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Exportação Passo a Passo

O present e m anual foi am pliado e at ualizado pela equipe do Depart am ent o


de Prom oção Com ercial (DPR) do Minist ério das Relações Ext eriores.
*
O DPR, que é t it ular exclusivo dos direit os de aut or , perm it e sua reprodução
parcial, desde que a font e seja devidam ent e cit ada.

O m anual est á disponível no sít io do Depart am ent o de Prom oção Com ercial
(w w w.brazilt raden et .gov.br).

At ualização: set em bro de 2005.

*
Est e m anual foi regist rado no Escrit ório de Direit os Aut orais da Fundação Bibliot eca Nacional
(Regist ro núm ero 200.732, Livro 346, folha 392).
Brasil. Minist ério das Relações Ext eriores. Divisão de Program as de Prom oção
Brasil. Minist ério das Relações Ext eriores. Divisão de Program as de Prom oção
Comercial.
Export ação Passo a Passo / Minist ério das Relações Ext eriores. – Brasília:
MRE, 2004.
168 p.

ISBN 85-98712-12-4

1. Export ação, Brasil. 2. Com ércio ext erior, Brasil. I. Brasil, Minist ério das
Relações Ext eriores (MRE). II. Tít ulo.

CDU 339.5(81)

ISBN 85-98712-12-4
Exportação Passo a Passo

Sumário

1. INTRO DUÇÃO ....................................................................................... 07

2. IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA – POR QUE


EXPO RTAR? ............................................................................................. 09
2.1. A int ernacionalização da em presa .................................................. 10
2.2. Et apas da int ernacionalização da em presa ..................................... 11
2.3. Considerações im port ant es ............................................................. 11

3. EXPORTAÇÃO DIRETA E INDIRETA .................................................. 13


3.1. Export ação diret a .............................................................................. 13
3.2. Export ação indiret a .......................................................................... 13

4. ACESSO AOS MERCADOS INTERNACIONAIS – O QUE EXPORTAR


E PARA ONDE EXPORTAR? .................................................................. 15
4.1. Definição do que export ar ............................................................... 15
4.2. Prom oção com ercial ......................................................................... 16
4.2.1. Pesquisa de m ercado ............................................................. 17
4.2.2. Feiras e exposições no Brasil e no ext erior .......................... 17
4.2.3. Capacit ação de recursos hum anos ...................................... 19
4.3. Market ing int ernacional .................................................................. 19
4.3.1. Ident ificação das necessidades de consum o ....................... 20
4.3.2. Disponibilidade do produt o ................................................. 20
4.3.3. Com unicação ent re o export ador e o im port ador ............. 20
4.3.4. Aspect os cult urais nas export ações ..................................... 21
4.3.5. Fat ores que cont ribuem para a aceit ação do produt o ....... 22
4.3.6. Canais de dist ribuição .......................................................... 23
4.3.7. Tipos de agent es no com ércio ext erior ............................... 24
4.3.8. Tipos de com erciant es no com ércio ext erior ...................... 24
4.3.9. Mat erial prom ocional ........................................................... 24
4.4. Com ércio elet rônico ......................................................................... 25
4.5. Para onde export ar? .......................................................................... 25

5. FORMAÇÃO DO PREÇO DE EXPORTAÇÃO ..................................... 27


5.1. Det erm inação do preço .................................................................... 27
5.2. Fat ores que influenciam o preço de export ação ............................ 27
5.3. Met odologia para a fixação do preço de export ação, com base no
preço do produt o no m ercado int erno ........................................... 28

6. COMÉRCIO INTERNACIONAL – INFORMAÇÕES BÁSICAS ........ 31


6.1. Organização Mundial do Com ércio (OMC) .................................. 31
6.2. Sist em a Geral de Preferências (SGP) ............................................... 31

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6.3. Sist em a Global de Preferências Com erciais (SGPC) ...................... 32


6.4. Principais blocos com erciais ............................................................ 33
6.4.1. Mercado Com um do Sul (MERCOSUL) ............................ 34
6.4.2. Associação Lat ino-Am ericana de Int egração (ALADI) ...... 35
6.4.3. Com unidade Andina ............................................................. 35
6.4.4. Acordo de Livre Com ércio da Am érica do Nort e (NAFTA) 36
6.4.5. União Européia (UE) ............................................................. 36
6.4.6. Associação Européia de Livre Com ércio (EFTA) ................. 37
6.4.7. Área de Livre Com ércio das Am éricas (ALCA) ................... 37

7. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA EXPORTAÇÃO –


COMO EXPORTAR? .............................................................................. 39
7.1. Sist em a Int egrado de Com ércio Ext erior (SISCOMEX) ............... 39
7.2. Nom enclat ura - classificação de m ercadorias ................................ 40
7.3. Docum ent os exigidos na export ação ............................................. 42
7.3.1. Docum ent os referent es ao export ador ................................ 43
7.3.2. Docum ent os referent es ao Cont rat o de Export ação .......... 43
7.3.2.1. Fat ura Pro Form a .................................................... 43
7.3.2.2. Cart a de Crédit o ..................................................... 44
7.3.2.3. Let ra de Câm bio ..................................................... 44
7.3.2.4. Cont rat o de Câm bio .............................................. 44
7.3.3. Docum ent os referent es à m ercadoria .................................. 44
7.3.3.1. Regist ro de Export ação (RE) .................................. 45
7.3.3.2. Regist ro de Operação de Crédit o (RC) ................. 45
7.3.3.3. Regist ro de Venda (RV) .......................................... 46
7.3.3.4. Not a Fiscal .............................................................. 46
7.3.3.5. Despacho Aduaneiro de Export ação ..................... 47
7.3.3.6. Conhecim ent o ou Cert ificado de Em barque (Bill
of Lading) ................................................................. 47
7.3.3.7. Fat ura Com ercial (Com m ercial Invoice) ............. 48
7.3.3.8. Rom aneio (Packing List ) ........................................ 49
7.3.3.9. O ut ros docum ent os ............................................... 49
7.3.3.10. Regist ro de Export ação Sim plificado (RES) –
Sim plex .................................................................... 50
7.3.3.11. Declaração Sim plificada de Export ação (DSE) .... 52
7.3.3.12. Modelos de form ulários ut ilizados no processo de
export ação ............................................................... 54

8. ÓRGÃOS COM ATUAÇÃO NO COMÉRCIO EXTERIOR ................ 69


8.1. Conselho Monet ário Nacional (CMN) .......................................... 69
8.2. Câm ara de Com ércio Ext erior (CAMEX) ....................................... 69
8.3. Minist ério das Relações Ext eriores (MRE) ..................................... 72
8.4. Minist ério do Desenvolvim ent o, Indúst ria e Com ércio Ext erior
(M DIC) ............................................................................................ 76

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8.5. Minist ério da Fazenda (MF) .......................................................... 79


8.6. Minist ério das Com unicações (MC) ............................................. 80
8.7. Minist ério da Agricult ura, Pecuária e Abast ecim ent o (MAPA) .. 81
8.8. Agência de Prom oção de Export ações e Invest im ent os do Brasil
(APEX-Brasil) ................................................................................... 82
8.9. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em presas
(SEBRAE) .......................................................................................... 83
8.10. Seguradora Brasileira de Crédit o à Export ação S.A. (SBCE) ........ 84
8.11. Confederação Nacional da Indúst ria (CNI) ................................. 85
8.12. Associação de Com ércio Ext erior do Brasil (AEB) ........................ 85
8.13. Fundação Cent ro de Est udos do Com ércio Ext erior (FUNCEX) 86
8.14. Federações Est aduais ....................................................................... 86
8.15. Câm aras de Com ércio ..................................................................... 87
8.16. Organogram a do com ércio ext erior brasileiro .............................. 88

9. CONTRATOS INTERNACIONAIS DE COMPRA E VENDA DE


MERCADO RIAS ...................................................................................... 89

10. TERMOS OU CONDIÇÕES DE VENDA (INCOTERMS)


E CONTRATOS DE NAVEGAÇÃO ..................................................... 109
10.1. Term os ou Condições de Venda (Incot erm s) ............................. 109
10.2. Cont rat os de Navegação .............................................................. 113

11. FORMAS DE PAGAMENTO ................................................................ 115


11.1. Pagam ent o Ant ecipado ................................................................. 115
11.2. Cobrança Docum ent ária .............................................................. 115
11.3. Cart a de Crédit o ............................................................................ 117

12. CÂMBIO ................................................................................................. 119


12.1. Cont rat o de Câm bio .................................................................... 119
12.2. Cont rat ação de Câm bio na Export ação ..................................... 120

13. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO ............................................................ 121


13.1. Isenção do Im post o sobre Produt os Indust rializados (IPI) e
não-incidência do Im post o sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) ............................................................................ 121
13.1.1. Export ação diret a .............................................................. 121
13.1.2. Export ação indiret a .......................................................... 121
13.2. Cont ribuição para o Financiam ent o da Seguridade Social
(CO FINS) ....................................................................................... 122
13.3. Program a de Int egração Social (PIS) ............................................ 122
13.4. Regim e de Draw back .................................................................... 122

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14. FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO ................................................ 125


14.1. BNDES-Exim ................................................................................. 125
14.2. Adiant am ent o sobre Cont rat o de Câm bio (ACC) ..................... 125
14.3. Adiant am ent o sobre Cam biais de Export ação ou Cam biais
Ent regues (ACE) ............................................................................ 126
14.4. Program a de Financiam ent o às Export ações (PROEX) ............. 126
14.4.1. Proex Financiam ent o ....................................................... 126
14.4.2. Proex Equalização ............................................................. 126
14.5. Let ras de Export ação (Export Not es) .......................................... 127

15. APRESENTAÇÃO E EMBALAGEM DOS PRODUTOS


EXPO RTADO S ....................................................................................... 129

16. TRANSPORTE INTERNACIONAL...................................................... 131


16.1. Transport e m arít im o ..................................................................... 131
16.1.1. Serviços regulares ............................................................. 132
16.1.2. Serviços event uais (t ram p) .............................................. 132
16.2. Transport e aéreo ............................................................................ 132
16.3. Transport e rodoviário .................................................................... 134
16.4. Transport e ferroviário ................................................................... 135

17. SEGURO INTERNACIONAL ............................................................... 137

18. FLUXOGRAMA DE EXPORTAÇÃO .................................................... 139

19. RELAÇÃO DE SÍTIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS SOBRE


COMÉRCIO EXTERIOR ...................................................................... 141

20. LEGISLAÇÃO BÁSICA SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR ................. 149

ANEXO I – MODELOS DE CARTAS DO EXPORTADOR BRASILEIRO AO


IMPORTADOR ESTRANGEIRO .................................................................. 157

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 163

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Exportação Passo a Passo

1. I NTRODUÇÃO

O m anual Ex portação Passo a Passo t em o objet ivo de proporcionar às


em presas brasileiras, em part icular pequenas e m édias, inform ações básicas
sobre os principais procedim ent os relat ivos à export ação. Quando consult ado
via int ernet (w w w.brazilt radenet .gov.br), o m anual, a part ir do seu sum ário,
ao longo do t ext o ou ao final de seus it ens e subit ens, possibilit a ao usuário
acesso diret o, por links, a seções específicas da BrazilTradeNet, a sít ios de
out ros órgãos e ent idades, no Brasil e no ext erior, bem com o a t rechos do
próprio m anual. Por int erm édio do Fluxogram a da Export ação (it em 18), que
sint et iza as inform ações fornecidas pelo m anual, o leit or poderá ident ificar
as principais et apas do processo export ador.

Para usufruir t odos os recursos oferecidos pelo m anual Exportação Passo a


Passo, é necessário est ar cadast rado na BrazilTradeNet, sít io do Minist ério
das Relações Ext eriores (Depart am ent o de Prom oção Com ercial - DPR) que
fornece inform ações sobre oport unidades de negócios (export ação de produt os
e serviços brasileiros e capt ação de invest im ent os est rangeiros), result ados
de pesquisas de m ercado em vários países e out ros dados de int eresse para a
at ividade export adora. O cadast ram ent o na BrazilTradeNet e sua ut ilização
são int eiram ent e grat uit os.

Quat ro quest ões básicas est ão associadas à at ividade export adora: POR QUE
EXPORTAR, O QUE EXPORTAR, PARA ON D E EXPORTAR E COMO
EXPORTAR. Est e m anual busca responder a cada um a dessas quest ões, com
esclarecim ent os e orient ações sobre o passo a passo e as vant agens da at ividade
export adora.

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Exportação Passo a Passo

2. I MPORTÂNCI A DA ATI VI DADE EXPORTADORA – POR


QUE EXPORTAR?

Dent re as vant agens que a at ividade export adora oferece às em presas, podem
ser assinaladas as seguint es:

- maior produtividade - export ar im plica aum ent o da escala de produção,


que pode ser obt ida pela ut ilização da capacidade ociosa da em presa e/ ou
pelo aperfeiçoam ent o dos seus processos produt ivos; a em presa poderá,
assim , dim inuir o cust o de seus produt os, t ornando-os m ais com pet it ivos,
e aum ent ar sua m argem de lucro;
- d i m i n u i ç ão d a c arg a t ri b u t ári a -a em p resa p od e com p en sar o
recolhim ent o dos im post os int ernos, via export ação:

a) os produt os export ados n ão sofrem a in cidên cia do Im post o sobre


Produt os Indust rializados (IPI);
b) o Im post o sobre a Circu lação de M ercadorias e Serviços (ICM S)
t am p ou co in cid e sob re op erações d e exp ort ação d e p rod u t os
in dust rializados, produt os sem i-elaborados, produt os prim ários ou
prest ação de serviço;
c) na det erm inação da base de cálculo da Cont ribuição para Financiam ent o
da Seguridade Social (CO FINS), são excluídas as receit as decorrent es
da export ação;
d) as receit as d ecorren t es d a exp ort ação são t am b ém isen t as d a
con t ribu ição para o Program a de In t egração Social (PIS) e para o
Program a de Form ação do Pat rim ônio do Servidor Público (PASEP); e
e) o Im post o sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de
câm bio vinculadas à export ação de bens e serviços t em alíquot a zero.

- redução da dependência das vendas internas - a diversificação de


mercados (int erno e ext erno) proporciona à empresa maior segurança cont ra
as oscilações dos níveis da dem anda int erna;
- aumento da capacidade inovadora - as em presas export adoras t endem
a ser m ais inovadoras que as não-export adoras; cost um am ut ilizar núm ero
m aior de novos processos de fabricação; adot am program as de qualidade; e
desenvolvem novos produt os com m aior freqüência;
- aperfeiçoamento de recursos humanos - as em presas que export am se
dest acam n a área de recursos h um an os: cost um am oferecer m elh ores
salários e oport unidades de t reinam ent o a seus funcionários;
- aperfeiçoamento dos processos industriais (m elhoria na qualidade e
apresen t ação do produt o, por exem plo) e co m erciais (elaboração de
con t rat os m ais precisos, n ovos processos geren ciais, et c.) - a em presa
adquire m elhores condições de com pet ição int erna e ext erna;

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Exportação Passo a Passo

- imagem da empresa -o carát er de “em presa export adora” é um a referência


im port ant e, nos cont at os da em presa no Brasil e no ext erior; a im agem da
em presa fica associada a m ercados ext ernos, em geral m ais exigent es, com
reflexos posit ivos para os seus client es e fornecedores.

Em resum o, a export ação assum e grande relevância para a em presa, pois é o


cam inho m ais eficaz para garant ir o seu próprio fut uro em um am bient e
globalizado cada vez m ais com pet it ivo, que exige das em presas brasileiras
plena capacit ação para enfrent ar a concorrência est rangeira, t ant o no Brasil
com o no ext erior.

Para o Brasil, a at ividade export adora t em t am bém im port ância est rat égica,
pois cont ribui para a geração de renda e em prego, para a ent rada das divisas
n ecessárias ao eq u ilíbrio d as con t as ext ern as e p ara a p rom oção d o
desen volvim en t o econ ôm ico.

2.1. A internacionalização da empresa

A in t ern acion alização da em presa con sist e em sua part icipação at iva n os
m ercados ext ernos. Com a elim inação das barreiras que prot egiam no passado
a indúst ria nacional, a int ernacionalização é o cam inho nat ural para que as
em presas brasileiras se m ant enham com pet it ivas. Se as em presas brasileiras
se dedicarem exclusivam ent e a produzir para o m ercado int erno, sofrerão a
concorrência das empresas est rangeiras dent ro do próprio País. Por conseguint e,
para m ant er a sua part icipação no m ercado int erno, deverão m odernizar-se e
t orn ar-se com pet it ivas em escala in t ern acion al. A at ividade export adora,
cont udo, não é isent a de dificuldades, inclusive porque o m ercado ext erno é
form ado por países com idiom as, hábit os, cult uras e leis m uit o diversos,
dificuldades essas que devem ser consideradas pelas em presas que se preparam
para export ar.

As em presas podem part icipar do m ercado int ernacional de m odo at ivo e


perm anent e ou de m aneira event ual. Em geral, o êxit o e o bom desem penho
n a at ividade export adora são obt idos pelas em presas que se in seriram n a
at ividade export adora com o result ado de um planejam ento estratégico,
direcionado para os m ercados ext ernos.

O planejam ent o est rat égico envolverá de pont os fracos, fort es, am eaças e
oport unidades que devem ser analisadas com ant ecedência. Considerando
ser necessário uma seleção de mercados com base em crit érios de pesquisa e
definição de mercados priorit ários.

A pesquisa de mercado é a maneira cert a da empresa iniciar suas at ividades e

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Exportação Passo a Passo

obt er sucesso no mercado int ernacional. A export ação est á baseada no t ripé:
pesquisa-promoção comercial (feiras e missões comerciais) - persist ência aliada
à visão de longo prazo.

2.2. Etapas da internacionalização da empresa

As em presas podem ser classificadas segundo as seguint es cat egorias, as quais


revelam as et apas do cam in ho a ser percorrido at é se t ran sform arem em
ex portadoras ativas:

- não interessada - m esm o que event ualm ent e ocorram m anifest ações de
int eresse por part e de client es est abelecidos no ext erior, a em presa prefere
vender exclusivam ent e no m ercado int erno;
- parcialmente interessada - a em presa at ende aos pedidos recebidos de
clien t es n o ext erior, m as n ão est abelece u m p lan o con sist en t e de
export ação;
- exportadora experimental - a em presa vende apenas aos países vizinhos,
pois os considera prat icam ent e um a ext ensão do m ercado int erno, em
razão da sim ilaridade dos hábit os e preferências dos consum idores, bem
com o das norm as t écnicas adot adas;
- exportadora ativa - a em presa m odifica e adapt a os seus produt os para
at ender aos m ercados no ext erior - a at ividade export adora passa a fazer
part e da est rat égia, dos planos e do orçam ent o da em presa.

2.3. Considerações importantes

As em presas brasileiras int eressadas em t ransform ar-se em ex portadoras


ativas devem t er, ent re out ros, os seguint es cuidados:

a. para a con qu ist a do m ercado in t ern acion al, as em presas n ão devem


con siderar a exp ort ação com o u m a at ividade esp orádica, ligada às
flu t u ações do m ercado in t ern o - p arcela de su a p rodu ção deve ser
sist em at icam ent e dest inada ao m ercado ext erno;
b. a em presa export adora deverá est ar em condições de at ender sem pre às
dem andas regulares de seus client es no ext erior;
c. a concorrência int ernacional é derivada, ent re out ros fat ores, da exist ência
de maior número de export adores do que de import adores, no mundo out ros
forn ecedores pot en ciais est arão bu scan do con qu ist ar os m ercados já
ocupados pelas em presas brasileiras;
d. os export adores brasileiros devem saber ut ilizar plenam ent e os m ecanism os
fiscais e financeiros colocados à sua disposição pelo Governo, a fim de
aum ent ar o grau de com pet it ividade de seus produt os; e

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e. t odas as com un icações recebidas de im port adores ext ern os devem ser
respondidas, m esm o que, em um det erm inado m om ent o, o export ador
não t enha int eresse ou condições de at ender aos pedidos recebidos - o
bom diálogo com os im port adores, t ant o efet ivos com o pot enciais, prepara
o cam po para vendas fut uras.
Exportação Passo a Passo

3. EXPORTAÇÃO DI RETA E I NDI RETA

3.1. Exportação direta

A exportação direta consist e na operação em que o produt o export ado é


fat urado pelo próprio produt or ao im port ador. Est e t ipo de operação exige da
em presa o conhecim ent o do processo de export ação em t oda a sua ext ensão.
Cabe assin alar qu e a u t iliz ação de u m agen t e com ercial pela em presa
produt ora/ export adora não deixa de caract erizar a operação com o export ação
diret a. Nest a m odalidade, o produt o export ado é isent o do IPI e não ocorre a
incidência do ICMS. Beneficia-se t am bém dos crédit os fiscais incident es sobre
os in su m os u t iliz ad os n o p rocesso p rod u t ivo. N o caso d o IC M S, é
recom en dável con sult ar as aut oridades fazen dárias est aduais, sobret udo
quando houver crédit os a receber e insum os adquiridos em out ros Est ados.

3.2. Exportação indireta

A exportação indireta é realizada por int ermédio de empresas est abelecidas


no Brasil, que adquirem produt os para export á-los. Essas empresas podem ser:

- t rading com panies (a venda da m ercadoria pela em presa produt ora para
um a t rading que at ua no m ercado int erno é equiparada a um a operação de
export ação, em t erm os fiscais);
- em presas com erciais exclusivam ent e export adoras;
- em presa com ercial que opera no m ercado int erno e ext erno;
- out ro est abelecim ent o da em presa produt ora - nest e caso a venda a est e
t ipo de em presa é con siderada equ ivalen t e a u m a export ação diret a,
assegurando os m esm os benefícios fiscais – IPI e ICMS; e
- consórcios de export ação.

Apesar de bem -sucedidos em vários países, os con sórcios de export ação


encont ram -se em fase crescent e de desenvolvim ent o no Brasil. Trat a-se de
associações de em presas, que conjugam esforços e/ ou est abelecem um a divisão
int erna de t rabalho, com vist as à redução de cust os, aum ent o da ofert a de
produt os dest inados ao m ercado ext erno e am pliação das export ações. O s
con sórcios p odem ser form ados p or em p resas qu e ofereçam p rodu t os
com plem ent ares ou m esm o concorrent es.

Tipos de Consórcios de Exportação:

• Consórcio de Promoção de Exportações - est a form a de consórcio é


m ais recom endável para em presas que já possuem experiência em com ércio

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Exportação Passo a Passo

ext erior. As vendas no m ercado ext erno são realizadas diret am ent e pelas
em presas que int egram o consórcio. Sua finalidade é desenvolver at ividades
de prom oção de negócios, capacit ação e t reinam ent o, bem com o a m elhoria
dos produt os a serem export ados;
• Consórcio de Vendas - a form ação dest e t ipo de consórcio é recom endada
q u an d o as em p resas q u e d ele p ret en d em p art icip ar n ão p ossu em
experiên cia em com ércio ext erior. As export ações são realizadas pelo
consórcio, por int erm édio de um a em presa com ercial export adora;
• Consórcio de Área ou País - reúne em presas que pret endem concent rar
suas vendas em um único país ou em um a região det erm inada. O consórcio
pode ser de prom oção de export ações ou de ven das. Pode ain da ser
m onosset orial ou m ult isset orial:
- Consórcio Monosset orial – agrega em presas do m esm o set or;
- Consórcio Mult isset orial – os produt os fabricados pelas em presas podem
ser com plem ent ares (produt os de diferent es segm ent os da m esm a cadeia
produt iva) ou het erogêneos (produt os de diferent es set ores), assim com o
dest inados ou não a um m esm o client e.

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Exportação Passo a Passo

4. ACESSO AOS MERCADOS I NTERNACI ONAI S – O QUE


EXPORTAR E PARA ONDE EXPORTAR?

4.1. Definição do que exportar

O prim eiro passo para a em presa que deseja export ar é definir O QUE venderá
nos m ercados est rangeiros. Deve a em presa ident ificar, dent ro de sua linha
de produ t os, aqu eles qu e at en dam às n ecessidades e preferên cias dos
consum idores dos m ercados est rangeiros a serem explorados. Para t ant o, é
preciso que a em presa reúna a m aior quant idade possível de inform ações sobre
o país ou países para os quais deseja export ar. N essa t arefa, as em presas
brasileiras podem con t ar com o apoio do D epartam ento de Pro m o ção
Comercial (D PR) do Minist ério das Relações Ext eriores (MRE), que efet ua
pesqu isas de m ercado, n o ext erior, prepara in form ações sobre produ t os
brasileiros com p ot en cial de exp ort ação, iden t ifica op ort u n idades de
export ação, orient a export adores sobre com o export ar para est e ou aquele
m ercado. As em presas int eressadas em obt er inform ações com erciais sobre as
possibilidades de export ação para um det erm inado m ercado deverão cadast rar-
se na BrazilTradeNet, sít io do MRE.

Após obt er inform ações sobre pot enciais com pradores no ext erior, deve a
em presa brasileira cont at á-los diret am ent e, para inform ar o seu int eresse em
export ar e para fornecer dados adicionais sobre o seu perfil e os seus produt os.

É út il para o empresário realizar viagens ao ext erior, com o objet ivo de explorar
mercados pot enciais para suas export ações, em cont at o diret o com import adores
e consumidores, bem como part icipar de feiras comerciais no ext erior. Para a
organização de sua agenda de cont at os no ext erior, o empresário pode cont ar
com os serviços da Divisão de Operações de Promoção Comercial (DOC) do
DPR. Cabe t am bém cont at ar a respect iva associação de classe, sem pre que
houver int eresse em part icipar de missão comercial ou feira no ext erior.

Im port ant e, igualm ent e, é a part icipação em feiras e exposições no Brasil,


que são visit adas por em presários de out ros países. Via de regra, ocorrem nessas
feiras e exposições, im port ant es cont at os com erciais, que podem result ar em
operações de export ação.

Um a vez ident ificados os m ercados de dest ino e o t ipo de produt o que at ende
ao consum idor est rangeiro, a em presa que deseja t er part icipação at iva no
m ercado int ernacional deverá adapt ar part e de sua linha de produção para
gerar, de form a sist em át ica, os bens dest inados ao m ercado ext erno. Com o
decorrência, o m ercado int ernacional passa a est ar incorporado ao dia-a-dia
da em presa.

15
Exportação Passo a Passo

4.2 Promoção comercial

O sist em a de prom oção com ercial do Minist ério das Relações Ext eriores t em
com o objet ivo prim ordial aproxim ar a ofert a export ável brasileira da dem anda
m undial. Seu principal inst rum ent o é a BrazilTradeNet, sist em a via int ernet
para capt ação e dissem in ação de in form ações sobre oport u n idades de
export ação de produ t os e serviços brasileiros e sobre oport u n idades de
invest im ent os est rangeiros.

O Minist ério das Relações Ext eriores, por int erm édio do Depart am ent o de
Prom oção C om ercial (D PR), t em desen volvido u m am plo t rabalh o de
prom oção com ercial no ext erior, com vist as ao aum ent o e à diversificação
das export ações brasileiras. No ext erior, o DPR prest a apoio aos export adores
brasileiros por m eio de um a rede de 54 Set ores de Prom oção Com ercial
(Secom s), que int egram as est rut uras de Em baixadas e Consulados do Brasil.
Na localidade onde não há Secom , a respect iva Em baixada ou Consulado do
Brasil – ut ilizando os recursos da BrazilTradeNet – prest a apoio aos empresários
brasileiros e aos em presários est rangeiros int eressados em im port ar do Brasil
ou invest ir no País.

O DPR, por in t erm édio de suas quat ro Divisões (Divisão de In form ação
Com ercial – DIC, Divisão de O perações de Prom oção Com ercial – DO C,
Divisão de Program as de Prom oção Com ercial – DPG e Divisão de Feiras e
Turism o – DFT ), prest a apoio às em presas brasileiras n as seguin t es áreas
principais:

- ident ificação de pot enciais im port adores est rangeiros de bens e serviços;
- ident ificação de oport unidades de negócios (export ação de bens e serviços
e capt ação de invest im ent os est rangeiros);
- fornecim ent o de dados econôm icos e t écnicos de int eresse para a at ividade
export adora;
- divulgação, n o ext erior, de list as de produt os e serviços oferecidos por
em presas brasileiras;
- divulgação de pesquisas de m ercado, elaboradas no ext erior;
- apoio à part icipação em feiras e exposições no ext erior;
- organização de m issões com erciais e viagens de negócios;
- elaboração e divulgação de publicações de in t eresse para o export ador
brasileiro;
- capacit ação e t reinam ent o de recursos hum anos.

Cabe t er present e, ainda, que o Serviço Social Aut ônomo - Agência de Promoção
de Export ações e Invest iment os do Brasil, denominada APEX-Brasil, at uando
em coordenação com o Depart ament o de Promoção Comercial (DPR), apóia

16
Exportação Passo a Passo

projet os de promoção de export ações, apresent ados por inst it uições sem fins
lucrat ivos, que cont em plem ações de desenvolvim ent o da ofert a export ável
(adequação de produt os e m elhoria de processos), bem com o out ras ações
promocionais (feiras, missões, elaboração de cat álogos, encont ros de negócios).

4.2.1. Pesquisa de mercado

Em um am bient e de acirrada com pet ição int ernacional, a pesquisa de m ercado


assu m e u m papel fu n dam en t al para a obt en ção de êxit o n os m ercados
ext ern os. Possibilit a à em presa iden t ificar im port adores pot en ciais para o
produt o que pret en de export ar, caract eríst icas da dem an da, t rat am en t o
t arifário e out ras inform ações út eis.

As em presas brasileiras podem cont ar com o apoio da Divisão de Inform ação


C om ercial, q u e é resp on sável p ela d ivu lgação d e p esq u isas sobre as
possibilidades de colocação de produt os ou grupos de produt os em m ercados
selecionados, cujos result ados se encont ram na BrazilTradeNet.

Para obt er inform ações sucint as sobre as possibilidades de export ação de seus
produt os para det erm inados m ercados, as em presas brasileiras t am bém podem
t er acesso à seção “Inform ações sobre produt os”, disponível na BrazilTradeNet.
Out ras opções para acessar pesquisas de m ercado são:

Business Information (JETRO ) – ht t p:/ / w w w.jet ro.go.jp/ en/ m arket / report s/


International Trade Centre (ITC) -w w w.int racen.org/ m as/ w elcom e.ht m

4.2.2. Feiras e exposições no Brasil e no exterior

Um a feira int ernacional pode significar negócios para um a em presa. Afinal, é


m uit o relevan t e o con t at o pessoal com possíveis com pradores. M as, com
result ados, sem pre em um a perspect iva de m édio e longo prazo.

Cabe ao export ador preocupar-se com a sua adequação à feira e at é com a


inclusão do event o no projet o de export ação da em presa. O cam inho é decidir
de qual feira part icipar, e para isso é n ecessário defin ir o objet ivo dest a
part icipação: conquist ar o m ercado ou prom over as vendas do produt o no
m ercado.

O prim eiro pont o a ser considerado, na conquist a do m ercado, é se o cust o de


part icipação na feira será m aior do que o cust o de buscar out ras alt ernat ivas,
levan do-se em con sideração, in clusive, a possibilidade de con t ar com um

17
Exportação Passo a Passo

agen t e n o m ercado desejado. Basicam en t e, os cust os en volvidos em um a


feira int ernacional são os seguint es: regist ros (no cat álogo oficial da feira);
est an de (aluguel, cust o de in st alação, acessórios e lim peza); e prom oção
(passagem aérea, hot el, refeições, locom oção, pessoal cont rat ado).

Ao definir pela part icipação na feira, o export ador deve considerar algum as
quest ões: a) Seu produt o é com pet it ivo n o m ercado ext ern o? O ferece ao
com prador qualidade, design? b) O preço é com pet it ivo? Recom enda-se, pelo
m enos, inform ar o preço, por exem plo, do valor FOB e o valor CIF do produt o;
c) Exist e capacidade de aum ent ar a produção? d) Qual o processo de venda
dos produt os sim ilares con corren t es? Foram con t at ados, an t eriorm en t e à
realização do even t o, agen t es, at acadist as, dist ribuidores, varejist as ou o
con su m idor fin al dos produ t os de seu in t eresse; e) Q u al é o perfil dos
exposit ores e visit ant es?

Para colher os frut os da part icipação nas feiras, o export ador deve-se unir a
um im port ador ou agent e, agregando seu conhecim ent o do produt o com o
conhecim ent o dele do m ercado im port ador. É im port ant e ainda definir a sua
part icipação na feira: i) A ofert a é com pat ível com o t em a da feira? ii) O
produt o é novo para o consum idor? iii) O período de exposição será suficient e
para m ost rar o produt o?

De qualquer m aneira, o sucesso na feira int ernacional dependerá da capacidade


de preparar-se e planejar-se.

Para isso, sugerem -se alguns cuidados a serem t om ados ant es, durant e e após
as feiras int ernacionais:

Antes

Inform e-se sobre o funcionam ent o e as norm as de part icipação, t ais com o:
dados sobre edições ant eriores do event o, dat a de início e do t érm ino, m at erial
de divulgação, list a de convidados, cart ões de apresent ação para a equipe da
feira, recursos t écn icos e visuais n ecessários, h orário de fun cion am en t o,
norm as de m ont agem e desm ont agem , decoração e m óveis, aut orização de
m ont agem , t erm o de responsabilidade que deverá ser assinado e ent regue ao
prom ot or da feira. Além disso, verifique os serviços oferecidos, com o lim peza,
segu ran ça, est acion am en t o, con t roles de en t rada e saída, alim en t ação.
O b serve as t axas ext ras cob rad as p elos serviços d e lu z , t elefon ia,
est acionam ent o, segurança, lim peza, m ont agem / desm ont agem , et c.

D urante

Observe os horários de abert ura e fecham ent o, seja rigorosam ent e pont ual;
use o crachá de ident ificação; m ant enha pessoal t reinado para dar assist ência

18
Exportação Passo a Passo

e inform ação aos visit ant es; est abeleça um sist em a de regist ros de pedidos,
negócios pendent es, cont at os a serem realizados post eriorm ent e e envio de
m at eriais. Em m om ent os de pouco m ovim ent o, aproveit e para observar seus
concorrent es, seus pont os fort es e fracos, bem com o seu desem penho durant e
a exposição. At enção para não deixar em m om ent o algum o est ande vazio.

D epo is

Verifique quem faz a desm ont agem ; acom panhe os cont at os realizados na
feira p ara ações fu t u ras, com o con t at os p essoais, en vio de m at erial
prom ocional ou m esm o agendam ent o de visit a a sua em presa; analise dados
est at íst icos, t ais com o: negociações fechadas, em andam ent o e a desenvolver;
im pressões gerais e recom en dações à equipe de ven das. Vale a pen a um a
aut ocrít ica, verifique o que poderia t er sido feit o para alcançar m ais sucesso
na feira, anot e sugest ões para um próxim o event o e/ ou a serem desenvolvidas
em fut uras exposições.

As em presas brasileiras podem cont ar com o apoio da Divisão de Operações


de Prom oção Com ercial (DOC) e da Divisão de Feiras e Turism o (DFT) do
MRE. Há um sist ema de busca na BrazilTradeNet (w w w.brazilt radenet .gov.br)
para pesquisa sobre feiras, m issões, even t os prom ocion ais n o Brasil e n o
ext erior e sem inários organizados pelo Depart am ent o de Prom oção Com ercial
do Minist ério das Relações Ext eriores.

4.2.3. Capacitação de recursos humanos

Por int erm édio da Divisão de Program as de Prom oção Com ercial (DPG), o
Depart am ent o de Prom oção Com ercial do MRE oferece periodicam ent e cursos
de t reinam ent o e capacit ação de recursos hum anos, dos set ores público e
privado, na área de com ércio ext erior. Organiza igualm ent e cursos e sem inários
sobre procedim ent os básicos de export ação, em vários Est ados.

4.3. Marketing internacional

O m arket in g in t ern acion al é u m con ju n t o de at ividades, dest in adas à


sat isfação de necessidades específicas, que inclui a divulgação e a prom oção
da em presa export adora e de seus produt os nos m ercados ext ernos. O êxit o
nas export ações est á int im am ent e relacionado com a divulgação da em presa
e de seus produt os no ext erior, razão pela qual os export adores brasileiros
devem dar at enção especial a est a at ividade. Cabe assinalar que a propaganda
é apenas um a das at ividades relacionadas com o marketing.

19
Exportação Passo a Passo

São condições básicas para o desenvolvim ent o do marketing:

4.3.1. I dentificação das necessidades de consumo

O export ador deverá ident ificar, em um det erm inado m ercado, necessidades
de consum o de seu produt o.

4.3.2. Disponibilidade do produto

Além das condições efet ivas de ofert a do produt o, o export ador deverá t er em
cont a as preferências dos consum idores em um det erm inado m ercado, com o
cor, t am anho, design e est ilo.

Além disso, deve-se at ent ar para:

- m at eriais ut ilizados - observância das exigências legais referent es à saúde


e segurança;
- desem penho - facilidade de m anut enção, durabilidade, credibilidade, força
e im agem , resist ência a condições específicas;
- especificações t écn icas - dim en sões, volt agem , du rabilidade, et c. As
especificações t écn icas podem ser requeridas pelo im port ador ou pela
legislação do país de dest ino do produt o.

4.3.3. Comunicação entre o exportador e o importador

É o elo principal ent re a ofert a e a dem anda. A ausência de com unicação


im possibilit a o desenvolvim ent o da operação com ercial.

Dada a im port ância da boa im pressão inicial, quando dos prim eiros cont at os
com em presas est rangeiras im port adoras, deve o export ador t er present e os
seguint es cuidados:

- na correspondência com ercial, ut ilizar papel t im brado com o endereço e


nom e da em presa, inclusive e-m ail e endereço de hom epage na int ernet ,
se houver;
- redigir o t ext o das cart as de form a breve, clara e precisa e, se possível, no
idiom a do dest inat ário (im port ador est rangeiro), quando não em inglês;
- não ut ilizar t erm os com o “em presa t radicional” ou exalt ar qualidades da
em presa não diret am ent e relacionadas com a at ividade ou o produt o a ser
export ado.

20
Exportação Passo a Passo

Para o im port ador, são relevant es:

- Perfil da empresa - dat a de fundação, experiência export adora, núm ero


de em pregados, dim ensões da fábrica, equipam ent os ut ilizados, referências
bancárias, et c. O fornecim ent o a em presas m ult inacionais, est abelecidas
no Brasil, const it ui boa referência, especialm ent e para a em presa que ainda
não export a;
- D escrição dos produtos - folhet os ou cat álogos a serem encam inhados
ao im port ador devem cont er o endereço da em presa (inclusive fax, e-m ail,
sít io), ilu st rações fot ográficas dos produ t os; cada produ t o pode ser
iden t ificado por u m n ú m ero, o qu e facilit a a referên cia à respect iva
descrição (dim ensão, volum e, ident ificação do m at erial ut ilizado, ent re
out ras caract eríst icas);
- Lista de preços - deve indicar preço FOB e/ ou CIF de venda e não deve
ser incorporada ao cat álogo, um a vez que os preços podem m udar. Por
isso, é m ais apropriado ut ilizar folha avulsa, que seguirá com o cat álogo.

No ANEXO I dest e m anual, são apresent ados modelos de cartas (que podem
ser adapt ados a com unicações elet rônicas) do export ador ao im port ador, em
port uguês, inglês e espanhol.

4.3.4. Aspectos culturais nas exportações

O s aspect os cult urais são de grande im port ância no processo decisório de


com pras e vendas int ernacionais.

Veja a seguir algum as dicas út eis:

a) Com o funcionam as negociações na Europa Ocident al


- propost as iniciais vs. acordo final: exigências iniciais m oderadas
- apresent ação de quest ões: um a de cada vez
- apresent ações: form ais
- t rat am ent o de divergências: cort ês, diret o
- concessões: bast ant e lent as

b) Com o funcionam as negociações na Europa Orient al


- propost as iniciais vs. acordo final: exigências iniciais elevadas
- apresent ação de quest ões: podem ser agrupadas
- apresent ações: bast ant e form ais
- t rat am ent o de divergências: argum ent at ivo
- concessões: lent as

21
Exportação Passo a Passo

c) Com o funcionam as negociações na Am érica Lat ina


- propost as iniciais vs. acordo final: exigências iniciais m oderadas
- apresent ação de quest ões: um a a um a
- apresent ações: inform ais
- t rat am ent o de divergências: argum ent at ivo
- concessões: lent as

d) Com o funcionam as negociações na Am érica do Nort e

- propost as iniciais vs. acordo final: elevadas exigências iniciais


- apresent ação de quest ões: um a de cada vez
- apresent ações: form ais
- t rat am ent o de divergências: franco
- concessões: lent as

e) Com o funcionam as negociações no Orient e Médio e na África do Nort e


- propost as iniciais vs. acordo final: m uit as exigências iniciais
- apresent ação de quest ões: um a de cada vez
- apresent ações: inform ais
- t rat am ent o de divergências: bast ant e verbalizado
- concessões: lent as

f) Com o funcionam as negociações na Ásia e na Orla do Pacífico;


- propost as iniciais vs. acordo final: exigências m oderadas a alt as
- apresent ação de quest ões: podem ser agrupadas
- apresent ações: bast ant e form ais
- t rat am ent o de divergências: cort ês; silêncio quando corret os
- concessões: lent as

g) Com o funcionam as negociações na África Sub-Saariana


- propost as iniciais vs. acordo final: elevadas exigências iniciais
- apresent ação de quest ões: isoladas
- apresent ações: inform ais
- t rat am ent o de divergências: diret o
- concessões: lent as

Para busca de m ais inform ações sobre o t em a vale a pena consult ar o sít io
espanhol “Global Market ing St rat egies” (w w w.globalm arket ing.es)

4.3.5. Fatores que contribuem para a aceitação do produto

En t re os vários fat ores qu e con t ribu em p ara desp ert ar o in t eresse de


consum idores no ext erior, podem ser relacionados:

22
Exportação Passo a Passo

- Preço
O export ador deve levar em consideração, para a definição do preço de
export ação (it em 5.1), t ant o os cust os para a sua em presa com o os preços
prat icados n o m ercado em qu e pret en de colocar o seu produ t o. Em
princípio, o preço de export ação não deverá est ar acim a do prat icado no
m ercado-alvo.
- Em balagem
A em balagem da m ercadoria t em influência im port ant e na aceit ação do
produt o. Nas at uais condições de com pet ição, a em balagem deve t ant o
servir para prot eger o produt o com o para t orná-lo m ais at raent e para os
con sum idores.
- Assistência técnica
Para cert os t ipos de produt os, a assist ência t écnica t em assum ido um papel
crucial na com pet ição int ernacional e pode ser det erm inant e na t om ada
de decisões do consum idor. A assist ência t écnica deve proporcionar ao
consum idor os seguint es serviços: garant ia, inst ruções sobre a ut ilização
do produt o, at endim ent o a reclam ações, reposição de peças com defeit os,
reparo e m anut enção e t reinam ent o de m ão-de-obra especializada.

4.3.6. Canais de distribuição

Canal de dist ribuição consist e no cam inho percorrido pela m ercadoria, desde
o produt or at é os im port adores e usuários fin ais. A escolha do can al de
dist ribuição adequado é essencial para o êxit o na at ividade export adora. Fat ores
que influenciam a escolha do canal de dist ribuição adequado:

- nat ureza do produt o - dim ensão, peso, apresent ação, perecibilidade;


- caract eríst icas do mercado - hábit os de compra, poder aquisit ivo, localização
geográfica, dest ino do produt o (consum o final ou indust rial);
- q u alificação d os agen t es in t erm ed iários - exp eriên cia, cap acid ad e
adm inist rat iva e out ras referências.

Há dois t ipos principais de int erm ediários de vendas no ext erior: os agentes
e os comerciantes. O agente é um a pessoa física ou jurídica que at ua na
t ransferência de bens e serviços, que, sem assum ir a t it ularidade legal sobre
os bens com ercializados, recebe com issão por sua part icipação na operação.
Diversam ent e, os comerciantes adquirem as m ercadorias, ist o é, assum em
a t it ularidade e posse legal dos bens com ercializados.

23
4.3.7. Tipos de agentes no comércio exterior

- A g e n t e e x t e rn o - é u m rep resen t an t e do exp ort ador, qu e p ossu i


exclusividade na venda de seus produt os em um det erm inado m ercado.
Recebe com issão sobre as vendas realizadas;
- Broker (corretor) - é o agent e especializado em um cert o grupo de produt os
ou set or. Cost um a ser ut ilizado em operações que en volvem produt os
prim ários (com m odit ies) e at ua, via de regra, nas Bolsas de Mercadorias.
Recebe com issão sobre os valores das operações;
- Factor - é o agen t e que recebe m ercadorias em con sign ação e é pago,
igualm ent e, m ediant e com issão sobre as vendas realizadas.

4.3.8. Tipos de comerciantes no comércio exterior

- Im portador-distribuidor - é o com erciant e no país de dest ino que se


dedica ao com ércio de im port ação e dist ribu ição de m ercadorias por
at acado;
- Subsidiária de vendas do produtor-ex portador - em presa criada no
país de dest ino, que se responsabiliza pela m ont agem e m anut enção de
rede de dist ribuição própria naquele m ercado;
- Rede de comerciantes atacadistas e varejistas - est abelecida no país
de dest ino, habit ualm ent e m ant ém depart am ent o próprio de im port ação
e providen cia a dist ribu ição do produ t o, in clu sive por in t erm édio de
subsidiárias.

4.3.9. Material promocional

No processo de difusão de seus produt os, é de fundam ent al im port ância que
a em presa invist a recursos na elaboração de m at erial prom ocional de qualidade,
bem com o em cam pan h as pu blicit árias. Vale salien t ar qu e o m at erial
prom ocional deve ser apresent ado no idiom a do m ercado-alvo ou em inglês.

- Cat álogo de export ação - deve cont er im agens do produt o ou dos produt os
a serem export ados, suas caract eríst icas e ut ilidade;
- Publicidade - pode ser feit a grat uit am ent e (por exem plo: publicação de
m at érias em revist as especializadas ou t écnicas) ou m ediant e anúncios
pagos;
- Divulgação de m at erial prom ocional por m ala-diret a;
- Divulgação de m at erial dest inado a prom over vendas pelo correio;
- Página na int ernet , show room elet rônico;
- Set ores de Prom oção Com ercial (Secom s) do MRE.
Exportação Passo a Passo

As em presas brasileiras podem con t ar com o apoio dos Secom s para a


divu lgação de m at erial prom ocion al a em presas e en t idades de classe
est rangeiras.

4.4. Comércio eletrônico

Nos últ im os anos, t em -se int ensificado o volum e de t ransações por m eio de
int ercâm bio elet rônico de dados, via de regra ent re em presas, dent ro de grandes
corporações ou ent re em presas e set or público. O que veio int roduzir elem ent o
n ovo n esse p rocesso (e t orn á-lo t am bém m ais visível n os m eios d e
com unicação) é a enorm e dissem inação do uso da int ernet com o inst rum ent o
de com ércio. Pode-se prever, cont udo, que o fort e increm ent o nas vendas
elet rônicas de produt os e serviços diret am ent e aos consum idores finais, a
um cust o baixo e de m aneira sim ples e rápida, não deverá alt erar est im at ivas
de que, no fut uro próxim o, a m aior part e do com ércio elet rônico no m undo
– agora crescent em ent e pela int ernet – cont inuará a ocorrer ent re em presas.

Nesse cont ext o, os efeit os da dissem inação de prát icas de com ércio elet rônico
t en derão a afet ar de m an eira m arcan t e o un iverso de pequen as e m édias
em presas (PMEs). Esse universo, aliás, é exat am ent e um dos que apresent am
m aior pot encial de ganho com o com ércio elet rônico, por m eio do qual se
abrem novas oport unidades de export ação. De rest o, m esm o nos casos em
que não haja t ransações diret as pela int ernet , o crescim ent o do com ércio
elet rônico cont inuará a gerar m odificações sensíveis em t oda a est rut ura de
apoio ao com ércio em geral: do acesso à inform ação com ercial aos processos
de negociação e cont rat os, passando t am bém por novas prát icas gerenciais.

Inform ações adicionais sobre com ércio elet rônico poderão ser obt idas nos
seguint es sít ios:

w w w.dct .m re.gov.br
w w w.m ct .gov.br
w w w.w t o.org

4.5. Para onde exportar?

Um a das principais dificuldades para a em presa que deseja export ar é definir


não apenas O QUE EXPORTAR, m as t am bém PARA ON D E EXPORTAR,
ou seja, id en t ificar p ot en ciais m ercad os d e d est in o n o ext erior. O
Depart ament o de Promoção Comercial (DPR) oferece, por meio da série “Como
Export ar ”, inform ações sobre m ercados específicos de int eresse para a em presa

25
que deseja se engajar na at ividade export adora. Nessa série de publicações, as
em presas encont rarão est udos det alhados sobre países e blocos econôm icos,
individualm ent e considerados, com dados básicos, econôm icos e de com ércio
ext erior, bem com o sobre as relações econ ôm ico -com erciais bilat erais,
condições de acesso ao m ercado, canais de dist ribuição, sist em a t arifário e
regulam ent ação de im port ações, usos e cost um es locais, et c.

Inform ações porm enorizadas sobre set ores específicos, por país, podem ser
igualm ent e obt idas na BrazilTradeNet.
Exportação Passo a Passo

5. FORMAÇÃO DO PREÇO DE EXPORTAÇÃO

A fixação do preço de export ação deve ser precedida de um est udo det alhado
das condições de m ercado, de form a a viabilizar a m anut enção do esforço
export ador, sem prejuízo para a em presa. É elem ent o fundam ent al para as
condições de com pet ição do produt o a ser export ado.

5.1. Determinação do preço

A det erm inação do preço é influenciada por duas forças que at uam em direções
opost as. Por um lado, o cust o de produção e a m et a de lucro m áxim o t endem
a elevar o preço; por out ro, as pressões com pet it ivas no m ercado int ernacional
induzem à redução no preço. No m édio prazo, o preço escolhido det erm inará
a viabilidade da at ividade export adora.

A est rat égia de com ercialização do produt o t am bém afet a a form ação do preço.
Ao ser colocado em um m ercado novo, um produt o pouco conhecido deve
t er, em prin cípio, um preço in ferior ao prat icado pelos con corren t es, n a
hipót ese de que t enha o m esm o nível de qualidade. Ao cont rário, um produt o
já reconhecido poderia ser com ercializado com um preço superior, em razão
de sua aceit ação no m ercado.

Tal com o ocorre no m ercado int erno, será necessário, t am bém no m ercado
ext erno, um acom panham ent o perm anent e da ent rada de novos produt os
concorrent es, das m udanças nos cust os de produção e das alt erações no nível
da dem anda.

Cabe assinalar, ainda, que, em princípio, os preços de export ação não est ão
su jeit os à verificação p or qu alqu er en t idade de con t role n o Brasil. A
com pet ição im post a pelo m ercado int ernacional é o principal fat or de cont role
do preço de export ação e da qualidade do produt o.

No processo de form ação do preço de export ação, deve-se prim eiram en t e


con h ecer e u t ilizar t odos os ben efícios fiscais e fin an ceiros aplicáveis à
export ação, a fim de se obt er m aior com pet it ividade ext erna. O conhecim ent o
da est rut ura de cust os int ernos da em presa é t am bém im prescindível para a
form ação do preço de export ação.

5.2. Fatores que influenciam o preço de exportação

- Com pet idores pot enciais;


- Cust os de produção;
- Esquem as de financiam ent o à export ação;

27
Exportação Passo a Passo

- Trat am ent o t ribut ário aplicável à export ação;


- D esp esas d e exp ort ação (em b alagem esp ecífica p ara exp ort ação,
despesasport u árias, despesas com despach an t es, gast os com pessoal
especializado, caso a em presa não decida pela export ação indiret a, fret e e
seguro int erno at é o local de em barque, et c.);
- Preços prat icados por com pet idores de t erceiros países;
- Com port am ent o dos consum idores;
- Novas t ecnologias.

5.3. Metodologia para a fixação do preço de exportação, com


base no preço do produto no mercado interno

O preço de export ação sit ua-se em um am plo int ervalo de variação, no qual o
preço m áxim o é dado pelas condições de m ercado, enquant o o preço m ínim o
é est abelecido pelo cust o variável. É m ais usual a em presa calcular preços
diferenciados para as vendas int ernas e ext ernas. Apresent a-se, a seguir, com o
referência, a est rut ura de est abelecim ent o do preço de export ação, que t om a
com o pont o de part ida o preço prat icado no m ercado int erno.

Sugere-se, para efeit o do cálculo:

- excluir os elem ent os que com põem norm alm ent e o preço do produt o no
m ercado int erno, m as que não est arão present es no preço de export ação
(exem plos: ICMS, IPI, PIS,COFINS, et c.); e
- incluir as despesas que não int egram a com posição do preço int erno, m as
farão part e do preço de export ação, na m odalidade FOB. Exem plos: gast os
com a em balagem de export ação, despesas com o t ransport e do produt o
at é o local de em barque, com issão de agent e no ext erior, et c.

Com a finalidade de fornecer rot eiro, que poderá ser adapt ado segundo as
peculiaridades de cada em presa, segue exem plo de apuração do preço de
export ação, baseado no preço de m ercado int erno:

Preço de m ercado int erno sem o IPI


(Para efeit o de cálculo das deduções) R$ 5.000,00
Preço de m ercado int erno (inclusive IPI de 14%) R$ 5.700,00

D eduçõ es

IPI (14% sobre o preço de m ercado sem IPI) R$ 700,00


ICMS (18% sobre o preço de m ercado sem IPI) R$ 900,00

28
Exportação Passo a Passo

COFINS (7,6% sobre o preço de m ercado sem IPI) R$ 380,00


PIS (1,65% sobre o preço de m ercado sem IPI) R$ 82,50
Lucro no m ercado int erno (10% sobre o preço de m ercado sem IPI) R$ 500,00
Em balagem de m ercado int erno R$ 40,00

Total das deduções R$ 2 .6 0 2 ,5 0

Prim eiro subt ot al. Diferença ent re o preço com o IPI


(R$ 5.700,00) e o t ot al de deduções (R$ 2.602,50) R$ 3.097,50

Inclusões

Em balagem de export ação R$ 55,00


Fret e e seguro da fábrica ao local de em barque R$ 100,00

Total das inclusões R$ 1 5 5 ,0 0

Segundo subt ot al. Som a do prim eiro subt ot al (R$ 3.097,50)


com o t ot al das inclusões (R$ 155,00) R$ 3.252,50

Margem de lucro pret endida - Export ação (15% calculado


sobre o preço FOB) R$ 573,97

Preço FOB (R$ 3.252,50 m ais R$ 573,97) R$ 3.826,47

Tom ando-se um a t axa de câm bio hipot ét ica de US$ 1,00 = R$ 2,90
Tem -se o preço FOB de US$ 1,319.47

O bservações:
- A part e final do cálculo para a apuração do valor de R$ 3.826,47, levando-se
em consideração o percent ual de 15% correspondent e à m argem de lucro
pret endida pelo export ador, pode ser desenvolvida com a ut ilização de
um a regra de t rês sim ples. Assim , se o valor de R$ 3.252,50 corresponde a
85% do preço final, R$ 3.826,47 será o preço final de export ação, incluídos
os 15% est ipulados, ou seja R$ 573,97.

R$ 3.252,50 - 85%
Preço FOB - 100%

Assim , o Preço FOB = 100% X R$ 3.252,50 = R$ 3.826,47


85%

No exem plo apresent ado, poderão ser considerados t am bém com o elem ent os
a deduzir do preço int erno a com issão de vendas não-incident e na export ação,

29
Exportação Passo a Passo

gast os de dist ribuição do produt o no m ercado int erno, despesas financeiras


específicas de m ercado int erno e out ros com ponent es do preço int erno que
não façam part e da export ação.

Por out ro lado, poderão ser acrescent ados valores correspondent es à com issão
de agent es no ext erior, despesas consulares, se necessário, e out ros gast os
que porvent ura a em presa t enha de realizar na operação de export ação.

30
Exportação Passo a Passo

6. COMÉRCI O I NTERNACI ONAL – I NFORMAÇÕES BÁSI CAS

6.1. Organização Mundial do Comércio ( OMC)

Em 1947, o Acordo Geral sobre Tarifas e Com ércio (GATT - General Agreement
on Tariffs and Trade) foi firm ado com o objet ivo de regulam ent ar as relações
com erciais ent re os países signat ários, ent re os quais o Brasil. Um dos principais
result ados da últ im a rodada de negociações m ult ilat erais no âm bit o do GATT,
a “Rodada Uruguai” (1986 - 1994), foi a criação, em jan eiro de 1995, da
Organização Mundial do Com ércio (OMC).

A OMC fort aleceu e aperfeiçoou o sist em a m ult ilat eral de com ércio, surgido
nos anos que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial com o propósit o
de garant ir a livre com pet ição ent re os países m em bros, elim inar os obst áculos
ao com ércio int ernacional e perm it ir o acesso cada vez m ais am plo de em presas
ao m ercado ext erno de bens e serviços.

A O MC incorporou as regras do GATT, que se rest ringem ao com ércio de


bens, e acrescent ou os set ores de serviços e propriedade int elect ual ao seu
cam po norm at ivo. Const it uem at ribuições da OMC:

- supervisionar a im plem ent ação das regras acordadas no âm bit o do sist em a


m ult ilat eral de com ércio;
- at uar com o fórum de negociações com erciais;
- proporcionar m ecanism os de solução de cont rovérsias;
- supervisionar as polít icas com erciais dos 146 países m em bros;
- forn ecer assist ên cia t écn ica e cu rsos de form ação p ara p aíses em
desenvolvim ent o, em m at éria de com ércio;
- desenvolver cooperação com out ras organizações int ernacionais.

Organização Mundial do Com ércio (OMC) - w w w.w t o.org

6.2. Sistema Geral de Preferências ( SGP)

O Sist em a Geral de Preferên cias (SGP), criado em 1970, n o âm bit o da


Con ferên cia das N ações Un idas sobre o Com ércio e o Desen volvim en t o
(UNCTAD), perm it e aos países desenvolvidos conceder isenção ou redução
do im post o de im port ação sobre det erm inados produt os procedent es de países
em desenvolvim ent o, ent re os quais o Brasil.

N o âm bit o do SGP, países desen volvidos oferecem , sem a exigên cia de


reciprocidade, preferências t arifárias para uma det erminada relação de produt os

31
Exportação Passo a Passo

(o SGP é um a con cessão un ilat eral de países desen volvidos a países em


desen volvim en t o).

Para impedir que os benefícios das reduções t arifárias do SGP sejam apropriados
por out ros países, é exigida a apresen t ação de um cert ificado de origem ,
denom inado Form A (Form ulário A), cujo m odelo uniform e foi aprovado pela
UN CTAD. Est e docum en t o, que at est a o cum prim en t o dos requisit os de
origem , é em it ido por agên cias do Ban co do Brasil que prest em serviços
relacionados com o com ércio ext erior, aut orizadas pela Secret aria de Com ércio
Ext erior do Minist ério do Desenvolvim ent o, Indúst ria e Com ércio Ext erior.

Com vist as a com provar a nacionalidade do produt o que im port arão (se é, de
fat o, originário do país beneficiário) e, assim , evit ar que as concessões do SGP
sejam fraudadas, os países out organt es das preferências adot am regim e de
origem , que varia de país out organt e para país out organt e. O s regim es de
origem são im port ant es, sobret udo para habilit ar ao benefício preferencial
aqu eles ben s qu e foram p rodu z idos n o p aís ben eficiário, a p art ir de
com ponent es ou insum os im port ados, e que, port ant o, não se enquadram
com o produt os “t ot alm en t e obt idos” n o país ben eficiário. Algun s países
out organt es do SGP, ent re os quais os EUA, adot am com o regra básica o crit ério
do percent ual m ínim o de com ponent es nacionais que t êm de ser agregados
ao produt o final, para que est e possa usufruir o t rat am ent o preferencial. A
regra nort e-am ericana, por exem plo, det erm ina ser necessário que a som a do
valor dos com ponent es int eiram ent e produzidos no país beneficiário e dos
cust os diret os das operações de processam ent o do produt o não seja inferior a
35% do preço ex-fábrica (i.e., saído da fábrica) do bem final a ser export ado
sob o SGP.

É d e alçad a d a Secret aria d e C om ércio Ext erior d o M in ist ério d o


Desenvolvim ent o, Indúst ria e Com ércio Ext erior a adm inist ração do Sist em a
Geral de Preferências, no Brasil.

Banco do Brasil - w w w.bb.com .br


Sist em a Geral de Preferên cias (SGP) - M in ist ério do Desen volvim en t o,
Indúst ria e Com ércio Ext erior - ht t p:/ / w w w.desenvolvim ent o.gov.br/ sit io/
secex/ secex/ depart am en t os/ n egIn t ern acion ais.php
O rgan ização das N ações Un idas sobre o Com ércio e o Desen volvim en t o
(UNCTAD) - w w w.unct ad.org/

6.3. Sistema Global de Preferências Comerciais ( SGPC)

O acordo sobre o Sist em a Global de Preferên cias Com erciais (SGPC) foi
concluído em abril de 1988, em Belgrado, e ent rou em vigor, no Brasil, em 25

32
Exportação Passo a Passo

de m aio de 1991. Por int erm édio do SGPC, 48 países em desenvolvim ent o
são signat ários do acordo. Porém, soment e 40 países são out organt es e passaram
a t rocar concessões com erciais ent re si. Assim , nessa condição part icipam do
SGPC: Argélia, Argent ina, Bangladesh, Benin, Bolívia, Brasil, Cam arões, Chile,
Cin gapura, Cuba, Egit o, Equador, Filipin as, Gan a, Guian a, Guin é, Ín dia,
In don ésia, Irã, Iraque, Iugoslávia, Líbia, M alásia, M éxico, M oçam bique,
Nicarágua, Nigéria, Paquist ão, Peru, República da Coréia, República Popular
Dem ocrát ica da Coréia, Tan zân ia, Rom ên ia, Sri Lan ka, Sudão, Tailân dia,
Trinidad e Tobago, Tunísia, Viet nã e Zim bábue.

São os seguint es os países signat ários que não rat ificaram o acordo: Angola,
Cat ar, Colôm bia, Hait i, Marrocos, República Dem ocrát ica do Congo, Uruguai
e Venezuela.

No âm bit o do SGPC, os export adores brasileiros podem obt er vant agens por
int erm édio de m argem de preferência percent ual, aplicável sobre a t arifa de
im port ação em vigor no país out organt e, para os produt os que const am de
sua list a de concessões.

Para a obt enção de t rat am ent o preferencial, é necessário:


a. que o produt o const e das list as de concessões anexas ao Decret o n° 194,
de 21/ 8/ 91;
b. que o export ador sat isfaça as Regras de Origem ; e
c. que o export ador obt en ha os Cert ificados de O rigem (SGPC), jun t o a
federação est adual de indúst ria credenciada.

6.4. Principais blocos comerciais

O com ércio int ernacional t em cam inhado, de um lado, para a liberação dos
fluxos com erciais de bens e serviços e, de out ro, para a form ação de zonas
int egradas de com ércio, as quais podem apresent ar os seguint es form at os:

- Área de preferência tarifária - result a de acordos ent re os países visando


à redução de t arifas alfandegárias no int ercâm bio ent re os signat ários, para
a t ot alidade dos produt os ou para grupos de produt os. Os acordos podem
est ab elecer red u ções d as t arifas d e im p ort ação p ara u m valor
predet erm inado ou um a redução gradat iva, por int erm édio de cronogram a
de reduções de t arifas;
- Área de livre comércio - as barreiras ao com ércio de bens ent re os países
m em bros são elim inadas, m as est es m ant êm aut onom ia na adm inist ração
de sua polít ica com ercial;
- União aduaneira - a circulação int rabloco de bens e serviços é livre, a

33
Exportação Passo a Passo

polít ica com ercial é uniform izada e os países m em bros ut ilizam um a t arifa
ext erna com um ;
- Mercado comum - equivale à união aduaneira, m as perm it e t am bém o
livre m ovim ent o de fat ores produt ivos (t rabalho e capit al);
- União econômica - est ágio post erior ao m ercado com um , que cont em pla
a coordenação est reit a das polít icas m acroeconôm icas dos países m em bros
e, event ualm ent e, a adoção de um a m oeda única.

6.4.1. Mercado Comum do Sul ( MERCOSUL)

O Mercado Com um do Sul (Mercosul) foi criado pelo Trat ado de Assunção
(1991), seu inst rum ent o jurídico fundam ent al, assinado pelos quat ro países
m em bros: Argent ina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Bolívia, o Chile e o Peru
são países associados ao Mercosul.

Com a assin at ura do Prot ocolo de O uro Pret o, em dezem bro de 1994, o
Mercosul ganhou personalidade jurídica de direit o int ernacional: o Prot ocolo
reconhece ao bloco com pet ência para negociar, em nom e próprio, acordos
com t erceiros países, grupos de países e organ ism os in t ern acion ais. Cabe
m encionar, nesse cont ext o, o Acordo-Quadro Int er-Regional de Cooperação
Econ ôm ica, firm ado em dezem bro de 1995, en t re o M ercosul e a Un ião
Européia.

Em seu processo de h arm on ização t ribu t ária, o M ercosu l con t em pla a


elim inação de t arifas aduaneiras e rest rições não-t arifárias à circulação de
m ercadorias ent re os países m em bros, t endo por horizont e garant ir, no fut uro,
a livre circulação de ben s, serviços e fat ores produt ivos em um m ercado
com um . A criação de um a Tarifa Ext erna Com um (TEC) – que caract eriza
um a união aduaneira – im plem ent ada em grande part e desde 1º de janeiro de
1995, e a adoção de polít icas com erciais com uns em relação a t erceiros países
represent am avanços significat ivos no processo de int egração. Assinale-se
ainda que, para at ender ao cum prim ent o de polít icas econôm icas int ernas,
peculiares aos países m em bros, foi criada list a de exceções t ribut árias para
det erm inados produt os, cujas alíquot as devem convergir para a TEC at é 2006.

Ao cadast rar-se na BrazilTradeNet, sua empresa t erá acesso à seção “Indicadores


econôm icos do Mercosul”, bem com o ao t ext o do guia Com o Export ar para o
M ercosu l – h t t p :/ / w w w.braz ilt raden et .gov.br/ Pu blicacoes/ Arqu ivos/
Com oExport arPara/ Mercosul.pdf

Inform e-se, ainda, na página oficial do Mercosul - w w w.m ercosur.org.uy

34
Exportação Passo a Passo

6.4.2. Associação Latino- Americana de I ntegração (ALADI )

A Associação Lat ino-Am ericana de Int egração (ALADI) foi est abelecida em
1980, quando da assinat ura do Trat ado de Mont evidéu, e é int egrada por
doze m em bros: os países do Mercosul (Argent ina, Brasil, Paraguai e Uruguai)
e da Com unidade Andina (Bolívia, Colôm bia, Equador, Peru e Venezuela),
além do Chile, México e Cuba.

Ao abrigo do Trat ado de Mont evidéu, os países m em bros da ALADI firm aram
diversos acordos com erciais específicos, inclusive Acordos de Com plem ent ação
Econôm ica (ACE). A relação de produt os que gozam de preferências t arifárias
no âm bit o da ALADI e seus respect ivos códigos const am de t abela exist ent e
no Sist em a Int egrado de Com ércio Ext erior (SISCOMEX).

Para que o t rat am ent o preferencial seja efet ivam ent e concedido aos produt os
negociados, é necessário que os export adores obt enham Cert ificados de Origem
nas federações est aduais de indúst ria, federações est aduais de com ércio ou
out ras ent idades credenciadas pela ALADI.

ALADI - w w w.aladi.org
SISCO M EX - w w w.desenvolvim ent o.gov.br

6.4.3. Comunidade Andina

A Com unidade Andina foi criada em 1969, com a assinat ura do Acordo de
Cart agen a, que ficou con h ecido com o “Pact o An din o”. Trat a-se de um a
organização sub-regional, hoje int egrada por cinco países: Bolívia, Colôm bia,
Equador, Peru e Venezuela.

Em dezem bro de 1996, o MERCOSUL celebrou com a Bolívia um Acordo de


Com plem ent ação Econôm ica (ACE – 36), m ediant e o qual est a passou a t er a
condição de m em bro associado ao Mercosul. O Acordo firm ado com a Bolívia
prevê a liberalização com plet a do com ércio de bens, dent ro de um prazo de
oit o a dez an os, bem com o fut uras n egociações n os set ores de serviços,
propriedade int elect ual, com pras governam ent ais e out ros.

Em 3 de ju lh o de 1999, foi celebrado o Acordo de Alcan ce Parcial de


Complement ação Econômica (ACE – 39) ent re os Governos das Repúblicas da
Colôm bia, do Equador, do Peru e da Venezuela, de um lado, e do Brasil, de
out ro. Ent rou em vigor em 16 de agost o de 1999 e est abelece preferências
t arifárias para 2.739 produt os. O ACE – 39 const it ui um primeiro passo para a
criação de uma zona de livre comércio ent re o Mercosul e a Comunidade Andina.

Com unidade Andina - w w w.com unidadandina.org

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Exportação Passo a Passo

6.4.4. Acordo de Livre Comércio da América do Norte ( NAFTA)

Em dezem bro de 1992, o Canadá, os Est ados Unidos e o México assinaram o


N orth American Free Trade Agreement (NAFTA), que ent rou em vigor em 1º de
janeiro de 1994. O acordo prevê redução gradat iva das t arifas aduaneiras no
com ércio de bens ent re os t rês países.

N orth American Free Trade Agreement (NAFTA) - w w w.naft a-sec-alena.org

6.4.5. União Européia ( UE)

A Un ião Européia, cujos t rat ados de fun dação rem on t am a 1957 (an o da
assin at u ra do Trat ado de Rom a), con t a h oje com 15 Est ados m em bros:
Alem anha, Áust ria, Bélgica, Dinam arca, Espanha, Finlândia, França, Grécia,
Irlanda, It ália, Luxem burgo, Países Baixos, Port ugal, Reino Unido e Suécia.
Os t rat ados de 1957 foram subm et idos a t rês revisões: em 1987 (At o Único,
que est abeleceu as bases para a criação do m ercado único europeu a part ir de
1992), em 1992 (Trat ado de M aast richt , que prevê a un ião econ ôm ica e
m on et ária dos Est ados m em bros) e em 1997 (Trat ado de Am st erdã,
especialm ent e volt a-do para t em as sociais e de direit os hum anos).

A União Européia lançou um serviço de apoio na int ernet visando facilit ar o


acesso dos exp ort adores dos p aíses em desen volvim en t o ao m ercado
com u n it ário. Est e serviço grat u it o forn ece in form ações sobre direit os
aduan eiros, docu m en t ação adu an eira, regras de origem e est at íst icas de
comércio. Numa segunda fase, est arão disponíveis informações sobre requisit os
específicos de im port ação para cada cat egoria de produt os, com o quest ões
sanit árias e fit ossanit árias.

A part ir de 1° de m aio de 2004, dez novos países passaram a int egrar a União
Eu rop éia. O b loco con t a h oje com 25 p aíses, u m a p op u lação d e
aproxim adam ent e 450 m ilhões de habit ant es e um PIB de US$ 12,6 t rilhões
para 2004, segundo dados fornecidos pela Com issão Européia. Os dez novos
países são: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Est ônia, Hungria, Let ônia, Lit uânia,
Malt a, Polônia, República Checa.

UE - export -help.cec.eu.int

A publicação União Européia – Acesso ao Mercado Com unit ário encont ra-se
na BrazilTradeNet - w w w.brazilt radenet .gov.br.

36
Exportação Passo a Passo

6.4.6. Associação Européia de Livre Comércio ( EFTA)

A EFTA, criad a em 1960, con t a h oje ap en as com a Su íça, Islân d ia,


Liecht enst ein e Noruega com o países m em bros.
Associação Européia de Livre Com ércio (EFTA) -secret ariat .eft a.int / eft a

6.4.7. Área de Livre Comércio das Américas ( ALCA)

A reunião de Cúpula de Miam i, realizada dezem bro de 1994, cont ou com


Chefes de Est ado e de Governo de 34 países das Am éricas. Na ocasião, foi
lançada a idéia de iniciar-se a negociação de um a Área de Livre Com ércio das
Am éricas (ALCA), que geograficam ent e se est enderia do Alasca à Pat agônia.
Trat a-se de um processo em fase de negociação.

Seu principal objet ivo é prom over a livre circulação de m ercadorias, com a
queda da t arifa de im port ação ent re os países m em bros.

A ALCA represent aria um PIB de aproxim adam ent e US$ 13 t rilhões e um


m ercado com cerca de 800 m ilhões de consum idores.

Para acom panhar o processo negociador, consult e o sít io oficial da ALCA:


w w w.alca-ft aa.org.

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Exportação Passo a Passo

7. PROCEDI MENTOS ADMI NI STRATI VOS NA EXPORTAÇÃO


– COMO EXPORTAR?

Um a vez definidos O QUE EXPORTAR e PARA ON D E EXPORTAR, a


em presa depara-se com as exigências legais e adm inist rat ivas do processo de
export ação. Serão exam inados, nest e it em , os principais procedim ent os com
relação a COMO EXPORTAR.

7.1. Sistema I ntegrado de Comércio Exterior ( SI SCOMEX)

O Sist em a Int egrado de Com ércio Ext erior, criado pelo Decret o n° 660, de 25
de set em bro de 1992, é o sist em a inform at izado que int egra as at ividades de
regist ro, acom panham ent o e cont role de com ércio ext erior, realizadas pela
Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) do Minist ério do Desenvolvim ent o,
Indúst ria e Com ércio Ext erior (MDIC), pela Secret aria da Receit a Federal (SRF)
e pelo Ban co Cen t ral do Brasil (BACEN ), órgãos “gest ores” do sist em a.
Part icipam ain da do SISCO M EX, com o órgãos “an uen t es”, o CO M EXE -
C om an d o d o Exércit o, o M APA - M in ist ério d a Agricu lt u ra e d o
Abast ecim en t o, a ANVISA - Agên cia N acion al de Vigilân cia San it ária, o
Depart am ent o da Polícia Federal, o IBAMA - Inst it ut o Brasileiro do Meio
Am bient e e dos Recursos Nat urais Renováveis e out ros.

A relação dos produt os sujeit os a anuência prévia na export ação cont ém t odas
as m ercadorias, relacionadas em NCM/ SH e respect ivo dest aque (se houver),
sujeit as à m an ifest ação prévia n os Regist ros de Export ação (RE), com a
in d icação do Ó rgão en volvid o. Ver no sít io: h t t p :/ /
w w w . d e s e n v o lv im e n t o . go v. b r / a r q u iv o / s e cex / co n p o r ex p o r t a ca o /
exigean uen cia.pdf

Por int erm édio do SISCOMEX, as operações de export ação são regist radas e,
em seguida, analisadas on-line pelos órgãos “gest ores” do sist em a (SECEX,
SRF e BACEN).

Para processar suas operações de export ação, as em presas export adoras podem
t er acesso ao SISCOMEX diret am ent e, a part ir de seu próprio est abelecim ent o,
desde que disponham dos necessários equipam ent os e condições de acesso.

Para est e acesso, será n ecessário regist ro n o sist em a RADAR (Sist em a


Am bien t e de Regist ro e Rast ream en t o da At u ação dos In t erven ien t es
Aduaneiros) junt o à SRF, de acordo com a Inst rução Norm at iva SRF N° 455,
de 5 de out ubro de 2004 que diz respeit o ao credenciam ent o do export ador,
ou habilit ação ao SISCOMEX.

39
Exportação Passo a Passo

O cadast ro poderá ser ordinário ou sim plificado de acordo com o caso:

• Cadast ro O rdinário para pessoas jurídicas que at uem habit ualm ent e no
com ércio ext erior; e
• Cadast ro Sim plificado para pessoas jurídicas que at uem event ualm ent e
no com ércio ext erior.

Con sidera-se com o e v e n t ualm e n t e a realização, de at é t rês despach os


aduaneiros, no período de um ano, onde as export ações, não ult rapassem o
lim it e de US$ 25,000.00 FOB ou o equivalent e em out ra m oeda.

Assim , devem est ar conect adas ao Sist em a e habilit ar-se por int erm édio de
um a senha fornecida pela Secret aria da Receit a Federal. A em presa poderá
ut ilizar ainda: a) despachant es aduaneiros; b) rede de com put adores colocada
à disposição dos u su ários pela Secret aria da Receit a Federal (salas de
cont ribuint es); c) corret oras de câm bio; d) agências bancárias que realizem
operações de câm bio; e e) out ras en t idades h abilit adas. Dest a form a, as
em p resas exp ort adoras t êm a p ossibilidade de en cam in h ar e receber
com unicações dos órgãos int ervenient es no com ércio ext erior encarregados
de aut orizações e fiscalização pert inent es ao processo de export ação. Para as
em presas, o Sist em a represen t a, en t re ou t ras, as segu in t es van t agen s:
sim plificação, agilidade, redução de cust os, desburocrat ização, et c.

O SISCO MEX perm it e aos órgãos de governo int ervenient es no com ércio
ext erior acom pan har, con t rolar e t am bém in t erferir n o processo de saída
(export ações) e ent rada (im port ações) de produt os no País.

Inform ações det alhadas sobre o SISCOMEX e sua ut ilização pelas em presas
podem ser obt idas nos seguint es sít ios:

Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) - w w w.desenvolvim ent o.gov.br
Secret aria da Receit a Federal (SRF) - w w w.receit a.fazenda.gov.br
Banco Cent ral do Brasil (Bacen) - w w w.bcb.gov.br

7.2. Nomenclatura - classificação de mercadorias

Ao preencher o Regist ro de Export adores e Im port adores (REI) no SISCOMEX,


a em presa deverá classificar seus produt os de acordo com duas nom enclat uras:
a N o m e n clat u ra Co m u m do M e rco s u l ( N CM ) e a N o m e n clat u ra
A duan e ira da A LA D I ( N aladi/ SH ) , criadas com base n a Con ven ção
Int ernacional sobre o Sist em a Harm onizado de Designação e de Codificação
de Mercadorias (SH), firm ada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983. O SH
possui 6 dígit os, m as cada país pode acrescent ar at é quat ro dígit os.

40
Exportação Passo a Passo

A Nom enclat ura Com um do Mercosul (NCM) foi criada em 1995, com a
ent rada em vigor do Mercosul, e aprovada pelo Decret o 2.376, de 13.11.97,
jun t am en t e com as alíquot as do im post o de im port ação que com põem a
Tarifa Ext er n a C om u m (T EC ). Ao con su lt ar a Br azi l TradeN et
(w w w.brazilt radenet .gov.br), o usuário t erá acesso à NCM, nas versões em
port u gu ês, espan h ol e in glês. A N CM , qu e su bst it u iu a N om en clat u ra
Brasileira de M ercadorias (N BM ), possu i 8 dígit os e u m a est ru t u ra de
classificação qu e con t ém at é 6 n íveis de agregação: capít u lo, posição,
subposição sim ples, subposição com post a, it em e subit em :

- Capítulo - a indicação do capít ulo no código é represent ada pelos dois


prim eiros dígit os;
- Posição - a posição dent ro do capít ulo é ident ificada pelos quat ro prim eiros
dígit os;
- Subposição simples - é represent ada pelo quint o dígit o;
- Subposição composta - é represent ada pelo sext o dígit o;
- Item - é a subdivisão do SH, represent ado, no código, pelo sét im o dígit o;
- Subitem - é a subdivisão do it em , represent ado, no código, pelo oit avo
dígit o.

Exem plo:
N CM 8445.19.24 (m áquinas abridoras de fibras de lã)
84 - c ap í t u l o (reat ores n u cleares, cald eiras, m áq u in as, ap arelh os e
inst rum ent os m ecânicos, e suas part es);

8445 - posição (m áquinas para preparação de m at érias t êxt eis; m áquinas


para fiação, dobagem ou t orração de m at érias t êxt eis e out ras m áquinas e
aparelhos para fabricação de fios t êxt eis; m áquinas de bobinar - incluídas as
bobin adeiras de t ram a - ou de dobar m at érias t êxt eis e m áqu in as para
preparação de fios t êxt eis para sua ut ilização nas m áquinas das posições 8446
ou 8447);

8445.19 - subposição simples (máquinas para preparação de mat érias t êxt eis);

8445.19 -s u bpo s ição co m po s t a (ou t ras m áqu in as para preparação de


m at érias t êxt eis);

8445.19.24 - item (m áquinas para a preparação de out ras m at érias t êxt eis);

8445.19.24 - subitem (m áquinas abridoras de fibras de lã).

N o m e n c l at u ra A d u an e i ra d a A s s o c i aç ão Lat i n o -A m e ri c an a d e
Integração (N aladi/ SH) -possui est rut ura sem elhant e à da NCM (para a

41
Exportação Passo a Passo

qual serviu de base) e o m esm o núm ero de dígit os (8), sendo os seis prim eiros
sem pre idênt icos.

O SISCOMEX dispõe de t abelas que possibilit am a ident ificação dos códigos


t ant o da NCM com o da Naladi/ SH.

7.3. Documentos exigidos na exportação

Os docum ent os exigidos nas operações de export ação são os seguint es:

- D ocumentos referentes ao exportador


- Inscrição no Regist ro de Export adores e Im port adores (REI) da SECEX/
M DIC

- D ocumentos referentes ao Contrato de Exportação


- Fat ura Pro Form a;
- Cart a de Crédit o;
- Let ra de Câm bio; e
- Cont rat o de Câm bio.

- D ocumentos referentes a mercadoria


- acom panham t odo o processo de t raslado da m ercadoria:
- Regist ro de Export ação no SISCOMEX;
- Regist ro de Operação de Crédit o (RC);
- Regist ro de Venda (RV);
- Solicit ação de Despacho (SD);-Not a Fiscal;
- Conhecim ent o de Em barque (Bill of Lading);
- Fat ura Com ercial (com m ercial invoice);-Rom aneio (packing list );
- O u t ros docu m en t os: C ert ificado de O rigem , Legaliz ação C on su lar,
Cert ificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Cart a de Ent rega.

H á d u as m od alid ad es esp eciais d e exp ort ação q u e são ob jet o d e


regulam en t ação específica. N as ex po rtaçõ es tem po rárias , as em presas
poderão enviar para o ext erior m ercadorias para exibição em exposições ou
em feiras. O export ador é obrigado a com provar o ret orno da m ercadoria no
prazo m áxim o de 180 dias, cont ados a part ir da dat a de em barque ou, no caso
d e ven d a, d o in gresso d a m oed a est ran geira. N as e x p o rt aç õ e s e m
consignação, as em presas poderão realizar vendas com prazo m áxim o de
180 dias, a cont ar da dat a do em barque, prorrogável por at é 180 dias. At é o
vencim ent o, as em presas deverão providenciar a liquidação das cam biais. Caso
não ocorra a venda, a em presa deverá com provar o ret orno da m ercadoria,
cont ado a part ir do t érm ino do prazo est ipulado.

42
Exportação Passo a Passo

7.3.1. Documentos referentes ao exportador

As operações de export ação e de im port ação poderão ser realizadas por pessoas
físicas ou jurídicas que est iverem inscrit as no Registro de Exportadores e
Im po rt ado re s ( REI) da Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) do
Minist ério do Desenvolvim ent o, Indúst ria e Com ércio Ext erior.

De acordo com a Port aria SECEX nº 15, de 17.11.2004 (acrescida das alt erações
efet uadas por Port arias SECEX post eriores), os export adores e im port adores
são inscrit os aut om at icam ent e no REI, ao realizarem a prim eira operação,
sem o en cam in ham en t o de quaisquer docum en t os, os quais poderão ser
solicit ados, even t ualm en t e, pelo Depart am en t o de Com ércio Ext erior da
SECEX, para verificação de rot ina.

Assim , a in scrição n o Regist ro de Export adores e Im port adores (REI) da


Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) é feit a na prim eira operação de
export ação – Regist ro de Export ação (RE), Regist ro de Venda (RV) ou Regist ro
de Crédit o (RC) – em qualquer pont o conect ado ao SISCOMEX.

Cabe assinalar que a inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada
nos casos de punição em decisão adm inist rat iva final, pelos m ot ivos seguint es:
a) infração de nat ureza fiscal, cam bial e de com ércio ext erior; e b) abuso de
poder econôm ico.

7.3.2. Documentos referentes ao Contrato de Exportação

7.3.2.1. Fatura Pro Forma

O ato de exportar sempre tem origem em um contato preliminar entre o exportador


e o potencial importador de sua mercadoria no exterior, cuja identificação pode
ser facilitada pela consulta à BrazilTradeNet. Após a manifestação de interesse
por parte do importador, o exportador deverá enviar ao importador um documento
- fatura Pro Forma - em que são estipuladas as condições de venda da mercadoria.
A fatura Pro Forma deve conter as seguintes informações:

- descrição da m ercadoria, quant idade, peso brut o e líquido, preço unit ário
e valor;
- quant idades m ínim as e m áxim as por em barque;
- nom es do export ador e do im port ador;
- t ipo de em balagem de apresent ação e de t ransport e;
- m odalidade de pagam ent o;
- t erm os ou condições de venda – Incot erm s (it em 10.1 dest e m anual);

43
Exportação Passo a Passo

- dat a e local de ent rega;


- locais de em barque e de desem barque;
- prazo de validade da propost a;
- assinat ura do export ador; e
- local p ara assin at u ra do im p ort ador, qu e, com ela, exp ressa a su a
concordância com a propost a.

A fat ura Pro Form a pode ser subst it uída por um a cot ação enviada por fax ou
cart a, que cont enha as m esm as inform ações indicadas acim a. Recom enda-se
a leit ura do capít ulo 9 dest e m anual, referent e aos Cont rat os Int ernacionais.

7.3.2.2. Carta de Crédito

Após o envio da fat ura Pro Form a ao im port ador, o export ador receberá do
im port ador, caso se confirm e o seu int eresse, um pedido de com pra ou um a
cart a de crédit o, docum en t os que con firm am o in t eresse n a aquisição da
m ercadoria. Por sua vez, o export ador deve conferir os dados cont idos na
cart a de crédit o ou no pedido enviado pelo im port ador, confront ando-os com
as inform ações cont idas na fat ura Pro Form a ou na cot ação do produt o.

7.3.2.3. Letra de Câmbio

A let ra de câm bio, sem elh an t e à duplicat a em it ida n as ven das in t ern as,
represent a um t ít ulo de crédit o, em it ido pelo export ador e sacado cont ra o
im port ador. O valor da let ra de câm bio deve ser igual ao t ot al de divisas
regist radas na fat ura com ercial. Cont ém os seguint es elem ent os:
-núm ero, praça e dat as de em issão e de vencim ent o;-beneficiário;-nom e e
en dereço do em it en t e e sua assin at ura;-in st rum en t o que gerou o saque -
cart a de crédit o, fat ura com ercial, et c.

7.3.2.4. Contrato de Câmbio

É um inst rum ent o firm ado para t roca de m oedas, ent re o export ador (vendedor
de divisas) e um banco, aut orizado pelo Banco Cent ral do Brasil a operar com
câm bio.

7.3.3. Documentos referentes a mercadoria

São os seguint es os docum ent os referent es a m ercadoria:

44
Exportação Passo a Passo

7.3.3.1. Registro de Exportação ( RE)

O Regist ro de Export ação (RE) no SISCOMEX é um conjunt o de inform ações


de nat ureza com ercial, financeira, cam bial e fiscal, que caract eriza a operação
de export ação de um a m ercadoria e define o seu enquadram ent o legal. Ent re
out ras inform ações, a em presa deverá fornecer a classificação de seu produt o
segundo a Nom enclat ura Com um do Mercosul (NCM) e a Nom enclat ura
Aduaneira da Associação Lat ino-Am ericana de Int egração - Aladi (Naladi/
SH).

A Port aria SEC EX n ° 15, de 17.11.2004 (N or m as adm in ist rat ivas n a


export ação), dispõe, no seu anexo “A” sobre as rem essas ao ext erior que est ão
dispensadas de Regist ro de Export ação.

No caso de operações de export ação no valor de at é US$ 10.000,00 (dez m il


dólares), poderão ser ut ilizados, no lugar do RE, o Regist ro de Export ação
Sim plificado (RES) ou a Declaração Sim plificada de Export ação (DSE), de
acordo com as regulam ent ações específicas de cada um a dessas m odalidades.

Segundo a Port aria SECEX 15/ 04, poderão ser objet o de RES export ações que,
por suas caract eríst icas, sejam conceit uadas com “export ação normal – Código
80.000”, n ão se en qu adran do em n en h u m ou t ro código da Tabela de
Enquadram ent o da Operação, disponível no SISCOMEX. De acordo com a
cit ada legislação, o RES n ão se aplica a operações vin culadas ao Regim e
Aut omot ivo ou sujeit as à incidência do impost o de export ação ou, ainda, a
procediment os especiais ou export ação cont ingenciada, em virt ude da legislação
ou em decorrência de compromissos int ernacionais assumidos pelo Brasil.

7.3.3.2. Registro de Operação de Crédito ( RC)

Devem const ar do Regist ro de Crédit o (RC) as inform ações de carát er cam bial
e financeiro referent es a export ações com prazo de pagam ent o superior a 180
dias (prazo que caract eriza as export ações financiadas), cont ado a part ir da
dat a do em barque. Assim , o RC é o docum ent o elet rônico que cont em pla as
condições definidas para as export ações financiadas. O preenchim ent o do
RC e o seu deferim ent o devem ser ant eriores ao preenchim ent o do Regist ro
de Export ação (RE).

Ao preenchim ent o do RC segue-se o prazo para o em barque das m ercadorias.


Nesse período, devem ser providenciados os respect ivos RES e as solicit ações
para o desem baraço aduaneiro das m ercadorias.

45
Exportação Passo a Passo

O export ador, diret am ent e ou por int erm édio de seu represent ant e legal, é
responsável pela prest ação de t odas as inform ações necessárias ao exam e e
processam ent o do RC, que é feit o por m eio do SISCOMEX.

Um a vez efet uado o preenchim ent o, a validação do RC é feit a pelo Banco do


Brasil S.A – em caso de export ação financiada pelo Program a de Financiam ent o
às Export ações (Proex) – ou pelo Depart am ent o de Operações de Com ércio
Ext erior da SECEX (DECEX) –, em caso de operação realizada com recursos
do próprio export ador. No caso de export ações am paradas pelo Proex, com
recursos previst os no Orçam ent o Geral da União, o Banco do Brasil fará análise
prévia, com base nas inform ações cont idas no RC. Caso o regist ro seja aceit o
pelo Banco, fica assegurado o apoio financeiro do Program a.

O SISC O M EX forn ece au t om at icam en t e ao op erador (exp ort ador ou


represent ant e legal do export ador) um núm ero referent e a cada RC.

Cabe assinalar que os financiam ent os às export ações t am bém poderão ser
concedidos por out ras inst it uições financeiras aut orizadas a operar em câm bio,
sem ônus para a União.

Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) - w w w.desenvolvim ent o.gov.br

7.3.3.3. Registro de Venda ( RV)

O Regist ro de Venda (RV) deve ser efet uado no SISCO MEX nos casos de
produt os relacionados no Anexo “C” da Port aria SECEX n° 15, de 17.11.2004
(Exp ort ação d e p rod u t os su jeit os a p roced im en t os esp eciais). Seu
preen ch im en t o deverá acon t ecer an t eriorm en t e à solicit ação do RE, e o
export ador, se solicit ado, t erá a obrigação de apresen t ar à Secret aria de
Com ércio Ext erior in form ações que com provem as operações sujeit as ao
Regist ro de Venda.

O SISC O M EX forn ece au t om at icam en t e ao op erador (exp ort ador ou


represent ant e legal do export ador) um núm ero referent e a cada Regist ro de
Venda preenchido.

7.3.3.4. Nota Fiscal

Est e d ocu m en t o d eve acom p an h ar a m ercad oria d esd e a saíd a d o


est abelecim ent o do export ador at é o em barque para o ext erior. A not a fiscal
deve ser em it ida em m oeda nacional, com base na conversão do preço FOB

46
Exportação Passo a Passo

em reais, pela t axa do dólar no fecham ent o de câm bio. No caso de export ação
diret a, a not a fiscal deve ser em it ida em nom e da em presa im port adora. Na
export ação indiret a, a not a será em it ida em nom e da em presa que efet uará a
operação de export ação (t rading com pany, et c.).

7.3.3.5. Despacho Aduaneiro de Exportação

Trat a-se do procedim ent o fiscal de desem baraço da m ercadoria dest inada ao
ext erior, com base nas inform ações cont idas no Regist ro de Export ação (RE),
na Not a Fiscal (prim eira via) e nos dados sobre a disponibilidade da m ercadoria
para verificação das au t oridades adu an eiras. O Despach o Adu an eiro de
Exp ort ação é p rocessado p or in t erm édio do SISC O M EX. N o caso de
export ações t errest res, lacust res ou fluviais, além da prim eira via da Not a
Fiscal, é n ecessária a apresen t ação do Con h ecim en t o de Em barque e do
Manifest o Int ernacional de Carga.

O Despacho Aduaneiro de Export ação t em por base declaração form ulada


pelo export ador ou por seu m andat ário (despachant e aduaneiro ou em pregado
especificam en t e design ado), t am bém por in t erm édio do SISCO M EX. A
Declaração para Despacho de Export ação (DDE), t am bém conhecida com o
Solicit ação de Despacho (SD), deverá ser apresent ada à unidade da Receit a
Federal com pet ent e.

Ao final do procedim ent o, a Receit a Federal, por m eio do SISCOMEX, regist ra


a “Averbação”, que consist e na confirm ação do em barque da m ercadoria ou
sua t ransposição da front eira.

7.3.3.6. Conhecimento ou Certificado de Embarque ( Bill of Lading)

A em presa de t ran sport e em it e, em lín gu a in glesa, o Con h ecim en t o ou


Cert ificado de Em barque, que com prova t er a m ercadoria sido colocada a
bordo do m eio de t ransport e. Est e docum ent o é aceit o pelos bancos com o
garant ia de que a m ercadoria foi em barcada para o ext erior. O conhecim ent o
de em barque deve cont er os seguint es elem ent os:

- nom e e endereço do export ador e do im port ador;


- local de em barque e desem barque;
- quant idade, m arca e espécie de volum es;
- t ipo de em balagem ;
- descrição da m ercadoria e códigos (SH/ NCM/ Naladi);
- peso brut o e líquido;

47
Exportação Passo a Passo

- valor da m ercadoria;
- dim ensão e cubagem dos volum es;
- valor do fret e.

Além disso, deve const ar a form a de pagam ent o do fret e: freight prepaid (fret e
pago) ou freight collect (fret e a pagar).

Por últ im o, devem const ar do conhecim ent o de em barque as condições em que


a m ercadoria foi em barcada: clean on board (em barqu e sem rest rições
ouressalvas à m ercadoria) ou received in apparent good order and conditions
(m ercadoria recebida aparen t em en t e em boas con dições). Est a declaração
im plica qu e o t ran sport ador deverá en t regar a m ercadoria n as m esm as
condições em que foi recebida do export ador.

O Conhecim ent o de Em barque é em it ido geralm ent e em t rês vias originais,


com um núm ero variado de cópias, conform e a necessidade do im port ador. O
docum ent o corresponde ao t ít ulo de propriedade da m ercadoria e pode ser
consignado ao im port ador, sendo, nest e caso, inegociável. Pode t am bém ser
consignado ao port ador, sendo, nest e caso, negociável.

7.3.3.7. Fatura Comercial ( Commercial I nvoice )

Est e document o, necessário para o desembaraço da mercadoria pelo import ador,


cont ém t odos os elem ent os relacionados com a operação de export ação.

Por isso é con siderado com o u m dos docu m en t os m ais im port an t es n o


com ércio int ernacional de m ercadorias. Deve ser em it ido pelo export ador no
idiom a do im port ador ou em in glês, segu n do a praxe in t ern acion al. O
docum ent o deve cont er os seguint es it ens:

- nom e e endereço do export ador e do im port ador;


- m odalidade de pagam ent o;
- m odalidade de t ransport e;
- local de em barque e desem barque;
- núm ero e dat a do conhecim ent o de em barque;
- nom e da em presa de t ransport e;
- descrição da m ercadoria;
- peso brut o e líquido;
- t ipo de em balagem e núm ero e m arca de volum es;
- preço unit ário e t ot al;
- valor t ot al da m ercadoria.

48
Exportação Passo a Passo

7.3.3.8. Romaneio ( Packing List )

Est e docum ent o, preenchido pelo export ador em inglês, é ut ilizado t ant o no
em barque com o no desem barque da m ercadoria, e t em por objet ivo facilit ar a
fiscaliz ação adu an eira. Trat a-se de u m a relação dos volu m es a serem
export ados e de seu cont eúdo.

O Rom aneio deve cont er os seguint es elem ent os:

- núm ero do docum ent o;


- nom e e endereço do export ador e do im port ador;
- dat a de em issão;
- descrição da m ercadoria, quant idade, unidade, peso brut o e líquido;
- local de em barque e desem barque;
- nom e da t ransport adora e dat a de em barque;
- núm ero de volum es, ident ificação dos volum es por ordem num érica, t ipo
de em balagem , peso brut o e líquido por volum e, as dim ensões em m et ros
cúbicos.

7.3.3.9. Outros documentos

Certificado de Origem
O objet ivo dest e docum ent o é o de at est ar que o produt o é efet ivam ent e
originário do país export ador. Sua em issão é essencial nas export ações para
países que concedem preferências t arifárias. O s cert ificados de origem são
fornecidos por ent idades credenciadas, m ediant e a apresent ação da fat ura
com ercial. As inform ações requeridas são:

- valor dos insum os nacionais em dólares - CIF ou FOB - e sua part icipação
no preço FOB;
- valor dos insum os im port ados em dólares - CIF ou FOB - e sua part icipação
no preço FOB;
- descrição do processo produt ivo; e
- regim e ou regras de origem - percent ual do preço FOB.

Dependendo do país de dest ino, são os seguint es os Cert ificados de Origem :

Certificado de Origem MERCOSUL


Em it ido por federações, confederações ou cent ros da indúst ria, do com ércio
ou da agricult ura.

49
Exportação Passo a Passo

Certificado de Origem ALAD I


Em it ido por federações est aduais de in dúst ria e federações est aduais de
com ércio.

Certificado de Origem Sistema Geral de Preferências (SGP)


Nas export ações realizadas no âm bit o do Sist em a Geral de Preferências (SGP),
o cert ificado é em it ido pelas agências do Banco do Brasil que operam com
com ércio ext erior. O docum ent o é denom inado Form A e const it ui requisit o
para a concessão de reduções t arifárias por países indust rializados a países em
desen volvim en t o.

Certificado de O rigem Sis tem a Glo bal de Preferências Co m erciais


(SGPC)
Est e docum ent o é em it ido por federações est aduais de indúst ria.

Legaliz ação Consular


A Legalização Consular não é exigida por t odos os países im port adores. Nos
cont at os com os im port adores est rangeiros, o export ador deve confirm ar a
n ecessidade dest a providên cia (recon h ecim en t o de firm a por part e da
aut oridade consular, em geral cobrada).

Certificado ou Apólice de Seguro


Docum ent o exigido quando o export ador é responsável pela cont rat ação do
seguro com um a em presa seguradora e deve ser providen ciado an t es do
em barque da m ercadoria.

Borderô ou Carta de Entrega


É um form ulário fornecido pelo banco a seu client e (export ador), com a relação
dos docu m en t os por ele exigidos para a realização de u m a operação de
export ação. Cabe ao export ador o preenchim ent o do form ulário e a preparação
dos docum ent os solicit ados pelo banco.

Outros certificados
Para det erm inados produt os export ados, o im port ador poderá solicit ar ainda
cert ificados fit ossanit ários ou específicos, com o o que at est a “fum igação”,
cert ificados de inspeção prévia, et c.

7.3.3.10. Registro de Exportação Simplificado ( RES) – Simplex

A Sist em át ica de Câm bio Sim plificado para as Export ações Brasileiras (Circular
Bacen nº 2.836, de 8.9.98), conhecida com o Sim plex, aplica-se às operações
de export ações, com cobert ura cam bial, de at é US$ 10.000,00, por operação

50
Exportação Passo a Passo

(incluídas as despesas referent es ao Incot erm pact uado). Qualquer produt o


pode ser export ado por int erm édio do Sim plex, t ant o por em presas com o por
p essoas físicas, d esd e q u e n ão est eja su jeit o a con t roles p or órgãos
governam ent ais. A operação de câm bio sim plificado é regulada pela Circular
Bacen nº 2.967, de 11.2.2000. Ao ut ilizar o Sim plex, o export ador deverá
assin ar Bolet o d e C om p ra e Ven d a d e M oed a Est ran geira, d e fácil
preenchim ent o, em banco credenciado a operar com câm bio. O Regist ro de
Export ação Sim plificado (RES), que t em validade de cinco dias (Com unicado
DECEX nº 25/ 98), deverá ser providenciado ant es do em barque do produt o.
Não é possível ut ilizar sim ult aneam ent e o Sim plex e o cont rat o de câm bio
do sist em a convencional.

Algum as caract eríst icas do regist ro sim plificado:

- as export ações por m eio do Sim plex podem ser pagas por int erm édio de
cart ão de crédit o int ernacional;
- o Bolet o de Com pra e Venda de Moeda Est rangeira pode ser negociado no
prazo de at é 90 dias, ant es ou depois do em barque, e a em presa export adora
poderá ut ilizar várias form as de pagam ent o (ant ecipado, cobrança e cart a
de crédit o). O prazo m encionado é im prorrogável;
- deve ser em it ido um RES para cada produt o, caso a operação de export ação
com preenda m ercadorias diferenciadas. A som a dos valores dos produt os
não poderá, de t odo m odo, ult rapassar o m ont ant e de US$ 10.000,00;
- o bolet o de câm bio sim plificado é negociado com o banco credenciado, ao
qual o export ador deverá fornecer os dados para preenchim ent o do Bolet o
de Com pra e Venda. A negociação cam bial deverá ser realizada após o
pagam ent o da export ação;
- o câm bio sim plificado, o export ador deverá gu ardar os respect ivos
docum ent os por cinco anos, para event ual verificação pelo Banco Cent ral;
- aplica-se à export ação efet uada no quadro do Sim plex o m esm o t rat am ent o
t ribut ário referent e à export ação pelo sist em a convencional.

Não podem beneficiar-se do Sim plex operações com o:

- export ação para consum o a bordo;


- export ação de m at erial usado;
- export ação em consignação;
- export ação de produt os beneficiados pelo Sist em a Geral de Preferências;
- export ação sujeit a ao Regist ro de Venda (RV);
- export ação com financiam ent o do Proex;
- export ação de produt os sujeit os a pagam ent o do Im post o de Export ação.

O rot eiro para preen ch im en t o do Regist ro de Export ação Sim plificado


encont ra-se anexo ao Com unicado DECEX 25/ 98.

51
Exportação Passo a Passo

7.3.3.11. Declaração Simplificada de Exportação ( DSE)

Tam bém com a fin alidade de sim plificar e facilit ar o processam en t o de


operações de at é US$ 10.000,00, foi regulam ent ada, pela Inst rução Norm at iva
da Secret aria da Receit a Federal n º 155, de 22.12.99, a Declaração Sim plificada
de Export ação (D SE). Est a deverá ser preen ch ida pelo export ador, por
int erm édio de com put ador conect ado ao SISCOMEX. Todas as export ações
feit as por DSE podem ser pagas por m eio de cart ão de crédit o int ernacional
ou de Bolet o de Com pra e Venda de Moeda Est rangeira.

Na DSE deverão ser fornecidos, ent re out ros, os seguint es dados:

- ident ificação do export ador (núm ero de inscrição do export ador no CNPJ
ou no CNPF);
- t ipo de export ador (se pessoa física ou jurídica);
- via de t ransport e (m arít im a, rodoviária, et c.);
- ident ificação do veículo t ransport ador;
- peso brut o das m ercadorias;
- peso líquido da m ercadoria;
- valor t ot al das m ercadorias, em reais;
- classificação do produt o na Nom enclat ura Com um do Mercosul (NCM);
- valor de acordo com condição de venda, na m oeda negociada (Incot erm s);
- descrição com plem ent ar da m ercadoria export ada.

A DSE será ut ilizada no despacho aduaneiro de bens:

- export ados por pessoa física, com ou sem cobert ura cam bial, at é o lim it e
de US$ 10.000,00;
- export ados por pessoa jurídica, com ou sem cobert ura cam bial, at é o lim it e
de US$ 10.000,00;
- export ados, a t ít ulo de ajuda humanit ária, em casos de guerra ou calamidade
pública;
- export ados sob o regim e de export ação t em porária, para post erior ret orno
ao Brasil nas m esm as condições, ou após consert o, reparo ou rest auração;
- reexport ados de acordo com a Inst rução Norm at iva 150 da Secret aria da
Receit a Federal (SRF), que dispõe sobre o regim e de adm issão t em porária
de bens procedent es do ext erior;
- que devem ser devolvidos ao ext erior, conform e est abelecido no Art . 30,
inciso VI, da Inst rução Norm at iva 155 da SRF ;
- cont idos em rem essa post al int ernacional, at é o lim it e de US$ 10.000,00;
- cont idos em encom enda aérea int ernacional, at é o lim it e de US$ 10.000,00,
t ransport ados por em presa de t ransport e int ernacional expresso port a a
port a; e
- int egrant es de bagagem desacom panhada.

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Exportação Passo a Passo

Registro da D SE

A DSE será regist rada por solicit ação do export ador, m ediant e num eração
au t om át ica ú n ica, seqü en cial e n acion al (rein iciada a cada an o) p elo
SISCO M EX.

Será adm it ido o regist ro de DSE pelo correio ou por int erm édio de em presa de
t ran sport e in t ern acion al expresso, qu an do se t rat ar de rem essa post al
int ernacional, at é o lim it e de US$ 10.000,00 ou o equivalent e em out ra m oeda,
e de en com en da aérea, igu alm en t e at é o lim it e de US$ 10.000,00 ou o
equivalent e em out ra m oeda.

Caso não t enha sido regist rada no prazo de quinze dias, a DSE será cancelada
aut om at icam en t e.

Quando se t rat ar de export ação event ual realizada por pessoa física, a DSE
poderá ser elaborada por servidor da Secret aria da Receit a Federal lot ado na
unidade onde será processado o despacho aduaneiro.

D ocumentos necessários para a D SE

Serão necessários os seguint es docum ent os, os quais deverão ser m ant idos
pelo export ador por cinco anos, para event ual apresent ação à fiscalização
aduaneira:

- prim eira via da Not a Fiscal, quando for o caso;


- via original do Conhecim ent o de Carga ou docum ent o equivalent e nas
export ações por via t errest re, fluvial ou lacust re;
- out ros docum ent os, indicados em legislação específica.

A DSE será subm et ida ao m ódulo de seleção param et rizada do SISCOMEX, e


a seleção para conferência seguirá os crit érios est abelecidos pela Coordenação
-Geral do Sist em a Aduaneiro (COANA) e pela unidade local da SRF.

A m ercadoria cuja DSE, regist rada no SISCO MEX, t enha sido selecionada
para o canal verde de conferência aduaneira será desem baraçada m ediant e
procedim en t o aut om át ico do SISCO M EX. A m ercadoria cuja Declaração
t enha sido selecionada para o canal verm elho será conferida e regist rada no
SISCOMEX pelo Audit or Fiscal da Receit a Federal (AFRF).

Averbação do Em barque: o sist em a averbará aut om at icam ent e os despachos


aduaneiros. No caso de event uais divergências de inform ações, a averbação
será realizada pelo AFRF, após as devidas correções. O Com provan t e de
Export ação será em it ido pelo SISCOMEX.

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Exportação Passo a Passo

7 .3 .3 .1 2 . M odelos de f orm ulários ut ilizados no processo de


exportação

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Exportação Passo a Passo

CONTRATO DE CÂMBIO DE COMPRA -


TIPO 01
EXPORTAÇÃO
NR. DE / / FL. NR.
INST: PRAÇA:
AS PARTES A SEGUIR DENOMINADAS, RESPECTIVAMENTE, COMPRADOR E
VENDEDOR, CONTRATAM A PRESENTE OPERAÇÃO DE CÂMBIO, NAS CONDIÇÕES AQUI ESTIPU-
LADAS

COMPRADOR :
C.G.C. :
ENDEREÇO :

VENDEDOR :
C.G.C :
ENDEREÇO :

MOEDA: TAXA CAMBIAL:

VALOR EM MOEDA ESTRANGEIRA.........................................................................:


(

VALOR EM MOEDA NACIONAL................................................................................:


(

ENTREGA DE DOCUMENTOS PRAZO DAS CAMBIAIS LIQUIDA-


ÇÃO
ATÉ:

FORMA DE ENTREGA DA MOEDA ESTRANGEIRA:

NATUREZA DA OPERAÇÃO........:
DESCRIÇÃO...................................:

PRÊMIO..................................:
ADIANTAMENTO.................:

CORRETOR......:
C.G.C.................:

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Exportação Passo a Passo

CONTRATO DE CÂMBIO DE COMPRA -


TIPO 01
EXPORTAÇÃO
NR. DE / / FL. NR.
INST: PRAÇA:

CLÁUSULAS CONTRATUAIS

CLÁUSULA 1: AO PRESENTE CONTRATO SUBORDINAM-SE AS NORMAS, CONDIÇÕES E


EXIGÊNCIAS LEGAIS E REGULAMENTARES APLICÁVEIS À MATÉRIA.

CLÁUSULA 2: O (S) REGISTRO (S) DE EXPORTAÇÃO / IMPORTAÇÃO CONSTANTE (S) NO


SISCOMEX, QUANDO VINCULADO (S) À PRESENTE OPERAÇÃO, PASSA (M) A CONSTITUIR
PARTE INTEGRANTE DO CONTRATO DE CÂMBIO QUE ORA SE CELEBRA.

CLÁUSULA 3: O VENDEDOR OBRIGA-SE, DE FORMA IRREVOGÁVEL E IRRETRATÁVEL, A


ENTREGAR AO COMPRADOR OS DOCUMENTOS REFERENTES À EXPORTAÇÃO ATÉ A DATA
ESTIPULADA PARA ESTE FIM NO PRESENTE CONTRATO E, RESPEITADA ESTA, NO PRAZO
MÁXIMO DE 15 (QUINZE) DIAS CORRIDOS CONTADOS DA DATA DO EMBARQUE DA MER-
CADORIA, AINDA QUE SE TRATE DE EMBARQUES PARCIAIS.
OCORRENDO, EM RELAÇÃO AO ÚLTIMO DIA PREVISTO PARA TAL FIM NO PRESENTE
CONTRATO, ANTECIPAÇÃO NA ENTREGA DOS DOCUMENTOS, O PRAZO PARA A LIQUIDA-
ÇÃO DO CÂMBIO PERTINENTE A TAIS DOCUMENTOS FICARÁ AUTOMATICAMENTE RE-
DUZIDO DE TANTOS DIAS QUANTOS FOREM OS DA MENCIONADA ANTECIPAÇÃO E, EM
CONSEQÜÊNCIA, CONSIDERAR-SE-Á CORRESPONDENTEMENTE ALTERADA A DATA ATÉ A
QUAL DEVERÁ SER LIQUIDADO O CÂMBIO, TUDO INDEPENDENTEMENTE DE AVISO OU
FORMALIDADE DE QUALQUER ESPÉCIE.
O NÃO-CUMPRIMENTO PELO VENDEDOR DE SUA OBRIGAÇÃO DE ENTREGA, AO COMPRA-
DOR, DOS DOCUMENTOS REPRESENTATIVOS DA EXPORTAÇÃO NO PRAZO ESTIPULADO
PARA TAL FIM ACARRETARÁ, DE PLENO DIREITO, O VENCIMENTO ANTECIPADO DAS
OBRIGAÇÕES DECORRENTES DO PRESENTE CONTRATO, INDEPENDENTEMENTE DE AVI-
SO OU NOTIFICAÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE, PARA O VALOR CORRESPONDENTE AOS
DOCUMENTOS NÃO ENTREGUES.

OUTRAS ESPECIFICAÇÕES

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Exportação Passo a Passo

CONTRATO DE CÂMBIO DE COMPRA -


TIPO 01
EXPORTAÇÃO
NR. DE / / FL. NR.
INST: PRAÇA:
OS INTERVENIENTES NO PRESENTE CONTRATO DE CÂMBIO - COMPRADOR, VENDEDOR E
CORRETOR - DECLARAM TER PLENO CONHECIMENTO DAS NORMAS CAMBIAIS VIGENTES,
NOTADAMENTE DA LEI 4.131, DE 3.9.62, E ALTERAÇÕES SUBSEQÜENTES, EM ESPECIAL DO
ARTIGO 23 DO CITADO DIPLOMA, “VERBIS”:

“ART. 23 - AS OPERAÇÕES CAMBIAIS NO MERCADO DE TAXA LIVRE SERÃO EFETUADAS ATRA-


VÉS DE ESTABELECIMENTOS AUTORIZADOS A OPERAR EM CÂMBIO, COM A INTERVENÇÃO DE
CORRETOR OFICIAL, QUANDO PREVISTO EM LEI OU REGULAMENTO, RESPONDENDO AMBOS
PELA IDENTIDADE DO CLIENTE, ASSIM COMO PELA CORRETA CLASSIFICAÇÃO DAS INFORMA-
ÇÕES POR ESTE PRESTADAS, SEGUNDO NORMAS FIXADAS PELA SUPERINTENDÊNCIA DA MOE-
DA E DO CRÉDITO.

PARÁGRAFO 1º - AS OPERAÇÕES QUE NÃO SE ENQUADREM CLARAMENTE NOS ITENS ESPECÍFI-


COS DO CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO ADOTADO PELA SUMOC, OU SEJAM CLASSIFICÁVEIS EM
RUBRICAS RESIDUAIS, COMO ‘OUTROS’ E ‘DIVERSOS’, SÓ PODERÃO SER REALIZADAS ATRAVÉS
DO BANCO DO BRASIL S.A.

PARÁGRAFO 2º - CONSTITUI INFRAÇÃO IMPUTÁVEL AO ESTABELECIMENTO BANCÁRIO, AO


CORRETOR E AO CLIENTE, PUNÍVEL COM MULTA DE 50 (CINQÜENTA) POR CENTO A 300
(TREZENTOS) POR CENTO DO VALOR DA OPERAÇÃO PARA CADA UM DOS INFRATORES, A
DECLARAÇÃO DE FALSA IDENTIDADE NO FORMULÁRIO QUE, EM NÚMERO DE VIAS E SEGUN-
DO O MODELO DETERMINADO PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL, SERÁ EXIGIDO EM CADA
OPERAÇÃO, ASSINADO PELO CLIENTE E VISADO PELO ESTABELECIMENTO BANCÁRIO E PELO
CORRETOR QUE NELA INTERVIEREM. (REDAÇÃO DADA PELO ARTIGO 72 DA LEI NÚMERO
9.069, DE 29.6.95)

PARÁGRAFO 3º - CONSTITUI INFRAÇÃO, DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO CLIENTE, PU-


NÍVEL COM MULTA DE 5 (CINCO) POR CENTO A 100 (CEM) POR CENTO DO VALOR DA OPERA-
ÇÃO, A DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES FALSAS NO FORMULÁRIO A QUE SE REFERE O PARÁ-
GRAFO SEGUNDO. (REDAÇÃO DADA PELO ARTIGO 72 DA LEI NÚMERO 9.069, DE 29.6.95)

PARÁGRAFO 4º - CONSTITUI INFRAÇÃO, IMPUTÁVEL AO ESTABELECIMENTO BANCÁRIO E AO


CORRETOR QUE INTERVIEREM NA OPERAÇÃO, PUNÍVEL COM MULTA EQUIVALENTE DE 5
(CINCO) A 100 POR CENTO (CEM POR CENTO) DO RESPECTIVO VALOR, PARA CADA UM DOS
INFRATORES, A CLASSIFICAÇÃO INCORRETA, DENTRO DAS NORMAS FIXADAS PELO CONSELHO
DA SUPERINTENDÊNCIA DA MOEDA E DO CRÉDITO, DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELO
CLIENTE NO FORMULÁRIO A QUE SE REFERE O PARÁGRAFO SEGUNDO DESTE ARTIGO.

PARÁGRAFO 5º - EM CASO DE REINCIDÊNCIA, PODERÁ O CONSELHO DA SUPERINTENDÊNCIA,


DA MOEDA E DO CRÉDITO CASSAR A AUTORIZAÇÃO PARA OPERAR EM CÂMBIO AOS ESTABELE-
CIMENTOS BANCÁRIOS QUE NEGLIGENCIAREM O CUMPRIMENTO DO DISPOSTO NO PRESENTE
ARTIGO E PROPOR A AUTORIDADE COMPETENTE IGUAL MEDIDA EM RELAÇÃO AOS CORRE-
TORES.

PARÁGRAFO 6º - O TEXTO DO PRESENTE ARTIGO CONSTARÁ OBRIGATORIAMENTE DO FORMU-


LÁRIO A QUE SE REFERE O PARÁGRAFO SEGUNDO.”

PELO COMPRADOR: NOME, CPF E ASSINATURA AUTORIZADA

PELO VENDEDOR: NOME, CPF E ASSINATURA AUTORIZADA

PELO CORRETOR: NOME, CPF E ASSINATURA AUTORIZADA

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8. ÓRGÃOS COM ATUAÇÃO NO COMÉRCI O EXTERI OR

8.1. Conselho Monetário Nacional ( CMN)

O Conselho Monet ário Nacional (CMN), criado pela Lei 4.595, de 31.12.64,
é a ent idade norm at iva superior do sist em a financeiro nacional, responsável
pela fixação das diret rizes da polít ica m onet ária, credit ícia e cam bial do País.
O Banco Cent ral do Brasil (w w w.bcb.gov.br) exerce as funções de Secret aria
Execut iva do Conselho.

8.2. Câmara de Comércio Exterior ( CAMEX)

A Câm ara de Com ércio Ext erior (CAMEX), órgão int egrant e do Conselho de
Governo, foi criada em 1995, pelo Decret o núm ero 1.386, de 6 de fevereiro,
com o objet ivo de form ular as polít icas e coordenar as at ividades relat ivas ao
com ércio ext erior de bens e serviços.

Em 8 de set em bro de 1998, foi criado, no âm bit o da CAMEX, o Program a


Especial de Export ações (PEE), que hoje é int egrado por 15 gerências t em át icas,
59 gerências de set ores produt ivos e 18 set ores de serviços. Os objet ivos do
Program a são os de est abelecer a int erface ent re o set or produt ivo e órgãos
governam ent ais, visando a aperfeiçoar os inst rum ent os de com ércio ext erior,
e o de m obilizar os export adores por m eio de suas ent idades de classe.

Segundo o Decret o n° 4.732, de 10.6.2003, com pet e à CAMEX:

- definir diret rizes e procedim ent os relat ivos à im plem ent ação da polít ica
de com ércio ext erior, visando à inserção com pet it iva do Brasil na econom ia
in t ern acion al;
- coordenar e orient ar as ações dos órgãos que possuem com pet ências na
área de com ércio ext erior;
- definir, no âm bit o das at ividades de export ação e de im port ação, diret rizes
e orien t ações sobre n orm as e procedim en t os, para os seguin t es t em as,
observada a reserva legal:
a) racionalização e sim plificação do sist em a adm inist rat ivo;
b) habilit ação e credenciam ent o de em presas para a prát ica de com ércio
ext erior;
c) nom enclat ura de m ercadoria;
d) conceit uação de export ação e de im port ação;
e) classificação e padronização de produt os;
f) m arcação e rot ulagem de m ercadoria; e
g) regras de origem e procedência de m ercadorias.

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Exportação Passo a Passo

- est abelecer as diret rizes para as negociações de acordos e convênios relat ivos
ao com ércio ext erior, de nat ureza bilat eral, regional ou m ult ilat eral;
- orien t ar a polít ica adu an eira, observada a com pet ên cia específica do
Minist ério da Fazenda;
- form ular diret rizes básicas da polít ica t arifária na im port ação e export ação;
- est abelecer diret rizes e m edidas dirigidas à sim plificação e racionalização
do com ércio ext erior;
- est abelecer diret rizes e procedim ent os para invest igações relat ivas a prát icas
desleais de com ércio ext erior;
- fixar diret rizes para polít ica de financiam ent o das export ações de bens e
serviços, bem com o para a cobert ura dos riscos de operações a prazo,
inclusive as relat ivas ao seguro de crédit o às export ações;
- fixar diret rizes e coordenar as polít icas de prom oção de m ercadorias e de
serviços no ext erior e de inform ação com ercial;
- opin ar sobre polít icas de fret e e t ran sport e in t ern acion ais, port uários,
aeroport uários e de front eiras, visando à sua adapt ação aos objet ivos da
polít ica de com ércio ext erior e ao aprim oram ent o da concorrência;
- orien t ar p olít icas de in cen t ivo à m elh oria dos serviços p ort u ários,
aeroport uários, de t ransport e e de t urism o, com vist as ao increm ent o das
export ações e da prest ação desses serviços a usuários oriundos do ext erior;
- fixar as alíquot as do im post o de export ação, respeit adas as con dições
est abelecidas no Decret o-Lei nº 1.578, de 11.10.77;
- fixar as alíquot as do im post o de im port ação, at endidas as condições e os
lim it es est abelecidos na Lei nº 3.244, de 14.8.57, no Decret o-Lei nº 63, de
21.11.66, e no Decret o-Lei nº 2.162, de 19.9.84;
- fixar direit os ant idum ping e com pensat órios, provisórios ou definit ivos, e
salvaguardas;
- decidir sobre a suspensão da exigibilidade dos direit os provisórios;
- hom ologar o com prom isso previst o no art . 4º da Lei nº 9.019, de 30.3.95;
- defin ir diret rizes para aplicação das receit as oriun das da cobran ça dos
direit os de que t rat a o in ciso XV do Art igo 2° dest e Decret o (Decret o
4.732/ 2003);
- alt erar, n a for m a est abelecida n os at os decisórios do M ercosu l, a
Nom enclat ura Com um do Mercosul de que t rat a o Decret o nº 2.376, de
12.11.97.

Na im plem ent ação da polít ica de com ércio ext erior, a CAMEX deverá t er
present e:

1) os com prom issos int ernacionais firm ados pelo País, em part icular:
a) na Organização Mundial do Com ércio (OMC);
b) no Mercosul; e
c) na Associação Lat ino-Am ericana de Int egração (Aladi).

70
Exportação Passo a Passo

2) o papel do com ércio ext erior com o in st ru m en t o in dispen sável para


prom over o crescim en t o da econ om ia n acion al e para o au m en t o da
produt ividade e da qualidade dos bens produzidos no País;
3) as polít icas de invest im ent o est rangeiros, de invest im ent o nacional no
ext erior e de t ransferência de t ecnologia, que com plem ent am a polít ica de
com ércio ext erior; e
4) as com pet ên cias de coorden ação at ribuídas ao M in ist ério das Relações
Ext eriores n o âm bit o da prom oção com ercial e da represen t ação do
Govern o n a Seção N acion al de Coorden ação dos Assun t os Relat ivos à
ALCA (SEN ALCA), n a Seção N acion al de Coorden ação dos Assun t os
Relacion ados à Associação In t er-Region al M ercosul - Un ião Européia
(SENEURO PA), no Grupo Int erm inist erial de Trabalho sobre Com ércio
Int ernacional de Mercadorias e Serviços (GICI) e na Seção Nacional do
M ercosu l.

Cabe à CAMEX propor as m edidas que considerar pert inent es para prot eger
os int eresses com erciais brasileiros nas relações com erciais com países que
descum prirem acordos firm ados bilat eral, regional ou m ult ilat eralm ent e.

Com a publicação do Decret o 4.732/ 2003, um a das principais alt erações na


est rut ura da CAMEX, além da am pliação do Com it ê Execut ivo de Gest ão
(GEC EX), foi à criação d o C on selh o C on su lt ivo d o Set or Privad o
(CONEX),int egrado por 20 represent ant es do set or privado. É de com pet ência
do CONEX assessorar o Com it ê Execut ivo de Gest ão, por m eio da elaboração
e encam inham ent o de est udos e propost as set oriais para aperfeiçoam ent o da
polít ica de com ércio ext erior.

Em 18 de fevereiro de 2004, com a publicação do Decret o n° 4.993, foi criado,


n o âm bit o d a C AM EX, o C om it ê d e Fin an ciam en t o e Garan t ia d as
Exp ort ações (C O FIG), colegiad o com as at ribu ições d e en q u ad rar e
acom pan har as operações do Program a de Fin an ciam en t o às Export ações
(Proex) e do Fu n do de Garan t ia à Export ação (FGE), est abelecen do os
parâm et ros e condições para concessão de assist ência financeira às export ações
e de prest ação de garant ia da União.

A Câm ara é presidida pelo Minist ro de Est ado do Desenvolvim ent o, Indúst ria
e Com ércio Ext erior.

Câm ara de Com ércio Ext erior (CAMEX)


Esplanada dos Minist érios, Bloco J, 7º andar, sala 700
70053-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 2109-7483 / 7906 / 7048
Fax: (61) 2109-7049 / 7961
e-mail: cam ex@m dic.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

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Exportação Passo a Passo

8.3. Ministério das Relações Exteriores ( MRE)

D epartamento de Promoção Comercial (D PR)


Com pet e ao D epartamento de Promoção Comercial (D PR), subordinado
à Subsecret aria-Geral de Cooperação e Com unidades Brasileiras no Ext erior,
orient ar e cont rolar as at ividades de prom oção com ercial no ext erior. Com o
objet ivo de apoiar a expansão e a diversificação das export ações brasileiras,
bem com o cont ribuir para a incorporação cada vez m aior de novas em presas
brasileiras ao processo export ador, o DPR, por int erm édio da BrazilTradeNet,
divu lga oport u n idades de n egócios (export ações de produ t os e serviços
brasileiros e invest im ent os est rangeiros diret os), result ados de pesquisas de
m ercado realizadas no ext erior, por iniciat iva do MRE, além de um a am pla
gam a de dados e inform ações de int eresse para os export adores brasileiros.
Apóia, igualm ent e, at ividades t radicionais de prom oção com ercial, a exem plo
de m issões em presariais ao ext erior, sem inários de invest im ent o, part icipação
de em presas brasileiras em feiras e exposições, que cont ribuam para prom over
a im agem do País, sua capacidade produt iva e t ecnológica e o aum ent o dos
fluxos de t urism o para o Brasil.

Minist ério das Relações Ext eriores


Depart am ent o de Prom oção Com ercial (DPR)
Esplanada dos Minist érios Bloco H, Anexo I, sala 220
70170-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3411-6240 a 6243 / 3223-2055
Fax: (61) 3223-2392 / 3223-2609
e-mail: dpr@brazilt radenet .gov.br
Sít io: w w w.brazilt radenet .gov.br

O Depart am ent o de Prom oção Com ercial com preende as seguint es Divisões:

D iv is ão de Info rm ação Co m ercial (D IC) - un idade respon sável pela


pesquisa, colet a, processam ent o, acom panham ent o e difusão de inform ações
sobre oport unidades com erciais, por int erm édio da BrazilTradeNet. Coordena
a realização de pesquisas de m ercados sobre produt os selecionados, bem com o
dos guias da série “Como Export ar ”. Efet ua, ainda, o monit orament o est at íst ico
das export ações brasileiras por produt os, em com paração com as im port ações
m undiais, a fim de ident ificar possibilidades para export ação de produt os
selecionados. A DIC at ende a consult as de empresários brasileiros e est rangeiros
sobre oport unidades de negócios.

Minist ério das Relações Ext eriores


Divisão de Inform ação Com ercial (DIC)
Esplanada dos Minist érios, Bloco H, Anexo I, sala 513

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Exportação Passo a Passo

70170-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3322-6312 / 3411-6663 / 3411-6668 / 3411-6390
Fax: (61) 3322-1935
e-mail: dic@brazilt radenet .gov.br
Sít io: w w w.brazilt radenet .gov.br

D iv is ão de Pro g ram as de Pro m o ção Co m e rcial ( D PG) - u n idade


resp on sável p ela ad m in ist ração orçam en t ária, p elo p lan ejam en t o e
acom panham ent o logíst ico das at ividades de prom oção com ercial, bem com o
p elo d esen volvim en t o, ap erfeiçoam en t o e m an u t en ção t écn ica d a
BrazilTradeNet. Est a Divisão coordena t am bém a rede de Pont os Focais do
Sist em a de Prom oção de Invest im ent os e Transferência de Tecnologia para
Em presas (SIPRI). A DPG ocupa-se da art iculação inst it ucional com out ras
ent idades públicas e privadas, em m at érias de int eresse para as at ividades de
prom oção com ercial, in clu sive m edian t e a celebração de con vên ios de
cooperação. Cabe a DPG, igualm ent e, a organização e realização de cursos de
t reinam ent o e capacit ação de recursos hum anos, dos set ores público e privado,
na área de com ércio ext erior.

Minist ério das Relações Ext eriores


Divisão de Program as de Prom oção Com ercial (DPG)
Esplanada dos Minist érios Bloco H, Anexo I, sala 527
70170-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3411-6393 / 6392
Fax: (61) 3322-0827
e-mail: dpg@brazilt ranet .gov.br
Sít io: w w w.brazilt ranet .gov.br

D iv is ão de O pe raçõ e s de Pro m o ção Co m e rcial ( D O C) - u n idade


responsável pelo apoio à organização de ações prom ocionais e inst it ucionais
(m issões com erciais, sem inários, et c.). Apóia visit as e m issões de im port adores
e invest idores est rangeiros ao País, bem com o auxilia event os de divulgação
de int eresse do em presariado brasileiro.

Minist ério das Relações Ext eriores


Divisão de Operações de Prom oção Com ercial (DOC)
Esplanada dos Minist érios Bloco H, Anexo I, sala 427
70170-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3411-6577 / 6578 / 6697 / 6752
Fax: (61) 3411-6007
e-mail: doc@brazilt ranet .gov.br
Sít io: w w w.brazilt radenet .gov.br

73
Exportação Passo a Passo

D ivisão de Feiras e Turism o (D FT) - unidade responsável pelo apoio à


organ ização de ações prom ocion ais e in st it u cion ais, t ais com o feiras e
exposições no ext erior e no Brasil, bem com o pela prom oção da expansão dos
fluxos de t urism o para o Brasil.

Minist ério das Relações Ext eriores


Divisão de Feiras e Turism o (DFT)
Esplanada dos Minist érios Bloco H, Anexo I, sala 523
70170-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3411-6395 / 6394 / 6421
Fax: (61) 33220833
e-mail: dft @brazilt ranet .gov.br
Sít io: w w w.brazilt radenet .gov.br

Subsecretaria-Geral da América do Sul (SGAS)

Com pet e à SGAS assessorar o Secret ário-Geral das Relações Ext eriores no
t rat o das quest ões de n at ureza polít ica e econ ôm ica relacion adas com a
Am érica do Sul, inclusive os t em as afet os à int egração regional.

D epartamento de Integração (D IN )

C om p et e ao D IN p rop or d iret riz es d e p olít ica ext erior, n o âm b it o


in t ern acion al, relat ivas ao processo de in t egração lat in o-am erican o e, em
especial, ao Mercado Com um do Sul (Mercosul). O DIN é com post o pela
Divisão de Int egração Regional (DIR) e pela Divisão do Mercado Com um do
Sul (DMC) do Mercosul.

D epartamento de N egociações Internacionais (D N I)

Com pet e ao DNI preparar e realizar negociações sobre a ALCA e negociações


com a União Européia e out ras ext ra-regionais. O DNI é com post o pela Divisão
da Área de Livre Com ércio das Am éricas (DALCA) e pela Divisão da União
Européia e Negociações Ext ra-Regionais (DUEX).

Subsecretaria-Geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos (SGET)

Com pet e à SGET assessorar o Secret ário-Geral das Relações Ext eriores no
t rat o das quest ões relacionadas com a econom ia int ernacional e com os t em as
t ecn ológicos.

74
Exportação Passo a Passo

D epartamento Econômico (D EC)

Com pet e ao DEC:

a) propor diret rizes de polít ica ext erior no âm bit o int ernacional relat ivas a
negociações econôm icas e com erciais int ernacionais, acesso a m ercados,
defesa com ercial e salvaguardas, serviços e fluxos int ernacionais de capit al,
agricult ura e produt os de base e out ros assunt os int ernacionais de nat ureza
econôm ica; e
b) coordenar a part icipação do Governo brasileiro em organism os, reuniões e
negociações int ernacionais, no t ocant e a m at éria de sua responsabilidade.

D epartamento de Temas Tecnológicos

Com pet e a est e depart am ent o propor, em coordenação com os depart am ent os
geográficos, diret rizes de polít ica ext erior no âm bit o das relações cient íficas e
t ecn ológicas, in cu m bin do -se t am bém dos t em as afet os a p rop riedade
in t elect ual.

Subs ecretaria-Geral de Co o peração e Co m unidades Bras ileiras no


Exterior (SGEC)

Com pet e a essa subsecret aria assessorar o Secret ário-Geral das Relações
Ext eriores no t rat o das quest ões relacionadas com cooperação t écnica, com
assist ência às com unidades brasileiras no ext erior, com prom oção com ercial
e com a polít ica cult ural.

Agência Brasileira de Cooperação (ABC)

Com pet e à ABC coordenar, negociar, aprovar, acom panhar e avaliar em âm bit o
n acion al, a cooperação para o desen volvim en t o em t odas as áreas do
conhecim ent o recebida de out ros países e organism os int ernacionais e aquela
ent re o Brasil e países em desenvolvim ent o.

D epartamento de Comunidades Brasileiras no Exterior

A est e Depart am ent o com pet e:

a) orient ar e supervisionar as at ividades de nat ureza consular e de assist ência


a brasileiros desem penhadas pelas unidades adm inist rat ivas do Minist ério
no País e no ext erior;
b) acom panhar, no âm bit o do Minist ério, os assunt os concernent es à polít ica
im igrat ória nacional;

75
Exportação Passo a Passo

c) cuidar da excussão das norm as legais e regulam ent ares brasileiras referent es
a docum ent os de viagem , no âm bit o do Minist ério;
d) t rat ar de m at érias relat ivas à cooperação judiciária int ernacional; e
e) propor at os int ernacionais sobre t em a de sua responsabilidade e coordenar
a respect iva negociação, bem com o exam inar a correção form al e preparar
os docu m en t os defin it ivos dos dem ais at os n egociados por t odas as
unidades do Minist ério.

D epartamento de Promoção Comercial (D PR)

Com pet e ao DPR orient ar e cont rolar as at ividades de prom oção com ercial
no ext erior.

D epartamento Cultural

Com pet e a est e Depart am ent o propor, em coordenação com os depart am ent os
geográficos, diret rizes de polít ica ext erior no âm bit o das relações cult urais e
edu cacion ais, prom over a lín gu a port u gu esa, n egociar acordos, difu n dir
ext ernam ent e inform ações sobre a art e e a cult ura brasileiras e divulgar o
Brasil no ext erior.

8.4. Ministério do Desenvolvimento, I ndústria e Comércio Exterior


( MDI C)

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)

Com pet e à SECEX:

a) form u lar propost as de polít icas e program as de com ércio ext erior e
est abelecer norm as necessárias à sua im plem ent ação;
b) propor m edidas, no âm bit o das polít icas fiscal e cam bial, de financiam ent o,
de recuperação de crédit os à export ação, de seguro, de t ransport es e fret es
e de prom oção com ercial;
c) propor diret rizes que art iculem o em prego do inst rum ent o aduaneiro com
os objet ivos gerais de polít ica de com ércio ext erior, bem com o propor
alíquot as para o im post o de im port ação, e suas alt erações;
d) part icipar das n egociações em acordos ou con vên ios in t ern acion ais
relacionados com o com ércio ext erior; e) im plem ent ar os m ecanism os de
defesa com ercial; e
f) apoiar o export ador subm et ido a in vest igações de defesa com ercial n o
ext erior.

76
Exportação Passo a Passo

No âm bit o do Sist em a Int egrado de Com ércio Ext erior, opera com o ent idade
gest ora.

Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX)


Esplanada dos Minist érios Bloco J, 8º andar, sala 814
70056-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 2109-7080 / 7077
Fax: (61) 2109-7075
e-mail: secex@desen volvim en t o.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

A SECEX é com post a por quat ro Depart am ent os:

D epartamento de Operações de Comércio Exterior (D ECEX)

Rio de Janeiro Praça Pio X, 54, 4º andar


20091-040 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2126-1306 / 1305
Fax: (21) 2126-1180
e-mail: decex@desen volvim en t o.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

Brasília
Esplanada dos Minist érios
Bloco J, 7º andar, sala 718
70170-900 - Brasília - DF
Tel: (61) 2109-7160 / 2109-7429
Fax: (61) 2109-7980
e-mail: decex@desen volvim en t o.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

D epartamento de D efesa Comercial (D ECOM)

Rio de Janeiro
Praça Pio X, 54, 6º andar, sala 608
20091-040 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2126-1288
Fax: (21) 2126-1141
e-mail: decom @desenvolvim ent o.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

77
Exportação Passo a Passo

D epartamento de N egociações Internacionais (D EIN T)

Esplanada dos Minist érios


Bloco J, 7º andar, sala 724 7
0056-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 2109-7416 / 7503
Fax: (61) 2109-7385
e-mail: deint @desenvolvim ent o.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

D epart am ent o de Planejam ent o e D es env o lv im ent o do Co m ércio


Exterior (D EPLA)

Esplanada dos Minist érios


Bloco J, 9º andar, sala 924
70056-900 - Brasília DF
Tel.: (61) 2109-7514 / 7421
Fax: (61) 2109-7725
e-mail: depla@desenvolvim ent o.gov.br
Sít io: w w w.desen volvim en t o.gov.br

Banco N acional de D esenvolvimento Econômico e Social (BN D ES)

O Banco Nacional de Desenvolvim ent o Econôm ico e Social (BNDES) é um a


em presa pú blica federal, vin cu lada ao M in ist ério do Desen volvim en t o,
Indúst ria e Com ércio Ext erior, que t em o objet ivo de financiar, no longo prazo,
os em preen dim en t os que con t ribuam para o desen volvim en t o do País. A
Agência Especial de Financiam ent o Indust rial (FINAME), um a das subsidiárias
d o Ban co, é resp on sável p ela lin h a d e fin an ciam en t o BN D ES-Exim
(w w w.bndes.gov.br). O BNDES-Exim financia a export ação de bens e serviços
brasileiros, por in t erm édio de ban cos e ou t ras in st it u ições fin an ceiras
credenciados (w w w.bndes.gov.br), nas seguint es m odalidades:

- Pré-Embarque - financia a produção de bens a serem export ados em


em barques específicos;
- Pré-Em barque Curto Praz o - fin an cia a produção de ben s a serem
export ados, com prazo de pagam ent o de at é 180 dias;
- Pré-Embarque Especial - financia a produção nacional de bens a serem
export ados, sem vinculação com em barques específicos, m as com período
pré-det erm inado para a sua efet ivação; e
- Pó s -Em barque - fin an cia a com ercialização de ben s e serviços n o
ext erior, por in t erm édio do refin an ciam en t o ao export ador, ou pela
m odalidade buyer’s credit (crédit o ao im port ador).

78
Exportação Passo a Passo

A fim de facilit ar o acesso ao crédit o à export ação, o BNDES t am bém possui


um Fundo de Garant ia para a Prom oção da Com pet it ividade (FGPC - Fundo
de Aval).Trat a-se de um inst rument o de compart ilhament o de risco, que facilit a
o acesso ao crédit o para as export ações por m icro, pequenas e m édias em presas.

BN D ES

Edifício de Serviços do Rio de Janeiro


Av. República do Chile, 100 - 19º andar
20031-917 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2172-7001 e 2172-7002
Fax: (21) 2533-1538
e-mail: presidência@bndes.gov.br
Sít io: w w w.bndes.gov.br

8.5. Ministério da Fazenda ( MF)

Banco Central do Brasil (BACEN )


O Banco Cent ral do Brasil est abelece norm as sobre as operações de câm bio
n o com ércio ext erior, bem com o fiscaliza e con t rola su a aplicação. Por
int erm édio do Siscom ex, o BACEN analisa on-line as operações de export ação.
O at en dim en t o ao público é efet uado n as delegacias region ais do Ban co
Cent ral. O Sist em a Int egrado de Regist ro de Operações de Câm bio (Sisbacen)
é o sist em a inform at izado que int egra o Banco Cent ral e os bancos aut orizados
a operar em câm bio, além de corret ores credenciados. O export ador deverá
negociar as condições do cont rat o de câm bio com a inst it uição habilit ada,
para regist ro n o Sisbacen . N o âm bit o do Sist em a In t egrado de Com ércio
Ext erior, opera com o ent idade gest ora.

Bacen

SBS, Quadra 3, Bloco B


70074-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3414-2156
Fax: (61) 3414-1458
Sít io: w w w.bacen.gov.br

Secretaria da Receita Federal (SRF)

A Secret aria da Receit a Federal é o órgão do Minist ério da Fazenda responsável


pela adm inist ração dos t ribut os int ernos e aduaneiros da União. Fiscaliza as
ent radas e saídas de produt os do País e arrecada os direit os aduaneiros sobre

79
Exportação Passo a Passo

as im port ações brasileiras. O at endim ent o é feit o nas Delegacias da Receit a


Federal em cada Est ado. Por int erm édio do Siscom ex, a SRF analisa on-line as
operações de export ação. N o âm bit o do Sist em a In t egrado de Com ércio
Ext erior, opera com o ent idade gest ora.

Secretaria da Receita Federal (SRF)

Esplanada dos Minist érios


Bloco P, 7º andar, sala 733
70048-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3412-2707/ 08/ 09/ 10
Fax: (61) 3321-0488
Sít io: w w w.receit a.fazenda.gov.br

Banco do Brasil S.A. (BB)

Por int erm édio do Banco do Brasil, na qualidade de agent e financeiro da União,
o export ador t em acesso ao Programa de Financiamento às Exportações
(Proex). Trat a-se de um program a, inst it uído pelo Governo Federal, que visa
a garant ir às export ações brasileiras condições de financiam ent o equivalent es
às do m ercado int ernacional, nas m odalidades Proex Financiamento e Proex
Equalização. Por delegação da SECEX, cabe t am bém ao banco a em issão do
Cert ificado de Origem FORM A do SGP e do Cert ificado de Origem -Têxt eis
para a União Européia.

Banco do Brasil S.A.

SBS quadra 04, bloco C, lot e 23


Brasília - DF
Tel.: (61) 3310-4885
Fax: (61) 3223-0156 / 3310-5691
Sít io: w w w.bb.com .br

8.6. Ministério das Comunicações ( MC)

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Programa Exporta


Fácil

O program a Export a Fácil (serviço de export ação dos Correios), execut ado
por agên cias selecion adas da ECT, poderá ser ut ilizado para export ações
brasileiras com valores at é US$ 10.000,00 por operação. O program a visa,
aproveit an do as possibilidades con feridas pela legislação brasileira para

80
Exportação Passo a Passo

fecham en t o de câm bio sim plificado e a capilaridade da ECT, a dar m aior


flexibilidade e rapidez às export ações das pequ en as e m édias em presas
espalhadas pelo t errit ório nacional. Ent re out ros, o Export a Fácil oferece os
seguin t es ben efícios: sim plificação dos processos post ais e alfan degários,
regist ro n o Siscom ex da DSE (Declaração Sim plificada de Export ação)
elet rônica, rem essas a m ais de 200 países, et c.

Ministério das Comunicações (MC)


Sít io: w w w.m c.gov.br

ECT -Agência Central


SBN, Quadra 1, Bloco A, Edifício-Sede - Térreo
70002-9000 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3426-1900
Fax: (61) 3426-1606
Sít io: w w w.correios.com .br

8.7. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ( MAPA)

Secretaria de D efesa Agropecuária (SDA)

Ao Minist ério da Agricult ura, Pecuária e Abast ecim ent o com pet e est abelecer
os procedim ent os para cert ificação sanit ária das export ações brasileiras. Por
in t erm édio do Depart am en t o de Defesa e In speção Veget al (DDIV) e do
Depart am ent o de Inspeção de Produt os de Origem Anim al (DIPOA), o MAPA
em it e Cert ificado San it ário/ Fit ossan it ário In t ern acion al, que com prova a
sanidade das m ercadorias de origem agropecuária export adas pelo Brasil.

Secretaria de D efesa Agropecuária


Esplanada dos Minist érios
Bloco D, Anexo B, sala 406
70043-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3218-2315 / 3218-2314
Fax: (61) 3224-3995
e-mail: sda@agricut ura.gov.br

Secretaria de Produção e Comercialização (SPC)


A Secret aria t em por objet ivo aum en t ar a part icipação dos produt os do
agronegócio nas export ações brasileiras. Trat a-se de um a est rut ura capaz de
int erligar-se com os diversos segm ent os que int erferem na adm inist ração do
com ércio ext ern o, facilit an do a relação en t re o produt or e os agen t es de
com ercialização ext erna.

81
Exportação Passo a Passo

Com põem a Secret aria os seguint es Depart am ent os:


Depart am ent o do Açúcar e do Álcool (DAA)
Depart am ent o do Café (DECAF)

Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE)


Esplanada dos Minist érios
Bloco D, 7º andar, sala 700
Tel.: (61) 3322-0409 / 3322-0408
Fax: (61) 3322-0337
e-mail: spc@agricult ura.gov.br
Sít io: w w w.agricult ura.gov.br

8.8. Agência de Promoção de Exportações e I nvestimentos do Brasil


( APEX- Brasil)

A APEX-Brasil foi criada em 1997, pelo Decret o n º 2.398, de 21.11.97, e


exposição de m ot ivos. A Agên cia in iciou suas operações em 1998, com o
objet ivo de im plem ent ar a polít ica de prom oção com ercial das export ações
est abelecida pela CAMEX, com a m issão de est im ular as export ações brasileiras
especialm ent e das em presas de pequeno port e.

O Decret o n ° 2.398 foi revogado pelo Decret o n ° 4.584, de 5.2.2003, que


inst it uiu o Serviço Social Aut ônom o Agência de Prom oção de Export ações
do Brasil (APEX-Brasil), pessoa jurídica de direit o privado, sem fins lucrat ivos,
de int eresse colet ivo e de ut ilidade pública. Com pet e à APEX-Brasil a execução
de polít icas de prom oção de export ações, em cooperação com o Poder Público,
em con form id ad e com as p olít icas n acion ais d e d esen volvim en t o,
part icularm en t e as relat ivas às áreas in dust rial, com ercial, de serviços e
t ecn ológica. AAPEX-Brasil deverá dar especial en foqu e às at ividades de
export ação que favoreçam as em presas de pequen o port e e a geração de
em pregos.

Cabe ao M in ist ro de Est ado do Desen volvim en t o, In dúst ria e Com ércio
Ext erior supervisionar a gest ão da APEX-Brasil.

APEX-Brasil
SBN, Quadra 1, Bloco B, 10º andar, Edifício CNC
70041-902 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3426-0202
Fax: (61) 3426-0263
e-mail: apex@apexbrasil.com .br
Sít io: w w w.apexbrasil.com .br

82
Exportação Passo a Passo

8.9. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas


( SEBRAE)

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em presas (Sebrae) é um a


sociedade civil, sem fins lucrat ivos, de apoio ao desenvolvim ent o da at ividade
em presarial de pequeno port e, volt ada para o fom ent o e difusão de program as
e projet os que visam à prom oção e ao fort alecim ent o das m icro e pequenas
em presas, em consonância com as polít icas nacionais de desenvolvim ent o,
inclusive no que diz respeit o à at ividade export adora. A ent idade t rabalha
desde 1972 pelo desenvolvim ent o sust ent ável das em presas de pequeno port e.
Para isso, prom ove cursos de capacit ação, facilit a o acesso ao crédit o, est im ula
a cooperação en t re as em presas, organ iza feiras e rodadas de n egócios e
incent iva o desenvolvim ent o de at ividades que cont ribuem para a geração de
em prego e renda.

O Sebrae opera o Fundo de Aval às Microempresas e Empresas de Pequeno


Porte do Sebrae (FAMPE), que t em o objet ivo de com plem ent ar as garant ias
exigidas pelas inst it uições financeiras, visando a facilit ar a aprovação do crédit o
para m icro e pequ en as em presas. O Fu n do n ão con st it u i u m a lin h a de
financiam ent o ou um seguro de crédit o. O crédit o é concedido pela inst it uição
financeira, m ediant e o exam e do cadast ro e projet o da em presa. Por int erm édio
d o Fu n d o d e Aval, o Seb rae N acion al oferece, p ort an t o, garan t ias
suplem ent ares às operações de financiam ent o, desde que sat isfeit as t odas as
condições necessárias.

A en t idade disp õe ain da do Fu n do de Garan t ia p ara a Prom oção da


Com pet it ividade (FGPC), const it uído com recursos do Tesouro Nacional e
adm inist rado pelo BNDES. O Fundo t em por objet ivo avalizar as m icro e
pequenas em presas e as m édias em presas export adoras que venham a ut ilizar
as linhas de financiam ent o do BNDES, especificam ent e BNDES Aut om át ico,
FINAME, BNDES-exim e FINEM. O aval do FGPC não desobriga o m ut uário
do pagam ent o da dívida.
A Circular n° 180, do BNDES, de 7.8.2003, consolida as Norm as Operacionais
do Fundo de Garant ia para a Prom oção da Com pet it ividade (FGPC), para os
financiam ent os concedidos pelas linhas FINAME e BNDES Aut om át ico.

SEBRAE
SEPN, Quadra 515, Bloco C, Loja 32
70770-900- Brasília - DF
Tel.: (61) 3348-7100
Fax: (61) 3347-4120
e-mail: w ebm ast er@sebrae.com .br
Sít io: w w w.sebrae.com .br

83
Exportação Passo a Passo

8.10. Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. ( SBCE)

A Seguradora é um a com panhia privada, criada em 1997, com o objet ivo de


oferecer ao m ercado cobert ura securit ária às export ações, volt ado para a
prot eção das ven das fu t u ras. A SBCE bu sca au xiliar o crescim en t o das
export ações brasileiras, colaborando para m inim izar o risco dos export adores
brasileiros no m ercado int ernacional, no que se refere ao prazo de pagam ent o
concedido ao im port ador est rangeiro.

C om o m em b ro d os p rin cip ais organ ism os q u e reú n em as agên cias


in t ern acion ais de crédit o à export ação, a SBCE m an t ém in form ações e
t ecnologia at ualizadas, com pat íveis com o bom desem penho do seguro de
crédit o à export ação, m eio am plam ent e ut ilizado no m ercado int ernacional.

A SBCE t em com o acionist as o Banco do Brasil, o BNDES, a Bradesco Seguros,


a Sul Am érica Seguros, a M in as Brasil Seguros, a Un iban co Seguros e a
Com pagn ie Fran çaise d´ Assuran ce pour le Com m erce Ext érieur (Coface).
Assim , a criação da SBCE result a da parceria ent re em presas brasileiras de
recon h ecida solidez e t radição e con t a com exp eriên cia e t ecn ologia
int ernacionais para proporcionar aos export adores brasileiros um inst rum ent o
de cobert ura capaz de increm ent ar a int rodução dos bens e serviços nacionais
no com pet it ivo m ercado ext erno. A Coface proporciona à SBCE acesso, on-
lin e, a um a rede in t ern acion al de agên cias de in form ações fin an ceiras e
com erciais de com pradores cadast rados.

Com conceit o firm ado e grande confiabilidade do m ercado, as apólices de


seguro de crédit o à export ação em it idas pela SBCE são am plam ent e aceit as
p elos b an cos com o garan t ia d e fin an ciam en t os. A SBC E garan t e o
recebim ent o das divisas. A Seguradora cont a t am bém com um a vast a rede
m undial de recuperação de crédit o, com num erosos escrit órios de advocacia
e sociedades de cobrança selecionados em cada país.

SBCE
Rua Senador Dant as, 74, 16º andar, Cent ro
20031-205 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2510-5000
Fax: (21) 2262-8672
e-mail: sbce@sbce.com .br
Sít io: w w w.sbce.com .br

84
Exportação Passo a Passo

8.11. Confederação Nacional da I ndústria ( CNI )

O Sis t e m a Co n fe de ração N acio n al da In dús t ria t em com o m issão


exercer a represent ação da indúst ria brasileira de form a int egrada com as
Federações est aduais e art iculada com as associações de âm bit o n acion al,
prom ovendo e apoiando o desenvolvim ent o do País de form a sust ent ada e
equilibrada n as suas dim en sões econ ôm ico-social e espacial. A CN I t em
dois objet ivos principais: at uar na defesa dos int eresses da indúst ria e prest ar
serviços.

C riada em 1938 com o a en t idade m áxim a de rep resen t ação do set or


indust rial brasileiro, at ua, ent re out ras, nas seguint es áreas de int eresse da
indúst ria: polít ica econôm ica e indust rial, relações de t rabalho, qualidade,
produt ividade e t ecnologia, m eio am bient e e com ércio ext erior e int egração
in t ern acion al. N a área de com ércio ext erior e in t egração, desen volve as
seguin t es at ividades:

- form ulação de propost as de com ércio ext erior;


- form ulação de propost as de polít ica de at ração de invest im ent os ext ernos;
- elaboração de est udos e dissem inação de inform ações;
- suport e às negociações de int egração regional e hem isférica;
- recepção de missões est rangeiras; -manut enção de Banco de dados elet rônico
“Com ércio Ext erior ” (CNI-EXIMDATA);
- negociação de acordos int ernacionais de cooperação;
- part icipação em conselhos e com it ês bilat erais e m ult ilat erais;
- form ação de m ão-de-obra qualificada; e
- dissem inação de m ét odos de gest ão organizacional.

CN I
SBN, Quadra 1, Bloco C, Edifício Robert o Sim onsen
70040-903 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3317-9000 / 3317-9528
Fax: (61) 3317-9527
e-mail: president e@cni.org.br
Sít io: w w w.cni.org.br

8.12. Associação de Comércio Exterior do Brasil ( AEB)

A Associação, criada com o um a sociedade civil, sem fins lucrat ivos, t em , ent re
out ros, os seguint es objet ivos:

- est udar os assunt os relacionados com o com ércio ext erior do Brasil e propor
soluções para os seus problem as;

85
Exportação Passo a Passo

- colaborar no const ant e aperfeiçoam ent o dos sist em as de crédit o e de seguro


de crédit o à export ação;
- propugnar, junt o aos órgãos governam ent ais, por m edidas que cont ribuam
para a expansão das export ações; e
- colocar à disposição dos seus associados assist ência t écnica legal, em nível
de consult oria.

AEB
Av. General Just o, nº 335, 4º andar
20021-130 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2544-0048
Fax: (21) 2544-0577
e-mail: aebbras@aeb.ogr.br
Sít io: w w w.aeb.org.br

8.13. Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior ( FUNCEX)

A Fu n dação é u m a in st it u ição privada, criada em 1976, qu e t em com o


finalidade o desenvolvim ent o do com ércio ext erior brasileiro, por m eio da
elaboração e divulgação de est udos set oriais sobre os prin cipais aspect os
envolvidos nas at ividades de export ação e im port ação. Ent re as at ividades da
Funcex, encont ram -se t am bém o t reinam ent o e desenvolvim ent o de pessoal
t écnico especializado, a prom oção de cursos e a elaboração de est udos sob
en com en da.

Funcex
Av. Rio Branco , 120 , Grupo 707
20040-001 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2509-4423 / 2662 / 2509
Fax: (21) 2221-1656
e-mail: fun cex@fun cex.com .br
Sít io: w w w.fun cex.com .br

8.14. Federações Estaduais

As Federações est aduais, por m eio dos Cent ros Int ernacionais de Negócios
(CIN ), desen volvem ações de prom oção de n egócios in t ern acion ais para
produ t os e em presas dos respect ivos Est ados. São t am bém respon sáveis
p ela em issão d e C ert ificad os d e O rigem d o M ercosu l e d a Alad i. A
r e l a ç ã o d a s Fed erações p od e ser en con t rad a n o sít io h t t p :/ /
w w w.cadast rosindical.cni.org.br/ sindicat oindust ria.ht m .

86
Exportação Passo a Passo

8.15. Câmaras de Comércio

As Câm aras de Com ércio são sociedades civis, sem fins lucrat ivos, const it uídas
com o aval oficial do país que represent am e visam a est im ular o com ércio
bilat eral. N orm alm en t e são fu n dadas por em presários in t eressados em
expandir o com ércio com um det erm inado país e t êm com o associados pessoas
físicas e jurídicas, nos dois países. A relação das Câm aras de Com ércio pode
ser encont rada no sít io w w w.brazilt radenet .gov.br, bem com o no capít ulo
19 dest e m anual.

87
Exportação Passo a Passo

8.16 Organograma do comércio exterior brasileiro

88
Exportação Passo a Passo

9. CONTRATOS I NTERNACI ONAI S DE COMPRA E VENDA


DE MERCADORI AS

O com ércio int ernacional t em -se revelado um m eio ext rem am ent e criat ivo,
razão pela qual surgem a cada dia novas m odalidades de negociação, canais
de dist ribuição e norm as que possam conduzir essas at ividades. Muit as vezes,
quan do se en con t ra um a referên cia ao com ércio in t ern acion al; é possível
ident ificar, t am bém , os elem ent os relacionados aos cont rat os int ernacionais
e, em part icular, à com pra e venda int ernacional de m ercadorias. Quando se
discut e a problem át ica relat iva ao com ércio int ernacional, não é m ais possível
prescindir do t em a relat ivo aos cont rat os int ernacionais, de sua norm at ividade
1
ou de sua elaboração decorrent e da lex m ercat oria .

At ualm en t e é m uit o com um um pequen o in dust rial brasileiro im port ar


in su m os da Un ião Eu ropéia, produ zir peças e equ ipam en t os n o País e,
post eriorm ent e, export á-los para a Ásia. At é aí t udo parece norm al, salvo pelo
fat o de que est e em presário t erá de negociar um cont rat o int ernacional de
com pra e ven da de m ercadorias, em in glês, com o produt or europeu dos
in su m os n ecessários à produ ção, n egociar o seu produ t o com possíveis
com pradores da Ásia, redigir um a m inut a de cont rat o int ernacional em algum
idiom a est ran geiro, em barcar o produt o em um n avio de ban deira grega,
cont rat ar o seguro do fret e com um a seguradora inglesa, acert ar o pagam ent o
do preço em m oeda conversível no ext erior e o m eio de pagam ent o por um a
cart a de crédit o em it ida por um banco chinês, que será confirm ada por um
banco holandês de prim eira linha.

A globalização da econom ia e o fort alecim ent o dos processos de int egração


regional int ensificaram definit ivament e as relações comerciais int ernacionais,
de form a irreversível. O sent ido do processo de int egração regional e a sua
1
A chamada lex mercat oria é um fenômeno que surgiu na Baixa Idade Média, em função do desenvolviment o
significat ivo do comércio de longa dist ância ent re as cidades européias, principalment e após a consolidação
das feiras comerciais, que passaram a at rair compradores de diversas part es, inclusive de fora da Europa, em
part icular as feiras das cidades it alianas (Veneza, Pisa Gênova e Florença); da região de Flandres (Bruges,
Liège e Gent z) e do Mar Bált ico (Hamburgo e Novgorod). Os comerciant es da época, t ambém chamados
de m ercadores, que passaram a ganhar dinheiro nessas feiras com eçaram a se unir com a finalidade de
reivindicar um novo ordenam ent o jurídico que fosse adequado às prát icas com erciais que se t ornaram
conhecidas em t odas as feiras e que, ao mesmo t empo, pudesse responder aos crescent es desafios da int ensa
at ividade comercial. O result ado é just ament e a lex mercatoria: um direit o criado pelos próprios comerciant es,
baseado nos usos e cost umes do comércio e aut ônomo em relação ao poder feudal vigent e. “A at ividade
comercial desenvolvida nas diversas regiões da Europa era incompat ível com as rest rições impost as pelos
cost umes e t radições feudais. Nos cent ros comerciais, realizavam-se operações financeiras: de câmbio, de
liquidação de dívidas e de crédit o. Tornou-se corrent e o uso de let ras de câmbio e de out ros inst rument os
financeiros modernos, uma nova legislação foi elaborada pelos comerciant es dessas cidades. Ao cont rário
do direit o consuet udinário e pat ernalist a que vigorava nos feudos, essa legislação comercial foi definida por
um código preciso. Lançaram-se, assim, as bases da lei de cont rat os, das vendas em leilão, enfim, de uma
série de procediment os caract eríst icos do capit alismo moderno”. SHERMAN, J. e HUNT, E. Hist ória do
Pensam ent o econôm ico. Pet rópolis: Vozes, 1988. p.27.

89
Exportação Passo a Passo

sist emat ização no quadro de esforços de ampliação da cooperação econômica


int ernacional necessit am, sem dúvida de um conjunt o de normas mat eriais,
que possa cont ribuir para a cont inuidade dest e processo e a rem oção dos
obst áculos jurídicos ao com ércio int ernacional. Por conseguint e, diferent es
2
inst it uições int ernacionais, com o o Inst it ut o de Rom a (UNIDRO IT ) e a
C om issão das N ações U n idas de D ireit o do C om ércio In t ern acion al
(UNCITRAL), vêm-se ocupando da uniformização e regulament ação de alguns
aspect os do comércio int ernacional, dent re os quais a uniformização da compra
e venda int ernacional merece dest aque, uma vez que os cont rat os int ernacionais
de compra e venda de mercadorias represent am a base do comércio mundial.

Ao an alisar o cen ário in t ern acion al, t orn a-se fácil con st at ar a gran de
com plexidade e diversidade de leis, usos e cost um es que regem os negócios
int ernacionais at ualm ent e. O result ado é que as em presas sem experiência
int ernacional e, em part icular, as pequenas e m édias em presas acabam inibidas
diant e do desafio do com ércio ext erior. Por conseguint e, t orna-se fundam ent al
a organização de um sist em a jurídico, de vocação universal, que cont enha
um con jun t o m ín im o de regras m at eriais, que possa assegurar um just o
equilíbrio nos cont rat os de com pra e venda int ernacionais.

Dessa form a, verifica-se um crescent e int eresse pela uniform ização do direit o
da com pra e venda int ernacional, com o form a de est im ular o int ercâm bio
com ercial en t re as n ações. Um bom exem plo desse esforço foi dado pela
Organização das Nações Unidas (ONU), que, em 1966, por m eio da Resolução
2.205, de 17.12.66, criou a Com issão das N ações Un idas do Direit o do
Com ércio In t ern acion al (UN CIT RAL) com a fin alidade de, den t re out ras
at ribu ições, codificar os u sos e cost u m es do com ércio in t ern acion al,
prom ovendo sua aceit ação e preparando novas convenções int ernacionais
sobre a m at éria, se possível em cooperação com out ras inst it uições. Um dos
m aiores frut os da UNCITRAL é a Convenção das Nações Unidas sobre os
Cont rat os de Com pra e Venda Int ernacional de Mercadorias, m ais conhecida
com o Convenção de Viena de 1980, que ent rou em vigor em 1988.

O result ado da Convenção de Viena de 1980 é um t ext o flexível e adequado,


que provou ser possível conciliar os objet ivos de nações com regim es polít icos,
econ ôm icos e ideológicos visivelm en t e opost os e oriun dos de diferen t es
sist em as jurídicos. Essa m esm a idéia t iveram os professores Rui Manuel Moura
2
O In st it ut o In t ern acion al para a Un ificação do Direit o Privado (UN IDRO IT ), t am bém con hecido
com o inst it ut o de Rom a, foi criado em 1926, sob a orient ação da Liga das Nações, com o objet ivo de, nos
t erm os do art igo 1º do seu est at ut o: “Estudar os meios para harmonizar e coordenar o direito privado entre
os Estados ou grupo de Estados e preparar gradualmente a adoção de uma legislação uniforme de direito
privado”. Na década de 80, o UNIDRO IT publicou um docum ent o denom inado Principles of Int ernat ional
Com m ercial Cont ract s, que represent a um a cont ribuição significat iva à int erpret ação uniform e de cláusulas
cont rat uais por pessoas de diferent es países e sist em as jurídicos.

90
Exportação Passo a Passo

Ram os e Maria Ângela Bent o Soares, quando afirm aram : “As necessidades do
com ércio int ernacional exigem , sem som bra de dúvida, para o cont rat o de
com pra e venda, a aplicação de um direit o cert o e adequado às especificidades
que a nat ureza int ernacional requer. Finalidade que apenas poderá ser at ingida
m edian t e o recu rso a in st ru m en t os in t ern acion ais su scet íveis de serem
3
assum idos pelo m aior núm ero possível de Est ados” . O t ext o da Convenção
de Vien a de 1980 con t ém 101 art igos, divididos em qu at ro part es, qu e
uniform izam diversos conceit os, com o, por exem plo, o m om ent o da form ação
de um cont rat o int ernacional de com pra e venda, além do cont eúdo da ofert a
e da aceit ação e a quest ão de perdas e danos.

Apesar de t er sido rat ificada por m ais de 60 países, incluindo os principais


at ores do com ércio int ernacional, ainda não foi rat ificado pelo Brasil o t ext o
da referida convenção. Por conseguint e, o em presário brasileiro, na hora de
celebrar um cont rat o int ernacional de com pra e venda de m ercadorias, t erá
de se preocupar, desde o início, com a definição da lei que será aplicável ao
fut uro cont rat o. Mas, ant es de cont inuar essa análise, cabe ressalt ar, desde
logo, o que vem a ser um cont rat o int ernacional e qual é a sua diferença em
relação a u m con t rat o in t ern o. N a verdade, u m con t rat o será sem pre
int ernacional quando um dos elem ent os form adores desse cont rat o est iver
sujeit o a out ro ordenam ent o jurídico, ist o é, à presença desses “elem ent os”,
t am bém conhecidos com o elem ent os est rangeiros ou de “est raneidade”, que
gera, conform e dem onst ra o Professor João Grandino Rodas, “a pot encialidade
de aplicação de m ais de um sist em a jurídico para regular det erm inada sit uação
4
jurídica” . Esse elem ent o “est ranho” poderá ser, por exem plo, a localização
do dom icílio das part es em países dist int os, a localização do bem , objet o da
t ransação com ercial, ou o local do cum prim ent o da obrigação.

Not a-se, port ant o, que um cont rat o int ernacional im plica, necessariam ent e,
m ais de um Est ado, sendo, em t ese, com pet ent e para aplicar o seu direit o
in t ern o a u m m esm o n egócio ju ríd ico, em fu n ção d esses elem en t os
“est ranhos”. Dessa form a, cum pre ressalt ar a im port ância de se definir qual
desses ordenam ent os jurídicos conect ados com o cont rat o será aplicado a
est e. A quest ão da escolha da lei de regência de um cont rat o int ernacional
t em com o pont o de part ida o princípio da aut onom ia da vont ade das part es
em cont rat ar, que consagra a liberdade das part es cont rat ant es em est abelecer
a lei e as condições que regerão o at o jurídico em quest ão.

3
Maria Ângela Bento Soares e Rui Manuel Moura Ramos. Contratos Internacionais. Almendina, Coimbra,
1986, p.148.
4
“Elem ent os de conexão no Direit o Int ernacional Privado brasileiro relat ivam ent e às obrigações
cont rat uais”.In: Cont rat os Int ernacionais: coordenador João Grandino Rodas. 2. ed. São Paulo: Edit ora
Revist a dosTribunais, 1995. p. 10.

91
Exportação Passo a Passo

Observa-se, por conseguint e, que, em decorrência dest e princípio da aut onomia


da vont ade das part es, os cont rat ant es poderão escolher a lei que será aplicável
a um in st rum en t o con t rat ual, desde que respeit ados os lim it es da ordem
5
pública, bons cost um es e da soberania de cada Est ado . Por out ro lado, cum pre
ressalt ar que os diversos países não int erpret am , da m esm a form a, a liberdade
das p art es em decidir a lei qu e regu lará as su as relações con t rat u ais
int ernacionais. Nos Est ados Unidos, por exem plo, de acordo com o Second
Restatement, de 1970, as part es podem escolher a lei que regerá o seu cont rat o
int ernacional; na falt a de escolha pelas part es, a lei aplicável ao cont rat o deverá
ser aquela que se encont ra m ais est reit am ent e relacionada com o cont eúdo
do inst rum ent o cont rat ual.

Por ou t ro lado, algu n s orden am en t os ju rídicos est abelecem lim it es à


aut on om ia da von t ade das part es n a hora de decidir a lei aplicável a um
cont rat o int ernacional. Há, ainda, um grupo de países que rest ringe a liberdade
das part es em eleger um a lei aplicável a um a obrigação cont rat ual à lei que
t enha necessariam ent e um a conexão (elem ent o de conexão) com as part es
(dom icílio ou n acion alidade) ou com o n egócio ju rídico em si (local de
6
execução da obrigação) . No caso do Brasil, em part icular, a legislação pát ria
não reconhece, expressam ent e, o princípio da aut onom ia da vont ade das part es
na escolha da lei aplicável aos cont rat os int ernacionais. A exceção à regra é
quando as part es opt am pela arbit ragem com ercial, com o um m ecanism o
7
alt ernat ivo de solução de cont rovérsias .

Q uando as part es não definem a lei que regerá o cont rat o int ernacional, a
fut ura cont rovérsia será solucionada de acordo com a lei que for indicada
pela aplicação das norm as de Direit o Int ernacional Privado (DIPr) de um
orden am en t o ju rídico con ect ado ao con t rat o, de acordo com o m ét odo

5
No Brasil, o art igo 17 da Lei de Int rodução ao Código Civil det erm ina: “As leis, at os e sent enças de out ro
país, bem com o quaisquer declarações de von t ade, n ão t erão eficácia n o Brasil, quan do ofen derem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons cost um es”.
6
Ver em St renger, Irineu. Cont rat os Int ernacionais do Com ércio. São Paulo: LTr, 1998. p.113-114.
7
A arbit ragem é um m eio reconhecido int ernacionalm ent e com o eficaz para a solução de disput as ent re
as part es em um cont rat o. Ela fundam ent a-se na livre escolha das part es de indivíduos que, m ediant e a
confiança deposit ada pelas part es, at uarão com o árbit ros na decisão de um a det erm inada cont rovérsia,
por m eio de um laudo arbit ral. Trat a-se de um m ecanism o rápido e sigiloso, que se caract eriza por ser
facult at ivo em sua origem , m as obrigat ório em seu result ado. A arbit ragem é regulada no Brasil por m eio
da Lei 9.307, de 23 de set em bro de 1996. Segu n do N adia de Araú jo, o art . 2º da lei brasileira de
arbit ragem “institui, afinal, a autonomia da vontade, não só nos contratos internacionais como também nos
contratos de direito interno submetidos à arbitragem, promovendo uma verdadeira revolução no direito brasileiro,
que sempre se mostrou reticente em relação a esta teoria. Permite-se, agora, às partes, em um contrato nacional
ou internacional, estipular na convenção arbitral a lei aplicável, ou ainda determinar a aplicabilidade de
princípios gerais do direito, além dos usos e costumes”. Araújo, Nadia de. Cont rat os int ernacionais: aut onom ia
da vont ade, Mercosul e convenções int ernacionais. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2000. p.109.

92
Exportação Passo a Passo

8
conflit ual caract eríst ico do DIPr . “A resolução do conflit o, at ravés da indicação
da lei aplicável, é t arefa do Direit o Int ernacional Privado, que é um direit o
9
int erno, no sent ido que cada Est ado t em o seu, podendo diferir dos demais” .

As normas int ernas de DIPr, que, no caso específico do Brasil, quando as part es
não elegerem a lei de regência de um cont rat o int ernacional, indicam a aplicação
da lei de regên cia das obrigações in t ern acion ais, en con t ram -se n a Lei de
Int rodução ao Código Civil (LICC). O caput do Art . 9º da LICC det ermina que
“para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se
const it uírem” (lex loci celebrationis), ist o é, no caso do cont rat o int ernacional
celebrado ent re part es present es, prevalecerá a lei do país de sua const it uição,
mas, no caso do cont rat o int ernacional celebrado ent re part es ausent es (ex.:
por meio de cart a, fax ou e-mail), a lei aplicável será, nos t ermos do parágrafo 2º
do art . 9º, a lei do país de dom icílio do ofert ant e: “A obrigação resultante do
contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente”. N ot a-se,
port ant o, que, mesmo se as part es silenciarem sobre a lei de regência das suas
obrigações con t rat u ais, h á u m a m an eira in equ ívoca de se p recisar
cient ificament e qual será a lei aplicável ao cont rat o int ernacional em quest ão.

Som ent e a part ir da análise da lei aplicável a um cont rat o int ernacional t orna-
se possível com preender a com plexidade da m at éria. Faz-se necessário dest acar,
en t ret an t o, q u e essa com p lexid ad e n ão rep resen t a u m ob st ácu lo
int ransponível para que pequenos e m édios em presários brasileiros busquem
negociar cont rat os int ernacionais de com pra e venda de m ercadorias com
em presas n o ext erior; pelo con t rário, o Brasil con t a, hoje, com um a boa
variedade de m at erial bibliográfico a respeit o da n egociação e redação de
cont rat os int ernacionais, além de diversos especialist as na m at éria, espalhados
n as diferen t es regiões do país, bem com o um a ext en sa rede de suport e,
represent ada por associações com erciais, federações de indúst rias, além de
out ras inst it uições at ivas no cam po da prom oção do com ércio ext erior.

Para que um em presário brasileiro possa ser bem -sucedido na negociação de


um cont rat o int ernacional de com pra e venda de m ercadorias, que vai garant ir

8
“O Direito Internacional Privado pode ser entendido, então, como o conjunto de normas de direito público
interno que busca, através dos elementos de conexão, encontrar o direito aplicável, nacional ou estrangeiro,
quando a lide apresent a um conflit o, um a conjugação de m ais de um ordenam ent o jurídico igualm ent e
possíveis para a solução do caso”. Del’Olmo, Florisbal de Souza. Direito Internacional Privado: abordagens
fundament ais, legislação, jurisprudência. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p.16. “O mét odo conflit ual
tradicional, ainda utilizado pelo Direito Internacional Privado dos países da Europa e da América Latina (...),
tem como particularidade a existência de uma regra de DIPr – a regra de conflito, que dá a solução de uma
questão de direito contendo um conflito de leis através da designação da lei aplicável pela utilização da norma
indiret a. Não com pet e ao DIPr fornecer a norm a m at erial aplicável ao caso concret o, m as unicam ent e
designar o ordenamento jurídico ao qual a norma aplicável deverá ser requerida”. Araújo, Nadia de. Direito
Internacional
9
Privado: teoria e prática brasileira. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. pp. 36-37.
João Grandino Rodas, op. cit . p. 10.

93
Exportação Passo a Passo

a colocação dos seus produt os n os m ais sofist icados m ercados da Un ião


Eu rop éia, d os Est ad os U n id os ou d a Ásia, ele vai p recisar con t ar,
necessariam ent e, com diversos fat ores, a saber:

- um produt o de qualidade, para ser com pet it ivo no m ercado int ernacional;
- u m a boa dose de p aciên cia e p erseveran ça p ara in sist ir n as lon gas
n egociações in t ern acion ais, q u e, d ep en d en d o, d a cu lt u ra e d a
nacionalidade dos com pradores, podem durar m uit o t em po;
- defin ição do idiom a que vai ser ut ilizado n a n egociação e redação do
cont rat o e, caso o em presário não dom ine o idiom a escolhido, deverá buscar
ajuda de alguém que possa efet ivam ent e auxiliá-lo nesse sent ido – em
m at éria de con t rat os in t ern acion ais, im provisar u m “port u n h ol” ou
“port inglês” pode ser t rágico: há vários relat os de em presários brasileiros
que, ao negociarem um det erm inado cont rat o int ernacional, confiant es
em seus respect ivos t alent os para gest icular e “im provisar ” palavras em
um idiom a est rangeiro, acabaram com prando um produt o radicalm ent e
diverso daqu ele qu e pret en diam im port ar origin alm en t e, ou , ain da,
assum in do obrigações excessivam en t e on erosas em um a det erm in ada
relação con t rat ual – pode-se m en cion ar aqui o caso de um em presário
brasileiro que desejava im port ar de um país europeu sist em as de alarm e
con t ra furt os, m as que, ao t ran sm it ir o seu pedido em in glês, acabou
com prando sist em as cont ra incêndio!;
- at u ação com profission alism o e respeit o, sem esqu ecer qu e, para os
est ran geiros, a pon t u alidade é regra e n ão u m a exceção. Brasileiros,
m exican os e lat in o-am erican os, de form a geral, acabam pecan do pelos
at rasos const ant es nas reuniões em presariais, além da dem ora ao responder
às correspondências que chegam do ext erior; out ro aspect o relevant e a ser
observado,diz respeit o à form alidade dos est rangeiros, inclusive com relação
à m aneira de se dirigir a eles, em part icular com respeit o aos europeus e
asiát icos; e
- negociação de um cont rat o com um a cert a m argem de flexibilidade, ou
seja, buscar ceder em alguns pont os secundários para garant ir que os t erm os
e condições essenciais para a sua em presa sejam m ant idos no t ext o final.
Cum pre recordar que um con t rat o só será bom e equilibrado quan do
t rouxer benefícios para am bas as part es cont rat ant es.

An t es de in iciar um a n egociação in t ern acion al, o em presário deverá, em


prim eiro lugar, decidir a form a pela qual o cont rat o será redigido, ou seja, há
dist int as form as de se negociar e celebrar um cont rat o int ernacional de com pra
e venda de m ercadorias, levando-se em cont a que, em m uit as negociações
int ernacionais, o pont o de part ida é represent ado pelas prát icas da lex mercatoria
e, em part icular, pelas m an ifest ações do que se con ven cion ou cham ar de
nova lex m ercat oria, um a verdadeira at ualização da lex m ercat oria, t ais com o:

94
Exportação Passo a Passo

10
os u sos e cost u m es do com ércio in t ern acion al , os con t rat os-t ipo, as
11
condições gerais de venda , a arbit ragem com ercial int ernacional e o princípio
da aut onom ia da vont ade das part es em cont rat ar.

Alguns em presários preferem ut ilizar, em suas operações int ernacionais de


compra e venda, um cont rat o-t ipo adot ado pela sua associação comercial, o
que é m uit o com um nos Est ados Unidos e na Europa e, em part icular, no
Reino Unido, onde a London Corn Trade Association já form ulou dezenas de
cont rat os-t ipo para compra e venda de grãos, em geral, e at é mesmo para a
comercialização de alguns t ipos de minerais. Out ros empresários, por sua vez,
preferem cont rat ar operações int ernacionais de compra e venda de mercadorias
por meio de uma simples fat ura pro forma, que consist e em elaborar uma fat ura
comercial, nos t ermos do cont eúdo da própria ofert a apresent ada originalment e,
que deverá cont er algumas informações básicas como, por exemplo, a descrição
e a quant idade da mercadoria, o t ipo de t ransport e e o port o de embarque ou
dest ino, o preço unit ário e o valor t ot al da fat ura, a modalidade de ent rega
12
(Incot erm s ) e as condições de pagam ent o (veja os capít ulos 10 e 11 dest e
m an u al). Faz-se n ecessário dest acar, en t ret an t o, qu e, com o o con t rat o
int ernacional de compra e venda de mercadorias, just ament e pelo fat o de est ar
pot encialment e conect ado a mais de um ordenament o jurídico, é cercado de
um elevado grau de insegurança jurídica, a melhor forma de garant ir uma maior
segurança à t ransação comercial int ernacional e, por conseguint e, uma maior
previsibilidade à relação cont rat ual é negociar e assinar um cont rat o escrit o e
det alhado pelas próprias part es, definindo de forma objet iva e inequívoca t odos
os element os fundament ais int rínsecos àquela relação específica (levando-se

10
São aquelas prát icas com erciais, em geral, de n at ureza set orial, repet idas de m an eira un iform e e
const ant e com o consent im ent o das part es em um a relação cont rat ual, que reconhecem a sua força e
com prom et em -se a cum pri-las na vigência do cont rat o.
11
As condições gerais de venda e os cont rat os-t ipo são fórm ulas cont rat uais padronizadas, norm alm ent e
im pressas com o se fossem um form ulário padrão, em geral, ut ilizadas por grandes em presas m ult inacionais
com u m elevado e con st an t e volu m e de ven das, ou associações profission ais de com ercian t es ou
produt ores, que cont êm norm as m at eriais que vão reger o cont rat o de form a m ais just a para a em presa
ou os m em bros daquele set or. Os cont rat os-t ipo organizados pelas associações profissionais de com erciant es
são m uit o ut ilizados nas operações int ernacionais de com pra e venda. Em geral, cont êm grande núm ero
de cláusulas precisas, que definem as obrigações do com prador e do vendedor e são redigidos de form a a
assegurar sem pre a m aior prot eção possível para a part e pert encent e à m esm a associação. O objet ivo é,
na prát ica, reduzir o grau de incert eza e insegurança que decorre do fat o de esses cont rat os int ernacionais
est arem t ecnicam ent e conect ados com diferent es ordenam ent os jurídicos.
12
A origem dos International Commercial Terms (In cot erm s) rem on t a a um a reun ião organ izada pela
Câm ara de Com ércio Int ernacional (CCI) de Paris, em 1920, com a finalidade de discut ir a criação de
u m a espécie de n om en clat u ra de t erm os com erciais qu e pu desse sist em at izar os diversos t ipos de
cont rat ação da com pra e venda int ernacional, no m ais puro est ilo da lex mercatoria. Hoje, esses t erm os
com erciais são am plam ent e ut ilizados no m undo int eiro e pode-se dizer, inclusive, que a quase t ot alidade
dos con t rat os in t ern acion ais de com pra e ven da de m ercadorias celebrados n o m un do ut iliza algum
desses t erm os (com o F.O.B ou C.I.F). A prim eira edição dos Incot erm s ocorreu em 1936. Desde ent ão,
eles já passaram por sucessivas revisões e reform as, sendo a versão at ual do ano 2000. Essa últ im a versão
dos Incot erm s t eve por finalidade adapt ar esses t erm os à crescent e ut ilização de m eios elet rônicos na
cont rat ação int ernacional, bem com o às novas m odalidades de t ransport e de cargas.

95
Exportação Passo a Passo

em con sideração as part icu laridades do produ t o ou os u sos e cost u m es


int ernacionais do set or). Som ent e dessa form a o em presário poderá desfrut ar
da seguran ça desejável quan do n egocia com em presas de out ros países e,
conseqüent em ent e, sujeit as a ordenam ent os jurídicos dist int os e at é m esm o
provenient es de sist em as jurídicos diversos.

O cont rat o int ernacional de com pra e venda de m ercadorias redigido pelas
part es con t rat an t es deverá con t er diversos aspect os, que poderão variar
dependendo do t ipo de produt o envolvido, da duração do cont rat o, do grau
de confiança exist ent e ent re as part es, dos usos e cost um es int ernacionais
prat icados naquele set or det erm inado da econom ia, do t am anho das em presas
envolvidas na t ransação com ercial, do valor da m ercadoria negociada, et c.
Verifique-se, porém , que, em t odo caso, alguns aspect os jurídicos deverão ser
n ecessariam en t e observados p ara garan t ir u m a m aior segu ran ça aos
em presários envolvidos na operação com ercial, os quais serão analisados a
seguir.

Identificação das partes contratantes. Todos os cont rat os, inclusive os


int ernacionais, devem com eçar com a qualificação das part es daquela relação
cont rat ual específica, ou seja, um a part e int rodut ória na qual am bas as part es
serão devidam ent e ident ificadas. Em prim eiro lugar, cum pre ressalt ar que, na
grande m aioria dos casos, os cont rat os int ernacionais de com pra e venda de
m ercadorias são assinados ent re em presas (pessoas jurídicas), por conseguint e,
um a at enção m aior deverá ser em pregada na hora de definir as inform ações
essenciais dessa em presa. O m ais com um é precisar o nom e com plet o da
pessoa jurídica, a sua form a de const it uição societ ária (ex.: sociedade lim it ada
ou anônim a), o endereço com plet o e o local de const it uição da em presa e o
núm ero de ident ificação fiscal da sociedade, se houver. Out ro fat or im port ant e
é a qualificação do represent ant e legal da em presa, ist o é, a pessoa física que
t em , efet ivam ent e, poderes para assinar o cont rat o em nom e da em presa e,
conseqüent em ent e, obrigá-la pelas disposições cont rat uais assinadas.

Essa inform ação é de sum a im port ância para o bom t erm o do cont rat o, e a
verificação dos poderes do represen t an t e legal deverá ser feit a an t es da
assinat ura do inst rum ent o cont rat ual, m ediant e a com provação dos referidos
poderes no cont rat o social ou est at ut o da pessoa jurídica (articles of association
ou by-laws), ou ainda por m eio de um a procuração (power of attorney) com
p od eres esp ecíficos p ara assin ar o con t rat o, ou t orgad a p elo efet ivo
represent ant e legal da em presa. O bserve-se, t am bém , que, com relação ao
núm ero de inscrição fiscal (no Brasil, o CNPJ) da sociedade est rangeira, nem
t odos os países adot am o sist em a num érico de inscrição fiscal ou t ribut ária e,
port ant o, nem t odas as em presas t erão um a espécie de CNPJ para incluir na
sua qualificação, o que não significa que o cont rat o est eja incom plet o ou

96
Exportação Passo a Passo

incorret o. A form a de ident ificação das pessoas jurídicas depende diret am ent e
da lei do país de const it uição da sociedade com ercial. Por exem plo, em alguns
países da Am érica Lat ina, as pessoas jurídicas possuem , em vez de um CNPJ,
com o ocorre no Brasil, um regist ro denom inado de Núm ero de Ident ificação
Fiscal (NIF).

Vale a pena ressalt ar, ainda, que na hora de qualificar a part e cont rat ant e
deve-se verificar se a pessoa jurídica que vai efet ivam ent e assinar o cont rat o
é, na verdade, a em presa com a qual a negociação da com pra e venda de
m ercadorias foi realm ent e desenvolvida. Isso ocorre porque, m uit as vezes, a
n egociação de um con t rat o in t ern acion al é feit a, por exem plo, pela sede
(m at riz) da em presa no ext erior, m as na hora de assinar o cont rat o a sociedade
que const a da m inut a é um a filial ou subsidiária daquela em presa int eressada
na operação, sit uada, em geral, em paraísos fiscais. Essa “t roca” de dados na
hora da assinat ura do cont rat o pode vir a represent ar prejuízos para um a das
part es cont rat ant es, na m edida em que é com um encont rar nesses paraísos
fiscais em presas consideradas de “fachada”, sem pat rim ônio relevant e, que,
em caso de inexecução de um a det erm inada obrigação cont rat ual, poderão
não dispor de meios financeiros suficient es para reparar um dano diret o causado
à out ra part e.

“This agreement is made by and between ‘X Goods’ Inc., a Corporation


duly incorporated in accordance with the laws of Singapore having an
address at 1362, Orchard Road, Singapore, hereinafter represented by
its President, M r. Adam Young Lee, M alaysian engineer, domiciled at
97, Kuala Street, Singapore (hereinafter called the ‘BUYER’) and ‘Y
M etalúrgica Ltda.’ a limited liability company incorporated in
accordance with the laws of Brazil having an address at Rua Cubatão,
165, Rio de Janeiro, Brazil, hereinafter represented by its legal
representative M r. João Carlos Silva, Brazilian businessman, domiciled
at Av. Ipiranga, 173, Rio de Janeiro (hereinafter called the ‘SELLER’).
In consideration of the mutual covenants and promises hereinafter set
forth, the parties hereto agree as follows.”

D e f in içõ e s . Em geral, as defin ições vêm logo n o in ício do con t rat o,


com preendendo, de fat o, a prim eira cláusula do inst rum ent o cont rat ual. Esse
con jun t o de “defin ições” n ão é obrigat ório, porém , é m uit o com um , em
p art icu lar, n os con t rat os in t er n acion ais d e com p ra e ven d a (ou d e
fornecim ent o) de equipam ent os elet rônicos ou ainda que envolvam produt os
de t ecnologia de pont a ou de alt o valor agregado. Ao cont rário do que m uit os
em presários podem pensar inicialm ent e, essas “definições” não são t ão óbvias
quan t o parecem , pois se elas est ão dest acadas n o âm bit o do con t rat o é
ju st am en t e p orqu e p ossu em u m con ceit o esp ecífico n aqu ela relação

97
Exportação Passo a Passo

cont rat ual det erm inada. Dessa form a, a definição de “água” em um cont rat o
int ernacional pode agregar out ros elem ent os (com o, por exem plo, flúor, cloro,
et c.) diversos da com posição cien t ífica de água que t odos con hecem os, o
que, per se, just ifica o est udo m inucioso dessa cláusula.

Com freqüência, os t erm os definidos na cláusula de “definições” aparecem


ao longo do t ext o do cont rat o dest acados em let ra m aiúscula, ou seja, quando
no m eio da redação de um a det erm inada cláusula cont rat ual aparecer um
t erm o com let ra m aiúscula isso significa que ele t em um conceit o próprio
naquele cont rat o, que est á definido na seção de “definições”. Com o essas
“definições” podem cont er um cont eúdo fundam ent al para um a ou am bas as
part es, recom enda-se que sejam incluídas na negociação do cont rat o, de form a
a garant ir um conceit o adequado e sat isfat ório para as part es envolvidas na
quest ão.

“Contract N o. 1217 – means the contract dated of September 28th,


2001, entered into between California Power Inc. and M ills Energy
Inc. for the purpose of the transfer of technology and know-how for the
production of electricity.”

Objeto. A cláusula do objet o é, com cert eza, um a das m ais im port ant es do
cont rat o com o um t odo. A finalidade dessa cláusula é definir qual será o
result ado do cont rat o, por m eio de um a definição precisa e com plet a do bem
que será objet o da com pra e venda int ernacional. Por isso m esm o, as part es
devem se preocupar em det alhar com clareza as caract eríst icas do produt o,
para evit ar fut uras cont rovérsias quant o à nat ureza da coisa vendida, podendo,
t am bém , opt ar pela adoção do respect ivo código t arifário do bem objet o da
cont rat ação. Em geral, a descrição do produt o varia conform e a sua nat ureza,
m as incluirá inform ações essenciais com o: o t ipo, qualidade e quant idade do
produt o (peso líquido e brut o ou volum e, con form e o caso), a form a de
em balagem , event uais acessórios, et c. Em caso de produt os t êxt eis, indicar a
com posição dos t ecidos, cores, t am anhos, et c. O im port ant e é que o objet o
do cont rat o seja suficient em ent e bem definido para que não rest e dúvidas
quant o à cert eza da m ercadoria vendida.

“The object of the present agreement is the monthly supply by the


SELLER to the BUYER over a period of two years of four metric tons of
crystallized sugar at the place designated in Exhibit ‘A’ in the conditions
defined hereinafter. The packaging of the crystallized sugar shall be
made of four-ply paper bags with an additional polyethylene outside
of 10 (ten) kilograms net weight each and shall be marked with the
name of the BUYER.”

98
Exportação Passo a Passo

Preço e Condições de Venda. Trat a-se de out ra cláusula que m erece especial
at enção das part es cont rat ant es. Em prim eiro lugar, essa cláusula deve fixar,
inclusive por ext enso, o preço unit ário e t ot al do produt o a ser com ercializado.
Além disso, as part es devem definir t am bém a m oeda específica do preço
indicado, um a vez que algum as m oedas, com o o peso, a libra e o dólar, são
adot adas por diversos países e, por conseguint e, m ant êm diferent es cot ações
no m ercado cam bial; por isso m esm o, a fixação do preço deve incluir a origem
da m oeda (por exem plo, dólares nort e-am ericanos). Faz-se necessário dest acar
aqui que o direit o brasileiro adm it e, em m at éria de com ércio int ernacional, a
cont rat ação em m oeda est rangeira, nos t erm os do dispost o no Decret o-Lei
857, de 11.9.69. As part es podem , port ant o, escolher a form a de pagam ent o
na m oeda do país do vendedor, do país do com prador ou ainda na m oeda de
um t erceiro país que seja conversível e est ável no m ercado int ernacional de
câm bio.

Out ro fat or que deve ser observado nest a cláusula diz respeit o à m odalidade
de ent rega do produt o, m ediant e a indicação de um dos t erm os previst os nos
Incot erm s, padronizados pela Câm ara de Com ércio Int ernacional, que vai
indicar o port o de ent rega ou em barque do produt o, o t ipo de t ransport e
u t iliz ado, a con t rat ação de fret e e de segu ros e de even t u ais serviços
aduaneiros, além do m om ent o de t ransferência da propriedade do vendedor
para o com prador.

“O preço unitário da venda das turbinas, definidas na cláusula do


objeto acima, é de US$ 500.000,00 (quinhentos mil dólares norte-
ame-ricanos), totalizando o valor de US$ 2.000.000,00 (dois milhões
de dóla-res norte-americanos) , na condição CIF Rio de Janeiroem
conformida-de com os Incoterms 2000.”

Com base no exem plo acim a – Cost , Insurance and Freight (CIF) –, ent ende-
se que, de acordo com as regras padronizadas dos Incot erm s, o port o de dest ino
da m ercadoria é o do Rio de Janeiro. Verifique-se, ainda, que est a m odalidade
det erm ina algum as obrigações para o vendedor, com o o dever de pagar o cust o
e o fret e at é o port o designado de dest ino, além da obrigação de cont rat ar o
seguro m arít im o int ernacional, cont ra o risco do com prador, por event uais
danos causados à m ercadoria durant e a sua t rajet ória at é o seu dest ino. O
t erm o CIF se aplica para o t ransport e m arít im o e de cabot agem .

Modalidade de Pagamento. Out ro disposit ivo cont rat ual import ant e. A forma
de pagament o a ser adot ada em um cont rat o int ernacional de compra e venda
de mercadorias depende diret ament e do grau de confiança exist ent e ent re as
part es cont rat ant es. As modalidades de pagament o são múlt iplas e represent am
diferent es níveis de segurança para o vendedor do produt o, mas as formas mais

99
Exportação Passo a Passo

comuns são a t ransferência bancária à vist a ou após um det erminado número


de dias da dat a do embarque da mercadoria, que surgem com freqüência nos
cont rat os ent re as part es que mant êm uma relação comercial est ável há algum
t empo, ou por meio do crédit o document ário em suas diversas formas de cart as
de crédit o, que represent a um meio de pagament o pelo qual o banco que emit e
a cart a de crédit o se obriga a efet uar o pagament o, mediant e a apresent ação de
um det erm inado conjunt o de docum ent os, que inclui o conhecim ent o de
embarque da mercadoria (Bill of Lading).

“É im port ant e dist inguir ent re crédit o docum ent ário e cart a de crédit o. Em bora
m uit as vezes as expressões sejam confundidas, na verdade a prim eira delas é
m ais am pla e inclui a segunda. Crédit o docum ent ário é t odo arranjo em que
haverá um desem bolso de recursos m ediant e a apresent ação de docum ent os.
A cart a de crédit o apresent a essa últ im a caract eríst ica, t rat ando-se de um a
13
m odalidade de crédit o docum ent ário” . Na prát ica, exist em diversos t ipos
de cart a de crédit o, que variam em função do t ipo e da duração do cont rat o e
do grau de prot eção desejável para o vendedor. Assim , encont ram -se com
14
freq ü ên cia cart as d e créd it o d o t ip o revolving p ara os con t rat os d e
fornecim ent o, ou ainda na m odalidade de cart as revogáveis ou irrevogáveis.
Quando a cart a de crédit o é em it ida por um banco pequeno ou desconhecido,
é com um que essa cart a seja confirm ada post eriorm ent e por um banco de
p rim eira lin h a in t ern acion al, m edian t e solicit ação de u m a das p art es
con t rat an t es.

“O preço total do presente contrato, estipulado na cláusula acima,


deverá ser pago por meio de uma carta de crédito irrevogável emitida
pelo Banco Bradesco S.A. em favor do exportador, pagável à vista,
contra a apresentação dos documentos do embarque da mercadoria.”

ou

“Within 2 days of the signature of the present agreement, the BUYER


will pay to the S UPPLIER by direct bank transfer an amount
corresponding to the total price defined in the aforementioned clause.”

Inform ações adicionais sobre est e pont o dos cont rat os int ernacionais poderão
ser encont radas no capít ulo 11 dest e m anual.

Obrigações das Partes. Na relação de com pra e venda int ernacional, as part es
assum em dist int as obrigações. Cada um a das part es assum irá um conjunt o
13
BASTO S, Celso Ribeiro. Cont rat os Int ernacionais. São Paulo: Saraiva, 1990, p. 70.
14
Q uando o banco em it e um a cart a de crédit o que já cont ém a aut orização para o desem bolso dos valores
correspondent es às dist int as rem essas fut uras do produt o.

100
Exportação Passo a Passo

de obrigações, qu e vai depen der diret am en t e do t ipo de con t rat o e das


caract eríst icas específicas do produt o objet o da cont rat ação ou do set or da
econom ia no qual a m ercadoria est á inserida. As próprias part es redigirão essas
obrigações com base em suas respect ivas experiências com erciais e no grau
de conhecim ent o m út uo ent re elas. O vendedor, por exem plo, t em obrigações
t ípicas, com o en t regar ou em barcar o produ t o n a dat a det erm in ada n o
cont rat o, e ainda out ras obrigações de, conform e o caso: fornecer inform ações
sobre o produt o (incluindo m anual de inst ruções já t raduzido no idiom a do
país do im port ador); garant ir um sist em a de at endim ent o t elefônico pós-
venda, para esclarecer dúvidas quant o à ut ilização do produt o pelo com prador;
assist ência t écnica; t reinam ent o dos funcionários do im port ador, para a corret a
ut ilização do produt o, et c. Por out ro lado, o com prador assum e, igualm ent e,
obrigações específicas, em part icular, a obrigação de efet uar o pagam ent o na
dat a est ipulada e na m odalidade indicada no cont rat o, além de cont rat ar, por
exem plo, serviços de inspeção das m ercadorias no port o de em barque.

“Obligations of the Seller – The Seller will supply the hardware as


well as its parts and complementary equipment to the Buyer in
accordance with the specifications detailed in Exhibit ‘B’ attached hereto.
In addition, the Seller will also: (i) be responsible to provide spare
parts and maintenance teams during the term of the present agreement;
(ii) organize training courses for the Buyer’s personnel; (iii) ensure a
rd
24 hour 3 level support team; and (iv) make available to the Buyer
the latest updated versions of the equipment.”

“Obligations of the Buyer – The Buyer will settle the payment in


accordance with the terms and conditions set forth in the present
agreement in due course. Furthermore, the Buyer will cooperate with
the Seller in order to waive the taxes and duties levied upon the
equipment in the Territory.”

Garant ia. A expect at iva de t odo im port ador é receber a m ercadoria do


vendedor, de acordo com as am ost ras apresent adas pelo export ador durant e a
negociação do cont rat o e, t am bém , em conform idade com a descrição do
produt o cont ida no próprio cont rat o, na cláusula do objet o, ist o é, a m ercadoria
ent regue deve respeit ar a quant idade, a qualidade e o m odelo do produt o que
foi, efet ivam ent e, negociada pelas part es. Ocorre, no ent ant o, m uit as vezes
que o im port ador, ao receber a m ercadoria em seu dest ino final, descobre que
há algum t ipo de desconform idade em relação ao produt o solicit ado. Essa
descon form idade pode ocorrer em t erm os de diferen ça n a quan t idade do
produt o, ou m esm o n o t ipo de produt o solicit ado, ou ainda na form a de
em balagem desejada. Para evit ar esse t ip o de p roblem as, as gran des
m ult inacionais t êm o hábit o de cont rat ar em presas privadas especializadas

101
Exportação Passo a Passo

na inspeção da m ercadoria ant es do em barque do produt o, just am ent e para


evit ar que, na chegada ao port o de dest ino, o im port ador se depare com um a
surpresa desagradável.

U m a possibilidade de prot eção con t ra o risco de descon form idade da


m ercadoria é a int rodução no corpo do cont rat o int ernacional de com pra e
venda de m ercadorias de um a cláusula de garant ia, est abelecendo que, no
caso de diferen ça en t re o produt o en t regue e o solicit ado n o con t rat o, a
em presa export adora se com prom et e a, duran t e um det erm in ado período
(t em po suficient e para que o im port ador possa conferir a m ercadoria, após os
t râm it es aduaneiros), subst it uir as peças defeit uosas ou desconform es, ou
ainda a fornecer, por exem plo, um a quant idade adicional do produt o vendido
para com plet ar o volum e t ot al de peças que acabou não sendo respeit ado no
em barque da m ercadoria. A duração do período de garant ia obedece aos usos
e cost um es int ernacionais prat icados em cada set or da econom ia.

“If within the period of 10 (tem) days after the delivery of the goods at
the port of destination (‘The Guarantee Period’) the Buyer gives notice
to the Seller of any defect or failure of the purchased product either by
faulty design or workmanship, then the Seller shall within 30 (thirty)
days from the date of receipt of the written notice by the Buyer on the
subject replace or repair the goods in order to remedy such situation,
without any additional costs to the Buyer.”

Lei Aplicável e Jurisdição. Do pont o de vist a jurídico, t rat a-se de um dos


pont os m ais im port ant es do cont rat o. Esses dois elem ent os (a lei aplicável ao
cont rat o e o foro com pet ent e) podem vir reunidos em um a m esm a cláusula
ou separados. A t endência nos cont rat os int ernacionais de com pra e venda
de m ercadorias celebrados com em presas anglo-saxônicas, que fazem part e
15
do sist em a do Common Law , é de incluir am bos em um a m esm a cláusula
(G overning Law and Jurisdiction), e n os p aíses d e t rad ição d o d ireit o
16
rom ano-germ ânico é m ais com um virem em cláusulas separadas, em bora o
fat o de est arem reunidos ou não em um a m esm a cláusula não alt ere em nada
o result ado da escolha das part es.

A finalidade dest a cláusula é fixar, dent ro dos lim it es da aplicação do princípio


da aut onom ia da vont ade das part es, qual será a lei aplicável para regular e
in t erpret ar as disposições con t rat u ais, bem com o a defin ição do foro
15
Sist ema jurídico desenvolvido na Inglat erra a part ir da Baixa Idade Média, fundament ado essencialment e
nos cost umes da época e nas decisões judiciais, que acabam definindo as regras legais. O import ant e para os
juízes nesse sist ema é solucionar o caso concret o, ainda que não haja regras escrit as sobre a mat éria.
Caract eriza-se por um grande poder das cort es de Just iça e suas jurisprudências.
16
Sist ema jurídico marcado por uma legislação escrit a e codificada, no qual a lei est abelece uma norma de
condut a e assume um papel fundament al na sociedade e a jurisprudência t em uma import ância secundária.

102
Exportação Passo a Passo

com pet ent e (jurisdição), que represent a o t ribunal específico que será acionado
pelas part es em caso de necessidade de solucionar um a disput a judicial relat iva
ao cont eúdo do cont rat o. Em grande part e dos cont rat os int ernacionais, a
escolha das part es recai sobre a lei e o foro sit uados em um m esm o país,
em bora isso não seja um a regra a ser obedecida; pelo cont rário, at é por um a
quest ão de equilíbrio ent re as part es cont rat ant es, t orna-se cada vez m ais
com um a escolha da lei do país de um a das part es, enquant o o foro é sit uado
no país da out ra part e.

“This agreement shall be governed by English Law. Both parties agree


to elect the jurisdiction of Brasília, Brazil, as the competent jurisdiction
to solve any judicial disputes arising out of the present agreement.”

Res cis ão . É a part e do con t rat o que est ipula os crit érios para a rescisão
cont rat ual, ist o é, a desconst it uição do negócio jurídico e, por conseguint e, a
perda da eficácia do con t rat o. A cláu sula de rescisão t am bém defin e as
hipót eses em que um a das part es deixa de cum prir um a de suas obrigações
definidas no cont rat o e a form a de solucionar a inexecução da obrigação, no
caso de as part es ainda t erem int eresse em m ant er o vínculo cont rat ual. A
rescisão do cont rat o pode ser aut om át ica (quando ocorre ao t érm ino do prazo
de vigência cont rat ual, sem que as part es m anifest em a vont ade em prorrogá-
lo) ou volunt ária (quando um a das part es se sent e prejudicada pelo fat o de a
out ra part e descum prir um ou m ais de seus com prom issos assum idos n o
cont rat o), ou, ainda, involunt ária (quando um a das part es se t orna t ot alm ent e
incapaz de cont inuar cum prindo as suas obrigações cont rat uais, seja por causa
de dissolução da sociedade, seja por falência ou alienação do cont role societ ário
da em presa).

“This Agreement may be terminated or modified as follows:


(a) Either party may terminate this Agreement for a material breach
of its terms by the other party upon 30 days’ written notice and failure
of the other party to cure the breach within the 30 day period.
(b) Either party shall have the right, at its option, in the event the
other party substantially ceases to operate as a going concern, is sold,
or a significant part of its control is alienated to a third party, to
immediately terminate this agreement.
(c) If Buyer either fails to achieve on a cumulative basis over any
one year period the sales quota set out in Exhibit A, then Seller may
terminate this Agreement with 30 days written notice, or at Seller’s
option, to immediately modify this Agreement to permanently change
the marketing rights for any Seller’s product to a nonexclusive basis.
(d) Either party may terminate this Agreement for convenience, by
giving the other party at least six (6) months written notification.”

103
Exportação Passo a Passo

Idioma. Est a cláusula é m uit o út il nos casos de cont rat os int ernacionais de
com pra e venda de m ercadorias que são redigidos em dois ou m ais idiom as
sim ult aneam ent e. Na prát ica, verifica-se que m uit as vezes os t radut ores dos
cont rat os int ernacionais não conseguem t raduzir com m uit a eficiência t odos
os t erm os t écnicos previst os nos disposit ivos cont rat uais, um a vez que nem
sem pre os m esm os t radut ores est ão fam iliarizados com as especificidades
t écnicas daquele t ipo de produt o ou de relação cont rat ual. O result ado é a
possibilidade de h aver du as ou m ais versões do con t rat o, com algu m as
pequenas diferenças relevant es para o negócio jurídico, em função da qualidade
da t radução. Nesse sent ido, a m elhor solução é prever um a cláusula de idiom a
que vai est abelecer quais são as versões exist ent es do cont rat o em quest ão,
além de indicar na redação da cláusula qual será a versão que prevalecerá
sobre as dem ais, em caso de dúvida quant o à int erpret ação de um disposit ivo
con t rat ual.

“Com exceção deste contrato, que será redigido nos idiomas português,
inglês e francês, os documentos estipulados no Anexo 2 poderão ser
elaborados em inglês ou português. Os documentos técnicos descritos
no Anexo 6 serão redigidos exclusivamente em português. N o caso de
dúvidas quanto à interpretação de alguma das cláusulas do presente
contrato, a versão que prevalecerá sobre as demais é a versão em inglês.”

Força Maior. Est a cláusula, int ernacionalm ent e conhecida por sua expressão
francesa Force M ajeure, funciona com o um a espécie de cláusula de exoneração
de responsabilidade das part es cont rat ant es, em cert as ocasiões específicas.
Trat a-se de u m a cláu su la ext rem am en t e im port an t e para os con t rat os
in t ern acion ais de com pra e ven da de m ercadorias, em part icular, para os
cont rat os relacionados à produção de bens no set or agroindust rial, sem pre
sujeit os às m udanças clim át icas. Na prát ica, am bas as part es cont rat ant es
assum em direit os e obrigações em um a relação con t rat ual. N o en t an t o,
algum as vezes, o cum prim ent o de um a det erm inada obrigação cont rat ual
t orn a-se im possível, por um fat or alh eio à von t ade das part es. H oje, “a
n ecessidade da cláu su la de força m aior, n a gen eralidade dos con t rat os
int ernacionais do com ércio, é fat o incont roverso, e os efeit os variados de sua
redação levaram à elaboração de u m sist em a qu e im põe cert as regras
just ificadoras da inexecução, t ant o no que concerne a definições para evit ar
crit érios flexíveis de sanções como para amenizar a incidência de mot ivos fáceis
17
para a rupt ura dos cont rat os” .

Com efeit o, para qu e h aja u m even t o de força m aior, faz-se n ecessário


com provar que: (i) o event o ocorreu fora do cont role das part es cont rat ant es,

17
STRENGER, Irineu. Cont rat os Int ernacionais do Comércio. 4. ed. São Paulo: LTr, 2003, p. 264-265.

104
Exportação Passo a Passo

ou seja, as part es não cont ribuíram de form a algum a para a realização do


event o; (ii) o event o era im previsível; e (iii) ainda que as part es t ent assem
im pedir asua ocorrência, não conseguiriam . À m edida que a ocorrência de
det erm inado event o de força m aior result ar na im possibilidade de um a das
part es em cont inuar cum prindo as suas obrigações assum idas no âm bit o de
um cont rat o int ernacional, ent ão est ará configurado o im pedim ent o para o
cum prim ent o do cont rat o. O result ado é a exoneração da responsabilidade
da part e que sofreu o event o de força m aior, t ornando-se desobrigada de form a
perm anent e ou t em porária do cum prim ent o de suas obrigações, dependendo
da ext ensão dos danos causados pelo event o, sem que haja a culpabilidade
das part es. A inclusão de um a cláusula de força m aior salvaguardará, port ant o,
as part es cont rat ant es cont ra os result ados de t ais event os.

O s even t os de força m aior podem t er causas variadas, m as o result ado é


idên t ico: a su spen são do cu m prim en t o de u m a det erm in ada obrigação
cont rat ual. Tais event os podem ser divididos em fenôm enos da nat ureza –
t errem ot os, m arem ot os, incêndios, raios, furacões, t em pest ades, avalanches,
inundações, et c. (Acts of God); fenôm enos polít icos e sociais – greves, guerras,
revoluções, com oções polít icas, et c.; e fenôm enos legais – rest rições cam biais
im post as por um governo, em bargos com erciais, resoluções da Organização
M u n d ial d o C om ércio (O M C ) im p ed in d o a com ercializ ação d e u m
det erm inado t ipo de m ercadoria. Na prát ica, a t endência at ual na hora de
redigir um a cláusula de força m aior, as part es cont rat ant es e seus respect ivos
advogados est ão t en t an do ser cada vez m ais específicos n a defin ição dos
event os de força m aior, de form a a deixar clara e abrangent e a list a de t odas
as p ossibilidades de exon eração de resp on sabilidade em u m con t rat o
int ernacional det erm inado. O Professor Irineu St renger, cit ando Philippe Khan,
oferece a seguint e definição:

“S e comprador ou vendedor forem impedidos ou retardados no


cumprimento ou observância de qualquer uma de suas obrigações, que
a cada um compete conforme convencionado, em razão de fenômenos
da natureza, guerra, bloqueio, insurreição, mobilização, desordem
violenta, guerra civil, greve, locaute, interrupção prolongada de
transporte rodoviário, ferroviário ou fluvial, comprometendo suas
atividades relacionadas com a execução deste contrato, ou quaisquer
outras causas fora de seu controle, as quais pelo exercício da devida
18
diligência não teria podido evitar ou contornar...” .

Hardship. Trat a-se de out ro t ipo de cláusula, m uit o com um nos cont rat os
in t ern acion ais d e lon ga d u ração, com efeit os d e salvagu ard a e,
con seqüen t em en t e, m uit o con fun dida com a cláusula de força m aior. A
18
STRENGER, Irineu. Op. cit . p. 265-266.

105
Exportação Passo a Passo

cláusula de hardship (adversidade, dureza), t am bém conhecida com o cláusula


de revisão, funciona com o um a cláusula com plem ent ar à cláusula de força
m aior, pois, apesar de não garant ir a suspensão ou resolução do cont rat o –
com o ocorre na força m aior –, ela garant e a revisão dest e, de form a a prom over
a adap t ação do in st ru m en t o con t rat u al às n ovas con dições vigen t es,
t orn an do-o m ais equilibrado e evit an do um ôn us excessivo para um a ou
am bas as part es cont rat ant es.

Ao cont rário da cláusula de força m aior, que decorre, por exem plo, de fat ores
da nat ureza, polít icos ou sociais, a cláusula de hardship decorre da m odificação
de cert as condições originais do cont rat o que, caso não sejam readapt adas ou
reajust adas, provocarão um a sit uação injust a para um a das part es e causa-rão
o desequilíbrio do cont rat o com o um t odo, podendo, inclusive, provocar a
falência da part e que sofre com a m udança dos t erm os iniciais do cont rat o. A
sua previsão assegura, port ant o, o direit o das part es de poder solicit ar, após a
alt eração dos t erm os econôm ico-financeiros da base inicial do cont rat o, o
seu reajust e para reflet ir o equilíbrio inicial vigent e no m om ent o da form ação
do acordo. “A cláusula de hardship não t em efeit o det erm inador aut om át ico:
consist e, essencialm ent e, em provocar renegociação do cont rat o, desde que
19
a m odificação visada se produ z iu ” . As circu n st ân cias cau sadoras do
desequilíbrio são, em geral, de ordem econôm ica ou com ercial e podem reflet ir
as crises econôm icas do país no qual a part e est á inserida.

“If at any time during the term of this agreement either party considers
that its financial situation and ability to comply with its obligations
under the present agreement is or may be impaired, then such party
shall give notice to the other party requesting a review of the financial
terms and conditions of the agreement, tak ing into account the
contractual obligations of the parties, and both parties shall meet after
such notice to review the agreement in order to ensure the initial balance
between the contracting parties.”

D uração. Trat a-se de um a cláusula t ípica dos cont rat os int ernacionais de
com pra e venda de m ercadorias de longo prazo (cont rat os de fornecim ent o).
O objet ivo é o de fixar um marco t emporal a part ir do qual o cont rat o produzirá
seu s efeit os ju rídicos, além de defin ir u m p eríodo de du ração p ara o
forn ecim en t o de m ercadorias, det erm in an do, dessa m an eira, um período
específico de vigência para a relação cont rat ual.

“Este contrato entrará em vigor na data efetiva de sua assinatura e


todos os prazos serão contados a partir desta data. A duração do
con-trato será de 2 (dois) anos.”
19
STRENGER, Irineu. Op. cit . p. 268-269.

106
Exportação Passo a Passo

Solução de Controvérsias. A cláusula cont rat ual que prevê a possibilidade


de ut ilização de um m ecanism o alt ernat ivo de solução de cont rovérsias, com o
a arb it ragem com ercial in t ern acion al, é d en om in ad a “cláu su la
com prom issória” e é m uit o freqüent e nos cont rat os int ernacionais de com pra
e venda. O crescent e recurso à arbit ragem com o um m ecanism o alt ernat ivo
de solução de cont rovérsias deve-se, em grande part e, às vant agens que essa
escolha represent a:

Celeridade - em prim eiro lugar, a arbit ragem é um procedim ent o rápido


e, ao con t rário das disp u t as ju diciais, as p art es en volvidas em u m
procedim en t o arbit ral podem en con t rar um a solução defin it iva para o
conflit o em um período de poucos m eses, o que represent a um enorm e
benefício e econom ia para a em presa, pois não ficará anos esperando um a
decisão judicial final, que poderá dem orar m uit o t em po no Judiciário;
Confidencialidade - ao con t rário dos processos judiciais, que em sua
grande m aioria são de dom ínio público, o procedim ent o arbit ral é cercado
por regras de sigilo sobre o con t eúdo da arbit ragem , que garan t em a
confidencialidade da disput a, sem prejuízos para a im agem da em presa ou
do produt o objet o do procedim ent o arbit ral; e
Especialização dos árbitros -com o as part es são livres para escolher os
árbit ros que com porão o t ribun al arbit ral, em geral, os escolhidos são
pessoas alt am ent e especializadas na m at éria que deu origem à disput a
ent re as part es, podendo decidir o conflit o com experiência e a aut oridade
de quem dom ina o objet o da quest ão.

A ut ilização do in st it ut o da arbit ragem com o um a alt ern at iva ao Poder


Judiciário para resolver um a det erm inada cont rovérsia com ercial exist ent e
ent re as part es de um cont rat o é facult at iva para as part es envolvidas, ist o é,
elas não são obrigadas a recorrer à arbit ragem , podendo subm et er o conflit o
ao foro judicial com pet ent e. O bserve-se, ent ret ant o, que, um a vez que as
part es façam a opção pelo recurso à arbit ragem (ou por m eio da cláusula
com prom issória inserida no cont rat o ou pelo com prom isso arbit ral celebrado
post eriorm ent e pelas part es), o seu result ado t orna-se obrigat ório para elas, e
a decisão dos árbit ros será necessariam ent e cum prida. Not e-se, port ant o, que
a arbit ragem é facult at iva quant o à sua origem , porém é obrigat ória quant o
ao seu result ado.

A redação da cláusula com prom issória, para ser considerada eficaz, deverá
cont em plar alguns elem ent os essenciais, a saber: (a) a cort e perm anent e ou
de arbit ragem onde será realizado o procedim ent o arbit ral. Muit as inst it uições
volt adas, em especial, para o fom ent o do com ércio int ernacional, com o, por
exem plo, a Associação Am erican a de Arbit ragem (AAA) e a Câm ara de
Com ércio Int ernacional de Paris (CCI) se dedicam ao est udo e prom oção da

107
Exportação Passo a Passo

arbit ragem e possuem cort es perm anent es que dispõem de infra-est rut ura e
experiência em m at éria arbit ral e são m uit o procuradas para a realização desses
procedim ent os); (b) a cidade onde será realizada a arbit ragem (um a vez que
algum as inst it uições que realizam a arbit ragem possuem m ais de um a sede);
(c) o núm ero de árbit ros; e (d) as regras que serão ut ilizadas pelos árbit ros
(n orm alm en t e, essas regras são aqu elas desen volvidas p elas p róp rias
in st it uições que lidam com a arbit ragem e que são sim ilares em m uit os
aspect os). O idiom a em que será conduzida a arbit ragem t am bém cost um a
fazer part e dest a cláusula. Verifique-se, ainda, que a arbit ragem com ercial
int ernacional t am bém pode ser realizada ad hoc, ou seja, as próprias part es
con t rat an t es, in t eressadas n a u t iliz ação do m ecan ism o alt ern at ivo da
arbit ragem , podem criar o seu próprio “t ribunal arbit ral ad hoc”, indicando
seus árbit ros e est abelecendo as próprias regras de arbit ragem m ais adequadas
para a ut ilização em um caso específico.

“Qualquer controvérsia referente ao presente contrato será resolvida


definitivamente por meio de arbitragem comercial internacional. A
arbitragem será realizada na Corte Permanente de Arbitragem da
CCI, em Paris, por 3 (três) árbitros, segundo o regulamento da mesma
Corte.”

A m at éria de con t rat os in t ern acion ais vem despert an do um crescen t e e


significat ivo int eresse no Brasil, em part icular, no m om ent o em que o País
busca um a m aior part icipação e com pet it ividade no com ércio int ernacional.
O dom ín io da presen t e m at éria irá, com cert eza, ben eficiar o em presário
brasileiro na negociação e redação de um inst rum ent o int ernacional de com pra
e venda de m ercadorias just o, adequado e equilibrado, proporcionando um
elevado grau de segu ran ça em su as relações com erciais in t ern acion ais e
facilit ando um a m aior inserção da sua em presa nos diversos m ercados no
ext erior. O cont rat o int ernacional não represent a, port ant o, um obst áculo à
int ernacionalização da em presa, m as, ao cont rário, int roduz um elem ent o
de apoio e prot eção para que essa em presa possa se t ornar cada vez m ais
eficient e e com pet it iva no cenário int ernacional.

108
Exportação Passo a Passo

10. TERMOS OU CONDI ÇÕES DE VENDA ( I NCOTERMS) E


CONTRATOS DE NAVEGAÇÃO
10.1. Termos ou Condições de Venda ( I ncoterms)
O s t erm os ou con dições de ven da (In cot erm s) defin em , n as t ran sações
int ernacionais de m ercadorias, as condições em que os produt os devem ser
exportados. As regras utilizadas para esse fim estão definidas nos International
Commercial Terms (Incoterms), segundo a versão de primeiro de janeiro de 2000,
editada pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) – www.iccwbo.org.
Essas fórmulas contratuais fixam direitos e obrigações, tanto do exportador como
do importador, estabelecendo com precisão o significado do preço negociado entre
ambas as partes. Uma operação de comércio exterior com base nos Incoterms
reduz a possibilidade de interpretações controversas e de prejuízos a uma das
partes envolvidas. A importância dos Incoterms reside na determinação precisa
do moment o da t ransferência de obrigações, ou seja, do moment o em que o
export ador é considerado isent o de responsabilidades legais sobre o produt o
exportado. Os Incoterms definem regras apenas para exportadores e importadores,
não produzindo efeit os com relação às demais part es, como t ransport adoras,
seguradoras, despachantes, etc.
A fim de facilit ar o seu ent endim ent o, os Incot erm s foram agrupados em
quat ro cat egorias:
Incoterms 2000
Grupo “E” (Part ida) EXW EX Works - A part ir do local de produção (...local designado:
fábrica, armazém, et c.)
Grupo “F” (Transport e FCA Free Carrier - Transport ador livre (...local designado)
principal não pago) FAS Free Alongside Ship - Livre junt o ao cost ado do navio (...por-
t o de embarque designado)
FOB Free on Board - Livre a bordo (...port o de embarque designa-
do)
Grupo “C” (Transport e CFR Cost and Freight - Cust o e fret e (...port o de dest ino designa-
principal pago) do)
CIF Cost, Insurance and Freight - Cust o, seguro e fret e (...port o de
destino designado)
CPT Carriage Paid to... - Transport e pago at é... (local de dest ino
designado...)
CIP Carriage and Insurance Paid to... - Transport e e seguros pagos
at é...(...local de dest ino designado)
Grupo “D ” (Chegada) DAF Delivered At Frontier - Ent regue na front eira ...local designa-
do)
DES Delivered Ex Ship - Ent regue a part ir do navio (...port o de
destino designado)
DEQ Delivered Ex Quay - Ent regue a part ir do cais (...port o de
destino designado)
DDU Delivered Duty Unpaid - Ent regue com direit os não-pagos
(...local de dest ino designado)
DDP Delivered Duty Paid - Ent regue com direit os pagos (...local
de dest ino designado)

109
Exportação Passo a Passo

- EXW – Ex Works - o produt o e a fat ura devem est ar à disposição do


im port ador n o est abelecim en t o do export ador. Todas as despesas e
quaisquer perdas e danos a part ir da ent rega da m ercadoria, inclusive o
despach o da m ercadoria para o ext erior, são de respon sabilidade do
im port ador. Quando solicit ado, o export ador deverá prest ar ao im port ador
assist ência na obt enção de docum ent os para o despacho do produt o. Est a
m odalidade pode ser ut ilizada com relação a qualquer via de t ransport e.

- FCA – Free Carrier - o export ador ent rega as m ercadorias, desem baraçadas
para export ação, à cu st ódia do t ran sport ador, n o local in dicado pelo
im port ador, cessando aí t odas as responsabilidades do export ador. Essa
condição pode ser ut ilizada em qualquer t ipo de t ransport e, inclusive o
m ult im odal.

- FAS – Free Along Ship - as obrigações do export ador encerram -se ao colocar
a m ercadoria, já desem baraçada para export ação, no cais, livre, junt o ao
cost ado do navio. A part ir desse m om ent o, o im port ador assum e t odos os
riscos, devendo pagar inclusive as despesas de colocação da m ercadoria
den t ro do n avio. O t erm o é u t iliz ado para t ran sport e m arít im o ou
hidroviário int erior.

- FO B – Free on Board - o exp ort ador deve en t regar a m ercadoria,


desem baraçada, a bordo do navio indicado pelo im port ador, no port o de
em barqu e. Est a m odalidade é válida para o t ran sport e m arít im o ou
hidroviário int erior. Todas as despesas, at é o m om ent o em que o produt o
é colocado a bordo do veículo t ransport ador, são da responsabilidade do
export ador. Ao im port ador cabem as despesas e os riscos de perda ou dano
do produt o, a part ir do m om ent o que est e t ranspuser a am urada do navio.

- CFR – Cost and Freight - o export ador deve ent regar a m ercadoria no
port o de dest ino escolhido pelo import ador. As despesas de t ransport e ficam,
port ant o, a cargo do export ador. O im port ador deve arcar com as despesas
de seguro e de desem barque da m ercadoria. A ut ilização desse t erm o obriga
o export ador a desem baraçar a m ercadoria para export ação e ut ilizar apenas
o t ransport e m arít im o ou hidroviário int erior.

- CIF – Cost, I nsurance and Freight - m odalidade equivalent e ao CFR, com


a diferença de que as despesas de seguro ficam a cargo do export ador. O
export ador deve en t regar a m ercadoria a bordo do n avio, n o port o de
em barque, com fret e e seguro pagos. A responsabilidade do export ador
cessa no m om ent o em que o produt o cruza a am urada do navio no port o
de dest ino. Est a m odalidade só pode ser ut ilizada para t ransport e m arít im o
ou hidroviário int erior.

110
Exportação Passo a Passo

- CPT – Carriage Paid to... - com o o CFR, est a condição est ipula que o
export ador deverá pagar as despesas de em barque da m ercadoria e seu fret e
int ernacional at é o local de dest ino designado. Dessa form a, o risco de
perda ou de dano dos bens, assim com o quaisquer aum ent os de cust os, é
t ransferido do export ador para o im port ador, quando as m ercadorias forem
ent regues à cust ódia do t ransport ador. Est e Incot erm pode ser ut ilizado
com relação a qualquer m eio de t ransport e.

- CIP – Carriage and I nsurance Paid to... - adot a princípio sem elhant e ao
CPT. O export ador, além de pagar as despesas de em barque da m ercadoria
e do fret e at é o local de dest ino, t am bém arca com as despesas do seguro
de t ransport e da m ercadoria at é o local de dest ino indicado. O CIP pode
ser u t iliz ad o com q u alq u er m od alid ad e d e t ran sp ort e, in clu sive
m ult im odal.

- DAF – Delivered At Frontier - o export ador deve ent regar a m ercadoria


no pont o e local designados na front eira, ant es porém da linha lim ít rofe
com o país de dest ino. Est e t erm o é ut ilizado principalm ent e nos casos de
t ransport e rodoviário ou ferroviário.

- D ES – Delivered Ex Ship - m odalidade ut ilizada som ent e para t ransport e


m arít im o ou hidroviário int erior. O export ador t em a obrigação de colocar
a m ercadoria n o dest in o est ip u lado, a bordo do n avio, ain da n ão
desem baraçada para a im port ação, assum indo int egralm ent e t odos os riscos
e despesas at é aquele pont o no ext erior.

- D EQ – Delivered Ex Quay - o export ador deve colocar a m ercadoria, não


desem baraçada para im port ação, à disposição do im port ador no cais do
port o de dest ino designado. Est e t erm o é ut ilizado para t ransport e m arít im o
ou hidroviário int erior ou m ult im odal.

- D D U – Delivered Duty Unpaid - o export ador deve colocar a m ercadoria


à disposição do im port ador no local e pont o designados no ext erior. Assum e
t odas as despesas e riscos para levar a m ercadoria at é o dest ino indicado,
excet o os gast os com pagam ent o de direit os aduaneiros, im post os e dem ais
en cargos da im port ação. Est e t erm o pode ser ut ilizado com relação a
qualquer m odalidade de t ransport e.

- D D P – D elivered D uty Paid - o export ador assum e o com prom isso de


ent regar a m ercadoria, desem baraçada para im port ação, no local designado
pelo im port ador, pagando t odas as despesas, inclusive im post os e out ros
encargos de im port ação. Não é de responsabilidade do export ador, porém ,
o desem barque da m ercadoria. O export ador é responsável t am bém pelo
fret e int erno do local de desem barque at é o local designado pelo im port ador.
Est e t erm o pode ser ut ilizado com qualquer m odalidade de t ransport e.
Trat a-se do Incot erm que est abelece o m aior grau de com prom issos para o
export ador.

111
Exportação Passo a Passo

Incoterms
Quadro-resumo simplificado das principais atribuições do importador (I) e do exportador (E).
M odalidades Incoterms EXW FAS FOB FCA CFR CPT CIF CIP DAF DES DEQ D D U D D P
Atribuições
Formalidades alfandegárias país
de origem I E E E E E E E E E E E E
Seguro internacional I I I I I I E E E E E E E
Embarque I I E I E E E E E E E E E
Transporte internacional I I I I E E E E E E E E E
D esembarque I I I I I I I I I I E I I
Formalidades alfandegárias no
país de destino I I I I I I I I I I I I E
Marco da transferência de risco
da mercadoria negociada 1 2 3 4 3 4 3 4 5 6 7 8 9

1 - O export ador assum e os riscos at é o m om ent o da colocação do produt o à


disposição do im port ador, no est abelecim ent o do export ador.

2 - O export ador assum e os riscos at é o m om ent o da colocação do produt o,


desem baraçado para export ação, junt o ao cost ado do navio.

3 - O export ador assum e os riscos at é o m om en t o em que a m ercadoria,


desem baraçada para export ação, t enha cruzado a am urada do navio no port o
de em barque.

4 - O export ador assum e os riscos at é o m om ent o da ent rega da m ercadoria,


desem baraçada para export ação, à cust ódia do t ransport ador.

5 - O export ador assum e os riscos at é o m om ent o da colocação da m ercadoria


à disposição do im port ador, dent ro do m eio de t ransport e, não desem baraçada,
no local de ent rega na front eira.

6 - O export ador assum e t odos os riscos at é o m om ent o em que a m ercadoria


é colocada à disposição do im port ador, no pont o de dest ino, a bordo do navio.

7 - O export ador assum e t odos os riscos at é o m om ent o em que a m ercadoria,


não desem baraçada para im port ação, seja ent regue no pont o pact uado, no
local de dest ino. Ao im port ador cabe obt er as licenças de im port ação.

8 - O export ador assum e t odos os riscos at é o m om en t o da en t rega da


m ercadoria no pont o pact uado, no local de dest ino designado, por qualquer
m eio de t ransport e, não desem baraçada nem desem barcada.

9 - O export ador assum e os riscos at é o m om ent o em que o produt o seja


colocado à disposição do im port ador, no m eio de t ransport e no local de dest ino,
não desem barcada, m as desem baraçada.

112
Exportação Passo a Passo

Observações adicionais sobre os Incoterms

- a part ir de 1990, o export ador pode subst it uir o docum ent o im presso de
com provação da en t rega do produ t o por m en sagen s Elect ron ic Dat a
Int erchange ou Int ercâm bio Elet rônico da Dados (EDI), desde que as part es
est ejam de acordo em ut ilizar est e m eio de com unicação; e
- t endo em vist a as alt erações periódicas sofridas nos Incot erm s, e a fim de
evit ar disput as com erciais, o export ador e o im port ador devem indicar de
m aneira expressa e clara, no cont rat o, a ut ilização dos Incot erm s 2000.

10.2. Contratos de Navegação

Mesm o quando não for responsável pelo pagam ent o do frete, o export ador
será responsável por sua cont rat ação. Deverá, port ant o, est ar at ent o para os
seguint es pont os:

- disponibilidade de veículo com capacidade de t ransport ar a m ercadoria de


acordo com as condições pact uadas com o im port ador;
- previsão do período a ser gast o ent re o em barque e a chegada da m ercadoria;
- disponibilidade de espaço na em barcação;
- inform ações sobre a em presa de navegação cont rat ada; e
-preço do fret e.

Adicionalm ent e, é de fundam ent al im port ância ident ificar os responsáveis


pelo pagam ent o das despesas referent es ao em barque, est iva dent ro do navio
e desem barque da m ercadoria. Caberá ao arm ador esclarecer ao export ador se
os gast os com em barque, desem barque e est iva est ão incluídos no preço do
fret e.

São as seguint es as m odalidades de cont rat ação de fret e m arít im o:

- Liner Terms ou Berth Terms - o arm ador é responsável pelas despesas


referent es ao em barque, est iva e desem barque. Cabe ao export ador colocar
a m ercadoria livre junt o ao cost ado do navio. Est a m odalidade é t am bém
conhecida pela sigla FFA (Free From Alongside – Livre junt o ao Cost ado
do Navio);

- FIO (Free I n and Out – Livre de Ent rada e Saída de Bordo) - cabe ao
arm ador apenas o t ransport e da m ercadoria. As despesas com em barque,
est iva e desem barque correm por cont a do export ador. A sigla FIOS (Free
I n Out and Stowed – Livre de Ent rada, Saída e Arrum ação) designa variant e
da m odalidade FIO;

113
Exportação Passo a Passo

- FIOST (Free I n Out Stowed and Trimmed – Livre de Ent rada, Saída,
Arru m ação e Dist ribu ição da Carga) - t rat a-se de ou t ra varian t e da
m odalidade FIO, ut ilizada sobret udo para o t ransport e de granéis;

- FI (Free I n –Livre de Ent rada a Bordo) - o export ador encarrega-se do


pagam ent o das despesas referent es a em barque e est iva. Cabe ao arm ador
a responsabilidade pelo pagam ent o das despesas com o desem barque. As
m odalidades FIS (Free I n and Stowed – Livre de Ent rada e Arrum ação),
FILO (Free I n Liner Out – Livre de Ent rada e Responsável pela Saída) e
FISLO (Free I n Stowed Liner Out – Livre de Ent rada e Arrum ação, e
Responsável pela Saída) são variant es da m odalidade FI;

- FO (Free Out – Livre de Saída de Bordo) - ao export ador cabe apenas o


pagam ent o das despesas relat ivas ao desem barque. Os gast os de em barque
e est iva correm por cont a do arm ador. A m odalidade LIFO (Liner I n Free
Out) é idênt ica à FO (Free Out).

114
Exportação Passo a Passo

11. FORMAS DE PAGAMENTO

Tant o o export ador com o o im port ador devem evit ar os riscos de nat ureza
com ercial a que est ão sujeit as as t ran sações in t ern acion ais. Ao rem et er a
m ercadoria ao ext erior, o export ador deve t om ar precauções para receber o
pagam ent o. Por sua vez, o im port ador necessit a de segurança quant o ao devido
recebim ent o da m ercadoria, nas condições acert adas com o export ador. Definir
com clareza a form a de pagam ent o que deverá ser observada em um a operação
de export ação é de fundam ent al relevância para am bas as part es. Assim , a
escolha da m odalidade de pagam en t o deve at en der sim ult an eam en t e aos
int eresses do export ador e do im port ador.

São as seguint es as m odalidades de pagam ent o no com ércio ext erior:

- Pagam ent o Ant ecipado;


- Cobrança Docum ent ária; e
- Cart a de Crédit o ou Crédit o Docum ent ário.

11.1. Pagamento Antecipado

N est a m odalidade, o im port ador paga ao export ador an t es do en vio da


m ercadoria. Trat a-se da opção m ais int eressant e para o export ador, que recebe
ant ecipadam ent e o pagam ent o. O risco é assum ido pelo im port ador, que pode
n ão receber a m ercad oria ou receb ê-la em con d ições n ão acord ad as
ant eriorm ent e com o export ador. Em bora o pagam ent o ant ecipado não seja
procedim en t o m u it o adot ado, pode ocorrer qu an do h ou ver relação de
confiança ent re as em presas envolvidas. Pode ainda ser ut ilizado ent re m at rizes
e filiais e t am bém pela em presa im port adora que procura garant ir-se quant o a
possíveis oscilações fut uras de preço.

Tão logo a m ercadoria seja em barcada, o export ador deverá encam inhar ao
im port ador os docum en t os origin ais de export ação, para que est e possa
desem baraçá-la n o pon t o de dest in o, bem com o forn ecer cópias desses
docum ent os ao banco responsável pela cont rat ação do câm bio.

11.2. Cobrança Documentária

A Cobrança Document ária é regida pelas Uniform Rules for Collect ions (Regras
Uniform es para Cobranças) da Câm ara de Com ércio Int ernacional (CCI) –
w w w.iccw bo.org. Esse conjunt o de regras é t am bém conhecido com o URC
522 ou Brochura 522. Trat a-se da m odalidade que m ais im plica riscos para o

115
Exportação Passo a Passo

export ador. Nest a m odalidade de cobrança, o export ador envia a m ercadoria


ao país de dest ino e ent rega os docum ent os de em barque e a let ra de câm bio
(conhecida igualm ent e por “cam bial” ou “saque”) ao banco negociador do
câm bio n o Brasil, den om in ado “ban co rem et en t e”, qu e, por su a vez, os
en cam in ha, por m eio de cart a-cobran ça, ao seu ban co correspon den t e n o
ext erior, den om in ado “ban co cobrador ”. O ban co cobrador en t rega os
docum en t os ao im port ador, m edian t e pagam en t o ou aceit e do saque. De
posse dos docu m en t os, o im port ador pode desem baraçar a m ercadoria
im port ada. Em alguns casos, o export ador envia diret am ent e ao im port ador
os docum ent os para a liberação da m ercadoria, e cabe ao banco cobrador
apresent ar a let ra de câm bio para recebim ent o do pagam ent o ou aceit e. Nest a
hipót ese, se o im port ador recusar-se a apor o seu “aceit e” na let ra de câm bio,
o export ador não t erá base legal para acioná-lo judicialm ent e.

Se a venda é à vist a, o im port ador efet ua o pagam ent o ao banco cobrador e


recebe a docum ent ação para desem baraço da m ercadoria.

Se a venda é a prazo, o banco ent rega os docum ent os ao im port ador cont ra
aceit e. O im port ador efet uará o pagam ent o no vencim ent o do saque e, caso
não o faça, est ará sujeit o a sanções legais.

São os seguint es os docum ent os a serem encam inhados junt am ent e com a
cart a-cobrança:

- fat ura com ercial;


- conhecim ent o de em barque;
- cert ificado de origem , se necessário;
- packing list (rom aneio);
- apólice de seguro int ernacional; e
- out ros cert ificados, quando exigidos pelo im port ador.

A cobrança a prazo é o procedim ent o m ais usual. O prazo de pagam ent o


pode ser cont ado a part ir da dat a da em issão da let ra de câm bio, do aceit e do
im port ador ou do em barque da m ercadoria. A receit a de um a venda a prazo
pode ser ant ecipada pelo export ador, por m eio do descont o do saque, com o
aceit e do im port ador, em um banco. Ist o pode ser feit o com ou sem direit o de
regresso (w it h recourse ou w it hout recourse). No prim eiro caso, o export ador
será o responsável perant e o banco, se o im port ador não cum prir a prom essa
de pagam ent o; no segundo, o risco passa a ser do próprio banco.

Todos esses procediment os de cobrança e remessa de document os implicam


despesas, como comissões dos bancos int ervenient es, gast os com comunicação
e impost os. Em geral, esses cust os são assumidos pelo export ador. Caso cont rário,
é aconselhável que seja definido ant ecipadament e quem os assumirá.

116
Exportação Passo a Passo

11.3. Carta de Crédito

Est a m odalidade t em seus procedim en t os defin idos pelas Regras e Usos


U n iform es sob re C réd it os D ocu m en t ários d a C âm ara d e C om ércio
Int ernacional (CCI), conhecidas com o Brochura 500 (UCP 500), em vigor
desde janeiro de 1994.

A cart a de crédit o é em it ida por um banco, denom inado “banco em issor ”, na


p raça do im p ort ador, a seu p edido, e rep resen t a u m com p rom isso de
pagam ent o do banco ao export ador da m ercadoria. Na cart a de crédit o, são
especificados o valor, beneficiário (export ador), docum ent ação exigida, prazo,
port os de dest ino e de em barque, descrição da m ercadoria, quant idades e
out ros dados referent es à operação de export ação.

Um a vez efet u ado o em barqu e da m ercadoria, o export ador en t rega os


docum ent os a um banco de sua praça, denom inado “banco avisador ”, que,
via de regra, é o m esm o banco com o qual negociou o câm bio. Est e, após a
con ferên cia dos docu m en t os requ eridos n a cart a de crédit o, efet u a o
pagam ent o ao export ador e encam inha os docum ent os ao banco em issor no
ext erior. O banco em issor ent rega os docum ent os ao im port ador que, assim ,
poderá efet ivar o desem baraço da m ercadoria. O recebim ent o do pagam ent o
pelo export ador depende apenas do cum prim ent o das condições est abelecidas
na cart a de crédit o.

O pagam ent o por cart a de crédit o envolve:

- o im port ador, que, após as negociações iniciais com o export ador, solicit a
a abert ura da cart a de crédit o;
- o banco em issor da cart a de crédit o, responsável pelo pagam ent o ou pelo
aceit e da let ra de câm bio;
- o banco avisador, que inform a o export ador sobre a abert ura de crédit o,
confere a docum ent ação apresent ada pelo export ador e efet ua o pagam ent o
ou aceit e da let ra de câm bio; e
- o export ador.

É im port ant e not ar que as inst it uições financeiras t rabalham com docum ent os
e n ão com m ercad orias. Por exem p lo, o b an co con fere os d ad os d o
Conhecim ent o de Em barque para verificar se as m ercadorias est ão de acordo
com a descrição cont ida no crédit o docum ent ário. Se o Conhecim ent o de
Em barque for fraudado, não haverá responsabilidade do banco.

A cart a de crédit o deve explicit ar as form as de pagam ent o, ou seja, se se t rat a


de pagam ent o:

117
Exportação Passo a Passo

- à vist a (se a docum en t ação est iver em ordem , o export ador recebe o
pagam ent o de im ediat o);
- por aceit e de let ra de câm bio (o banco sacado dará o “aceit e” e devolverá a
let ra de câm bio ao export ador, que poderá negociar o seu descont o na rede
bancária);
- por deferim en t o (pagam en t o efet uado n a dat a design ada n a cart a de
crédit o); e
- por negociação (negociação da cart a de crédit o com um banco).

No caso do pagament o por negociação, a cart a pode ser rest rit a ou irrest rit a.
Na primeira, a designação do banco avisador é det erminada e especificada na
cart a de crédit o pelo banco emissor. Na cart a irrest rit a, o banco avisador é de
livre escolha do export ador. Evident ement e, a segunda alt ernat iva aument a o
poder de negociação do export ador com os bancos. A negociação concret iza-se
quando o banco avisador confirm a que os docum ent os apresent ados pelo
export ador est ão de acordo com as exigências da cart a de crédit o e os envia ao
banco emissor, que, por sua vez, efet ua o reembolso ao banco avisador.

A cart a de crédit o é em geral de carát er irrevogável, excet o quando dela const ar


expressam ent e que é revogável. O seu cancelam ent o ou sua m odificação serão
perm it idos apenas com a prévia anuência do export ador. A grande vant agem
de um a cart a de crédit o irrevogável é que o pagam ent o ou aceit e da let ra de
câm bio são garant idos pelo banco em issor.

A cart a de crédit o t ambém pode ser t ransferível, ist o é, o export ador poderá
transferir o valor ou parte do crédito para outros beneficiários. Para tanto, a carta
de crédito deve ser declarada “transferível”, de modo expresso. A omissão desta
declaração implica automaticamente o caráter intransferível da carta de crédito.

O export ador deve verificar ant ecipadam ent e t odas as exigências da cart a de
crédit o para evit ar discrepâncias com a docum ent ação em seu poder. Havendo
discrepâncias, o export ador deve cont at ar o im port ador ant es do em barque
da m ercadoria, para solicit ar em endas à cart a de crédit o e evit ar, assim , que o
banco avisador, no país do export ador, not ifique a divergência ao banco emissor.
Nest e caso, a garant ia de pagam ent o “firm e e irrevogável”, dada pelo banco
em issor, ficará t em porariam en t e suspen sa. Ist o sign ifica que a form a de
pagam ent o por cart a de crédit o se t ransform a em Cobrança Docum ent ária.
De t odo m odo, o ban co avisador deve n ot ificar o export ador de que os
docu m en t os n ão est ão de acordo com as exigên cias, com in dicação das
discrepâncias.

O s export adores devem , port an t o, est ar at en t os para a n ecessidade de


cert ificados emit idos por agências ou empresas especializadas, para a dat a de
emissão dos document os, document os de embarque e de seguro, se for o caso.

118
Exportação Passo a Passo

12. CÂMBI O

As vendas ao ext erior são usualm ent e cot adas em dólares. O ut ras m oedas
con versíveis, com o o eu ro, o ien e, a libra est erlin a, t am bém podem ser
ut ilizadas. O export ador recebe, porém , o pagam ent o em reais. Câm bio é,
port ant o, a com pra e venda de m oedas est rangeiras. É um a t roca. Tendo em
vist a as oscilações na t axa de câm bio, o export ador, em suas t ransações com
o ext erior, depara-se, port an t o, com a possibilidade de que est a m udan ça
cam bial venha afet ar a quant ia a ser recebida em reais.

12.1. Contrato de Câmbio

As vendas ao ext erior são efet uadas por m eio de cont rat o de câm bio ent re o
export ador – vendedor da m oeda est rangeira – e um banco aut orizado a operar
com câm bio – com prador da m oeda est ran geira. Assim , juridicam en t e, o
con t rat o de câm bio apresen t a u m com prador e u m ven dedor qu e t êm
obrigações recíprocas. Cabe ao vendedor disponibilizar a m oeda est rangeira
vendida e ao com prador, pagar o cont ravalor em m oeda nacional. O cont rat o
possui ain da as seguin t es caract eríst icas: é con sen sual, pois depen de da
vont ade das part es; é oneroso, t endo em vist a que dele result am obrigações
pat rim oniais para as duas part es; e é cum ulat ivo, pois considera que cada
u m a part es recebe u m a con t raprest ação m ais ou m en os equ ivalen t e. A
operação cam bial envolve os seguint es agent es:

- o export ador, que vende a m oeda est rangeira;


- o banco aut orizado pelo Banco Cent ral a realizar operações de câm bio; e
- a corret ora de câm bio, caso seja requ erida pelo ven dedor da m oeda
est rangeira. A int erm ediação de um a corret ora de câm bio é facult at iva e
sua part icipação pode im plicar cust os adicionais para o export ador.

O cont rat o de câm bio deve cont er os seguint es dados:

- nom e do banco aut orizado a cont rat ar o câm bio;


- nom e do export ador;
- valor da operação;
- t axa de câm bio negociada;
- prazo para liquidação;
- nom e do corret or de câm bio, se houver;
- com issão do corret or de câm bio;
- nom e do im port ador;
- dados bancários do export ador;
- condições de financiam ent o, et c.

119
Exportação Passo a Passo

12.2. Contratação de Câmbio na Exportação

A Resolução BACEN N° 3266, de 04.03.05, dispõe sobre procedim ent os no


recebim ent o do valor de export ações brasileiras.

Veja abaixo alguns t ópicos dest a legislação:

COBERTURA CÂMBIAL
• At é 210 dias da dat a do em barque.

REMESSA DE DOCUMENTOS DE EXPORTAÇÃO


• Rem essa diret a pelo export ador.

INÍCIO DE AÇÃO JUDICIAL CONTA O DEVEDOR NO EXTERIOR


• Passou a ser obrigat ório para operações de câm bio acim a de US$ 50 m il.

VIN C ULAÇ AO D O S C O N T RAT O S D E C ÂM BIO AO REGIST RO D E


EXPORTAÇÃO(RE)
• O banco negociador da moeda est rangeira pode, a seu exclusivo crit ério e
respon sabilidade, acolher declaração form al do export ador in dican do o
n ú m ero do desp ach o de exp ort ação averbado n o SISC O M EX, em
subst it uição aos document os de export ação, devendo o export ador, nesse
caso, maner em seu poder, pelo prazo de 5 anos cont ado do encaminhament o
da declaração, os document os da export ação, ou sua cópia, para apresent ação
ao banco int ervenient e ou ao Banco Cent ral do Brasil, se solicit ada;
• Com prador do câm bio pode ser pessoa diversa do export ador, desde que
pert encent e ao m esm o grupo econôm ico;
• Cont rat ant e do câm bio pode ser pessoa diversa do export ador, sujeit o a
exam e pelo BACEN;
Tan t o o ban co com o o export ador são respon sáveis por prom over a
vinculação no SISCO MEX.

PAGAMENTO ANTECIPADO DE EXPORTAÇÃO


• É possível a devolução de recebim ent o ant ecipado ao pagador no ext erior,
por export ador t radicional, sujeit o a exam e do BACEN, caso a caso.

D ESC O N T O D E C AM BIAIS D E EXPO RTAÇ ÃO SEM D IREIT O D E


REGRESSO
• Passou a ser adm it ido.

Para obt enção de inform ações det alhadas sobre cont rat o de câm bio, poderá
ser con su lt ad o o Regu lam en t o d o M ercad o d e C âm b io e C ap it ais
In t ern acion ais (RM CCI) dispon ível n o sít io do Ban co Cen t ral do Brasil
(w w w.bacen .gov.br), opção “Câm bio e Capit ais Est ran geiros”, seguida de
“Legislação e Norm as”, opção “RMCCI”.

120
Exportação Passo a Passo

13. TRATAMENTO TRI BUTÁRI O

Em geral, os Governos evit am onerar com encargos t ribut ários os produt os


export ados, para m ant er sua com pet it ividade nos m ercados ext ernos. Por essa
razão, cost um a-se isent ar os produt os export ados dos im post os indiret os,
inclusive os incident es nos insum os (m at érias-prim as, em balagem , part es e
peças) que são in corporados aos produt os fin ais. Segun do as n orm as da
Organização Mundial de Com ércio (OMC), est e procedim ent o não caract eriza
subsídio à export ação.

13.1. I senção do I mposto sobre Produtos I ndustrializados ( I PI ) e


não- incidência do I mposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços ( I CMS)

O Im post o Sobre Produt os Indust rializados (IPI) é um t ribut o federal incident e


sobre o valor adicionado. Ao adquirir os insum os, o fabricant e anot a com o
crédit o, no seu regist ro fiscal, o valor do IPI indicado nas not as fiscais. Ao
efet uar a venda do produt o elaborado, deve cont abilizar o valor do IPI com o
débit o, no regist ro fiscal. Assim , o m ont ant e de IPI que o fabricant e deverá
recolher é dado pelo saldo no regist ro fiscal.

O Im post o Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um t ribut o


est adual com alíquot a uniform e, salvo algum as exceções, e t am bém incident e
sobre o valor adicionado. O procedim ent o fiscal é equivalent e ao do IPI. A
legislação pert inent e ao IPI e ao ICMS est á relacionada no capít ulo 20 dest e
m an ual.

13.1.1. Exportação direta

N est a m odalidade, o produ t o export ado é isen t o do IPI e n ão ocorre a


incidência do ICMS. É perm it ida t am bém a m anut enção dos crédit os fiscais
incident es sobre os insum os ut ilizados no processo produt ivo. No caso do
ICMS, é recom endável consult ar as aut oridades fazendárias est aduais, quando
houver crédit os a receber ou insum os adquiridos em out ros Est ados.

13.1.2. Exportação indireta

A export ação indiret a, ou seja, quando realizada por int erm édio de trading
company, em presa com ercial export adora e con sórcios de export ação, é
equivalent e à export ação diret a, para efeit o de isenção do IPI e ICMS.

121
Exportação Passo a Passo

1 3 .2 . Cont ribuição para o Financiament o da Seguridade Social


( COFI NS)

As export ações de produt os m anufat urados, sem i-elaborados, prim ários e de


serviços est ão isent as do pagam ent o da Cont ribuição para o Financiam ent o
da Seguridade Social (COFINS), cuja alíquot a de 7,6% incide int ernam ent e
sobre o fat u ram en t o das em p resas. Est a isen ção ap lica-se t am bém às
export ações indiret as (vide subit em 12.1.2 acim a).

A legislação pert inent e a COFINS est á relacionada no capít ulo 20 dest e manual.

13.3. Programa de I ntegração Social ( PI S)

As export ações de produt os m anufat urados, sem i-elaborados e prim ários est ão
isent as de pagam ent o do Program a de Int egração Social (PIS), cuja alíquot a
de 1,65% incide, nas operações int ernas, sobre a receit a operacional brut a.
Est a isenção aplica-se às vendas do fabricant e às trading companies. Não se
ap lica, p orém , às ven das p ara com erciais exp ort adoras, coop erat ivas,
consórcios ou ent idades sem elhant es.

A legislação pert inent e ao PIS est á relacionada no capít ulo 20 dest e m anual.

Secret aria da Receit a Federal (SRF) – w w w.receit a.fazenda.gov.br


Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) – w w w.desenvolvim ent o.gov.br

13.4. Regime de draw back

O m ecan ism o do drawback t em por objet ivo propiciar ao export ador a


possibilidade de adquirir, a preços int ernacionais e desonerados de im post os,
os insum os (m at érias-prim as, part es, peças e com ponent es) incorporados ou
ut ilizados na fabricação do produt o export ável. Assim , o regim e de drawback
permit e a import ação de insumos sem o pagament o do Impost o de Import ação,
do IPI e do ICMS. O m ódulo de funcionam ent o do draw back elet rônico est á
disponível no Siscom ex. Em geral, podem ser im port ados sob o regim e de
drawback:

- m at érias-prim as, produt os sem i-elaborados ou acabados, ut ilizados n a


fabricação do produt o de export ação;
- part es, peças, disposit ivos que são incorporados ao produt o de export ação; e
- m at eriais dest inados à em balagem de produt os dest inados ao m ercado
ext ern o.

122
Exportação Passo a Passo

As principais m odalidades de draw back são:


• Drawback suspensão
Est a m odalidade é a m ais ut ilizada. Cont em pla a suspensão dos t ribut os
incident es na im port ação de insum os a serem ut ilizados na fabricação do
produt o a ser export ado. O prazo para efet uar a export ação é de um ano,
prorrogável por m ais um ano. O prazo de validade, no caso de prorrogação,
será con t ado a part ir da dat a de regist ro da prim eira Declaração de
Im port ação vin cu lada ao at o con cessório de draw back. N o caso de
im port ação de insum o dest inado à fabricação de bens de capit al de longo
ciclo de produção, o prazo de validade do at o concessório de draw back
poderá ser prorrogado at é cinco anos. A concessão é feit a pela Secret aria
de Com ércio Ext erior do M in ist ério do Desen volvim en t o, In dúst ria e
Com ércio Ext erior (SECEX/ MDIC).

• Drawback isenção
Após concluir a operação de export ação, o fabricant e im port a os insum os,
sem encargos t ribut ários, para recom por os seus est oques. A em presa t em
o prazo de um an o, prorrogável por m ais um an o, para solicit ar est e
ben efício. Tam bém n est e caso a con cessão é feit a pela Secret aria de
C om ércio Ext erior do M in ist ério do D esen volvim en t o, In dú st ria e
Com ércio Ext erior (SECEX/ MDIC).

• Drawback rest it uição


O export ador solicit a a rest it uição dos encargos t ribut ários pagos com
relação aos insum os ut ilizados na fabricação de um produt o cuja export ação
já foi efet ivada. A devolução é feit a sob a form a de crédit o fiscal, concedido
pela Secret aria da Receit a Federal (SRF). A rest it uição é válida apenas para
o Im post o de Im port ação e para o IPI. Trat a-se de m odalidade pouco
ut ilizada.

• Drawback int erno ou “verde-am arelo”


As em presas export adoras poderão adquirir os insum os no m ercado int erno,
com suspen são do IPI. Para obt er est e ben efício, as em presas deverão
elaborar um Plan o de Export ação, que con st ará de requerim en t o a ser
dirigido à Delegacia da Receit a Federal com jurisdição em sua área. Est e
deve cont er as seguint es inform ações:
- ident ificação com plet a do export ador e do fornecedor dos insum os;
- relação dos produ t os a serem export ados e dos in su m os a serem
ut ilizados, em am bos os casos com a indicação dos respect ivos valores
e quant idades e com os respect ivos códigos da Tabela de Incidência do
IPI (TIPI), classificação do IPI;
- prazo previst o para a export ação; e
- declaração em que o export ador assum e o com prom isso de recolher o
IPI, em caso de não-cum prim ent o da m et a de export ação.

123
Exportação Passo a Passo

O prazo previst o é de um ano, prorrogável por m ais um ano. Nest a m odalidade


não ocorre a isenção do ICMS.

A legislação pert inent e ao drawback est á relacionada no capít ulo 20 dest e


m an ual.

Secret aria da Receit a Federal (SRF) – w w w.receit a.fazenda.gov.br Secret aria


de Com ércio Ext erior (SECEX) – w w w.desenvolvim ent o.gov.br

124
Exportação Passo a Passo

14. FI NANCI AMENTO À EXPORTAÇÃO

O financiament o das export ações t ambém t em o objet ivo de propiciar maior


compet it ividade aos produt os dest inados ao mercado ext erno. O financiament o
aplica-se t ant o à produção como à comercialização ext erna dos bens.

14.1. BNDES- Exim

Trat a-se de lin h a de crédit o do Ban co N acion al de D esen volvim en t o


Econôm ico e Social (BNDES) para financiar a export ação de bens e serviços
brasileiros em condições com pet it ivas.

O BNDES-Exim com preende as seguint es m odalidades:

- Pré - Em b arq u e - fin an cia a p rod u ção d e b en s m an u fat u rad os,


p rin cip alm en t e de lon go ciclo, a serem exp ort ados em em barqu es
específicos;
- Pré -Em barq u e Es p e c i al - fin an cia a p rodu ção, cap it al de giro e
invest im ent os referent es aos bens a serem export ados, sem vinculação
com em barques específicos, m as com período predet erm inado para a sua
efet ivação;
- Pós-Embarque - financia a com ercialização de bens e serviços no ext erior,
p or in t erm édio do refin an ciam en t o ao exp ort ador ou p or m eio da
m odalidade buyer ’s credit (crédit o ao com prador).

BNDES-exim – w w w.bndes.gov.br

14.2 . Adiantamento sobre Contrato de Câmbio ( ACC)

Est e t ipo de financiament o, colocado à disposição das empresas export adoras


pela rede bancária, permit e ao export ador obt er recursos financeiros antes do
embarque da mercadoria, a t axas de juros int ernacionais mais um spread.
Com o Adiant ament o Sobre Cont rat o de Câmbio (ACC), poderá o export ador
cont ar ant ecipadament e com recursos para a produção do bem a ser export ado.
O ACC pode t er o prazo de at é 360 dias ant eriores à dat a previst a para o
embarque da mercadoria. A t axa reduzida do ACC proporcionará à empresa
m enores cust os de produção e, conseqüent em ent e, m aior com pet it ividade.
Ao obt er um ACC, o export ador deve est ar seguro de que o produt o será em-
barcado dent ro do prazo previst o, caso cont rário, t erá que devolver ao banco
o valor do ACC, com correção monet ária, diferenças cambiais, mult a e out ros
encargos.

125
Exportação Passo a Passo

14.3. Adiantamento sobre Cambiais de Exportação ou Cambiais


Entregues ( ACE)

Trat a-se de adian t am en t o, pelo ban co brasileiro, da receit a de export ação


após o em barque da m ercadoria, quando est a ainda não foi paga pelo im por-
t ador. Pode se dar pela ext ensão do ACC ant eriorment e concedido ou como
início de adiant am ent o a part ir do em barque da m ercadoria.

14.4 Programa de Financiamento às Exportações ( Proex)

O Proex é adm in ist rado pelo Ban co do Brasil, com o agen t e fin an ceiro da
União, e abrange t ant o a concessão de financiam ent o ao export ador (Supplier’s
Credit) com o ao im port ador (Buyer’s Credit). No financiam ent o concedido
ao export ador, a em presa em it e a cam bial e descon t a o t ít ulo n a agên cia
aut orizada do Banco do Brasil. Na modalidade de financiament o ao import ador,
a liberação dos recursos é feit a ao export ador, por aut orização do im port ador,
cont ra o recebim ent o da m ercadoria. O financiam ent o é operacionalizado
nas seguint es m odalidades: Proex Financiamento e Proex Equalização.

14.4.1. Proex Financiamento

A relação dos produt os que podem beneficiar-se do Proex Financiam ent o é


bast ant e am pla e const a de port arias do M inist ério do Desenvolvim ent o,
In dú st ria e Com ércio Ext erior (M DIC). O s prazos para pagam en t o do
financiam ent o obt ido podem variar de 360 dias a 10 anos. Est e pode ser feit o
em parcelas t rim est rais ou sem est rais, con secu t ivas e de igu al valor. O
financiam ent o pode alcançar at é 85% do valor export ado.

Proex – w w w.bb.com .br/ appbb/ port al/ gov/ ep/ srv/ fed/ Adm RecPROEXFin.jsp

14.4.2. Proex Equalização

Est a m odalidade t em o objet ivo de proporcion ar ao export ador brasileiro


con dições de fin an ciam en t o com pat íveis com as prat icadas n o m ercado
financeiro int ernacional. Os produt os elegíveis const am de port arias do MDIC.
A amort ização do financiament o pode ser feit a t ambém em parcelas t rimest rais
ou sem est rais, em um prazo que varia de 360 dias a 10 anos.

Proex – w w w.bb.com .br/ appbb/ port al/ gov/ ep/ srv/ fed/ Adm RecPROEXEq.jsp

126
Exportação Passo a Passo

14.5. Letras de Exportação ( Export Notes)

A em presa export adora em it e um a not a prom issória cujo valor é indexado


pela variação cam bial, com o com prom isso de resgat e, em um a det erm inada
dat a (en t re 30 e 720 dias). O pagam en t o é garan t ido pelo con t rat o de
export ação. Os bancos podem part icipar com o avalist as, int erm ediadores e
im port adores finais. Em geral, o prazo obt ido é superior ao do ACC.

A legislação pert in en t e aos t ipos de fin an ciam en t o às export ações est á


relacionada no capít ulo 20 dest e m anual.

127
Exportação Passo a Passo

15. APRESENTAÇÃO E EMBALAGEM DOS PRODUTOS


EXPORTADOS

A em balagem serve t ant o para a apresent ação do produt o, com o para o seu
t ransport e. A em balagem de apresent ação t em o objet ivo de cham ar a at enção
dos consumidores e est imular a compra do produt o. A embalagem de t ransport e
visa a prot eger a m ercadoria no m anuseio e nas diversas et apas do t ransport e,
para que est a seja ent regue ao im port ador nas condições acordadas no cont rat o
de export ação.

É im port ant e t er present e que a em balagem usual para as vendas no m ercado


int erno pode ser inadequada nas vendas ao m ercado ext erno, pois as condições
de t ran sport e e m an u seio, t an t o n o em barqu e com o n o desem barqu e,
apresent am m aiores riscos de perdas e danos.

A escolha da em balagem adequada deve considerar os seguint es elem ent os: o


m eio de t ransport e a ser ut ilizado, a form a de t ransport e (se em cont êineres,
caixas de m adeira ou papelão, et c.), o peso dos m at eriais u t ilizados n o
em pacot am ent o e, principalm ent e, as orient ações recebidas do im port ador
quan t o às con dições de desem barque da m ercadoria n o port o de dest in o.
Com o é n at ural, a in sat isfação do im port ador com o t ipo de em balagem
ut ilizada pode afet ar negat ivam ent e as vendas fut uras.

Caso não receba orient ações específicas do im port ador, o export ador deve
est ar at ent o para as norm as vigent es em det erm inados países quant o ao uso
de m at eriais recicláveis nas em balagens ou à necessidade de sua devolução ao
país do export ador.

Para m ais in form ações, su gerim os con su lt ar o sít io PackIn fo -World –


w w w.iopp.org.

129
Exportação Passo a Passo

16. TRANSPORTE I NTERNACI ONAL

Mesm o nos casos em que os cust os de t ransport e int ernacional não correm
por cont a do export ador (na m odalidade FOB, por exem plo), est e deve est ar
at ent o para o preço a ser cont rat ado com a em presa t ransport adora, em razão
de sua influência no nível de com pet it ividade do produt o a ser export ado.

O t ransport e das m ercadorias export adas pode ser efet uado por via m arít im a,
fluvial, ferroviária, rodoviária e aérea.

16.1. Transporte marítimo

A em presa export adora pode cont rat ar o t ransport e m arít im o com serviços
regulares de linha ou com serviços fret ados. As vant agens e desvant agens do
m odal m arít im o são:

Van t agen s

- Capacidade - os navios possuem m aior capacidade de carga do que qualquer


out ro m eio de t ransport e;
- Com pet it ividade - as t arifas de fret e são m ais com pet it ivas;
- Flexibilidade de carga - prat icam en t e qualquer t ipo de carga pode ser
t ransport ado;
- Cont inuidade das operações - é menos suscet ível às más condições de t empo.

Desvan t agen s

- Acessibilidade - a m aioria dos port os m arít im os est á longe dos locais de


produ ção e dest in o fin al das m ercadorias, o qu e exige qu ase sem pre
t ransbordo (mudar de veículo t ransport ador). Isso implica out ros manuseios
com os conseqüent es riscos e danos, e o t em po de t rânsit o é m ais longo;
- Cust o da em balagem - a nat ureza das operações de m anuseio nos port os
m arít im os exige em balagens adequadas para m ercadorias;
- Velocidade - é o m eio de t ransport e m ais lent o. A duração m édia de um a
viagem é m aior do que a de qualquer out ro m eio de t ransport e (m odal);
- Freqüência dos serviços - não oferece am plas possibilidades de escolha nos
ser viços regu lares. Por ser m en os freq ü en t e, in flu i n o p eríod o d e
arm azenagem de m ercadorias;
- C on gest ion am en t o n os p ort os - cad a vez m ais freq ü en t e, o
congest ionam ent o com prom et e qualquer program a de t ráfego e im plica
pagam ent os de adicionais pela dem ora na at racação e desat racação. O cust o
da em balagem é m aior.

131
Exportação Passo a Passo

16.1.1. Serviços regulares

O s serviços regulares de lin ha são oferecidos t an t o pelas com pan hias de


navegação que são m em bros das cerca de 500 Conferências de Fret es, e são
den om in adas con feren ciadas, com o p elas qu e n ão p art icip am dessas
Conferências, cham adas de não-conferenciadas (out siders).

Todas as em presas conferenciadas cobram o m esm o fret e, que é det erm inado
a part ir de um a t arifa básica, sobret arifas e descont os. O fret e cobrado pelas
com panhias não-conferenciadas depende da negociação com cada usuário, e
cost um a ser ent re 10% e 20% inferior ao cobrado pelas conferenciadas.

O pagam ent o do fret e é feit o usualm ent e no em barque da m ercadoria, e o


seu recebim ent o deve const ar do Conhecim ent o de Em barque. Nas vendas
na condição CIF, o pagam ent o pode ser cobrado no desem barque. Quando as
m ercadorias são t ran sport adas em con t êin eres, as em presas de n avegação
conferenciadas est abelecem o preço do fret e segundo a nat ureza da m ercadoria.
O preço é calculado por m et ro cúbico ou volum e, prevalecendo o m aior. As
em presas não-conferenciadas aplicam um fret e cham ado box-rat e, cujo valor
não est á vinculado ao t ipo do produt o export ado.

16.1.2. Serviços eventuais ( tramp)

Trat a-se do afret am ent o de navios para a prest ação de serviços event uais. Os
fret es são fixados livrem ent e ent re as part es, e reflet em a disponibilidade de
navios e a dem anda por est es serviços. O s cont rat os de fret e para serviços
even t u ais são fech ados com a in t erm ediação de corret ores de n avios
(shipbrokers), que represent am os arm adores e as agências de afret am ent o
(chartering agents).

Sugerim os con sult ar os seguin t es sít ios, para in form ações sobre serviços
m arít im os e port os no m undo:

a) Com ércio Ext erior On-Line - w w w.ceol.com .br (em port uguês);
b) Marit im e Global Net - w w w.m global.com (em inglês);
c) Port Focu s/ Port s H arbou rs M arin as World w id e - p ort focu s.com /
indexes.ht m l (em espanhol).

16.2. Transporte aéreo

O Transport e aéreo é um a at ividade que envolve com facilidade um a variedade


de países, devido ao fat or velocidade. O princípio seguido é o m esm o, t ant o

132
Exportação Passo a Passo

para cargas nacionais quant o para cargas int ernacionais, baseado em norm as
da Int ernat ional Air Transport Associat ion (IATA).

As vant agens e desvant agens do m odal aéreo são:

Van t agen s

- Velocidade - é o m odo de t ransport e m ais rápido, eficient e e confiável;


- Com pet it ividade - pode se conseguir reduções de cust os com est oques (a
freqüência de vôos perm it e alt a rot at ividade e sua conseqüent e redução)
e com arm azenagem (que é m enor em razão do curt o t em po de viagem );
- Em balagem - o m anuseio da carga é m ais cuidadoso, port ant o, não há
necessidade de em balagem reforçada;
- Seguro - o período de m anuseio e de arm azenagem e a duração da viagem
reduzem os riscos de dem ora, danos, roubos e perdas, dim inuindo assim
os prêm ios de seguros;
- Cobert ura de m ercado - a rede de t ransport e aéreo int ernacional at inge
países sem lit oral e regiões inacessíveis com m aior facilidade em relação
aos out ros m eios de t ransport e.

Desvan t agen s

- Capacidade - m esm o a m aior aeronave não pode com pet ir com out ros
m eios de t ransport e por causa das rest rições de volum e e de peso;
- Carga a granel - est á fora de cogit ação o t ransport e de m inérios, pet róleo,
grãos e quím icos a granel por via aérea;
- Produt os de baixo cust o unit ário - m at érias-prim as, produt os sem ifat urados
e alguns m anufat urados não t êm condições de absorver o alt o valor das
t arifas aéreas;
- Art igos perigosos - h á severas rest rições quan t o ao t ran sport e desses
produt os por via aérea.

O t ran sport e aéreo pode ser feit o por serviços regu lares, m an t idos por
com panhias associadas ou não-associadas à IATA, por serviços fret ados.

Nas linhas regulares, as em presas associadas à IATA cost um am cobrar um a


t arifa com um , com base na rot a e nos serviços prest ados, fixada anualm ent e.
N o en t an t o, as t arifas aéreas podem ser reduzidas em fun ção de acordos
bilat erais en t re os Govern os e da com pet ição result an t e de program as de
desregulam en t ação.

Os produt os a serem em barcados por via aérea devem ser pesados e m edidos,
pois as regras da IATA est abelecem que um det erm inado peso não pode superar

133
Exportação Passo a Passo

um volum e m áxim o. A unidade de volum e equivale a 6 m il cm 3/ kg. Quando


est e lim it e é ult rapassado, o fret e é calculado por volum e.

Inform ações sobre fret e aéreo podem ser obt idas pelos sít ios:

a) Int ernat ional Air Transport Associat ion (IATA) – w w w.iat a.org
b) Em presa Brasileira de In fra-Est ru t u ra Aeroport u ária (IN FRAERO ) –
w w w.in fraero.gov.br
c) Depart am en t o de Aviação Civil (DAC) – w w w.dac.gov.br/ prin cipal/
index.asp
d) Guia Aéreo – ht t p:/ / w w w.ceol.com .br/ serv/ guiaaereo.php

16.3. Transporte rodoviário

De m aneira geral, os fret es rodoviários são negociados livrem ent e no m ercado


e dependem do volum e a ser export ado. As vant agens e desvant agens do
m odal rodoviário são:

Van t agen s

- Versat ilidade - os cam inhões podem ser t ransport ados em barcos, em serviço
d e au t ot ran sb ord o ou em vagões com p lat aform a p ara serviços
ferro-rodoviários;
- Acessibilidade - possui grande capacidade dist ribut iva;
- Pront idão - a part ida e a chegada dos cam inhões podem ser organizadas
com horários precisos;
- Em balagem - é o m eio de t ransport e ideal para m ercadoria geral ou carga a
gran el líq u id a ou sólid a em p eq u en as q u an t id ad es, em veícu los
especializados. Exige m enos em balagem do que out ros m eios.

Desvan t agen s

- Capacidade - t odos os out ros m eios de t ransport e t êm capacidade de carga


m aior. Além disso, em alguns países, a legislação lim it a o t am anho e o
peso dos cam inhões;
- Longas dist âncias - pode operar apenas dent ro de cert os lim it es, deixando
o t ransport e de longas dist âncias para out ros m eios;
- Regulam ent ação rodoviária e de t rânsit o;
- A segurança e o cont role int erno, as dim ensões das est radas, a capacidade
de pon t es e out ros fat ores n ão são padron izados em algun s países em
desen volvim en t o.

134
Exportação Passo a Passo

No t ransport e rodoviário, o despacho aduaneiro referent e aos países m em bros


do Mercosul requer a apresent ação do Manifesto Internacional de Carga
Rodoviária e D eclaração de Trânsito Aduaneiro (MIC/ D TA).

Inform ações sobre fret e rodoviário podem ser obt idas na Associação Brasileira
de Transport adores Int ernacionais, por m eio do sít io w w w.abt i.com .br.

16.4. Transporte ferroviário

Est a m odalidade de t ransport e é pouco ut ilizada pelos export adores brasileiros.


Cabe t er present e, no ent ant o, que o Brasil m ant ém convênios bilat erais de
t ransport e ferroviário com a Argent ina, a Bolívia e o Uruguai. Nas export ações
para esses países, é convenient e, port ant o, considerar os cust os dest e t ipo de
t ransport e.

As vant agens e desvant agens do m odal ferroviário são:

Van t agen s

- Capacidade - é um m eio aconselhável para grandes quant idades de carga


por causa de sua capacidade, com parada à do t ransport e rodoviário e aéreo;
Ex.: Mineradoras – 204 vagões em com posição, capacidade 100 t oneladas/
cada um , 20.400 t oneladas de m inério, requerem 3 locom ot ivas;
- Flexibilidade com binada - no caso do subsist em a água-ferrovia, os vagões
são t ransport ados em balsas;
- Velocidade - os t rilhos são vias de alt a velocidade para os t rens.

Desvan t agen s

- Baixa flexibilidade - por causa das rest rições da rede e das diferenças de
bit ola;
- Transbordo - a localização dos pont os de produção com relação às est ações
ferroviárias exige t ransport e prévio e post erior da rem essa, o que im plica
m ais m anipulação, que pode causar danos à m ercadoria;
- Fu rt o - est á m ais expost o a fu rt os em razão de percu rsos m aiores e
arm azenagem ent re a origem e o dest ino final.

No t ransport e ferroviário, o despacho aduaneiro referent e aos países m em bros


do M ercosul requer a apresen t ação da Carta de Po rte Internacio nal e
D eclaração de Trânsito Aduaneiro (TIF/ TDA).

135
Exportação Passo a Passo

Inform ações sobre fret e ferroviário podem ser obt idas pelos sít ios:

a) Com ércio Ext erior O n-Line – ht t p:/ / w w w.ceol.com .br/ serv/


t ransport esferroviarios.php
b) Ferrovia Cent ro-At lânt ica S.A. – w w w.cent ro-at lant ica.com .br
c) Am érica Lat ina Logíst ica – w w w.all-logist ica.com
d) MRS Logíst ica S.A. – w w w.m rs.com .br
e) Com panhia Ferroviária do Nordest e – w w w.cfn.com .br
f) Ferrovia Tereza Crist ina – w w w.ft c.com .br

136
Exportação Passo a Passo

17. SEGURO I NTERNACI ONAL


O seguro in t ern acion al deve cobrir aciden t es que podem ocorrer desde o
m om ent o em que a m ercadoria é em barcada at é a chegada ao est abelecim ent o
do import ador. Abrange, port ant o, o t ransport e após embarque, o desembarque
e o t raslado da m ercadoria at é o local designado pelo im port ador.

No caso de export ação na m odalidade FOB, o seguro é de responsabilidade do


im port ador, cabendo ao export ador apenas fornecer os dados event ualm ent e
solicit ados pelo im port ador para cont rat ar o seguro. Nas export ações sob as
m odalidades CIF e CIP, os gast os com seguro ficam a cargo do export ador.

As apólices de seguro int ernacional podem ser dos seguint es t ipos:

- apólice por viagem - geralm ent e ut ilizada para export ações ocasionais;
- apólice flut uant e - com post a de um a série de apólices por viagem , com
validade de 12 m eses. O valor da cobert ura t em um t et o m áxim o e um a
fran qu ia fixa. É m ais adequ ada qu an do h á u m flu xo perm an en t e de
export ações;
- apólice abert a - cobre em barques que ocorrem com regularidade e com
caract eríst icas con h ecidas. Trat a-se de t ipo de apólice sem elh an t e ao
ant erior.

Para cont rat ar o seguro, o int eressado deve fornecer as seguint es inform ações:

- descrição com plet a da m ercadoria, inclusive sua denom inação com ercial e
t écn ica, n at u reza, pesos bru t o e líqu ido, t ipo de em balagem (pallets,
cont êineres, et c.), núm ero de volum es (unidades de carga);
- valor da m ercadoria;
- locais de em barque e de desem barque;
- riscos a serem cobert os;
- veículo de t ransport e, arranjo da carga e form as de m anuseio;
- valor do seguro;
- out ros dados, se solicit ados pela em presa seguradora.

Sobre a cont rat ação de seguro de m ercadorias nas export ações, sugere-se ainda:

- cont rat ar seguradoras conhecidas pelo m ercado;


- ao con t rat ar em presas em pacot adoras, observar su a experiên cia em
export ações do seu produt o;
- se possível, acom panhar o em barque e m anuseio da m ercadoria do local
de produção at é o arm azém , bem com o at é o pont o de em barque;
- m ant er com unicação const ant e com os agent es do processo: seguradora e
import ador;
- regist rar seus cont at os por fax, e-m ail e docum ent os legais;
- fazer com qu e cada processo referen t e à con t rat ação do segu ro seja
individual e independent e do produt o e do im port ador.

137
Exportação Passo a Passo

18. FLUXOGRAMA DE EXPORTAÇÃO

Credenciamento na
Receita Federal para
operar o SISCOMEX

SISCOMEX

139
Exportação Passo a Passo

19. RELAÇÃO DE SÍ TI OS NACI ONAI S E I NTERNACI ONAI S


SOBRE COMÉRCI O EXTERI OR

Sít ios de referência nas áreas de:

1 - Associações set oriais


2 - Bancos de apoio ao com ércio ext erior
3 - Blocos econôm icos
4 - Câm aras de Com ércio
5 - Edit oras de com ércio ext erior
6 - Inform ação com ercial disponível em organism os int ernacionais
7 - Logíst ica e t ransport e int ernacional
8 - Prom oção com ercial

1 - Associações setoriais

Associação Brasileira da Indúst ria da Madeira Processada Mecanicam ent e


(ABIMCI)
w w w.abim ci.com .br

Associação Brasileira da Indúst ria de Máquinas e Equipam ent os (ABIMAQ)


w w w.abim aq.com .br

Associação Brasileira da Indúst ria do Plást ico (ABIPLAST)


w w w.abiplast .org.br

Associação Brasileira da Indúst ria do Trigo (ABITRIGO)


w w w.abit rigo.com .br

Associação Brasileira da Indúst ria Elét rica e Elet rônica (ABINEE)


w w w.abin ee.org.br

Associação Brasileira da Indúst ria Farm acêut ica (ABIFARMA)


w w w.abifarm a.com .br

Associação Brasileira da Indúst ria Produt ora e Export adora de Carne Suína
(ABIPECS)
w w w.abipecs.com .br

Associação Brasileira da Indúst ria Quím ica (ABIQUIM)


w w w.abiquim .org.br

141
Exportação Passo a Passo

Associação Brasileira d a In d ú st ria T êxt il e d e C on fecção (ABIT )


w w w.abit .org.br

Associação Brasileira das Em presas de Soft w are (ABES)


w w w.abes.org.br

Associação Brasileira d as In d ú st rias d e C alçad os (ABIC ALÇ AD O S)


w w w.abicalcados.com .br

Associação Brasileira d as In d ú st rias d e Ó leos Veget ais (ABIO VE)


w w w.abiove.com .br

Associação Brasileira d as In d ú st rias d e Q u ím ica Fin a (ABIFIN A)


w w w.abifin a.org.br

Associação Brasileira d as In d ú st rias d o M ob iliário (ABIM Ó VEL)


w w w.abim ovel.org.br

Associação Brasileira de Indúst rias de Com ponent es para Couro e Calçados


(ASSINTECAL)
w w w.assin t ecal.org.br

Associação Brasileira de Produ t ores e Export adores de Fran go (ABEF)


w w w.abef.com .br

Associação Brasileira do Vest uário (ABRAVEST)


w w w.abravest .com .br

Associação Brasileira d os Exp ort ad ores de C afé (ABEC AFÉ)


w w w.abecafe.com .br

Associação Brasileira d os Exp ort ad ores d e C ít ricos (ABEC IT RU S)


w w w.abecit rus.com .br

Associação Brasileira d os Fab rican t es d e Brin q u ed os (ABRIN Q )


w w w.abrin q.com .br

Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP)


w w w.abt cp.org.br

Associação Nacional de Fabricant es de Produt os Elet roelet rônicos (ELETROS)


w w w.elet ros.org.br

142
Exportação Passo a Passo

Associação Nacional dos Fabricant es de Cerâm ica para Revest im ent o


(ANFACER) w w w.anfacer.org.br

Associação Nacional dos Fabricant es de Veículos Aut om ot ores (ANFAVEA)


w w w.an favea.com .br

Inst it ut o Brasileiro de Siderurgia (IBS)


w w w.ibs.org.br

2 - Bancos de apoio ao comércio exterior

Banco do Brasil S/ A
w w w.bb.com .br
(Sala Virt ual de Negócios Int ernacionais)

Banco Nacional de Desenvolvim ent o Econôm ico e Social (BNDES)


w w w.bn des.gov.br

3 - Blocos econômicos

Acordo de Livre Com ércio da Am érica do Nort e (NAFTA)


w w w.n aft a-sec-alen a.org

Área de Livre Com ércio das Am éricas (ALCA)


w w w.alca-ft aa.org

Associação Européia de Livre Com ércio (EFTA)


ht t p:/ / secret ariat .eft a.int / eft a/

Associação Lat ino-Am ericana de Int egração (ALADI)


w w w.aladi.org

Com unidade Andina


w w w.com un idadan din a.org/

Secret aria do MERCOSUL


w w w.m ercosur.org.uy

União Européia (UE)


ht t p:/ / export -help.cec.eu.in t

143
Exportação Passo a Passo

4 - Câmaras de Comércio

Câm ara Am ericana de Com ércio


w w w.am ch am .com .br

Câm ara Argent ina de Com ércio


w w w.cac.com .ar

Câm ara Argent ino-Brasileira


w w w.cam arbra.com .br

Câm ara Brasil-China


w w w.cam arabrasilchin a.com .br
cbcde.org.br/ pt / hom e/ index.php

Câm ara Brasil-Israel de Com ércio e Indúst ria


w w w.cam arabrasil-israel.com .br

Câm ara Brasileira de Com ércio na Grã-Bret anha


w w w.brazilian cham ber.org.uk

Câm ara Brit ânica de Com ércio e Indúst ria (Brasil)


w w w.brit cham .com .br

Câm ara de Com ércio Brasil-Aust rália


w w w.aust ralia.org.br

Câm ara de Com ércio Brasil-Califórnia


w w w.brazilcaliforn ia.com /

Câm ara de Com ércio Brasil-Canadá


w w w.ccbc.org.br

Câm ara de Com ércio Brasil-Chile


w w w.cam ch ile.com .br

Câm ara de Com ércio Brasil-Equador


ht t p:/ / w w w.cam aracom brasilequador.com .br

Câm ara de Com ércio Brasil-Est ados Unidos


w w w.brazilcham .com /

Câm ara de Com ércio Brasil-Líbano


w w w.ccbl.com .br

144
Exportação Passo a Passo

Câm ara de Com ércio Brasileiro-Am ericana da Flórida


w w w.brazilcham ber.org/

Câm ara de Com ércio Brasileiro-Am ericana de At lant a (Geórgia)


w w w.bacc-ga.com /

Câm ara de Com ércio Árabe-Brasileira


w w w.ccab.com .br

Câm ara de Com ércio Dinam arquês-Brasileira


w w w.dan cham b.com .br/ sit e/

Câm ara de Com ércio do Mercosul


w w w.ccm ercosul.org.br

Câm ara de Com ércio dos Est ados Unidos


w w w.usach am ber.com

Câm ara de Com ércio e Indúst ria Brasil-Alem anha


w w w.ahkbrasil.com

Câm ara de Com ércio e Indúst ria da Rom ênia e Bucarest e


w w w.ccir.ro/

Câm ara de Com ércio e Indúst ria de Angola


w w w.ccia.ebon et .n et

Câm ara de Com ércio e Indúst ria Japonesa do Brasil


w w w.cam aradojapao.org.br
w w w.n et h all.com .br

Câm ara de Com ércio e Indúst ria Luso-Brasileira


w w w.ccilb.n et

Câm ara de Com ércio França-Brasil


ht t p:/ / w w w.ccfb.com .br

Câm ara de Com ércio, Indúst ria e Turism o Brasil-Rússia


w w w.brasil-russia.org.br

Câm ara de Com ércio It aliana


w w w.ven et oh ou se.com .br

145
Exportação Passo a Passo

Câm ara de Com ércio Ít alo-Brasileira


w w w.casarsa.it

Câm ara de Com ércio Mercosul e Am éricas


w w w.ccm ercosul.org.br

Câm ara de Com ércio Sueco-Brasileira


w w w.sw edch am .com .br/

Câm ara Int ernacional de Com ércio do Brasil


w w w.cam in t .com .br

Câm ara Int ernacional de Com ércio do Cone-Sul (Mercosul)


w w w.m ercosulsc.com .br

Câm ara Oficial Espanhola de Com ércio no Brasil


w w w.ecco.org.br

Câm ara Port uguesa de Com ércio no Brasil


w w w.cam araport uguesa.com .br

Câm ara Suíço-Brasileira


w w w.sw isscam .com .br

5 - Editoras de comércio exterior

Edições Aduaneiras
w w w.aduan eiras.com .br

Edit ora At las


w w w.edat las.com .br

Edit ora Saraiva


w w w.edit orasaraiva.com .br

Makron Books
w w w.m akron .com .br

6 - I nformação comercial disponível em organismos


int ernacionais

Câm ara de Com ércio Int ernacional (CCI)


w w w.iccw bo.org

146
Exportação Passo a Passo

Cent ro de Com ércio Int ernacional (ITC)


w w w.in t racen .org/ t irc/ w elcom e.ht m

Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)


w w w.un ct ad.org

Organização Mundial do Com ércio (OMC)


w w w.w t o.org

7 - Logística e transporte internacional

Am érica Lat ina Logíst ica


w w w.all-logist ica.com /

Associação Brasileira de Transport adores Int ernacionais


w w w.abt i.com .br/

Com ércio Ext erior On-Line


w w w.ceol.com .br

Com panhia Ferroviária do Nordest e


w w w.cfn .com .br/

Depart am ent o de Aviação Civil (DAC)


w w w.dac.gov.br/ principal/ index.asp

Em presa Brasileira de Infra-Est rut ura Aeroport uária (INFRAERO)


ht t p:/ / w w w.infraero.gov.br/

Ferrovia Cent ro-At lânt ica S.A.


w w w.cen t ro-at lan t ica.com .br

Ferrovia Tereza Crist ina


w w w.ft c.com .br/

Guia Aéreo
ht t p:/ / w w w.ceol.com .br/ serv/ guiaaereo.php

Int ernat ional Air Transport Associat ion (IATA)


w w w.iat a.org

Marit im e Global Net


w w w.m global.com /

147
Exportação Passo a Passo

MRS Logíst ica S.A.


w w w.m rs.com .br

Port Focus/ Port s Harbours Marinas Worldw ide


port focus.com / in dexes.ht m l

8 - Promoção comercial

Agência de Promoção de Export ações e Invest iment os do Brasil (APEX-Brasil)


w w w.apexbrasil.com .br

Associação de Com ércio Ext erior do Brasil (AEB)


w w w.aeb.org.br

Cat álogo de Export adores Brasileiros


w w w.brazil4export .com

Confederação Nacional da Indúst ria (CNI)


w w w.cn i.org.br

Depart am ent o de Prom oção Com ercial (DPR)


w w w.brazilt radenet .gov.br ou w w w.brazilt radenet .com

Export a Fácil - Correios


w w w.correios.com .br/ export afacil

Fundação Cent ro de Est udos do Com ércio Ext erior (Funcex)


w w w.fu n cex.com .br

Minist ério das Relações Ext eriores (MRE)


w w w.m re.gov.br

Minist ério do Desenvolvim ent o, Indúst ria e Com ércio Ext erior (MDIC)
radarcom ercial.desenvolvim ent o.gov.br, w w w.port aldoexport ador.gov.br,
w w w.export adoresbrasileiros.gov.br, w w w.aprendendoaexport ar.gov.br

Rede Brasileira de Cent ros Int ernacionais de Negócios


w w w.cin .org.br

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em presas (Sebrae)


w w w.sebrae.com .br

Global Market ing St rat egies


w w w.globalm arket in g.es

148
Exportação Passo a Passo

20. LEGI SLAÇÃO BÁSI CA SOBRE COMÉRCI O EXTERI OR

Assuntos Gerais - Exportação

- Port aria SECEX nº 15, de 17.11.2004 (acrescida das alt erações efet uadas
por Port arias SECEX post eriores).

Despacho Aduaneiro

- Decret o -Lei 37/ 1966. Cap. III - est abelece n orm as gerais de con t role
aduaneiro de m ercadorias;
- Decret o 660/ 92 - inst it ui o SISCOMEX;
- Port aria Con ju n t a SRF/ SECEX 5/ 1993 - fixa n orm as para despach o
aduaneiro de export ação baseado no SISCOMEX;
- Inst rução Norm at iva 28, de 27.4.95, da Secret aria da Receit a Federal (SRF)
do Minist ério da Fazenda - disciplina o despacho aduaneiro de m ercadorias
dest inadas à export ação;
- Inst rução Norm at iva 155, de 22.12.99, da Secret aria da Receit a Federal
(SRF) do Minist ério da Fazenda - dispõe sobre a ut ilização da Declaração
Sim plificada de Export ação (DSE);
- Inst rução Norm at iva SRF 156/ 2002 - alt era a Inst rução Norm at iva SRF
28/ 94;
- Inst rução Norm at iva SRF 240/ 2002 - dispõe sobre o despacho aduaneiro
de export ação sem exigência de saída do produt o do t errit ório nacional,
nas sit uações que especifica;
- D ecret o 4.543/ 2002, art s. 530 a 532 - regu lam en t a o desem baraço
aduaneiro na export ação.

Financiamento à exportação

BN D ES-Ex im

- Circular 178/ 2002 - t rat a do regulam ent o e procedim ent os operacionais


para Pré-Em barque Especial;
- Circular 176/ 2002 - t rat a do regulam ent o e procedim ent os operacionais
para Pós-Em barque;
- Circular 174/ 2002 - t rat a do regulam ent o e procedim ent os operacionais
para Pré-Em barque e Pré-Em barque Curt o Prazo;
- Cart a-Circular 71/ 2002 - alt era o prazo para fechament o de câmbio cursadas
no CCR;
- Cart a-Circular 64/ 2002 - t rat a do port e das em presas;

149
Exportação Passo a Passo

- Cart a-Circu lar 51/ 2003 - alt era os procedim en t os e su bst it u ição das
m i-nut as de cont rat os;
- Cart a-Circu lar 43/ 2003 - alt era con dições n o Program a BN DES-exim
Pré-em barque;
- Cart a-Circu lar 44/ 2003 - alt era con dições n o Program a BN DES-exim
Pré-em barque Curt o Prazo;
- Cart a-Circu lar 45/ 2003 - alt era con dições n o Program a BN DES-exim
Pré-em barque Especial;
- Cart a-Circular 38/ 2003 - at ualiza o Inst rum ent o Part icular de Confissão e
Assunção de Dívida e da Cart a de Fiança;
- Cart a-Circular 08/ 2003 - t rat a do endosso de Tít ulos de Crédit o;
- Circular 181/ 2003 - at ualiza e consolida as Norm as Operacionais do Fundo
de Garant ia para a Prom oção da Com pet it ividade (FGPC);
- Aviso 01/ 2003 - t rat a do en cam in h am en t o de docu m en t ação p ara
acom panham ent o de operações (cláusulas décim a prim eira da m inut a de
cont rat o em TJLP e décim a t erceira da m inut a em LIBOR) - Pré-em barque
Curt o Prazo.

Proex

- Lei 8.187/ 91 - aut oriza a con cessão de fin an ciam en t o à export ação de
bens e serviços nacionais;
- At o Declarat ório Norm at ivo Cosit 25/ 93 - dispõe sobre a isenção do IR na
font e sobre juros e com issões relat ivos a crédit os obt idos no ext erior e
dest inados ao financiam ent o de export ações;
- Port aria In t erm in ist erial M F/ M ict 496/ 93 - dispõe sobre a criação, em
carát er perm anent e, da Com issão Int erm inist erial incum bida de elaboração
as propost as para a program ação financeira m ensal do Proex;
- Port aria Int erm inist erial MF/ Mict 314/ 95 - define crit érios e est abelece
condições aplicáveis ao Proex;
- C art a-C ircu lar BC B 2.825/ 98 - est abelece, alt era e sist em at iz a os
procedim ent os cam biais relat ivos às export ações financiadas;
- Resolução BCB 2.575/ 98 - redefine os crit érios aplicáveis ao financiam ent o
das export ações brasileiras, no âm bit o do Program a de Financiam ent o às
Export ações (Proex);
- Port aria M D IC 374/ 99 - disp õe sobre os p rodu t os elegíveis p ara a
m odalidade Equalização, previst a no Proex;
- Port aria M D IC 375/ 99 - disp õe sobre os p rodu t os elegíveis p ara a

150
Exportação Passo a Passo

m odalidade Financiam ent o, previst a no Proex;


- Resolução BCB 2.799/ 2000 - redefine os crit érios aplicáveis às operações
do sist em a de equalização de t axas de juros do Proex;
- Resolução BCB 2.799/ 2001 - redefine os crit érios aplicáveis às operações
do sist em a de equalização de t axas de juros do Proex;
- Port aria MDIC 58/ 2002 - Proex Financiam ent o e Equalização. Condições
financeiras. Prazos;
- Port aria SECEX 15/ 2004 - dispõe sobre o financiam ent o à export ação.

Operações Cambiais

- Circular BCB 2.231/ 92 - dispõe sobre Adiant am ent o sobre Cont rat os de
Câm bio (ACC) e export ação com pagam ent o ant ecipado com base nos
cont at os de câm bio de export ação;
- Resolução BCB 1.964/ 92 - dispõe sobre o pagam en t o das export ações
brasileiras e a celebração e liquidação dos correspondent es cont rat os de
câm bio;
- Resolução BCB 3265/ 05 – dispõe sobre a união do Mercado de Câm bio de
t axas flut uant e e livre;
- Resolução BCB 3266/ 05 – dispõe sobre os procedim ent os no recebim ent o
do valor das export ações;
- Circu lar BCB 2.259/ 92 - dispõe sobre a export ação com pagam en t o
ant ecipado com base nos cont rat os de câm bio de export ação;
- Circular BCB 2.632/ 95 - alt era disposições relat ivas aos adiant am ent os
sobre cont rat o de câm bio de export ação;
- Circular BCB 2.763/ 97 - alt era o regulam ent o sobre cont rat o de câm bio;
- Com unicado DECEX 25/ 98 - t rat a do Regist ro de Export ação Sim plificado
(RES) para operações de export ação, com cobert ura cambial e para embarque
im ediat o para o ext erior, at é o lim it e de US$ 10.000,00 (dez m il dólares
am ericanos), ou o equivalent e em out ras divisas;
- Circular Bacen 2.836/ 98 - est abelece a Sist em át ica de Câm bio Sim plificado
para as Export ações Brasileiras;
- Circular BCB 2.881/ 99 - alt era o regulam ent o sobre cont at o de câm bio;
- Circular BCB 2.919/ 99 - alt era o regulam ent o sobre cont rat o de câm bio;
- C ircu lar Bacen n ú m ero 2.967/ 2000 - p rom ove alt erações n a
regu lam en t ação cam bial, em con seqü ên cia da criação da Declaração
Sim plificada de Export ação e da Declaração Sim plificada de Im port ação
no SISCOMEX;
- Circular BCB 3.081/ 2002 - revoga as circulares e cart as-circulares sem
função por decurso de prazo ou por regulam ent ação supervenient e;
- Circular Bacen 3.113/ 2002 - alt era a Regulam ent ação Cam bial, t endo em
vist a a Reest rut uração do Sist em a de Pagam ent o Brasileiro;

151
Exportação Passo a Passo

- Port aria SECEX15/ 2004 - dispõe sobre o financiam ent o à export ação;
- Consolidação das Norm as Cam biais (CNC), capít ulo 5 - Export ação. Banco
Cent ral do Brasil (at ualização periódica).
- Circular BCB 3.280/ 2005 – divulga o Regulam ent o do Mercado de Câm bio
e Capit ais Int ernacionais (RMCCI) em subst it uição à Consolidação das
Norm as Cam biais (CNC);

SISCO M EX

- Decret o 660, de 25.9.92 - inst it ui o Sist em a Int egrado de Com ércio Ext erior
(SISCO MEX);
- Circular BCB 2.231/ 1992 - divulga os regulam ent os que passarão a reger
as operações de câm bio de export ação, o uso e a elaboração dos cont rat os
de câm bio com base no SISCOMEX;
- Circular BCB 2.259/ 1992 - alt era os regulam ent os cam biais inst it uídos
pela Circular BCB 2.231/ 92;
- Port aria Conjunt a SRF/ SECEX 5/ 1993 - fixa norm as de cont ingência para
o RE e para o despacho aduaneiro de export ação;
- Port aria Int erm inist erial MF/ Mict 93/ 1994 - dispõe sobre const it uição de
com issão para adm inist rar o SISCOMEX;
- Inst rução Norm at iva SRF 28/ 1994 - disciplina o despacho aduaneiro de
m ercadorias dest inadas à export ação;
- Decret o 1.408/ 95 - dá nova redação aos art s. 3° e 10° do Decret o 660/
1992;
- In st ru ção N orm at iva d a SRF 70/ 1996 - d isp õe sobre o acesso ao
SISCO MEX;
- Com unicado DECEX 21/ 1997 - dispõe sobre a com provação das operações
am paradas pelo regim e adu an eiro especial de drawback por m eio do
SISCO MEX;
- At o Declarat ório SRF124/ 1998 - dispõe sobre despacho aduaneiro relat ivo
às declarações de export ação regist radas no SISCOMEX;
- Com un icado DECEX 25/ 1998 - dispõe sobre o Regist ro de Export ação
Sim plificado (RES) no SISCOMEX;
- Inst rução Norm at iva SRF 155/ 1999 - dispõe sobre a ut ilização de declaração
sim plificada na im port ação e na export ação;
- Decret o 4.543/ 2002 - aprova o Regulam ent o Aduaneiro;
- Port aria SECEX 12/ 2003 - consolidação das Port arias referent es ao processo
adm inist rat ivo das export ações.
- In st ru ção N orm at iva SRF 455/ 2004 - Est abelece p rocedim en t os de
habilit ação para operação n o Sist em a In t egrado de Com ércio Ext erior
(SISCO M EX) e creden ciam en t o de represen t an t es de pessoas físicas e
jurídicas para a prát ica de at ividades relacionadas ao despacho aduaneiro;

152
Exportação Passo a Passo

Tratamento Tributário

Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFIN S)

- Inst rução Norm at iva SRF 145/ 1999 - dispõe sobre a cont ribuição para o
PIS/ PASEP e COFINS;
- At o Declarat ório In t erpr. SRF 22/ 2002 - dispõe sobre a export ação de
produt os nacionais sem saída do Territ ório Nacional, para fins de isenção
da cont ribuição para o PIS/ PASEP e da COFINS;
- Lei Com plem ent ar 70, de 30.12.91 - cria a COFINS e isent a desse encargo
a receit a provenient e da export ação de bens e serviços;
o
- Decret o 1.030, de 29.12.93 - regulam ent a o art igo 7 da Lei Com plem ent ar
70 e am plia a aplicação da isenção da COFINS;
- Lei 9.718, de 27.11.98 - alt era a Legislação Tribut ária Federal quant o às
cont ribuições para os Program as de Int egração Social e de Form ação do
Pat rim ônio Público (PIS/ PASEP) e à Cont ribuição para o Financiam ent o
da Seguridade Social (COFINS);
- M edida Provisória 1.991-16, de 11.4.2000 - alt era a legislação das
Cont ribuições para a Seguridade Social (COFINS), para os Program as de
Int egração Social e de Form ação do Pat rim ônio do Servidor Público (PIS/
PASEP) e do Im post o sobre a Renda e dá out ras providências;
- M edida Provisória 2.113-32, de 21.6.2001 - alt era a legislação das
Cont ribuições para a Seguridade Social (COFINS), para os Program as de
In t egração Social e de Form ação do Pat rim ôn io Servidor Público (PIS/
PASEP) e do Im post o sobre a Renda e dá out ras providências (parágrafo 1º
do art igo 14);
- Lei 10.833/ 2003 - alt era a legislação t ribu t ária federal e dá ou t ras
providên cias.

Drawback

- Lei 4.502/ 1964 - concede isenção do IPI aos produt os im port ados sobre
regim e de drawback;
- Decret o-Lei 37/ 1966 - dispõe sobre o regim e de drawback e sua m odalidade
isenção;
- Lei 8.402/ 1992 - dispõe sobre o regim e especial para com pras int ernas,
com fim exclusivo de export ação;
o
- Decret o 541/ 1992 - regulam ent a o art igo 3 da Lei 8.402/ 92;
- Inst rução Norm at iva 84/ 1992, do Depart am ent o de Receit a Federal (at ual
Secret aria d a Receit a Fed eral), d o M EFP - est ab elece n or m as
com plem en t ares relat ivas ao regim e especial de suspen são do IPI n as
com pras int ernas de insum os dest inados à indust rialização de produt os a
serem export ados;

153
Exportação Passo a Passo

- Port aria SECEX 4/ 1997, da Secret aria de Com ércio Ext erior (SECEX) -
est abelece norm as a serem observadas para a concessão de draw back, nas
m odalidades suspensão e isenção de t ribut os;
- Com unicado DECEX 21/ 1997 - dispõe sobre a Consolidação das Norm as
do Regim e (CND) de drawback;
- Com unicado DECEX 30/ 1997 - alt era o Com unicado DECEX que dispõe
sobre o drawback;
- Port aria SECEX 14/ 2001 - dispõe sobre a concessão do regim e de drawback,
m odalidade suspensão, processada exclusivam ent e no m ódulo específico
de drawback do SISCOMEX;
- Com un icado DECEX 5/ 2001 - dispõe sobre a con cessão do regim e de
drawback, m odalidade suspensão, processada exclusivam ent e no m ódulo
específico de drawback do SISCOMEX;
- Port aria SECEX 5/ 2002 - dispõe sobre a concessão do benefício do drawback,
n a m odalidade su sp en são, p ara m at érias-p rim as e ou t ros p rodu t os
ut ilizados na cult ivo de produt os agrícolas ou na criação de anim ais a
serem export ados;
- Decret o 4.543/ 2002 - dispõe sobre o regulam ent o aduaneiro. Regulam ent a
o regim e especial de drawback-isenção;
- Decret o 4.544/ 2002 - dispõe sobre o drawback verde-am arelo;
- Lei 10.637/ 2002 - dispõe sobre o drawback verde-am arelo.

Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

- Decret o-Lei 406, de 31.12.68 - dispõe sobre a n ão-in cidên cia do ICM S
sobre a export ação de produt os indust rializados;
- Lei Com plem ent ar 24/ 1975 - dispõe sobre a concessão de benefícios do
ICMS concedidos por m eio de convênios;
o
- Art igo 155, parágrafo 2 , inciso X, alínea “a”, da Const it uição Federal de
1988 - det erm ina que o im post o não incidirá sobre operações que dest inem
ao ext erior produt os indust rializados;
- Lei Com plem ent ar 87/ 1996 - dispõe sobre a não-incidência do ICMS nas
operações qu e dest in em ao ext erior m ercadorias, in clu sive produ t os
indust rializados sem i-elaborados e serviços (Lei Kandir).

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

- Lei 4.50219/ 64 - dispõe sobre isenções do IPI;


- Lei 5.172/ 1966 - art s 46o a 51(Código Tribut ário Nacional);
- Art igo 153, parágrafo 3 , inciso III, da Const it uição Federal - isent a do IPI
os produt os indust rializados dest inados ao ext erior;
- Lei 8.402, de 8.1.92 - rest abelece incent ivos fiscais e dá out ras providências;
- Com unicado DECEX 21/ 1997 - dispõe sobre a isenção do IPI nas operações
am paradas pelo regim e aduaneiro especial de drawback;

154
Exportação Passo a Passo

- Inst rução Norm at iva SRF núm ero 28, 13.3.2001 - dispõe sobre a rest it uição
e o ressarcim en t o d e valores relat ivos a t ribu t os e con t ribu ições
adm inist rados pela SRF;
- Decret o 4.542/ 2002 - t abela de incidência do IPI (TIPI);
- Decret o 4.544/ 2002 - regulam ent a a t ribut ação, fiscalização, arrecadação
e adm inist ração do Im post o sobre Produt os Indust rializados (IPI) - art igo
18, inciso II do Regulam ent o do IPI (RIPI).

Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio


do Servidor Público (PIS/ PASEP)

- Lei 7.714/ 1988 - dispõe sobre a exclusão da receit a operacional brut a do


valor da receit a de export ação de produt os m anufat urados nacionais, para
efeit o de cálculo do PIS/ PASEP;
- Lei 9.718/ 1998 - alt era a Legislação Tribu t ária Fed eral q u an t o às
cont ribuições para os Program as de Int egração Social e de Form ação do
Pat rim ônio Público (PIS/ PASEP) e à Cont ribuição para o Financiam ent o
da Seguridade Social (COFINS);
- At o Declarat ório SRF 39/ 1995 - dispõe sobre a cont ribuição para o PIS/
PASEP;
- Inst rução Norm at iva SRF 145/ 1999 - dispõe sobre a cont ribuição para o
PIS/ PASEP e COFINS;
- At o Declarat ório In t erpr. SRF 22/ 2002 - dispõe sobre a export ação de
produt os nacionais sem saída do Territ ório Nacional, para fins de isenção
da cont ribuição para o PIS/ PASEP e da COFINS;
- Lei 10.637, de 30.12.2002 - dispõe sobre a não-cum ulat ividade na cobrança
para o PIS/ PASEP, n os casos qu e especifica, sobre o pagam en t o e o
parcelam ent o de débit os t ribut ários federais, a com pensação de crédit os
fiscais, a declaração de in apt idão de in scrição de pessoas ju rídicas, a
legislação aduaneira e dá out ras providências;
- At o Declarat ório Int erpr. SRF 21/ 2002 - dispõe sobre o aproveit am ent o do
crédit o presum ido da cont ribuição para o PIS/ PASEP;
- At o Declarat ório In t erpr. SRF 22/ 2002 - dispõe sobre a export ação de
produt os nacionais sem saída do Territ ório Nacional, para fins de isenção
da cont ribuição para o PIS/ PASEP e da COFINS;
- At o D eclarat ório In t erpr. SRF 291/ 2003 - dispõe sobre o pedido de
ressarcim ent o e a declaração de com pensação de crédit os da cont ribuição
para os Program a de Int egração Social e de Form ação do Pat rim ônio do
Servidor Público;
- Medida Provisória 107/ 2003 - alt era disposit ivos da Lei 10.637/ 2002;
- At o Decl. Int erpr. SRF 2/ 2003 - dispõe sobre a cont ribuição não-cum ulat iva
do PIS/ PASEP;

155
- At o D ecl. Exec. C orat 26/ 2003 - divu lga código de arrecadação da
cont ribuição não-cum ulat iva para o PIS;
- At o Decl. Int erpr. SRF 7/ 2003 - dispõe sobre o PIS/ PASEP e a CO FINS
incident es sobre receit as de indust rialização e com ercialização de veículos
classificados nos códigos 87.01 a 87.06 da TIPI.
Exportação Passo a Passo

ANEXO I – MODELOS DE CARTAS DO EXPORTADOR BRASI LEI RO


AO I MPORTADOR ESTRANGEI RO

A. Contato inicial com importadores

Em português

Prezados(as) Senhores(as),

Nossa empresa, a (nome da firma), fabrica (nomes dos produt os), que já export a
para (cit ar os países). Est am os int eressados em est ender nossos negócios a
esse país e fom os inform ados de que sua em presa im port a art igos de nossa
linha de produção.

Anexam os à present e nosso cat álogo e list a de preços e perm anecem os à sua
disposição para o envio de am ost ras que possam ser de seu int eresse.

Ant ecipadam ent e grat os por sua at enção, subscrevem o-nos,

At en ciosam en t e,

Em inglês

Dear Sirs (Madam s),

The (nom e da firm a) m anufact ures (nom es dos produt os) and already export s
t o m ajor buyers in (nom es dos países). We are int erest ed in expanding our
t rade t o firm s in your count ry and w ere inform ed t hat your com pany im port s
t he line of product s t hat w e produce.

We are enclosing a copy of our brochure and price list for exam inat ion, and
w ould be pleased t o forw ard sam ples of any art icle t hat m ay int erest you.

Thank you in advance for your at t ent ion,

Sincerely,

Em espanhol

Est im ados(as) Señores(as)

Nuest ra indust ria, (nom e da firm a), produce (nom es dos produt os), y export a
ya a los m ayores com pradores de (nom es dos países).

157
Exportação Passo a Passo

Est am os int eresados en ext ender nuest ro com ercio a firm as de su país, y nos
han inform ado de que su com pañía im port a art ículos de nuest ra línea de
producción.

Som et em os a su consideración nuest ro follet o y list a de precios, quedando a


su ent era disposición para el envío de m uest ras de cualquier art ículo que
pueda int eresarles.

Agradeciendo ant icipadam ent e su int erés, reciba un cordial saludo,

B. Resposta a consultas de importadores

Em português

Prezados(as) Senhores(as),

Acusam os o recebim ent o de sua cart a de (data e, se houver, número de referência


da carta), n a qual essa em presa m an ifest a in t eresse em con hecer n ossos
produt os.

A seguir são apresentados dois exemplos de parágrafos que podem dar seqüência
ao texto, dependendo do teor da resposta:

a) Tem os a sat isfação de anunciar a rem essa de am ost ras dos art igos de seu
int eresse via (indicar a forma de remessa), as quais deverão est ar chegando a
essa em presa em cerca de (indicar o tempo previsto de chegada).

Esperam os qu e as am ost ras at en dam às especificações requ eridas e qu e


perm it am o est abelecim ent o de relações com erciais ent re nossas em presas.

ou

b) Com referência à sua consult a sobre preços, lam ent am os inform ar que os
n ossos at u ais cu st os de produ ção n os im pedem de con ceder descon t os
superiores a ...%.

Não obst ant e, dependendo do volum e de negócios que se est abeleça com
essa em presa, t alvez seja possível conceder descont os m aiores.

Aguardam os confirm ação de seu int eresse.

At en ciosam en t e,

158
Exportação Passo a Passo

Em inglês

Dear Sirs (Madam s),

We ackn ow ledge receipt of you r let t er of (data e, se possível, número de


referência da carta), in w h ich you in dicat ed you r in t erest in ou r lin e of
product s.

A seguir são apresentados dois modelos de parágrafos que podem dar seqüência ao
texto, dependendo do teor da consulta:

a) We w ill be pleased t o send sam ples of t hose art icles t hat int erest you.
They w ill be dispat ched im m ediat ely by (indicar a forma de remessa) and should
arrive w it hin (indicar o tempo previsto de chegada).

We hope t hese sam ples w ill m eet your requirem ent s and look forw ard t o
furt her business dealings w it h you.

ou

b) Wit h reference t o your query concerning prices, w e regret t o inform t hat


rising product ion cost s prevent us from low ering prices by m ore t han... per
cen t . Furt her reduct ion s m ay be possible depen din g upon t he volum e of
fut ure business w it h you.

We w ill be w ait ing for t he confirm at ion of your int erest .

Sincerely,

Em espanhol

Est im ados(as) Senhores(as),

Acusam os recibo de su cart a del día (data e, sempre que possível, número de
referência da carta), en la cual nos indica su int erés en nuest ros product os.

A seguir são apresentados dois exemplos de parágrafos que podem dar seqüência
a esta carta, dependendo do teor da consulta:

a) Ten em os la sat isfacción de an un ciarles el en vío de las m uest ras de los


art ícu los en los cu ales est án U d s. in t eresad os, q u e serán rem it id os
inm ediat am ent e por (indicar a forma de remessa) y llegarán a su com pañia
dent ro de los días (indicar o tempo aproximado de chegada).

159
Exportação Passo a Passo

Esperam os que las m uest ras cum plan sat isfact oriam ent e con sus expect at ivas
y especificacion es y favorezcam el in icio de relacion es com erciales en t re
nuest ras com pañias.

ou

b) Con referencia a su consult a sobre los precios, lam ent am os inform ales de
que el const ant e aum ent o de los cost os de producción nos im piden conceder
rebajas superiores al ... por cien t o. N o obst an t e, depen dien do del fut uro
volu m en de n egocios con U ds. t al vez sea posible ofrecerles m ayores
descuen t os.

Esperam os la confirm ación de su int erés.

C. Anúncio de visita a importadores

Em português

Prezados(as) Senhores(as),

Nossa indúst ria, (nome da empresa), fabrica (nomes dos produtos), que já export a
para (citar os países).

Est am os in t eressados em est en der n ossos n egócios a esse país e, com t al


objet ivo, gost aríam os de ent rar em cont at o com pot enciais com pradores.

Em nossa viagem , est arem os em (nome da cidade do destinatário) ent re os dias


(data de chegada) e (data de partida) e est am os m uit o int eressados em visit ar
sua em presa para poder m ost rar-lhes nossa linha de produt os.

Junt o com a present e, enviam os nosso cat álogo e list a de preços.

Ant ecipadam ent e grat os, subscrevem o-nos,

At en ciosam en t e,

Em inglês

Dear Sirs (Madam s),

The (nome da firma) m anufact ures (nomes dos produtos) and already export s
t o m ajor buyers in (nomes dos países).

160
Exportação Passo a Passo

We are int erest ed in expanding our t rade t o firm s in your count ry and, for
t his purpose, w e plan t o visit buyers of t hese art icles in your count ry.

We shall be in (nome da cidade do destinatário) from (data de chegada) t o (data


de partida). We hope t o cont act you during t his period in order t o arrange an
appoint m ent t o show you our line of product s.

We enclose here w it h copies of our brochure and price list .

Thank you in advance for your int erest .

Sincerely,

Em espanhol

Nuest ra indust ria, (nome da firma), fabrica (nomes dos produtos) y export a ya a
(nomes dos países).

Est am os in t eresados en am pliar n uest ro com ercio y, a t al objet o, hem os


proyect ado visit ar algunos com pradores en su pais.

En el t ranscurso de nuest ro viaje, est arem os en (nome da cidade do destinatário)


durant e los días (data da visita), y esperam os poder m ost rar a Uds nuest ra
línea de product os.

Con la present e, enviam os ejem plar de nuest ro follet os y list a de precios.

Agradecidos de ant em ano, aprovecham os la oport unidad para saludarles.

161
Exportação Passo a Passo

BI BLI OGRAFI A

Blocos comerciais

- Barbosa, Rubens Ant onio. Am érica Lat ina em Perspect iva: a int egração
regional da ret órica a realidade. São Paulo: Edições Aduaneiras, 1991.
- Grieco, Francisco de Assis. O Brasil e o Com ércio Int ernacional. São Paulo:
Edições Aduaneiras, 1994.
- Jesus, Avelino de. Mercosul: Est rut ura e Funcionam ent o. São Paulo: Edições
Aduaneiras, 1994.

Comércio exterior e câmbio

- Lunardi, Angelo Luiz. Rot eiro Básico de Câm bio para Export adores. São
Paulo: Edições Aduaneiras, 1994.
- Nicolet t i, Ant onio Maxim iano. Conhecim ent os Elem ent ares de Com ércio
Ext erior e Câm bio: Um a Abordagem Prát ica. São Paulo: Edições Aduaneiras,
1995.
- Pessoa, Gilbert o. Câm bio e Trade Finance.Apost ila da Fundação Cent ro de
Est udos de Com ércio Ext erior, 1992.
- Rat t i, Bru n o. Com ércio In t ern acion al e Câm bio. São Pau lo: Edições
Aduaneiras, 2000.
- Consolidação das Norm as Cam biais (CNC), do Banco Cent ral do Brasil
(at ualização periódica).

Formas de pagamento

- D el C arp io, Rôm u lo Fran cisco Vera. C art a de C rédit o e U C P 500


(Com ent ada). São Paulo: Edições Aduaneiras, 1994. Est e aut or apresent a
e analisa t odos os art igos da UCP 500.
- Del Carpio, Rôm ulo Francisco Vera. Cobranças Docum ent árias e Brochura
322 (Com ent ada). São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993.
- Edições Aduaneiras. Incot erm s 2000. Publicação da Câm ara de Com ércio
Int ernacional (CCI). Coordenação: João dos Sant os Bizelli. 2000.
- Ed ições Ad u an eiras. Regras e U sos U n iform es sob re C réd it os
Docum en t ários. São Paulo, 1993. Con t ém a Brochura 500 - UCP 500,
t raduzida da Câm ara de Com ércio Int ernacional.
- Rat t i, Bru n o. Com ércio In t ern acion al e Câm bio. São Pau lo: Edições
Aduaneiras, 2000.

163
Exportação Passo a Passo

Geral

- Banco do Est ado de São Paulo - Banespa. Guia Banespa do Export ador. São
Paulo: Banespa, 1994.
- Cast ro, José August o. Export ação - Aspect os Prát icos e Operacionais. São
Paulo. 6ª Ed., Edições Aduaneiras. 2005.
- Favero, Izabel (Org.). Manual Básico de Export ação. Recife: Convênio
Nordest e SEBRAE-MRE. 1999.
- Guia Prát ico de Export ação, Edições Aduaneiras, GPEX , t om o V. 2004.
- Garcia, Lu iz M art in s. Rot eiro Básico p ara Exp ort ação – Rot in as e
Procedim ent os. São Paulo: Edições Aduaneiras, 6. ed. 1997.
- Garcia, Luiz M art in s. Export ar: rot in as e procedim en t os, in cen t ivos e
form ação de preço: Edições Aduaneiras, 7. ed. 2001.
- Ran gel, Arm ên io & Cout in ho, Lucian o & Kum e, H on ório. M an ual de
Export ação de Móveis. Edição Sebrae. São Paulo, 1998.
- Soares, Cláudio César. Int rodução ao Com ércio Ext erior – Fundam ent os
Teóricos do Com ércio Int ernacional. Edit ora Saraiva. 2004.

Marketing internacional

- Carnier, Luiz Robert o. Market ing Int ernacional para Brasileiros. 3. ed. São
Paulo: Edições Aduaneiras, 1996.
- Czinkot a, Michael R. e Ronkaine, Ilkka A. Int ernat ional Market ing. Fort h
Wort h: The Dryden Press, 1995 - fourt h edit ion.
- M eirelles, Robert o. Fu n dação Get ú lio Vargas. EPGE – Escola de Pós-
Graduação em Econom ia. MBA – Market ing , Am bient e de Market ing e
Tendências para o Próxim o Milênio. Apost ila.
- Percy, Nigel. Export St rat egy Market s and Com pet it ion; London: George
Allen & Unw in, 1982.
- Vieira, Gu ilh erm e Bergm an n Borges. Regu lam en t ação n o C om ércio
In t ern acion al – Aspect os Con t rat uais e Im plicações Prát icas. Edições
Aduaneiras. São Paulo. 2002.
- Serviço N acion al de Apren diz agem C om ercial/ SEN AC . Gerên cia de
Market ing. Rio de Janeiro, 1996.
- Serviço Nacional de Aprendizagem Com ercial/ SENAC. Com o Negociar /
Qualquer Coisa com Qualquer Pessoa em Qualquer Lugar do Mundo. Frank
L. Acuff, 1998.

Sistema Geral de Preferências

- Secret aria de Com ércio Ext erior do M in ist ério do Desen volvim en t o,
Indúst ria e Com ércio Ext erior.
- Edições Aduaneiras. Guia Prát ico de Export ação - GPEX, t om o V (2004).

164
Exportação Passo a Passo

Transporte internacional e seguro

- Azúa, Daniel E. Real. Transport e e Seguros Marít im os para o Export ador.


São Paulo. Edições Aduaneiras. 2. ed. 1987.
- Handabaka, Albert o Ruibal. Gest ão Logíst ica da Dist ribuição Int ernacional.
São Paulo: Malt ese, 1994.
- Silva, Cláudio Ferreira e Port o, M arcos M aia. Tran sport e, Seguros e a
Dist ribuição Física Int ernacional de Mercadorias. Edições Aduaneiras. São
Paulo. 2003.

165

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