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Salvador Ba
05/2023
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aula de bocha
Durante a aula de auditiva foi a mais tranquila de ser feita, foram realizadas
atividades de queimada, onde o objetivo era ter agilidade e força para se
esquivar e arremessar a bola, com o intuito e acertar o adversário. Foi feito o
esporte vôlei sentado onde tinha o objetivo de lançar a bola para o colega de
forma planejada, isto é, tinha uma sequência a ser seguida e os colegas
precisavam ter a coordenação de lembrar as sequências e concluir a etapa.
Teve o circuito de com bolas e jogo da velha, onde quem acertava a bola faria
uma cruzada no jogo da velha. Outra atividade semelhante foi o boliche, com o
objetivo de acertar os cones através de um degrau. Além disso teve uma
atividade de chute a gol com cones, onde quem derrubava os cones entre uma
breja ganhava. Todas essas atividades foram mais suaves para explicar, já que
a deficiência possibilitava entender os gestos feitos na hora com os praticantes.
A aula foi bem dinâmica, com atividades separadas por duplas, tivemos
atividades de futebol com muleta e apoio, era preciso ter coordenação, força e
precisão para acertar a bola e fazer o apoio, quem acertasse o cone primeiro
acertava. Além disso teve a atividade com auxílio e um participante, onde uma
pessoa conduzia o individuo com o membro paralisado pra fazer a flexão de
braço enquanto o outro conduzia bola e posicionava para o cadeirante chutar e
acertar os cones. Outra atividade com a corrida suicídio e o arremesso no
bambolê, quem fazia em menos tempo ganhava. Teve atividades com saltos e
arremessos. Todas essas atividades precisavam ter agilidade, consciência
corporal e coordenação motora, além de força e potência muscular e equilíbrio.
Na outra semana teve estudos de casos, onde o grupo teve que apresentar
uma forma de circuito adaptada para cada caso, tivemos circuitos de equilíbrio
no Step, potência segurando uma bola de peso, brincadeiras lúdicas como
imitar um animal, para fazer a criança se interessar e enturmar além da dança
para deixar a criança descontraída. Tivemos uma caminhada com um idoso por
uma corda e coordenação motora e memoria para colocar os cones e os
bambolês em suas devidas ordens e cores, a professora Lélia também
participou e acabou acertando a ordem.
No dia 14/04 tivemos uma aula prática de Karaté com o professor Erik
acompanhado pela turma de educação física do 3° semestre e a professora
Lélia Pinto, para uma demonstração de como é uma aula de karaté para
pessoas com deficiência. Logo de início tomei a liberdade de identificar como
era feita a locomoção até o local da aula, e já de início é notável a dificuldade
de encontrar o local, tendo duas opções de entrada sendo no fim da rua onde
temos uma escadaria com mais de 100 andares, e pelo outro lado que dá a rua
com passagens de carros. Sem dúvidas existe a falta de acessibilidade
principalmente para pessoas que moram longe, exemplo esse que pode ser
dado como um dos alunos que mora em águas claras e amerelina, além de ter
uma ladeira que dificultaria alunos que utilizam cadeira de rodas. Ao entrar na
casa foi possível identificar como era o local em si, com espaço ao ar livre e
plantações na área externa, o chão e algumas partes da parede era coberto
por tatames, facilitando a aula propriamente dita e a segurança dos alunos. O
professor Erik é simplesmente um exemplo de professor, o que mais chamou
atenção foi a forma como ele conversava com os alunos e seus familiares, vale
ressaltar que além dele, os familiares dos alunos consideram Erik como um
membro da família, o que é incrível, um profissional da área da saúde estar
presente na vida das pessoas, promovendo lazer, qualidade de vida, alegria e
disciplina para os alunos e familiares é algo digno de respeito. Ao iniciar a aula
os alunos de karatê ficaram um pouco tímidos em relação a turma de educação
física, mas Erik apresentou cada um com suas deficiências, e isso realmente
mostra como Erik é atencioso e conhece seus alunos. Logo depois das
apresentações o professor começou a contar histórias que já viveu com
aqueles alunos, histórias essas que tiraram muitas risadas de todos que ali
estava presentes. Momentos de professor-aluno que ultrapassa a sala de aula,
seja em campeonatos, treinos, vômitos, mordidas e arranhões levados, Erik
sempre demostrava o seu amor por seus alunos.
Os alunos eram distintos uns dos outros, mas todos eram amigos e se
conhecia, um deles tinha falta de equilíbrio e por conta disso outros ajudavam
independente do que fosse, tinha uma garota que tinha a mobilidade reduzida e
fazia as execuções seguindo as orientações dos professores. O respeito por
aqueles alunos era de se admiram, tanto Erik quanto os alunos zombavam uns
dos outros, colocavam apelidos e até batia uns nos outros, mas tudo era
conforme seus anos de vivência. Outro ponto importante foi o preconceito que
aquelas pessoas sofrem diariamente, ao ver algo de diferente geralmente vão
associar aquilo como fora do normal, e as pessoas com deficiência não foge
disso, foi explicado na aula que o profissional da saúde vai passar por isso,
querendo ou não, caso siga o mesmo rumo, mordidas e tapas serão constantes
e lembrando da melhor frase do dia “se você tem nojinho isso não é pra você”.
Sem dúvidas trabalhar com essas pessoas é muito satisfatório, ver a evolução
de cada um é prazeroso em um nível anormal, ver a porcentagem de 0 chegar
a 10 e manter esse 10 subindo para 15,20,25 é a realização de qualquer
profissional.
5. CONCLUSÃO
Os alunos e o professor Erik mostrou na prático como é lidar com pessoas com
deficiência em um esporte que exige do corpo físico e mental, e por meio dessa
aula foi possível levar consigo a ideia da real função do profissional de
educação física, que é ir além do corpo, ir além das limitações, adaptações,
compaixão, o amor pela profissão e por seus alunos, ser alguém necessário na
vida daqueles que pensam em nunca tentar, e a partir dai que os estudos de
antropometria se encaixam perfeitamente, estudar o corpo, adaptação para
aquele corpo e ser feliz com aquele corpo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://ava.bahiana.edu.br/moodle/pluginfile.php/837132/mod_resource/content/1/
IMAGEM%20CORPORAL%20-%20CORPOREIDADE%20DA%20PESSOA
%20COM%20DEFICIÊNCIA%20VISUAL.pdf