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UNIDADE 1 – Apostila 2
5 S – FERRAMENTAS DA QUALIDADE
FORMAÇÃO CONTINUADA
NOME DO ALUNO:_________________________________________________________________n0____________
PROFESSOR: ________________________________________________________________TURMA____________
Assistente de Controle da Qualidade
Apostila 2 – Ferramentas da Qualidade
© SENAI-SP
Trabalho elaborado pela Escola SENAI – “ Santos Dumont “ – São José dos Campos
Equipe responsável
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http:// www.sp.senai.br
Sumário
SUMÁRIO ......................................................................................................................................5
ELABORAÇÃO DOS PROJETOS ................................................................................................9
AVALIAÇÃO FINAL....................................................................................................................9
PROJETO DO MÓDULO I ...........................................................................................................10
CONTEÚDO DO TRABALHO ..........................................................................................................11
AVALIAÇÃO DO PROJETO ............................................................................................................12
PROJETO DO MÓDULO II ......................................................................................................13
PROGRAMA 5S ..........................................................................................................................15
IMPLANTAÇÃO DOS 5S................................................................................................................16
NOMENCLATURA – 5, 6 OU 9S? ..................................................................................................16
BENEFÍCIOS DA TÉCNICA 5’S ......................................................................................................17
KAIZEN........................................................................................................................................19
EXEMPLO DE KAIZEN ..................................................................................................................20
OS 10 PRINCÍPIOS DO KAIZEN .....................................................................................................21
JIT – JUST-IN-TIME....................................................................................................................23
TEORIA DOS DESPERDÍCIOS ........................................................................................................24
REDUÇÃO DAS PERDAS ..............................................................................................................25
KANBAN......................................................................................................................................27
QUE É KANBAN ..........................................................................................................................27
FUNÇÕES DO KANBAN ................................................................................................................27
CONTROLE DE PRODUÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS POR KANBAN .................................28
PROCESSO DE ENCADEAMENTO – KANBAN .................................................................................28
CICLO PDCA...............................................................................................................................33
FASES DO PDCA .......................................................................................................................33
FERRAMENTAS USADAS NO PDCA..............................................................................................34
BENCHMARKING .......................................................................................................................37
DEFINIÇÃO .................................................................................................................................37
HISTÓRICO ................................................................................................................................37
TIPOS DE BENCHMARKING ..........................................................................................................37
A RECEITA DO BENCHMARKING...................................................................................................38
INDICADORES ............................................................................................................................41
TIPOS DE INDICADORES .............................................................................................................41
PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO.................................................................................................43
FLUXOGRAMA ...........................................................................................................................45
DEFINIÇÃO .................................................................................................................................45
OBJETIVO ..................................................................................................................................45
QUANDO USAR ...........................................................................................................................45
COMO FAZER .............................................................................................................................47
EXEMPLOS:................................................................................................................................51
ERROS COMUNS .........................................................................................................................53
EXERCÍCIO:................................................................................................................................53
HISTOGRAMA...........................................................................................................................127
DEFINIÇÃO ...............................................................................................................................127
OBJETIVO ................................................................................................................................127
QUANDO USAR .........................................................................................................................128
TIPOS DE HISTOGRAMA.............................................................................................................129
COMO FAZER ...........................................................................................................................132
EXERCÍCIO:..............................................................................................................................140
CARTAS DE CONTROLE .........................................................................................................143
DEFINIÇÕES BÁSICAS ...............................................................................................................143
VARIABILIDADE.........................................................................................................................146
CONCEITOS E SIMBOLOGIA .......................................................................................................148
GRÁFICO DE CONTROLE ...........................................................................................................150
QUANDO USAR .........................................................................................................................151
TIPOS DE GRÁFICO DE CONTROLE .............................................................................................152
ANÁLISE DOS GRÁFICOS DE CONTROLE .....................................................................................153
CONSTRUÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLE POR VARIÁVEIS ........................................................159
CARTAS DAS MÉDIAS E AMPLITUDES .........................................................................................168
CARTAS DE VALORES INDIVIDUAIS E AMPLITUDES MÓVEIS (X- RM) .............................................172
CONTROLE POR ATRIBUTOS ......................................................................................................177
GRÁFICO NP OU PN ..................................................................................................................178
GRÁFICO P...............................................................................................................................183
RESUMO ..................................................................................................................................187
CARTA DE TENDÊNCIA...........................................................................................................189
PADRONIZAÇÃO ......................................................................................................................193
5 POR QUÊS .............................................................................................................................195
TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ............................................................................................197
COMO FAZER UMA APRESENTAÇÃO?.........................................................................................197
COMO FAZER ...........................................................................................................................198
4 PASSOS PARA ELABORAR UMA BOA APRESENTAÇÃO ...............................................................198
ALGUNS CUIDADOS DURANTE A APRESENTAÇÃO .......................................................................204
ETIQUETA EMPRESARIAL ......................................................................................................207
ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................................................207
INDIVIDUALISMO E ÉTICA PROFISSIONAL ....................................................................................208
VOCAÇÃO PARA O COLETIVO ....................................................................................................210
CLASSES PROFISSIONAIS .........................................................................................................210
VIRTUDES PROFISSIONAIS ........................................................................................................211
ÉTICA PROFISSIONAL ...............................................................................................................215
MARKETING PESSOAL ..............................................................................................................216
ETIQUETA EMPRESARIAL ..........................................................................................................222
CIDADANIA ...............................................................................................................................224
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................227
AVALIAÇÃO FINAL
A avaliação final do curso será feita por meio de dois projetos a serem elaborados e
apresentados pelos alunos por meio de trabalho em equipe. As Unidades 1 a 3 com-
porão o Módulo I e a Unidade 4 comporá o Módulo II.
A média final individual de cada aluno será calculada através da média ponderada das
seguintes avaliações:
Alunos com aproveitamento de estudos terão suas notas calculadas segundo o mes-
mo critério, usando as notas obtidas nos estudos aproveitados (cursos SENAI), ou
através de trabalhos comprobatórios sobre os estudos aproveitados (conhecimentos
obtidos fora do SENAI).
NOTA: É importante notar que os trabalhos serão todos feitos em grupo (equipe),
mas as notas serão individuais.
PROJETO DO MÓDULO I
□ Relatório; e
□ Apresentação.
O relatório é o projeto propriamente dito e deve conter uma explicação redigida para
todos os itens de análise.
Formatação
O relatório deve ser entregue em papel, encadernado em capa dura na cor PRETA,
com letras DOURADAS, conforme norma SENAI “Diretrizes para a elaboração de
Trabalhos Acadêmicos”, da qual uma cópia será fornecida a cada grupo de trabalho
(como guia, use a formatação desta apostila e o manual “Orientações para Elabora-
ção de Trabalhos Acadêmicos”). O relatório deverá ter o logotipo oficial do SENAI
além do logotipo da empresa objeto do trabalho em cada cabeçalho de página.
A apresentação deverá ser feita para projeção com equipamento multimídia. Deverá
ter o logotipo oficial do SENAI em todas as telas projetadas, além do logotipo da em-
presa objeto do trabalho.
Entrega
CONTEÚDO DO TRABALHO
1ª Folha: Capa
2ª Folha: Créditos:
• Nomes completos dos participantes do grupo
• Nome completo do(s) orientador(es)
• Identificação da turma dos participantes (sigla)
• Data (semestre / ano)
• Dados da Empresa:
o Nome ou Razão Social
o Endereço completo
o Telefone / Fax / etc.
o Email
3ª Folha: Sumário (Índice)
Desenvolvimento do Projeto
O Projeto deve conter pelo menos as seguintes informações (os itens em negrito e
itálico são mandatórios):
• Histórico da Empresa
• Política da Qualidade
• Kaizen: Deve ser implantado um programa Kaizen para melhoria de algum produ-
to ou processo da empresa.
o Fluxograma
o Indicadores (análise)
o Folha de Verificação e Estratificação
o Diagrama de Pareto (Pareto e Pós-Pareto – análise)
o Diagrama de Causa e Efeito
o Brainstorming (descrever como foi feito e análise)
o Matriz GUT (análise)
o Cartas de Controle (análise)
o Histograma (análise)
o 5W e 2H – Plano de Ação
AVALIAÇÃO DO PROJETO
o Brainstorming 5 pontos
o Histograma 5 pontos
• Aplicação de Dinâmica 5 pontos
Observação: Alguns dias antes das apresentações de projeto será dada uma aula
sobre “Técnicas de Apresentação”.
PROJETO DO MÓDULO II
Este projeto não deverá ser encadernado, mas terá obrigatoriamente que ser elabora-
do em formato técnico, em WORD, com cabeçalho e rodapé (Procedimento) e com
bordas para emoldurar (Política). Deverá ser evidenciada a hierarquia de aprovação,
data, numeração e versão dos documentos, simulando ou reproduzindo documentos
reais existentes na empresa.
Programa 5S
Utilização
Arrumação
1º S Seiri Sorting Senso de
Organização
Seleção
Ordenação
Classificação
Limpeza
3º S Seisou Sweeping Senso de
Zelo
Asseio
Higiene
4º S Seiketsu Sanitizing Senso de
Saúde
Integridade
Autodisciplina
Compromisso
IMPLANTAÇÃO DOS 5S
NOMENCLATURA – 5, 6 OU 9S?
há até empresas que empregam 9 sensos. A lista a seguir apresenta todos os sensos
atualmente em uso.
Senso de Utilização 1º S
Senso de Ordenação 2º S
Senso de Limpeza 3º S
Senso de Asseio 4º S
Senso de Autodisciplina 5º S
Senso de Firmeza 6º S
Senso de Dedicação 7º S
Senso de Relato com ênfase 8º S
Senso de Ação simultânea 9º S
Eliminação do Desperdício
Otimização do espaço
Ambiente de trabalho agradável
Prevenção de quebras e acidentes
Eliminação e redução de condições inseguras
Mudança de comportamentos e hábitos
Melhoria nas relações humanas
Desenvolvimento do espírito de equipe
Auto – disciplina
Padronização do processo
Confiabilidade dos dados de controle
Administração participativa
Aumento da produtividade
Melhoria da imagem da empresa
Kaizen
KAI = MUDAR
Melhoramento Contínuo
KAIZEN
ZEN = BOM
MELHOR
É uma filosofia que afirma que todas as coisas podem ser constantemente melhora-
das.
Orientado para trabalhos em grupo que pode ser representado pelos cíclos de Contro-
le de Qualidade (CCQ) ou outras atividades em grupos pequenos, que usam diferen-
tes ferramentas estatísticas para resolver problemas. As atividades destes grupos
visam criar movimentos para aumentar o nível da qualidade, segurança, produtivida-
de, etc.
EXEMPLO DE KAIZEN
OS 10 PRINCÍPIOS DO KAIZEN
JIT – Just-in-Time
Just-in-Time quer dizer no momento certo. Como esse sistema ficou consagrado pela
sigla JIT, continuaremos a utilizar o termo em inglês. O sistema JIT é originário do
Japão, criado por Taiichi Ohono, ex-presidente da Toyota Motor Company, para redu-
zir estoques e melhorar a ocupação da área disponível na fábrica. Porém como vere-
mos, o sistema traz benefícios à empresa também em muitos outros aspectos.
Dentro da fábrica, o fluxo produtivo deve ser olhado do fim para o começo. Por exem-
plo, numa empresa com usinagem e montagem final, a usinagem só irá produzir o que
e quando a montagem solicitar: o posto de trabalho subsequente é que vai retirar pe-
ças no posto anterior. Isso quer dizer que a ordem de produção para o posto 1 é da-
da pelo posto 2, e o posto 1 deve produzir apenas a quantidade de peças levadas pelo
posto 2.
A lógica é vincular a produção diretamente ao mercado, uma vez que não adianta
produzir o que não vai ser vendido no momento. A produção deve ter um grau de fle-
xibilidade grande para poder se adaptar as mudanças, especialmente mudanças na
quantidade relativa entre os vários itens produzidos.
Taiichi Ohono definiu perda como sendo tudo que não acrescenta valor ao produto, como
por exemplo:
Filas de materiais são perdas, pois ocupam espaço, aumentam o tempo do ciclo de manu-
fatura e podem danificar as peças.
Estoques são perdas, pois requerem gastos com armazenamento, registros e movimenta-
ções de materiais, além de imobilizar o capital, ou seja, estoque é o dinheiro parado que po-
deria ser empregado em outras finalidades.
Produzir mais do que se planejou é perda, pois além de produzir desnecessariamente, o
material desviado para essa produção poderia estar sendo empregado em outro produto, a-
lém de se criar um estoque interno de inventário (capital parado).
Tempo não aproveitado é perda. Por exemplo, se um operário fica parado enquanto sua
máquina trabalha uma peça, o operário está ocioso, e ociosidade é perda.
Movimentação desnecessária de material é perda. Um leiaute inadequado pode incorrer
em distâncias desnecessárias entre materiais e peças.
Tempo longo de preparação ou de reparação de máquinas é perda, pois além de não
produzir, muitas vezes o operário fica ociosamente assistindo a atuação da manutenção. De-
ve-se treinar o operário para fazer a preparação da sua máquina, e deve ser implantado um
sistema de manutenção preventiva que evite paradas desnecessárias.
Quando o rio está cheio, as pedras são escondidas pela água (estoque).
Quando o rio está baixo, no entanto, as pedras aparecem acima d’água.
1A
Produto “P” 5B x 500 “P” p/ semana
3C
Fornecedores:
Kanban
QUE É KANBAN
O tipo de sinal usado como Kanban não é importante. Cartões, escalas pintadas,
bolas coloridas, luzes e sistemas eletrônicos têm sido usados como sinais de
Kanban.
FUNÇÕES DO KANBAN
CONTROLE DE PRODUÇÃO E
TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS POR KANBAN
Vamos imaginar que existem dois postos de trabalho próximos, aos quais chamare-
mos de postos A e B. O posto A produz peças e abastece o posto B.
Posto A Posto B
Quem deve dar a ordem de produção para o posto A é o posto B, conforme o sistema
JIT. Para que a comunicação seja clara, simples e rápida, a ordem é comunicada por
meio de fichas de cartolina, papelão ou outros meios visuais. O posto B é quem requi-
Quando o cesto em que estava trabalhando fica vazio, o trabalhador do posto B leva o
cesto vazio ao posto A com a ficha de “movimentação”. Deixa o cesto vazio no posto
A e pega o cesto cheio, indicado com a ficha de “Produção”. Retira esta ficha colo-
cando no posto A, num local visível, indicando que um novo cesto deve ser cheio.
Processo Posterior : B
Peça N o : Locação no Estoque:
Capacidade do
Contenedor :
Locação no Estoque:
N o Kanban : Processo Anterior : A
ESTAÇÃO DE TRABALHO A
O Kanban é, portanto, uma ficha que indica autorização para puxar a produção e mo-
vimentar materiais, de acordo com o sistema JIT.
Supermercado
Ciclo PDCA
FASES DO PDCA
Plan – Planejar. Definir o que se quer, planejar o que será feito, estabelecer metas
P
e os métodos que serão usados para atingir as metas propostas.
Act – Agir. Fazer correções de rota se e quando necessário, tomar ações correti-
A
vas ou preventivas ou de melhorias, caso percebido nas fases anteriores a necessi-
dade de corrigir ou melhorar os processos. Agir buscando a melhoria.
Benchmarking, Definição dos Objetivos e Metas, Elaboração dos planos de ação (5W
2H), Atribuição de autoridade e responsabilidades, Indicadores de Desempenho, ou-
tras.
A
(*) Rodar o S (*) Rodar o
PDCA(Melhoria SDCA(Standard)
)
C D
Observação:
O Ciclo PDCA é base na elaboração das normas de Qualidade (NBR ISO 9001:2000),
Meio Ambiente (NBR ISO 14001:2004) e de Saúde e Segurança do Trabalho (OHSAS
18001:1999).
Benchmarking
DEFINIÇÃO
Pode ser entendido como uma ferramenta complementar para o processo de implan-
tação de um sistema de qualidade em uma organização.
HISTÓRICO
No início dos anos 80 (EUA) o benchmarking era realizado somente com os concor-
rentes, e as perguntas mais tradicionais eram:
Quem será o nosso benchmark [parâmetro], ou seja , quem é que faz a mesma coisa
que nós , mas tem melhores resultados, do tipo, mais lucro, menor custo, melhor qua-
lidade, entre outros.
TIPOS DE BENCHMARKING
Na prática, a realização do benchmarking não é uma tarefa fácil. Requer muito plane-
jamento e metodologia para não se incorrer em erros. Todavia os resultados podem
levar uma organização à modernização e a melhores resultados operacionais, além da
manutenção da competitividade e assegurar a sua sobrevivência.
A RECEITA DO BENCHMARKING
Execução
Coletar dados
Indicadores
TIPOS DE INDICADORES
Indicadores de Produtividade
Permitem uma análise do aproveitamento de uso dos recursos, sejam de tempo, pes-
soal, material, financeiro ou outros.
Indicadores da Qualidade
Não relacionam entradas e saídas do processo, mas sim parâmetros que valiam os
aspectos de satisfação e atendimento ao cliente..
% da Produção ou Total de
Número de Peças Defeituosas /
Índice de Defeituosos Peças que Apresentaram Al-
Total de Peças Produzidas
gum Defeito
PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO
Com base nas informações anteriores, pode-se propor o seguinte roteiro resumido
para definição de “ O que Medir “.
Exemplos :
Taxa de Freqüência
Fluxograma
DEFINIÇÃO
OBJETIVO
Apresentar uma visão global do processo e permitir visualizar como as várias etapas
deste processo estão relacionadas entre si.
QUANDO USAR
COMO FAZER
a
1 etapa - Definir a simbologia a ser adotada.
Existem vários tipos de símbolos que podem ser adotados na construção dos fluxo-
gramas. Ao escolhê-los devemos considerar:
Operação
Inspeção
Armazenagem
Transporte
Espera
Início/Fim do processo
Determina o ponto exato em que a descrição do processo teve início e tam-
bém onde ela termina.
Operação
Indica a etapa do processo na qual há uma transformação intencional ou
quando se prepara o produto ou o serviço para a operação seguinte.
Inspeção
Indica o exame de um produto ou serviço para identificação, verificação de
sua qualidade, determinação da quantidade, etc.
Armazenagem
Indica a etapa em que um produto ou serviço deve ser guardado e protegi-
do contra deslocamento não justificado.
Transporte
Indica a etapa em que um produto ou serviço sai de um local para outro,
como por exemplo - enviar uma correspondência, enviar peças para o al-
moxarifado, etc. .
Espera
Indica circunstâncias que não permitem ou não exigem a execução da fase
seguinte do processo; portanto, o produto ou serviço aguarda processa-
mento.
Nota
Dois símbolos podem ser combinados quando as atividades são executadas no mes-
mo local de trabalho ou simultaneamente, como atividade única.
Ação
Decisão
Conector
A simbologia acima não constitui um padrão único. Cabe ao usuário adotar o padrão
que melhor lhe convier.
a
2 etapa – Definir a aplicação pretendida.
Esta definição é importante na medida em que, a partir dela, serão alocadas respon-
sabilidades e informações necessárias aos objetivos pretendidos.
a
3 etapa – Identificar o início e o fim do processo.
a
4 etapa – Identificar passo a passo cada etapa do processo.
EXEMPLOS:
Fluxograma matricial
Usado para caracterizar um processo que possui relação com diversas áreas, pesso-
as ou departamentos.
ERROS COMUNS
EXERCÍCIO:
Folha de Verificação
DEFINIÇÃO
São formulários elaborados para facilitar o registro e análise de dados obtidos numa
coleta. Também conhecidos por checklist.
OBJETIVO
QUANDO USAR
As folhas de verificação devem ser usadas em qualquer processo que necessite cole-
ta de dados.
COMO FAZER
a) Determinar o objetivo específico para a coleta dos dados (as questões a serem
dirigidas).
Elaborar um formulário para registrar dados. Prover espaço para registrar as informa-
ções sobre:
Precauções
EXEMPLOS:
o
Componente: parafuso n 123 Produção: 50.000 peças
///// ///
Data: Data:
Ítem Observação
Capa OK
Lista de material OK
Aprovação: Data:
ERROS COMUNS
Estratificação
DEFINIÇÃO
OBJETIVO
Exemplos de estratificação:
Operadores
Reclamações
Retorno de Campo
Mecânica B
Mecânica D
Mecânica E
Garantia
Prazo de
Entrega
Outros
Outros
Tipos de
Retorno
Freios
Embreagens
Motor
Outros
QUANDO USAR
COMO FAZER
EXEMPLOS:
Avaliador:
No alunos: No reprovados: %:
Nº H P B M Q D G F I
Total
Observações / Críticas:
Como preencher:
Objetivos:
EXERCÍCIO
Dica:
Gráfico de Pareto
PRINCÍPIO DE PARETO
PRINCÍPIO DE PARETO
DEFINIÇÃO
Forma especial do gráfico de barras verticais, que dispõe os itens analisados desde o
mais freqüente, até o menos freqüente.
OBJETIVO
ANÁLISE DE PARETO
A forma gráfica de apresentar os dados estudados por esse método ficou conhecida
como Gráfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto.
ANÁLISE DE PARETO
Abordagem estatística que permite a identificação dos
aspectos relevantes relacionados à qualidade
60 100
Freqüência Acumulada
Número de NC encontradas
45 80
40
nos livros
15
20
Erros de tradução
TIPOS
Manchas na
Legendas
trocadas
trocadas
Figuras
Outros
DE NC
capa
QUANDO USAR
O gráfico de Pareto é usado sempre que for preciso ressaltar a importância relativa
entre problemas ou condições, no sentido de:
COMO FAZER
Essa estratificação pode ser feita de várias formas e o resultado – aparência do dia-
grama de Pareto – vai normalmente variar conforme a estratificação adotada.
Na figura abaixo, podem ser feitas várias estratificações para o índice de rejeições:
Rebarba ///// / 06
Bolha / 01
Total ⇒ 202
4º Passo: Classifique cada item em ordem decrescente e anote sua posição na colu-
na classificação da Folha de verificação.
freqüênca do item
% individual = x 100
freqüênciatotal
Exemplo:
12
% individual = x 100 = 6%.
202
Total ⇒
9º Passo: Construa a curva da % acumulada. Ela oferece uma visão mais clara da
relação entre as contribuições individuais de cada um dos fatores.
REDUÇÃO
DEFEITO MODIFICAÇÃO NA INCI-
DÊNCIA
Nota: às vezes, uma alteração pode acarretar em outra melhoria – como por exemplo
no caso da vassourinha: A melhor limpeza das peças também reduziu em 50%.a
quantidade de riscos encontrados.
Total ⇒
Total ⇒
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Gráficos de Pareto podem ser por sintomas (efeitos) ou por causas. Eis alguns e-
xemplos:
Este gráfico é utilizado para descobrir a causa maior do problema e se refere às cau-
sas dentro do processo.
Exemplos Práticos:
Número
de
Defeitos
% de
Defeitos
Custo
total
EXERCÍCIO
o
Componente: Parafuso N 123 Quantidade produzida: 50.000 peças
o
///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// /////
N peças defeituosas 68
///// ///// ///// ///// ///
Resolução
o
Componente: Parafuso N 123 Quantidade produzida: 50.000 peças
Formato da
///// ///// ///// ///// ///// / 26
cabeça
Tamanho da
///// ///// 10
cabeça
o
///// ///// ///// ///// ///// /////
N peças defei-
///// ///// ///// ///// ///// ///// 68
tuosas
///// ///
o
Componente: Parafuso N 123 Quantidade produzida: 50.000 pe-
ças
o
///// ///// ///// ///// /////
N peças defeituo-
///// ///// ///// ///// ///// 68
sas
///// ///// ///// ///
3. Construir o gráfico.
PAYNTER CHART
O Paynter Chart é uma ferramenta gráfica inicialmente utilizada na Ford Motor Com-
pany que combina os conceitos de um gráfico de acompanhamento com o Gráfico de
Pareto. Tipicamente, o gráfico de acompanhamento é mostrado no topo e uma lista
de defeitos / deficiências é apresentada sob o eixo horizontal para indicar que itens
compõem cada período relatado.
O Paynter Chart é uma ferramenta que vai além e complementa a Análise de Pareto.
Pareto focaliza em problemas que oferecem o maior potencial para melhoria, mos-
trando sua freqüência relativa ou dimensão (criticidade). Um Paynter Chart, adicio-
nalmente, agrupa as barras do Diagrama de Pareto por subgrupos. Esses subgrupos
podem ser dias, turnos, horas, etc.
As figuras abaixo comparam um gráfico de Pareto típico com dois Paynter Charts re-
lacionados.
O QUE É
Definições
OBJETIVO
QUANDO USAR
COMO FAZER
1º Passo: Identifique e defina o problema ou efeito, tomando cuidado para que esteja
claramente entendido por todos.
Nesta fase, caso os fatores não estejam bem claros para toda a equipe, recomenda-
se utilizar os seguintes grupos, bastante abrangentes:
• Mão-de-obra;
• Máquinas;
• Matéria-prima;
• Meio ambiente;
• Método.
• Medidas
Os 6M acima não devem ser fator limitante. Outros grupos de possíveis causas pode-
rão ser considerados em função da complexidade do processo, como os exemplos
que seguem.
• Clima organizacional;
• Gerenciamento;
• Manutenção;
4 M´s: 6 M´s:
4 M´s: 6 M´s:
1 - Método
1 - Método 1 - Método
2 - Gestão 1 - Método
2 - Gestão 2 - Gestão
3 - 2 - Gestão
3 - 3 - Mão de Obra
4 - Material 3 - Mão de Obra
4 - Material 4 - Material
5 - 4 - Material
5 - 5 - Meios de Controle
6 - Máquinas 5 - Meios de Controle
6 - Máquinas 6 - Máquinas
4 P´s: 6 - Máquinas
• Medição; 4 P´s:
1 - Políticas
1 - Políticas
2 - Procedimentos
• etc. 2 - Procedimentos
3 - Pessoas
3 - Pessoas
4 - Planta
4 - Planta
a) Escreva o problema ou efeito definido no lado direito e desenhe uma longa flecha
apontada para ele.
c) Realize um Brainstorming.
Nesta fase identificam-se as causas prováveis relacionadas aos grupos básicos – es-
pinhas “grandes” (6M). Assim, deverá ser realizado um Brainstorming para cada gru-
po básico.
• Descubra fatores que possam ser atacados. Se a causa que foi identificada não
puder ser atacada, o problema não será resolvido. Para que haja melhoria, as
causas precisam ser desdobradas até o nível em que possam ser atacadas, ou a
sua identificação terá sido um exercício sem sentido.
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
• Incapacidade gerencial;
• Crescimento do mercado;
Desenvolver Soluções
• Planejar a implantação
EXERCÍCIO
Brainstorming
DEFINIÇÃO
OBJETIVO
QUANDO USAR
• Solucionando problemas
COMO FAZER
1. Definir o objetivo.
Estruturada
Neste método, cada membro do grupo pode contribuir com uma idéia, quando
chegar a sua vez no rodízio, ou deixar passar até a próxima rodada.
Não-estruturada
Anotar as idéias com as mesmas palavras de quem as deu, e em local que todos pos-
sam vê-las.
“Pegar carona” na idéia do colega: Construir idéias a partir das idéias (pertinentes ou
não) apresentadas pelos participantes da reunião.
O processo continua até que não haja mais geração de idéias ou se esgote o tempo
previamente definido.
Critério Objetivo
EXERCÍCIO
Matriz GUT
DEFINIÇÃO
O nome do método deriva da utilização de três aspectos quantificáveis para cada item
estudado:
G – Gravidade
U – urgência; e
T – Tendência
OBJETIVO
Contribuir na tomada de decisão de forma que a ação priorizada seja aquela que me-
lhor impacto traga à organização, com melhor resultado em relação a qualidade, cus-
to, atendimento, moral e segurança.
QUANDO USAR
COMO USAR
Matriz GUT
EXEMPLOS
Nesse exemplo, percebe-se que o preparo do pessoal é o mais prioritário para a exe-
cução de tarefas de produção / ensaio, seguido da necessidade de coordenação (ges-
tão).
A seguir apresentamos um exemplo de formulário que pode ser usado para a utiliza-
ção da Matriz GUT.
Plano de Ação
5W 2H
O QUE É
O Plano de Ação deve conter informações que permitam a execução, verificação, con-
trole e acompanhamento das ações planejadas e descritas no Plano de Ação. Para
que isso seja possível, usa-se o método dos 5W 2H, sigla em inglês que indica sete
perguntas que devem ser respondidas no Plano de Ação. Ao responder a essas sete
perguntas, o Plano terá todas as informações necessárias para a correta execução
das ações planejadas.
5W 2H
5W 2H
What O que
Where Onde
Who Quem
When Quando
How Como
AÇÕES EM EXECUÇÃO
FASE D. Durante a execução do Plano de Ação, não devemos nos esquecer que trei-
namento também faz parte da ação planejada. As ações devem ser executadas da
forma como foram planejadas, para obter o máximo de eficácia possível.
AÇÕES CORRETIVAS
FASE A. Tomar Ações Corretivas / Replanejar caso o projeto não venha obtendo os
resultados desejados ou queira melhorar ainda mais ( Rodar o PDCA)
O método 5W 2H pode ser usado para elaborar qualquer tipo de documento da Quali-
dade, como atas de reunião, relatórios, procedimentos, etc. Basta que o autor se faça
as perguntas O QUE, POR QUE, QUEM, QUANDO, ONDE, COMO e QUANTO VAI
CUSTAR. As respostas a essas perguntas automaticamente montarão o documento.
O documento ficará tanto mais completo quanto mais completamente forem respondi-
das as perguntas da metodologia.
EXERCÍCIO
Diagrama de Dispersão
Diagrama de dispersão
TIPOS DE CORRELAÇÃO
1. Positiva forte
2. Positiva fraca
3. Nula
4. Negativa fraca
5. Negativa forte
2) Por outro lado, se ao aumentar-se o valor da variável "X" e "Y" aumentar, mas pou-
co, a correlação é chamada de correlação positiva fraca. Ex: ao atingir uma idade
mais elevada, a experiência cresce, mas pouco;
3) Se, ao variar o valor de "X" (aumentar, por exemplo), o valor de "Y" varia ao acaso,
o resultado do cruzamento das informações é uma correlação nula.
1º Passo: Coletar uma amostra entre 50 e 100 pares de dados onde se queira verifi-
car a correlação.
º º
N Altura (m) Massa (Kg) N Altura (m) Massa (kg)
1 1,70 83 26 1,97 93
2 1,80 102 27 1,70 75
3 1,67 58 28 1,79 82
4 1,72 80 29 1,63 67
5 1,72 74 30 1,61 55
6 1,53 60 31 1,69 53
7 1,60 82 32 1,79 65
8 1,67 69 33 2,03 110
9 1,74 94 34 1,84 78
10 1,62 72 35 1,71 79
11 1,75 81 36 1,90 94
12 1,61 64 37 1,75 70
13 1,82 137 38 1,85 89
14 1,90 115 39 1,82 92
15 1,72 77 40 1,60 76
16 1,79 72 41 1,56 80
17 1,74 84 42 1,63 92
18 1,72 76 43 1,96 96
19 1,80 98 44 1,93 108
20 1,67 67 45 1,79 79
21 1,80 88 46 1,87 91
22 1,78 76 47 1,68 80
23 1,86 91 48 1,76 90
24 1,51 74 49 1,60 59
25 1,92 104 50 1,90 94
2º Passo: Traçar sistema de eixos cartesianos. Se a relação buscada for do tipo cau-
sa X efeito, lançar as "causas" no eixo "X" e os "efeitos" "Y" e estabelecer escalas de
valores para os dois eixos.
3º Passo: Plotar os pontos no gráfico, aos pares, circundando os valores que apare-
cerem repetidos, tantas vezes quanto for a incidência. Cada círculo representa um
ponto.
Para essa análise, pode-se usar o Método das Medianas, um método rápido para de-
terminar a existência ou não de correlação entre variáveis. Para isso, seguem-se os
seguintes passos:
c) Traçar uma reta paralela ao eixo "Y", passando pelo valor da mediana, de-
terminando a linha mediana para os valores de "X".
2º Passo: Identificar os quatro setores definidos, numerando-os com l, ll, lll e lV, no
sentido anti-horário, a partir do quadrante superior direto.
Setor Pontos
l 19
ll 5
lll 17
lV 6
Na linha 3
Total 50
a) ll e lV; e, l e lll
n1 = ll + lV ⇒ n1 = 5 + 6 = 11
n2 = l + lll ⇒ n2 = 19 + 17 = 36
N = 50 – 3 = 47; ou
N = 19 + 5 + 17 + 6 = 47
47 (tabela) ⇒ 16
nº de pontos nº de pontos
º º
N limites para N limites para
l + lll e ll + lV l + lll e ll + lV
20 5 42 14
21 5 44 15
22 5 46 15
23 6 48 16
24 6 50 17
25 7 52 18
26 7 54 19
27 7 56 20
28 8 58 21
29 8 60 21
30 9 62 22
32 9 64 23
34 10 66 24
36 11 68 25
38 12 70 26
40 13
º º
a) Se o n de pontos em ll e lV for maior que o n de pontos limites, não existe
correlação;
º º
b) Se e n de pontos em ll e lV for menor que o n de pontos limites, existe
º
correlação. Neste caso, a soma de ll e lV é menor do que o n de pontos
11< 16. Assim, pode se concluir que existe correlação e está é positiva.
• Uma correlação negativa com "Y" crescendo e "X" decrescendo é tão importante
quanto a correlação positiva onde "X" cresce e "Y" decresce;
• É possível concluir-se que “X” e “Y” têm uma relação, mas não se pode afirmar
que um é causa do outro;
Amostra Vc L Amostra Vc L
01 65 71 16 85 81
02 65 72 17 85 86
03 65 74 18 85 87
04 68 77 19 88 89
05 68 75 20 88 83
06 68 74 21 88 83
07 71 77 22 95 92
08 71 75 23 95 96
09 71 77 24 95 93
10 75 78 25 97 98
11 75 80 26 97 95
12 75 81 27 97 98
13 77 83 28 100 98
14 77 87 29 100 99
15 77 86 30 100 96
Nota: Quando dois ou mais pontos caírem no mesmo lugar, fazem-se círculos
para indicar a coincidência, conforme o diagrama abaixo.
Histograma
DEFINIÇÃO
OBJETIVO
QUANDO USAR
Pesquisas sociais
Controle da qualidade
TIPOS DE HISTOGRAMA
É possível obter informações úteis sobre o processo pela análise da forma do histo-
grama. As seguintes formas são típicas, e podemos utilizá-las como modelos para a
análise de um processo.
Esta forma ocorre quando a quantidade de dados incluídos na classe varia de classe
para classe ou quando existe uma tendência particular no modo como os dados são
arredondados.
C) Tipo assimétrico.
À esquerda À direita
D) Tipo abrupto.
À esquerda
À direita
O valor médio do histograma do tipo abrupto fica localizado bem à esquerda ou à di-
reita do centro da amplitude. A freqüência decresce abruptamente à direita ou à es-
querda; em direção ao outro lado, decresce suavemente.
Esta é uma forma que ocorre freqüentemente quando é feita uma inspeção separado-
ra 100% por causa da baixa capacidade do processo, e também quando a assimetria
positiva ou negativa se torna ainda mais extrema.
E) Tipo achatado.
Esta forma ocorre com a mistura de várias distribuições que têm diferentes médias.
Existe a formação de um pico de cada um dos lados do centro da distribuição das fre-
qüências.
Esta forma ocorre quando duas distribuições, com médias muito diferentes, são mistu-
radas.
Esta é uma forma que surge quando há uma pequena inclusão de dados provenientes
de uma distribuição diferente, como nos casos de anormalidade de processo, erro de
medição ou inclusão de dados de um processo diferente.
COMO FAZER
Os passos a seguir são apenas uma diretriz e não regras rígidas a serem seguidas na
construção de um histograma.
A folha de verificação a seguir foi construída para investigar a distribuição dos diâme-
tros de eixos de aço produzidos em um processo de usinagem.
34,0 34,2 34,5 33,6 33,3 35,3 35,7 36,2 34,9 33,6 36,2 33,3
34,3 34,9 36,0 35,6 33,9 33,5 34,8 35,0 35,2 34,1 36,0 33,5
34,6 34,2 33,8 33,4 34,5 33,9 34,1 34,7 34,2 34,7 34,7 33,4
36,8 36,3 35,9 35,4 33,3 33,7 34,7 34,4 34,8 36,4 36,8 33,3
35,9 35,6 35,1 33,2 33,8 34,7 34,5 34,3 33,9 33,5 35,9 33,2
34,5 34,9 36,1 35,6 35,2 33,0 33,4 34,4 34,6 34,4 36,1 33,0
33,3 33,2 34,2 34,3 34,6 33,6 35,8 34,6 34,8 34,0 35,8 33,2
33,1 33,2 33,9 33,7 34,2 34,3 34,9 33,6 33,4 33,1 34,9 33,1
35,0 35,2 35,4 36,0 35,3 33,4 34,1 35,1 34,0 33,8 36,0 33,4
33,3 34,8 34,5 34,3 35,5 35,1 35,4 34,1 33,0 33,7 35,5 33,0
Observação
No exemplo:
R = Xmáx - Xmín
No exemplo:
R = 36,8 – 33,0
R = 3,8 mm.
O número de classes (K) é definido como sendo n, onde n é o número total de ele-
mentos da amostragem.
No entanto, na maioria dos casos, poderemos utilizar a tabela abaixo, que define o
número de classes (K) em função do número total de elementos (n) da amostra.
30 a 50 5 a 7
51 a 100 6 a 10
101 a 200 7 a 12
mais de 250 10 a 20
Onde:
R
h= R = amplitude da amostra do processo
K
K = número de classes
No exemplo:
R = 3,8 mm
Então:
3.8
h= = 0.38
10
Observação:
O tamanho das classes (h) deve ter a mesma precisão dos dados
coletados, ou seja, o mesmo número de casas decimais.
Uma das formas de determinar os limites das classes é iniciar pelo menor valor da
amostra (Xmín.) como limite inferior da primeira classe. A este, soma-se o tamanho da
classe (h), de forma que teremos o limite superior da primeira classe, que também
será o limite inferior da segunda classe.
No exemplo:
1ª classe:
2ª classe:
E assim por diante, até que todos os valores do histograma (incluindo Xmáx) sejam
incluídos nas classes.
A tabela de freqüência mostra os limites de cada classe e o número de dados (ou fre-
qüência) em cada uma delas, isto é, quantos valores estão dentro de cada classe.
Tabela de Freqüências
10 36,6 ├ 37,0 / 01
Simbologia
Na tabela acima, a seguinte simbologia é usada para a identificação dos intervalos:
Fechado Aberto
Em que:
Nota: Podem ser usadas outras notações para a tabulação das classes, como p. ex.
|||| ou /
No eixo horizontal marcam-se os limites das classes. A partir deles erguem-se as co-
lunas, cujas alturas correspondem às freqüências de cada classe.
9º Passo: No histograma que construímos como exemplo, nossa Engenharia nos ha-
via dado uma tolerância de fabricação: 34,8mm + 1,4mm. Assim, adote:
Assim, teremos:
Notamos que os extremos da figura são maiores que os limites de especificação, por-
tanto, concluímos que o processo está produzindo peças fora da especificação.
Isso significa que há peças sendo produzidas que não atendem às especificações de
projeto. Neste caso, deve-se parar o processo e fazer um estudo para verificar as
causas que ocasionaram a existência dessas peças fora da especificação.
EXERCÍCIO:
Tabela de freqüências
Total ═>
Cartas de Controle
Este capítulo tem como finalidade básica orientar os alunos a respeito do sistema de
garantia da qualidade implantado na indústria. Faz parte do CEP – Controle Estatísti-
co do Processo, que será objeto de nossos estudos na Unidade 10.
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Controle
Controlar é manter algo dentro de padrões ou fazer com que se comporte de forma
adequada.
Imagine que uma pessoa com 1,70m de altura deva pesar em média 70 kg, ou seja,
75 kg no máximo e 65 kg no mínimo. O controle, neste caso, é feito por meio de uma
balança – a pessoa se pesa a intervalos regulares e assim consegue controlar seu
peso, procurando comer mais ou menos conforme seu peso diminui ou aumenta. Se
o peso passar dos limites (acima ou abaixo), dizemos que “saiu de controle”. Se uma
pessoa tem o peso normalmente controlado e há uma variação que o coloca fora dos
limites, essa pessoa passa a buscar a causa do problema (festas de fim de ano, por
exemplo).
Toda ação para manter uma determinada atividade dentro dos limites faz parte do
controle.
Estatística
É a parte da matemática que permite tirar conclusões a partir de uma série de dados
observados.
Processo
Máquina
Materiais
Processo Mão-de-Obra
Métodos
Meio Ambiente
VARIABILIDADE
Variações
Fazem parte da natureza do processo; sempre estão presentes; podem ser diminuí-
das e controladas dentro de padrões normais previsíveis. Para isso é necessária uma
ação de aperfeiçoamento no sistema, geralmente de responsabilidade da gerência.
CONCEITOS E SIMBOLOGIA
População
Lote
Exemplo:
Amostra
Exemplo:
Tamanho da amostra
Elemento
Exemplo:
Amostragem
Amostragem k = 12 amostras
Total de elementos: N = K x n = 12 x 5 = 60
GRÁFICO DE CONTROLE
Limites de controle
QUANDO USAR
Há dois tipos básicos de controle dos processos produtivos: Por medição e por atribu-
tos. Esses tipos de controle geram dois tipos de cartas de controle.
Gráfico de variáveis
Os gráficos de controle de variáveis são aplicados para características que podem ser
medidas.
Gráfico de atributos
Atributos são dados qualitativos que podem apenas ser contados, para registro ou
análise a partir da comparação com um padrão.
Junto com o gráfico de controle está a folha de ocorrências ou diário de bordo. Nela
deve-se anotar todas as ocorrências verificadas durante o processo, para identificar
os problemas e orientar as ações corretivas, garantindo assim um melhoramento con-
tínuo do processo.
LSC
Zona
Zona
Zona
LC
Zona
Zona
Zona LIC
1 2a 2b 2c 2d 2e 2f
LSC
A
B
C
X
C
A
LIC
1 2a 2b 2c 2d 2e 2f
Quando surge qualquer uma das situações a seguir, deve-se procurar algo no proces-
so que tenha causado o problema. Quanto antes se detectar o problema, mais fácil
será encontrar a causa e corrigi-la.
Nota:
Exemplos de situações:
Tendências
Carta de Controle
Diário de bordo
CONSTRUÇÃO DAS
CARTAS DE CONTROLE POR VARIÁVEIS
Exemplos:
Tamanho da amostra = 5
Tamanho da amostra = 5
Exemplo:
Exercícios
Soma
Escala gráfica
Na carta de controle, uma marcação incorreta do ponto na escala pode levar à inter-
pretação errada do gráfico. Para não incorrer em erros de marcação do ponto na es-
cala, é necessário saber qual o espaço existente entre seus pontos.
Exercícios
1)
2)
3)
4)
5)
Para permitir a análise das cartas de controle das Médias e das Amplitudes, é neces-
sário determinar os limites superior e inferior de controle, bem como as linhas de cen-
tro de cada uma delas. Isso é feito pela Engenharia da Qualidade, aplicando parâme-
tros tabelados.
Cálculo da Cálculo da
Linha de Centro Linha de Centro
A = 0,577
D4 = 2,114
D3 = 0
Exercício:
A coleta de dados que segue foi obtida junto ao equipamento de teste de pressão da
bomba de óleo.
Gráfico de x Gráfico de R
LC = 75,4 LSC = 79,1 LIC = 71,8 LC = 6,4 LSC = 13,4 LIC = 0
Existem casos em que o controle do processo deve ser realizado por leituras individu-
ais. Isto ocorre quando as medições são dispendiosas, como nos ensaios destrutivos,
ou quando o resultado num ponto apresenta-se homogêneo, como por exemplo: vis-
cosidade, PH, temperatura, etc.
Notas:
Similarmente ao que estudamos para os gráficos das médias e das amplitudes, a En-
genharia da Qualidade calcula as linhas de centro e os limites superior e inferior dos
gráficos de valores individuais e amplitudes móveis a partir de coeficientes tabelados.
Cálculo da Cálculo da
Linha de Centro Linha de Centro
LCx = X LC = Rm
A amplitude móvel é calculada pela diferença entre cada par de valores individuais
sucessivos. Exemplo: Diferença entre a primeira e a segunda leitura, segunda e ter-
ceira, etc. Nesse caso utiliza-se n=2 para os fatores d2 e D4.
d2 = 1,128 D4 = 3,267
E2 = 2,660 D3 = 0
Exemplo
Amostra X Rm
(N)
1 330 ―
2 340 10
3 330 10
4 360 30
5 350 10
6 325 25
7 345 20
8 350 5
9 320 30
10 315 5
11 320 10
12 320 0
13 340 20
14 325 15
15 345 20
16 350 5
17 320 30
18 320 0
19 330 10
20 335 5
Gráfico de X:
X = 333,4 R m = 13,1
Gráfico de Rm:
Exercício
A coleta dos dados que se segue foi obtida junto ao equipamento de selagem, cons-
truir o gráfico de valores indivíduais ( X – Rm).
Amostra
(N) X Rm Rm Limites
1 +10 11 +20 Gráfico de X:
5 –20 15 0
7 +20 17 +10 LC = 23
8 0 18 –20 LSC = 74
9 –20 19 0 LIC = 0
10 +10 20 –20
Exemplos:
Por serem os mais utilizados, neste capítulo vamos nos fixar apenas nos dois primei-
ros.
GRÁFICO NP OU PN
O cálculo dos limites de controle para gráficos de controle por atributos é feito
pela Engenharia da Qualidade utilizando as seguintes fórmulas, em que:
No total de produtos defeituosos
p=
No total de produtos verificados
n = Tamanho da amostra
Exercício
Amostra np n Limites
01 10 50
02 08 50 Linha de Centro:
03 12 50 LC = 10
04 14 50
05 06 50 Limite Superior:
06 08 50 LSC = 18
07 06 50
08 08 50 Limite Inferior:
09 12 50 LIC = 0
10 08 50
11 10 50
12 19 50
13 13 50
14 08 50
15 11 50
16 12 50
17 11 50
18 09 50
19 13 50
20 07 50
Notas:
Se LIC calculado for maior que 0, o processo está completamente fora de contro-
le e deverá ser revisto.
GRÁFICO P
Exemplo:
O cálculo dos limites de controle para gráficos de controle por atributos do tipo
P é feito pela Engenharia da Qualidade utilizando as seguintes fórmulas, em
que:
p x n (1 – p) p x n (1 – p)
LSC = p + 3 LIC = p – 3
n n
Exercício
np
Amostra np p = Limites
n
01 10 0,20
03 04 0,08 LC = 14,3%
04 08 0,16
07 07 0,14
09 08 0,16 LIC = 0%
10 05 0,10
11 05 0,10
12 07 0,14
13 06 0,12
14 09 0,18
15 10 0,20
16 07 0,14
17 04 0,08
18 08 0,16
19 10 0,20
20 07 0,14
RESUMO
Tipos de
O que representa Observação
carta
Notas:
Carta de Tendência
Cartas de tendência são empregadas para representar dados visualmente. São utili-
zadas para monitorar um sistema, a fim de se observar ao longo do tempo a existên-
cia de alterações na média esperada.
O perigo ao utilizar a carta de tendência é encarar todas as variações dos dados como
sendo importantes. A carta de tendência, como qualquer outro gráfico, deve ser usada
para chamar atenção para mudanças realmente vitais no sistema.
Um dos mais valiosos usos da carta de tendência é para identificar tendências signifi-
cativas ou alterações na media.
Um tipo alternativo de modelo que pode ocorrer é uma série sem reversão de seis ou
mais pontos sucessivos ascendentes ou descendentes. Não é esperado que tais mo-
delos ocorram devido a variações aleatórias e sim a uma mudança importante, sendo,
então, necessária sua investigação.
Carta de Tendência
Carta de Tendência
Carta de Tendência
Gastos familiares no mês
• A coleta de dados deve estar numa determinada ordem. Uma vez que tragamos
uma característica ao longo do tempo, a seqüência dos pontos é fundamental.
Padronização
A padronização é o último passo do ciclo PDCA, onde se “padroniza o que deu certo”,
após corrigir todos os desvios e “girar o PDCA” várias vezes. Conforme vimos no ca-
pítulo correspondente, ao padronizarmos e procedimentarmos um processo, passa-
mos a utilizar o ciclo SDCA (Standard = padrão).
5 Por Quês
A seqüência de
perguntas
“POR QUÊ” vi-
sa chegar à
causa primária
ou raiz do pro-
blema
O eixo Emperrou
2 Emperrou POR QUÊ?
Faltou lubrificação
Faltou lubrificação POR 3
QUÊ?
FALTOU FILTRAGEM
A VERDADEIRA CAUSA 5
RAIZ DO PROBLEMA
No exemplo dado, a troca simples de um fusível (primeira causa) é uma ação corretiva
que não gera solução para o problema.
O nome do método – “5 por quês” – não limita o número de perguntas “por quê”. Ca-
so consigamos continuar a dar respostas coerentes ao problema, devemos continuar
perguntando “por quê”, até que cheguemos a resposta do tipo “Não sei dizer”. A partir
desse ponto, a causa do problema foi descoberta ou ultrapassa nosso conhecimento e
capacidade de solução.
Técnicas de Apresentação
mos necessariamente que saber responder às perguntas que certamente serão for-
muladas pelos participantes.
COMO FAZER
• Uma ou duas frases introdutórias: Podem ser frases de efeito, que captem a a-
tenção da platéia para o assunto, como uma citação, ou até mesmo frases engra-
çadas que descrevam alguma situação relacionada ao assunto da reunião.
• Introdução: 1 a 2 transparências
Delineamento
Métodos
• Resultados: 3 a 4 transparências
“O que encontrei”?
• Conclusões: 1 a 2 transparências
“O que aprendi”?
Procure desenvolver seus assuntos de forma lógica, lembrando sempre que sua
platéia precisa entender o que você está apresentando para que sua apresentação
agregue valor. Em cada assunto, use o mesmo plano aqui descrito na medida do
possível – (1) introdução, (2) objetivos, (3) material / métodos, (4) desenvolvimento,
(5) resultados e (6) conclusões.
Inicialmente, faça o “Slide Mestre”. É ele que rege o padrão dos demais slides da
apresentação (transparências).
• Inclua o título.
• Não use letras pequenas demais. De forma geral, no PowerPoint, letras de corpo
16 (mínimo) a 24 são bem visíveis em todos os tipos de letra.
• Não polua a transparência. Tente usar no máximo 7 linhas e 7 palavras por linha.
• Evite abreviações.
• Em tabelas de 2 colunas, tente usar no máximo 4 linhas em cada uma delas. Ten-
te limitar sua tabela a 3 ou menos colunas.
• Refaça tabelas publicadas, se elas forem inadequadas (por usarem letras peque-
nas ou colunas / linhas em excesso).
Exemplos de transparências
Como o músico e o artista, que ensaiam antes de apresentar seus trabalhos, como o
esportista que treina antes do jogo decisivo, você também tem que treinar antes de se
apresentar em público.
O treino tem duas funções importantes: Primeiro, você tem a oportunidade de operar
os equipamentos que vai usar na apresentação. Assim, você evita problemas causa-
dos pelo possível mau funcionamento de algum dos equipamentos. Depois, você
também terá a oportunidade de estudar a apresentação que fez, treinando não só o
que vai dizer, mas também como vai dizê-lo.
Sempre que possível, treine a apresentação pelo menos uma vez no próprio lugar
onde vai ser feita. Isso lhe dará “noção de palco”, como os atores chamam a noção
de espaço disponível para você se movimentar e do tamanho da sala onde você vai
dar sua apresentação.
Como treinar
• Separe um tempo ligeiramente inferior ao que você terá disponível para a apresen-
tação “de verdade”. Isso vai obrigá-lo a cuidar do tem-
po (administrar o tempo) e o exercício, assim, será mais
realista.
• Quando estiver seguro de como está saindo a apresentação, peça a algum amigo
ou colega para ajudá-lo, assistindo a apresentação e criticando (feedback). Se seu
amigo / colega for versado no assunto que você vai apresentar, ele poderá criticar
o conteúdo da apresentação. Senão, peça-lhe para pelo menos criticar a estética,
legibilidade das transparências, encadeamento de raciocínio, etc.
Muito importante: Peça ao seu amigo / colega para criticar sua postura, desenvoltu-
ra, gestos, tom / timbre / altura (volume) de voz e sua movimentação.
Você agora já está pronto para passar no teste final – dar a apresentação à platéia
“real”! Boa sorte!!!
Na “hora H”, isto é, durante a apresentação para a platéia real, você precisa tomar
alguns cuidados.
• Nunca passe entre a tela e o projetor – sua sombra pode aparecer projetada. Isso
pode até ser interessante numa brincadeira de “fazer figuras de sombra”, mas des-
via a atenção da platéia e atrapalha a compreensão do que está sendo apresenta-
do.
• Fale devagar. Seja o mais claro possível ao falar. Use palavras simples e frases
curtas. Não tente “florear” a fala, o resultado, além de pernóstico, dificulta a com-
preensão. Você pode se lembrar de entrevistas na TV: As pessoas verdadeira-
mente preparadas nunca usam palavreado “difícil”.
Evite usar jargão, exceto se toda a platéia pertencer a um mesmo grupo para o
qual o jargão seja corriqueiro. Senão, é preferível usar linguagem coloquial – sem
gíria (até porque gíria é um tipo particular de jargão).
• Não leia as transparências. Todos na platéia sabem ler e não precisam de ajuda (a
menos que a transparência tenha sido feita com letra excessivamente pequena,
mas já vimos isso anteriormente).
Use um apontador ou caneta / mira laser para apontar detalhes nas transparências.
Cuidado ao usar caneta / mira laser: Não aponte para ninguém na sala com ela e
procure não tremer quando estiver usando-a. Também não fique fazendo círculos
em volta do que quer apontar – o melhor é levar o ponto laser até o local que você
• Nunca masque chicletes, muito menos de boca aberta. Isso é uma tremenda gafe
e ainda por cima dificulta a pronúncia correta das palavras.
1. Para os homens, calça social e camisa. É aconselhável que a camisa seja mais
clara que a calça. Use tons pastéis, procurando usar cores mais para o lado do
azul ou verde claros. A calça deve ser mais escura, em tons discretos.
2. Para as moças, pode ser calça e blusa ou saia e blusa. O mesmo se aplica quan-
to às cores que aos homens, mas é preciso cuidado com os comprimentos das
saias e profundidade dos decotes.
Etiqueta Empresarial
ÉTICA PROFISSIONAL
Ela atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos nos
referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a
partir de estatutos e códigos específicos.
Sendo a ética inerente á vida humana, sua importância é bastante evidenciada na vida
profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabi-
lidades sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.
Constata-se então o forte conteúdo ético presente no exercício profissional e sua im-
portância na formação de recursos humanos.
Parece ser uma tendência do ser humano, como tem sido objeto de referências de
muitos estudiosos, a de se defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e,
quando esses interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos
problemas.
O valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance em fase da co-
munidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor
restrito. Por outro lado, nos serviços realizados com amor, visando ao benefício de
terceiros, dentro de vasto raio de ação, com consciência do bem comum, passa a e-
xistir a expressão social do mesmo.
Aquele que só se preocupa com lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de
grupo. Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com
a sua comunidade e muito menos com a sociedade.
Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação ao seu trabalho.
Encontrou então, uma obra e começou a indagar.
Ao primeiro operário perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar
seu salário: ao segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele preenchia
seu tempo: finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um que lhe disse:
“Estou construindo uma catedral para a minha cidade”.
A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho,
como instrumento do bem comum.
Em nome das ambições, podem ser praticadas quebras de sigilo, ameaças de revela-
ção de segredos dos negócios, simulação de pagamentos de impostos não recolhi-
dos, etc.
A tutela do trabalho, pois, processa-se pelo caminho da exigência de uma ética, im-
posta através dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas
devem ser condizentes com as diversas formas de prestar o serviço de organizar o
profissional para esse fim. Dentro de uma mesma classe, os indivíduos podem exercer
suas atividades como empresários, autônomos e associados.
Sabemos que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os inte-
resses de uma classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas,
porque estas devem estar apoiadas em princípios de virtude.
Como as atitudes virtuosas podem garantir o bem comum, a Ética tem sido o caminho
justo, adequado para o benefício geral.
Sabemos que entre a sociedade de hoje e aquela primitiva não existem mais níveis de
comparação, quanto à complexidade; devemos reconhecer, porém, que nos núcleos
menores, o sentido de solidariedade era bem mais conceituado, assim como os rigo-
res éticos e poucas cidades de maior dimensão possuem, na atualidade, o espírito
comunitário; também, com dificuldades, enfrentam as questões classistas.
Quem lidera entidades de classe de bem sabe a dificuldade para reunir colegas, para
delegar tarefas de utilidade geral.
É preciso que cada um ceda alguma coisa para receber muitas outras e esse é um
princípio que sustenta e justifica a prática virtuosa perante a comunidade. O homem
não deve construir seu bem a custa de destruir o de outros, nem admitir que só existe
a sua vida em todo o universo.
CLASSES PROFISSIONAIS
A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se acha
não só regulada por lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe.
VIRTUDES PROFISSIONAIS
Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, aumen-
tando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissio-
nal, consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos
deveres profissionais.
Vejamos:
Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de inicia-
tiva [...]. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior
probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus
clientes, dentro e fora da organização [...]. A consciência de que se possui uma influ-
ência real constitui uma experiência pessoal muito importante.
É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa. Só pessoas que tenham autoes-
tima e um sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade.
Elas sentem um sentido na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previ-
amente e pelas quais assumiram responsabilidade real, de maneira consciente.
As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter dificuldades em
encontrar significado em suas vidas. Seu comportamento é regido pelas recompensas
e sanções de outras pessoas-chefes e pares [...]. Pessoas desse tipo jamais serão
boas integrantes de equipes.
Honestidade
A honestidade esta relacionada com a confiança que nos é depositada, com a res-
ponsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos.
É muito fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros,
privilégios e benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que ditam autori-
dade. Outras pessoas se excedem no sentido de obter qualquer coisa e de qualquer
fonte.
O que há de comum entre elas é obviamente uma ganância sórdida, e todas carregam
um aviltante por causa do ganho – por exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades
e roubam templos, não são chamados de avarentos, mau de maus, ímpios e injustos.
Sigilo
O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desen-
volvido na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante.
Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é
obrigatória.
Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em geral, na-
da interessa a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e projetos de uma
empresa ainda não colocados em prática possam ser copiados e colocados no mer-
cado pela concorrência antes que a empresa que os concebeu tenha tido oportunida-
de de lançá-los.
Competência
Prudência
A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os jul-
gamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.
Coragem
Todo profissional precisa ter coragem, pois “o homem que evita e teme a tudo, não
enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde” (ARISTÓTELES).
A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender digna-
mente quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de de-
fender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para
outrem ou para o bem comum.
Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a
eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrados
dos chefes ou colegas.
Perseverança
Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho esta sujeito a
incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo
o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepção ou mágoas.
Compreensão
Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele de-
pendem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante
no relacionamento profissional.
É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o profissional não
se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu
trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela
profissão.
Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A
compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em
benefício de uma atitude profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.
Humildade
O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da ver-
dade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de
pessoas.
Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua ativi-
dade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colabora-
ção de outros profissionais mais capazes, se tiver essa necessidade, dispor-se a a-
prender coisas novas, numa busca constante de aperfeiçoamento.
Ele é um coitado!
Muito simples! Humildade está significando nestas frases uma pessoa carente que
aceita qualquer coisa, dependente e até infeliz. Conceito errôneo que precisa ser su-
perado, para que a Humildade adquira definitivamente a sua autenticidade.
Imparcialidade
É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se des-
tina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinhei-
ro, técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo
principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo
é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da imparcialidade.
Otimismo
Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve ser
otimista, para acreditar na capacidade de realização de uma pessoa humana, no po-
der do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom-humor.
ÉTICA PROFISSIONAL
Todos os profissionais das mais variadas formações devem ter uma conduta ética.
A reflexão que vamos fazer está longe de tentar uniformizar condutas ou valores. Re-
presenta, sim, um esforço no sentido de separar o importante do acessório no delica-
do campo da ética profissional.
Deste modo, a ética profissional tenta legitimar princípios morais aceitos em determi-
nada comunidade como sendo válidos para todos. Concluindo, somos forçados a ad-
mitir que o conflito ético não se manifesta no plano abstrato da ciência e, sim, na ação
diária dos profissionais.
O Gestor é um modelo. Sua postura, como conseqüência, deve ser eticamente impe-
cável. Deve colocar, em todos os momentos, o melhor de sua capacidade e conheci-
mento para oferecer soluções adequadas aos seus funcionários e clientes. Pessoal-
mente, deve tratar todos os envolvidos no processo com educação e o distanciamento
que a postura profissional recomenda.
MARKETING PESSOAL
Fazer uma auto-análise, detectar seus próprios defeitos e procurar corrigi-los. É preci-
so ter coragem e humildade para fazer isso, mas é essencial. Console-se lembrando
que todos os seres humanos têm defeitos, que errar é humano... Mas persistir no erro
é burrice.
Estabelecer metas ambiciosas mas viáveis, que tenham como objetivo final a sua ple-
na realização profissional, pessoal e financeira. Exemplos: “dentro de dois anos vou
comprar meu apartamento”. “Daqui a quatro anos terei um pequeno sítio, com pisci-
na”. “Vou trocar o carro todos os anos por um zero km”. “Terminado meu curso de
inglês básico, vou fazer o de aperfeiçoamento”, e assim por diante. É importante – e
por isso repetimos o que foi dito no início deste trabalho – que você, convicto da juste-
za das metas estabelecidas, da sua viabilidade, vá em frente, firme e decidido a cum-
pri-las, sem temer as dificuldades que, por certo, aparecerão em seu caminho.
Saber como organizar uma reunião, preparando a sua pauta, convocando as pessoas
certas para garantir o bom resultado e encontro, sendo pontual e exigindo dos seus
assessores (com cortesia, mas com firmeza) pontualidade absoluta:
• Tolerando, com um sorriso, o atraso dos participantes que não são da sua empre-
sa;
Mercado
• Por mais descontraído que se torne o ambiente da reunião, nunca use gírias em
suas falas.
Saber como convidar um cliente para almoçar. Examine e pesquise previamente a sua
origem social, para levá-lo ao lugar certo:
• Não muito acima do seu status e nem muito abaixo dele, pois nas duas hipóteses
ele se sentiria mal.
• Levar pessoas de origem simples a uma churrascaria, grill ou rodízio elegante, ofe-
recendo-lhe vinho ou cerveja.
Deve também saber como se comportar quando estiver sentado à frente da mesa de
alguém a quem pretende vender um produto, uma idéia ou mesmo os seus serviços
profissionais. Obedeça então a esta regra básica:
• Não coloque nada sobre a mesa. Ela é terreno sagrado dele e serve para guardar
seus objetos pessoais de trabalho e até retratos familiares. Tudo está colocado na
ordem e simetria que ele gosta, não é portanto, lugar para você colocar sua pasta,
chapéu, guarda-chuva ou qualquer outro objeto.
Quando você contraria essa regra básica do marketing pessoal, na maioria dos casos,
vai acabar perguntando aos seus botões: “por que será que esse cara não aceitou
minha proposta?”.
A situação pode ainda piorar para o seu lado se você, mesmo percebendo que o seu
interlocutor não é fumante (na mesa não há qualquer tipo de cinzeiro), cometer o erro
de sacar o maço de cigarros e pedir licença para fumar.
É seu dever, recomendado pelo marketing pessoal, tratar, na empresa, todos com o
máximo respeito, para poder receber dos outros tratamento igual. Isso não é válido
somente para os seus superiores hierárquicos, mas até mesmo com os mais humildes
dos seus colegas de trabalho: faxineiros, office-boys, servidores de café, etc. Seja
gentil com eles, procure ouvi-los (e orientá-los, quando fizerem de você um “Antônio
Conselheiro”); aceite convites para casamentos e batizados feitos por eles. Em resu-
mo: aplique seu marketing pessoal junto a eles, pois pode vir a ser uma grande ala-
vanca para você conquistar pontos no ranking da empresa. São vozes pequenas, mas
em grande número, que talvez a médio prazo podem chegar até os ouvidos da presi-
dência.
Lembre-se:
• Por favor;
• Desculpe e
• Muito obrigado
São palavras mágicas. Use-as em abundância, mesmo que nem todos os seus cole-
gas de trabalho lhe sejam simpáticos, por isso é praticamente impossível: todos têm
defeitos, uns mais, outros menos.
Mas lembre-se: você também os tem. Para conviver melhor, com mais facilidade com
as pessoas, nada mais indicado do que ter sempre presente na mente o sábio ditado
popular: “Você tem que aceitar as pessoas do jeito que elas são, para que você seja
aceito do jeito que você é”.
Na sua empresa você deve ter uma força positiva e não negativa. Você foi contratado
para ajudar a resolver problemas e não para criá-los. Por essa razão deixe seus abor-
recimentos domésticos em casa, debaixo do travesseiro, não os leve para a empresa.
Seja o primeiro a pedir desculpas, quando necessário. Não é fácil, requer uma boa
dosagem de coragem, mas vale a pena. Quando a rixa for entre colegas, procure in-
tervir para pacificar os ânimos, deixando bem claro que você não tem pretensão de
ser um juiz, um “doutor sabe tudo”. Deixe sempre claro que o seu desejo é a amizade
de ambos e um clima de paz no ambiente de trabalho.
Quando você se sentir preterido em uma promoção que era esperada como certa e
acabou não se efetivando, com outro escolhido em seu lugar, não fique deprimido e
revoltado. Não se sinta injustiçado, mesmo que você se ache mais preparado do que
ele, mais culto e, consequentemente mais talhado para o cargo. Mas será que é
mesmo assim? Você já se olhou no espelho?, isto é, já fez auto-análise? Então faça-
a, descubra no que falhou, quais seus defeitos e procure corrigi-los. As coisas boas,
vamos mostrar e destacar, as ruins vamos encobrir.
Propuseram fazer uma palestra em sua empresa, dirigida aos funcionários do primeiro
escalão, mas por uma razão qualquer o assunto não lhe interessa no momento. Sua
resposta deve ser algo assim:
• “Alô, professor, como vai? Bom dia! A respeito de sua palestra em nossa empresa,
sinto muito mas não vai ser possível por enquanto. Falei com o meu colega res-
ponsável pelos eventos e ele me informou de que já foram planejados todos os e-
ventos para este ano e que está sem verba para novas palestras. Lamento since-
ramente, mas fica para outra ocasião.
É uma resposta objetiva, até mesmo dura, mas civilizada, e que economiza expectati-
vas, telefonemas mil, aborrecimentos, tempo perdido.
4. Ter respeito por todos, e manter em mente: Não faça aos outros aquilo que não
gostaria que fizessem com você.
ETIQUETA EMPRESARIAL
Um executivo que alcança uma posição importante dentro de uma organização gran-
de, média ou pequena, deve se comportar de acordo com a posição que ocupa.
Quantas vezes negociações importantes, já bem encaminhadas, fracassam devido ao
desconhecimento de regras simples de etiqueta empresarial? Principais regras:
• Não ter críticas a uma religião, um partido político ou até mesmo a um time de fute-
bol, sem conhecer antecipadamente a posição de seus interlocutores a respeito do
assunto.
• Usar o bom senso na vestimenta. O bom senso sempre deve estar presente na
maneira de se trajar de um gestor de negócios, executivo, profissional liberal. Ves-
tir-se de acordo com a ocasião.
Etiqueta ao telefone
O telefone é uma das mais eficazes ferramentas empresariais de nossos dias. Tele-
fonemas internos e externos são constante e saber se portar ao telefone pode fazer a
diferença entre fechar um negócio importante ou não. Aqui vão algumas regras para
se portar corretamente ao telefone:
• No telefone, você é julgado pela sua voz: Dicção, volume de voz, capacidade de
articulação são itens que impressionam. Seja alegre.
• Dê toda a atenção a quem ligou. Não masque chicletes, não coma, não faça ne-
nhum barulho. Quem estiver do outro lado da linha pode achar que você não lhe
está dando a devida atenção.
• Se a chamada não for para você, anote o recado e dê o recado. Escreva o nome
de quem ligou, a hora, o assunto e o telefone para retorno.
• Evite atender ao telefone durante uma reunião. Mantenha seu celular desligado
durante reuniões. Isso demonstra respeito para com os demais participantes da
reunião.
• Não faça ligações pessoais demoradas. Nem pense em brigar com os filhos ou
parentes pelo telefone de trabalho.
• Retorne as ligações mesmo que você não conheça quem deixou o recado.
• Se estiver ocupado, não se acanhe de interromper a conversa. Diga que não pode
falar no momento e que liga mais tarde – e ligue mesmo.
• Todos estão sujeitos a ter que atender ao telefone com pessoas ao lado. Se isso
acontecer, seja discreto. Nada de gestos, caretas ou comentários tapando o bocal.
Pega muito mal.
• Nunca deixe uma pessoa esperando na linha. É muito melhor dizer que está ocu-
pado e que liga depois.
CIDADANIA
Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, com nos últimos a-
nos. Mas afinal, o que é cidadania?
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim sig-
nifica cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita
na cidade.
A mídia confunde muito entre o Direito do Cidadão e o Direito da Consumidor, por isso
questiono o aspecto ideológico desta confusão intencional.
Vejamos neste quadro sintético uma percepção pessoal sobre como se processa a
“evolução” do Ser Humano até o Ser Cidadão.
O homem tornar-se O Ser Humano tornar- O Indivíduo torna-se pessoa A pessoa torna-se cidadão
Ser Humano nas se indivíduo quando quanto toma consciência de quando intervém na realidade
relações de convívio descobre seu papel e si mesmo, do outro e do em que vive.
social. função social. mundo.
Quem estuda o com- Quem estuda o compor- Quem estuda o comporta- Quem estuda o comportamen-
portamento do Ser tamento do indivíduo? mento da pessoa? to do cidadão?
Humano?
Seria a Filosofia, a Seria a Filosofia, a sociologia Seria a Sociologia, a Filosofia
Seria a antropologia, sociologia ou a Psicolo- ou a Psicologia? ou As ciências políticas?
a história, ou a socio- gia?
logia?
Quem garante os Quem garante os Direi- Quem garante os Direitos da Quem garante os Direitos do
direitos do Ser Hu- tos do Consumidor? pessoa? cidadão?
mano?
O Código do Consumi- A própria pessoa (amor pró- (A Constituição e suas leis
A Declaração Univer- dor. prio ou auto-estima). regulamentares).
sal dos Direitos Hu-
manos.
Existe realmente Que diferença existe O que significa tornar-se Como podemos intervir na
uma natureza huma- entre o direito do con- pessoa no nível psicológico e realidade, modificando as es-
na? sumidor e o direito do social? truturas corruptas e injustas?
cidadão?
Teologicamente, A pessoa é o indivíduo que Quando os direitos do cidadão
afirmamos que existe Ao Consumidor deve ser toma consciência de si mes- lhe são oferecidos, e o mesmo
a uma natureza hu- dado o direito de propri- mo (“Tornar-se Pessoa” de passa a exercê-lo, há modifica-
mana. edade enquanto ao Karl Roger) ção de comportamento.
cidadão deve ser dado o
Seguindo a corrente direito de acesso
existencialista (J.P.
Sartre) negamos tal
natureza.
Referências Bibliográficas
• TQC Gestão pela Qualidade Total – Copyright Maria Cristina Catarino Werkema,
1995
• Gestão da Qualidade – Isnard Marshall Jr. Et al. – Ed. FGV – Rio de Janeiro,
2006
• Controle Total da Qualidade – Colin F. Palmer – Ed. Edgard Blucher – São Pau-
lo, 1974