entende-se que escrever não é tão simples. É necessário, para esse
aprendizado, o envolvimento dos processos metacognitivos, que auxiliam a
entender a grafia ou a metagrafia, que constitui as ações da criança até dominar as
regras (DIAS; ÁVILA, 2008). Para tanto, também são necessários alguns esforços,
como a compreensão dos fonemas, grafemas, da linguagem escrita e dos sistemas
que envolvem a audição, a visão, a fala e a propriocepção.
Geralmente, esse transtorno está ligado a outros transtornos, e, assim que
identificado, é importante procurar profissionais capacitados que possam aplicar
atividades que desenvolvam o entendimento da leitura e da escrita, para que a
criança consiga se comunicar melhor e compreender o mundo à sua volta.

INSTABILIDADE PSICOMOTORA
Uma criança com instabilidade psicomotora geralmente apresenta dificuldades
para terminar uma brincadeira ou outra atividade que envolva ações corporais.
A seguir, vemos características de crianças com instabilidade psicomotora, de
acordo com Arraes et al. (2017):

Item 1

Agitadas.

Inquietas.

Ansiosas.

Agressivas.
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Explosivas.

Em alguns casos, apresentam perturbações severas no sono e na atenção.

Podem ser diagnosticadas como hiperativas.

0
Algumas apresentam tensão muscular ou hipotonia.

seõçatona reV
REFLITA

Você já escutou algum professor falar que determinada criança não tem
limite? Que, geralmente, mesmo explicando ou chamando a sua atenção,
ela volta a ter as mesmas atitudes? Será que essa criança não percebe o
momento de parar?

INIBIÇÃO PSICOMOTORA
Na inibição psicomotora, também existe uma falta de limite, porém, a criança não
usa seu corpo, ela demonstra aspecto de cansaço, fragilidade e debilidade.

REFLITA

De um modo diferente das crianças que possuem instabilidade


psicomotora, você já percebeu alguma criança que quase não se relaciona
com os amigos e fica sempre em um cantinho da sala, ou é a última a ser
escolhida para participar de um jogo, porque os demais não a percebem?

Essas crianças apresentam pouca expressão facial e corporal, sendo conhecidas


por não brigarem com outras crianças e por serem muito inibidas (ARRAES et al.,
2017).

DEBILIDADE PSICOMOTORA
Ao longo dos anos, alguns autores evidenciam que pessoas com problemas
mentais foram diagnosticadas com síndromes psicomotoras, de modo que o
tratamento envolvia ações corporais e de movimentos (LE BOULCH, 2001).
Debilidade psicomotora significa que algo não está funcionando como deveria,

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assim, existe um desequilíbrio motor envolvido e algumas inabilidades, como a


paratonia e a sincinesia.
Paratonia: “A paratonia é a persistência de uma rigidez muscular caracterizada por
uma inadequada incontinência das reações tônicas.” (ARRAES et al., 2017, p. 289)

0
Sincinesia: “Sincinesia é caracterizada pela ação de músculos que não atuam em

seõçatona reV
determinado movimento.” (ARRAES et al., 2017, p. 289)

Nessa seção, conseguimos conhecer alguns transtornos psicomotores e suas


características, para que você possa atuar na prática, auxiliando seus alunos e
amenizando possíveis desequilíbrios motores, emocionais, psicológicos, sociais,
entre outros envolvidos.
De qualquer modo, como já mencionado, o profissional do movimento deve ficar
atento a possíveis sinais e atuar no acolhimento, aplicando tarefas coerentes com
as capacidades físicas, emocionais, intelectuais, sociais e culturais de seus alunos,
de modo a respeitar sua idade maturacional e contribuir, assim, para a melhora da
aprendizagem.

REFERÊNCIAS
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Brasileira de Psicomotricidade, 1980/2019. Homepage. Disponível em:
https://bit.ly/3D0ZxEj. Acesso em: 19 ago. 2021.
ABRAPRAXIA. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA. Site da
Associação Brasileira de Fala na Infância, [s. d.]. Homepage.
Disponível em: https://bit.ly/3I5vYFw. Acesso em: 28 out. 2021.
ARRAES, C. L. B. et al. Compreendendo a Psicomotricidade. ID on line. Revista de
psicologia, [S. l.], v. 11, n. 36, p. 284-294, jul. 2017. Disponível em:
https://bit.ly/3123VGk. Acesso em: 19 nov. 2021.
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Livraria Acadêmica, 2000.
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seõçatona reV
Acesso em: 28 out. 2021.

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO


TRANSTORNOS PSICOMOTORES

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Claudia Garcia

seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Vamos, agora, indicar caminhos para a resolução da situação-problema da aluna
Giovana, que apresentou diagnóstico de TDAH depois de avaliações feitas por uma
psicóloga.
Mesmo sabendo que Giovana está em tratamento específico para o TDAH, outros
profissionais dentro do ambiente escolar podem auxiliar no seu quadro, como o
profissional de Educação Física. Para tanto, recordaremos o que são os transtornos
psicomotores, conforme abordamos na seção.
Transtornos psicomotores são, geralmente, alterações causadas por natureza
neurológica ou orgânica e podem interferir no comportamento motor. Dentre os
transtornos, o TDAH é considerado um transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade, havendo algumas avaliações que podem ser realizadas para
identificar esse transtorno, como atividades que envolvam tempo de reação,
desempenho contínuo e atenção seletiva.
O profissional de Educação Física, sabendo do diagnóstico da aluna Giovana, pode
contribuir promovendo atividades, jogos e brincadeiras que necessitem de maior
atenção. Explicar tarefas de forma gradativa, falar mais próximo da aluna, incluir
cores nas atividades, trabalhar com exemplos, sistematizar algumas tarefas, tirar
objetos próximos ou pessoas que desviem a atenção são medidas que ajudarão a
aluna.
Um exemplo de estratégia é dar um jogo de queimada e delimitar bem claramente
os espaços, colocar coletes nas crianças para determinar as equipes, usar uma

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bola que possua uma cor bem visível, explicar as regras e exemplificar, e, ainda, se
possível, jogar em uma quadra que não tenha outras interferências auditivas e
visuais.
Outra estratégia é aplicar jogos que envolvam ação e reação, para que Giovana

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fique atenta durante a realização do jogo, como o jogo da velha humano, no qual

seõçatona reV
ela precisará identificar sua vez, correr rapidamente, além de encontrar o local
correto e as cores para colocar seu material e ajudar ou pontuar.

AVANÇANDO NA PRÁTICA

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)


Gustavo conseguiu sentar-se depois dos dois anos de idade, batia palmas
constantemente e balançava seu corpo durante o dia todo. Quando Gustavo tinha
três anos de idade, a mãe foi morar em um apartamento e, durante a tarde, levava
seu filho para brincar no parque do prédio, porém, Gustavo permanecia horas
sentado em algum brinquedo e não interagia com outras crianças. A mãe não
percebia nada de anormal, até que uma vizinha, após verificar a situação por
semanas, abordou Juliana, mãe de Gustavo, e perguntou se o seu filho tinha
Transtorno do Especto Autista (TEA). Juliana ficou sem saber responder, porque
não conhecia nada sobre o assunto, e a vizinha, psicóloga, esclareceu que esse
transtorno geralmente é identificado após os 18 meses, mas os sinais são
perceptíveis por volta dos três anos, idade de Gustavo. Juliana perguntou, então,
quais eram os sinais, e a vizinha relatou que as crianças com esse transtorno
possuem maior atenção aos objetos do que às pessoas, dificilmente abraçam,
beijam ou interagem com outras pessoas, não demonstram afetividade ou
reações, passam horas fazendo as mesmas coisas, apresentam dificuldades na
fala, não respondem a chamados, não acompanham brincadeiras, possuem apreço
a determinados objetos, entre outros fatores. Juliana ficou bem espantada, pois
percebeu que seu filho tinha todos aqueles comportamentos. Ao notar que, talvez,

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a vizinha esteja certa, o que Juliana deve fazer? Quais os primeiros passos para
auxiliar ou conviver com uma criança com TEA? Autismo é uma doença? Tem cura?
É uma deficiência?

0
RESOLUÇÃO 

seõçatona reV
Para a resolução dessa situação, é necessário que Juliana leve seu filho a um
neurologista, a fim de que sejam feitas as devidas avaliações e, caso seu filho
seja realmente diagnosticado com TEA, ela deve orientar seus familiares e
amigos, bem como a escola que Gustavo vier a frequentar, sobre o assunto.
Geralmente, a mãe e o pai, quando recebem essa notícia, ficam confusos e,
para que a criança seja bem acolhida e auxiliada, os pais devem também ter
um acompanhamento psicológico. No caso de Juliana, ela deve procurar esse
acompanhamento, inclusive em grupos de apoio, pois isso a ajudará a
entender e lidar com a situação.
O auxílio de outros profissionais contribuirá para o desenvolvimento e o
aprendizado de Gustavo, como psicólogos, fonoaudiólogos, psicomotricistas,
neurologistas, psicopedagogos, professores, entre outros. Trabalhar a
paciência, auxiliar na comunicação, mostrar interesse pelo universo da criança,
dar amor e acreditar no seu potencial são estratégias que podem contribuir.
O autismo não é doença, e sim um transtorno no cérebro que afeta a
comunicação e a vida social. Não tem cura e, apesar de não ser uma doença,
de acordo com a medicina, está incluído no Estatuto das Pessoas Com
Deficiência.

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