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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE


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PROCEDIMENTO / ROTINA
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Título do CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA Emissão: 17/12/2021 Próxima revisão:
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1. OBJETIVOS
- Obter dados referentes ao uso de medicamentos pelos pacientes previamente à
internação, de modo a identificá-los pelo nome, apresentação, dose, frequência e via de
administração;
- Conhecer a existência de alergias e histórico de reações adversas dos pacientes
atendidos;
- Validar os medicamentos trazidos pelos pacientes, aqueles que não são
padronizados na instituição;
- Identificar possíveis inconformidades na prescrição e prevenir erros de medicação
e
- Proporcionar cuidado e segurança ao paciente, de forma a promover o uso
racional de medicamentos.

2. MATERIAIS

- Etiquetas de identificação e
- Ficha de Medicamentos do Paciente.

3. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
3.1 Responsáveis pela execução
Cada farmacêutico clínico deve realizar a conciliação medicamentosa com os
pacientes internados nas clínicas nas quais atua.
3.2 Atribuições
- Realizar a conciliação medicamentosa até 48 horas, após a admissão hospitalar de
todos os pacientes, com exceção dos que entraram e saíram nos finais de semana e feriados;
- Fazer login no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) >
Internação > pesquisar paciente admitido> selecionar as últimas 48 horas no período> pesquisar;
- Será gerada uma lista de pacientes internados e, a partir dessa pesquisa, abrir o
prontuário do paciente e coletar através da leitura da amamnese, a história primária de
medicamentos (HPM) realizada pelo médico;
- O farmacêutico se direciona ao leito do paciente admitido e realiza a entrevista
com o próprio paciente e/ou seu acompanhante, a fim de obter a melhor história possível de
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medicamentos (anexo 1), confirmada com ao menos uma fonte de informação confiável
(prontuário, registros da farmácia, a opinião do médico, receitas médicas e os rótulos dos frascos
de medicamentos);
- Coletar a lista completa dos medicamentos que o paciente está em uso, incluindo o
nome, a dose, a frequência de uso e a via de administração;
- Coletar informações sobre a existência de alergias e reações adversas a
medicamentos;
- Questionar se algum medicamento foi trazido de casa para o hospital e, caso a
resposta seja positiva, perguntar se o paciente está fazendo uso dos mesmos na instituição;
- Na existência de medicamentos trazidos pelo paciente, orientar a não
permanência dos mesmos no hospital, salvo alguma condição específica detectada, tal como a
indisponibilidade temporária do medicamento na instituição ou o uso pelo paciente de
medicamentos não padronizados no hospital;
- Nesses casos, estes serão deixados sob a responsabilidade do paciente e serão
validados, verificando a data de validade e as condições dos mesmos; seguindo o preenchimento
do quadro conforme “Ficha de medicamentos do paciente” (anexo 2) em 2 vias (1ª via:
Enfermagem; 2ª via: Paciente), sendo que a via da enfermagem será anexada no prontuário do
paciente;
- Seguir com a etiquetagem dos medicamentos que não puderam ser levados para
casa e assim ficarão no hospital, da seguinte forma:
* Os medicamentos que não serão utilizados durante internação serão colocados em um
saco plástico, que receberá a seguinte etiqueta:
- “Medicamento não utilizado durante internação”;
* Quando houver algum medicamento do paciente que será utilizado durante internação,
este receberá a seguinte etiqueta:
- “Paciente: ____________. Validado pela Farmácia. Em uso no Hospital Universitário da
Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF).
* E pode haver algum com validade próxima que receberá a seguinte etiqueta:
- “Data de Validade Próxima – Favor Priorizar o Uso”
-* Quando houver medicamento do paciente em uso no hospital o prontuário receberá a
etiqueta “Conciliação Medicamentosa”;
-*Caso haja medicamento do paciente na geladeira, o prontuário receberá também a
etiqueta “Medicamento de Geladeira”, com o intuito de orientar toda a equipe e evitar
esquecimento dos medicamentos do paciente no hospital em caso de alta;
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- Caso o paciente esteja em precaução de contato, a equipe da farmácia deverá se


paramentar corretamente com luvas de procedimento e avental descartável, além da correta
lavagem das mãos;
- E caso o paciente esteja em precaução respiratória, a equipe da farmácia deverá se
paramentar corretamente com máscara N95, além da correta lavagem das mãos;
- Em caso de transferência (entre as diferentes clínicas do HU), não será realizada a
conciliação medicamentosa propriamente dita, pressupondo que já foi realizada na data ou até 48
horas da sua admissão. A equipe da Farmácia se dirige ao leito deste paciente transferido, a fim de
certificar os dados dos medicamentos que possam está sob seus cuidados;
- Em caso de transferência entre os leitos do próprio setor ou para outro setor do
hospital ou em casos de alta, a equipe da enfermagem é a responsável pela troca e/ou retirada das
etiquetas referentes à conciliação medicamentosa;
- Em caso de alta do paciente, a enfermagem é responsável por pegar os
medicamentos de geladeira e entregar ao paciente;
- Prosseguir a conciliação comparando a lista de medicamentos e informações
obtidas com a prescrição do paciente, identificando e resolvendo as discrepâncias
medicamentosas;
- As discrepâncias podem ser classificadas das seguintes maneiras (anexo 3):
* Discrepância intencional (não é considerada um erro de medicação): o motivo pelo qual houve a
mudança da medicação, como qualquer cuidado realizado no paciente deve ser documentado em
prontuário pelo corpo clínico;
* Discrepância intencional não documentada (não é considerada um erro de medicação): pode ser
considerado um erro de registro e não costuma representar em si uma ameaça para a segurança
do paciente. Como qualquer erro de registro, pode, eventualmente, gerar trabalho extra e induzir
a erros de medicação;
* Discrepância não intencional: considerada como erro de medicação que pode levar a eventos
adversos a medicamentos (EAM).
- As discrepâncias não intencionais diagnosticadas durante a conciliação
medicamentosa podem ser classificadas em: erro por omissão, erro por ação, erro de dose, erro de
via de administração, erro de frequência de uso e erro devido à prescrição de um medicamento
diferente;
- Entrar em contato com o prescritor responsável, a fim de realizar o desfecho das
não conformidades encontradas durante o processo de conciliação;
- Comunicar a lista de medicamentos que o paciente está usando em casos de
transferências internas aos profissionais dos vários setores;
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- Após a realização da conciliação medicamentosa e desfecho das possíveis não


conformidades encontradas, o farmacêutico deverá realizar o preenchimento da planilha que se
encontra no Google Drive do Serviço de Farmácia, no caminho “Meu Drive > Conciliação
Medicamentosa”, para que sejam gerados indicadores referentes a esta atividade;
- Nesta planilha são incluídos dados como faixa etária, medicamentos de uso
domiciliar prescrito ou não durante internação e, caso positivo, se houve alguma alteração de dose
e/ou forma farmacêutica; se o paciente trouxe ou não o medicamento de casa em condições
adequadas de uso e sua validade, se há necessidade de alguma intervenção farmacêutica, como
inclusão do medicamento na prescrição ou alteração de dose e status da intervenção (aceita pelo
prescritor ou não), detectando, assim, se ocorreu discrepância ou não. Para todas as ocorrências
há um código, que possibilita a geração de planilhas para controle (anexo 4).

4. REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 585 de 29 de agosto de
2013.Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Disponível
em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf Acesso em: 20 jul. 2021.

GRAÇA, Diana Domingues da Câmara. Avaliação do processo de conciliação medicamentosa em


pacientes pediátricos em um hospital público especializado no estado do Rio de Janeiro. 2015.
Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca,
Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.283, de 30 de novembro de 2010. Aprova as diretrizes


e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia
no âmbito dos hospitais. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010.html. Acesso em: 05
de jul. 2021.
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5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

01 05/01/2020 - Criação do Documento.

02 10/03/2020 - Inclusão da tabela de códigos


- Exclusão do Formulário de conciliação de medicamentos na
admissão
- Demais alterações pertinentes no texto

03 30/08/2020 - Alteração do nome do POP


- Inclusão das etiquetas
04 17/12/2021 - Revisão / Atualização conforme NO.SVSSP.NQH.001

Elaboração

Milene Machado Minateli Data:19/11/2021


Natália Resende Avelino Data: 22/11/2021
Rosana Maria de Souza Data: 19/11/2021

Análise

Natália Silva de Oliveira Barbosa Data: 25/11/2021


Farmacêutica

Flávia Cristina Rodrigues Data: 26/11/2021


Unidade de Vigilância em Saúde

Paula Gazola Data:09/12/2021


Divisão de Enfermagem

Validação

Aline Ribeiro Murta Abreu Data: 17/12/2021


Núcleo de Vigilância em Saúde

Aprovação

Rouzeli Maria Coelho Pereira Data: 17/12/2021


Unidade de Farmácia Clinica e Dispensação
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Anexo 1 - Guia para a entrevista de coleta da MHPM

Introdução da Entrevista
Olá, meu nome é XXX, sou farmacêutico e funcionário do hospital.
Quando o paciente é admitido em nosso hospital realizamos uma entrevista para conhecer os
medicamentos que o senhor (a) utiliza em casa.
Questões da Entrevista
Você trouxe medicamentos de casa? Posso vê-los?
O/A senhor (a) teve algum problema com algum medicamento? Se sim, o que aconteceu quando
usou?
O/A senhor (a) já teve alergia a algum medicamento? Se sim, o que aconteceu quando usou o
medicamento?
Medicamentos
Quais medicamentos o/a senhor (a) usa? (Nome de marca ou genérico, a apresentação, a forma
farmacêutica e volume de preparação)
Quanto usa? (Dose, o número de comprimidos, cápsulas, e assim por diante)
Quantas vezes e quando usa?
O medicamento funcionou?
O/A senhor (a) toma alguma vitamina? Quais?
Toma algum chá/ produto natural? Quais e para que?
Toma algum suplemento alimentar? Quais?
Usa adesivos ou produtos de passar na pele? Quais?
Possui medicamentos implantados? Quais?
O/A senhor (a) usa algum medicamento em gotas para olho ou para os ouvidos? Quais?
Algum médico disse para parar de tomar algum medicamento antes deste procedimento? (Caso o
participante interne para fazer alguma cirurgia/ procedimento)
Algum tratamento com medicamento tem prazo para terminar? (Antibióticos, corticóides)
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Conclusão da Entrevista
Você tem algo a acrescentar que não foi perguntado e que você ache importante falar?
Obrigado por disponibilizar seu tempo para falar comigo sobre os medicamentos que faz uso.
Lembretes para entrevista
Utilize perguntas abertas (o quê, como, porquê, quando) em equilíbrio com perguntas sim / não.
Use perguntas sem viés que não levem o paciente a responder algo que não pode ser verdade.
Prossiga com questões não esclarecidas até que sejam esclarecidas.
Faça perguntas simples, evite o uso de jargão médico, e sempre convidar o paciente a fazer
perguntas.
Quando perguntar sobre todos os medicamentos, não se esqueça de obter o nome, forma
farmacêutica, dosagem, horário de dosagem, e última dose tomada - seja o mais específico
possível sobre o uso medicamentos de uso quando necessário.
Garanta que o participante tente se lembrar de adesivos, cremes, colírios, inaladores,
espaçadores, injeção, ervas, vitaminas e minerais.
Ao discutir alergias, eduque o paciente sobre a diferença entre um efeito colateral e uma alergia.
Faça o paciente descrever como e quando usa seus medicamentos (respostas vagas podem indicar
não aderência).
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Anexo 2 – Ficha de Medicamentos do Paciente

Anexo 3 – Processo de identificação e classificação das discrepâncias e dos erros de medicação


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Anexo 4 – Códigos Planilha Conciliação


Adolescente (12 a 18 anos) 1

≥ 18 anos a 30 anos 2

≥ 30 anos a 50 anos 3
Faixa Etária
≥ 50 anos a 60 anos 4

≥ 60 anos a 80 anos 5

≥ 80 anos 6

Medicamento não prescrito 7

Medicamento prescrito sem alterações 8


Uso Hospitalar
Medicamento prescrito com alteração de dose 9

Medicamento com alteração de forma farmacêutica 10

Não trouxe o medicamento de casa 11

Trouxe o medicamento em condições adequadas para o uso 12

Trouxe o medicamento e o mesmo está com data de validade


Medicamento
expirada 13
trazido de casa
Trouxe o medicamento e o mesmo está armazenado
inadequadamente 14

Medicamento do paciente em uso no hospital 15

Não se Aplica 16

Inclusão do medicamento na prescrição 17


Intervenção
Ajuste de dose 18

Alteração de forma farmacêutica 19


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Intervenção feita junto ao paciente 20

Outro (descrever na observação) 21

Não se Aplica 22

Aceito 23
Status da
Aceito com alterações 24
Intervenção
Não Aceito com justificativa 25

Alta 26

Ausência de discrepância 0
Tipo de
discrepância Discrepância intencional 1

Discrepância não intencional 2

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