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Abaixo segue, coletânea de poemas de indígenas selecionados pelo 2° ano TI - Turma Única

e é apresentada como requisito parcial da disciplina Língua Portuguesa ministrada pela Profª
Dra. Ivana Freitas no Instituto Federal da Bahia – Campus Camaçari. A organização e
divulgação dessa coletânea tem como objetivo dar visibilidade à produção poética de pessoas
indígenas e, portanto, contribuir para a implementação da Lei 11.645/08 no IFBA Campus
Camaçari.

Ser indígena - Ser omágua


Márcia Kambeba

Sou filha da selva, minha fala é Tupi.


Trago em meu peito,
as dores e as alegrias do povo Kambeba
e na alma, a força de reafirmar a
nossa identidade
que há tempo fico esquecida,
diluída na história
Mas hoje, revivo e resgato a chama
ancestral de nossa memória.

Sou Kambeba e existo sim:


No toque de todos os tambores,
na força de todos os arcos,
no sangue derramado que ainda colore
essa terra que é nossa.
Nossa dança guerreira tem começo,
mas não tem fim!
Foi a partir de uma gota d’água
que o sopro da vida
gerou o povo Omágua.
E na dança dos tempos
pajés e curacas
mantêm a palavra
dos espíritos da mata,
refúgio e morada
do povo cabeça-chata.

Que o nosso canto ecoe pelos ares


como um grito de clamor a Tupã,
em ritos sagrados,
em templos erguidos,
em todas as manhãs!

Silêncio Guerreiro
Márcia Kambeba

No território indígena
O silêncio é sabedoria milenar
Aprendemos com os mais velhos
A ouvir, mais que falar.

No silêncio da minha flecha


Resisti, não fui vencido
Fiz do silêncio a minha arma
Pra lutar contra o inimigo.

Silêncio é preciso,
Para ouvir o coração,
A voz da natureza
O choro do nosso chão.

O canto da mãe d’água


Que na dança com o vento
Pede que a respeite
Pois é fonte de sustento.

É preciso silenciar
Para pensar na solução
De frear o homem branco
E defender o nosso lar
Fonte de vida e beleza
Para nós, para a nação!

Território ancestral
Márcia Kambeba

Maá munhã ira apigá upé rikué


Waá perewa, waá yuká
Waá munhã maá putari.

Tradução:
O que fazer com o homem na vida,
Que fere, que mata,
Que faz o que quer.

Do encontro entre o “índio” e o “branco”,


Uma coisa não se pode esquecer,
Das lutas e grandes batalhas,
Para terra o direito defender.

A arma de fogo superou minha flecha,


Minha nudez se tornou escandalização,
Minha língua foi mantida no anonimato,
Mudaram minha vida, destruíram o meu chão.

Antes todos viviam unidos,


Hoje, se vive separado.
Antes se fazia o Ajuri,
Hoje, é cada um para o seu lado.

Antes a terra era nossa casa,


Hoje, se vive oprimido.
Antes era só chegar e morar,
Hoje, nosso território está dividido.

Antes para celebrar uma graça,


Fazia um grande ritual.
Hoje, expulso da minha aldeia,
Não consigo entender tanto mal.

Como estratégia de sobrevivência,


Em silêncio decidimos ficar.
Hoje nos vem a força,
De nosso direito reclamar.
Assegurando aos tanu tyura,
A herança do conhecimento milenar

Mesmo vivendo na cidade,


Nos unimos por um único ideal,
Na busca pelo direito,
De ter o nosso território ancestral.

O que fazer com homem na vida


Que fere, que mata,
Que faz o que quer?

UNIÃO DOS POVOS


Marcia Wayna Kambeba

Nós, povos indígenas,


Habitantes do solo sagrado,
Mesmo sem nossa aldeia,
Somos herdeiros de um passado.
Buscamos manter a cultura,
Vivendo com dignidade,
Exigimos nosso respeito,
Mesmo vivendo na cidade.
Somos parte de uma história,
Temos uma missão a cumprir,
De garantir aos tanu muariry¹,
Sua memória, seu porvir.
Vivendo na rytama² do branco,
Minha uka³ se modificou,
Mas, a nossa luta pelo respeito,
Essa ainda não terminou.
Pela defesa do que é nosso,
Todos os povos devem se unir,

Relembrando a bravura,
Dos Kambeba, dos Macuxi,
Dos Tembé e dos Kocama,
Dos valentes Tupi Guarani.
Assim, os povos da Amazônia,
Em uma grande celebração,
Dançam o orgulho de serem,
Representantes de uma nação,
Com seu canto vem dizer: Formamos uma aldeia de irmãos.

PANKARARU
Eliane Potiguara

Sabem, meus filhos...


Nós somos marginais das famílias
Somos marginais das cidades
Marginais das palhoças...
E da história ?

Não somos daqui


Nem de acolá...
Estamos sempre ENTRE
Entre este ou aquele
Entre isto ou aquilo !

Até onde aguentaremos, meus filhos ?...

Iracema sem chão


Auritha Tabajara

Sou Auritha Tabajara


Nascida longe da praia,
Fascinada pelas notas
E Melodia da jandaia.
No Ceará foi à festa
Meu leito foi a floresta
Na companhia de Maia.
Minha essência ancestral
Me encontra cordelizando,
Em amparo faz-me existir,
Ao mundo eu vou contando,
Que minha forma de amar,
Ninguém vai colonizar,
Da arte vou me armando.
Filha da mãe Natureza
Mulher indígena eu sou,
Com a força feminina
Cinco século atravessou,
Cada vez mais sábia e forte,
Seu medo não é morte
Que o preconceito gerou.
Hoje essa mulher levanta
Com letra e voz autoral,
Contra toda violência,
Por um amor ancestral,
De um corpo esvaziado,
Usado sem ser amado,
Na lei do homem normal.
E baseado na bíblia,
O homem veio ditar,
Sua fé diz que é pecado,
O mesmo sexo amar,
E com massacre e doença,
Nossa língua e nossa crença,
Tentaram assassinar.
Essa força feminina,
Traz um sagrado poder,
Pois nascemos da floresta,
E com ela vamos morrer,
É nossa ancestralidade
E nossa diversidade,
Que nos faz sobreviver.
Minha avó é referência,
Desde o tempo de menina,
Até me tornar mulher,
Nas histórias que ela ensina,
Estou pronta para voar,
A minha forma de amar
Raiz que nunca termina.
Fui casada tive filhos,
Quatro para variar,
Vitória Kawenne Cauê,
Ana vem comigo ficar,
Vitória e Cauê morreram,
E para o meu desespero,
Kawenne não sei onde está.
Eu não sou como Iracema,
A de José de Alencar,
Virgem dos lábios de mel,
Sem história pra lembrar,
Trago comigo a memória,
Sou Auritha com história,
Mulher livre para amar.
Sou lésbia, sou indígena,
Resistindo a violência
Nordestina, feminista,
Sou mulher de resistência
Ao regime a dominação,
Vivo a descriminação
Desigualdade e persistência.

Dia do indígena Destruição


Francinaldo Gûyraguasu – Potiguara da Aldeia Akajutibiró/PB

Quando olhei as nossas matas


Numa triste destruição
Os animais estão morrendo
Graças o homem sem coração
Que beleza era essas matas
Dá vontade de chorar
Ouvindo o canto dos passarinhos
Fugindo souto em seu caminho
Até mesmo os nossos rios
Estão sendo destruídos
Cortando as árvores de suas margens
Mudando o curso já poluído
Hoje vejo muitas árvores
Cortadas e até queimadas
Eu fico triste nesse instante
Por que tamanha destruição
Quando o verde dessas matas
Tocar no teu coração
Vendo tudo o que fizeste
Com o teu povo e o teu irmão
A natureza é nossa Mãe
Jamais perdoa um filho seu
Que tenta ela destruir
Com arrogância e ambição.

Eu sou a floresta
Kamikia Kisedje

Eu sou a floresta
A floresta sou eu
Eu sou o rio que corre
E o pássaro que voa

Eu sou o vento que sopra


E a chuva que cai
Eu sou a vida que pulsa
E a morte que renasce

Eu sou a força da terra


E a sabedoria dos antigos
Eu sou a luta pelo futuro
E a memória do passado.

O que está por vir?


Tania Sayri

Quando pequena não sabia onde estaria


Mas vivia o dia presente, alias vivo dia a dia
O futuro? Ainda me é incerto...
Quando chegue lá espero ter entendido o porquê O porquê de terem me trazido ao Brasil
Tenho certas suspeitas de possíveis respostas e caminhos
Mas sei que esses caminhos são construídos no cotidiano
Me rodeio mais de mulheres indígenas
As quais me acolhem e me dão força
Sei que estiveram presentes no passado, presente e estarão no futuro
A união no traz sororidade
Lá chamamos de feminismo comunitário
Um feminismo que atenda nossas causas
Pois ser mulher racializade não é fácil nesta sociedade que nos coloca

Ser mulher indigena aymara imigrante não tem sido fácil


Carrego em mim tudo que minhas ancestrais conquistaram e passaram
Não posso parar agora... não agora
Mantenho a esperança para que construamos em coletivo
Um mundo melhor para todos nós
Isto... em qualquer lugar que estejamos
Que seja independente das fronteiras
Porque já estávamos aqui em Abya Yala há muito antes.

Retomada
Xipu Puri

a gente precisa de ser terra


para ser céu
para ser rio e chuva
a mata que canta bonita sob ope
petara que nos pergunta o porque do porquês
sonhamos em ver os filhos em roda
sonhamos em ver a chama
retoma, parente!
tome a honra dos que te trouxeram a vida
tome o rezo com a alma
tome a história
e atire-se como uma flecha
no espiral de nosso tempo
pois a gente vive pelo sonho, parente
pois o (en)canto nasceu conosco…

AOS POTIGUARAS
Eva Potiguara

Rasgou-se o manto dos teus cabelos


Ficaram expostas tuas queimaduras do tempo
Roubaram tua pureza e juventude
Prostituíram teu coração e cultura
Teu cocar venderam ao museu
Tuas artes são cinzas de taipa
Te restaram os tijolos como céu
As histórias e lendas de papel

Grande reencontro
Sony Ferseck

Por sob o dourado


a palha viva
ornamento ocre
do vento que passa
por sobre as serras
meu tom de terra
me confunde o corpo
cor de semente
de sucupira
Por sob a sombra
o caminho e a pegada
ardo em trilhas (de fogo)
:Não existe o nada
Por entre as mãos
trabalho tuas mãos
em minhas
que se abrem
em dedos de cinza
fumaça, tabatinga e jenipapo
em tinta se fecham
em roda, canto, voz, meninas
Gesto gestos
meu lugar – junto – às irmãs
à Wei*
Assim me a – guardo
te a – guardo
em via.

O povo antigo
Thiago Cóstackz

Eu sou meus ancestrais e eles são eu


Eu estou neles e eles sempre estão comigo
Pois vivem dentro de mim
Eu sou o povo antigo e o povo antigo sou eu
Eu já vivi neles e hoje eles vivem dentro de mim

Tana Kumuera Ymimiua


[nossa língua ancestral]
Márcia Kambeba

Não se pode dizer que os Kambeba


Esqueceram a língua Tupi
Ainda existem falantes
Que não a deixam sumir
No ensinamento dos que sabem
Memorizo o que aprendi.

Kumiça yuria! Kumiça ypaçu!


[Fala, mata! Fala, lago!]

May-tini na sua grandeza


Por não conseguir entender
Viu nossa fala com estranheza
Português fez o povo aprender.

Mas os Kambeba com esperteza


Ensinavam em segredo
Superando o que seria
O fantasma do seu medo.

A língua não é determinante


Para se poder dizer
Que um indígena não é Kambeba
Por não saber escrever
Na língua do seu povo
A afirmação está no seu ser.
[Tradução de May-tini: homem branco]

Sempre haverá uma pedra no cais


Monsyerra Batista

Ainda lembro do dia


Quando você largou a minha mão
Senti que a muralha da China morava em nós
Naquele dia, o orgulho falou mais alto, suprimindo
A voz, que clamava em nossos corações

Não é mais possível acreditar nas estrelas do zodíaco


Se nossas almas perderam o norte e vagam frias
Ninguém quer saber de ouvir a voz da consciência
Ninguém quer pensar diferente, nem ter paciência

Nenhuma delicadeza passa imune pelo corredor polonês


Que se transformou na sangria da sensibilidade humana
Nenhuma sementeira de um grande amor floresce
Na aridez da desconfiança e do materialismo ególatra

A saudável e sagrada energia de fazer amor com quem se ama


Não nos permite mais flertar sem a censura e o aceno da dor
Por mais que tentemos nos purificar na fé, alguém sempre desiste
E as portas fechadas pro amor fazem de nós românticos zumbis

Vagando desterrados e bêbados pelos becos da nossa miséria


Lembrando e esquecendo que um dia já fomos melhores
Que sacrificamos nossas melhores promessas de paz e prazer
Por doutrinas, medos e carreiras, que só nos criminalizaram

Hoje fomos resgatados por missionários, no vale dos suicidas,


E nem uma linha desta luta será escrita nos anais da história
Tudo que aprendemos nos aborta daquilo que mais amamos
Por isso, não guarde a sua felicidade no futuro, ele pode não chegar

Entre fugir de casa com o amor da sua vida


Ou ficar esperando na pedra do cais
Aventure-se com fé e mergulhe com intensidade
Em cada momento de sonho, entrega e prazer
Declare-se aos gritos e reclame no murmúrio do confessionário

Porque tudo na vida acaba, inclusive a alegria e a coragem


Pra embarcar no carrossel cor-de-rosa das loucuras de amor
Contudo, permita-se ouvir a voz do coração, enquanto tem um
Pois tudo acaba. E sempre haverá uma pedra esperando no cais.
Firmamento
Monsyerra Batista

A arte sendo bem feita é elevada


Instigante, inspiradora e mágica
Uma simples fagulha de promessa
Torna-se para os amantes
Uma lua de cristal
Para as mães, um cantinho de céu
E, para as almas infantis, uma estrela-guia
Anunciando que o medo
É uma brincadeira de mau gosto

A arte elevada é fagulha de estrelas.


E, num piscar de olhos,
um lume, um abraço, a alegria, e a esperança
Raiarão no firmamento insone
Redesenhando em sinistros gemidos de viúvos
Aquarelas de vaga-lumes
E a noite escura cobre-se de cores
Abrindo novamente seu manto oceânico
Somente para o apagar das fadigas
E, assim, sonhar de novo.

DA HUMANIDADE LEVADA PELAS ÁGUAS


Graça Graúna

Viver é perigoso,
o poeta dizia.
Assim mesmo insistimos
em fazer a travessia.
Viver é perigoso,
mas seguimos
vestidos de coragem
na ânsia de encontrar
o olhar generoso
o abraço apertado
a mão amiga
que acolham os nossos sonhos...
Em meio à travessia
a humanidade
é levada pelas águas
e tudo que me fica
é uma tênue esperança
que se alastra pelo mundo
nos sonhos do pequeno anjo
de asas partidas.

Apesar das muralhas


e dos arames farpados,
o direito à Paz nos aproxima.
Viver é perigoso,
mas insistimos....

RESISTÊNCIA
Graça Graúna

Ouvi do meu pai que a minha avó benzia


e o meu avô dançava
o bambelô na praia, e batia palmas
com as mãos encovadas
ao coco improvisado,
ritmando as paixões
na alma da gente.
Ouvi do meu pai que o meu avô cantava
as noites de lua, e contava histórias
de alegrar a gente e as três Marias.

Meu avô contava:


a nossa África será sempre uma menina.
Meu pai dizia:
ô lapa de caboclo é esse Brasil, menino!
E coro entoava:
_ dançamos a dor
tecemos o encanto
de índios e negros
da nossa gente

NÃO HÁ FRONTEIRAS PARA O PERTENCIMENTO


Julie Dorrico

De um porto a outro
De norte a sul
Karitiana, guarani e macuxi

De um gosto a outro
Cruzeiro-do-sul
Kaingang, omágua/kambeba, pankararu

De um porto a outro
De norte a sul
Do meu ponto de referência
Viva os munduruku!

De um gosto a outro
De norte a sul
Wapichana, mura e mara-guaçús
Baniwa, Kadiwel e Guaicurús

No silêncio dos olhos de meus parentes amarelos


Ouço os sons dos maracás
Vejo a cor do urucum e do jenipapo em suas peles
Sinto o orgulho do pertencimento que sempre exala em seus cabelos!
Em suas sombras toca o tambor:
Eu sou! Eu sou! Eu sou!
Indígena eu sou!

De um porto a outro
De norte a sul
Do meu ponto de referência
Viva os kai-gua-ya-xucu

De um porto a outro
De norte a sul
Povos indígenas
Nessa vida e em tantas outras
Eu sou.

NATIVO BRASILIS
Zélia Balbina Puri

Não sou índio não Senhor!


Não com está conotação
Não sou arruaceiro,
Nem sou baderneiro.
Sou filho desta Nação!

Não sou um bicho do mato,


Mas, respeito a natureza.
Preservo a Flora e a Fauna
Com toda sua beleza.

Não sou um “mito” passado,


Embelezando Museu.
Eu vivo nos descendentes
Que a tudo sobreviveu!

Não sou “figura folclórica”


Em uma data a habitar
Sou filho desta terra
Nela vivo todos os dias,
E tenho o direito de aqui estar!

O branco chamou de “índio”


O nativo que aqui vivia
Não se preocupando
Em separar as etnias.

Então...

Sou “índio” na essência


Na cultura e no saber
E todos deveriam
Com o “INDIO” aprender.

Ser NATIVO ou ser ÍNDIO!


Depende da conotação.
Como apelido pejorativo,
Não aceito!
Ah... isso não!

Mas, como um ser da natureza


Que vive o prazer de viver
Eu sou “índio” com certeza
E tenho orgulho de dizer!!!!

EU SOU MACUXI, FILHA DE MAKUNAIMA


Julie Dorrico

Eu sou filha de Makunaima, que


criou minha avó:

primeiro de cera (mas ela derreteu!)

e depois de barro: resistindo ao sol e


passando a existir para sempre.

Um dia ela bebeu caxiri


e resolveu brincar
porque só assim podia
criar minha mãe
e ela criou!
Mas decidiu que a língua de minha mãe seria o inglês,
assim, minha mãe não se aborreceria e sua vida seria mais fácil.
A língua de minha mãe é diferente da de minha avó,
minha avó fala a língua de Makunaima.
Um dia minha mãe decidiu me criar mulher.
E criou, lá na década de 1990, bem certinho.
Decidiu, porém, que minha língua não seria nem o macuxi, como de minha ancestral,
nem o inglês dos britânicos,
mas o português.
Eu não quis não.
Então resolvi criar a minha própria.
Como não posso fugir do verbo que me formou,
juntei mais duas línguas para contar uma história:
O inglexi e o macuxês
porque é certo que meu mundo – o mundo – precisa ser criado todos os dias.
E é transformando minhas palavras que apresento minha voz nas páginas adiante.

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