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Nei Jorge dos Santos Junior Resumo: O artigo tem por objetivo apresentar reflexões sobre relações
Mestre em História Comparada pela entre esporte e mídia no Brasil. Para tanto, faz-se um breve panorama
Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a importância dos jornais para a consolidação do campo esportivo
(UFRJ). Membro do grupo Sport: Labo- na transição dos séculos XIX e XX e, em seguida, sua articulação com a
ratório de História do Esporte e do Lazer televisão ainda na década de 1960. Na segunda parte, promove uma dis-
(UFRJ). cussão sobre a formação do telespectador esportivo e como os meios de
comunicação influenciam ações de atletas e entidades ligadas ao esporte.
Por fim, a terceira seção discute de que forma os meios de comunicação
de massa contribuíram para o crescimento do futebol.
(ou quase) dedicados ao turf. Por exemplo, Revis- Por exemplo, era comum pagar alguém para ler o
ta Sportiva (1884), O Sportsman (1887) e O Sport jornal. Por outra, aqueles que não podiam pagar,
(1887). Vale à pena salientar que existiam tam- buscavam em algum conhecido alfabetizado a
bém periódicos dedicados a outros esportes como: possibilidade de leitura, o que normalmente acon-
O Remo (1900) e O Cyclismo (1900). tecia em uma roda para várias pessoas atentas
às notícias da cidade, inclusive esportiva (MELO,
O jornal era praticamente o único meio de
2001).
comunicação de massa naquela época, ocupando
assim, um papel fundamental na construção das Algumas transformações no jornalismo es-
representações sociais como formadores de opi- portivo ocorrem no momento que o futebol co-
nião. A partir destas publicações, pode-se acom- meça a entrar em cena. Na década de 1910, as
panhar o trajeto da memória das mídias esporti- partidas e campeonatos de futebol ganhariam
vas pioneiras no Brasil. suas primeiras páginas inteiras dedicadas aos jo-
gos nos jornais mais importantes do Rio de Janei-
É importante destacar que as relações entre
ro e São Paulo, com fotos de lances de futebol,
imprensa e publicidade esportiva estavam direta-
descritos de forma a detalhar todo o evento: as
mente ligadoas a um mercado que começava a
condições climáticas, o fluxo das pessoas em torno
surgir em torno das práticas esportivas no século
do estádio, o ânimo dos espectadores e todos os
XIX. De acordo com Melo (2004, p. 99), “um dos
lances da partida.
fortes indícios da constituição de um campo espor-
tivo no Brasil”.
O aspecto era sobremado grandioso e deslum-
Praticar esportes naquele período significa- brante: um mar de gente agrupado em torno
do quadrilátero gramado, por sobre tudo cen-
va a aquisição de gostos e práticas do continente tenas de bandeiras de nações amigas e de
europeu, de caráter civilizatório, excetuando-se as entidades esportivas, e ao longe, circundando
práticas dos imigrantes trabalhadores que refle- este conjunto um círculo de montanhas que,
tiam suas identidades originais. Assim, na virada majestosamente, parecia proteger os que ali se
achavam vibrantes de vitalidade e entusiasmo,
do século XIX o esporte já ocupava importante es- contra qualquer imprevisto que, porventura,
paço, progressivamente crescente, na imprensa pretendesse vir a quebrar a harmonia àquela
do Rio de Janeiro e São Paulo (MELO, 2001). imponência.
identidade nacional ainda não se encontrava con- objetos e referências culturais traduzidas em ter-
figurada, onde sua formação se inicia com grande mos imagéticos, imediatamente inteligíveis numa
força através da expansão do rádio nas décadas concepção global (ORTIZ, 2006).
de 30 e 40 associados ao discurso nacionalista do
Contudo, é preciso reconhecer que “a cultu-
Estado Novo varguista (ORTIZ, 2006). Ou seja, re-
ra nacional não se extingue, mas se converte em
velava-se uma preponderância dos vínculos locais
uma fórmula para designar a continuidade de uma
sobre os nacionais.
memória história instável, que se reconstrói em in-
A partir da década de 1960, os meios de co- teração com referentes culturais transnacionais.”
municação de massa apoiado à incipiente televi- (CANCLINI, p. 46). Portanto, cotidianamente es-
são, desenvolvem uma nova concepção de narra- tamos ressignificando novos valores mundializa-
tiva. Sensibilizado com as inovações tecnológicas, dos, expressos por um mecanismo que reorienta a
auxilia na formação de novos hábitos no cotidia- organização das sociedades contemporânea, em
no, unificando padrões de consumo numa visão que facilmente o esporte incorpora essas expres-
nacionalista (CANCLINI, 2006). sões pelo poder de penetrabilidade social que o
concebe, atraindo olhares significativos por todas
Como os meios eram predominantemente de as partes.
capitais nacionais e aderiam à ideologia desen-
volvimentista, que confiava a modernização à
substituição de importações e ao fortalecimento
industrial de cada país, mesmo os atores mais 3 A FORMAÇÃO DO TELESPECTADOR ESPOR-
internacionalizados naquele momento - como TIVO
a TV e a publicidade - nos incitavam a comprar
produtos nacionais e difundiam o conhecimen-
to do próprio (CANCLINI, 2006, p. 130). Particularmente no Brasil, a televisão carac-
terizou-se pela centralização das emissoras num
Nesse contexto, o advento da televisão e
processo de industrialização acelerado e centra-
sua significativa introdução nos lares brasileiros
lizado nas grandes metrópoles brasileiras. A in-
nas décadas de 60 e 70 ampliaram o alcance de
dustrialização articulada com o crescimento dos
alguns esportes, tornando-se definitivamente um
meios de comunicação despontou como elemento
fenômeno de massas em nível nacional (SANTOS
difusor para uma maior concentração urbana, na
JUNIOR, 2010).
perspectiva incessante de obter maior lucrativida-
Na década de 80, tudo isso começa resva- de. Para Mattos (1990), isto contribuiu para faci-
lar. Configura-se a partir da abertura do merca- litar a distribuição e circulação da mídia impressa
do global, um processo de revolução tecnológica e maior penetração da mídia eletrônica, aumen-
nas comunicações e na eletrônica. Acompanhado tando o faturamento total destes veículos oriundos
por transformações econômicas, esse mecanismo das indústrias de consumo.
possibilita a redução dos processos de integração
Ainda de acordo com autor, outro fator re-
regionais ao âmbito das culturas nacionais. Nesse
levante deve-se a construção de novas rodovias,
sentido, a transnacionalização das tecnologias e
aeroportos e na modernização do sistema de tele-
da comercialização de bens culturais diminuiu a
comunicações. Essas ações permitiram a abertura
importância dos referencias tradicionais de identi-
de novos canais de distribuição, tanto para mídia
dade (CANCLINI, 2006).
impressa, quanto para mídia eletrônica. O que, de
O esporte ressignifica novos valores através certa forma, contribuiu para o crescimento da TV
desses processos mundializados1, oportuniza uma como difusora do esporte moderno.
adaptação ao público global atraindo investimen-
Em sua gênese, a TV, já se fazia perceber
tos bilionários, visibilidade entre os atletas, recur-
pela capacidade de repercussões que poderia
sos tecnológicos, disputa de publicidade, entre ou-
causar ao esporte. Burke e Briggs (2004) citam um
tras, nas quais irá articular-se para consolidação
escritor que ao final do século XIX, previa inúme-
de uma cultura internacional-popular2, ou seja,
ras possibilidades de acompanhar os esportes.
1 Considero como mundialização as categorias trabalhadas
[...] o artista do futuro será capaz de viajar com
por Ortiz (2006).
as corridas de Derby ou Leger, as apostas de
2 Categoria trabalhada por Renato Ortiz no livro Mundiali-
zação e cultura (2006), para definir uma memória cultural coletiva compartilhada por diversas nações.
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Cesarewitch ou jubilee; com o jogo ( de crí- captando sons no campo e na torcida etc.), o te-
quete) dos Gentlemen contra os Players [que
lespectador tem a falsa sensação de estar olhan-
não sobreviveu por razões que ele não previu],
o campeonato amador [de boxe], a corrida de do por uma “janela de vidro”, quando na verdade
barros de Varsity, ou um murro com luvas no aprecia uma interpretação da realidade, media-
National Sporting Club; para mostrar a você os da pelas câmaras televisivas (BETTI, 2004). Nesse
espectadores, os dirigentes, os árbitros, os juí-
zes, os cavalos, os jóqueis, os barcos, a água, os
sentido, o volume cada vez maior sobre a cober-
campos esportivos e tudo mais, e deitá-lo com tura esportiva, aliada aos avanços tecnológicos,
um dia de esportes quando quiser ou quando resulta no desenvolvimento de novas formas de
planejar (BURKE; BRIGGS, 2004, p.180). distribuição comercial.
A televisão, portanto, transforma-se clara-
Na atualidade, não se concebe a um evento es-
mente no principal meio de propagação da glo- portivo sem a presença dos meios de comuni-
balização econômica do esporte moderno, por cação, em função da sua importância na divul-
possibilitar um relatório vivo, não somente pelo gação e agendamento dos eventos esportivos;
da mesma forma não se pode pensar numa
áudio visual, mas pela sensação do ser, o que programação televisiva e/ou jornalística sem o
permite um espetáculo sem sair de suas casas espaço para notícias esportivas (BIANCHI; HAT-
(BECK; BOSSHART, 2003). Decerto, o esporte es- JE, 2006, p.167).
petacularizado tende a valorizar a forma em re-
A transformação do esporte em espetácu-
lação ao conteúdo, resultado do uso privilegiado
lo de fácil consumo globalizado oportuniza uma
da linguagem audiovisual. Todavia, não podemos
progressiva adaptação do esporte à linguagem te-
considerá-lo um mero conjunto de imagens, mas
levisiva. Isto implicou, sobretudo, a redução dos
uma relação social entre pessoas, mediadas por
tempos inativos e da própria imprevisibilidade do
imagens (DEBORD, 2006, p. 14). Por esta razão,
tempo total da disputa, além do estabelecimento
a televisão, em busca do sensacional, “convida
de paradas programadas para introdução de ma-
à dramatização, no duplo sentido: põe em cena,
terial publicitário no decorrer dos jogos (BIANCHI;
em imagens, um acontecimento e exagera-lhe a
HATJE, 2006). O exemplo mais explícito e com
importância, a gravidade, e o caráter dramático,
enorme sucesso nestas alterações é, sem dúvida,
trágico” (BOURDIEU, 1997, p. 25).
o voleibol.
Corroborando com Bianchi e Hatje (2006),
Este conjunto de medidas adotadas para
é preciso reconhecer que o fenômeno esportivo
consolidar a integração de diversas modalidades
constitui-se numa fonte inesgotável de matéria
ao universo televisivo foi indicado, em 1993, pelo
prima para os meios de comunicação de massa,
então Presidente do COI, Marquês Juan Antonio
ocupando, atualmente, espaço e tempo significa-
Samaranch:
tivo nos inúmeros programas de TV e também no
cotidiano de diferentes contextos sociais. Ainda de [...] os esportes que não se adaptarem à tele-
acordo com as autoras, ao entender isso, a tele- visão estarão fadados ao desaparecimento. Da
visão tem a oferecer uma infinidade de recursos mesma forma, as televisões que não souberem
técnicos a fim de maximizar a espetacularização. buscar o acesso aos programas esportivos ja-
mais conseguirão sucesso financeiro e de públi-
Para Betti (2001), a transcendência dessa espeta- co. (NUZZMAN, 1996, p. 15)
cularização - ao transformar o esporte em texto
predominantemente imagético e relativamente No Brasil, o peso da renda proveniente a
autônomo face à prática “real” do esporte - traz transmissão para a TV fica em torno de 15% a 40%
uma importante consequência: a fragmentação e dependendo da equipe3. Notadamente, essa situ-
descontextualização do fenômeno esportivo. Ain- ação possibilita a TV escolher horários e locais de
da de acordo com o autor, as mídias fragmentam seu interesse, pelo fato de ser a principal receita
e descontextualizam a experiência global de pra- dos clubes brasileiros contra uma média de 20% da
ticar esporte. Os eventos e fatos são retirados do venda de jogadores e outras divididas entre patro-
seu contexto histórico, sociológico, antropológico; cinadores e venda de ingressos (Folha de São Pau-
a experiência global do ser-atleta é fragmentada. lo, 04/10/2007). Nessa perspectiva, afirma Debord
Como tal descontextualização é sutil e compen- (2006, p. 39), “a raiz do espetáculo está no terreno
sada com informações suplementares (closes, câ-
3 Alguns clubes como Flamengo e Corinthians recebem da TV
maras dispostas em diversos ângulos, microfones cerca de 9 milhões por ano. (Estado de Minas, 27/05/2007)
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da economia que se tornou abundante, e daí vêm putando-lhe um significado próprio, “com o fim
os frutos que tendem afinal a dominar o mercado de garantir o respeito dos círculos letrados locais
espetacular”. Portanto, a televisão faz do fenôme- – alcançando uma penetrabilidade nem sempre
no esportivo uma edição pública de extrema impor- condizente com suas reais condições sociais” (PE-
tância, na qual seu objetivo principal é mediar de REIRA, 2000. p. 40). O futebol brasileiro por de-
forma intensa sua transformação em mercadoria. fender sua prática apenas entre as elites urbanas
passaria um longo período enraizado no amado-
Notadamente, o futebol é o melhor chama-
rismo, tendo sua profissionalização assumida so-
riz para a televisão. Enquanto espetáculo esportivo
mente na década de 1930.
opera com mecanismos de linguagens que facilitam
sua comercialização, tornando-o mundialmente in- Em 1931, decorrente da popularização do
teligível. Os meios de comunicação, compreenden- esporte e suas constantes discussões, o governo
do essas questões, percebem no futebol um produ- Vargas incluía o jogador de futebol entre as pro-
to para atrair telespectadores em potencial, dando fissões que deveriam ser regulamentadas pela
início a uma forte relação de mercado. legislação trabalhista (FRANCO JÚNIOR, 2007).
No entanto, esta prática passaria por uma nova
problemática: desavenças entre Rio de Janeiro e
4 A IMPORTÂNCIA DOS MCM PARA O CRESCI- São Paulo, acentuada pela Revolução Constitucio-
MENTO DO FUTEBOL nalista de 1932. Nas perspectivas apontadas por
Gurgel (2006), o processo não foi nada fácil e afe-
Os primeiros momentos do futebol da tran- tou politicamente a preparação do Brasil para os
sição dos séculos XIX e XX foram marcados por mundiais de 1930 e 1934. Mesmo com os resul-
uma série de interesses e representações que tados ruins nessas competições, alguns jogadores
relacionavam o esporte inglês, inicialmente cir- brasileiros se destacaram na competição, sofren-
cunscrito ao universo das elites – pelo menos do um enorme assédio dos clubes europeus, so-
enquanto possibilidade de prática –, à formação bretudo, os italianos.
de um novo modelo de cidadão, em um quadro A transição política coincidia com o definha-
social em que se adotava a Europa como parâ- mento do amadorismo. De acordo com Franco
metro cultural para a recém-instaurada Repúbli- Júnior (2007), um grande número de jogadores,
ca brasileira. atraídos pelo profissionalismo implantado no ex-
Nesse processo ainda não se tinha em conta terior, deixava o país, como Leônidas (1931, Peña-
que na Inglaterra, o epicentro do desenvolvimento rol), Tupi, Vani, Ramon, Teixeira e Petronilho (1931,
esportivo mundial, o futebol já adotava com cla- San Lorenzo de Almagro), Del Debbio e De Maria
ra profissionalização desde 1885, seguido da for- (1931, Lazio), Ministrinho (1931, Juventus), Rato
mação da Liga em 1988; por sinal, baseada no e Filó4 (1932, Lazio) e Domingos da Guia (1933,
modelo do sistema estabelecido anteriormente Nacional do Uruguai).
nos Estados Unidos para o beisebol profissional Para Iokoi (1997) o país se encontrava num
(HOBSBAWM, 2008). estágio diferenciado, que posteriormente se tor-
A princípio, ao contrário do que sucedia na naria tão comum no futebol brasileiro. Se no início
Inglaterra, no Brasil a prática do futebol estava do século XX o Brasil recebia imigrantes e importa-
longe de servir de elemento de conformação de va mercadorias manufaturadas e produtos da in-
uma identidade operária; estava, pelo contrário, dústria cultural, a situação do cenário econômico
restrito aos jovens estudantes e aos técnicos espe- se transformou. Hoje milhares de brasileiros vivem
cializados das companhias inglesas. Para Pereira no exterior com os mesmos objetivos dos imigran-
(2000), as notícias publicadas nos jornais brasi- tes do início do século XX que vieram para terras
leiros do período evidenciavam essa contradição, brasileiras em busca de melhores condições de
explicitando a força do futebol na Grã-Bretanha vida. Essa mudança configura-se pela abertura do
entre os círculos operários. Sem considerar a mercado global, apoiado pelo processo de revolu-
grande difusão do futebol no país que lhes servia ção tecnológica nas comunicações e na eletrônica,
de modelo, os sportsmen cariocas caracterizavam- acompanhado de transformações econômicas que
no como símbolo de elegância e sofisticação, im- 4 Filó se tornaria campeão Mundial jogando pela seleção ita-
liana.
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reduziram os processos de integração regionais proporciona. Como quase todos os jogadores atu-
ao âmbito das culturas nacionais (IOKOI, 1997). am no velho mundo, torna-se mais viável marcar
um jogo naquele continente e ter a liberação por
No cenário contemporâneo os meios de co-
parte dos clubes mais facilitada ou menos dificul-
municação de massa se mobilizam por uma corri-
tada, além do lucro garantido. E cabe ao torce-
queira criação de celebridades globais no mundo
dor brasileiro - que não vive na Europa, ou seja,
do futebol, onde cada vez mais, os valores, sím-
a grande maioria - ligar sua televisão e ver o jogo
bolos e produtos culturais extravasam as frontei-
na sala de sua casa. Notadamente, especula-se
ras nacionais, e cada vez menos, eles podem ser
que aqueles que costumam ir ao estádio, acabam
reduzidos à mera soma das culturas locais, ou à
por não criar com a seleção, o mesmo vínculo que
extroversão imperialista de uma cultura nacional
cria com seu clube de coração, já que fica impos-
hegemônica. Ou seja, os jogadores de futebol –
sibilitado de acompanhá-la.
sobretudo aqueles que jogam nas principais ligas
– são transformados em celebridades globais para
a consolidação de uma cultura popular-interna- Quadro 1 – Aumento nos valores envolvidos na negociação
cional (WAGG, 2006). da seleção brasileira.
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