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Revista Psicologia: Teoria e Prática, 15(2), 33-45. São Paulo, SP, maio-ago. 2013.

ISSN 1516-3687 (impresso), ISSN 1980-6906 (on-line).


Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review). Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Os relacionamentos amorosos na
contemporaneidade sob a óptica dos
adultos jovens
Luciane Najar Smeha1
Micheli Viera de Oliveira
Centro Universitário Franciscano, Santa Maria – RS – Brasil

Resumo: Este estudo buscou conhecer a percepção dos jovens adultos sobre os rela-
cionamentos amorosos na contemporaneidade. Para a realização desta pesquisa, foi
feita uma entrevista semiestruturada com oito jovens de ambos os sexos, com idades
entre 18 e 23 anos. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Como resul-
tado, os jovens apontam que os relacionamentos atuais baseiam-se na individualidade,
liberdade, descartabilidade, busca do romantismo, igualdade de gêneros e superficiali-
dade. Eles procuram em uma relação: confiança, respeito, beleza e alguém com um
bom futuro profissional. Os jovens também acreditam que o medo da responsabilidade
e do constante investimento em uma relação poderá dificultar o relacionamento. Assim,
o futuro das relações seria baseado em maior individualismo entre parceiros e casais
morando em casas separadas. Por meio desta pesquisa, constatou-se que as relações da
atualidade são baseadas na liberdade e na individualidade, acontecendo quando há o
investimento de ambas as partes.

Palavras-chave: relacionamentos amorosos; contemporaneidade; adultos jovens;


amor; gênero.

THE LOVING RELATIONSHIPS IN CONTEMPORARY SOCIETY FROM THE


PERSPECTIVE OF YOUNG ADULTS

Abstract: The present study intended to investigate the perception of young adults
about loving relationships in the current society. For this research, was made a semi-
structured interview with eight young people of both sexes, aged between 18 and 23
years, and the data were analyzed in terms of content. As a result, young people showed
that the current relationships are based on individuality, freedom, disposability, search
for romance, gender equality and superficiality. What they look for in a relationship:
trust, respect, beauty, and someone with a good future career. Young people also believe
that the fear of responsibility and constant investment in a relationship may difficult the
relationship. Thus, the future of relations would be based on greater individualism
among partners and couples living in separate houses. Through this survey, it was found
that relationships today are based on freedom and individuality, occurring when there is
the investment of both parts.

Keywords: loving relationships; contemporaneity; young adults; love; gender.

LAS RELACIONES AMOROSAS EN LA CONTEMPORANEIDAD BAJO LA ÓPTICA DE


LOS ADULTOS JÓVENES

Resumen: Este estudio buscó conocer la persepción de los jóvenes adultos sobre las
relaciones amorosas en la contemporaneidade. Para la realización de esta investigación,

1
Endereço para correspondência: Luciane Najar Smeha, Departamento de Ciências Humanas, Centro Uni-
versitário Franciscano (Unifra), Rua Silva Jardim, 1323, prédio 17, Santa Maria – RS – Brasil. CEP: 97010-491.
E-mail: lucianenajar@yahoo.com.br.

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Luciane Najar Smeha, Micheli Viera de Oliveira

fue hecha una entrevista semi-estructurada con ocho jóvenes de ambos sexos, con
edades entre 18 y 23 años, siendo que los datos fueron sometidos para análisis de
contenido. Como resultado, los jóvenes señalan que las relaciones actuales se basan en
la individualidad, libertad, descartabilidad, búsqueda del romanticismo, igualdad de
géneros y superficialidad. Ellos buscan en una relación: confianza, respecto, belleza y
alguien con un buen futuro profesional. Los jóvenes también creen que el miedo de la
responsabilidad y de la constante inversión en una relación podrá dificultar la relación.
Así, el futuro de las relaciones sería basado en mayor individualismo entre parejas
viviendo en casas separadas. Por medio de esta investigación, se constató que las rela-
ciones de la actualidad son basadas en la libertad y en la individualidad, sucediendo
cuando hay la inversión de ambas partes.

Palabras clave: relaciones amorosas; contemporaneidad; aultos jóvenes; amor; género.

Os relacionamentos amorosos da atualidade, em comparação aos relacionamentos


do final do século XIX, têm assumido diferentes configurações. Vários aspectos in-
fluenciaram essas mudanças percebidas na atualidade. Nesse contexto, questiona-se: o
que é o amor? Sabe-se que essa ideia pode variar conforme a cultura, vivência e per-
cepção que cada indivíduo tem desse sentimento. Para Rosset (2004), o amor não tem
significado único, ele costuma ser definido de acordo com a subjetividade de quem
vivencia o sentimento. Ainda que existam diversas concepções sobre o amor, a maioria
é contaminada por ilusões românticas e idealizações com muitas expectativas no que
diz respeito ao outro.
Considerando a perspectiva de Ferry (2007), as uniões se amparam, atualmente,
apenas nos sentimentos de amor. Como há uma nova ordem que se estabelece, basta
que o amor se apague para findar uma relação. Com isso, abre-se um espaço para que
outro amor se imponha, justificando o aumento da troca de parceiros nos relaciona-
mentos entre jovens.
Na pesquisa desenvolvida por Chaves (2010), discutiu-se a heterogeneidade das
percepções de jovens sobre os relacionamentos amorosos na atualidade. A análise do
material mostra que não há uma homogeneidade nas opiniões sobre as percepções, as
quais variam entre dois extremos: de um lado, há aqueles que veem os relacionamen-
tos como semelhantes aos de outrora, e, de outro, os que percebem o campo amoroso
como desordenado, instável, inseguro e frágil.
Já no estudo de Falcke e Zordan (2010), buscou-se investigar a opinião de adultos
jovens sobre romantismo, família, papéis conjugais e permissividade sexual, comparan-
do as opiniões de homens e mulheres. Os resultados indicaram que o casamento conti-
nua desejado pelos adultos jovens, apesar de não estar entre seus principais projetos
de vida. O amor é importante, mas não é mais percebido como eterno e exclusivo. A
avaliação dos papéis conjugais reflete a transição entre velhos e novos modelos.
Nesse sentido, torna-se importante compreender por que os jovens estão estabele-
cendo relações efêmeras. Será pelo ritmo acelerado de vida que nos é exigido diaria-
mente? Ou pela satisfação dos desejos e dos impulsos? Será pelo medo de sofrer na
relação? Ou pelo individualismo? Ou trata-se de frustração, pelo fato de o parceiro não
corresponder às expectativas e aos ideais da relação? Ou pela procura da pessoa ideal?

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Os relacionamentos amorosos na contemporaneidade sob a óptica dos adultos jovens

Inevitavelmente, a compreensão da transformação das relações interpessoais, entre


elas a relação amorosa entre duas pessoas, só é possível ao se considerarem as trans-
formações sociais que configuram a família na contemporaneidade. De acordo com
Giddens (2002), na modernidade avançada, a família atribui importância significativa
ao processo de individualização e não privilegia o investimento no coletivo.
Na atualidade, é possível observar que os adultos jovens estão estabelecendo rela-
ções amorosas de curta duração. Essas relações podem durar apenas algumas horas,
alguns dias, semanas ou meses, o que, neste estudo, será compreendido como relações
transitórias, enquanto as relações que perduram pelo menos por um ano serão deno-
minadas estáveis ou duradouras.
Entre as novas formas de se relacionar, também se pode observar a troca frequente
de parceiros nos relacionamentos entre jovens. Assim, com o intuito de compreender
melhor o significado desse fenômeno para os próprios jovens, buscou-se conhecer a
percepção do adulto jovem a respeito dos relacionamentos amorosos na contempora-
neidade, elucidar sua percepção quanto à dinâmica das relações afetivas e identificar
as expectativas dos jovens quanto aos seus relacionamentos amorosos.

Método
Participantes
Para este estudo, escolheram-se quatro jovens adultos do sexo masculino e quatro
jovens adultos do sexo feminino, com idades entre 18 e 23 anos, totalizando oito par-
ticipantes. Os participantes foram escolhidos de acordo com o critério de conveniência
e serão nomeados por letras para garantir o sigilo das informações. Dados referentes
aos participantes são encontrados no Quadro 1.

Quadro 1. Dados gerais dos participantes entrevistados

Tipos de relacionamento Estado civil


Participantes Idade Profissão vivenciado Sexo Escolaridade atual
(A) 23 Estudante Transitórios e um duradouro Feminino Superior Namorando
incompleto
(B) 19 Estudante Transitórios Feminino Superior Solteira
incompleto
(C) 22 Estudante Transitórios Feminino Superior Solteira
incompleto
(D) 22 Consultora Transitórios e um duradouro Feminino Superior Namorando
de vendas completo
(E) 21 Estudante Duradouro, agora transitórios Masculino Superior Solteiro
incompleto
(F) 23 Estudante Transitórios, um duradouro, Masculino Superior Namorando
transitórios e um duradouro incompleto

(continua)

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Quadro 1. Dados gerais dos participantes entrevistados (conclusão)

Tipos de relacionamento Estado civil


Participantes Idade Profissão vivenciado Sexo Escolaridade atual
(G) 18 Estudante Duradouros, mas agora Masculino Superior Solteiro
transitórios incompleto
(H) 21 Estudante Transitórios e um duradouro Masculino Superior Namorando
incompleto

Fonte: Elaborado pelas autoras.

Instrumentos
A fim de desenvolver este estudo, foi utilizada, como instrumento de coleta de
dados, a entrevista individual semiestruturada que abordou temas referentes à per-
cepção dos relacionamentos contemporâneos.

Procedimentos de coleta dos dados


Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário
Franciscano (Unifra), sob o Protocolo nº 187.2011.3. Os participantes foram convi-
dados por telefone, após serem indicados pelo círculo de amizade das autoras. A
coleta de dados foi realizada na instituição de ensino, da qual as autoras fazem parte,
em uma sala reservada. Os dados foram gravados e transcritos. Todos os participantes
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Procedimento de análise de dados


Após a transcrição das entrevistas, ocorreu a análise de conteúdo, conforme meto-
dologia descrita por Bardin (1977). As entrevistas foram lidas exaustivamente, e, em
seguida, formaram-se as categorias, segundo aspectos mais salientados pelos entrevis-
tados. Como resultados, obtiveram-se as seguintes categorias: características dos re-
lacionamentos na contemporaneidade, o que os jovens procuram em uma relação,
fatores que dificultam o estabelecimento das relações, a visão feminina sobre como os
homens estão estabelecendo relações amorosas, a visão masculina sobre como as mu-
lheres estão estabelecendo relações amorosas e o futuro das relações.

Resultados e discussão
Características dos relacionamentos na contemporaneidade
Os relacionamentos amorosos da contemporaneidade poderiam ser caracterizados
pelos seguintes aspectos: menor durabilidade das uniões, menor tolerância aos confli-
tos, menos paciência e mais imediatismo. Há ainda a ideia de que nada dura para
sempre, e a rapidez com que as pessoas constituem vínculos afetivos seria proporcio-
nal ao tempo que levam para rompê-los (Zordan & Strey, 2010).

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Nessa perspectiva, os jovens participantes do estudo destacaram como característi-


cas contemporâneas dos relacionamentos: individualidade, liberdade, superficialidade,
descartabilidade, busca do romantismo, prazer, igualdade de gêneros e impulsividade
na tomada de decisões. Características como a individualidade e a independência des-
tacaram-se na fala da entrevistada (A):

Hoje tu vê mais cada um vivendo sua vida e poucos momentos os dois juntos, porque o casal casado
mesmo, a mulher trabalha, ele trabalha, eles vão viver pro trabalho, eles vão esquecer da vida deles,
do relacionamento deles, eu acho que hoje está mais voltado para o trabalho do que para o relacio-
namento a dois [...].

A redefinição dos papéis de homens e mulheres na sociedade foi influenciada pelo


surgimento da indústria e urbanização, promovendo transformações na família e no
casamento. Essas transformações vêm motivando os casais a viver de uma forma mais
individualista, visando ao próprio prazer (Féres-Carneiro, 1998).
Todas essas modificações, ocorridas após a Revolução Industrial, influenciaram na
caracterização e na estruturação desses relacionamentos. Assim, percebe-se, por meio
do relato dos participantes de ambos os sexos, em especial os que se encontravam em
uma relação estável, a predominância de projetos pessoais individuais, em que a prio-
ridade dos indivíduos é a formação acadêmica, a construção de uma carreira, a esta-
bilidade profissional e até mesmo o status social. Além do exposto, há a superficiali-
dade e a descartabilidade, conforme refere (D): “Geralmente num momento difícil, as
pessoas procuram; quando tá bem, tudo legal, esquecem da gente, né?; então é mui-
to superficial, muitas vezes tu sente em um relacionamento mais sozinha do que se
estivesse solteira [...]”.
Considerando o cenário da vida moderna, Bauman (2004) aborda a fragilidade dos
laços humanos que levam a desejos conflitantes de intensificá-los e, ao mesmo tempo,
mantê-los frouxos. Segundo Bauman (2004), a parceria passa a ser vista, assim como os
bens de consumo, como algo que deve ser instantâneo, usado uma só vez, podendo
ser eminentemente descartável. Já Shinyashiki (2000) refere que as pessoas não que-
rem se vincular a alguém porque têm medo de perder a liberdade, já que se sentem
presas na relação.
De acordo com esses aspectos, percebe-se, por meio dos entrevistados, a busca de
uma relação para suprir uma “carência” ou ainda para um momento de diversão e
companhia para uma noite. Diante dos relatos, principalmente dos jovens do sexo
masculino, aparece como prioridade o desejo de liberdade para se divertir com os
amigos, sair para baladas. Pode-se inferir que a liberdade, em muitos casos, pode exi-
gir flexibilidade na dinâmica das relações, tornando-as ainda mais complexas.

[...] homem não presta, mas homem também quer coisa séria, mas não adianta. Tem amigos meus que
estão solteiros e me dizem: “Quero namorar, mas não consigo”. O cara começa a namorar e vêm dez,
vinte, trinta louca por cima, está muito difícil mesmo (F).

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Diante da liberdade e busca de igualdade dos gêneros no estabelecimento das


relações, os participantes apontaram que os jovens da atualidade parecem buscar a
satisfação de seus desejos, não se preocupando em infringir padrões tradicionais. An-
te a variedade de mulheres, os homens sentem-se “tentados” a trair e a vivenciar
relacionamentos amorosos transitórios. Com base nesses aspectos, os relacionamen-
tos da contemporaneidade seriam caracterizados também pela impulsividade, como
comenta a entrevistada (C):

[...] as pessoas não procuram se conhecer antes. Por exemplo, eu fui numa festa, fiquei com um menino.
Aí uns dois, três meses, acho que ele é o homem da minha vida, pego as minhas coisinhas e vou pra
casa dele. É tudo muito rápido, as pessoas não procuram se conhecer primeiro [...].

A entrevistada refere que os jovens agem de modo impulsivo, visando ao prazer. A


percepção dela vai ao encontro do que Bauman (2004) sugere: as relações na atuali-
dade não estão somente baseadas no prazer, mas também no impulso. A atração de
cunho sexual motiva-os a uma união, supostamente com a pessoa ideal, perfeita, mas,
com o passar do tempo, essas expectativas são frustradas e a relação, que foi iniciada
por atração sexual e comportamento impulsivo, tende a acabar.
Um dos fatores que podem explicar a impulsividade nos relacionamentos seria a
paixão. Conforme Pregnolato (2003), quando nos apaixonamos, tendemos a acredi-
tar inicialmente que encontramos a pessoa ideal que possui todos os atributos capa-
zes de nos despertar admiração, amor e desejo, satisfazendo totalmente as nossas
aspirações amorosas. No entanto, a atração e os objetivos de vida que, inicialmente
eram os mesmos, acabam resultando no fim das relações. Fatores como esses podem
estar ligados à cultura consumista e às exigências do mundo contemporâneo, onde
não há tempo para conhecer o outro e nem a si mesmo. No entanto, apesar dessa
impulsividade nas relações, os participantes parecem crer na ideia romântica de um
relacionamento: “acho que ainda tem aquele sonho de casar de branco, de encontrar
o príncipe encantado [...]” (B).
Por meio dessa manifestação da entrevistada, percebe-se o desejo de encontrar
uma pessoa idealizada para construir uma relação duradoura e estável. Vários dos
jovens entrevistados, a maioria do sexo feminino, têm esse sonho de encontrar uma
pessoa perfeita para amar. Assim, deve-se salientar que, mesmo diante da prevalên-
cia da liberdade e individualidade, ainda há, nos relacionamentos, o desejo de viver
um amor romântico e a fantasia de que esse sentimento será correspondido em to-
dos os sentidos.

O que os jovens procuram em uma relação


Como o ser humano se sente incompleto, mesmo que de fato não o seja, busca no
outro a completude. Neste estudo, revela-se que, nos seus relacionamentos, os adultos
jovens buscam: confiança mútua, diálogo sincero, respeito, fidelidade, beleza física,

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Os relacionamentos amorosos na contemporaneidade sob a óptica dos adultos jovens

identificação, alguém responsável e que tenha uma boa autoestima e um futuro pro-
fissional promissor: “para dar certo, um relacionamento tem que ser baseado na fide-
lidade, confiança e no respeito e de poder falar o que quiser para a pessoa [...]” (G).
No entanto, ao mesmo tempo que desejam estabelecer relações saudáveis com um
parceiro ideal, não abrem mão de manter a rotina da vida de solteiro e a convivência
com os amigos. Além disso, na visão dos participantes (E) e (C), há também a neces-
sidade de um companheiro com o qual se identifiquem, que seja responsável, parceiro,
com boa aparência física, além de um bom futuro profissional:

Sou flexível, mas tem que ter uns quesitos básicos, não pode ser uma pessoa que não te passe confiança
por exemplo, tem que ser uma pessoa que pense parecido, tu não pode ficar com uma pessoa que não
quer trabalhar, não quer estudar (E).

A primeira coisa que tu procura é a beleza, mas isso pra mim não é tudo. Eu procuro também uma
pessoa que tenha emprego, objetivo de crescer na vida, e que tenha estabilidade, pois eu não me vejo
sustentando marido (C).

Desse modo, os participantes do estudo, que vivenciam relações eventuais, priori-


zam, na escolha de um parceiro, a beleza e um bom futuro profissional. No entanto,
os jovens em relações estáveis destacaram aspectos subjetivos e a conservação de al-
gumas rotinas da vida de solteiro: “eu acredito que, em uma relação, é fundamental
não deixar os amigos de lado e ao mesmo tempo manter a vida de solteiro [...]” (G).
Dessa forma, a convivência em grupo é bastante valorizada pelos jovens entrevis-
tados. Ela aparece, também, como prioridade na fase da adolescência, na qual os
vínculos de amizade, cumplicidade e identificações com outros jovens são muito im-
portantes, além da aparência, beleza e sucesso como forma de aceitação social. Assim,
é possível questionar se os jovens adultos participantes deste estudo não estariam
ainda apresentando características da fase anterior, a adolescência.

Fatores que dificultam o estabelecimento das relações


Em uma relação duradoura, busca-se uma unidade com o outro de forma intensa e
exigente, daí a dificuldade de fazê-la durar. Exige-se, ao mesmo tempo, autossuficiên-
cia e relação de fusão (Guedes & Assunção, 2006). Isso acontece porque conciliar a in-
timidade da vida a dois com preservação da individualidade é um desafio para os re-
lacionamentos na atualidade.
Assim, aspectos que dificultam o estabelecimento de relações, apontados pelos
entrevistados, seriam: falta de respeito, traição, desconfiança, ciúmes exagerado, ex-
cesso de responsabilidade, muito investimento em apenas uma relação, priorização da
vida profissional e desrespeito à individualidade do parceiro.

Talvez pelo excesso de responsabilidade ao assumir um compromisso sério, por isso preferem aventura.
Quando tu assume um compromisso sério de viver junto com outra pessoa, tudo muda, a tua respon-
sabilidade aumenta, por isso que acabam fugindo, querem só aventura (A).

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Esse medo da mudança em suas vidas e de assumir maior responsabilidade é bas-


tante salientado pelos jovens entrevistados. Diante desses relatos, cabe considerar a
pesquisa de Magalhães (como citado em Ribeiro, 2010): ele verificou que mulheres
definem o casamento como uma relação amorosa, mas, para os homens, o casamento
é definido como a constituição de uma família, atrelado à responsabilidade. Nessa
perspectiva, Costa (1998) comenta que, diante do medo de assumir tamanha respon-
sabilidade no estabelecimento de uma relação e para se protegerem das inseguranças
de um relacionamento, as pessoas fariam uso de uma estratégia psicológica chamada
flutuação. Seria uma ação anestésica em relação a uma situação causadora de medo.
Complementando essa ideia, o participante (G) menciona a necessidade de constante
investimento em uma relação: “nos relacionamentos, tu tem que investir bastante, se
doar muito, às vezes mudar algumas características, melhorar outras, acho que, num
relacionamento transitório, tu não precisa investir tanto”.
De acordo com Bauman (1998), amar se caracteriza, na maioria das vezes, como
um ato arriscado, perigoso, pois não conhecemos de antemão o resultado final das
nossas experiências afetivas. Assim, as pessoas temem amar plenamente porque não
querem ser usadas no máximo de suas capacidades e não desejam modificar certas
atitudes, ou seja, temem investir significativamente em um relacionamento e, depois,
ser excluídas quando a relação demonstrar os seus primeiros sinais de desgaste. En-
tão, desenvolve-se o medo de sermos deixados para trás, de sermos excluídos e de
investirmos em relacionamentos.
Questões como essas são trazidas principalmente por entrevistados da amostra que
já estabeleceram uma relação estável e de longa duração e que agora vivenciam rela-
ções efêmeras. Com base nisso, é possível relacionar o medo de se vincular ao medo
do sofrimento, o que poderia explicar a fala do entrevistado (G), em que ele evidencia
priorizar a vida profissional: “Acho que tu tem que se valorizar primeiro, colocar os
teus compromissos à frente de tudo e depois encaixar os teus relacionamentos. Eu
priorizo a minha vida profissional”.
Diante o relato do entrevistado, pode-se perceber que, devido a algumas experiências
vivenciadas e diante da insegurança em estabelecer relações, sem saber de seus resulta-
dos, é mais fácil ou racional investir na construção da carreira: ela seria algo “garantido”
em comparação a um relacionamento que poderia ser uma experiência frustrante.
O estudo realizado por Wagner, Falcke e Meza (1997), com jovens brasileiros sobre
projetos vitais, família e casamento, constatou que o relacionamento amoroso já não
ocupa um lugar de destaque nos seus projetos de vida, pois estão mais voltados para
realização pessoal, realização profissional e projetos individuais. Já a pesquisa de Cha-
ves (2004) constatou a importância dada por homens e, principalmente, por mulheres
à formação acadêmica, à carreira profissional, à independência financeira e às possibi-
lidades de autossatisfação e autorrealização por meio de outros planos da existência,
diferentes do amoroso.
Outro aspecto interessante, que aparece neste estudo, é a visão dos participantes
quanto ao modo como o sexo oposto estabelece suas relações amorosas. As mulheres

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relataram que os homens buscam especialmente liberdade, prazer e relações sem


compromisso. Além do mais, elas pensam que os homens buscam estabelecer relações
mais duradouras depois de aproveitarem muito a juventude.

Os homens assim, hoje eles querem muito a questão de aproveitar. Tá, várias pessoas têm relaciona-
mentos sérios e tal, mas hoje tu vê vários guris que preferem ficar solteiros para sair, pra poder apro-
veitar, poder beber, assim, aquela coisa sem compromisso com ninguém [...] (D).

Nessa concepção, Bauman (2004) revela que, na construção do amor líquido, é


idealizada a busca de satisfação com o outro e o divertimento sem fronteiras, cujo
objetivo seria aproveitar o tempo presente. Nessa perspectiva, não há por que se
preocupar com o passado nem com o futuro de uma relação, enquanto o presente
é vivido sem limites. O compromisso com o outro, tanto no namoro como nos projetos
de vida, não é bem-visto, porque ele limita a liberdade individual: “é levado muito na
brincadeira, tanto os homens quanto as mulheres, [...] só que a mulher fazer o que o
homem faz é errado” (D).
O relato torna explícito uma constante busca de prazer e liberdade dos jovens em
ambos os sexos, porém parece haver uma distinção na aceitação do comportamento
conforme o gênero. Para as mulheres, os homens têm preconceito quando elas
se comportam do mesmo modo que eles, pois as mulheres, apesar dos avanços da
contemporaneidade, são criticadas ao assumirem posturas aceitas e previstas somen-
te para os homens.
A nova configuração de valorização do profissional foi facilitada pelo trabalho
remunerado feminino que constituiu um momento de virada nessa dinâmica da dis-
tribuição do poder nas relações conjugais, uma vez que, pela independência econô-
mica da mulher, novos arranjos se tornaram possíveis no âmbito familiar. Assim, o
casamento não deixou de ser importante, mas não é mais fundamental. Hoje as pes-
soas consideram imprescindíveis o amor e a cumplicidade para o crescimento pessoal,
independentemente de estarem casadas ou não (Teykal, 2007).
Os homens entrevistados relataram que as mulheres estão estabelecendo as rela-
ções com base em aspectos como liberdade, independência e relações efêmeras, mas,
ao mesmo tempo, apontam a manutenção dos valores tradicionais e do romantismo,
desejando intensamente ter compromisso sério, o que leva os homens sentirem-se
“assustados”, coagidos.
Diante desses aspectos, o participante (F) relata que as mulheres estão mais inde-
pendentes, porém não se valorizam mais como antigamente e querem aproveitar a
vida como os homens:

Acho que elas estão dando menos importância do que davam antes pros relacionamentos, agora já faz
muito tempo que a mulher é independente, ela é independente na vida amorosa, elas não precisam de
um homem só para ser felizes, elas chegaram a esse ponto que eu não acho nada errado, eu acho
certo, o que eu acho errado mesmo é as mulheres não se darem tanto valor, eu acho que elas têm que
dar, mas elas não estão dando mais importância ao relacionamento sério, elas querem curtir também.

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A maioria dos homens adultos jovens, participantes da pesquisa, trouxe a questão


de a mulher, na atualidade, “querer aproveitar a vida como os homens”. Nessas falas,
foi possível observar a ambivalência na opinião emitida: ao mesmo tempo que eles
dizem que não acham errado as mulheres se relacionarem como os homens, ressaltam
que elas deveriam se valorizar, pois as mulheres não estariam dando valor a um rela-
cionamento sério e só querem curtir. Isso nos leva a crer que esses jovens do sexo mas-
culino ainda resistem à igualdade de gêneros no estabelecimento das relações.
Complementando essa ideia, Ribeiro (2010) refere que, na atualidade, a mulher
encontra-se independente, afetiva e financeiramente, do companheiro. A mulher pri-
ma pela afetividade na relação amorosa, todavia não a tem como única meta; ela
também visa à felicidade pessoal, que não parece ser buscada somente pelo casamento,
mas também em outras relações com o mudo ao seu redor, tanto no âmbito amoroso
quanto sexual. Além do mais, os participantes (G) e (E) referem que as mulheres da
atualidade têm maior afeição nos relacionamento do que os homens, já que elas são
mais românticas. Há algumas que não querem nada sério, mas, em um determinado
momento, desejam um parceiro:

[...] existem as mulheres que levam a sério, assim como o homem, mas as mulheres têm uma afeição
talvez pelo relacionamento um pouco maior que o homem, talvez elas prefiram um relacionamento
mais duradouro (G).

[...] eu conheço uma guria com intenção de conhecer e aproveitar o momento, sair e curtir, e nisso a
guria pensa que tu está a fim dela pra coisa seria, né? A princípio assusta um pouco (E).

Diante desses valores tradicionais de algumas mulheres, bem como do desejo in-
tenso de envolver-se em uma relação e constituir uma família, ficou explícito, no relato
dos participantes entrevistados, o receio de envolvimento nesses casos, pois se sentem
confusos ao assumirem compromisso.

O futuro das relações


Conforme o relato dos participantes, no futuro, as relações serão construídas por
parceiros cada vez mais individualistas e com prioridade na construção da carreira pro-
fissional. O estudo também apontou que os jovens acreditam que os relacionamentos
contemporâneos estáveis e duradouros deverão acontecer em idade mais avançada.

Eu acho que vai ter um momento que vão casar, vai diminuir o número de casamentos, mas o casal vai
casar, e cada um vai viver em uma casa, vai ser um casamento meio que um namoro, eu numa casa, tu
na outra, a gente se encontra só para matar a saudade [...] pois tu olha pros casais hoje eles só pensam
no trabalho, trabalho, trabalho, profissional. Eu tenho que estudar. Aí termina a faculdade, tu tem que
fazer mestrado; e acaba mestrado, tem que fazer doutorado; acaba o doutorado, aí depois tem que ir
lá no estrangeiro para fazer intercâmbio (A).

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Os relacionamentos amorosos na contemporaneidade sob a óptica dos adultos jovens

Esse relato ilustra a ideia de que as relações no futuro tendem a uma configuração
ainda mais singular. No entanto, a entrevistada (D) também salientou a importância
do diálogo e da confiança nesses casos, além do comum acordo nas combinações
estabelecidas pelo casal, para que assim a relação perdure. Ao mesmo tempo que o
indivíduo se sente livre, sente-se preso, inseguro, indeciso em relação a todas essas
questões. Então, o futuro das relações seria baseado na liberdade dos diferentes
padrões de relacionamento, como o homossexualismo comentado por entrevistados
de ambos os sexos. Por meio do discurso da participante, é possível verificar a dificul-
dade existente de se adaptar a comportamentos que se diferenciam do seu.
Para Rosset (2004), o relacionamento tende a se tornar difícil quando um homem
e uma mulher não reconhecem que são biologicamente diferentes, obtendo formas
distintas de enfrentar algumas questões e cada um quer que o outro atenda a suas
expectativas. Nessa perspectiva, Lipovetsky (2004) comenta que estamos na era do
vazio, na medida em que o homem sente-se angustiado e receoso em relação a essas
diferenças e à liberdade de escolha que a contemporaneidade lhe ofereceu. Assim,
haveria um constante paradoxo entre a cultura do excesso e aquela da ausência ou
moderação, na qual a autonomia deve coexistir com a dependência.
Conforme os relatos dos participantes, no futuro das relações, os relacionamentos
serão firmados em idade mais avançada, como repercussão dos aspectos anteriormente
citados, como liberdade, busca do prazer, individualidade, prioridade na formação
profissional e estabilidade no trabalho.
Neste estudo, buscou-se compreender a percepção de jovens adultos sobre as rela-
ções amorosas estabelecidas na contemporaneidade. Inicialmente, os dados obtidos
apontaram para o desejo dos jovens em conciliar a experiência de uma relação tradi-
cional baseada no amor romântico com a vida de solteiro, caracterizada pela liber-
dade, individualidade e ausência de compromisso com o parceiro.
Embora tenha ficado evidenciado o pouco investimento em seus relacionamentos,
há esperança de encontrar uma pessoa para se relacionar, a qual corresponda total-
mente às expectativas, alguém idealizado que proporcione prazer e felicidade. Assim,
foi possível perceber discursos em relação às experiências amorosas dos participantes,
pois eles anseiam muito mais por receber afeto e ter suas necessidades atendidas pelo
parceiro do que disponibilizar seu tempo, sua atenção e dedicação para proporcionar
satisfação, prazer e felicidade ao outro. Nessa perspectiva, as vivências amorosas pare-
cem estar sustentadas na garantia dos próprios interesses em detrimento do alheio.
No entanto, nos relatos dos participantes, é possível observar que os adultos jovens
apontam críticas e evidenciam preconceito em relação ao comportamento do sexo
oposto, pois consideram errada a forma como eles estabelecem suas relações amoro-
sas. Na opinião dos homens, as mulheres não deveriam se comportar como se fossem
“homens”, vivendo relações de curta duração e trocando frequentemente de parcei-
ros. Por sua vez, as mulheres salientam que os homens não querem relações que en-
volvam fidelidade e compromisso. Com isso, o estudo revela conflito e desigualdade
em relação às expectativas alicerçadas nas diferenças de gênero.

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Luciane Najar Smeha, Micheli Viera de Oliveira

As relações atuais foram descritas com características como predominância da in-


dividualidade, superficialidade, pouco investimento e instabilidade. Com o interesse
de conciliar uma relação amorosa mais tradicional, baseada em intensos sentimen-
tos de afeto e o respeito aos interesses individuais de crescimento e desenvolvimento
profissional, os jovens deste estudo apontaram que as relações do futuro terão um
delineamento e uma configuração ainda mais singulares.
Enfim, eles sugerem que, no futuro, os modos alternativos de organizar uma rela-
ção, como não coabitação e contrato de liberdade para ambos, poderão ser uma
maneira de preservar as características dos adultos na contemporaneidade e de via-
bilizar uma relação de qualidade que seja satisfatória para ambos.
Tendo em vista a amplitude do tema investigado, é importante considerar as limi-
tações deste estudo, como o pequeno número de participantes, o que não permite
generalizações, especialmente por se tratar de um tema complexo, no qual várias
questões subjetivas podem ser abordadas para a sua compreensão, como a motivação
para os relacionamentos afetivos, os sentimentos mobilizados nas relações interpes-
soais e a experiência de vivenciar o amor e suas vicissitudes. Por fim, considera-se que
este estudo contribui para a elucidação das relações amorosas na contemporaneidade,
mas não esgota o tema, no qual há o atravessamento de uma magnitude de fatores
que merece uma melhor compreensão por meio de novos estudos.

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Submissão: 09.04.2012
Aceitação: 15.04.2013

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