Você está na página 1de 20

Acidentes: conceituação e classificação.

NBR 14.280 - acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal

“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou
pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.”

incidente o acontecimento relacionado com o trabalho que, não obstante a severidade, origina ou poderia ter originado
dano para a saúde.

acidente é um incidente que deu origem a lesões, ferimentos, danos para a saúde ou fatalidade.

conceito técnico ou prevencionista classifica como acidente do trabalho em que ocorrem situações de que resultem ou
não em lesões, com ou sem afastamento, aos trabalhadores, incluindo situações em que ocorrem apenas danos materiais
e perda de tempo útil como, por exemplo, parada da linha de produção.

NBR 14.280 – Classificações


acidente sem lesão: Acidente que não causa lesão pessoal.
acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja
interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.
acidente impessoal: Acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como
causador direto da lesão pessoal. - Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão
 Acidente inicial: Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes
 Acidente impessoal (em espécie): Caracterização da ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou
poderia ter resultado acidente pessoal.
acidente pessoal: Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado

Classificações:
1. Quanto à Causa:
 Acidentes típicos: Decorrentes da atividade laboral, mesmo sem culpa do empregador.
 Acidentes de trajeto: Ocorrem no trajeto entre a casa e o trabalho (e vice-versa).
 Doenças ocupacionais: Provocadas ou agravadas pelas condições do trabalho.

2. Quanto à Gravidade:
 Leves: Não causam lesão ou incapacidade para o trabalho.
 Graves: Causam lesão com incapacidade para o trabalho por mais de 15 dias.
 Gravíssimos: Causam morte, invalidez permanente ou incapacidade para o trabalho por mais de 120 dias.

3. Quanto à Natureza:
 Acidentes de trabalho: Ocorrem no exercício da função, no local de trabalho ou a serviço da empresa.
 Doenças profissionais: Provocadas ou agravadas pelas condições do trabalho.
 Doenças do trabalho: Relacionadas ao ambiente de trabalho, mas não necessariamente causadas por ele.

4. Quanto à Tipificação Legal:


 Acidentes comuns: Não possuem relação com o trabalho.
 Acidentes de trabalho: Possuem relação com o trabalho.

5. Quanto à Responsabilidade:
 Acidentes culposos: Causados por negligência do empregador ou do empregado.
 Acidentes fortuitos: Causados por caso fortuito ou força maior.
Classificação NBR 14.280:
10.00.00.000 Espécie de acidente impessoal
 Queda, projeção ou resvaladura de objeto
 Vazamento, derrame
 Descarga elétrica não atmosférica, curto-circuito
 Incêndio ou explosão
 Desabamento ou desmoronamento
 Acidente proveniente de fenômeno natural
o Enchente ou inundação
o Granizo
o Tufão, ciclone e similares
o Abalo sísmico
o Descarga elétrica atmosférica
o Acidente proveniente de fenômeno natural, NIC
Acidente no transporte
 Acidente no transporte privado
o Com veículo terrestre
o Com embarcação
o Com aeronave
o Acidente no transporte privado, NIC
 Acidente no transporte público
o Com trem
o Com bonde
o Com ônibus
o Com metrô
o Com táxi
o Com embarcação
o Com aeronave
o Acidente no transporte público, NIC
Espécie, NIC
Espécie inexistente

20.00.00.000 - Tipo de acidente pessoal


 Impacto de pessoa contra
o Objeto parado
o Objeto em movimento
 Impacto sofrido por pessoa
o De objeto que cai
o De objeto em outras formas de movimento
 Queda de pessoa com diferença de nível
o De torre, poste, árvore
o De andaime, passagem, plataforma
o De escada móvel ou fixada cujos degraus não permitem o apoio integral do pé
o De material empilhado
o De veículo
o De veículo de tração funicular, como elevador
o Em escada permanente cujos degraus permitem apoio integral do pé
o Em poço, escavação, abertura no piso (da borda da abertura)
o De animal
o Queda de pessoa com diferença de nível, NIC
 Queda de pessoa em mesmo nível
o Em passagem ou superfície de sustentação
o Sobre ou contra alguma coisa
o Queda de pessoa em mesmo nível, NIC
 Aprisionamento em, sob ou entre
o Objetos em movimento convergente, como calandra ou moenda, ou de encaixe
o Um objeto parado e outro em movimento
o Dois ou mais objetos em movimento, sem encaixe
o Desabamento ou desmoronamento de edificação ou barreira
o Aprisionamento em, sob ou entre, NIC
 Atrito, abrasão, perfuração, corte
o Por encostar, pisar, ajoelhar ou sentar em objeto (sem vibração)
o Por manusear objeto (sem vibração)
o Por objeto em vibração
o Por corpo estranho no olho
o Por compressão, perfuração, corte
o Atrito, abrasão, perfuração, corte, NIC
 Reação do corpo a seus movimentos
o A movimento involuntário (escorregão sem queda)
o A movimento voluntário
o Reação do corpo a seus movimentos, NIC
 Esforço excessivo
o Ao erguer objeto
o Ao empurrar ou puxar objeto
o Ao manejar, sacudir ou arremessar objeto
o Esforço excessivo, NIC
 Exposição à energia elétrica
o Baixa tensão
o Alta tensão
o Exposição à energia elétrica, NIC
 Contato com objeto ou substância a temperatura muito alta ou muito baixa
o Muito alta
o Muito baixa
 Exposição à temperatura ambiente elevada ou baixa
o Elevada
o Baixa
 Inalação, ingestão ou absorção, por contato, de substância cáustica, tóxica, nociva
o Inalação
o Ingestão
o Absorção
o Inalação, ingestão ou absorção, por contato, de substância cáustica, tóxica, nociva, NIC
 Imersão (Afogamento)
 Exposição à radiação não ionizante
 Exposição à radiação ionizante
 Exposição ao ruído
o Contínuo
o De impacto
o Exposição ao ruído, NIC
 Exposição à vibração
 Exposição à pressão ambiente anormal
o Elevada
o Baixa
 Exposição à poluição
o Da água
o Do ar
o Do solo
o Exposição à poluição, NIC
 Ação de ser vivo (animais, inclusive o homem e vegetais)
o Por mordedura, picada, chifrada, coice, não se aplicando no caso de haver peçonha ou transmissão de
doença
o Por contato
o Por agressão humana
o Com peçonha
o Com transmissão de doença
o Ação de ser vivo, NIC
 Tipo, NIC
 Tipo inexistente

Causas de acidentes:
40.00.00.000 - Fator pessoal de insegurança: Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do
acidente ou à prática do ato inseguro.
 Fatores Fisiológicos:
o Fadiga e sono
o Doenças
o Medicação
o Alcoolismo e uso de drogas
o Limitações físicas e sensoriais
 Fatores Psicológicos:

o Estresse
o Ansiedade
o Depressão
o Falta de atenção
o Distúrbios do sono
o Falta de motivação
 Fatores Sociais:
o Pressão no trabalho
o Falta de treinamento
o Falta de comunicação
o Cultura organizacional inadequada
o Problemas pessoais

50.00.00.000 - Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência de acidente. RISCO ASSUMIDO NÃO É ATO INSEGURO.
Na caracterização do ato inseguro deve-se levar em consideração o seguinte:
a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda,
algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por terceiros;
c) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo inseguramente;
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente à ocorrência do acidente – sendo razoável esperar-
se que durante esse tempo a administração o descobrisse e eliminasse - o ato que criou esse risco não deve ser
considerado ato inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente relacionado com a ocorrência do acidente, no que
diz respeito ao tempo;
e) o ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de regulamentos
formalmente adotados, mas também se caracteriza pela não observância de práticas de segurança tacitamente aceitas.
Na sua caracterização cabe a seguinte pergunta: nas mesmas circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma pessoa
prudente e experiente?;
f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de envolver risco. Por exemplo: o
trabalho com eletricidade ou com certas substâncias perigosas envolve riscos óbvios, mas, embora potencialmente
perigoso, não deve ser considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto, considerado ato inseguro trabalhar com
eletricidade ou com tais substâncias, sem a observância das necessárias precauções;
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido possibilidade de adotar processo
razoável que apresente menor risco. Por exemplo: se o trabalho de uma pessoa exigir a utilização de certa máquina
perigosa, não provida de dispositivo de segurança, isso não deve ser considerado ato inseguro. Entretanto, será
considerada ato inseguro a operação de máquina dotada de dispositivo de segurança, quando tiver sido esse dispositivo
retirado ou neutralizado pelo operador;
h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, não devem ser classificados
como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência a instruções diretas de supervisor deve
ser considerada ato inseguro

60.00.00.000 - Condição ambiental de insegurança: Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua
ocorrência.
 Risco relativo ao ambiente -
o Problemas de espaço e circulação
 Insuficiência de espaço para o trabalho
 Insuficiência de espaço para movimentação de objetos e pessoas
 Passagem e saída inadequadas, por motivos outros que não a insuficiência de espaço
 Controle inadequado de trânsito (aplica-se somente a dependências do empregador). Refere-se a
manutenção de vias de trânsito, iluminação de cruzamentos ou esquinas sem visibilidade,
controle de velocidade e desvio de trânsito de locais perigosos
 Problemas de espaço e circulação, NIC
o Ventilação inadequada (geral e não devida a equipamento defeituoso)
o Existência de ruído
o Existência de vibração
o Iluminação inadequada
o Ordem e limpeza inadequadas
o Risco relativo ao ambiente, NIC
 Defeito do agente
o Mal projetado
o Mal constituído, construído ou montado
o Constituído por material inadequado
o Áspero
o Escorregadio
o Não afiado
o Pontiagudo, cortante
o Gasto, rachado, esgarçado, quebrado
o Defeito do agente, NIC
 Colocação perigosa
o Posição inadequada
o Empilhamento inadequado
o Má fixação contra movimento indesejável (exceto empilhamento inadequado)
o Colocação perigosa, NIC
 Proteção coletiva inadequada ou inexistente
o Sem proteção (excetuados os riscos elétricos e de radiação)
o Com proteção inadequada (excetuados os riscos elétricos e de radiação)
o Falta de escoramento ou escoramento inadequado em mineração escavação, construção
o Não eletricamente aterrado
o Não eletricamente isolado
o Conexão elétrica, chaves elétricas descobertas
o Equipamento elétrico sem identificação ou inadequadamente identificado
o Sem blindagem para radiação
o Com blindagem inadequada para radiação
o Material radioativo sem identificação ou inadequadamente identificado
o Proteção coletiva inadequada ou inexistente, NIC
 Método ou procedimento arriscado
o Uso de material ou equipamento potencialmente perigoso (não defeituoso)
o Emprego de ferramenta ou equipamento inadequado ou impróprio (não defeituoso)
o Emprego de método ou procedimento potencialmente perigoso
o Escolha imprópria de pessoal (exceto quando decorrente de fator pessoal de insegurança)
o Ajuda inadequada em caso de levantamento de objeto pesado
o Método ou procedimento arriscado, NIC
 Risco relativo ao vestuário ou equipamento de proteção individual
o Falta do adequado equipamento de proteção individual
o Vestuário impróprio ou inadequado
o Risco relativo ao vestuário ou equipamento de proteção individual, NIC
 Risco inerente a ambiente de trabalho externo
o Risco inerente a dependências inseguras, de terceiros
o Risco inerente a material ou equipamento inseguro de terceiros
o Outros riscos relacionados com a propriedade ou a atividade de terceiros
o Risco da natureza
o Risco inerente a ambiente de trabalho externo, NIC
 Risco relacionado com ambiente público
o Risco relacionado com o transporte público (quando passageiro de veículo público)
o Risco relacionado com o trânsito (nas ruas, estradas ou rodovias públicas)
o Risco relacionado com ambiente público, NIC
 Condição ambiente de insegurança, NIC
 Condição ambiente de insegurança inexistente

Outra classificação:
 Fatores físicos
 Fatores químicos:
o Presença de produtos químicos perigosos
o Falta de ventilação adequada
o Falta de EPI adequado
 Fatores biológicos:
o Presença de agentes biológicos perigosos
o Falta de higiene
o Falta de medidas de controle
 Fatores psicológicos:
o Ambiente de trabalho estressante
o Falta de comunicação
o Cultura organizacional inadequada

Consequências do acidente: lesão pessoal e prejuízo material.


Lesão pessoal: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqüência de acidente do trabalho.
 natureza da lesão: Expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais.
 localização da lesão: Indicação da sede da lesão.
 lesão imediata: Lesão que se manifesta no momento do acidente.
 lesão mediata (lesão tardia): não se manifesta imediatamente após a circunstância acidental da qual resultou.
o doença do trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa
capaz de provocar lesão por ação mediata.
o doença profissional: causada pelo exercício de atividade específica, constante de relação oficial.
 Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde a
lesão.
 lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): impede o acidentado de voltar ao
trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente.
 lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): não impede o acidentado de
voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente. exige, no
entanto, primeiros-socorros ou socorros médicos de urgência.
prejuízo material: Prejuízo decorrente de danos materiais, perda de tempo e outros ônus resultantes de acidente do
trabalho, inclusive danos ao meio ambiente.

Agente do Acidente e fonte de lesão:


30.00.00.000 - agente do acidente (agente): Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de
insegurança, tenha provocado o acidente, sem considerar se provocou ou não a lesão.
O agente, sempre dependente da existência de uma condição ambiente de insegurança, é o equipamento que libera a
referida energia.

35.00.00.000 -fonte da lesão: Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão.
Se uma lesão resultar do contato violento com dois ou mais objetos, simultaneamente ou em rápida seqüência,
sendo impossível determinar qual foi o objeto que diretamente produziu a lesão, escolher a fonte da lesão na forma
seguinte:
o quando a opção for entre um objeto em movimento e outro parado, escolher o objeto em movimento;
o quando a opção for entre dois objetos em movimento ou entre objetos parados, escolher o objeto tocado por
o último;
o indicar "movimento do corpo" como fonte da lesão, apenas quando a lesão tiver resultado, exclusivamente, de
tensão provocada por movimento livre do corpo ou suas partes (voluntário ou involuntário) ou de posição do
corpo forçada ou anormal. Compreendem-se, aí, os casos de distensões, luxações, torções, que tenham resultado
de esforços diversos, inclusive os necessários para retomar o equilíbrio, desde que a perda de equilíbrio não
culmine em queda ou em contato violento com um objeto acima da superfície de sustentação;
o não indicar "movimento do corpo" como fonte da lesão se esta tiver ocorrido durante uma queda, ou se tiver
decorrido de batida em um objeto qualquer, ou do ato de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar
objetos. No caso de queda, indicar a superfície ou o objeto sobre o qual o corpo da pessoa veio a parar. No caso
de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar um objeto, indicar o objeto sobre o qual o esforço físico
foi exercido;
o se, em decorrência de acidente com veículo, uma pessoa que estava nesse veículo sofrer lesão, indicar o veículo
como fonte da lesão;
o deve ser assegurada relação entre a fonte da lesão e a natureza da lesão, que possibilite a análise comparativa
desses elementos.

Riscos nas atividades laborais. – NR-05


É qualquer variável que pode causar danos ou lesões graves ao trabalhador, inclusive a morte.
Fatores que influenciam o risco de exposição:
o » o tempo de exposição do trabalhador;
o » a concentração ou intensidade dos agentes de risco no ambiente laboral;
o » as características do agente de risco;
o » a susceptibilidade individual.

Pirâmite de Bird de 1969:

Classificação: MTE 9, MTE 17 E MTE 18


1. físicos,
2. químicos,
3. biológicos,
4. ergonômicos e
5. mecânicos (ou de acidentes).

O espaço existente entre a fonte do risco e o trabalhador é considerado a sua “trajetória”. Cada agente de risco têm pelo
menos uma fonte causadora. As medidas de controle devem ser feitas em um dos três focos possíveis:
» na fonte geradora,
» na trajetória, ou
» no trabalhador.

Agentes de riscos físicos, químicos e biológicos.

Perícias de Insalubridade: Conceito de Insalubridade – NR 15


Perícia de Insalubridade: Realizada por médico do trabalho para avaliar a presença de insalubridade no ambiente de
trabalho e determinar o grau de insalubridade.

Insalubridade: Condição de trabalho que expõe o trabalhador a agentes nocivos (químicos, físicos, biológicos) à saúde,
acima dos limites de tolerância estabelecidos pela legislação.

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:


15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.
15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:

15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo - 1º GRAU;
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio - 2º GRAU;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo - 3º GRAU;
15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para
efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.
15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a
insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado,
fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão
competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.
15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do
Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e
classificar ou determinar atividade insalubre.
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito do
Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.
15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.
15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex- officio da perícia, quando
solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

Equipamentos de Proteção Individual: Normas MTE NR-1 e NR-6, Uso e fornecimento do Equipamento de Proteção
Individual, eficácia, neutralização, atenuação.

EPI é o dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, concebido e fabricado para oferecer proteção
contra os riscos ocupacionais existentes no ambiente de trabalho.
Só pode ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA
Quando usar o EPI:
 inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou não suficientes
 medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho
 utilização de equipamento de proteção individual - EPI

Uso:
O EPI, de fabricação nacional ou importado, só pode ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação - CA, expedido pelo órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

Fornecimento:
Organização:
 Aprovado com CA
 Orientar e treinar
 Gratuito, perfeito estado
 Registra o fornecimento (ficha, livro, sistema eletrônico (c/ relatórios), inclusive biometria)
 Exigir o uso
 higienização e manutenção periódica
 Substituição imediata (dano ou extravio)
 Comunicar qualquer irregularidade órgão)
 EPI descartável e creme de proteção – inviável registro – qtdade suficiente, imediato fornecimento e reposição
Trabalhador:
 Usar – apenas para a finalidade
 Limpeza, guarda e conservação
 Comunicar dano, extravio
 Cumprir as determinações

Eficácia, neutralização, atenuação


A eficácia do EPI (Equipamento de Proteção Individual) se refere à sua capacidade de proteger o usuário contra os riscos
específicos para os quais foi projetado. Essa capacidade depende de diversos fatores, como:
 Qualidade do material: O EPI deve ser fabricado com materiais de alta qualidade, que sejam capazes de resistir
aos riscos contra os quais ele protege.
 Design adequado: O EPI deve ser bem projetado para se ajustar ao corpo do usuário e oferecer a proteção
necessária.
 Uso correto: O EPI deve ser utilizado de acordo com as instruções do fabricante para garantir sua eficácia.

A neutralização se refere à capacidade do EPI de eliminar completamente o risco. Isso é possível em alguns casos, como
quando o EPI é utilizado para proteger contra riscos físicos, como cortes ou perfurações.

A atenuação se refere à capacidade do EPI de reduzir a intensidade do risco. Isso é mais comum quando o EPI é utilizado
para proteger contra riscos químicos ou biológicos.

Classificação em EPI de cabeça, membros superiores, membros inferiores, contra quedas de nível, auditivo, respiratório,
tronco e de pele.

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA


A.1 - Capacete:
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; CLASSE A
b) capacete para proteção contra choques elétricos; e CLASSE B
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
A.2 - Capuz ou balaclava:
a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes térmicos;
b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;
c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes; e
d) capuz para proteção do crânio e pescoço contra umidade proveniente de operações com utilização de água

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA


C.1 - Protetor auditivo:
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos nº 1 e 2; CONCHA
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos nº 1 e 2; e PLUG PLASTICO
c) protetor auditivo semiauricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos nº 1 e 2 PLUG ESPUMA

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:
a) peça semifacial filtrante para partículas PFF1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
b) peça semifacial filtrante para partículas PFF2 para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
c) peça semifacial filtrante para partículas PFF3 para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
d) peça um quarto facial ou semifacial com filtros para partículas classe P1, para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas;
peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para partículas classe P2, para proteção das vias
respiratórias contra poeira, névoas e fumos, ou filtros para partículas classe P3, para proteção das vias respiratórias
contra poeiras, névoas, fumos ou radionuclídeos; e
e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos para proteção das vias respiratórias contra
gases e vapores; ou com filtros combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e/ou material
particulado.

D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:


a) sem vedação facial tipo touca com anteparo tipo protetor facial, capuz ou capacete com filtros para partículas
para proteção das vias respiratórias contra material particulado; ou com filtros químicos para proteção contra
gases e vapores; ou com filtros combinados para proteção contra material particulado e/ou gases e vapores; e
b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira com filtros para partículas para proteção das vias
respiratórias contra material particulado; ou com filtros químicos para proteção contra gases e vapores; ou com filtros
combinados para proteção contra material particulado e/ou gases e vapores.

D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:


a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz, protetor facial ou capacete, para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5% ao nível do mar;
b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete, para proteção das vias respiratórias em
operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5% ao nível do mar;
c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira, para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5% ao nível do mar;
d) de demanda com ou sem pressão positiva, com peça semifacial ou facial inteira, para proteção das vias respiratórias
em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5% ao nível do mar; e
e) de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, combinado com cilindro auxiliar para fuga, para proteção
das vias respiratórias em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e à Saúde - IPVS.

D.4 - Respirador de adução de ar tipo máscara autônoma:


a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, para proteção das vias respiratórias em
atmosferas IPVS; e
b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, para proteção das vias respiratórias em
atmosferas IPVS.

D.5 - Respirador de fuga:


a) tipo purificador de ar para fuga, com bocal e pinça nasal, capuz ou peça facial, para proteção das vias
respiratórias contra gases e vapores, quando utilizado com filtros químicos ou combinados, ou contra material
particulado, quando utilizado com filtros para partículas ou combinados, em condições de escape de atmosferas
perigosas com concentração de oxigênio maior que 18% ao nível do mar; e
b) tipo máscara autônoma para fuga, com bocal e pinça nasal, capuz ou peça facial inteira, para proteção das vias
respiratórias em condições de escape de atmosferas IPVS

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO


E.1 - Vestimentas:
a) vestimenta para proteção do tronco contra agentes térmicos;
b) vestimenta para proteção do tronco contra agentes mecânicos;
c) vestimenta para proteção do tronco contra agentes químicos;
d) vestimenta para proteção do tronco contra radiação ionizante;
e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica; e
f) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com utilização de água.

E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do
tronco contra agentes mecânicos.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES


F.1 - Luvas:
a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com utilização de água; e
i) luvas para proteção das mãos contra radiação ionizante.

F.2 - Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos. LUVEX

F.3 - Manga:
a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com utilização de água;
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos; e
f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.

F.4 - Braçadeira: MANGA MAIS CURTA, NÃO CHEGA AO OMBRO


a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes; e
b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

F.5 - Dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES


G.1 - Calçado:
a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com utilização de água; e
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.

G.2 - Meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira:
a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
c) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
d) perneira para proteção da perna contra agentes químicos; e
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com utilização de água.

G.4 - Calça:
a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteção das pernas contra agentes cortantes e perfurantes;
c) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;
d) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com utilização de água; e
f) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica.

EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL


I.1 - Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal.
I.2 - Cinturão de segurança com talabarte:
a) cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
e
b) cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.
Equipamentos de proteção coletiva - EPC’s.

São os artefatos, dispositivos ou assessórios que não têm por finalidade a proteção de um único trabalhador, podendo ser
usados em diferentes situações por diferentes trabalhadores. Para trabalhos em grupo

EPC evita a disseminação desses agentes no ambiente de trabalho ou reduz os níveis ou a concentração desses agentes
no ambiente de trabalho

EPCs têm por objetivo:


• prevenir os trabalhadores ou qualquer terceiro que esteja transitando pelo ambiente de qualquer acidente que
possivelmente possa ocorrer;
• reduzir ou até mesmo anular qualquer risco comum à todos os colaboradores que o ambiente de trabalho possa
fornecer;
• minimizar perdas e aumentar a produtividade, ao fornecer aos trabalhadores um local de trabalho mais seguro.

EPC tem atuação diretamente no ambiente de trabalho e de forma indireta no trabalhador

RISCO OCUPACIONAL é a combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento
perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde.
Podemos afirmar que o EPC, em regra, controla a variável probabilidade e o EPI a variável severidade. o EPC (que
previne) é sempre mais efetivo do que o EPI (que é um "remédio").

EPCs são medidas de engenharia cujo protejo e aplicação são, na maioria dos casos, individualizados. NÃO EXISTE NR.

Exemplos:
 fita zebrada
 rede de proteção
 ventilador
 exaustor,
 iluminação de segurança
 detector de gás
 ar-condicionado
 capela química
 corrimão

Perícias de Periculosidade: Conceito de Periculosidade, Inflamáveis e Explosivos, Substâncias Radioativas, Profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial, Atividade em motocicleta, Atividade com energia elétrica. NR 16

A periculosidade se refere à condição de trabalho que expõe o trabalhador a riscos que podem causar danos à sua saúde
ou à sua integridade física.
 Inflamáveis e explosivos: Trabalhar com substâncias inflamáveis ou explosivas, como gasolina, gás de cozinha,
dinamite etc.
 Substâncias radioativas: Trabalhar com substâncias radioativas, como urânio, plutônio etc.
 Profissionais de segurança pessoal ou patrimonial: Trabalhar como vigilante, segurança pessoal, segurança
patrimonial etc.

O trabalhador que exerce atividade em condições de periculosidade tem direito a receber um adicional de
periculosidade, que corresponde a 30% do seu salário base.

São consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a:


a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.
As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel, são
consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200
(duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.

Líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e inferior ou igual
a 93ºC (noventa e três graus Celsius)

São consideradas atividades perigosas:


 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS
o Conceito: são aquelas que envolvem a manipulação, o armazenamento, o transporte, a detonação ou a
destruição de explosivos
o Áreas de risco são as áreas próximas aos locais onde são armazenados os explosivos, que devem ter
distância conforme NR 16 e será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim
entendido qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas. Depósitos com
barricadas, a distância é metade.
 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS
o Conceito: são aquelas que envolvem a manipulação, o armazenamento, o transporte, a utilização ou a
disposição final de produtos inflamáveis
o Áreas de risco: poços, unidade de processamento, refinarias, tanques, carga e descarga, abastecimento e
enchimentos de tanques e vasilhames desgaseificação, decantação, teste, armazenamento
o Não caracteriza: se em embalagens certificadas e recipientes de até 5 litros.
 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA
NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL
o Conceito: são aquelas que envolvem a proteção de pessoas e bens contra crimes como roubos, furtos,
invasões, sequestros e outros atos violentos
o Segurança Privada ou serviço orgânico de segurança privada (registrada e autorizada)
o Segurança Patrimonial ou pessoal, contratados pela ADM direta ou indireta
 Instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos
o Tipos:
 Vigilância patrimonial
 Segurança de eventos
 Segurança nos transportes coletivos (e instalações)
 Segurança ambiental e florestal (inclusive reflorestamento)
 Transporte de valores
 Escolta armada
 Segurança pessoal
 Supervisão/fiscalização Operacional (dos vigilantes)
 Telemonitoramento/telecontrole
 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA
o Conceito: são aquelas que envolvem a geração, a transmissão, a distribuição, a utilização ou a
manutenção de instalações elétricas
1. Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores:
a) que executam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade, conforme estabelece a NR-10;
c) que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em baixa tensão
no sistema elétrico de consumo - SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR10 -
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
d) das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência - SEP,
bem como suas contratadas, em conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no quadro
I deste anexo
 ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA
o Conceito: aumentam o risco de acidentes e lesões para o motociclista e passageiro, por tempo
prolongado, incluindo: Transportar objetos volumosos ou perigosos, trafegar em condições climáticas
adversas, Trafegar em ruas com buracos ou obstáculos,
Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:
a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela;
b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira nacional
de habilitação para conduzi-los;
c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.
d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o fortuito,
ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOTIVAS
o Conceitos: são aquelas que envolvem a produção, o armazenamento, o transporte, o uso, a
manipulação, o descarte ou a disposição final de materiais radioativos
o Não são consideradas perigosas as atividades desenvolvidas em áreas que utilizam equipamentos móveis
de Raios X para diagnóstico médico. Isso cai muito nas questões!
o Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de recuperação e leitos de internação
não são classificadas como salas de irradiação em razão do uso do equipamento móvel de Raios X.
o Atividades de Risco:
 1. Produção, utilização, processamento, transporte, guarda, estocagem e manuseio de materiais
radioativos, selados e não selados, de estado físico e forma química quaisquer, naturais ou
artificiais
 2. Atividades de operação e manutenção de reatores nucleares
 3. atividades de operação e manutenção de aceleradores de partículas
 4. Atividades de operação com aparelhos de raios-X (fixos), com irradiadores de radiação gama,
radiação beta ou radiação de nêutrons: salas, laboratórios, radioterapia, difratometria, etc
 5. Atividades de medicina nuclear: radioisótopos, braquiterapia,
 6. Descomissionamento de instalações nucleares e radioativas
 7. Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de tratamento de minerais radioativos.

Noções de OHSAS 18.001.


É uma norma internacional que define os requisitos mínimos para a construção de um sistema de gestão de saúde e
segurança ocupacional (SSO) para todos os tipos de organizações, independentemente do tamanho que elas tenham

Estabelece como as empresas podem controlar os riscos ambientais já existentes ou que possam vir a existir no ambiente
de trabalho, considerando a saúde, segurança e integridade dos trabalhadores.

A ISO 45001 foi lançada como uma norma internacional substituta para a OHSAS 18001. A ISO 45001 incorpora muitos
dos princípios e requisitos da OHSAS 18001, mas com uma estrutura mais alinhada com outras normas de sistemas de
gestão, como a ISO 9001 (gestão da qualidade) e a ISO 14001 (gestão ambiental).

As Normas OHSAS para a gestão da SST têm por objetivo fornecer às organizações elementos de um sistema de gestão da
SST eficaz, que possa ser integrado a outros requisitos de gestão, e auxiliá-las a alcançar seus objetivos de SST e
econômicos.

Não se pretende que essas normas, bem como outras Normas Internacionais, sejam utilizadas para criar barreiras
comerciais não-tarifárias, nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização.

Pretende-se que seja aplicada a todos os tipos e portes de organizações e se adeque a diferentes condições geográficas,
culturais e sociais.

O sucesso do sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções e especialmente da Alta Direção

A finalidade geral desta Norma OHSAS é apoiar e promover boas práticas de SST, de maneira balanceada com as
necessidades socioeconômicas.
Aplica o modelo PDCA – Planejar -Executar – Verificar – Atuar ou
Plan-Do-Check-Act.

- Planejar: estabelecer os objetivos e processos necessários para


atingir os resultados de acordo com a política de SST da organização.
- Fazer: implementar os processos.
- Verificar: monitorar e medir os processos em relação à política e
aos objetivos de SST, aos requisitos legais e outros, e relatar os
resultados.
- Agir: executar ações para melhorar continuamente o desempenho
da SST

Política de SST: A Alta Direção deve definir e autorizar


Planejamento:
 Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de controles
 Requisitos legais e outros
 Objetivos e programa(s)
Implementação e operação:
 Recursos, funções, responsabilidades, prestações de contas e autoridades
 Competência, treinamento e conscientização
 Comunicação, participação e consulta
 Documentação
 Controle de documentos
 Controle operacional
 Preparação e resposta a emergências
Verificação:
 Monitoramento e medição do desempenho
 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros
 Investigação de incidente, não conformidade, ação corretiva e ação preventiva
 Controle de registros
 Auditoria interna
Análise crítica pela direção: em intervalos planejados, para assegurar sua continuada adequação, pertinência e eficácia

Aplicação da MTE NR-18.


18.2.1 Esta norma se aplica às atividades da indústria da construção constantes da seção “F” do Código Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE e às atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de
edifícios em geral e de manutenção de obras de urbanização.

Gerenciamento de riscos:
Análise Preliminar de Riscos (APR): consiste em identificar eventos perigosos, causas, consequências e estabelecer
medidas de controle.
É utilizada como primeira ferramenta de estudo, ou seja, consiste em uma análise de forma detalhada que vem antes de
uma determinada tarefa. Por ser uma abordagem inicial, a APR é normalmente uma revisão superficial.
Também poderá ser aplicada em unidades já em operação, permitindo nesse caso, a realização de uma nova revisão dos
aspectos de segurança existentes.
A melhor forma de controle é por lista de verificação (ckecklist).
É desenvolvida com base em uma tabela de registros. Nessa tabela são expressos os dados qualitativos das avaliações de
riscos que são gerados através da expressão matemática frequência X consequência.
Gradações dos riscos:

Análise de Modos de Falha e Efeito (AMFE):


É uma técnica sistemática utilizada para identificar e avaliar potenciais falhas em um sistema, produto ou processo, bem
como os efeitos dessas falhas sobre o desempenho do sistema ou a segurança do usuário.

A análise é individual e não sistemática com outras falhas.

Existem dois tipos principais: relacionada à produtos e à processos.


Etapas:
Identificação dos modos de falha: Nesta etapa, a equipe analítica identifica todos os possíveis modos de falha que podem
ocorrer no sistema, produto ou processo em questão. Um modo de falha é uma maneira específica pela qual o sistema
pode falhar em realizar sua função pretendida.

Avaliação dos efeitos das falhas: Para cada modo de falha identificado, a equipe analisa os potenciais efeitos dessas
falhas sobre o desempenho do sistema, a segurança do usuário, a qualidade do produto ou qualquer outro aspecto
relevante. Isso pode envolver a classificação dos efeitos das falhas com base em sua gravidade e impacto.

Identificação das causas das falhas: Uma vez que os modos de falha e seus efeitos tenham sido identificados, a equipe
analítica investiga as possíveis causas subjacentes a cada modo de falha. Compreender as causas raiz das falhas é
fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e mitigação.

Desenvolvimento de ações corretivas: Com base nas informações obtidas nas etapas anteriores, a equipe propõe e
prioriza ações corretivas para prevenir ou mitigar as falhas identificadas. Isso pode incluir a modificação do design,
aprimoramento dos processos de fabricação, implementação de sistemas de monitoramento, entre outras medidas.

Implementação e acompanhamento: As ações corretivas selecionadas são implementadas e monitoradas ao longo do


tempo para garantir sua eficácia na redução do risco de falhas.

Série de Riscos,
Se refere a uma sequência de eventos ou condições que podem levar a um resultado indesejado.
Envolve identificar e entender cada etapa dessa sequência de eventos, bem como as interações entre elas. Isso permite
que as organizações identifiquem pontos críticos onde intervenções podem ser feitas para interromper a série de riscos e
prevenir o resultado indesejado.

Análise de Árvores de Falhas (AAF).


Identificação do evento indesejado: O primeiro passo na construção de uma árvore de falhas é identificar o evento
indesejado que se deseja prevenir. Isso pode ser uma falha de sistema, um acidente, uma perda de função crítica ou
qualquer outro evento que represente um risco significativo para o sistema em questão.

Identificação das falhas que contribuem para o evento indesejado: A equipe analítica identifica todas as possíveis falhas
que poderiam levar ao evento indesejado. Essas falhas são representadas como nós na árvore de falhas.

Estabelecimento das relações de causa e efeito: Para cada falha identificada, são estabelecidas as relações de causa e
efeito entre essa falha e o evento indesejado. Essas relações são representadas por meio de conexões lógicas na árvore
de falhas, geralmente na forma de portas lógicas, como "E" (e) para "e" (AND) e "OU" para "ou" (OR).

Análise quantitativa (opcional): Em algumas aplicações, a análise de árvores de falhas pode envolver a atribuição de
probabilidades e taxas de falha às diferentes falhas identificadas, bem como a quantificação dos impactos dessas falhas
no evento indesejado. Isso permite uma avaliação mais precisa do risco associado ao sistema.

Desenvolvimento de medidas de prevenção e mitigação: Com base nas informações obtidas na análise da árvore de
falhas, são propostas medidas de prevenção e mitigação para reduzir a probabilidade de ocorrência do evento
indesejado. Isso pode incluir melhorias no design do sistema, implementação de redundâncias, aprimoramentos nos
procedimentos de manutenção, entre outras ações.

Você também pode gostar