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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Segurança Pública

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
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penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
231227276264

DIOGO SURDI

Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo


em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se
destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário
do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico
Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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Legislação Estadual
Segurança Pública
Diogo Surdi

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Segurança Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Definição de Agentes Públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Militares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1. Vedações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3. Segurança Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1. Polícia Administrativa e Polícia Judiciária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2. Polícia Civil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.3. Polícia Penal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.4. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.5. Guardas Municipais e Segurança Viária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.6. Lei Complementar 317/2015. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

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APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos as regras estabelecidas na Constituição do Estado de
Pernambuco em relação à Segurança Pública, fazendo uso, para isso, das disposições dos
artigos 101 a 105-B do texto constitucional.
Além disso, veremos, como forma de melhor contextualizar a matéria, as características
dos Militares. Por fim, teremos contato com as disposições da Lei Complementar 317/2015,
norma responsável por regulamentar as disposições da Constituição Federal relacionadas
com as funções de Delegado Civil.
Grande Abraço a todos e boa aula!
Diogo

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SEGURANÇA PÚBLICA

1. DEFINIÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS


Os agentes públicos podem ser conceituados como todas as pessoas que possuem
uma vinculação profissional com o Estado, mesmo que em caráter temporário e ainda
que sem o recebimento de remuneração.
É por meio dos agentes que o Estado exerce suas funções e pratica os atos administrativos
que lhe são competentes. Assim, em caso de dano causado ao particular em decorrência
da atuação estatal, será o Estado quem será responsabilizado, e não o respectivo agente.
Posteriormente, verificando o Poder Público que o agente agiu com dolo ou culpa, poderá
promover a competente ação de ressarcimento.
Quanto mais íntegros, eficientes e preparados os agentes públicos forem, melhor será
o desempenho da atividade estatal e do bem estar da coletividade.

1.1. CLASSIFICAÇÃO
A classificação dos agentes públicos é tema que não apresenta uniformidade por parte
dos autores administrativistas. Basicamente, as bancas utilizam a classificação apresentada
por Hely Lopes Meirelles, por meio do qual os agentes públicos são divididos em cinco
categorias: agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos, agentes
delegados e agentes credenciados.
Ocasionalmente, é possível encontrar questões exigindo o conhecimento da classificação
da autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, para a qual os agentes possuem quatro classificações:
agentes políticos, servidores públicos, militares e particulares em colaboração com o
Poder Público.
Classificação de Maria Sylvia Zanella Di
Classificação de Hely Lopes Meirelles
Pietro
Agentes políticos Agentes políticos
Agentes administrativos Servidores públicos
Agentes honoríficos Militares
Agentes credenciados Particulares em colaboração
Agentes delegados

Os agentes públicos podem vir a ocupar cargos, empregos ou funções públicas no âmbito
da estrutura da administração pública.

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Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribuições,


responsabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos
para o desempenho das suas atividades funcionais. Dessa forma, que ocupa cargo público
encontra-se regido por um estatuto funcional, que é o documento legal onde todos os
direitos e benefícios do servidor público encontram-se presentes.
Ressalta-se que a criação de cargos públicos deverá ser feita por intermédio de lei,
sendo que a iniciativa para propor a norma caberá ao chefe do respectivo Poder onde os
cargos estão sendo criados.
Os cargos públicos podem ser divididos em cargos isolados, em cargos de carreira e
em cargos em comissão.
Os cargos isolados são aqueles que são formados apenas por uma classe, sendo que o
seu ocupante, com o passar do tempo, não possui o direito de progredir na carreira.
Os cargos em carreira, em sentido oposto, são aqueles que são organizados em classes,
de forma que os servidores ocupantes, após um intervalo de tempo e desde que atendidas
as demais condições previstas em lei, progridem na carreira.
Os cargos em comissão são aqueles destinados às funções de direção, chefia
e assessoramento. Em virtude desta condição, são considerados de livre nomeação e
exoneração por parte da autoridade competente, o que implica em dizer que a sua nomeação
independe da realização de concurso público, requisito imprescindível para a admissão dos
servidores estatutários e dos empregados públicos.
De acordo com a Constituição Federal (art. 37, V), os cargos em comissão podem ser
providos tanto por servidores já ocupantes da carreira funcional (e que foram aprovados
em concurso público) quanto por terceiros que ainda não possuam vínculo funcional
com o respectivo Poder Público.
Entretanto, como forma de evitar que todo os cargos de direção, chefia e assessoramento
fossem providos exclusivamente por pessoas alheias ao serviço público, a Constituição
Federal estabeleceu que as leis organizadoras de cada carreira deverão determinar que seja
observado um percentual mínimo de servidores de carreira para as nomeações destinadas
aos cargos em comissão.

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2. MILITARES
Os militares são agentes regidos pelo regime estatutário, instituído por meio de lei, mas
com regras jurídicas próprias das estabelecidas para os servidores civis.
Antes da entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 18, os militares eram classificados
como “servidores militares”, sendo que os direitos previstos para os servidores civis
eram a eles estendidos. Com e entrada da Emenda Constitucional, tais agentes passaram
a ser regidos por regras próprias, sendo a eles assegurados apenas alguns direitos que os
servidores civis fazem jus.
Neste sentido, são direitos sociais conferidos aos militares (art. 142, §3º, VIII):

décimo terceiro salário, salário-família, férias anuais remuneradas, licença à gestante, licença
paternidade e assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de
idade em creches e pré-escolas.

De acordo com a Constituição Estadual, são Militares do Estado os membros da Polícia


Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros Militar.

Art. 100. São Militares do Estado os membros da Polícia Militar de Pernambuco e do Corpo de
Bombeiros Militar.

As patentes, com as prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas


em toda sua plenitude, aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo conferidas
pelo Governador do Estado. Consequentemente, são privativos dos servidores militares os
títulos, postos, graduações, uniformes, insígnias e distintivos militares.
Situação interessante ocorre quando o militar da ativa for empossado em cargo público
civil permanente ou aceitar cargo, emprego ou função pública temporária.

Art. 100, § 3º O militar da ativa empossado em cargo público civil permanente será transferido
para a reserva.
§ 4º O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não-eletiva,
ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo
de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo transferido para
a inatividade, após dois anos de afastamento, contínuos ou não.

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Militar da ativa que aceitar cargo, emprego


Militar da ativa empossado em cargo público
ou função pública temporária, não-eletiva,
civil permanente
ainda que da Administração Indireta
Ficará agregado ao respectivo quadro e somente
poderá, enquanto permanecer nessa situação,
ser promovido por antiguidade, contando-
Será transferido para a reserva se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo
transferido para a inatividade, após dois anos de
afastamento, contínuos ou não

O oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar só perderá o posto e a patente


se for julgado indigno do oficialato, ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal
de Justiça Militar, quando este existir, ou do Tribunal de Justiça do Estado, devendo a
lei especificar os casos de submissão a processo e a seu rito.
Além disso, o oficial condenado na Justiça Comum ou Militar a pena privativa de liberdade
superior a 2 anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento perante
o Tribunal de Justiça Militar, quando houver, ou do Tribunal de Justiça do Estado.

Obs.: O Estado promoverá POST MORTEM o servidor militar que vier a falecer em
consequência de ferimento recebido em luta contra malfeitores, em ações ou operações
de manutenção de ordem pública, na prevenção ou combate de incêndios e durante
operações de salvamento de pessoas e bens ou de defesa civil, de acidentes de serviço
ou de moléstia ou doença decorrente de qualquer desses fatos, na forma da lei.
Aos beneficiários do militar falecido em qualquer das circunstâncias mencionadas
será concedida pensão especial, cujo valor será igual à remuneração do posto ou
graduação a que foi promovido post mortem, reajustável na mesma época e nos
mesmos índices da remuneração dos servidores militares em atividade.

As promoções dos servidores militares serão feitas por merecimento e antiguidade,


de acordo com o estabelecido em legislação própria.
Outro ponto a ser destacado é que, uma vez postos à disposição, os servidores militares
serão considerados no exercício de função militar quando ocuparem cargo em comissão
ou função de confiança declarados em lei de natureza policial militar ou bombeiro militar.

2.1. VEDAÇÕES
Estabelece a Constituição Estadual, em seu artigo 100, §7º, a seguinte previsão:

Art. 100, §7º, Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, não podendo, enquanto
em efetivo exercício, estar filiado a partidos políticos.

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Com relação ao direito de associação sindical, estabelece a Constituição Federal, em seu


artigo 37, VI, que todos os servidores públicos civis possuem o direito de se associar à sindicato:

Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

Salienta-se que o mencionado inciso não é extensível a todos os agentes públicos, mas sim
apenas aos servidores públicos civis. Em sentido oposto, os militares não possuem o direito
à livre associação sindical, conforme previsão do artigo 142, IV, da Constituição Federal:

Art. 142, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;

Importante questão refere-se à possibilidade de greve por parte dos servidores públicos.
De início, estabelece a Constituição, em seu artigo 37, VII, que

o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.

Como se observa, trata-se de uma norma de eficácia limitada, carecendo de regulamentação


legal para que possa entrar em vigor. E como tal lei, até o momento, ainda não foi editada,
questionava-se se o direito à greve, por parte dos servidores públicos, poderia ser exercido.
Quando a questão chegou à análise do STF, determinou o tribunal em questão, em
decisão histórica, que o direito à greve dos servidores públicos civis não poderia ser obstado,
devendo ser aplicado a tais agentes, até a edição da lei regulamentadora, as normas relativas
à Lei Geral da Greve (Lei 7.783).
Merece destaque, com relação à possibilidade de greve, passagem extraída do voto
do Ministro Celso de Mello, no julgamento do MI 708, que exemplifica com maestria o
entendimento da Suprema Corte:

JURISPRUDÊNCIA
Não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse
estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional,
cuja omissão, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem
negando, arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto
constitucional -, traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade,
pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República.

Nem todos os agentes públicos poderão fazer uso da greve. Estabelece a Constituição
Federal (artigos 142, § 3º, IV e artigo 42, §1º) que os militares das Forças Armadas (Marina,
Exército e Aeronáutica) e dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão
utilizar tal direito. Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais
civis também estão impedidos de fazer greve.

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Com a filiação partidária, o cidadão passa a ter um vínculo que, em tese, englobaria os
ideais defendidos pelo partido.
Desta forma, temos que memorizar que não é possível, em nosso ordenamento, a
existência de candidaturas avulsas, assim consideradas aquelas que não estão vinculadas
a um Partido Político.
Situação interessante, e que representa uma exceção à regra da filiação com 6 meses
de antecedência, é a do militar. E isso ocorre porque o militar, de acordo com a CF/88, em
seu artigo 142, V, não pode filiar-se a partido político enquanto estiver em serviço ativo:

Art. 142, V, O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;

Isso quer dizer que os militares que estiverem na ativa não poderão concorrer a cargos
políticos?

Para evitar que isso ocorra, e considerando que estamos diante de um aparente confronto
entre artigos constitucionais, é que o TSE possui o seguinte entendimento (Resolução 21.787):

A condição de elegibilidade relativa à filiação partidária contida no art. 14, § 3º, inciso V, da
Constituição Federal, não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a cargo eletivo,
bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia escolha em convenção partidária.

Ainda no que se refere aos militares, estabelece a CF/88, em seu artigo 14, § 8, as regras
a serem observadas após o registro da candidatura.

Art. 14, §8º, O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

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Pois bem! Com base em tudo o que foi exposto, precisamos memorizar, para fins de
prova, as seguintes vedações que devem ser observadas pelos militares.

3. SEGURANÇA PÚBLICA
A segurança pública deve ser vista como um processo sistêmico e contínuo, que, ainda
que se inicie com as medidas de prevenção, deve abarcar, também, o papel da população
(mediante denúncias), o papel das autoridades públicas e as demais medidas de repressão
aos danos causados.
De acordo com a Constituição Federal, a segurança pública, que é um dever do Estado
e direito e responsabilidade de todos, é exercida com o objetivo de preservar a ordem
pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio. E a lista de órgãos responsáveis
por estas atribuições consta do artigo 144, de seguinte redação:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.

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Neste mesmo sentido é a previsão da Constituição do Estado de Pernambuco, que


apresenta a seguinte definição para a segurança pública:

Art. 101. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento
da liberdade e das garantias individuais através dos seguintes órgãos permanentes:
I – Polícia Civil;
II – Polícia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
IV – Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

Estudaremos cada um dos órgãos responsáveis pelo exercício da segurança pública.


Antes disso, duas informações merecem ser destacadas:
a) A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
b) A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos de segurança pública
será realizada por meio de subsídio. O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento
realizado em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação,
adicional ou verba de representação. Constitui o subsídio a forma mais transparente de
remunerar os servidores públicos, uma vez que evita as chamadas gratificações imprecisas
ou pouco detalhadas. Por meio do subsídio, temos um valor único fixado em lei, de forma
que o valor final a ser recebido pelo servidor já é conhecido de antemão, sem a possibilidade
de recebimento gratificações ou adicionais que se incorporem ao vencimento.
c) As atividades de Segurança Pública serão organizadas em sistema, na forma da lei.
d) Cabe ao Governador do Estado, assessorado por um Conselho de Defesa Social, o
estabelecimento da Política de defesa social e a coordenação das ações de Segurança Pública.

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3.1. POLÍCIA ADMINISTRATIVA E POLÍCIA JUDICIÁRIA


De fundamental importância, neste ponto da disciplina, é conhecermos as características
e diferenças entre a polícia judiciária e a polícia administrativa. E isso na medida em que
as atividades de polícia judiciária são exercidas, preponderantemente, pela Polícia Federal
(no âmbito da União) e pela Polícia Civil (no âmbito dos Estados), ao passo que a polícia
administrativa, em sentido contrário, é exercida em sua maior parte pela Polícia Militar.
Sendo assim, façamos uma rápida revisão sobre o poder de polícia (polícia administrativa),
conhecendo as características e diferenças em relação à polícia judiciária.
O ordenamento jurídico passou a reconhecer, a partir de meados do século XVIII, a
necessidade do Estado assegurar uma série de direitos à população. Com isso, deixava de
existir a figura do Estado opressor (limitador de direitos), para vir à tona a obrigatoriedade
do Poder Público assegurar uma série de benefícios aos administrados.
Para alcançar estes benefícios e garantir o bem estar da coletividade é que surge a ideia
central do exercício do poder de polícia.
O conceito de poder de polícia, ainda que cercado por entendimentos doutrinários,
possui base legal. E este dispositivo é o Código Tributário Nacional, que em seu artigo 78
assim dispõe:

Art. 78, Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão
ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos.

Deste conceito conseguimos extrair o núcleo do poder de polícia, que é a restrição de


um direito particular em prol de toda a coletividade.

Imaginem que um prédio está sendo construído, mas que a autoridade administrativa verifica
que tal edificação pode colocar em risco a segurança dos moradores vizinhos.
Nesta hipótese, a autoridade, pautada no seu poder de polícia, determina que o particular
que está construindo o edifício adote as providências legais ou, a depender da gravidade,
pode determinar até mesmo a demolição da construção.
Em ambas as medidas, temos a restrição de um direito individual em prol do bem estar da
população.

Em consonância com o conceito de poder de polícia é o entendimento do professor Hely


Lopes Meirelles, para o qual o poder de polícia “incide sobre bens, atividades e direitos
individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”.

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Nota-se assim que o poder de polícia se diferencia, em muitos aspectos, do poder


disciplinar. Se no âmbito do poder disciplinar faz-se necessário a existência de um vínculo
com o Poder Público (que pode ser interno ou, quando tratar-se de terceiros, específico),
o poder de polícia, em sentido oposto, incide sobre toda a população, ainda que não haja
um elo de ligação com a administração pública.
Com o poder de polícia, a administração objetiva assegurar a manutenção do bem estar
coletivo, tratando-se, por isso mesmo, de uma das manifestações que decorre diretamente
do princípio da supremacia do interesse público.
Desta abordagem inicial, conseguimos extrair as seguintes características inerentes ao
poder de polícia:

As diferenças entre as atividades de polícia administrativa e as de polícia judiciária são


bastante exigidas em provas de concurso. Desta forma, conseguimos diferenciar ambas
as atividades, basicamente, por meio de quatro características:
a) As atividades de polícia administrativa incidem sobre bens, sobre direitos ou sobre
atividades, ao passo que a polícia judiciária incide sobre pessoas.

Exemplo de atividade decorrente de polícia administrativa é a apreensão de mercadorias


vencidas (incidente sobre bens).
Exemplo de atividade decorrente de polícia judiciária é a prisão de um grupo terrorista
(incidente sobre pessoas).

b) A polícia administrativa é inerente ao próprio desempenho da função pública, uma


vez que uma das finalidades da administração é garantir o bem estar da coletividade. Logo,
todos os órgão e entidades pautados pelo regime jurídico de direito público podem,
quando no desempenho regular de suas atividades, fazer uso do poder de polícia.
A polícia judiciária, por outro lado, apenas pode ser utilizadas por corporações
especializadas e por profissionais previamente treinados para o seu correto desempenho.

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A atividade administrativa pode ser desempenhada tanto por um órgão da administração


direta (quando da concessão de uma licença para construção, por exemplo), quando por uma
entidade da administração indireta de direito público (autarquias e fundações públicas).

c) A polícia administrativa age predominantemente de forma preventiva, uma vez que


o seu exercício possui como fundamento evitar a violação do interesse coletivo. Salienta-se,
no entanto, que é perfeitamente possível a utilização da polícia administrativa em caráter
repressivo, com a ressalva de que tal modalidade de exercício é feita em caráter de exceção.
Um típico exemplo de atividade preventiva de poder de polícia é a concessão de alvará
para o funcionamento de um estabelecimento comercial. Caso o particular descumpra as
normas legais, poderá o poder público, fazendo uso do poder de polícia em caráter repressivo,
interditar o estabelecimento.
A polícia judiciária, ao contrário, age predominantemente de forma repressiva, uma
vez que é após os acontecimentos (tal como um crime) que ela é provocada. Nada impede,
por exemplo, que a polícia judiciária atue de forma preventiva, situação que ocorre, por
exemplo, com as práticas de policiamento preventivo.
d) Uma última diferenciação se refere às possíveis áreas de atuação dos dois tipos de
polícia. Enquanto a polícia administrativa age em relação aos ilícitos administrativos, a
polícia judiciária tem como objetivo combater as práticas de ilícitos penais.
Tais diferenciações podem ser resumidas da seguinte forma:
Polícia administrativa Polícia judiciária
Incide sobre bens, sobre direitos e sobre
Incide apenas sobre pessoas
atividades
É inerente à função administrativa, podendo Apenas pode ser desempenhada por
ser desempenhada por todos os órgãos e corporações específicas e por profissionais
entidades regidos pelo direito público previamente treinados para tal atividade
Atua predominantemente de forma
Atua predominantemente de forma repressiva,
preventiva, podendo também agir de forma
podendo também agir de forma preventiva
repressiva
Combate os ilícitos administrativos Combate os ilícitos penais

3.2. POLÍCIA CIVIL


A polícia civil integra a estrutura da segurança pública dos Estados, e não da União. Neste
sentido, merece ser destacada a definição do §4º do artigo 144 da Constituição Federal,
de seguinte redação:

Art. 144, § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada
a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.

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Analisando o conceito, conseguimos verificar que a Polícia Civil é o órgão responsável


pelo exercício da polícia judiciária no âmbito dos Estados. Outra importante informação
é a que estabelece a competência da Polícia Civil, como regra geral, para a apuração das
infrações penais. Em caráter de exceção, temos as infrações militares, que não serão
objeto de apuração por parte da Polícia Civil.
No entanto, deve ser destacado que a impossibilidade de apuração das infrações militares
pela Polícia Civil alcança apenas os crimes relacionados com o exercício da atividade
militar. Em outros termos, os crimes comuns cometidos por militares, quando não tiverem
ligação com a atividade militar, serão apurados normalmente pela Polícia Civil.
Em sintonia com as disposições da Constituição Federal é o teor da Constituição de
Pernambuco, de seguinte redação:

Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;
II - a repressão da criminalidade;

Observe que a Polícia Civil será dirigida por Delegado de Polícia ocupante do último
nível da carreira O cargo de Diretor-Geral é considerado como de livre escolha, nomeação
e exoneração do Governador do Estado.
Neste contexto, destaca-se que o cargo de Delegado de Polícia Civil, privativo de bacharel
em Direito, integra as carreiras jurídicas típicas de Estado.
Agora, vejamos uma importante disposição relacionada com a organização e estrutura
da Polícia Civil.
No artigo 18, VII, o texto da Constituição Estadual determina que caberá a uma lei
complementar dispor sobre normas gerais referentes à Polícia Civil.

Art. 18. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos membros da Assembleia
Legislativa, observados os demais termos de votação das leis ordinárias.
Parágrafo único. São leis complementares as que disponham sobre normas gerais referentes à:
VII – Polícia Civil;

Com relação às leis complementares, precisamos memorizar que estas serão sempre
aprovadas por maioria absoluta dos votos.
Isso não significa, contudo, que haja uma hierarquia entre as leis complementares e as
leis ordinárias. Ambas as espécies normativas, ao contrário do que possa dar a entender,
estão situadas no mesmo nível hierárquico.
A lei complementar, assim como ocorre com a lei ordinária, são instrumentos de atuação,
como regra geral, do Poder Legislativo. Por meio da edição das leis, os representantes do povo,
dentre outros legitimados pela Constituição Federal, podem fazer valer a vontade popular.
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Ambos os instrumentos (lei ordinária e lei complementar) se diferenciam, no entanto, com


relação a dois importantes aspectos: a matéria e o quórum necessário para a aprovação.
Com relação à matéria, todos os assuntos em que a Constituição Federal exigir,
expressamente, a edição de lei complementar, apenas podem ser normatizados por meio
deste instrumento.
Neste sentido, expressões como “lei complementar estabelecerá” ou “lei complementar
disporá” apenas podem ser objeto de lei complementar, e não de lei ordinária.
Adotando-se o critério residual, todas as demais matérias, ou seja, aquelas em que a
Constituição Federal não determina expressamente a necessidade de edição de uma lei
complementar, podem ser objeto de lei ordinária.
Como exemplo, podemos citar diversos artigos onde a Constituição apenas menciona
que “lei estabelecerá”. Nestas situações, a regulamentação da matéria poderá ser feita
por lei ordinária, não sendo exigida a edição de lei complementar.
No que se refere ao quórum de aprovação, a lei complementar exige, para a sua
aprovação, a maioria absoluta dos votos dos membros do respectivo órgão.
Assim, se estivermos diante de um órgão com, por exemplo, 81 membros, a lei
complementar apenas será aprovada se pelo menos 41 membros votarem neste sentido.
A lei ordinária, em sentido oposto, exige apenas a aprovação por parte da maioria
simples. Logo, se tomarmos como exemplo a situação do órgão anteriormente mencionado
(composto de 81 membros), uma lei ordinária será aprovada caso a maioria simples dos
membros presentes em uma sessão vote neste sentido.
Desta forma, caso o órgão tenha, em uma sessão, 60 membros, a lei ordinária será
considerada aprovada caso assim seja decidido por, pelo menos, 31 membros, número
que representa a maioria dos membros presentes, e não necessariamente a maioria do
respectivo órgão.

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Pois bem! Em relação à Polícia Civil, a mencionada lei complementar criara órgãos
específicos e especializados para:
a) executar as atividades técnicas e cientificas de realização de perícias criminais,
médico-legais e identificação civil e criminal. Este órgão terá plena independência
técnica e cientifica, sendo dirigido privativamente por médico-legista ou perito-criminal,
ocupante do último nível da carreira, que participará obrigatoriamente do Conselho
de Defesa Social.
b) proceder à apuração dos atos infracionais praticados por menores, obedecido o
disposto na legislação federal;
c) vistoriar e matricular veículos, bem como realizar exames de habilitação
de condutores de veículos, organizando e mantendo cadastro próprio, na forma da
legislação federal;

Obs.: A direção do órgão setorial incumbido das atribuições de identificação civil e criminal
será de livre escolha do Chefe do Poder Executivo, entre os ocupantes de cargos de
nível superior, do quadro de pessoal policial civil do Estado.

3.3. POLÍCIA PENAL


As polícias penais foram incluídas na relação de órgãos que fazem parte da segurança
pública por meio da Emenda Constitucional 104/2019. De acordo com a Constituição Federal,
a polícia penal está vinculada ao órgão administrador do sistema penal de cada uma das
unidades federativas, tendo como atribuição a segurança dos estabelecimentos penais.
No âmbito de Pernambuco, as regras a serem observadas pela Polícia Penal constam
no artigo 104, de seguinte teor:

Art. 104. À Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal do Estado de
Pernambuco, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
§ 1º O preenchimento do quadro de servidores das polícias penais será feito, exclusivamente,
por meio de concurso público e por meio da transformação do cargo de Agente de Segurança
Penitenciária, integrante do Grupo Ocupacional Segurança Penitenciária do Estado de
Pernambuco.
§ 2º As atividades de manutenção da ordem, segurança interna, organização e funcionamento
da Polícia Penal serão definidas em Lei.

DICA
O preenchimento do quadro de servidores das polícias
penais será feito, exclusivamente, por meio de concurso
público e por meio da transformação do cargo de Agente de

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Segurança Penitenciária, integrante do Grupo Ocupacional


Segurança Penitenciária do Estado de Pernambuco.

3.4. POLÍCIA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR


Estabelece o artigo 144, §6º, da Constituição Federal que

As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército


subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

Ao afirmar que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são forças auxiliares e
reserva do Exército, a Constituição Federal está mencionando que tais corporações apenas
serão utilizadas, por parte do Exército, em missões especiais.
Neste contexto, a Constituição de Pernambuco estabelece a seguinte redação:

Art. 105. A polícia Militar, força auxiliar e reserva do Exército, cabe com exclusividade a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública; e ao Corpo de Bombeiros Militar, também força
auxiliar e reserva do Exército, cabe a execução das atividades da defesa civil, além de outras
atribuições definidas em Lei.

As Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são instituições pautadas


nos princípios da hierarquia e da disciplina. A hierarquia e a disciplina são verdadeiros
postulados da atividade policial, seja ela civil ou militar.
Neste sentido, ao passo que a hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes,
dentro da estrutura da organização, a disciplina compreende a rigorosa observância e o
acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam a
organização e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes da
organização.
Hierarquia Disciplina
Rigorosa observância e o acatamento integral
das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam a organização e coordenam seu
Ordenação da autoridade, em níveis diferentes,
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-
dentro da estrutura da organização.
se pelo perfeito cumprimento do dever por parte
de todos e de cada um dos componentes da
organização.

Observe que a Polícia Militar é responsável, com exclusividade, pelas atividades de


polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. Já o Corpo de Bombeiros Militar

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está incumbido da execução das atividades da defesa civil, além de outras atribuições
definidas em lei.

Você saber o que isso significa o termo “polícia ostensiva”?

O policiamento ostensivo, em linhas gerais, pode ser definido como todas as atividades
realizadas e que estão “visíveis” à população.
Tal forma de policiamento se diferencia, por exemplo, da polícia secreta, que é realizada,
normalmente, em investigações nas quais o conhecimento da população poderia colocar
em risco a operação como um todo.
A polícia ostensiva, neste sentido, é materializada por meio das viaturas identificadas,
do patrulhamento com emissão de sons (sirene), dos uniformes utilizados pelos policiais
militares e das demais formas de exercício em seja possível identificar, por parte da população,
que é a polícia quem está desempenhando tais atividades.
Em outros termos, a polícia ostensiva é sinônimo de polícia pode ser vista pela
população.
Atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem
Polícia Militar
pública
Corpo de Bombeiros Militar Execução das atividades da defesa civil

É importante mencionar que os Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de


Bombeiros Militar serão nomeados em comissão, pelo Governador do Estado, dentre os
oficiais da ativa do último posto de cada Corporação.

As polícias militares, os corpos de bombeiros militares, as polícias civis e as polícias penais


estão subordinadas ao Governador do Estado.

3.5. GUARDAS MUNICIPAIS E SEGURANÇA VIÁRIA


Os guardas municipais, bem como a segurança viária, não são órgãos que estão
relacionados como responsáveis pelo exercício da segurança pública. Ainda que as atividades
desempenhadas por estes órgãos seja relacionada com a segurança, é importante destacar
que eles não constam na relação prevista no texto constitucional.
Com relação aos guardas municipais, a possibilidade de constituição consta no §8º do
artigo 144 da Constituição Federal, de seguinte redação:

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Art. 144, § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de


seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Neste mesmo sentido é a previsão da Constituição do Estado de Pernambuco:

Art. 105-A. Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à prevenção, proteção
e preservação de seus bens, serviços e instalações, observados os preceitos da Lei Federal.

De acordo com a doutrina, a atividade dos guardas municipais insere-se na definição


de polícia administrativa. E ainda que eles não estejam listados taxativamente como
um dos órgãos de segurança pública, o STF possui entendimento de que, por prestarem
atividades materialmente consideradas como segurança pública, não podem os guardas
municipais fazer uso do direito de greve.

DICA
Para fins de prova, devemos memorizar que:
a) os guardas municipais não são órgãos de segurança
pública, uma vez que não constam na lista taxativamente
prevista no texto constitucional;
b) os guardas municipais desempenham atividades
relacionadas com a segurança pública, motivo pelo qual
não podem fazer greve;

Professor, me dê um exemplo de atividade desempenhada pelos guardas municipais?

Vamos lá! Um típico exemplo de atividade dos guardas municipais é o poder de polícia
relacionado com as atividades de trânsito. De acordo com o STF, inclusive, os guardas
municipais podem, no exercício desta atividade, aplicar sanções administrativas, como
as multas.
Já a segurança viária foi incluída no texto da Constituição Federal por meio da emenda
constitucional 82/2014. De acordo com o texto em vigor, a segurança viária é exercida para
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas
vias públicas. Além disso, a segurança viária:
a) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
b) compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
carreira, na forma da lei.

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Em sintonia com tais previsões é o texto da Constituição Estadual, que estabelece a


seguinte redação:

Art. 105-B. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras previstas em
Lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
II - compete, no âmbito do Estado e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos
e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da Lei.

3.6. LEI COMPLEMENTAR 317/2015


Estabelece o §5º do artigo 103 da Constituição Estadual que

O cargo de Delegado de Polícia Civil, privativo de bacharel em Direito, integra as carreiras jurídicas
típicas de Estado.

Regulamentando a previsão constitucional, tivemos a edição da Lei Complementar


317/2015, norma responsável por melhor detalhar os requisitos que devem ser observados
para o desempenho da função de Delegado de Polícia Civil.
Sendo assim, vejamos os artigos da mencionada norma complementar:

Art. 1º O cargo, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo
Delegado de Polícia são de natureza jurídica e policial, essenciais e exclusivas de Estado.
Parágrafo único. É garantida ao Delegado de Polícia, para a formação de seu convencimento e no
exercício de suas atribuições, a interpretação do ordenamento jurídico com isenção, imparcialidade
e de modo fundamentado.

A Policia Civil é o órgão responsável pelo exercício das funções de polícia judiciária e pela
apuração das infrações penais. O Chefe da Polícia Civil será o Delegado. Consequentemente,
o cargo, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo
Delegado são de natureza jurídica e policial, consideradas essenciais e exclusivas de Estado.
É o chefe da Polícia Civil
O cargo, as funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais exercidas pelo Delegado são de
Delegado de Polícia Civil
natureza jurídica e policial
As atividades desempenhadas pelo Delegado são
consideradas essenciais e exclusivas de Estado

Para que o Delegado de Polícia forme livremente seu convencimento, a ele e garantido,
no exercício de suas atribuições, a interpretação do ordenamento jurídico com isenção,
imparcialidade e de modo fundamentado.

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Art. 2º O ingresso no cargo de Delegado de Polícia dar-se-á sempre na faixa e na classe iniciais,
mediante prévia aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da
Ordem dos Advogados do Brasil, sendo exigido diploma de bacharel em Direito e, no mínimo, 3
(três) anos de atividade jurídica ou policial, comprovados no ato da posse.
Parágrafo único. A experiência de três anos referida no caput não se aplica a concurso público
iniciado antes da vigência desta Lei Complementar.

O concurso público é, em nosso ordenamento jurídico, a forma de seleção de pessoal


para os cargos e empregos públicos. Com relação ao cargo de Delegado de Polícia Civil, as
seguintes regras devem ser observadas:
a) o concurso público será de provas e títulos;
b) haverá, obrigatoriamente, a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as etapas do concurso;
c) É exigido do candidato diploma de bacharel em Direito e, no mínimo, 3 anos de
atividade jurídica ou policial, que devem ser comprovados no ato da posse.
d) Após a aprovação, o ingresso no cargo de Delegado de Polícia ocorrerá sempre na
faixa e na classe iniciais.

Art. 3º A remoção do Delegado de Polícia dar-se-á somente por ato devidamente fundamentado.

A remoção, em breve síntese, implica na transferência do servidor para outra localidade.


E como forma de evitar que o instituto da remoção pudesse ser utilizado com outras
finalidades (como, por exemplo, com a transferência de determinado Delegado que está
investigando um caso especifico), é que a norma complementar determina que a remoção
de Delegado de Polícia apenas poderá ocorrer mediante ato devidamente fundamentado.

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RESUMO
Os militares são agentes regidos pelo regime estatutário, instituído por meio de lei, mas
com regras jurídicas próprias das estabelecidas para os servidores civis.
São direitos sociais conferidos aos militares: décimo terceiro salário, salário-família,
férias anuais remuneradas, licença à gestante, licença paternidade e assistência gratuita
aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas.
De acordo com a Constituição Estadual, são Militares do Estado os membros da Polícia
Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros Militar.
As patentes, com as prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas
em toda sua plenitude, aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo conferidas
pelo Governador do Estado. Consequentemente, são privativos dos servidores militares os
títulos, postos, graduações, uniformes, insígnias e distintivos militares.
Situação interessante ocorre quando o militar da ativa for empossado em cargo público
civil permanente ou aceitar cargo, emprego ou função pública temporária.
Militar da ativa que aceitar cargo, emprego
Militar da ativa empossado em cargo
ou função pública temporária, não-eletiva,
público civil permanente
ainda que da Administração Indireta
Ficará agregado ao respectivo quadro e somente
poderá, enquanto permanecer nessa situação,
ser promovido por antiguidade, contando-
Será transferido para a reserva se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo
transferido para a inatividade, após dois anos de
afastamento, contínuos ou não

O oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar só perderá o posto e a patente


se for julgado indigno do oficialato, ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal
de Justiça Militar, quando este existir, ou do Tribunal de Justiça do Estado, devendo a
lei especificar os casos de submissão a processo e a seu rito.
Além disso, o oficial condenado na Justiça Comum ou Militar a pena privativa de
liberdade superior a 2 anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento perante o Tribunal de Justiça Militar, quando houver, ou do Tribunal de Justiça
do Estado.
Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, não podendo, enquanto
em efetivo exercício, estar filiado a partidos políticos.

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A segurança pública deve ser vista como um processo sistêmico e contínuo, que, ainda
que se inicie com as medidas de prevenção, deve abarcar, também, o papel da população
(mediante denúncias), o papel das autoridades públicas e as demais medidas de repressão
aos danos causados.
A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e
asseguramento da liberdade e das garantias individuais, através dos seguintes órgãos
permanentes:
a) Polícia Civil;
b) Polícia Militar;
c) Corpo de Bombeiros Militar.
d) Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela


segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos de segurança pública
será realizada por meio de subsídio. O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento
realizado em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação,

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adicional ou verba de representação. Constitui o subsídio a forma mais transparente de


remunerar os servidores públicos, uma vez que evita as chamadas gratificações imprecisas
ou pouco detalhadas. Por meio do subsídio, temos um valor único fixado em lei, de forma
que o valor final a ser recebido pelo servidor já é conhecido de antemão, sem a possibilidade
de recebimento gratificações ou adicionais que se incorporem ao vencimento.
As atividades de Segurança Pública serão organizadas em sistema, na forma da lei.
Cabe ao Governador do Estado, assessorado por um Conselho de Defesa Social, o
estabelecimento da Política de defesa social e a coordenação das ações de Segurança Pública.
A Polícia Civil é o órgão responsável pelo exercício da polícia judiciária no âmbito dos
Estados. Outra importante informação é a que estabelece a competência da Polícia Civil,
como regra geral, para a apuração das infrações penais. Em caráter de exceção, temos as
infrações militares, que não serão objeto de apuração por parte da Polícia Civil.
No entanto, deve ser destacado que a impossibilidade de apuração das infrações militares
pela Polícia Civil alcança apenas os crimes relacionados com o exercício da atividade
militar. Em outros termos, os crimes comuns cometidos por militares, quando não tiverem
ligação com a atividade militar, serão apurados normalmente pela Polícia Civil.
A Polícia Civil será dirigida por Delegado de Polícia ocupante do último nível da carreira
O cargo de Diretor-Geral é considerado como de livre escolha, nomeação e exoneração
do Governador do Estado.
Neste contexto, destaca-se que o cargo de Delegado de Polícia Civil, privativo de bacharel
em Direito, integra as carreiras jurídicas típicas de Estado.
À Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal do Estado de
Pernambuco, cabe a segurança dos estabelecimentos penais
O preenchimento do quadro de servidores das polícias penais será feito, exclusivamente,
por meio de concurso público e por meio da transformação do cargo de Agente de Segurança
Penitenciária, integrante do Grupo Ocupacional Segurança Penitenciária do Estado de
Pernambuco.
As atividades de manutenção da ordem, segurança interna, organização e funcionamento
da Polícia Penal serão definidas em lei.
À Polícia Militar, força auxiliar e reserva do Exército, cabe com exclusividade a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública.
Ao Corpo de Bombeiros Militar, também força auxiliar e reserva do Exército, cabe a
execução das atividades da defesa civil, além de outras atribuições definidas em lei.
Atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem
Polícia Militar
pública
Corpo de Bombeiros Militar Execução das atividades da defesa civil

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Ao afirmar que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são forças auxiliares e
reserva do Exército, a Constituição está mencionando que tais corporações apenas serão
utilizadas, por parte do Exército, em missões especiais.
As Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são instituições pautadas
nos princípios da hierarquia e da disciplina. A hierarquia e a disciplina são verdadeiros
postulados da atividade policial, seja ela civil ou militar.
Neste sentido, ao passo que a hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes,
dentro da estrutura da organização, a disciplina compreende a rigorosa observância e o
acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam a
organização e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes da
organização.
Hierarquia Disciplina
Rigorosa observância e o acatamento integral
das leis, regulamentos, normas e disposições
que fundamentam a organização e coordenam
Ordenação da autoridade, em níveis diferentes,
seu funcionamento regular e harmônico,
dentro da estrutura da organização.
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento
do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes da organização.

Os Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão nomeados


em comissão, pelo Governador do Estado, dentre os oficiais da ativa do último posto de
cada Corporação.
As polícias militares, os corpos de bombeiros militares, as polícias civis e as polícias
penais estão subordinadas ao Governador do Estado.
Os guardas municipais, bem como a segurança viária, não são órgãos que estão
relacionados como responsáveis pelo exercício da segurança pública. Ainda que as atividades
desempenhadas por estes órgãos seja relacionada com a segurança, é importante destacar
que eles não constam na relação prevista no texto constitucional.
Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à prevenção, proteção
e preservação de seus bens, serviços e instalações, observados os preceitos da Lei Federal.
De acordo com a doutrina, a atividade dos guardas municipais insere-se na definição
de polícia administrativa. E ainda que eles não estejam listados taxativamente como
um dos órgãos de segurança pública, o STF possui entendimento de que, por prestarem
atividades materialmente consideradas como segurança pública, não podem os guardas
municipais fazer uso do direito de greve.

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De acordo com o texto em vigor, a segurança viária é exercida para a preservação da


ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas. Além
disso, a segurança viária:
a) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
b) compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
carreira, na forma da lei.
O cargo, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas
pelo Delegado são de natureza jurídica e policial, consideradas essenciais e exclusivas
de Estado.
É o chefe da Polícia Civil
O cargo, as funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais exercidas pelo Delegado são de
Delegado de Polícia Civil
natureza jurídica e policial
As atividades desempenhadas pelo Delegado são
consideradas essenciais e exclusivas de Estado

Para que o Delegado de Polícia forme livremente seu convencimento, a ele e garantido,
no exercício de suas atribuições, a interpretação do ordenamento jurídico com isenção,
imparcialidade e de modo fundamentado.
Com relação ao cargo de Delegado de Polícia Civil, as seguintes regras devem ser
observadas:
a) o concurso público será de provas e títulos;
b) haverá, obrigatoriamente, a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as etapas do concurso;
c) É exigido do candidato diploma de bacharel em Direito e, no mínimo, 3 anos de
atividade jurídica ou policial, que devem ser comprovados no ato da posse.
d) Após a aprovação, o ingresso no cargo de Delegado de Polícia ocorrerá sempre na
faixa e na classe iniciais.
A remoção de Delegado de Polícia apenas poderá ocorrer mediante ato devidamente
fundamentado.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/ADV (SUSAM)/SUSAM/2014/ADAPTADA) A Constituição Estadual organizou vários


temas de forma inovadora. Um deles foi o Sistema de Segurança Pública, que inclui no seu
rol a seguinte corporação:
a) Polícia do Legislativo.
b) Polícia do Judiciário.
c) Polícia Municipal.
d) Polícia Civil.
e) Polícia do Sistema Metroviário.

002. (FGV/DEL POL (PC AP)/PC AP/2010/ADAPTADA) Os Órgãos apresentados nas alternativas
a seguir estão incluídos no art. 101 da Constituição como responsáveis pelo exercício da
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, à exceção
de um. Assinale-o.
a) Polícias Militares.
b) Corpos de Bombeiros Militares.
c) Polícias Civis.
d) Forças Armadas.

003. (FGV/INSP POL (PC RJ)/PC RJ/2008) Incumbe à Polícia Civil, de acordo com as disposições
constitucionais vigentes, a função de:
a) polícia administrativa.
b) polícia ostensiva.
c) polícia executiva.
d) polícia judiciária.
e) polícia repressiva.

004. (CEBRASPE (CESPE)/AG POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Segundo disposição


da Constituição do Estado de Pernambuco, as atividades de segurança pública serão
organizadas em sistemas, cabendo ao governador do estado, assessorado por um conselho
de defesa social, o estabelecimento da política de defesa social e a coordenação das ações
de segurança pública.

005. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC MA)/PC MA/2018) As polícias civis estaduais
subordinam-se aos

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a) governadores, diferentemente dos corpos de bombeiros militares, que são auxiliares e


reserva do Exército.
b) diretores das respectivas corporações, e não aos governadores.
c) governadores, assim como as polícias militares e os corpos de bombeiros.
d) governadores, diferentemente da Polícia Civil do Distrito Federal, que é organizada e
mantida pela União, à qual é subordinada.
e) governadores, diferentemente das polícias militares, que são auxiliares e reserva do
Exército.

006. (CEBRASPE (CESPE)/INV POL (PC MA)/PC MA/2018/ADAPTADA) De acordo com a


Constituição Estadual, às polícias civis cabe a
a) execução de atividades de defesa civil.
b) apuração de infrações penais, exceto as militares.
c) função de polícia de fronteira.
d) função de polícia judiciária da União.
e) função de polícia ostensiva.

007. (CEBRASPE (CESPE)/PER CRIM (PC MA)/PC MA/2018) As polícias civis, dirigidas por
delegados de polícia de carreira, subordinam-se
a) aos governadores de estado e à União.
b) somente ao governador do Distrito Federal e dos territórios.
c) ao governador do Distrito Federal e aos governadores de estado e dos territórios.
d) à União e ao governador do Distrito Federal e dos territórios.
e) somente aos governadores de estado.

008. (IADES/ALUN OF (PM PA)/PM PA/2021/ADAPTADA) Considerada dever do Estado, direito


e responsabilidade de todos, a segurança pública é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Entre os órgãos que a exercem,
estão a(s)
a) polícia federal, a polícia rodoviária federal e a segurança privada dos municípios.
b) polícias civis, as polícias militares e os corpos de bombeiros militares da União e dos
estados.
c) polícias penais, federal, estaduais e municipais.
d) polícias civis, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar
e) polícias civis e as polícias ferroviárias estaduais

009. (DEIP PMPI/CAB (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) De acordo com a Constituição Estadual,
às polícias civis cabe a:

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a) execução de atividades de defesa civil.


b) apuração de infrações penais, exceto as militares.
c) função de polícia de fronteira dos estados da federação.
d) função de polícia judiciária da União.
e) função de polícia ostensiva e judiciária.

010. (IADES/SOLD (PM PA)/PM PA/MASCULINO/2021) Conforme a Constituição Federal de


1988, a segurança pública constitui dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,
sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio. A esse respeito, de acordo com o texto constitucional de 1988, a execução de
atividades de defesa civil é designada à (ao)
a) Polícia Federal.
b) Polícia Rodoviária Federal.
c) Corpo de Bombeiros Militar do Estado.
d) Polícia Militar.
e) Polícia Ferroviária Federal.

011. (CEBRASPE (CESPE)/AG POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) O Corpo de Bombeiros


Militar, a quem cabe a execução das atividades da defesa civil e de outras atribuições definidas
em lei, é considerado força auxiliar e reserva da Polícia Militar, diretamente subordinado
ao Comando Geral da Polícia Militar.

012. (FCC/SOLD (PM BA)/PM BA/2007) De acordo com a Constituição Federal brasileira, em
regra, às polícias militares cabem
a) exercer as funções de polícia marítima e aeroportuária.
b) apurar infrações penais contra a ordem política e social.
c) a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
d) exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
e) o patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

013. (CEBRASPE (CESPE)/SOLD (PM AL)/PM AL/COMBATENTE/2017) No que concerne à


defesa do Estado e das instituições democráticas, julgue o item que se segue.
A segurança pública é exercida apenas por órgãos de polícia: nessa atividade não se incluem os
corpos de bombeiros, tendo em vista que a atuação dos bombeiros não é de patrulhamento
ostensivo.

014. (CEBRASPE (CESPE)/TA (ANVISA)/ANVISA/2016) De acordo com a CF, julgue o seguinte item.
A segurança pública é direito de todos, e, nesse sentido, incumbe à polícia civil a função de
polícia judiciária da União.
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015. (CEBRASPE (CESPE)/PSIC (PF)/PF/2014/ADAPTADA) Em relação aos Poderes Legislativo


e Executivo e à segurança pública, julgue o item que se segue.
O objetivo fundamental da segurança pública é a preservação da ordem pública, das
prerrogativas da cidadania, da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

016. (CEBRASPE (CESPE)/AL (CAM DEP)/CAM DEP/ÁREA XVII/CONSULTOR LEGISLATIVO/2014)


Com relação ao sistema de segurança pública e ao regime jurídico dos servidores policiais
civis e dos policiais e corpos de bombeiros, julgue o item que se segue.
Segundo a ordem constitucional vigente, a polícia judiciária tem por objeto único as atividades
de apoio ao Poder Judiciário no desenvolvimento de um processo penal.

017. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto
na CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das
instituições democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que a remuneração
de servidor policial integrante da polícia civil será fixada por vencimento, sendo permitido
o acréscimo de gratificação e adicionais.

018. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto
na CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das
instituições democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que a Polícia Civil do
Estado de Pernambuco deverá manter em seus quadros médico-legista e perito criminal
com total independência técnica.

019. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto na
CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das instituições
democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que, por estar incluído na categoria
dos servidores públicos, o militar tem o direito de greve assegurado.

020. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto na
CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das instituições
democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que a polícia civil, que é dirigida por
delegados de polícia de carreira, exerce as funções de polícia judiciária e realiza a apuração
de infrações penais cíveis e militares.

021. (CEBRASPE (CESPE)/PRF/PRF/2019/ADAPTADA) A segurança viária compreende a


educação, a engenharia e a fiscalização de trânsito, vetores que asseguram ao cidadão o
direito à mobilidade urbana eficiente.

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022. (CEBRASPE (CESPE)/AGFEP (DEPEN)/DEPEN/2021) Agente penitenciário iniciou


procedimento visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do
estabelecimento prisional, cometido por um fornecedor contra um detento.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A ação do agente penitenciário de iniciar procedimento de apuração foi correta, uma vez
que competem às polícias penais a segurança dos estabelecimentos penais e a apuração
de infrações penais ocorridas nesses estabelecimentos.

023. (CEBRASPE (CESPE)/OTI (ABIN)/ABIN/ÁREA 2/2018) Com relação à defesa do Estado e


das instituições democráticas, julgue o item que se segue.
É permitida aos municípios a criação de guardas municipais para a proteção de seus bens,
serviços e instalações, inclusive com a atribuição de poder de polícia de trânsito.

024. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) Às Polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública; Aos Corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividade de defesa civil.

025. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) As guardas municipais atuam também
no patrulhamento rodoviário.

026. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) As polícias civis exercem a Polícia
Judiciária estadual.

027. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) A proteção dos bens, serviços e
instalações cabem as guardas municipais.

028. (FCC/CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) Segundo


o que dispõe a Constituição Estadual acerca da segurança pública, os Municípios poderão
constituir guardas municipais destinadas à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública.

029. (FCC/CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) Segundo


o que dispõe a Constituição Estadual acerca da segurança pública, às polícias civis, dirigidas
por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive as militares.

030. (FCC/CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) Segundo


o que dispõe a Constituição Estadual acerca da segurança pública, as polícias militares e
corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, aos Prefeitos Municipais e aos Governadores dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.
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031. (FCC/ASST (DETRAN MA)/DETRAN MA/2018/ADAPTADA) A segurança viária, nos termos


da Constituição Estadual,
a) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, bem como a execução
de atividades de polícia judiciária e apuração de infrações penais em matéria de trânsito,
além de outras atribuídas em lei aos agentes de trânsito.
b) compete, no âmbito dos Municípios, às guardas municipais, que poderão cumular com
essa outras atividades destinadas à proteção de bens, serviços, instalações municipais e
de polícia ostensiva e preservação da ordem pública.
c) é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
patrimônio nas vias públicas, competindo, no âmbito dos Estados, aos respectivos órgãos
ou entidades executivos e seus agentes de trânsito.
d) compreende atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade
urbana eficiente, de competência, no âmbito da União, das polícias rodoviária e ferroviária
federal.
e) compete, no âmbito da União, à polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e estruturado em carreira.

032. (FCC/DP CE/DPE CE/2014/ADAPTADA) A Constituição Estadual estabelece regras sobre


a segurança viária. Nos termos de suas disposições, a segurança viária
a) compete privativamente aos Estados e ao Distrito Federal, que lhe dão execução por meio
de órgãos ou entidades específicos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira,
na forma da lei.
b) compete privativamente aos Municípios, que lhe dão execução por meio de órgãos ou
entidades específicos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.
c) constitui direito fundamental assegurado mediante o exercício pelo Poder Público de
atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento
de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia,
operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos
e aplicação de penalidades.
d) é exercida para a melhoria do transporte público em perímetro urbano e a preservação
da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas.
e) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente.

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GABARITO
1. d 12. c 23. C
2. d 13. E 24. C
3. d 14. E 25. E
4. c 15. C 26. C
5. C 16. E 27. C
6. b 17. E 28. E
7. c 18. C 29. E
8. d 19. E 30. E
9. b 20. E 31. c
10. c 21. C 32. e
11. E 22. E

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/ADV (SUSAM)/SUSAM/2014/ADAPTADA) A Constituição Estadual organizou vários


temas de forma inovadora. Um deles foi o Sistema de Segurança Pública, que inclui no seu
rol a seguinte corporação:
a) Polícia do Legislativo.
b) Polícia do Judiciário.
c) Polícia Municipal.
d) Polícia Civil.
e) Polícia do Sistema Metroviário.

Apenas a Polícia Civil, dentre as opções elencadas, consta no texto constitucional como um
órgão de segurança pública.

Art. 101. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento
da liberdade e das garantias individuais através dos seguintes órgãos permanentes:
I – Polícia Civil;
II – Polícia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
IV – Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

Letra d.

002. (FGV/DEL POL (PC AP)/PC AP/2010/ADAPTADA) Os Órgãos apresentados nas alternativas
a seguir estão incluídos no art. 101 da Constituição como responsáveis pelo exercício da
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, à exceção
de um. Assinale-o.
a) Polícias Militares.
b) Corpos de Bombeiros Militares.
c) Polícias Civis.
d) Forças Armadas.

Apenas as Forças Armadas (Letra D), dentre as opções elencadas, não se trata de um órgão
responsável pela segurança pública no âmbito estadual.

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Art. 101. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento
da liberdade e das garantias individuais através dos seguintes órgãos permanentes:
I – Polícia Civil;
II – Polícia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
IV – Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

Letra d.

003. (FGV/INSP POL (PC RJ)/PC RJ/2008) Incumbe à Polícia Civil, de acordo com as disposições
constitucionais vigentes, a função de:
a) polícia administrativa.
b) polícia ostensiva.
c) polícia executiva.
d) polícia judiciária.
e) polícia repressiva.

A questão deve ser resolvida de acordo com o artigo 103 da Constituição Estadual, de
seguinte redação:
Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

Letra d.

004. (CEBRASPE (CESPE)/AG POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Segundo disposição


da Constituição do Estado de Pernambuco, as atividades de segurança pública serão
organizadas em sistemas, cabendo ao governador do estado, assessorado por um conselho
de defesa social, o estabelecimento da política de defesa social e a coordenação das ações
de segurança pública.

A questão está de acordo com as disposições dos §§ 1º e 2º do artigo 101 da Constituição


Estadual.
Art. 101, § 1º As atividades de Segurança Pública serão organizadas em sistema, na forma da lei.
§ 2º Cabe ao Governador do Estado, assessorado por um Conselho de Defesa Social, o
estabelecimento da Política de defesa social e a coordenação das ações de Segurança Pública.

Certo.

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005. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC MA)/PC MA/2018) As polícias civis estaduais
subordinam-se aos
a) governadores, diferentemente dos corpos de bombeiros militares, que são auxiliares e
reserva do Exército.
b) diretores das respectivas corporações, e não aos governadores.
c) governadores, assim como as polícias militares e os corpos de bombeiros.
d) governadores, diferentemente da Polícia Civil do Distrito Federal, que é organizada e
mantida pela União, à qual é subordinada.
e) governadores, diferentemente das polícias militares, que são auxiliares e reserva do
Exército.

Tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar se subordinam
ao Governador do Estado.
Letra c.

006. (CEBRASPE (CESPE)/INV POL (PC MA)/PC MA/2018/ADAPTADA) De acordo com a


Constituição Estadual, às polícias civis cabe a
a) execução de atividades de defesa civil.
b) apuração de infrações penais, exceto as militares.
c) função de polícia de fronteira.
d) função de polícia judiciária da União.
e) função de polícia ostensiva.

Apenas a Letra B retrata uma atividade que deve ser exercida pela Polícia Civil.

Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

Letra b.

007. (CEBRASPE (CESPE)/PER CRIM (PC MA)/PC MA/2018) As polícias civis, dirigidas por
delegados de polícia de carreira, subordinam-se
a) aos governadores de estado e à União.
b) somente ao governador do Distrito Federal e dos territórios.
c) ao governador do Distrito Federal e aos governadores de estado e dos territórios.
d) à União e ao governador do Distrito Federal e dos territórios.
e) somente aos governadores de estado.
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Para responder à questão, temos que fazer uso das disposições do § 6º do artigo 144 da
Constituição Federal, de seguinte teor:

Art. 144, §6º, As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva
do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. III - Corpo de
Bombeiros Militar.

Letra c.

008. (IADES/ALUN OF (PM PA)/PM PA/2021/ADAPTADA) Considerada dever do Estado, direito


e responsabilidade de todos, a segurança pública é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Entre os órgãos que a exercem,
estão a(s)
a) polícia federal, a polícia rodoviária federal e a segurança privada dos municípios.
b) polícias civis, as polícias militares e os corpos de bombeiros militares da União e dos
estados.
c) polícias penais, federal, estaduais e municipais.
d) polícias civis, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar
e) polícias civis e as polícias ferroviárias estaduais

Os órgãos que exercem a segurança pública no Estado de Pernambuco constam no texto


do artigo 101 da Constituição Estadual, de seguinte redação:

Art. 101. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento
da liberdade e das garantias individuais através dos seguintes órgãos permanentes:
I – Polícia Civil;
II – Polícia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
IV – Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

Letra d.

009. (DEIP PMPI/CAB (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) De acordo com a Constituição Estadual,
às polícias civis cabe a:
a) execução de atividades de defesa civil.
b) apuração de infrações penais, exceto as militares.

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c) função de polícia de fronteira dos estados da federação.


d) função de polícia judiciária da União.
e) função de polícia ostensiva e judiciária.

As funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, são


atribuições da Polícia Civil.

Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

Letra b.

010. (IADES/SOLD (PM PA)/PM PA/MASCULINO/2021) Conforme a Constituição Federal de


1988, a segurança pública constitui dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,
sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio. A esse respeito, de acordo com o texto constitucional de 1988, a execução de
atividades de defesa civil é designada à (ao)
a) Polícia Federal.
b) Polícia Rodoviária Federal.
c) Corpo de Bombeiros Militar do Estado.
d) Polícia Militar.
e) Polícia Ferroviária Federal.

A defesa civil é realizada, em nosso ordenamento jurídico, pelo Corpo de Bombeiros Militar,
órgão que pertence aos Estados.

Art. 105. A polícia Militar, força auxiliar e reserva do Exército, cabe com exclusividade a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública; e ao Corpo de Bombeiros Militar, também força
auxiliar e reserva do Exército, cabe a execução das atividades da defesa civil, além de outras
atribuições definidas em Lei.

Letra c.

011. (CEBRASPE (CESPE)/AG POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) O Corpo de Bombeiros


Militar, a quem cabe a execução das atividades da defesa civil e de outras atribuições definidas
em lei, é considerado força auxiliar e reserva da Polícia Militar, diretamente subordinado
ao Comando Geral da Polícia Militar.

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O Corpo de Bombeiros Militar está subordinado ao Governador do Estado, e não ao Comando


Geral da Polícia Militar.
Errado.

012. (FCC/SOLD (PM BA)/PM BA/2007) De acordo com a Constituição Federal brasileira, em
regra, às polícias militares cabem
a) exercer as funções de polícia marítima e aeroportuária.
b) apurar infrações penais contra a ordem política e social.
c) a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
d) exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
e) o patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Estabelece o §5º do artigo 144 que

às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos
de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades
de defesa civil.

Letra c.

013. (CEBRASPE (CESPE)/SOLD (PM AL)/PM AL/COMBATENTE/2017) No que concerne à


defesa do Estado e das instituições democráticas, julgue o item que se segue.
A segurança pública é exercida apenas por órgãos de polícia: nessa atividade não se incluem os
corpos de bombeiros, tendo em vista que a atuação dos bombeiros não é de patrulhamento
ostensivo.

O Corpo de Bombeiros está listado como um dos órgãos responsáveis por garantir a segurança
pública.

Art. 101. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento
da liberdade e das garantias individuais através dos seguintes órgãos permanentes:
I – Polícia Civil;
II – Polícia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
IV – Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

Errado.

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014. (CEBRASPE (CESPE)/TA (ANVISA)/ANVISA/2016) De acordo com a CF, julgue o seguinte item.
A segurança pública é direito de todos, e, nesse sentido, incumbe à polícia civil a função de
polícia judiciária da União.

A polícia civil exerce as atividades de polícia judiciária dos Estados. Na União, esta função
é desempenhada pela Polícia Federal.
Errado.

015. (CEBRASPE (CESPE)/PSIC (PF)/PF/2014/ADAPTADA) Em relação aos Poderes Legislativo


e Executivo e à segurança pública, julgue o item que se segue.
O objetivo fundamental da segurança pública é a preservação da ordem pública, das
prerrogativas da cidadania, da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

A questão está de acordo com o artigo 101 da Constituição Estadual, de seguinte redação:

Art. 101. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento
da liberdade e das garantias individuais através dos seguintes órgãos permanentes:
I – Polícia Civil;
II – Polícia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
IV – Polícia Penal, vinculada ao órgão administrador do sistema penal.

Certo.

016. (CEBRASPE (CESPE)/AL (CAM DEP)/CAM DEP/ÁREA XVII/CONSULTOR LEGISLATIVO/2014)


Com relação ao sistema de segurança pública e ao regime jurídico dos servidores policiais
civis e dos policiais e corpos de bombeiros, julgue o item que se segue.
Segundo a ordem constitucional vigente, a polícia judiciária tem por objeto único as atividades
de apoio ao Poder Judiciário no desenvolvimento de um processo penal.

A polícia judiciária é sinônimo de polícia investigativa, ou seja, de atividades destinadas a


apurar as eventuais infrações cometidas. Logo, é incorreto afirmar que a função exclusiva
da polícia judiciária é a de prestar apoio ao Poder Judiciário.
Errado.

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017. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto
na CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das
instituições democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que a remuneração
de servidor policial integrante da polícia civil será fixada por vencimento, sendo permitido
o acréscimo de gratificação e adicionais.

Diferente do que afirmado, a remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos
de segurança pública será realizada por meio de subsídio.
Errado.

018. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto
na CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das
instituições democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que a Polícia Civil do
Estado de Pernambuco deverá manter em seus quadros médico-legista e perito criminal
com total independência técnica.

A questão está de acordo com o §2º do artigo 103, de seguinte redação:

Art. 103, § 2º O órgão com as atribuições a que se refere a alínea “a”, do parágrafo anterior, terá
plena independência técnica e cientifica, sendo dirigido privativamente por médico-legista
ou perito-criminal, ocupante do último nível da carreira, que participará obrigatoriamente do
Conselho de Defesa Social.

Certo.

019. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto na
CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das instituições
democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que, por estar incluído na categoria
dos servidores públicos, o militar tem o direito de greve assegurado.

Estabelece o §7º do artigo 100 que

Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, não podendo, enquanto em efetivo
exercício, estar filiado a partidos políticos.

Errado.

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020. (CEBRASPE (CESPE)/ESC POL (PC PE)/PC PE/2016/ADAPTADA) Com base no disposto na
CF e na Constituição do Estado de Pernambuco acerca da defesa do Estado e das instituições
democráticas e da segurança pública, é correto afirmar que a polícia civil, que é dirigida por
delegados de polícia de carreira, exerce as funções de polícia judiciária e realiza a apuração
de infrações penais cíveis e militares.

A Polícia Civil realiza a apuração das infrações penais, exceto as militares.


Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

Errado.

021. (CEBRASPE (CESPE)/PRF/PRF/2019/ADAPTADA) A segurança viária compreende a


educação, a engenharia e a fiscalização de trânsito, vetores que asseguram ao cidadão o
direito à mobilidade urbana eficiente.

A questão está correta, nos termos do artigo 105-B, I, da Constituição Estadual.


Art. 105-B. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras previstas em
Lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e,

Certo.

022. (CEBRASPE (CESPE)/AGFEP (DEPEN)/DEPEN/2021) Agente penitenciário iniciou


procedimento visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do
estabelecimento prisional, cometido por um fornecedor contra um detento.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A ação do agente penitenciário de iniciar procedimento de apuração foi correta, uma vez
que competem às polícias penais a segurança dos estabelecimentos penais e a apuração
de infrações penais ocorridas nesses estabelecimentos.

Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa


a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. Não cabe, contudo, a
apuração das infrações penais, medida que é restrita aos órgãos responsáveis pela polícia
judiciária, ou seja, pela Polícia Federal e pela Polícia Civil.
Errado.

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023. (CEBRASPE (CESPE)/OTI (ABIN)/ABIN/ÁREA 2/2018) Com relação à defesa do Estado e


das instituições democráticas, julgue o item que se segue.
É permitida aos municípios a criação de guardas municipais para a proteção de seus bens,
serviços e instalações, inclusive com a atribuição de poder de polícia de trânsito.

De acordo com o artigo 105-A,


Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à prevenção, proteção e
preservação de seus bens, serviços e instalações, observados os preceitos da Lei Federal.

Neste mesmo sentido, o STF, no julgamento do RE 658570, decidiu pela constitucionalidade


da atribuição aos guardas municipais do exercício do poder de polícia de trânsito.

JURISPRUDÊNCIA
É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder de polícia de
trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas legalmente previstas (...)

Certo.

024. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) Às Polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública; Aos Corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividade de defesa civil.

A questão está correta, nos termos do artigo 105 da Constituição Estadual.


Art. 105. A polícia Militar, força auxiliar e reserva do Exército, cabe com exclusividade a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública; e ao Corpo de Bombeiros Militar, também força
auxiliar e reserva do Exército, cabe a execução das atividades da defesa civil, além de outras
atribuições definidas em Lei.

Certo.

025. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) As guardas municipais atuam também
no patrulhamento rodoviário.

As guardas municipais são destinadas à prevenção, proteção e preservação de seus bens,


serviços e instalações.
Art. 105-A. Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à prevenção, proteção
e preservação de seus bens, serviços e instalações, observados os preceitos da Lei Federal.

Errado.

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026. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) As polícias civis exercem a Polícia
Judiciária estadual.

Conforme afirmado, a Polícia Civil exerce as funções de Polícia Judiciária no âmbito dos
Estados.

Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

Certo.

027. (DEIP PMPI/SARG (PM PI)/PM PI/2021/ADAPTADA) A proteção dos bens, serviços e
instalações cabem as guardas municipais.

A questão elenca as finalidades destinadas às guardas municipais, que podem ser constituídas
pelos Municípios.

Art. 105-A. Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à prevenção, proteção
e preservação de seus bens, serviços e instalações, observados os preceitos da Lei Federal.

Certo.

028. (FCC/CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) Segundo


o que dispõe a Constituição Estadual acerca da segurança pública, os Municípios poderão
constituir guardas municipais destinadas à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública.

As guardas municipais são destinadas à prevenção, proteção e preservação dos bens, serviços
e instalações dos Municípios, e não à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública.

Art. 105-A. Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à prevenção, proteção
e preservação de seus bens, serviços e instalações, observados os preceitos da Lei Federal.

Errado.

029. (FCC/CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) Segundo


o que dispõe a Constituição Estadual acerca da segurança pública, às polícias civis, dirigidas
por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive as militares.
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A Polícia Civil exerce as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.

Art. 103. À Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia, ocupante do último nível da carreira,
incumbem, privativamente, ressalvada a competência da União:
I - as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares;

Errado.

030. (FCC/CONS TEC (CM FORTAL)/CM FORTALEZA/LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) Segundo


o que dispõe a Constituição Estadual acerca da segurança pública, as polícias militares e
corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, aos Prefeitos Municipais e aos Governadores dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.

Tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar estão subordinados
ao Governador do Estado, e não aos Prefeitos Municipais.
Errado.

031. (FCC/ASST (DETRAN MA)/DETRAN MA/2018/ADAPTADA) A segurança viária, nos termos


da Constituição Estadual,
a) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, bem como a execução
de atividades de polícia judiciária e apuração de infrações penais em matéria de trânsito,
além de outras atribuídas em lei aos agentes de trânsito.
b) compete, no âmbito dos Municípios, às guardas municipais, que poderão cumular com
essa outras atividades destinadas à proteção de bens, serviços, instalações municipais e
de polícia ostensiva e preservação da ordem pública.
c) é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
patrimônio nas vias públicas, competindo, no âmbito dos Estados, aos respectivos órgãos
ou entidades executivos e seus agentes de trânsito.
d) compreende atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade
urbana eficiente, de competência, no âmbito da União, das polícias rodoviária e ferroviária
federal.
e) compete, no âmbito da União, à polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e estruturado em carreira.

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Apenas a Letra C, dentre as alternativas apresentadas, está de acordo com as regras


estabelecidas para a segurança viária.
Art. 105-B. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras previstas em
Lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e,
II - compete, no âmbito do Estado e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da Lei.

Letra c.

032. (FCC/DP CE/DPE CE/2014/ADAPTADA) A Constituição Estadual estabelece regras sobre


a segurança viária. Nos termos de suas disposições, a segurança viária
a) compete privativamente aos Estados e ao Distrito Federal, que lhe dão execução por meio de
órgãos ou entidades específicos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.
b) compete privativamente aos Municípios, que lhe dão execução por meio de órgãos ou
entidades específicos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.
c) constitui direito fundamental assegurado mediante o exercício pelo Poder Público de
atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento
de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia,
operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos
e aplicação de penalidades.
d) é exercida para a melhoria do transporte público em perímetro urbano e a preservação
da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas.
e) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente.

Conforme afirmado na Letra E, a segurança viária compreende a educação, engenharia e


fiscalização de trânsito, além de outras previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito
à mobilidade urbana eficiente.
Art. 105-B. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras previstas
em Lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e,
II - compete, no âmbito do Estado e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos
e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da Lei.

Letra e.

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