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Licenciatura em Engenharia Electrónica – Termodinâmica e Estrutura da Matéria

2º semestre de 2018/2019

Problemas resolvidos de Termodinâmica

Autoria: Prof. António Ferraz, Departamento de Física do IST


Termometria
Um termistor é um equipamento de estado sólido cuja resistência eléctrica varia
bastante com a temperatura. A sua dependência com a temperatura é dada por
R  R0 eB T, sendo R0 e B constantes que podem ser determinadas medindo R
nos pontos de fusão do gelo e de vaporização da água, por exemplo.
a) Se R=7360 no ponto de fusão e R=153 no ponto de vaporização, determine R0
e B.
c) Determine a taxa de variação da resistência com a temperatura nos 2 pontos
anteriores.
d) A que temperatura é o termistor mais sensível?

Aula 1 2
a) T fusão = 0 ºC = 273 K T vaporização = 100 ºC = 373 K

fusão  7360   R 0 eB 273 K


7360 
 48,10  e
B 273 K  B 373 K 
vaporização  153   R 0 eB 373 K 153 

 1 1  1 ln 48,10
ln 48,10  B   B=  3,94 103 K
K  1 1  1
 273 373    K
 273 373 

R0 
7360 
 7360  e
 B 273 K 
 7360  e

 3,94103 273 K   3,97 103 
eB 273 K
Aula 1 3
c) dR d

dT dT

R0e B T  R0e B T d  B  B
  
dT  T  T 2
R0 e BT
 
RB
T2

dR

dR


 7360   3,94 103 K 
 389  / K
dT fusão dT T 273,16  273,16 K  2

dR dR 153    3,94 103 K 


   4,33  / K
dT vaporização dT T 373  373 K  2

d) T  273 K

Aula 1 4
Lei dos Gases Ideais
Um pneu de um automóvel é cheio com ar à pressão de gauge de 200 kPa
quando a temperatura é igual a 20 ºC (a pressão de gauge é a diferença entre
a pressão real e a pressão atmosférica). Após um certo percurso a velocidades
elevadas, a temperatura do pneu aumentou para 50 ºC.
a) Determine a pressão de gauge do ar no pneu a esta temperatura,
admitindo que o pneu não aumentou de volume.
b) Determine a mesma pressão se o volume do pneu tiver aumentado 10%.

Patm = 1,013.105 Pa

Aula 1 5
P2V2 P1V1 T2
a) PV  n RT T2

T1
P2  P1 , dado que V1  V2
T1
323 K
P2   200 kPa  101,3 kPa   332 kPa
293 K

P2,gauge  332 kPa  101,3 kPa  231kPa

V1T2 323 K
b) V2  1,1 V1 P2  P1   200 kPa  101kPa   302 kPa
V2T1 1,1  293 K 

P2,gauge  302 kPa  101kPa  201kPa

Aula 1 6
Lei dos Gases Ideais
Um mergulhador encontra-se 40 m abaixo da superfície de um lago, onde a
temperatura é igual a 5 ºC. Uma bolha de ar com 15 cm3 de volume liberta-se
do seu respirador e sobe até à superfície, onde a temperatura é igual a 25 ºC.
Determine o volume da bolha de ar imediatamente antes de atingir a
superfície.

Aula 1 7
P2V2 P1V1 T2 P1
PV  n RT  V2  V1
T2 T1 T1P2

P1 ( no fundo do lago )  Patm  Pfluido


T2 P1
F mg mg h mgh m V2  V1
Pfluido       gh ρgh T1P2 h
A A A h V V

  
P1  101,3 kPa  103 kg/m3 9,81m/s 2  40 m  
Área
mg
 493,7 kPa
 298 K  493,7 kPa  =

V2= 15 cm 3
  278 K 101,3 kPa  78,4 cm3

Aula 1 8
Uma caixa cúbica de metal, de aresta 20 cm, contém ar à temperatura de 300 K e à pressão de 1 atm. A
caixa é selada, de modo a manter o volume de ar constante, e é aquecida até 400 K. Determine a força
devida à pressão do ar em cada parede da caixa.

F=Área×Pressão PV  n RT

Pinicial Vinicial Pfinal V final Pinicial Pfinal


  , dado que Vinicial  V final
Tinicial T final Tinicial T final
T final
Pfinal  Pinicial
Tinicial

T final
F  A  Pfinal  A  Pinicial
Tinicial

2  400 K 
F   0, 20m    101,3 kPa   5, 4 kN
 300 K 

Aula 1 9
Capacidade calorífica específica, calor específico
Determine a quantidade de calor que deve ser removida quando 100g de vapor de
água a 150ºC são arrefecidos até se tornarem em 100 g de gelo a 0 ºC.

Dados: cvapor de água  2020 J kg 1 º C 1 L fusão  33,5 104 J kg 1


cgelo  2220 J kg 1 º C 1 L vaporização  22, 6 105 J kg 1
cágua  4186 J kg 1 º C 1

Aula 2 10
Q  Q arrefecer vapor  Qcondensar vapor  Q arrefecer água  Q congelar água

Q  m c vapor Tvapor  m L vapor  m cágua Tágua  m L fusão


Q  m c vapor Tvapor  L vapor  cágua Tágua  L fusão 
Q  0,1kg   2,01kJ/kg  K  423 K  373 K   2,26 MJ/kg 
  4,186 kJ/kg  K  373 K  273 K   333,5 kJ/kg   311, 2 kJ

Aula 2 11
Medição da capacidade calorífica específica
O calorímetro da figura é feito de 0,15 kg de alumínio e contém 0,20 kg de água.
Inicialmente, a água e o copo estão à temperatura de 18 ºC. Em seguida, 0,040 kg
de um material desconhecido são aquecidos até 97 ºC e adicionados à água.
Após o equilíbrio térmico ter sido atingido, a temperatura da água, do copo e do
material é de 22 ºC. Desprezando o calor ganho pelo termómetro, determine a
capacidade calorífica específica do material desconhecido.

Dados: c Al  900 JKg 1 º C 1


cágua  4186 JKg 1 º C 1

Aula 2 12
Q recebido  Q perdido  0

m Al c Al ΔT Al + m água c água ΔT água + m desconhecido c desc. ΔT desc.  0

m Al c Al ΔT Al + m água c água ΔT água


cdesc. =
-m desc. ΔT desc.

0,15 kg  9,00×10 2 J  kg×C  4,0 C  + 0,20 kg  4186 J  kg× C   4,0 C   1,3 kJ kg
o o o o
-1
º C-1
  0,040 kg   -75,0 C 
cdesc. =
o

Aula 2 13
Trabalho e Diagramas PV para um Gás
Uma certa quantidade de um gás ideal expande-se isotermicamente até o seu
volume ser igual a 3 l e a sua pressão ser de 1 atm. É então aquecido a volume
constante até a pressão atingir 2 atm.
a) Mostre este processo num diagrama PV e calcule o trabalho realizado pelo
gás.
b) Determine o calor adicionado neste processo.

Dados: P1  3 atm ; V1  1l ; U int1  456 J


P2  2 atm ; V2  3 l ; U int 2  912 J

Aula 2 14
Trabalho e Diagramas PV para um Gás
Uma certa quantidade de um gás ideal expande-se isotermicamente até o seu volume ser igual a
3 l e a sua pressão ser de 1 atm. É então aquecido a volume constante até a pressão atingir 2
atm.
a) Mostre este processo num diagrama PV e calcule o trabalho realizado pelo gás.
b) Determine o calor adicionado neste processo.
P1=3 atm ; V1=1l ; U int1 =456 J
nRT
a) PV=nRT P= P2 =2 atm ; V2 =3l ; U int2 =912 J
V
V2 3L 3L
n RT dV
W=  P dV =  V dV = n RT  V =
V1 1L 1L
3L
dV
= P1 V1  = P1 V1 lnV  1L = P1 V ln3
3L

1L
V

 101,3 kPa   10 3 m3 
W   3 atm    1 L   ln 3  334 J
 atm   L 

Aula 2 15
Trabalho e Diagramas PV para um Gás
Uma certa quantidade de um gás ideal expande-se isotermicamente até o seu volume ser igual a
3 l e a sua pressão ser de 1 atm. É então aquecido a volume constante até a pressão atingir 2
atm.
a) Mostre este processo num diagrama PV e calcule o trabalho realizado pelo gás.
b) Determine o calor adicionado neste processo.
P1=3 atm ; V1=1l ; U int1 =456 J
P2 =2 atm ; V2 =3l ; U int2 =912 J

b) U  Q  W

Q  U  W  U 2  U 1   W

Q=  912 J-456 J  +334 J= 790 J

Aula 2 16
Capacidade calorífica, Teorema da Equipartição
Um gás diatómico de massa molar M está contido num contentor de volume V
à pressão P0 .
Determine a quantidade de calor que deve ser transferida para o gás de modo a
triplicar a sua pressão.

Aula 2 17
Capacidade calorífica
Um gás diatómico de massa molar M está contido num contentor de volume V à pressão P0 .
Determine a quantidade de calor que deve ser transferida para o gás de modo a triplicar a
sua pressão.

Q  CV T Gás diatómico  CV  52 n R


Q  CV T  52 n R T f  T0 
P0 V 3P0 V
PV=nRT  T f  3T0
T0 Tf

Q  52 n R  2T0   5  n RT0   5P0 V

Aula 2 18
Expansão quase-estática de um gás
Meia mole de um gás diatómico à pressão de 400 kPa e à temperatura de 300 K
expande-se até a sua pressão diminuir para 160 kPa.
Determine a temperatura e o volume finais, o trabalho realizado e o calor
absorvido pelo gás se a expansão for:
a) isotérmica
b) adiabática.

Aula 2 19
n RTi  0,5 mol  8,314 J/mol  K  300 K 
PV=nRT Vi    3,12  10 3 m3
Pi 400 kPa

a) Isotérmica T f =Ti = 300 K

Pi Vi Pf V f Pi  400 kPa 
PV=nRT  V f  Vi   3,12 L     7,80 L
Ti Tf Pf  160 kPa 
Vf  7,80 
Isotérmica W  n RT ln  0,5  8,314  300  ln    1,14 kJ
Vi  3,12 

U  Q  W Q  U  W  0  1,14 kJ  1,14 kJ

Aula 2 20
b) Adiabática: Q 0  = cte
P V  
CP
CV
Diatómico:   1,4

1
 Pi  1 1,4
 400 kPa 
Pi Vi  Pf V f V f  Vi 
 Pf


  3,12 L     6,00 L
   160 kPa 
Pf V f 160 kPa  6  10 3 m3 
PV=nRT Tf    231K
nR 0,5 mol  8,314 J/mol  K 
U  Q  W W  U  Q  CV T  0   52 n R T 
  52  0,5  8,314   231K  300 K   717 J

Aula 2 21
Sistemas termodinâmicos simples
Um gás ideal é submetido ao processo cíclico mostrado na figura em coordenadas
pV. Sabendo as temperaturas T1 e T2  T1 2, determine a temperatura e
represente o processo em coordenadas VT e pT.

Aula 2 22
p1V1  nRT1 , p3V1  nRT2 , p3V3  nRT3

p3 T2 V3 T3
 , 
p1 T1 V1 T2

Como 3  1 é uma reta de equação p  aV  com a  constante  ,

p3 V3
p3  V3 , p1  V1 
p1 V1

Aula 2 23
p1V1  nRT1 , p3V1  nRT2 , p3V3  nRT3

p3 V3 T2 p3 T3 p3
  , 
p1 V1 T1 p1 T2 p1
T2 T3 T22
 T3 
T1 T2 T1
2 T12
T2  T1 2 T3   2T1
T1
24
Aula 2
T2  T1 2 , T3  2T1
p RT
V n  V 2  b 2T  V b T
3 1 a aV
p~ T

25
Aula 2
Capítulo 19, nº 54 , PfSaE
Entropia
Duas moles de um gás ideal, que se encontram à temperatura de 400 K e
ocupam 40 l de volume, sofrem uma expansão livre para o dobro do volume
inicial. Determine:
a) a variação de entropia do gás;
b) a variação de entropia do universo.

Aula 4 26
dQ
a) S  Primeira lei: U int  Q  W
T

Vf 
Uint  0 Q  U int  W  nRT ln  
 Vi 

 Vf   80 L 
S  nR ln     2 mol  8,314 J/mol  K  ln  
 Vi   40 L 
 11,5 J/K

b) Processo irreversível  Su > 0 SU  11,5 J/K

Aula 4 27
Capítulo 19, nº 52 , PfSaE
Entropia
Um sistema passa do estado A para o estado B enquanto: absorve
reversivelmente 200 J de calor de um reservatório a 300 K; rejeita 100 J de calor
(também reversivelmente) para um reservatório a 200 K; realiza 50 J de
trabalho. Determine:
a) a variação da energia interna do sistema;
b) a variação da entropia do sistema;
c)a variação da entropia do universo;
d) as alíneas anteriores, se o sistema passar do estado A para o
estado B por processos não-reversíveis.

Aula 4 28
a) Primeira lei: Uint  Q  W   200 J  100 J   50 J  50 J

QQ QF 200 J -100 J
b)  S   SQ   S F      0,167 J/K
TQ TF 300 K 200 K

c) Processo reversível SU  0

d) Como a Ssistema e a energia interna são funções de estado

Uint  50 J ; S  0,167 J/K ; SU  0

Aula 4 29
Capítulo 19, nº 56 , PfSaE
Entropia
Um bloco de gelo com 0,1 kg à temperatura de 0 ºC é colocado num contentor
isolado com 100 g de água a 100 ºC. Determine:
a) a temperatura final da água, após ter sido atingido o equilíbrio
(despreze a capacidade calorífica do contentor);
b) a variação de entropia do universo.

Dados: cgelo  2220 JKg 1 º C 1 L fusão  33,5.104 JKg 1


cágua  4186 JKg 1 º C 1

Aula 4 30
a) Conservação de energia: Q recebido  Q perdido  0

Qarrefecer a água  Qderreter o gelo  Qaquecer a água do gelo  0

mágua cágua Tágua  mgelo L fusão  mágua do gelo cágua Tágua do gelo  0

   
0, 1 4186  T f  273  0, 1  33, 5.10 4  0, 1  4186  T f  273  0

T f  10C

Aula 4 31
Um bloco de gelo com 0,1 kg à temperatura de 0 ºC é colocado num contentor isolado
com 100 g de água a 100 ºC. Determine:
a) a temperatura final da água, após ter sido atingido o equilíbrio (despreze a capaci-
dade calorífica do contentor); b) a variação de entropia do universo.

b) S U  Sgelo  Ságua

m Lfusão  Tf 
Sgelo  Sderreter o gelo  Saquecer a água do gelo   m cP ln   
Tf  Ti 
0, 1  33, 5.10 4  283 
  0, 1  4186 ln    138 J / K
273  273 

 283 K 
Ságua   0, 1kg  4186 J / kg  K  ln    115 J / K
 373 K 

SU  138 J / K  115 J / K  23 J / K

Aula 4 32
Equação de van der Waals
O hélio e a água podem ser descritos pela equação de van der Waals perto das
transições líquido-gás. Sabendo que os valores dos parâmetros de van der
Waals são iguais a


a  0, 03.10 atm cm mol
6 6 -2 
a  5, 46.10 atm cm mol
6 6 -2
hélio  , água 

b  23, 4 cm3
mol -1

b  30,5 cm 3
mol -1

indique, justificando, qual destas duas substâncias apresenta:


a) a temperatura de ebulição mais baixa;
b) as moléculas maiores.

Aula 4 33
a) Parâmetro a: relacionado com a grandeza das forças intermoleculares atractivas.

aH 2O  aHe intensidade das forças intermoleculares é maior na água

é mais difícil romper as ligações na água (é necessário fornecer mais energia)

maior temperatura de ebulição na água Tebulição He  Tebulição H 2 O

b) Parâmetro b: relacionado com volume molecular ocupado.

bH 2O  bHe moléculas de água maiores do que as do hélio.

Aula 4 34
Equação de van der Waals
Determine a pressão exercida por 1 kg de CO2 que ocupa o volume de 7 L à
temperatura de 57 ºC. As constantes na equação de van der Waals são: a =
3,61 atm.l2/mol2 ; b = 0,043 l/mol. Compare esta pressão com a obtida a partir
da equação dos gases ideais.

Aula 4 35
 n2 a  m 1000
 P+ 2  V-n b  = n RT n=   22,73 mol
  M 44
 V 
 22,732  3,61 
 P+  7-22,73  0,043  = 22,73  0,082   273+57 
 2 
 7 

P  64 atm  6,48.106 Pa

PV  n RT 
22,73  0,082   273  57 
P  87,87 atm  8,9.106 Pa
7
Aula 4 36
Capítulo 22, nº 10 , FpE
Equação de van der Waals
Determine a expressão de C p  CV para uma mole de gás que obedece à
equação de van der Waals:
 a 
2 
 p  V  b   RT
 V 
Qual é o valor desta expressão no ponto crítico, definido pelos parâmetros
? pc , Vc e Tc

Aula 4 37
A quantidade C p  CV é dada por  p   V 
C p  CV  T    
 T V  T p
Assim, a partir da equação de van der Waals:

 T  1  2a  a   V  R
 V   
 3 V  b    p     T  
 p R  V  V 2    p  2a V  b   p  a 
3    
V  V2 

 a  RT  V  R
Mas
 p       
 V2  V  b   T  p  2a V  b   RT
V3 V  b 

Aula 4 38
RT a  p  R
Por outro lado, p  2    
V b V  T V V  b

 p   V 
C p  CV  T     
 T V  T  p
 R  R R
T   2a 
 V  b   V  b   RT 2a
3 
V  b  1
2

V 3
V  b  RTV

Aula 4 39
a 8a
Os parâmetros críticos são definidos por Vc  3b , pc  , Tc 
27b 2 27 Rb

R
Substituindo em C p  CV 
2a
3   2
1 V  b
RTV

Vc  b 
2

1  2a 0  C p  CV  
RTcVc3

Aula 4 40
Processos cíclicos
Duas moles de um gás diatómico efectuam as transformações indicadas no
diagrama PV ao longo de um ciclo completo DABCD. Os processos AB e CD
são isotérmicos.
Determine o calor adicionado e o trabalho realizado pelo gás em cada
transformação.

Dados:

PD = 2 atm TD = 360 K
PB = 2 PC VB = 3 VD

Aula 3 41
Wtotal  WD A  WAB  WBC  WC D
nRTD 2  8,314  360 3 3
Pontos D e A: VD  VA    29,5 .10 m
PD 2  1,013 .10 5

Ponto B: VB  VC  3VD  88,5.10-3m3


nRTC 2  8,314  360
Ponto C: PC   3
 6 ,76.10 4
Pa
VC 88,5.10
Ponto B: PB  2 PC  2  6,76.104  1,35.105 Pa
D→C  isotérmica: TD  TC  360 K
PBVB 1,35.10 5  88,5.10 -3
Pontos A e B: TA  TB    719 K
nR 2  8,314
Ponto A:  
PA  2 PD  2  2  1,013.10 5  4,05.10 5 Pa

Aula 3 42
Wtotal  WD A  WAB  WBC  WC D

WD A  0
D→A:
QD A  U D A  52 nR TD A  52 nR TA  TD 
 52  2  8,314  720 K  360 K   15 kJ
 VB   88,5.10 -3 
WA B  QA B  nRTA,B ln    2  8,314  719  ln    13,2 kJ
 -3
A→B:  VA   29,5.10 
U AB  0

WBC  0
B→C:
QBC  U BC  CV T  52 nR TC  TB   52  2  8,314   360 K  719 K   15kJ

Aula 3 43
Wtotal  WD A  WAB  WBC  WC D

 VD   29,5.10 3 
WC  D  nRTC,D ln    2  8,314  360  ln  3   6 ,58 kJ
C→D:  VC   88,5.10 
QC D  WC D  6,58 kJ

Wtotal  WD A  WAB  WBC  WC D  0  13,2 kJ  0  6,58 kJ  6,62 kJ

ΔU total = 0 Qtotal  6,62 kJ

Aula 3 44
Máquinas térmicas
Um motor que utiliza uma mole de um gás ideal diatómico efectua o seguinte
ciclo termodinâmico:
i) expansão adiabática
de P1 = 2,64 atm e V1 = 10 l até P2 = 1 atm e V2 = 20 l;
ii) compressão a pressão constante
até ao volume V3 igual a volume original V1 = 10 l;
iii) aquecimento a volume constante
até à pressão inicial P1 = 2,64 atm.
Determine a eficiência do ciclo.

Aula 3 45
W
 1  adiabática: Q12  0
Qin
2  isobárica: Q2  CP T2  72 RT2  72 PV2

 
 72  1,013.105 10.10-3  20.10-3  3,55 kJ

3  isocórica: Q3  CV T3  5 RT3  5 PV3


2 2

 52   2,64-1  1,013.105  10.10-3  4,21kJ

U  Q -W W  Q  Q1  Q2  Q3  0  3,55 kJ  4,21kJ  660J


U( ciclo )  0
660 J
  15,7%
4,21kJ
Aula 3 46
Máquinas térmicas
Uma mole de gás ideal percorre o ciclo representado na figura, no qual:
i) a expansão isotérmica i  j decorre à temperatura Ti ;
ii) na compressão adiabática k  l , a temperatura aumenta de Tk para Tl .
Determine a eficiência de uma máquina térmica que opere segundo este ciclo.

Aula 3 47
Processos isobáricos:

R R
Qli  C p Ti  Tl   Ti  Tl  , Q jk  C p Tk  Ti    Ti  Tk 
 1  1
Processo isotérmico:
j j dV  Vj   pi   RTi  Tl 
Qij  Wij  i pdV  RTi i  RTi ln    RTi ln    ln  
V  Vi   p j    1  Tk 

pV   p1 T   constante
1   /   1
 pi  T  pi  Tl 
   k    
 pj   Tl  p j  Tk 
 
Aula 3 48
Q jk Ti  Tk
Eficiência:  1 1
Qli  Qij Ti  Tl  Ti ln Tl / Tk 

R   Tl 
Trabalho: W  Qli  Qij  Q jk  Tk  Tl  Ti ln  
  1   Tk  

Aula 3 49
Máquinas de Carnot
Uma máquina de Carnot funciona entre dois reservatórios de calor às
temperaturas TH = 300 K e TL = 77 K.
a) Determine a eficiência desta máquina.
b) Se absorver 100 J da fonte quente, qual é o trabalho realizado?
c)Qual é a quantidade de calor rejeitada?
d) Qual será o coeficiente de desempenho (CoP) se esta máquina
funcionar como um frigorífico entre estas temperaturas?

Aula 3 50
W TF 77 K
a) C  C  1  C  1   74,3%
QQ TQ 300 K

b) W   C Qh  0,743 100 J   74,3 J

c) Conservação da energia QF  QQ  W  100 J  74,3 J  25,7 J

QF 25,7 J
d) COP  COP   0,346
W 74,3 J

Aula 3 51
Máquinas de Carnot
Uma máquina a vapor recebe vapor de água sobreaquecido a 270 ºC e
descarrega vapor condensado pelo seu cilindro a 50 ºC. A sua eficiência é de
30%.
a) Compare esta eficiência com o valor máximo possível para
estas temperaturas.
b) Se a potência útil produzida pela máquina for igual a 200 kW,
qual é a quantidade de calor rejeitado para o exterior durante
uma hora?

Aula 3 52
TF 323 K
a)  m á x   Carnot  1  1  40,5%
TQ 543 K
0,30
 máq.vapor   má x  0,741 má x
0,405

W QQ  QF QF QF  1    QQ
b)    1
QQ QQ QQ

P t Pt
QQ 
W
 QF   1   
  
  1  0,3 
 200 kJ/s  3600 s   1,68.10 9 J
0,3

Aula 3 53
Máquinas de Carnot
Uma máquina de Carnot funciona entre dois reservatórios de calor às
temperaturas TH = 300 K e TL = 77 K.
a) Determine a eficiência desta máquina.
b) Se absorver 100 J da fonte quente, qual é o trabalho realizado?
c)Qual é a quantidade de calor rejeitada?
d) Qual será o coeficiente de desempenho (CoP) se esta máquina
funcionar como um frigorífico entre estas temperaturas?

Aula 4 54
W TF 77 K
a) C  C  1  C  1   74,3%
QQ TQ 300 K

b) W   C Qh  0,743 100 J   74,3 J

c) Conservação da energia QF  QQ  W  100 J  74,3 J  25,7 J

QF 25,7 J
d) COP  COP   0,346
W 74,3 J

Aula 4 55
Máquinas de Carnot
Uma máquina a vapor recebe vapor de água sobreaquecido a 270 ºC e
descarrega vapor condensado pelo seu cilindro a 50 ºC. A sua eficiência é de
30%.
a) Compare esta eficiência com o valor máximo possível para
estas temperaturas.
b) Se a potência útil produzida pela máquina for igual a 200 kW,
qual é a quantidade de calor rejeitado para o exterior durante
uma hora?

Aula 4 56
TF 323 K
a)  m á x   Carnot  1  1  40,5%
TQ 543 K
0,30
 máq.vapor   má x  0,741 má x
0,405

W QQ  QF QF QF  1    QQ
b)    1
QQ QQ QQ

P t Pt
QQ 
W
 QF   1   
  
  1  0,3 
 200 kJ/s  3600 s   1,68.10 9 J
0,3
Aula 4 57
Entropia
Duas moles de um gás ideal, que se encontram à temperatura de 400 K e
ocupam 40 l de volume, sofrem uma expansão livre para o dobro do volume
inicial. Determine:
a) a variação de entropia do gás;
b) a variação de entropia do universo.

Aula 4 58
dQ
a) S  Primeira lei: U int  Q  W
T

Vf 
Uint  0 Q  U int  W  nRT ln  
 Vi 

 Vf   80 L 
S  nR ln     2 mol  8,314 J/mol  K  ln  
 Vi   40 L 
 11,5 J/K

b) Processo irreversível  Su > 0 SU  11,5 J/K

Aula 4 59
Entropia
Um bloco de gelo com 0,1 kg à temperatura de 0 ºC é colocado num contentor
isolado com 100 g de água a 100 ºC. Determine:
a) a temperatura final da água, após ter sido atingido o equilíbrio
(despreze a capacidade calorífica do contentor);
b) a variação de entropia do universo.

Dados: cgelo  2220 JKg 1 º C 1 L fusão  33,5.104 JKg 1


cágua  4186 JKg 1 º C 1

Aula 4 60
a) Conservação de energia: Q recebido  Q perdido  0

Qarrefecer a água  Qderreter o gelo  Qaquecer a água do gelo  0

mágua cágua Tágua  mgelo L fusão  mágua do gelo cágua Tágua do gelo  0

   
0, 1 4186  T f  373  0, 1  33, 5.10 4  0, 1  4186  T f  273  0

T f  282, 5K  9, 5C

Aula 4 61
b) S U  Sgelo  Ságua

m Lfusão  Tf 
Sgelo  Sderreter o gelo  Saquecer a água do gelo   m cP ln   
Tf  Ti 
0, 1  33, 5.10 4  282, 5 
  0, 1  4186 ln    138 J / K
273  273 

 282, 5 K 
Ságua   0, 1kg  4186 J / kg  K  ln    115 J / K
 373 K 

SU  138 J / K  115 J / K  23 J / K

Aula 4 62

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