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Atualização da NR 18 entra em
vigor e traz mudanças para a
t ã i il
6 de abril de 2022
Para Bassili, esse novo texto tornou a norma mais enxuta, clara e objetiva, mas sem nenhum
prejuízo para a saúde ou segurança dos trabalhadores. “Ela foi reduzida em praticamente 40% dos
itens”, aponta.
Ainda na opinião de Bassili, essa norma ganhou um caráter mais forte de gestão. “Ela deixa de dizer
como fazer, para dizer o que se tem que fazer. Aí é que está a grande sacada da NR 18. Ela dá muito
mais liberdade aos profissionais, mas, por outro lado, isso traz muito mais responsabilidade”,
comenta Bassili.
Principais mudanças da NR 18
De acordo com Bassili, as principais mudanças da NR 18 dizem respeito aos seguintes tópicos:
PCMAT x PGR
Existe um documento que estava na NR 18 que era o PCMAT (Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil). Todas as obras que já tinham o PCMAT em
vigor dia 3 de janeiro não precisarão mudar, poderão continuar assim até o final. Agora, as novas
obras, iniciadas depois de 3 de janeiro, elas devem fazer o PGR, que é o Programa de
Gerenciamento de Riscos.
Containers marítimos
Privacidade - Termos
Eles foram proibidos para fins de alojamento, vestiário, escritório de obra, etc. “Mas ele pode
continuar sendo utilizado apenas para depósito de materiais”, menciona Bassili.
Plataformas elevatórias
Haverá uma exigência de carga horária mínima para treinamento, para exercício de cada atividade.
“O treinamento inicial ou de integração deve ser de quatro horas, além de ser presencial. Além
disso, é necessário fazer uma reciclagem a cada dois anos, sempre mostrando os riscos ao qual
estará exposto. Há também alguns treinamentos específicos – por exemplo, um operador de grua.
Ele tem que ter cerca de 80 horas, sendo que 40h tem que ser parte prática. Já o operador de
guindaste deve ter treinamento de 120h, com 80h de prática”, comenta Bassili.
Operações
O novo texto remete a exigências específicas de outras normas. “Quando há algum tópico
relacionado à trabalho em altura, eles estão jogando para a NR 35. Se tiver máquinas e
equipamentos, remete à NR 12. As normas foram se harmonizando, ficando cada coisa em seu
lugar”, afirma Bassili.
Responsabilidades
“O PGR tem que ser assinado por um técnico de segurança do trabalho em obras com até 10
funcionários e no máximo 7 metros de altura. Acima disso, deve ser feito por engenheiro de
segurança do trabalho”, pontua Bassili.
A partir de agora, o PGR é responsabilidade da construtora e deve ter um só por obra. “Antes, cada
empresa tinha um PGR e entregava para a empreiteira. Agora, a empreiteira deve ter um
documento só e incluir dentro desse programa, toda gestão de terceiros. As empreiteiras não
precisarão entregar PGR para a construtora, mas sim um inventário de riscos inerentes à sua
atividade. Exemplo: uma empresa que trabalha com impermeabilização vai entregar inventário de
riscos desta atividade. A construtora, por sua vez, vai gerenciá-los dentro do seu programa”,
argumenta Bassili.
Esta atualização prevê que o PGR leve em consideração cinco tipos de riscos: físico, químico,
biológico, ergonômico e de acidentes. É preciso identificar e avaliar esse risco – se é grande ou não
– e elaborar plano de ação. De tempos em tempos, vai ter que fazer avaliação para ver se o plano
está sendo eficaz ou não.
Entrevistado
José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP (Serviço Social da Construção)
Contato
Assessoria de imprensa: dbarbara@sindusconsp.com.br [mailto:dbarbara@sindusconsp.com.br]
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
6 de abril de 2022
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