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ISOSTÁTICAS
𝐹 𝐹 𝐹 M 𝐹
R
A B 𝐹 A B 𝐹
𝐹 R
𝐹 𝐹
M 𝐹
Figura 4-1
A acção exercida pela parte B sobre A manifesta-se através da força resultante R, que passa
por um ponto arbitrário de referência, S, e do momento resultante, M, que equilibram,
evidentemente, a acção das forças 𝐹 e 𝐹 . Da mesma maneira, as forças 𝐹 , 𝐹 e
𝐹 equilibram R e M, a acção exercida pela parte A sobre B. Pode-se, portanto, determinar a
força interna resultante R e o momento interno resultante M, quer a partir do equilíbrio de
forças actuantes na parte esquerda, quer pelo equilíbrio da parte direita, invertendo-se apenas
os sentidos ao mudar o lado da secção considerada. Para facilitar o estudo posterior é mais
cómodo escolher como ponto de referência 𝑆 o centro de gravidade da secção transversal.
Para possibilitar o estudo dos efeitos dos esforços é necessário decompor a força resultante 𝐑
e o momento 𝐌 em componentes segundo direcções distintas, que são as direcções dos eixos
das coordenadas usadas.
1
Decompondo a resultante 𝐑 e o momento 𝐌 (Figura 4-1) em componentes segundo os eixos
das coordenadas 𝑥, 𝑦 e 𝑧 obtêm-se os seguintes esforços seccionais: 𝑁, 𝑇 , 𝑇 , 𝑀 (𝑀 ), 𝑀
e 𝑀 (Figura 4-2 e Figura 4-3). Os esforços internos serão considerados positivos se os seus
vectores tiverem os sentidos positivos dos respectivos eixos coordenados quando a normal
exterior da secção transversal também tem sentido positivo, ou quando os ditos vectores têm
sentidos opostos aos dos eixos em causa se a normal exterior da secção tiver sentido negativo.
z
y
T
𝑅
𝑇
𝐹 𝐹
𝑇
𝑥 𝑁 𝑆 𝐹
A B
S 𝑁
𝐹
𝑇
𝐹
𝑇
𝑅
𝑇
Figura 4-2
z 𝑀′ M y
𝐹 𝐹
𝑀
𝑥 𝑀 𝐹
A B
𝐹 𝑀
𝑀
𝐹
𝑀
𝑀′
Figura 4-3
2
4.2 Esforços internos em estruturas reticuladas planas
D
a/2 B C
a
R_2 = 2qa/3 R_4 = 2qa/3
A E
Figura 4-4
3
q q
T M M
N D
a/2 C
B
N
T
x
a 2a - y
y
R_4 = 2qa/3
A R_2 = 2qa/3 E
Figura 4-5
q q
T
N N
D
a/2 C T
B M M
x a-x
a
R_2 = 2qa/3 R_4 = 2qa/3
A E
Figura 4-6
Exemplo 4-1. Seja dado o pórtico ilustrado naFigura 4-6. Determine as equações dos esforços
internos nos troços BC e CD e trace os respectivos diagramas.
Os sentidos positivos dos esforços internos actuantes numa secção arbitrária S dos troços BC
e CD estão ilustrados nasFigura 4-5 e Figura 4-6. No troço BC os esforços são determinados
4
a partir da condição de o sistema de forças actuantes quer na porção ABS assim como na
porção SCDE estar em equilíbrio.
Do equilíbrio das forças actuantes na porção ABS, por exemplo, na direcção do eixo da barra,
obtém-se
Somando as projecções das forças que actuam na porção ABS, na direcção transversal ao
eixo da barra, obtém-se
A condição do equilíbrio dos momentos das forças que actuam na porção ABS em relação ao
ponto S conduz à expressão
𝑞𝑦
−𝑀 + 𝑅 𝑦 − 𝑅 (𝑎 + 𝑥 sin 𝜃) − = 0.
2
𝑁 = −1.01 + .2425(𝑦/𝑎) 𝑞𝑎
𝑇 = 1.29 − 0.9701(𝑦/𝑎) 𝑞𝑎
𝑀 = (−0.5(𝑦/𝑎) + 4(𝑦/𝑎)/3 − 2/3)𝑞𝑎
𝑁 = −1.01 + 0.2353(𝑥/𝑎) 𝑞𝑎
𝑇 = 1.29 − 0.9412(𝑥/𝑎) 𝑞𝑎 . (4-1)
𝑀 = (−0.4706(𝑥/𝑎) + 1.29(𝑥/𝑎) − 0.667)𝑞𝑎
5
𝑁 = −0.525𝑎 𝑇 = −0.626𝑞𝑎 𝑀 = 0.
1
𝑀 (𝑦 = 𝑎) = 𝑞𝑎 .
6
No troço CD as expressões são mais simples. Pode-se calcular os esforços quer por equilíbrio
das forças actuantes na porção ABCS, quer por equilíbrio das forças actuantes na porção
SDE. Do equilíbrio de forças actuantes na porção SDE, na direcção axial da barra, obtém-se
2
𝑁 = − 𝑞𝑎.
3
3
𝑇 = − 𝑞𝑎.
2
3 2 3 𝑞 (𝑎 − 𝑥 )
𝑀= 𝑞𝑎 × (𝑎 + 𝑥 ) − 𝑞𝑎 × − = −0.5𝑞𝑥 − .5𝑞𝑎.
2 3 2 2
Usa-se o mesmo procedimento para determinar os esforços nas outras barras. Os diagramas
dos esforços internos estão representados naFigura 4-7.
6
0.525 2/3
1.01
dN[qa]
1.5 1.5
1.29 0.5
0.646
0.667 dT[qa]
0.667
1
1/6
0.667
dM[qa^2]
Figura 4-7
𝐹 =0
. (4-2)
𝐹 =0
Exemplo 4-2. Determine os esforços axiais actuantes nas barras da treliça daFigura 4-8.
7
f_2
f_1
C
3L
A
B
3L L
Figura 4-8
f_2
f_1 f_2
C
f_2
N_2
3L N_2 N_3
Figura 4-9
Do equilíbrio dos nós A, B e C resultam 6 equações com igual número de incógnitas, que são
as reacções de apoio 𝑅 , 𝑅 , 𝑅 e os esforços normais 𝑁 , 𝑁 e 𝑁 . Pode-se,
naturalmente, escrever as 6 referidas equações de equilíbrio e calcular em simultâneo as 6
referidas incógnitas. A vantagem deste procedimento é a sistematização dos cálculos, que é o
que normalmente se prefere no cálculo automático. No cálculo manual prefere-se a
8
minimização do volume dos cálculos, que é geralmente conseguida determinando-se, numa
primeira fase, as reacções nos aparelhos de apoio. Depois de determinar as reacções de apoio,
as condições de equilíbrio são depois impostas aos nós da estrutura, originando-se em mais
equações do que as incógnitas disponíveis. Este facto permite que as equações sejam
escolhidas de tal forma que se minimize ainda mais o volume dos cálculos. As restantes
equações de equilíbrio podem depois ser utilizadas para a verificação dos resultados.
As reacções nos aparelhos de apoio desta estrutura foram calculadas no capítulo anterior,
tendo-se obtido
𝑅 = (−1)𝑓 − (0)𝑓
√3
𝑅 = − 𝑓 − (1/4)𝑓
4 .
√3
𝑅 = − 𝑓 − (3/4)𝑓
4
⎧ √3
𝐹 =𝑅 +𝑁 + 𝑁 =0
2 .
⎨ 1
⎩ 𝐹 =𝑅 + 𝑁 =0
2
√3
𝑁 = −R − 𝑁 = (1/4)𝑓 + √3/4 𝑓 .
2
1
⎧ 𝐹 = −𝑁 − 𝑁 = 0
2
.
⎨ √3
⎩ 𝐹 =𝑅 + 𝑁 =0
2
9
Da equação∑ 𝐹 = 0 do sistema acima determina-se𝑁 :
1 1
𝐹 = −𝑁 − 𝑁 = − (1/4)𝑓 + √3/4 𝑓 − (−1/2)𝑓 + −√3/2 𝑓 = 0.
2 2
⎧ √3 1
⎪ 𝐹 =𝑓 − 𝑁 + 𝑁 =0
2 2 .
⎨ 1 √3
⎪ 𝐹 = −𝑓 − 𝑁 − 𝑁 =0
⎩ 2 2
Como os esforços 𝑁 e 𝑁 são conhecidos, estas duas equações são utilizadas para verificar
os resultados. É fácil de ver que estas duas condições são satisfeitas.
𝑁 = (1/4)𝑓 + √3/4 𝑓
𝑁 = √3/2 𝑓 + (−1/2)𝑓 . (4-3)
𝑁 = (−1/2)𝑓 + −√3/2 𝑓
Os nós das treliças espaciais quando isolados da estrutura ficam solicitados por sistemas de
forças concorrentes no espaço, em equilíbrio. As condições que regem o equilíbrio deste tipo
de sistemas é, conforme estudado nos capítulos passados, dada pela equação vectorial
𝐅 = 0, (4-4)
10
⎧ 𝐹 =0
⎪
𝐹 = 0.
⎨
⎪ 𝐹 =0
⎩
Exemplo 4-3. NaFigura 4-10 ilustra-se o esquema de cálculo dos esforças axiais de uma
treliça espacial.
f_1
N_AD
N_AC
L
N_AB -N_AD D_y
D_x D -N_AC
N_DC f_3 L
-N_AB -N_BD
D_z -N_DC f_2
N_BD
-N_BC C
N_BC L
B_x
B
B_z
L
Figura 4-10
As incógnitas reduzem-se para os 6 esforços axiais. Das 12 equações de equilíbrio dos nós
não necessárias apenas 6. As outras 6 podem ser usadas para a verificação da solução. A
equação vectorial de equilíbrio do nó A é
−𝑓 𝑘⃗ + 𝑁⃗ + 𝑁⃗ + 𝑁⃗ = 𝟎⃗. (4-5)
Na equação cima 𝑁⃗ , 𝑁⃗ e 𝑁⃗ podem ser escritos em termos dos seus componentes, isto é,
𝚥⃗ 𝑘⃗ 𝚥⃗ 𝑘⃗ 𝚤⃗ 𝑘⃗
−𝑓 𝑘⃗ + 𝑁 0𝚤⃗ − − +𝑁 0𝚤⃗ − + +𝑁 + 0𝚥⃗ − = 𝟎,
√2 √2 √2 √2 √2 √2
12
1
𝑁 =0
√2
1 1
− 𝑁 − 𝑁 =0 ,
√2 √2
1 1 1
− 𝑁 − 𝑁 − 𝑁 −𝑓 =0
√2 √2 √2
1
𝑁 = − √2𝑓
2
1 ,
𝑁 = − √2𝑓
2
𝑁 =0
−𝑁⃗ − 𝑁⃗ − 𝑁⃗ + 𝑓 𝚤⃗ + 𝑓 𝚥⃗ + 𝐶 𝑘⃗ = 𝟎 (4-6)
ou
𝚤⃗ 𝑘⃗ 𝚤⃗ 𝚥⃗ 𝚤⃗ 𝚥⃗
𝑁 − −𝑁 − −𝑁 + = − 𝑓 𝚤⃗ + 𝑓 𝚥⃗ + 𝐶 𝑘⃗ .
√2 √2 √2 √2 √2 √2
𝑁 𝑁 ⎧ √2(𝑓 − 𝑓 )
⎧ − = −𝑓 ⎪𝑁 =
√2 √2 ⇒ 2 .
⎨𝑁 𝑁 ⎨ √2(𝑓 − 𝑓 )
− = −𝑓 ⎪𝑁 =
⎩ √2 √2 ⎩ 2
𝑁
=𝐶 ,
√2
13
−𝑁⃗ + 𝑁⃗ + 𝑁⃗ + 𝐵 𝚤⃗ + 𝐵 𝑘⃗ = 𝟎 (4-7)
ou
𝚥⃗ 𝑘⃗ 𝚤⃗ 𝚥⃗
−𝑁 0𝚤⃗ − − +N 𝚥⃗ + 𝑁 + + 𝐵 𝚤⃗ + 𝐵 𝑘⃗ = 𝟎.
√2 √2 √2 √2
𝑓 −𝑓 −f
𝑁 = .
2
As condições de equilíbrio de forças nas direcções 𝚤⃗ e 𝑘⃗ podem ser usadas para verificar os
resultados.
Todos os esforços normais já são conhecidos. Tem-se ainda três condições de equilíbrio
disponíveis (as condições que asseguram o equilíbrio do nó D). Estas condições podem, ser
utilizadas para a verificação da solução. Na forma vectorial estas condições são expressas
através da seguinte equação vectorial:
Na Figura 4-11ilustra-se uma barra 𝑒 de uma estrutura plana carregada no próprio plano.
Destaque-se a barra e da estrutura, por cortes na secção i (extremidade A da barra AB) e na
secção j (extremidade B da barra AB). Para manter o equilíbrio é necessário aplicar nas
secções de corte (extremidades 𝑖 e 𝑗) as forças correspondentes ao conjunto de esforços
libertados.
i j
A B
e
Figura 4-11
14
T_i q T_j
M_i M_j
i j
N_j
N_i e
L_e
Figura 4-12
Para que seja possível calcular qualquer esforço interno no elemento genérico e é necessário
conhecer a priori três esforços de extremidades.Tais esforços designar-se-ão por esforços
independentes. Os esforços independentes podem ser escolhidos dequalquer combinaçãodos
seis esforços de extremidade, em que um é normal (𝑁 ou 𝑁 ) e os outros dois são qualquer
par que não incluam simultaneamente os esforços𝑇 e 𝑇 . Pode-se escolher, por exemplo,
como tais forças de extremidade os momentos flectores nas secções extremas, 𝑀 e 𝑀 , e o
esforço axial na secção 𝑗, 𝑁 . Neste caso, os outros esforços de extremidade, obtidos das três
equações de equilíbrio, são:
𝑁 =𝑁 +𝑄
𝑇 =𝑉 +𝑄
. (4-9)
𝑀 −𝑀 +𝑄
𝑇 =
𝐿
Q_2
T_i T_j
M_i M_j
Q_3 Q_1 j
N_i i N_j
e
L_e
Figura 4-13
15
Note-se que os momentos flectores M i e M j são positivos quando estes traccionam o lado
É fácil de ver que a viga simplesmente apoiada da Figura 4-14 solicitada pelos esforços
independentes é estaticamente equivalente ao diagrama de corpo livre da Figura 4-12. Pois,
as reacções do apoio 𝑖 são as forças 𝑁 e 𝑇 e a reacção no apoio 𝑗 é a força 𝑇 . As forças de
extremidade dependentes aparecem agora como reacções de apoio.
q
M_i M_j
i j
N_j
e
L_e
Figura 4-14
i j
e
L_e
Figura 4-15
M_i M_j
i j
N_j
L_e
Figura 4-16
16
Os sentidos positivos dos esforços internos actuantes numa posição genérica 𝑥da barraestão
representados naFigura 4-17.
q
M_i M_j
M(x) M(x)
i S j
N(x) N_j
S e
T(x) T(x) L_e - x
x
Figura 4-17
𝑥 𝑥
𝑀(𝑥) = 1 − 𝑀 + 𝑀 + 𝑀 (𝑥)
𝐿 𝐿
𝑀 −𝑀 . (4-10)
𝑇(𝑥) = + 𝑇 (𝑥)
𝐿
𝑁(𝑥) = 𝑁 + 𝑁 (𝑥 )
Exemplo 4-4. Determine as distribuições dos esforços internos que se verificam na barra BC
do pórtico triarticulado da Figura 4-4 a partir dos seus esforços independentes.
O problema resolve-se pela análise da viga simplesmente apoiada ilustrada naFigura 4-14,
onde o carregamento ilustrado é substituído pela carga distribuída dada no problema e os
esforços independentes 𝑀 e 𝑀 e 𝑁 podem ser obtidos dos diagramas ilustrados naFigura
4-7. Assumindo que a barra está orientada de B para C, os esforços independentes são os
seguintes:
𝑀 = −0.667𝑞𝑎 𝑀 =0 𝑁 = −0.525𝑞𝑎.
17
Com estes esforços independentes e o carregamento dado obtém-se o sistema
ilustradonaFigura 4-18, a partir da qual determinam-se os esforços em qualquer secção no
interior da barra, com o auxílio das três equações de equilíbrio no plano.
M_j
N_j
C
M_i
a/2
B
2a
Figura 4-18
Para tal pode-se aplicar as expressões deduzidas (4-10). Nestas expressões as funções 𝑀 (𝑥),
𝑇 (𝑥 ) e 𝑁 (𝑥 ) são dadas por:
Substituindo estas funções e os esforços independentes obtidos dos diagramas dos esforços
internos na equação (4-10) obtém-se:
𝑥 𝑥
𝑀 (𝑥 ) = 1 − (−0.667𝑞 𝑎 ) + × 0 + ((𝑞 𝐿/2)𝑥 + 𝑞 𝑥 /2)
𝐿 𝐿
0 − (−0.667𝑞 𝑎 ) , (4-11)
𝑇(𝑥 ) = + 𝑞 𝐿/2 − 𝑞𝑥
𝐿
𝑁(𝑥) = −0.525𝑞𝑎 + (−𝑞 𝐿 + 𝑞 𝑥)
onde
𝑀 = 0 𝑀 = qa 𝑁 = −2/3.
M_i M_j
N_j
C D
Figura 4-19
1
0.5
M_i M_j
N_j
(a) C D dM[qa^2]
0.375
C 0.25 D
(c) dM[qa^2]
Figura 4-20
19
O diagrama pretendido,Figura 4-20(c), obtém-se sobrepondo os diagramas ilustrados nas
Figura 4-20(a) e Figura 4-20(b). O diagrama na Figura 4-20(a) é rectilíneo, com ordenadas
iguais a 𝑀 na secção i e 𝑀 na secção j. O diagrama na Figura 4-20(b) é uma parábola que,
como se sabe, tem o valor máximo de𝑞𝑎 /8, a meio vão.
Conforme referiu-se na secção anterior, dos 6 esforços de extremidade de uma peça linear
pertencente a um pórtico plano, pode-se escolher como independentes os esforços M i , M j e
N j . Os esforços independentes são arrumados num vector, ao qual designar-se-á por vector
de esforços independentes:
Mi
x e M j . (4-12)
Nj
7P/(4b)
1 C 3
b
a_1 a_2
P B2 4
D
1.6b
A E
2.5b 1.5b
Figura 4-21
20
7P/(4b)
T_1
M_1
N_1 C
3
1 N_1 1
B M_1 4
P T_1
2 D
A P E
3.1P
3.9P
Figura 4-22
7P/(4b)
1 C 3
T_2
M_2 N_2 M_2 N_2
B 2 B 2 2 4
P x_1 P
D
N_2 M_2
T_2 T_2
x_2
A P A P E
3.1P 3.1P
3.9P
(b) (a)
Figura 4-23
21
7P/(4b)
T_3
N_3 M_3
C 3
1 3
M_3 N_3
P B T_3 4
2 D
P E
A
3.1P
3.9P
Figura 4-24
7P/(4b)
3.9P
C
T_4
1 3 N_4 M_4
P B 4
2 4 D
M_4 N_4
T_4
A P E
3.1P
3.9P
Figura 4-25
22
Os esforços na secção 1 podem ser determinados quer por equilíbrio da porção AB1, quer por
equilíbrio da porção 1CDE (Figura 4-22). Da condição de somatório nulo do momento das
forças que actuam na porção AB1obtém-se
Os esforços na secção 2 podem ser determinados quer por equilíbrio da porção AB2, ou por
equilíbrio da porção 2CDE (Figura 4-23a). Da condição de somatório nulo do momento das
forças que actuam na porção AB2obtém-se
P 1.6b M 2 0 M 2 1.6 Pb .
O esforço normal N 2 pode ser determinado a partir dos esforços x1 e x 2 , por rotação de
eixos (Figura 4-23b). Da condição de somatório nulo de forças que actuam na direcção
horizontal obtém-se
x1 P P 0 x1 0 .
3.1 P x 2 0 x 2 3.1P .
Note-se que o esforço normal N 2 também pode ser determinado pela condição de somatório
nulo das projecções das forças que actuam na porção AB2 (também podia ser 2CDE) na
direcção do esforço normal N 2 :
M 1 3.88125b
x BC M 2 1.6b P .
N 2 1.1513
23
Um corte no ponto 3 divide a estrutura nas porções ABC3 e 3DE (Figura 4-24). Da condição
de somatório nulo do momento das forças que actuam na porção 3DE obtém-se
Um corte no ponto 4 divide a estrutura nas porções ABC4 e 4DE (Figura 4-25). Da condição
de somatório nulo do momento das forças que actuam na porção 4DE obtém-se
M4 0.
Da condição de somatório nulo das forças que actuam na porção 4DE na direcção do esforço
N 4 obtém-se
M 3 3.88125b
x CD M 4 0 P .
N 4 2.1633
Exercício 4-1.Resolva novamente o Exemplo 4-6 a partir das condições de equilíbrio das
porções 1CDE, 2CDE, ABC3 e ABC4.
Quando de exclui o esforço normal N j dos esforços independentes (4-12) obtém-se o vector
Mi
xe . (4-13)
M j
24
4.8 Esforços independentes para um elemento de treliça
xe N j . (4-14)
Para caracterizar o campo de esforços são agora necessários 6 parâmetros (veja Figura 4-2),
os momentos flectores nas secções extremas e o esforço axial e o momento torçor na secção j.
𝑀
⎡𝑀 ⎤
⎢ ⎥
⎢𝑀 ⎥
𝐱 = ⎢𝑀 ⎥. (4-15)
⎢ ⎥
⎢𝑁 ⎥
⎣ 𝑇 ⎦
Para que as restantes forças de extremidade apareçam como reacções da viga simplesmente
apoiada, considera-se que a peça tem na secção i um apoio que impede os deslocamentos nas
três direcções 𝑥, 𝑦 e 𝑧, e a rotação em torno do eixo 𝑥 na secção 𝑗 um apoio móvel segundo a
direcção 𝑥, o qual impede, portanto, os deslocamentos segundo as direcções 𝑦 e 𝑧 mas
permite rotações em qualquer um dos eixos.
O vector dos esforços independentes da estrutura é definido a partir dos vectores de esforços
independentes das barras da estrutura. Para tal, é preciso discretizar a estrutura e numerar
sequencialmente e orientar os elementos resultantes. Se 𝐱 for o vector dos esforços
independentes de uma barra típica 𝑒 da estrutura o vector dos esforços independentes da
estrutura toma a forma
25
𝐱
⎡𝐱 ⎤
⎢…⎥
𝐱 = ⎢ 𝐱 ⎥. (4-16)
⎢ ⎥
⎢…⎥
⎣𝐱 ⎦
Para o pórtico triarticulado da Figura 4-4, o vector dos esforços independentes da estrutura
pode ser obtido dos diagramas naFigura 4-7. Quando se adopta a discretização ilustrada na
Figura 4-26 e esforços independentes das barras na forma (4-12), o vector dos esforços
independentes da estrutura é
0
0.667 a
1. 5
0.667 a
0
0.525
x qa .
0
a
0.667
a
0
1.5
3 D
2
a/2 C
B
4
a 1
A E
2a a
Figura 4-26
26
Exemplo 4-7. Determine o vector dos esforços independentes do pórtico rectangular daFigura
4-27.
10 kN / m
C D
2.0
30 kN
E
2.0
A B
6.0m
Figura 4-27
10 kN / m
C D
31 1
2
5
2.0
30 kN
2 3
2.0
4 6
A H_A B
V_A V_B
6.0m
Figura 4-28
27
M1
x1 x AC M 2 .
N 2
M 3
x 2 x CD M 4 .
N 4
M 5
x 3 x DB M 5 .
N 6
Para obter o vector dos esforços independentes da estrutura usa-se a equação (4-16):
M1
M
2
N2
x1 M 3
x x 2 M 4 .
x 3 N 4
M
5
M 6
N
6
⎧ 𝐹 =0
⎪
𝐹 = 0.
⎨
⎪ 𝑀 =0
⎩
Os esforços na secção 1 podem ser determinados quer por equilíbrio da porção AC1 ou por
equilíbrio da porção 1DB (Figura 4-29a). Empregando a equação ∑ 𝑀 = 0 na porção AC1,
obtém-se
28
M 1 H A 4 0 M 1 120k Nm
Um corte da estrutura no ponto 2 a divide nas porções AC2 e 2DB (Figura 4-29b).
Empregando a equação M z 0 na porção AC2 obtém-se
H A 4 VA 6 10 6 2 / 2 M 2 0 M 2 60k Nm .
H A N 2 0 N 2 30k N .
M 3 120 m
x1 x CD M 4 60 m k N .
N 4 30
H A 4 M 3 0 M 3 H A 4 120 k Nm .
M4 0.
V A N 4 0 N 4 20k N .
M 1 120 m
x 2 x AC M 2 0 k N .
N 2 20
29
Um corte na secção 5 divide a estrutura nas porções ACD5 e 5B (Figura 4-29f). Empregando
a equação M z 0 na porção 5B, obtém-se
30 2 M 5 0 M 5 60k Nm .
Um corte na secção 6 divide a estrutura nas porções ACD6 e 6B (Figura 4-29e). Empregando
a equação M z 0 na porção 6B, obtém-se
M6 0 M6 0 .
N 6 VA 0 N 6 40k N .
M 5 60 m
x 3 x DB M 5 0 k N ,
N 6 40
M 1 120
M 60 m
2
N 2 30
M 3 120 m
x M 4 0 k N .
N 4 20
M 60 m
5
M 6 0
N 40
6
30
10 kN / m
M_1 M_1
C N_1
N_1 D
1 1 1 2
T_1 30 kN
2 T_1 3
H_A
A (a) B
V_A V_B
10 kN / m
M_2 M_2
C 2 N_2
N_2 D
1 2
T_2 T_2
30 kN
2 3
H_A
A (b) B
V_A
Figura 4-29
31
10 kN / m
C D C D
3 1 1
T_3
M_3
30 kN 30 kN
N_3 3 2 3
N_3 T_4
4
M_3 B B
M_4
3
T_2 N_4
V_A V_A
Figura 4-29
10 kN / m 10 kN / m
C D C D
1 5 1 5
T_5 M_5
30 kN
2 3 2
N_5
T_6 N_5
6 H_A
A (e) A (f)
H_A M_6 T_5 M_5
5
N_6
V_A N_6 V_A 3 30 kN
M_6 T_6
6 6
B B
V_B V_B
Figura 4-29
32
T_1
10 kN / m
M_1 M_1
C N_1
T_3 N_1 D T_5
1 1 1 25
3
M_3 M_5
N_3 T_1
N_5
(g) (h)
Figura 4-29
V_C
H_C C
5
L L/2
V_A f_2
f_3
6
H_A A B
D f_1
1 2 3 4
L L
Figura 4-30
M1
x1 M 2 (4-17)
N 2
33
O vector dos esforços independentes da barra 2 é definido na forma (4-12):
M 3
x 2 M 4 . (4-18)
N 4
x 3 N 6 (4-19)
x1
x x 2 . (4-20)
x 3
ou
M1
M
2
N2
(4-21)
x M 3 .
M 4
N4
N
6
34
H_C C
5
V_A T_1
T_1
Figura 4-31
H_C C
5
Figura 4-32
H_C C
5
V_A
T_3
Figura 4-33
35
H_C C
5
V_C
f_3 T_4
M_4 M_4 f_2
A 6 3 4
H_A N_4
D f_1
1 2 B 4
V_A
T_4
Figura 4-34
H_C C
5
V_C
N_2 f_3
f_2
A1 6 3
H_A
f_1
2 B D
V_A
Figura 4-35
M1 0 .
Seccionando a estrutura no ponto 2 a divide nas porções A2 e 2BD-BC (veja aFigura 4-32).
Empregando a equação M z 0 na porção A2, obtém-se
f3
M 2 V A L 0 M 2 V A L f1 f 2 L L.
2
36
Empregando a equação F x 0 na porção A2, obtém-se
f1 3f
N2 H A 0 N2 H A 2 f2 3 .
L 2
M1 0
f
x1 x AB M 2 f1 f 2 L 3 L
2
N 2 f 3f
1
2 f2 3
L 2
Um corte na secção 3 divide a estrutura nas porções AB3-BC e 3D (veja aFigura 4-33).
Empregando a equação M z 0 na porção 3D, obtém-se
L L
M 3 f1 f 2 L f 3 0 M 3 f1 f 2 L f 3 .
2 2
Um corte na secção 4 divide a estrutura nas porções AB4-BC e 4D (veja aFigura 4-34).
Empregando a equação M z 0 na porção4D, obtém-se
M 4 f 1 0 M 4 f1 .
N4 0 N4 0 .
L
M 3 f1 f 2 L f 3 2
x 2 x BD M 4 f1 .
N 4 0
Um corte na secção 6 divide a estrutura nas porções ABD-B6 e C6 (veja aFigura 4-35).
Empregando a equação F x 0 na porção C6, obtém-se
37
2 ( f1 4 f 2 3 f 2 ) 2
N 6 (VC H C ) 0 N6 .
2 2
( f1 4 f 2 3 f 2 ) 2
x 3 x BC N 6
2
0 0 0 0
L L
f1 f 2 L f 3 1 L
2 2
f1 3f 1 3
2 f2 3 2 f
L 2 L 2 1
x f1 f 2 L
f3L 1 L
L f2 . (4-22)
2 2
0 0 0 0 f 3
0 0 0 0
f1 4 f 2 3 f 3 2 2 3 2
2 2 2
2
2
Exemplo 4-9. Determine o vector dos esforços independentes da estrutura da Figura 4-36.
y
𝑓
x
z 𝑓
B 3 4
2 C
x 𝑓
L y
z
A
𝐿/2
38
Figura 4-36
𝑀
⎡𝑀 ⎤
⎢ ⎥
𝑀
⎢ ⎥
𝐱 = ⎢𝑀 ⎥.
⎢𝑁 ⎥
⎢𝑇 ⎥
⎣ ⎦
𝑀
⎡𝑀 ⎤
⎢ ⎥
𝑀
⎢ ⎥
𝐱 = ⎢𝑀 ⎥.
⎢𝑁 ⎥
⎢𝑇 ⎥
⎣ ⎦
𝑀
⎡𝑀 ⎤
⎢ ⎥
𝑀
⎢ ⎥
⎢𝑀 ⎥
⎢𝑁 ⎥
𝐱 ⎢𝑇 ⎥
𝐱= 𝐱 =⎢ ⎥.
𝑀
⎢𝑀 ⎥
⎢𝑀 ⎥
⎢ ⎥
⎢𝑀 ⎥
⎢𝑁 ⎥
⎣𝑇 ⎦
39
𝑀
⎡𝑀 ⎤ ⎡𝑓 𝐿/2 − 𝑓 𝐿
⎤
⎢ ⎥ ⎢ 𝑓 𝐿/2 ⎥
𝑀 𝑓𝐿
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢𝑀 ⎥ ⎢ 0 ⎥
⎢𝑁 ⎥ ⎢ 𝑓 ⎥
𝐱 ⎢𝑇 ⎥ ⎢ 𝑓 𝐿/2 ⎥
𝐱= 𝐱 =⎢ ⎥ = ⎢ 𝑓 𝐿/2 ⎥.
𝑀
⎢𝑀 ⎥ ⎢ ⎥
0
⎢𝑀 ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ 𝑓 𝐿/2 ⎥
⎢𝑀 ⎥ ⎢ 0 ⎥
⎢𝑁 ⎥ ⎢ −𝑓 ⎥
⎣𝑇 ⎦ ⎣ 0 ⎦
𝑁 1/4
√3/4
𝑓
𝑁 = √3/2 −1/2
𝑓
𝑁 −1/2 −1/2
𝐱=𝐁 𝐟 (4-23)
se definirmos
𝑁
𝐱= 𝑁 , (4-24)
𝑁
𝑓
𝐟= (4-25)
𝑓
1/4 √3/4
𝐁 = √3/2 −1/2 . (4-26)
−1/2 −1/2
40
À matriz 𝐁 designa-se por matriz de equilíbrio de esforços.
𝑓
𝑓
𝐟= . (4-27)
…
𝑓
Exemplo 4-10. Determine o vector dos esforços independentes da estrutura da Figura 4-27
recorrendo à definição D 4-1.
f_1=1
C D
3 1 1 2 5
2 3
4 6
A H_A=0 B
V_A=3 V_B=3
41
Figura 4-37
C D
3 1 2 5
1
f_2=1
2 3
4 6
A H_A=1 B
V_A=-1/3 V_B=1/3
Figura 4-38
M1
M
2
N2
x1 M 3
x x 2 M 4 .
x 3 N 4
M
5
M 6
N
6
f 10
f 1 .
f 2 30
42
M1 0 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção BD2 obtém-
se
M2 0.
Da imposição de somatório nulo das projecções das forças que actuam na porção BD2 na
direcção do esforço N 2 obtém-se
N2 0 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção 3C1 obtém-
se
M1 M 3 0 M 3 M1 0 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção A4 obtém-
se
M4 0.
N 4 V A 3 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção 2D5 obtém-
se
M2 M5 0 M5 M2 0 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção B6 obtém-
se
M6 0.
43
Da imposição de somatório nulo das projecções das forças que actuam na porção B6 na
direcção do esforço N 6 obtém-se
N 6 3 .
0
0
0
0
0 .
3
0
0
3
M 1 1 4 4 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção 2DB obtém-
se
M 2 1 2 2 .
Da imposição de somatório nulo das projecções das forças que actuam na porção 2DB na
direcção do esforço N 2 obtém-se
N 2 1.
44
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção A3 obtém-
se
M 3 1 4 4 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção A4 obtém-
se
M4 0.
Da imposição de somatório nulo das projecções das forças que actuam na porção A4 na
direcção do esforço N 4 obtém-se
N 4 1/ 3 .
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção 2D5 obtém-
se
M5 M2 0 M5 M2 2.
Da imposição de somatório nulo dos momentos das forças que actuam na porção 6B obtém-
se
M6 0.
Da imposição de somatório nulo das projecções das forças que actuam na porção 6B na
direcção do esforço N 6 obtém-se
N 6 1 / 3 .
45
4
2
1
4
0 .
1/ 3
2
0
1 / 3
0 4
0 2
0 1
0 4
B0 0 0 .
3 1 / 3
0 2
0 0
3 1 / 3
0 4 120 m
0 2 60 m
0 1 30
0 4 120 m
10
x B 0f 0 0 0 k N ,
30
3 1 / 3 20
0 2 60 m
0 0 0
3 1 / 3 40
46
Exercício 4-4. Verifique o resultado (4-22) recorrendo àdefiniçãoD 4-1.
4.12 Bibliografia
[3] A. Ghali, A. M. Neville, T.G. Brown. Structural Analysis. Spon Press. Sixth edition.
2009
47